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O COTIDIANO DO ENFERMEIRO NA REDE CEGONHA UM ESTUDO DE REVISÃO INTEGRATIVA.

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO 
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE 
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
AMANDA VIEIRA DOS SANTOS 
ERICA LUANA DOS SANTOS VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
O COTIDIANO DO ENFERMEIRO NA REDE CEGONHA: UM ESTUDO DE 
REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2018
1 
 
AMANDA VIEIRA DOS SANTOS 
ERICA LUANA DOS SANTOS VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O COTIDIANO DO ENFERMEIRO NA REDE CEGONHA: UM ESTUDO DE 
REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduação do Curso de Enfermagem da 
Universidade Castelo Branco. Orientador: Dr. 
Bruno Ferreira do Serrado Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2018 
2 
 
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio 
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS, Amanda Vieira dos; VIEIRA, Erica Luana dos Santos 
 
O Cotidiano do Enfermeiro na Rede Cegonha: um estudo de revisão 
integrativa/ Amanda Vieira dos Santos; Erica Luana dos Santos Vieira – Rio 
de Janeiro, 2018. 
 
25f. 30 cm. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem). 
Universidade Castelo Branco. Orientador: Prof. Ms. Bruno Ferreira do 
Serrado Barbosa 
Inclui bibliografia: p.24 
 
1. Atuação do Enfermeiro 2. Obstétrica 3. Rede Cegonha 4. Acolhimento 5. 
Classificação de Risco I. Santos, Amanda Vieira dos II. Vieira, Erica Luana 
dos Santos, III. Barbosa, Bruno Ferreira do Serrado. IV Escola de Ciências 
da Saúde e Meio Ambiente. Universidade Castelo Branco. V. Título 
3 
 
AMANDA VIEIRA DOS SANTOS 
ERICA LUANA DOS SANTOS VIEIRA 
 
 
 
O COTIDIANO DO ENFERMEIRO NA REDE CEGONHA: UM ESTUDO DE 
REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação 
apresentado à Universidade Castelo Branco 
como requisito parcial para obtenção do grau 
de Bacharel em Enfermagem. 
 
 
Aprovada em: ____/____/2018. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
___________________________________________________ 
Orientador: Prof. Dr. Bruno Ferreira do Serrado Barbosa 
 
 
 
 
 
___________________________________________________ 
Prof. Ms. Camila Cruz de Souza 
 
 
 
 
___________________________________________________ 
Prof. Ms. Ralf Ribeiro dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedicamos esse trabalho a Deus, pois sem Ele, nada seria possível 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos primeiramente a Deus, pela força e coragem durante toda essa longa 
caminhada. 
Aos professores do curso de Enfermagem, que foram tão importantes na nossa vida 
acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso. 
Agradecemos em especial aos professores e orientadores Bruno Barbosa, Adriana 
Loureiro e Ana Claudia Almeida, por toda paciência e perseverança. Seus conhecimentos 
foram essenciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A todos os que sofrem e estão sós, 
 dai sempre um sorriso de alegria. 
 Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, 
mas também o vosso coração. 
Madre Teresa de Calcutá 
 
 
7 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Análise sistemática dos artigos selecionados........................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
BDENF Banco de Dados de Enfermagem 
COFEN Conselho Federal de Enfermagem 
CPMI Comissão Parlamentar Mista de Inquérito 
DECS Descritores em Saúde 
LILACS Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
MS Ministério da Saúde 
PAISM Programa Assistência Integral à Saúde da Mulher 
PBE Prática Baseada em Evidências 
PNH Política Nacional de Humanização 
PSM Programa para a Saúde da Mulher 
RC Rede Cegonha 
SMS-RJ Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro 
SUS Sistema Único de Saúde 
UBS Unidades Básicas de Saúde 
UNASUS Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO............................................................................................................... 10 
ABSTRACT........................................................................................................... 10 
INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11 
METODOLOGIA....................................................................................................12 
RESULTADOS...................................................................................................... 15 
DISCUSSÃO ......................................................................................................... 19 
CONCLUSÂO........................................................................................................ 23 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
O COTIDIANO DO ENFERMEIRO NA REDE CEGONHA: UM ESTUDO DE 
REVISÃO INTEGRATIVA 
 
Amanda Vieira dos Santos1 
Erica Luana dos Santos Vieira2 
Bruno Ferreira do Serrado Barbosa3 
 
RESUMO: O acolhimento e a classificação de risco obstétrico conduzem à tomada de 
decisões por parte do profissional da saúde a partir da escuta ativa das queixas do paciente, 
associada à avaliação clínica pautada em protocolos e fundamentada em evidências, 
apresentando as peculiaridades inerentes às necessidades e às demandas relativas ao processo 
gravídico. Portanto o objetivo deste estudo definiu-se por descrever a atuação do enfermeiro, 
através da revisão integrativa de literatura, no acolhimento de risco obstétrico na Rede 
Cegonha. A metodologia foi baseada na busca nos bancos de dados BDENF e LILACS, que 
levou a seleção de 12 artigos analisados neste estudo. Foram categorizadas três subtemáticas 
em: A Rede Cegonha e a Enfermagem; O Acolhimento e Classificação de Risco Obstétrico; 
As Práticas Educativas voltadas para a Gestante pela Enfermagem. Concluiu-se que o 
Acolhimento Obstétrico deve ser pensado como a união de diversos fatores que levam a 
gestante a participar, criar vínculos e sentir-se “acolhida”. Todo o atendimento deve estar 
voltado para a segurança e bem-estar da mãe e da criança, incluindo a classificação de risco 
que é feita normalmente através do protocolo de Manchester, já instituído comumente na 
Rede Cegonha, porém com pequenas especificidades obstétricas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Acolhimento, Classificação de Risco, Obstétrico, Rede Cegonha 
 
ABSTRACT: Obstetric care and risk classification lead to decision making on the part of the 
health professional, based on the active listening of the patient's complaints, associated to the 
clinical evaluation based on protocols and based on evidence, presenting the peculiarities 
inherent to the needs and to the proceedings concerning pregnancy. Therefore, the objective of 
this study was to describe the nurses' performance, through an integrative literature review, in 
the reception of obstetric risk in the Stork Network. The methodology was based on the search 
in the BDENF and LILACS databases, which led to the selection of 12 articles analyzed in this 
study. Three subthemes were categorized in: The Stork Network and Nursing; Acceptance and 
Classification of Obstetric Risk; The Educational Practices for the Pregnant Woman by 
Nursing. It was concluded that Obstetric Care should be thought of as the union of several 
factors that lead the pregnant woman to participate, to createbonds and to feel "welcomed". All 
care should be focused on safety and well-being of the mother and child, including the risk 
classification that is normally done through the Manchester protocol, already established in the 
Stork Network, but with small obstetric specificities 
 
KEYWORDS: Acceptance, Risk Classification, Obstetric, Stork Network 
 
1 Graduanda no Curso de Enfermagem, pela Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro – RJ, 2018, 
e-mail: ericaluana25@hotmail.com 
2 Graduanda no Curso de Enfermagem, pela Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro – RJ, 2018, 
e-mail: amandav.santos@hotmail.com 
3 Doutor em Enfermagem, Professor orientador do curso de Enfermagem pela Universidade Castelo 
Branco, Rio de Janeiro – RJ, 2018. 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo o Ministério da Saúde (MS) a gravidez, o parto e o nascimento fazem 
parte da sexualidade e afetividade do homem e da mulher, sendo um momento especial e 
único para a gestante e às pessoas próximas a ela. Este é um período onde ocorrem muitas 
transformações físicas e emocionais, podendo haver muitas dúvidas e medos. Por isso é 
importante que ela aumente seus conhecimentos para que viva essas mudanças de forma 
ativa e saudável.1 
O primeiro contato da gestante com o profissional de enfermagem geralmente 
acontece no diagnóstico da gravidez e durante o acompanhamento do pré-natal, que deve ser 
realizado o mais precoce possível, ou seja, antes de completar 12 semanas de gestação.2 
No Brasil, desde 1988 com a democratização da saúde, os debates e as discussões 
sobre humanização são direcionados à consolidação dos princípios de universalidade, 
integralidade e equidade do atendimento ao usuário. A partir dos debates e das discussões, o 
Ministério da Saúde (MS) partiu da premissa de que é um direito de todo cidadão receber 
atendimento público de qualidade na área da saúde. Com vistas à melhoria da assistência no 
SUS, em 2003, o MS criou a Política Nacional de Humanização (PNH) para acolher os 
usuários e priorizar os casos de maior gravidade e o Humaniza SUS estabeleceu a diretriz 
denominada "acolhimento com classificação de risco".3 
Em 2011, por iniciativa do MS, o Governo Federal lançou a Rede Cegonha (RC), 
para proporcionar melhor qualidade de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança. A 
RC incentiva a inovação e a qualificação da atenção pré-natal, da assistência ao parto e do 
período pós-parto, bem como das ações relativas ao desenvolvimento da criança durante os 
primeiros dois anos de vida. Assim, o acolhimento e a classificação de risco são garantias 
proporcionadas pela RC. 1 
 O acolhimento e a classificação de risco conduzem à tomada de decisões por parte 
do profissional da saúde a partir da escuta ativa das queixas do paciente, associada à avaliação 
clínica pautada em protocolos e fundamentada em evidências. Apresentam peculiaridades 
inerentes às necessidades e às demandas relativas ao processo gravídico, como a investigação 
de queixas comuns no período gestacional, por exemplo, cefaleia, náuseas, vômitos e visão 
turva, que podem camuflar situações clínicas demandando ação rápida; isso exige preparo das 
equipes de saúde para escuta qualificada e capacidade de julgamento clínico preciso.4 
Diante do exposto, destaca-se que o objetivo geral foi: Descrever a atuação do 
enfermeiro, através da revisão integrativa de literatura, no acolhimento de risco obstétrico na 
12 
 
Rede Cegonha. E os objetivos específicos: Propor estratégias de ação para o enfermeiro junto 
ao acolhimento obstétrico; e discutir, mediante as políticas públicas de saúde da mulher, a 
atuação do enfermeiro em acolhimento de risco obstétrico. 
 
METODOLOGIA 
Tratou-se de uma revisão integrativa de literatura, de abordagem qualitativa. 
A revisão integrativa da literatura consiste na construção de uma análise ampla da 
literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e resultados de pesquisas, assim como 
reflexões sobre a realização de futuros estudos. O propósito inicial deste método de pesquisa é 
obter um profundo entendimento de um determinado fenômeno baseando-se em estudos 
anteriores. É necessário seguir padrões de rigor metodológico, clareza na apresentação dos 
resultados, de forma que o leitor consiga identificar as características reais dos estudos 
incluídos na revisão.5 
A abordagem qualitativa busca a solução de problema para a tomada de decisão que 
incorpora a melhor e mais recente evidência, competência clínica do profissional e os valores 
e preferências do paciente dentro do contexto do cuidado. Envolve a definição de um 
problema, a busca e a avaliação crítica das evidências disponíveis, a implementação das 
evidências na prática e a avaliação dos resultados obtidos. Assim, essa abordagem encoraja a 
assistência à saúde fundamentada em conhecimento científico, com resultados de qualidade e 
com custo efetivo.6 
A seguir, são apresentadas, de forma sucinta, as seis fases do processo de elaboração 
da revisão integrativa. 
1ª Fase: elaboração da pergunta norteadora: A definição da pergunta norteadora é a 
fase mais importante da revisão, pois determina quais serão os estudos incluídos, os meios 
adotados para a identificação e as informações coletadas de cada estudo selecionado. Logo, 
inclui a definição dos participantes, as intervenções a serem avaliadas e os resultados a serem 
mensurados. Deve ser elaborada de forma clara e específica, e relacionada a um raciocínio 
teórico, incluindo teorias e raciocínios já aprendidos pelo pesquisador.5 Na presente pesquisa 
perguntou-se: “Qual a produção científica sobre acolhimento de risco obstétrico e a 
atuação do enfermeiro?” 
2ª Fase: busca ou amostragem na literatura: Intrinsecamente relacionada à fase 
anterior, a busca em base de dados deve ser ampla e diversificada, contemplando a procura 
em bases eletrônicas, busca manual em periódicos, as referências descritas nos estudos 
selecionados, o contato com pesquisadores e a utilização de material não-publicado. Os 
13 
 
critérios de amostragem precisam garantir a representatividade da amostra, sendo importantes 
indicadores da confiabilidade e da fidedignidade dos resultados. A conduta ideal é incluir 
todos os estudos encontrados ou a sua seleção randomizada; porém, se as duas possibilidades 
forem inviáveis pela quantidade de trabalhos, deve-se expor e discutir claramente os critérios 
de inclusão e exclusão de artigos. Desta forma, a determinação dos critérios deve ser realizada 
em concordância com a pergunta norteadora, considerando os participantes, a intervenção e os 
resultados de interesse.5 
Na presente pesquisa utilizou-se as bases de dados LILACS (Literatura Latino-
americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Banco de Dados de Enfermagem), 
os descritores em saúde (DECS) Gestante, Acolhimento e Enfermagem combinados entre si 
através do operador boleano AND. Esta pesquisa foi de forma atemporal, para o maior 
número de publicações referentes a temática. 
 
 
 
 
3ª Fase: coleta de dados: Para extrair os dados dos artigos selecionados, faz-se 
necessária a utilização de um instrumento previamente elaborado capaz de assegurar que a 
totalidade dos dados relevantes seja extraída, minimizar o risco de erros na transcrição, 
garantir precisão na checagem das informações e servir como registro. Os dados devem 
incluir: definição dos sujeitos, metodologia, tamanho da amostra, mensuração de variáveis, 
método de análise e conceitos empregados.5 
Nesta pesquisa elaborou-se um quadro sinóptico contendo os seguintes itens: Ano, 
autores, nome do periódico, objetivos, metodologia, resultados e nível de evidência. Para uma 
melhor análise das publicações selecionadas. 
4ª Fase: análise crítica dos estudos incluídos: Análoga à análise dos dados das 
pesquisas convencionais, esta fase demanda uma abordagem organizada para ponderar o rigore as características de cada estudo. A experiência clínica do pesquisador contribui na apuração 
Descritor 
Gestante
15.732
Descritor AND 
Acolhimento
66
Descritor AND 
Enfermagem
33
Texto 
completo
25
Português
24
Análise 
temática
14
Duplicados
2
TOTAL SELECIONADOS = 12 ARTIGOS 
14 
 
da validade dos métodos e dos resultados, além de auxiliar na determinação de sua utilidade 
na prática. A Prática Baseada em Evidências focaliza, em contrapartida, sistemas de 
classificação de evidências caracterizados de forma hierárquica, dependendo da abordagem 
metodológica adotada5. 
Para auxiliar na escolha da melhor evidência possível, propõe-se uma hierarquia das 
evidências, segundo o delineamento da pesquisa, que é um dos itens a serem analisados nesta 
fase. Sendo considerados: Nível 1: evidências resultantes da meta-análise de múltiplos 
estudos clínicos controlados e randomizados; Nível 2: evidências obtidas em estudos 
individuais com delineamento experimental; Nível 3: evidências de estudos quase-
experimentais; Nível 4: evidências de estudos descritivos (não-experimentais) ou com 
abordagem qualitativa; Nível 5: evidências provenientes de relatos de caso ou de experiência; 
Nível 6: evidências baseadas em opiniões de especialistas. 
5ª Fase: discussão dos resultados: Nesta etapa, a partir da interpretação e síntese dos 
resultados, comparou-se os dados evidenciados na análise dos artigos ao referencial teórico. 
Além de identificar possíveis lacunas do conhecimento, foi possível delimitar prioridades para 
estudos futuros. Contudo, para proteger a validade da revisão integrativa, o pesquisador 
salientou suas conclusões e inferências, bem como explicitou os vieses.5 
6ª Fase: apresentação da revisão integrativa: A apresentação da revisão foi clara e 
completa para permitir ao leitor avaliar criticamente os resultados. Conteve, então, 
informações pertinentes e detalhadas, baseadas em metodologias contextualizadas, sem omitir 
qualquer evidência relacionada.5 
Na revisão integrativa, a combinação de diversas metodologias pode contribuir para 
a falta de rigor, a inacurácia e o viés, devendo ser conduzida dentro de padrões de rigor 
metodológico. Torna-se imperativo, portanto, tecermos pontuais considerações acerca de 
algumas fases do processo: coleta de dados, análise e discussão dos dados. 7 
Um dos métodos para a análise dos dados de uma pesquisa qualitativa relaciona-se 
com a variedade de achados da revisão integrativa. Consiste na redução, exposição e 
comparação, bem como na conclusão e verificação dos dados. A redução dos dados envolve a 
determinação de um sistema de classificação geral para o gerenciamento das diversas 
metodologias5. 
Em princípio, os estudos foram divididos em subgrupos, de acordo com uma 
classificação estabelecida previamente, visando à facilitação da análise. Nas revisões 
integrativas, por exemplo, a categorização pode basear-se no tipo de incidência, cronologia ou 
características da amostra, assim como em alguma classificação conceitual pré-determinada.6 
15 
 
Em sequência, deu-se seguimento às técnicas de extração dos dados das fontes 
primárias, mediante utilização de instrumento elaborado, para simplificar, resumir e organizar 
os achados de modo que cada estudo seja reduzido a uma página com conteúdo relevante. 
Essa abordagem, além de permitir a sucinta organização dos dados, facilita a comparação dos 
estudos em tópicos específicos como problemas, variáveis e características da amostra.5 
A etapa contígua contemplou a visualização dos dados, ou seja, a conversão dos 
achados em uma forma visual de subgrupos. Os modos de visualização podem ser expressos 
em tabelas, gráficos ou quadros, nos quais é possível a comparação entre todos os estudos 
selecionados e, logo, a identificação de padrões, diferenças e a sublocação desses tópicos 
como parte da discussão geral. Todo discernimento de relações ou conclusões requer 
constatação com a fonte primária, para que não haja conclusões prematuras ou exclusão de 
evidências pertinentes durante o processo.6 
RESULTADOS 
 Respondendo a terceira fase, elaborou-se uma tabela contendo os principais dados dos 
12 artigos selecionados, com o objetivo de classifica-los conforme seu nível de evidência e 
categorização dos mesmos. 
 
Tabela 1: Análise sistemática dos artigos selecionados 
ANO AUTORES PER. MET. OBJETIVO RESULTADOS N.E. 
2018 Luana Asturiano 
da Silva; 
Valdecyr Herdy 
Alves; Diego 
Pereira 
Rodrigues; 
Bianca Dargam 
Gomes Vieira; 
Giovanna Rosário 
Soanno 
Marchiori; 
Márcia Vieira dos 
Santos 
J. res.: 
fundam. 
care. online 
2018 
out/dez 
10(4): 
1014-1019 
Estudo 
fenomenológ
ico com 
abordagem 
qualitativa. 
Identificar e 
analisar os 
valores expressos 
nos discursos das 
mulheres/gestante
s acompanhadas 
no Programa de 
Pré-Natal, a 
respeito da 
assistência 
recebida 
O acolhimento e a humanização 
no cuidado durante o pré-natal 
são valores vitais e afetivos, 
portanto, valores em si mesmo. 
Contribuindo, assim, para 
refletir a assistência pré-natal, 
objetivando o direcionamento 
desse atendimento às 
necessidades específicas de 
cada mulher 
1 
2017 Amauri dos 
Santos Araujo, 
Amuzza Aylla 
Pereira dos 
Santos, Ingrid 
Martins Leite 
Lúcio, Clodis 
Maria Tavares, 
Elainy Priscila 
Bezerra Fidélis 
Rev enferm 
UFPE on 
line., 
Recife, 
11(Supl. 
10):4103-
10, out., 
2017 
estudo 
descritivo, 
com 
abordagem 
qualitativa 
Investigar como 
ocorrem os 
cuidados de 
Enfermagem 
diante da 
condição de risco 
relacionada ao 
período 
gestacional no 
contexto de 
situação de 
vulnerabilidade 
social de rua. 
O acolhimento e a atenção 
baseada em redução de danos, 
para a implementação de 
estratégias na assistência da 
consulta de pré-natal, 
apresentam bons prognósticos 
no contexto vivenciado. Assim, 
é possível manter o vínculo de 
confiança entre gestantes em 
vulnerabilidade social de rua e 
equipe de Enfermagem na 
realização de um trabalho ético 
e na tentativa de minimizar os 
riscos irreversíveis para a saúde 
da mãe e da gestação em vida. 
 
4 
16 
 
2017 Cleunir de Fátima 
Candido de 
Bortoli, Priscila 
Bisognin, Laís 
Antunes 
Wilhelm, Lisie 
Alende Prates, 
Graciela 
Dutra Sehnem, 
Lúcia Beatriz 
Ressel 
J. res.: 
fundam. 
care. online 
2017. 
out./nov. 
9(4): 978-
983 
Estudo 
qualitativo, 
de campo, 
descritivo 
Conhecer os 
fatores que 
possibilitam a 
atuação do 
enfermeiro, no 
âmbito da 
atenção básica, na 
atenção pré-natal. 
Evidenciaram-se o uso de 
protocolos na atenção pré-natal, 
como orientação da prática 
profissional, e o acolhimento 
como estratégia para 
estabelecer o vínculo com a 
gestante. O fortalecimento da 
assistência na atenção pré-natal 
torna-se possível quando 
orientada pela segurança e 
resolutividade, proporcionando 
a construção do vínculo na 
relação com a gestante e 
favorecendo a adesão ao pré-
natal. 
 
4 
2017 Suzyenney 
Rodrigues 
Correia; Jovânia 
Marques de 
Oliveira e Silva; 
Amuzza Aylla 
Pereira dos 
Santos; 
Isabel 
Comassetto; 
Gésica Kyvia 
Soares de Lima; 
Daniela Cristina 
da Silva Ferreira 
J. res.: 
fundam. 
care. online 
2017. 
jul./sep. 
9(3): 857-
866 
pesquisa 
qualitativa 
exploratória, 
Conhecer os 
cuidados de 
Enfermagem 
prestados à 
adolescente 
durante o 
trabalho de parto, 
e assim 
identificar os 
fatores os 
influenciam, e 
analisar os 
cuidados de 
Enfermagem 
prestados à 
parturiente 
adolescente 
Foi possível identificar 03 
unidades temáticas que 
evidenciam o cuidado de 
Enfermagem à parturiente 
adolescente, destacando-se o 
acolhimento, a aproximação da 
equipe e formação do vínculo e 
das enfermeiras, e os cuidados 
em si. O estudo possibilitou 
evidenciar os cuidados 
prestados, que acontecem de 
forma generalizada, 
possibilitando assimidentificar 
os fatores que determinam 
como os cuidados são prestados 
e suas dificuldades. 
 
4 
2017 Maria das Neves 
Figueiroa, Maria 
Lucia Neto de 
Menezes, Estela 
Maria Leite 
Meirelles 
Monteiro, Jael 
Maria de Aquino, 
Nathalia de 
Oliveira Gonzaga 
Mendes, Priscila 
Vanessa Tavares 
da Silva 
Escola 
Anna Nery 
21(4) 2017 
Estudo 
observaciona
l, transversal 
e analítico 
com 
abordagem 
quantitativa 
Avaliar o 
funcionamento de 
um serviço de 
acolhimento e 
classificação de 
risco em uma 
maternidade-
escola, em 
Recife-PE. 
O tempo de espera pela 
classificação de risco foi 21,2 
min.; o tempo de duração foi 5 
min.; o tempo de espera 
segundo prioridade vermelha 
foi 3,5 min. A demanda 
espontânea demonstrou que 
56% das usuárias foram 
classificadas como prioridade 
verde, 60% das usuárias 
relataram insatisfação e 33% 
dos enfermeiros receberam 
treinamento. O serviço em 
análise necessita de pactuações 
e avaliações para promover 
estratégias de enfrentamento de 
dificuldades. 
 
1 
2017 Líbna Laquis 
Capistrano 
Quental, Lília 
Candice Carlos 
da Costa 
Nascimento, Léa 
Costa Leal, 
Rejane Marie 
Barbosa Davim, 
Isabelle Cristina 
Braga Coutinho 
Cunha 
Rev enferm 
UFPE on 
line., 
Recife, 
11(Supl. 
12):5370-
81, dez., 
2017 
revisão 
integrativa 
Conhecer os 
principais 
aspectos 
relacionados às 
práticas 
educativas 
desenvolvidas por 
enfermeiros às 
gestantes na 
Atenção Primária 
à Saúde. 
o estudo identificou que as 
práticas educativas 
desenvolvidas por enfermeiros 
na Atenção Primária à Saúde 
estão relacionadas à educação 
em saúde com orientações à 
prevenção do autocuidado, 
cuidado adequado com o bebê, 
promoção da autonomia e 
empoderamento materno, 
comunicação interpessoal, 
capacitação da equipe e 
incentivo à participação de 
enfermeiros obstetras neste 
contexto. 
 
2 
17 
 
2017 Suhaila 
Hoffmann Rahim, 
Ruth Irmgard 
Bärtschi Gabatz, 
Tatiane Machado 
da Silva Soares, 
Viviane Marten 
Milbrath, Eda 
Schwartz 
Rev enferm 
UFPE on 
line., 
Recife, 
11(Supl. 
10):4056-
64, out., 
2017 
estudo 
qualitativo, 
descritivo-
exploratório 
compreender a 
percepção de ser 
gestante/puérpera 
soropositiva para 
o HIV. 
O desfecho dos cuidados em 
saúde tem relação direta com a 
assistência profissional, em que 
práticas humanizadas, pautadas 
numa relação empática de 
apoio e acolhimento, mostram-
se eficazes para o 
desenvolvimento do 
autocuidado e cuidado do 
outro. Conclusão: considera-se 
necessário criar ações 
intersetoriais que repercutam na 
assistência prestada às 
portadoras do HIV, 
sensibilizando os profissionais 
para acolher este público, em 
todos os níveis atenção. 
 
4 
2017 Octavio Muniz da 
Costa Vargens, 
Alexandra 
Celento 
Vasconcellos da 
Silva, Jane 
Márcia Progianti 
Esc Anna 
Nery 
2017;21(1):
e20170015 
Estudo 
descritivo, 
quantitativo, 
transversal 
Identificar as 
práticas 
empregadas por 
enfermeiras 
obstétricas na 
assistência ao 
parto em 
maternidades 
públicas e sua 
contribuição na 
consolidação da 
humanização do 
parto e 
nascimento. 
Na Maternidade A, 68,50% dos 
partos foram acompanhados 
por enfermeiras obstétricas. Na 
Maternidade B, estes foram 
43,07%. Predominou a adoção 
de posições verticalizadas 
(78,95%). O estímulo à 
deambulação ocorreu em 
37,29% dos partos. A 
episiotomia ocorreu em apenas 
4,0% dos partos. As práticas 
mais utilizadas foram aquelas 
que não interferem na 
fisiologia, contribuindo para a 
humanização. A presença de 
práticas intervencionistas 
reflete um processo ainda em 
transformação 
 
4 
2016 Edith Monteiro 
de Oliveira, 
Denize Duarte 
Celento 
Revista de 
Saúde. 
2016 
Jan./Jun.; 
07 (1): 33-
38 
Revisão 
bibliográfic
a 
Descrever a Rede 
Cegonha e 
analisar o papel 
do enfermeiro 
nesse contexto. 
A Rede Cegonha prevê ações 
para a melhoria do acesso e da 
qualidade da assistência à 
mulher e da criança, por meio 
de ações inseridas em quatro 
componentes fundamentais da 
estratégia, que são: pré-natal; 
parto e nascimento; puerpério e 
atenção integral à Saúde da 
criança e sistema logístico de 
transporte, sanitário e 
regulamentação. A estratégia 
busca uma mudança visionária 
em relação ao modelo de 
atenção ao parto e nascimento 
praticado no país, valorizando o 
profissional de Enfermagem 
que participa de todos os níveis 
de assistência, viabilizando o 
acesso, o acolhimento e a 
resolubilidade, de forma a 
assegurar à mulher seu direito 
de ser protagonista do processo 
parturitivo. 
 
4 
2016 Amália Lúcia 
Machry Santos, 
Alessandra Marin 
Santini, 
Larissa Spies 
Disciplinar
um 
Scientia. 
Série: 
Ciências da 
Revisão 
narrativa 
Analisar a 
contribuição de 
produções 
científicas a 
respeito do 
Os dados evidenciaram que, 
quando a mulher não tem 
autonomia e não participa de 
forma ativa do seu processo de 
gestar e parir, surgem medos e 
4 
18 
 
Subutzki, Luciane 
Pereira Berlato, 
Mara Regina 
Caino Teixeira 
Marchiori, 
Martha Helena 
Teixeira de Souza 
Saúde, 
Santa 
Maria, v. 
17, n. 2, p. 
319-329, 
2016. 
protagonismo da 
mulher no 
momento do 
parto e sua 
ligação com a 
Rede Cegonha. 
preocupações, permitindo que a 
experiência adquirida nos 
partos anteriores e as 
informações disponíveis nos 
meios de comunicação 
favoreçam a dicotomia entre o 
parto normal versus cesárea. A 
ausência de estabelecimento de 
vínculos solidários e de 
corresponsabilidade entre 
parturientes e profissionais de 
saúde gera solidão, frieza e 
impessoalidade no 
atendimento. Sem a devolução 
do empoderamento e 
protagonismo da mulher, não 
existe humanização do 
nascimento. Torna-se 
necessário reconhecer a 
necessidade de ampliar 
discussões teóricas pertinentes 
à humanização, a fim de gerar 
modificação das práticas 
vigentes no país 
 
2016 Ivelise Araújo 
Souza, Mário Ivo 
Serinolli, Márcia 
Cristina Zago 
Novaretti, 
Daniele Cristina 
Campos de Souza 
PRISMA.C
OM (32) 
2016, p. 
127-147 
descritivo Verificar a 
compatibilidade 
entre as 
informações do 
Cartão da 
Gestante e o 
sistema de web 
informatizado 
Sisprenatal das 
mulheres 
grávidas. 
Os resultados provaram que 
existe compatibilidade entre os 
dados de ambas as fontes 
(Cartão da Gestante e 
Sisprenatal) em apenas 20% 
dos casos analisados. Portanto, 
ressalta-se a relevância deste 
estudo uma vez que tem a 
intenção de contribuir para ação 
dos profissionais de saúde 
envolvidos no atendimento da 
puérpera e de seu bebê, 
disponibilizando dados e 
oferecendo um retrato sobre as 
dificuldades encontradas pelos 
profissionais de saúde que 
assistem diretamente as 
gestantes, além daquelas 
encontradas pelos gestores, que 
não dispõem de informações 
completas para a gestão do 
sistema de saúde direcionado 
para a gestante. 
 
4 
2013 Heloyse Hott 
Paulino, Patrícia 
Souza, Lucimar 
Aparecida Britto 
Codato, Evelin 
Massae Ogatta 
Muraguchi, 
Maura Sassahara 
Higasi, Priscila 
Casaroto, 
Margarete 
Raminelli 
Revista da 
ABENO • 
13(2): 76-
81, 
Estudo de 
caso 
Reimplantar o 
Grupo de 
Gestantes, com o 
propósito de 
contribuir com 
um melhor 
acolhimento, 
integralidade da 
atenção e 
interação com as 
futuras mães, 
Possibilitou uma participação 
efetiva na UBS, o 
fortalecimento do vínculo com 
os profissionais da UBS e 
também uma aproximação com 
gestantes, principalmente em 
relação às suas demandas, 
expectativas, mitos e medos 
presentes no período 
gestacional e também em 
relação ao cuidado do futuro 
bebê. Sem dúvidas, o 
aprendizado no trabalho 
possibilita uma aproximação 
maior com a realidade da 
população. 
 
5 
Fonte: Santos, Vieira, 2018. 
19 
 
Observa-se que foram selecionados 12 artigos,sendo do ano de 2013(1), 2016(3), 
2017(7) e 2018(1). Investigando seu nível de evidência pode-se dizer que um estudo tem nível 
de evidência 5, um tem nível de evidência 2, dois tem nível de evidência 1 e a maioria (8) tem 
nível de evidência 4. 
Após a análise dos artigos foi possível categorizá-los, criando três subtemáticas a 
serem discutidas a seguir: A Rede Cegonha e a Enfermagem; O Acolhimento e Classificação 
de Risco Obstétrico; e as Práticas Educativas pela Enfermagem. 
DISCUSSÃO 
A Rede Cegonha e a Enfermagem 
A Rede Cegonha prevê ações para a melhoria do acesso e da qualidade da assistência 
à mulher e da criança, por meio da vinculação da gestante à unidade de referência e o 
transporte seguro, e da implementação de boas práticas na atenção ao parto e nascimento, 
incluindo o direito ao acompanhante de livre escolha da mulher no parto. Estas ações estão 
inseridas em quatro componentes estruturantes da estratégia, que são: pré-natal, parto e 
nascimento, puerpério e atenção integral à saúde da criança e sistema logístico, transporte 
sanitário e regulação.8 
O papel do profissional de saúde passa a ser sempre o de capacitar o indivíduo de 
desenvolver uma determinação da função e não apenas o de prescrever técnicas e ditar normas 
comportamentais. É imprescindível que se abandone a postura autoritária de educação para a 
saúde, em detrimento a uma postura de incentivo e motivação, fazendo com que a promoção 
de saúde deixe de ser uma ideia e passe a ser uma prática rotineira.9 
Desta forma, os cuidados pré-natais à puérperas são extremamente importantes para 
uma gravidez saudável e para o bem-estar da mãe e do feto, e o Cartão da Gestante e o registo 
Sisprenatal foi implantado no Sistema Único de Saúde para melhorar a qualidade das 
informações e da assistência médica praticada à gestante. O Cartão da Gestante deve ser 
utilizado pelos profissionais de saúde viabiliza a troca de informações para uma melhor 
assistência ambulatorial e hospitalar.10 
Nos estudos analisados evidenciaram-se o uso de protocolos na atenção pré-natal, 
como orientação da prática profissional, e o acolhimento como estratégia para estabelecer o 
vínculo com a gestante, gerando o fortalecimento da assistência na atenção pré-natal. Esta 
somente se torna possível quando orientada pela segurança e resolutividade, proporcionando a 
construção do vínculo na relação com a gestante e favorecendo a adesão ao pré-natal.11 
20 
 
O cuidar da enfermeira obstétrica demanda o compromisso e a responsabilidade em 
não intervir e renunciar à vontade do poder por uma conquista de atenção integral à saúde da 
mulher, conquista esta que surgiu em um contexto brasileiro marcado pela democratização e 
participação social, dentre uma concepção mais humanitária.12 
A humanização da assistência ao parto implica, prioritariamente, que a atuação do 
profissional respeite os aspectos de sua fisiologia, reconheça aspectos sociais e culturais da 
família e ofereça suporte emocional facilitador de vínculo entre mãe e bebê. A assistência da 
enfermeira obstétrica permeia uma diversidade de saberes e competências que influenciam 
diretamente o cuidar de mulheres no trabalho de parto.12 
Entende-se, portanto, que a Enfermagem faz parte do contexto da Rede Cegonha, 
exercendo suas atribuições de forma a criar vínculos e auxiliar no processo de Acolhimento e 
Classificação de Risco desde a descoberta da gestação até seu acompanhamento após o parto. 
 
O Acolhimento e Classificação de Risco Obstétrico 
O acolhimento e a atenção devem ser baseados em redução de danos, para a 
implementação de estratégias na assistência da consulta de pré-natal, apresentando bons 
prognósticos no contexto vivenciado. Assim, é possível manter o vínculo de confiança entre 
gestantes e a equipe de Enfermagem na realização de um trabalho ético e na tentativa de 
minimizar os riscos irreversíveis para a saúde da mãe e da gestação em vida.13 
Entende-se segundo os artigos analisados, que o acolhimento e a classificação de 
risco são garantias proporcionadas pela RC e conduzem à tomada de decisões por parte do 
profissional da saúde a partir da escuta ativa das queixas do paciente, associada à avaliação 
clínica pautada em protocolos e fundamentada em evidências. Pode-se afirmar também que 
em obstetrícia, o acolhimento apresenta peculiaridades inerentes às necessidades e às 
demandas relativas ao processo gravídico, como a investigação de queixas comuns no período 
gestacional, por exemplo, cefaleia, náuseas, vômitos e visão turva, que podem camuflar 
situações clínicas demandando ação rápida; isso exige preparo das equipes de saúde para 
escuta qualificada e capacidade de julgamento clínico preciso.14 
Na especialidade em foco, a classificação de risco envolve categorias de gravidade, 
diferenciadas por cores: Vermelha (emergente) - pacientes com risco de morte; Laranja 
(muito urgente) - pacientes em estado crítico ou semicrítico não estabilizadas; Amarela 
(urgente) - pacientes em estado crítico ou semicrítico já estabilizadas; Verde (pouco urgente) - 
pacientes menos críticos, sem risco de agravos; Azul (não urgente) - pacientes não graves. 
21 
 
Este protocolo é bastante similar ao comumente utilizado nas Unidades de Pronto 
Atendimento.14 
O protocolo de acolhimento e classificação de risco constitui ferramenta de apoio à 
decisão clínica e linguagem universal para as urgências obstétricas. Seu propósito é a pronta 
identificação de casos críticos ou graves, possibilitando atendimento rápido e seguro de 
acordo com o potencial de risco, com base em evidências, além de basear e orientar uma 
análise sucinta e sistematizada para identificar situações de ameaça à vida.11 
Entretanto, o acolhimento igualmente irá levar em consideração as fragilidades no 
que tange à integralidade e humanização na atenção obstétrica no processo parturitivo, 
principalmente quanto ao vínculo e acolhimento, o uso indiscriminado de tecnologias e 
intervenções desnecessárias, conferindo assim a vulnerabilidade da mulher nesse contexto. 8 
Caso seja necessário, poderá haver um acompanhamento por profissionais 
qualificados, perfazendo o saber clínico e se corresponsabilizando, se conscientizando, se 
engajando verdadeiramente como profissionais de saúde e almejando a promoção do cuidado 
na estruturação de projetos terapêuticos singulares. Entretanto, o enfermeiro deve estar apto e 
qualificado a diferentes casos e situações do meio que venham a surgir. Nessa perspectiva, 
verifica-se a necessidade de trabalhar com uma equipe multiprofissional inserida tanto no 
contexto da Rede Primária a Rede Terciária, atendendo de forma consolidada tanto os 
profissionais que lidam com as gestantes, visando a presteza de um serviço qualificado.8 
O acolhimento, portanto, deve ser visto como uma das principais diretrizes éticas, 
estéticas e políticas da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) 
no Brasil. Definido em documentos oficiais como a recepção do usuário no serviço de saúde, 
compreende a responsabilidade dos profissionais pelo usuário, a escuta qualificada de sua 
queixa e angústias, a inserção de limites, se for preciso, a garantia de assistência resolutiva e a 
articulação com outros serviços para a continuidade do cuidado, quando necessário.13 
A gestação e o parto, como eventos naturais e fisiológicos, fazem parte da vida 
sexual e reprodutiva da mulher. Nessa perspectiva, a parturiente deve ser acompanhada de 
maneira favorável e não invasiva, possibilitando que ela mesma tome posse do seu trabalho de 
parto de forma ativa.15,16 
Portanto, o acolhimento e a humanização no cuidado durante o pré-natal são valores 
vitais e afetivos, contribuindo, assim, para refletir a assistência pré-natal, objetivando o 
direcionamento desse atendimento às necessidades específicas de cada mulher.17 
 
 
22 
 
As Práticas Educativas voltadas para a Gestante pela EnfermagemAs práticas educativas desenvolvidas por enfermeiros na Atenção Primária à Saúde 
estão relacionadas à educação em saúde com orientações à prevenção do autocuidado, 
cuidado adequado com o bebê, promoção da autonomia e empoderamento materno, 
comunicação interpessoal, capacitação da equipe e incentivo à participação de enfermeiros 
obstetras neste contexto. É relevante para desenvolvimento de estratégias que fortaleçam 
comunicação entre profissional e usuária por meio da escuta ativa, acolhimento humanizado, 
jogos e dinâmicas, incentivo à participação de familiares, acompanhantes e colaboração dos 
componentes da equipe multiprofissional.18 
Aproveitando-se do Acolhimento e Classificação de Risco Obstétrico, a Enfermagem 
pode utilizar a ocasião para a promoção do aleitamento materno até os dois anos de idade, 
considerando o aleitamento exclusivo nos seis primeiros meses, e introduzindo alimentos 
complementares saudáveis em tempo oportuno, fortalece a Rede Amamenta e Alimenta 
Brasil, também são ações estabelecidas no contexto da Rede Cegonha; organizando os 
serviços de atenção primária para garantir o acompanhamento da criança de maneira a avaliar 
o crescimento e desenvolvimento em todas as consultas de rotina, garantindo acesso às 
vacinas disponíveis no SUS e o preenchimento adequado da Caderneta de Saúde da Criança, 
atendendo resolutivamente o surgimento de possíveis intercorrências8 
O trabalho grupal pode ser utilizado como estratégia do processo educativo, pois a 
construção deste acontece a partir das interações entre seres humanos de forma dinâmica e 
reflexiva. A técnica de trabalho com grupos promove o fortalecimento das potencialidades 
individuais e grupais, a valorização da saúde, a utilização dos recursos disponíveis e o 
exercício da cidadania.9 
Observa-se que os cuidados em saúde têm relação direta com a assistência 
profissional, em que práticas humanizadas, pautadas numa relação empática de apoio e 
acolhimento, mostram-se eficazes para o desenvolvimento do autocuidado e cuidado do outro. 
Considera-se necessário criar, ainda, ações intersetoriais que repercutam na assistência 
prestada às portadoras do HIV, sensibilizando os profissionais para acolher este público, em 
todos os níveis atenção.19 
Em caso de vulnerabilidades e atendimento a gestantes em situação de rua, o 
Ministério da Saúde (MS), criou a política pública de saúde para a População em Situação de 
Rua (PSR), que tem como um dos seus objetivos trabalhar a Redução de Danos (RD), assume 
a responsabilidade da promoção da equidade, garantindo o acesso dessa população a outros 
atendimentos no SUS, por meio da implantação das equipes de Consultório na Rua. Desta 
23 
 
forma, não apenas as gestantes que procuram unidades de saúde passam a ser atendidas, mas 
também aquelas que ainda não tem vinculação com as unidades.13 
Por fim, verificou-se que diversos temas podem ser abordados, entre eles: A 
importância do pré-natal e as fases da gestação; Medicamentos na gravidez; Orientação sobre 
o teste do pezinho e as primeiras vacinas; Aleitamento Materno, nutrição e saúde do bebê; 
Tipos de parto (normal, cesárea, fórceps), Método Shantalla (massagem no recém-nascido); 
Cuidados com o recém-nascido: banho, curativo do coto, alterações fisiológicas próprias do 
recém-nascido e organização do enxoval; Volta a atividade sexual e utilização de métodos 
contraceptivos; e Cuidados bucais da mãe e do bebê.9 
 
CONCLUSÃO 
O Acolhimento Obstétrico deve ser pensado como a união de diversos fatores que 
levam a gestante a participar, criar vínculos e sentir-se “acolhida”. É um processo que envolve 
diversos processos de trabalho, equipes, serviços e redes, sempre se remetendo à perspectiva 
da clínica ampliada. Assim o acolhimento deixa de ser um ato isolado para ser também um 
dispositivo de acionamento de redes “internas”, “externas”, multiprofissionais, 
comprometidas com as respostas às necessidades das gestantes. 
Todo o atendimento deve estar voltado para a segurança e bem-estar da mãe e da 
criança, incluindo a classificação de risco que é feita normalmente através do protocolo de 
Manchester, já instituído comumente na Rede Cegonha, porém com pequenas especificidades 
obstétricas. 
Espera-se com este estudo que se tenha esclarecido e respondido aos objetivos 
propostos e sugerindo-se que se aprofunde a temática, preparando o profissional da 
enfermagem, para cada vez mais estar apto ao atendimento as gestantes, tornando o 
acolhimento parte de um cotidiano amigável e saudável. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERENCIAS 
 
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2013. 
2 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, SMS-RJ, Atenção ao Pré-natal, 2013. 
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direito de todos, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), 2014. 
 
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Acolhimento e classificação de risco em emergência obstétrica, Esc Anna Nery 
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8(1 Pt 1):102-6 
 
6 Pedrolo E, Danski MTR, Mingorance P, Lazzari LSM, Meier MJ, Crozeta K. A prática 
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Enferm 2009 Out/Dez; 14(4):760-3. 
 
7 Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a 
incorporação de evidências na saúde e na enfermagem, Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 
2008 Out-Dez; 17(4): 758-64. 
 
8 Oliveira EM Celento DD, A temática da Rede Cegonha e a inserção do enfermeiro nesse 
contexto. Revista de Saúde. 2016 Jan./Jun.; 07 (1): 33-38. 
 
9 Paulino HH, Souza P, Codato LAB, Muraguchi EMO, Higasi MS, Casaroto P, Raminelli M. 
Grupo de gestantes: uma estratégia de intervenção do PET-Saúde da Família, Revista da 
ABENO • 13(2): 76-81, 2013. 
 
10 Souza IA, Serinolli MI, Novaretti MCZ, Souza DCC, Compatibilidade entre os dados do 
cartão da gestante e o sistema informatizado da web sisprenatal PRISMA.COM (32) 2016, p. 
127-147. 
 
11 Bortoli CFC, Bisognin P, Wilhelm LA, Prates LA, Sehnem GD, Ressel LB. Factors that 
enable the performance of nurses in prenatal. Rev Fun Care Online. 2017 out/dez; 9(4):978-
983. 
 
12 Vargens COM, Silva ACV, Progianti JM, Contribuição de enfermeiras obstétricas para 
consolidação do parto humanizado em maternidades no Rio de Janeiro-Brasil Esc Anna Nery 
2017;21(1):e20170015. 
 
13 Araujo AM, Santos AAP, Lúcio IML, Tavares CM, Fidélis EPB O contexto da gestante na 
situação de rua e vulnerabilidade: seu olhar sobre o pré-natal 
 
14 Figueiroa MN, Menezes MLN, Monteiro EMLM, Aquino JM, Mendes NOG, Silva PVT 
Acolhimento e classificação de risco em emergência obstétrica Escola Anna Nery 21(4) 2017. 
25 
 
 
 
15 Santos ALM, Santini AVM, Subutzki LS, Berlato LP, Marchiori MRC, Souza MHT, Rede 
Cegonha e o protagonismo ao gestar: uma revisão narrativa da literatura. Disciplinarum 
Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 17, n. 2, p. 319-329, 2016. 
 
16 Correia SR; Silva JMO; Santos AAP; et al. Nursing care to adolescent woman in labor in 
the light of Wanda Horta’s theory. Rev Fund Care Online. 2017 jul/sep; 9(3):857-866. 
 
17 Silva LA, Alves VH, Rodrigues DP, Vieira BDG, Marchiori GRS, Santos MV. A 
humanização do cuidado pré-natal na perspectiva valorativa das mulheres gestantes. Rev Fun 
Care Online. 2018 out/dez; 10(4):1014-1019. 
 
18 Quental LLC, Nascimento LCC, Leal LC, Davim RMB, Cunha ICB, Práticas educativas 
com gestantes na atenção primária de saúde, Rev enferm UFPE on line., Recife, 11(Supl. 
12):5370-81, dez., 2017. 
 
19 Rahim SH, Gabatz RIB, Soares TMS, Milbrath VM, Schwartz E. Gestantes e puérperas 
soropositivas para o HIV e sus interfaces de cuidado. Rev enfermUFPE on line., Recife, 
11(Supl. 10):4056-64, out., 2017.

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