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Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 1 ANEXO B (Normativo) Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio B.1 Introdução B.1.1 Escopo O escopo deste anexo normativo é o de estabelecer os requisitos a serem atendidos pelas estruturas de concreto em situação de incêndio e a forma de demonstrar o seu atendimento. Este anexo tem as mesmas restrições da norma como um todo, ver seções 1 e 2. B.1.2 Objetivos B.1.2.1 Os objetivos gerais da verificação de estruturas em situação de incêndio são: - limitar o risco à vida humana; - limitar o risco da vizinhança e da própria sociedade; - limitar o risco da própria propriedade exposta ao fogo. B.1.2.2 Considera-se que esses objetivos são atingidos se for demonstrado que a estrutura mantém as seguintes funções: - função corta fogo – a estrutura não permite que o fogo a ultrapasse OU que o calor a atravesse em quantidade suficiente para gerar combustão no lado oposto ao incêndio inicial; - função de suporte - a estrutura mantém sua capacidade de suporte da construção como um todo ou de cada uma de suas partes, evitando o colapso global ou o colapso local progressivo. Essas duas funções devem ser verificadas, sob combinações excepcionais de ações, no estado limite último, de modo que são aceitáveis plastificações e ruínas locais que não determinem colapso além do local. B.1.2.3 Como plastificações, ruínas e até colapsos locais são aceitos, a estrutura só pode ser reutilizada após um incêndio se for projetada e executada a sua recuperação. Essa recuperação pressupõe que a estrutura volte a ter as características que apresentava antes do incêndio, recuperando todas as capacidades últimas e de serviço exigidas. B.1.2.4 Essa verificação pode eventualmente concluir que não existe necessidade de recuperação da estrutura se o incêndio foi pequeno e curto ou se a estrutura tinha proteção superabundante. B.1.3 Requisitos gerais Os requisitos estruturais descritos em B.1.2., isto é, manutenção, apesar do fogo, das funções de suporte e corta fogo, estão inseridos num conjunto maior de requisitos gerais de proteção contra incêndio. Esses requisitos podem ser resumidos em: - reduzir risco de incêndio; - controlar fogo em estágios iniciais; - limitar área exposta ao fogo (compartimento corta fogo); - criar rotas de fuga; - facilitar operação dos bombeiros; - evitar ruína prematura da estrutura dando tempo suficiente para fuga dos usuários e para ação dos bombeiros. Desses objetivos gerais deve-se concluir que edificações grandes, sobretudo mais altas, e contendo maior carga de incêndio (energia gerada pela combustão do material depositado no edifício) exigirão mais desses requisitos. Projetos que favoreçam a proteção contra incêndio, em termos desses requisitos gerais, especialmente facilitando a fuga dos usuários e a operação dos bombeiros, podem ter aliviadas as exigências em relação à resistência de sua estrutura ao fogo. Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 2 B.1.4 Referência normativa Para aplicação deste Anexo é necessário consultar a NBR 14432 que define, em função das características da construção e do uso da edificação, as ações que devem ser consideradas para representar a situação de incêndio. B.2 Propriedades dos materiais em situação de incêndio As propriedades dos materiais variam conforme a temperatura θ a que são submetidos por ação do fogo. B.2.1 Concreto B.2.1.1 Resistência característica à compressão na temperatura θθ fck (θ) = kc (θ) fck onde: fck é a resistência característica à compressão do concreto em situação normal, isto é, a 20 0C; kc (θ) é o fator de redução da resistência do concreto na temperatura θ, conforme figura 66. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 100011001200 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 θθ (ºC) kc Figura 66 – Fator de redução da resistência do concreto em função da temperatura Permite-se estimar a capacidade das peças de concreto em situação de incêndio a partir da resistência característica à compressão na temperatura θ. B.2.1.2 Módulo de elasticidade do concreto na temperatura θθ Eci (θ) = KcE (θ) Eci onde: Eci é o módulo de elasticidade inicial do concreto em situação normal, isto é, a 20 0C. Essa mesma expressão vale para o módulo secante Ecs. Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 3 KcE (θ) – fator de redução do módulo de elasticidade do concreto na temperatura θ, conforme figura 67. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 θθ (ºC) kcE Figura 67 – Fator de redução do módulo de elasticidade do concreto em função da temperatura B.2.2 Aço B.2.2.1 Aço de armadura passiva B.2.2.1.1 Resistência característica ao escoamento do aço de armadura passiva na temperatura θθ fyk (θ) = ks (θ) fyk onde: fyk é a resistência característica do aço de armadura passiva em situação normal, isto é, a 20 0C; Ks (θ) é o fator de redução da resistência do aço na temperatura θ conforme figura 68, onde: - curva 1 – Ks (θ) aplicável quando εsi ≥ 2%, usualmente armaduras tracionadas de vigas ou lajes; - curva 2 – Ks (θ) aplicável quando εsi < 2%, usualmente armaduras comprimidas de pilares, vigas ou lajes. Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 4 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 θθ (ºC) ks 1 2 Figura 68 – Fator de redução da resistência do aço de armadura passiva em função da temperatura B.2.2.1.2 Módulo de elasticidade do aço de armadura passiva na temperatura θθ Es (θ) = KsE (θ) Es Es é o módulo de elasticidade do aço de armadura passiva em situação normal, isto é, a 20 0C; KsE (θ) é o fator de redução do módulo de elasticidade do aço na temperatura θ, conforme figura 69. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 θθ (ºC) ksE Figura 69 – Fator de redução do módulo de elasticidade do aço de armadura passiva em função da temperatura Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 5 B.2.2.2 Aço de armadura ativa B.2.2.2.1 Resistência característica ao escoamento do aço de armadura ativa na temperatura θθ fpyk (θ) = Kp (θ)fpyk onde: fpyk é a resistência característica do aço de armadura ativa em situação normal, isto é, a 20 0C; Kp (θ) é o fator de redução da resistência do aço de armadura ativa na temperatura θ, conforme figura 70. 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 θθ (ºC) kp 1 2 Figura 70 - Fator de redução da resistência do aço de armadura ativa em função da temperatura B.2.2.2.2 Módulo de elasticidade do aço de armadura ativa na temperatura θθ Ep (θ) = KpE (θ)Ep onde: Ep é o módulo de elasticidade do aço de armadura ativa em situação normal, isto é, a 20 0C; KpE (θ) é o fator de redução do módulo de elasticidade do aço de armadura ativa na temperatura θ, conforme figura 71. Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 6 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 θθ (ºC) kpE Figura 71 - Fator de redução do módulo de elasticidade do aço de armadura ativa em função da temperatura B.3 Ação correspondente ao incêndio Conforme estabelecido na NBR 14432, a ação correspondente ao incêndio pode ser representada por um intervalo de tempo de exposição ao incêndio padrão1). Esse intervalo de tempo chamado tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) é definido nessa norma a partir das características da construção e do seu uso. O calor transmitido à estrutura nesse intervalo de tempo TRRF gera em cada elemento estrutural, função de sua forma e exposição ao fogo, uma certa distribuição de temperatura. Essas temperaturas geram por um lado redução da resistência dos materiais e da capacidade das peças. Por outro lado elas geram também esforços solicitantes, sejam decorrentes de alongamentos axiais, sejam decorrentes de gradiente térmicos. Como com o aquecimento a rigidez das peças diminui muito e a capacidade deadaptação plástica cresce muito, os esforços gerados por esse aquecimento podem ser em geral desprezados. Casos especiais em que essa hipótese precisa ser verificada devem atender ao disposto em B.4.4. B.4 Verificação de estruturas de concreto em situação de incêndio B.4.1 Introdução Em condições usuais, as estruturas são projetadas em temperatura normal (da ordem de 200C) e dependendo das suas características e uso devem ser verificadas em situação de incêndio. Essa verificação deve ser feita apenas no ELU para a combinação excepcional correspondente. Ver seções 10 a 12. qjk2j n 2 qqexcgkgdi F F F F ψγ++γ= Σ Observar que: 1) Definido em padrão internacional ISO. Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 7 a) usualmente desprezam-se todos os esforços decorrentes de deformações impostas, porque são muito reduzidos pelas grandes deformações plásticas que ocorrem em situação de incêndio; b) a ação do incêndio se traduz, usualmente, apenas na redução da resistência dos materiais e capacidade dos elementos estruturais; c) como o incêndio tem uma probabilidade de ocorrência extremamente baixa, a NBR 8681 permite adotar para o fator de combinação ψoj, o valor dos fatores de redução ψ2j correspondentes à combinação quase-permanente. d) assim a verificação usual da estrutura em situação de incêndio se reduz a mostrar que: [ ])(f ),(f ),(f R F¯ F S pykykckdiqjk2j n 2 qgkgdi θθθ≤ γ+γ= Σ Existem muitos métodos para fazer essa verificação. Para os efeitos desta Norma, são aceitos os três métodos descritos em B.4.2 a B.4.4. B.4.2 Método tabular Neste método, bastante prático, nenhuma verificação é efetivamente necessária, bastando atender às dimensões mínimas apresentadas nas tabelas 33 a 41, em função do tipo de elemento estrutural e do TRRF. Essas dimensões mínimas são normalmente: a espessura das lajes, a largura das vigas, as dimensões das seções transversais de pilares e tirantes e principalmente a distância entre o eixo da armadura longitudinal e a face do concreto exposta ao fogo (a). Os ensaios mostram que em situação de incêndio as peças de concreto rompem usualmente por flexão ou flexo-compressão e não por cisalhamento. Por isso considera-se apenas a armadura longitudinal nesse critério. Tabela 33 – Dimensões mínimas para lajes apoiadas em vigas a mm Apoiada nos quatro lados TRRF min h mm lly / llx ≤≤ 1,5 1,5 << lly / llx ≤≤ 2 Apoiada em até três lados 30 60 10 10 10 60 80 10 15 20 90 100 15 20 30 120 120 20 25 40 180 150 30 40 55 240 175 40 50 65 Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 8 Tabela 34 – Dimensões mínimas para lajes planas TRRF min h mm a mm 30 150 10 60 200 15 90 200 25 120 200 35 180 200 45 240 200 50 Tabela 35 – Dimensões mínimas para lajes nervuradas apoiadas em até três lados Combinações de bmin/a para nervuras mm/mmTRRF min 1 2 3 hf/a para capa mm/mm 30 80/15 80/10 60 100/35 120/25 200/15 80/10 90 120/45 160/40 250/30 100/15 120 160/60 190/55 300/40 120/20 180 220/75 260/70 410/60 150/30 240 280/90 500/70 175/40 Tabela 36 – Dimensões mínimas para lajes nervuradas apoiadas nos quatro lados Combinações de bmin/a para nervuras mm/mmTRRF min 1 2 3 hf/a para capa mm/mm 30 80/10 80/10 60 100/25 120/15 200/10 80/10 90 120/35 160/25 250/15 100/15 120 160/45 190/40 300/30 120/20 180 310/60 600/50 150/30 240 450/70 700/60 175/40 Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 9 Tabela 37 – Dimensões mínimas para vigas biapoiadas Combinações de bmin/a para vigas mm/mmTRRF min 1 2 3 4 bwmin mm 30 80/25 120/15 140/10 190/10 80 60 120/40 140/35 190/30 300/25 100 90 140/55 190/45 250/40 400/35 100 120 190/65 240/55 300/50 500/45 120 180 240/80 300/70 400/65 600/60 140 240 280/90 350/80 500/75 500/70 160 Tabela 38 – Dimensões mínimas para vigas contínuas Combinações de bmin/a para vigas mm/mmTRRF min 1 2 3 bwmin mm 30 80/12 140/12 190/12 80 60 120/25 190/12 300/12 100 90 140/35 250/25 400/25 100 120 220/45 300/35 500/35 120 180 380/60 400/60 600/50 140 240 480/70 500/70 700/60 160 Tabela 39 – Dimensões mínimas para pilares Combinações de bmin / a para pilares mm/mm Mais de 1 face exposta Uma face exposta µµfi = 0,2 µµfi = 0,5 µµfi = 0,7 µµfi = 0,7 TRRF min 1 2 3 30 150/10 150/10 150/10 100/10 60 150/10 170/10 190/10 120/10 90 170/10 210/10 240/35 140/10 120 190/40 250/40 280/40 160/45 180 240/50 320/50 360/50 200/60 240 300/50 400/50 450/50 300/60 Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 10 Tabela 40 – Dimensões mínimas para pilares parede Combinações de bmin/a para pilares parede mm/mm µµfi = 0,35 µµfi = 0,7 Uma face exposta Duas faces expostas Uma face exposta Duas faces expostas TRRF min 1 2 3 4 30 100/10 120/10 120/10 120/10 60 110/10 120/10 130/10 140/10 90 120/20 140/10 140/25 170/25 120 140/25 160/25 160/35 220/35 180 180/45 200/45 210/55 300/55 240 230/60 250/60 270/70 360/70 Tabela 41 – Dimensões mínimas para tirantes Combinações de bmin/a para tirantes mm/mmTRRF min 1 2 30 80/25 200/10 60 120/40 300/25 90 140/55 400/45 120 200/65 500/45 180 240/80 600/60 240 280/90 700/70 Quando do emprego do método tabular, devem ser considerados os aspectos a seguir relacionados: a) na elaboração das tabelas para lajes foi considerada a condição de fogo por baixo, isto é, incêndio sob a laje. Para vigas e nervuras considerou-se fogo por três faces (laterais e inferior); b) na verificação de vigas de largura variável, deve ser considerada a largura no nível do centro de gravidade da armadura; c) na verificação de vigas com talão, deve ser considerada para largura o menor entre a largura do talão e sua altura média; d) no cálculo das espessuras mínimas e distâncias à face do concreto (a) pode-se considerar o revestimento, respeitadas as seguintes prescrições: - revestimentos garantidamente aderentes de argamassa de cal e areia têm 67% de eficiência relativa ao concreto; - revestimentos de argamassa de cimento e areia aderentes têm 100% de eficiência relativa ao concreto; Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 11 - revestimentos protetores, como: gesso, fibra de amianto e vermiculita, desde que aderentes, têm 250% de eficiência relativa ao concreto; isto é, pode-se majorar essas espessuras de 2,5 vezes antes de somá-las à dimensão do elemento estrutural revestido. e) quando as barras da armadura forem dispostas em camadas, a distância média à face do concreto (am) deve respeitar o valor amin tabelado. O valor de am deve sempre ser o menor entre os seguintes valores: am < onde: avi é a distância da barra i, de área Asi, ao fundo da viga; ahi é a distância da barra i, de área Asi, à face lateral mais próxima. f) todas as tabelas foram montadas para armadura passiva CA-25, CA-50 ou CA-60, procurando evitar que, no centro de gravidade do tirante tracionado, a temperatura atinja o valor crítico de 5000C. A temperatura crítica é aquela em que a armadura tende a entrar em escoamento para a combinação de ações correspondentes à situação de incêndio; g) como as armaduras ativas têm temperaturas críticas menores, 4000C para barras e 3500C para fios e cordoalhas, o valor da distância à face do concreto deve ser acrescido de: - 10mm para barras com θcr = 400 0C - 15mm para fios e cordoalhas com θcr = 350 0C h) analogamente, para θcr ≤ 400 0C, a largura mínima de vigas ou tirantes deve ser aumentada de acordo com a seguinte expressão: bmin = bmin, tabelado + 0,8 (400 - θcr) onde: bmin é dado em milímetros. i) nas tabelas 39 e 40, relativas a pilares e pilares parede, o coeficiente adimensional µfi representa a relação entre os esforços solicitantes de cálculo em situação de incêndio e os esforços resistentes de cálculo em situação normal. Usualmente µfi pode ser avaliado por 0,70 da relação Sd/Rd em situação normal. B.4.3 Método simplificado de cálculo O método simplificado de cálculo é baseado nas seguintes hipóteses: a) as solicitações de cálculo em situação de incêndio (Sdi) podem ser calculadasadmitindo-as iguais a 70% das solicitações de cálculo em temperatura normal 200C qualquer que seja a combinação de ações considerada, ou seja: Sdi ≅ 0,70 Sd Essa equação despreza qualquer solicitação gerada pelas deformações impostas em situação de incêndio; b) a resistência de cálculo em situação de incêndio de cada elemento pode ser calculada com base na distribuição de temperatura obtida para sua seção transversal considerando exposição ao fogo ∑ ∑ si sivi A Aa ∑ ∑ si sihi A Aa Texto conclusivo da Revisão da NBR 6118 12 conforme o TRRF. Essa distribuição de temperatura pode ser obtida na literatura técnica ou calculada em programas específicos; c) os esforços resistentes podem ser calculados pelos critérios estabelecidos nesta norma para temperatura normal (200C) adotando para o concreto e o aço a resistência média em situação de incêndio. Essa média se obtém distribuindo uniformemente na seção de concreto ou na armadura total, a perda total de resistência por aquecimento do concreto ou das armaduras respectivamente. No caso geral de pilares submetidos à flexão composta, a resistência remanescente deve ser distribuída numa seção de concreto reduzida. Essa redução de seção, necessária para simular corretamente a redução de resistência à flexão dos pilares, pode também ser encontrada na literatura. Observar que essa resistência característica média remanescente deve ser calculada na parte comprimida da seção. Observar ainda que os coeficientes de ponderação a aplicar nesse caso são os correspondentes às combinações excepcionais, isto é, 1,2 para o concreto e 1,0 para o aço. B.4.4. Métodos gerais de cálculo Os métodos gerais de cálculo devem considerar pelo menos: a) combinação de ações em situação de incêndio composta rigorosamente com base na NBR 8681; b) os esforços solicitantes de cálculo podem ser acrescidos dos efeitos do aquecimento, desde que calculados por modelos não lineares capazes de considerar as profundas redistribuições de esforços que ocorrerem; c) os esforços resistentes devem ser calculados considerando as distribuições de temperatura conforme o TRRF. d) ambas as distribuições, de temperatura e resistência, devem ser rigorosamente calculadas considerando as não linearidades envolvidas. B.4.5 Método experimental Em casos especiais, como peças pré-moldadas industrializadas por exemplo, pode-se considerar resistência ao fogo superior à calculada com base nesta norma, desde que justificada por ensaios, conforme NBR 5628.
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