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Fisico-QuimicaIII-SoluçoesEletrolíticas-Condutividade-04-ver02

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Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
- ATKINS, P. W.; PAULA, Julio 
de. Físico-química. 10ª. ed. Rio 
de Janeiro, RJ: LTC, 2014. V. 2
Seção: 19B
Livro texto
Se possível 
consulte este livro 
também
 Moore, Walter John. Físico-química 
[por] Walter J. Moore; tradução da 
4a ed. Americana: helena Li chun [e 
outros] supervisão: ivo Jordan. – 
São Paulo: Blucher, 1976. V.2
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 2
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Propriedades de soluções eletrolíticas a partir de processos eletródicos
- Condutividade
Definições:
Resistência Elétrica ( R ): é a capacidade de um corpo qualquer se opor à 
passagem de corrente elétrica pelo mesmo, quando existe uma diferença de 
potencial elétrico aplicada. Uma das unidades no SI é ohm ().
Resistividade Elétrica (  ): (também resistência elétrica específica) é uma 
medida da oposição de um material ao fluxo de corrente elétrica, a qual pode ser 
definida pela seguinte equação:
- em que: l é o comprimento do material e A a área de seção reta do material.
- uma das unidades da resistividade elétrica no SI é ohm·metro (·m)
R=ρ l
A
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 3
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Propriedades de soluções eletrolíticas a partir de processos eletródicos
- Condutividade
Definições:
Condutância Elétrica (G): é o recíproco da resistência elétrica (G = 1/R).
uma das unidades no SI é ohm-1 (-1) que tem o nome de siemens (S), 
isto é: S = -1.
- A condutância do material (amostra) diminui com o comprimento atravessado 
(l) pela corrente e aumentada com a área da seção reta (A) do material 
condutor.
- Assim: - em que:  é condutividade.
- Com a condutância em siemens e com as dimensões geométricas em metros, 
uma das unidades no SI de condutividade é siemens por metro (S·m-1).
G=κ A
l
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 4
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Propriedades de soluções eletrolíticas a partir de processos eletródicos
 - Condutividade das soluções Eletrolíticas
- A medida fundamental para estudar o movimento de 
íons em solução é a da resistência elétrica (R) da 
solução.
- A técnica padrão é incorporar uma célula de 
condutividade num braço de uma ponte de resistência e 
buscar o equilíbrio, como é usual nas medidas de 
resistências elétricas.
- É preciso fazer a medida com a corrente alternada, pois 
a corrente contínua levaria à eletrólise e a polarização 
dos eletrodos, isto é, à modificação da composição das 
camadas da solução em contato com os eletrodos.
- Corrente alternada com frequência da ordem de 1 kHz 
pode evitar a polarização.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 5
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Propriedades de soluções eletrolíticas a partir de processos eletródicos
Condutividade das soluções Eletrolíticas
- A condutividade de uma solução depende do número de íons presentes;
- Assim é normal usar a condutividade molar (m), definida por: 
- sendo c é a concentração em quantidade de substância do eletrólito.
• No SI uma das unidades de condutividade molar pode ser siemens metro 
quadrado por mol (S·m2·mol-1) 
- A condutividade molar (m) de um eletrólito seria independente da concentração 
se condutividade () fosse proporcional à concentração do eletrólito.
- Porém, na prática, a condutividade molar varia com a concentração do 
eletrólito.
Λ
m
 = κ/c
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 6
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
- Condutividade molar versus concentração do eletrólito
- O que se observa é que há duas classes de 
eletrólitos – Forte e Fraco.
- Fatos:
- em eletrólito fraco a concentração de íons é 
quase que exclusivamente devido ao grau de 
dissociação ou ionização;
- em eletrólito forte, quando diluído a mobilidade 
dos íons é praticamente independente da 
concentração. Mas quando concentrado as 
interações são cada vez mais forte.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 7
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
- Friedrich Kohlrausch e colaboradores (1869 - 1890)
- Numa extensa série de medidas mostrou que em baixas concentrações as 
condutividades molares dos eletrólitos fortes variam linearmente com a raiz 
quadrada da concentração;
- isto é:  Lei de Kohlrausch 
- em que: °m é a condutividade molar limite
e K é uma constante experimental que depende mais da estequiometria do 
eletrólito do que da natureza dos íons.
Eletrólito Forte
lim
c→0
Λm=lim
c→0 (κc )=Λ °m
m = °m – K·c1/2
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 8
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Lei da condutividade independente dos íons
- em 1876 F. W. Kohlrausch de forma empírica enunciou a lei da condutividade 
independente ou da migração independente dos íons.
- “ Em diluição infinita (c → 0), a “condutividade molar” dos eletrólitos é uma 
propriedade aditiva, sendo dada pela soma de contribuições fixas e 
características dos íons constituintes, chamadas de condutividades molares 
limites do cátion e do ânion”.
- Kohlrausch mostrou que m° pode ser expressa como a soma das contribuições 
dos íons separados.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 9
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Lei da condutividade independente dos íons
- Condutividades molares limites (m°), em água, a 298 K
Pares de 
eletrólitos m°/(S·cm2·mol-1) Δm°/(S·cm2·mol-1)
Pares de 
eletrólitos m°/(S·cm2·mol-1) Δm°/ (S·cm2·mol-1)
KCl 149,86
23,41
KCl 149,86
4,90NaCl 126,45 KNO3 144,96
KNO3 144,96 23,41
NaCl 126,45
4,90
NaNO3 121,55 NaNO3 121,55
KI 150,32
23,41
BaCl2 139,94 4,90
NaI 126,91 Ba(NO3)2 135,04
- Com isto pode-se afirmar que:
Condutividade molar limite do cátion
m° = +·+ + -·-
Condutividade molar limite do ânion
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 10
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares limites dos íons
- O conhecimento das condutividades molares limites dos íons permite diversas 
aplicações.
a) Determinação da condutividade molar de eletrólitos fracos e de sais 
dificilmente solúveis.
- A relação: m° = +·+ + -·-
é válida tanto para eletrólitos fortes como para fracos, embora as condutividades 
molares limites dos íons só possam ser determinadas pelo estudo de eletrólitos 
fortes.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 11
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares limites dos íons
Exemplo 1: A condutividade molar limite (m°) do ácido acético (HAc).
m°(HAc) = (H+) + (Ac-)
valores tabelados
obtida a partir dos acetatos 
solúveis (são eletrólitos fortes)
Alternativa:
m°(HAc) = m°(HCl) + m°(NaAc) - m°(NaCl) 
obtida a partir dos ácidos fortes 
(por exemplo: HCl)
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 12
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares limites dos íons
- Em soluções de sais dificilmente solúveis (pouco solúveis) é praticamente 
impossível realizar medidas de condutividade.
Exemplo 2: A condutividade molar limite (m°) do cloreto de prata.
m°(AgCl) = (Ag+) + (Cl-)
valores tabelados
Alternativa:
m°(AgCl) = m°(AgNO3) + m°(NaCl) - m°(NaNO3) 
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 13
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares limites dos íons
- Determinação da solubilidade de sais dificilmente solúveis
- a solubilidade de um sal, numa dadatemperatura, é expressa pela 
concentração da solução saturada.
- pois tem-se o seguinte equilíbrio: M
ν+
A
ν-
(s) ν
+
Mz+(aq) + ν
-
Az-(aq)
- Lembrando que: m = /c
- e que em solução saturada de sais pouco solúveis é extremamente diluída, a 
sua condutividade molar está muito próxima da condutividade molar limite.
- isto é: m  m° e assim : m° = /s
Solubilidade
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 14
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares limites dos íons
Determinação da solubilidade de sais dificilmente solúveis
Exercício: 
Determinar a solubilidade (expressar em conc. em quantidade de substância) 
do AgCl na água, a 25,0 °C, sabendo que a condutividade da solução saturada 
deste sal é 3,41x10-6 S·cm-1. Tendo-se usado uma água cuja condutividade era 
de 1,60x10-6 S·cm-1.
Dado: m°(AgCl) = 138,3 S·cm2·mol-1
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 15
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
- A condutividade varia com a adição do titulante, pois tem-se a seguinte situação:
A + B + (C + D)  [AD] + C + B
Titulado
Titulante
- Três comportamento possíveis
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 16
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
1) Quando a condutividade decresce
Exemplo: titulação do ácido forte por base forte ou o inverso.
- neste caso os íons H+ e OH-, que possuem elevadas condutividades, são 
removidos sob a forma de H2O e substituídos por outros de baixas 
condutividades.
- se é a titulação da solução de ácido clorídrico por solução de hidróxido de 
sódio temos a seguinte reação:
 H+(aq) + Cl-(aq) + (Na+(aq) + OH-(aq))  H2O(l) + Na+(aq) + Cl-(aq)
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 17
0 Vgasto
 κ
Vpf
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
H+(aq) + Cl-(aq) + (Na+(aq) + OH-(aq))  H2O(l) + Na+(aq) + Cl-(aq)
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 18
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
2) Quando a condutividade permanece praticamente inalterada
- Casos que ocorrem reações de precipitação.
Exemplo: a titulação de uma solução de KCl por solução padrão de AgNO3
K+(aq) + Cl-(aq) + (Ag+(aq) + NO3-(aq))  AgCl(s) + K+(aq) + NO3-(aq)
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 19
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
K+(aq) + Cl-(aq) + (Ag+(aq) + NO3-(aq))  AgCl(s) + K+(aq) + NO3-(aq)
0 Vgasto
 κ
Vpf
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 20
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
3) Quando a condutividade cresce
Exemplo: a titulação de um ácido fraco por uma base fraca.
- é o caso da titulação de solução de ácido acético com solução de hidróxido 
de amônio. 
CH3COOH(aq) + (NH4OH(aq))  H2O(l) + NH4+(aq) + CH3COO-(aq)
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 21
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
CH3COOH(aq) + (NH4OH(aq))  H2O(l) + NH4+(aq) + CH3COO-(aq)
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Aplicações das condutividades molares
Determinação do ponto final em análise titrimétrica – Titulação Condutométrica
0 Vgasto
 κ
Vpf
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 22
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Eletrólito Fraco
- Os eletrólitos fracos não são totalmente ionizados em solução;
- Assim a condutividade molar provém do equilíbrio de ionização ou dissociação 
destes;
- por exemplo, em uma solução de um ácido fraco, HA, o seguinte equilíbrio é 
estabelecido:
 HA(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + A-(aq)
- em que temos:
=1
pelo fato da água ser o 
solvente e considerando os 
casos de soluções diluídas
Ka=
aH3 O+aA -
aHAaH2O
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 23
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Eletrólito Fraco
 HA(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + A-(aq)
- A condutividade depende do número de íons em solução e, portanto, do grau 
de ionização, , do eletrólito.
- Considerando uma solução diluída tem-se que: ai  (ci/c°), pois i  1, isto é, a 
solução tem comportamento de solução diluída ideal.
- No equilíbrio teremos que:
 c(H3O+) = ·c c(A) = ·c c(HA) = (1-)·c
Ka=
a
H3 O
+aA -
aHA
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 24
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Eletrólito Fraco
- Tendo que : 
 HA(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + A-(aq)
ou
ai  (ci/c°)
c(H3O+) = ·c c(A) = ·c c(HA) = (1-)·c
- Então:
Ka=
a
H3 O
+aA -
aHA
Ka=
α2(c /c°)
(1−α)
α=
Ka
2(c /c °){[1+ 4(c /c °)K a ]
1 /2
−1}
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 25
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Eletrólito Fraco
 HA(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + A-(aq)
- Na diluição infinita o ácido (eletrólito) está completamente ionizado, assim:
m = m°
- Já em soluções diluídas de eletrólito fraco somente uma fração () está 
ionizada,
- Portanto: m = ·m° ou  = m / m°
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 26
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Eletrólito Fraco
 HA(aq) + H2O(l) H3O+(aq) + A-(aq)
- tendo Ka , m = ·m° e a equação:
- chega-se à lei da diluição de Ostwald que é:
1
α=1+
α(c /c °)
Ka
1
Λm
= 1
Λm °
+
Λm(c /c°)
Ka(Λm °)
2
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 27
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Condutividade das soluções Eletrolíticas
Eletrólito Fraco
- Determinação de pKa por medida de condutividade
- exemplo:
- Uma solução aquosa de ácido acético 0,0100 mol·dm-3 tem, à 298 K, 
condutividade molar de 1,65 mS·m2·mol-1. Sabendo que a condutividade molar 
limite deste ácido é 39,05 mS·m2·mol-1 calcule o grau de ionização e o pKa. 
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 28
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons
- Para compreendermos as medidas de condutividades devemos saber a razão 
de os íons se deslocarem a velocidades diferentes, de terem condutividades 
molares diferentes e de as condutividades molares dos eletrólitos fortes serem 
função decrescente da raiz quadrada da concentração em quantidade de 
substância.
- Para isto devemos considerar que, embora o movimento de um íon em 
solução seja sempre aleatório, a presença de um campo elétrico introduz uma 
componente orientada do movimento e há uma migração do íon através da 
solução.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 29
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons
Velocidade de migração
- O campo elétrico () que aparece entre dois eletrodos com diferença de potencial 
de  é dado por:
- em que l é a distância entre os eletrodos
- Neste campo elétrico, um íon com carga z·e, sofreuma força cujo modulo é:
ε=Δϕ
l
F=|z|eε=|z|eΔϕ
l
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 30
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons
Velocidade de migração
- Um cátion responde a aplicação do campo elétrico sendo acelerado para o 
eletrodo negativo e um ânion no sentido oposto.
- Este movimento acelerado é de curta duração;
- quando o íon se desloca através do solvente, sofre uma força de atrito 
retardadora, Fatr , proporcional a sua velocidade, s, isto é:
 Fatr  s ou Fatr = 6· ·a·s
Fórmula de Stokes
Viscosidade do solvente
raio do íon
Velocidade de migração
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 31
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons
Velocidade de migração (s)
 mas F e Fatr atuam em direções opostas e os íons adquirem rapidamente uma 
velocidade terminal, a velocidade de migração, s, quando uma força equilibra a 
outra.
s= |z|eε
6πηa
F = Fatr
- e assim:
F=|z|eε
Fatr = 6·π·η·a·s
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 32
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons
Mobilidade iônica (u)
- Como vimos: s   ou s = u·
- em que u é a mobilidade iônica, isto é, a velocidade do íon por unidade de 
campo elétrico (gradiente de potencial elétrico).
- assim: ou 
H+ 36,23 OH- 20,64
Na+ 5,19 Cl- 7,91
K+ 7,62 Br- 8,09
Zn2+ 5,47 SO42- 8,29
Mobilidades iônicas na água a 298 K [u/(10-8 m2·s-1·V-1)]
u= |z|e
6πηa
u= sε
s= |z|eε
6πηa
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 33
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
- A utilidade das mobilidades iônicas se manifesta na relação que elas 
proporcionam entre as grandezas acessíveis às medidas diretas e às 
grandezas teóricas.
- Temos que:   u
- Isto é:  = z·F·u assim: m° = (+·z+·u+ + -·z-·u-)F
- por exemplo: para o CuSO4 (z:z) tem-se que z = 2
- logo: m° = z(u+ + u-)F
Número de carga (igual ao modulo da valência)
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 34
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
- Imagine a seguinte situação em solução eletrolítica (um eletrólito forte) sob a 
ação de um campo elétrico:
Por que esta relação é válida?  = z·F·u 
 _
+
Cá
tion
ânio
n
s +·
t
s -·
t
área A
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 35
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
Considerando que: 
- c é a concentração do eletrólito
- + o número de cátions por unidade formal de eletrólito
- - o número de ânions por unidade formal de eletrólito
- z+ o número de carga do cátion
- z- o número de carga do ânion
 teremos que: +·c e -·c são as concentrações de cátions e ânions
 [para uma espécie qualquer (cátion ou ânion) vamos simplificar para:  ·c]
Com isto teremos que a densidade numérica, isto é, o número de partículas por 
unidade de volume será: n =  ·c·NA Constante de Avogadro.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 36
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
- Com isto teremos que:
 o número de íons, N
i
, que atravessa a área A, imaginária, durante o intervalo t 
é igual ao número de íons que estiverem à distância s·t desta área e, portanto, 
igual ao número de íons no volume, V
l
 = s·t·A;
- o número de íons de cada espécie nesse volume é: 
 N
i
 = 
n
·V
l
 = ( ·c·NA)·(s·t·A)
- assim o fluxo através da área considerada será:
 _
+ C
átio
n
ânio
n
s +·
t s -
·t
área A
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 37
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
- assim o fluxo, J, através da área A considerada será igual:
ao número, N
i 
, de cada tipo de íon que passa através da área dividido pela área, 
A, e pelo intervalo de tempo, Δt. 
- mas: s = u· e então: 
J (íons)=
sΔ tAνcN A
AΔ t
=sνcN A
J (carga)=|z|esνcN A=|z|sνcF
J (carga)=|z|uνcFε
- isto é:
- cada íon é portador da carga z·e, então o fluxo de carga (a densidade de 
corrente) é:
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 38
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
- No entanto a corrente, I, através da área, A, provocada pelo movimento dos 
íons que estamos analisando, é:
 I = J·A  
- mas, também, de acordo com a lei de Ohm:
 = |z|·u· ·c·F
- como:
z = |z|
Conc. dos íons (+ ou -)
 m° = (+·z+·u+ + -·z-·u-)F
I=|z|uνcFεA=
|z|uνcFAΔϕ
l
I=Δϕ
R
=GΔϕ=κAΔϕ
l
λ= κ
νc
 λ=zuF
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 39
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
Número de Transporte (ti )
- É definido como a fração da corrente gerada pelo movimento dos íons de uma 
certa espécie (i).
- Para uma solução com as duas espécies de íons, cátions (+) e ânions (-) 
temos que:
Corrente pertinente aos ânions
Corrente total
- mas: I = I+ + I- - logo: t+ + t- = 1
t+=
I +
I
t -=
I -
I
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 40
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
Número de Transporte (ti)
- O número de transporte limite (ti°), define-se de maneira semelhante, tomando 
porém a solução do eletrólito a diluição infinita.
- Na condição de diluição infinita podemos considerar que não há interações 
iônicas.
- Como temos que a corrente associada a cada tipo de íon está relacionada com 
a mobilidade dos íons pelas seguintes equações: 
I = I+ + I-
t+=
I+
I
t -=
I -
I
I +=
|z+|u+ν +cFAΔϕ
l
I -=
|z-|u-ν -cFAΔϕ
l
t+ °=
|z+|ν +u+
|z+|ν +u++|z -|ν -u-
t - °=
|z-|ν -u-
|z+|ν +u++|z-|ν -u-
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 41
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
Número de Transporte (ti)
- como |z+|·+ = |z-|·- para todas as espécies iônicas, logo:
- e como: + = |z+|·u+·F e - = |z-|·u-·F, também temos que :
λ+ = |z+|·u+·F
λ- = |z-|·u-·F
t+ °=
ν +λ+
ν +λ++ν -λ -
=
ν +λ+
Λm°
t- °=
ν -λ -
ν +λ++ν -λ -
=
ν -λ -
Λm°
ν +λ+=t +°Λm °
ν -λ -=t -°Λm °
t - °=
u-
u++u-
t+ °=
u+
u++u-
t+ °=
|z+|ν +u+
|z+|ν +u++|z -|ν -u-
t - °=
|z -|ν -u-
|z+|ν +u++|z -|ν -u-
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 42
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
Número de Transporte (ti)
Medidas dos números de transporte
- Existem três métodos para a determinação experimental do número de 
transporte.
- a) Método de Hittorf: baseado na observação das variações de concentrações 
nas regiões catódicas e anódicas;
- b) Método da fronteira móvel: acompanha-se diretamente o movimento de uma 
fronteira formada numa coluna de eletrólito que indica o movimento dos íons,
- c) Método baseado na medida da f.e.m de células galvânicas de concentração.
** Independente do método as condições experimentais devem ser tais que o 
transporte ocorra apenas por migração, ou seja, os fenômenos de difusão e 
convecção devem ser eliminados, ou pelo menos minimizados.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 43
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Mobilidade dos íons e Condutividade
Número de Transporte (ti )
- Método Hittorf (J. W. Hittorf – 1853)
Fonte:http://www.phywe.fr/index.php/fuseaction/download/lrn_file/versuchsanleitungen/P3060401/e/
LEC06_04_LV.pdf
Coulômetro 
(Coulombímetro) 
de Cobre
Célula de Hittorf
Fonte DC
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Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Número de Transporte (ti)
- Método Hittorf (J. W. Hittorf – 1853)
O método se baseiano seguinte:
- a eletrólise de uma solução provoca modificações nas concentrações das 
espécies iônicas nas vizinhanças dos eletrodos, devido às mobilidades dos 
diversos íons serem diferentes.
- fazendo-se a eletrólise em uma célula de Hittorf é possível determinar as 
concentrações inicial e final, nos compartimentos anódico e catódico, o que 
permitirá calcular o número de transporte das espécies iônicas de um eletrólito.
** A migração dos íons é acompanhada pela migração do solvente, pois estes 
estão solvatados. Nestas circunstâncias, é necessário realizar as determinações 
das quantidades de íons presentes no início e no final da eletrólise usando como 
referência uma massa ou volume constante de solvente.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 45
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Número de Transporte (ti)
- Método Hittorf (J. W. Hittorf – 1853)
- Vamos considerar o caso de um eletrólito 1:1 do tipo AX e que os eletrodos são 
inertes em relação aos íons provenientes do eletrólito.
- Determinação do número de transporte do cátion:
- Como já vimos anteriormente: 
- em que:
• q é a carga total que circulou durante a eletrólise (carga esta que pode ser 
determinada pelo coulômetro);
• q+ é carga transportada pelos cátions durante a eletrólise
- Como determinar q+?
Lembre-se, para o ânion: 
t+=
I +
I
t -=
I -
I
t+=
q+
q
t -=
|q-|
q
 e que: t+ + t- = 1
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 46
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Número de Transporte (ti)
- Método Hittorf (J. W. Hittorf – 1853)
- Como determinar q+?
Para o caso de eletrólise em meio aquoso com eletrodos inertes e sendo os 
íons do eletrólito espécies não eletroativas tem-se o seguinte:
- durante a eletrólise, no cátodo (polo negativo) ocorre a redução e isto faz com que 
cátions A+z migrem para este compartimento e ânions X-z saiam.
- se conhecemos ou determinamos as quantidades inicial e final de cátions presentes 
no compartimento catódico, encontramos a quantidade que migrou durante a 
eletrólise;
- se no
C é a quantidade de substância inicial do cátion presente no compartimento 
catódico e n
f
c a quantidade de substância do cátion no final da eletrólise neste 
compartimento;
- então nmc, a quantidade de substância do cátion que migrou para o compartimento 
catódico, devido a eletrólise será dada por:
nf
c = no
c + n
m
c nmc = nf
c - no
c
ou
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 47
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Número de Transporte (ti)
- Método Hittorf (J. W. Hittorf – 1853)
- Como determinar q+?
- conhecendo: e tendo que: q+ = nmc·z+·F
- então: e
- Análise semelhante também pode ser feita para o ânion neste compartimento 
(compartimento catódico).
- Buscando uma determinação mais precisa, recomenda-se a determinação do 
número de transporte de uma espécie iônica nos dois compartimentos.
- Eletrodos ativos também pode ser usados, pois a essência do método está no 
balanço de material nos compartimentos devido a eletrólise.
t+=
nm
cz+F
q
t+ + t- = 1
nmc = nf
c - no
c
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Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Número de Transporte (ti)
- Método Hittorf (J. W. Hittorf – 1853)
Exemplo:
1) Uma solução de LiCl foi eletrolisada numa célula de Hittorf usando eletrodos inertes. Após 
passar uma corrente de 0,790 A durante 2,00 h, a massa de LiCl (M = 42,39 g·mol-1) do 
compartimento anódico diminuiu de 0,793 g.
reação global: 2H
2
O(l) + 2Cl-(aq) → Cl
2
(g) + H
2
(g) + 2OH-(aq)
a) Calcule os números de transporte para os íons.
b) Se Λ°
m
(LiCl) é 115,0 S·cm2·mol-1, quais são as condutividades iônicas e as mobilidades 
iônicas?
2) Uma solução 7,545×10-3 mol·kg-1 de CdI2, foi eletrolisada usando eletrodos inertes numa 
célula de Hittorf. A massa de cádmio depositada no catodo foi de 0,03462 g. 152,64 g de 
solução foi retirada do compartimento anódico e apresentou 0,3718 g de CdI2. Calcule os 
números de transporte para os íons Cd2+ e I-.
reação global: CdI2(aq)  Cd(s) + I2(aq)
3) Uma solução de AgNO3 foi eletrolisada usando eletrodos de prata visando calcular o 
número de transporte do Ag+ e do NO3-. Foi analisado apenas o compartimento anódico. 
Após a aplicação de 140,28 mA durante 500 s, foi verificado que a quantidade de substância 
de AgNO3 da solução mudou de 1,08 mmol para 1,50 mmol. A partir desses dados, calcule o 
número de transporte dos íons.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 49
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Interações íon-íon e Condutividade dos eletrólitos 
- Como vimos a condutividade molar diminui linearmente com a raiz quadrada da 
concentração, na região de concentrações moderadas;
- O que é dado pela lei Kohlrausch: m = °m – K·c1/2 
- Os eletrólitos fortes encontram-se completamente ionizados em todas as 
concentrações, embora em concentrações maiores se possam formar pares 
iônicos, especialmente quando os íons são bi ou trivalentes;
- Portanto, a causa responsável pela diminuição da condutividade molar com a 
concentração deve ser atribuída, neste caso, essencialmente à redução da 
mobilidade iônica permanecendo constante o número de íons disponíveis para o 
transporte de carga (corrente), pelo menos enquanto a concentração for moderada.
- A teoria de P. Debye e E. Hückel (1923) propõe um modelo de estrutura para uma 
solução eletrolítica em que o coeficiente de atividade iônico médio é dependente da 
raiz quadrada da concentração do eletrólito (c1/2).
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 50
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Interações íon-íon e Condutividade dos eletrólitos 
- De acordo com esta teoria um eletrólito forte possui uma “estrutura” em que cada 
íon está envolvido por uma atmosfera de carga igual e oposta. A densidade de 
carga desta atmosfera diminui radialmente do íon central para a periferia, mas 
sendo perfeitamente simétrica, os centros da atmosfera e do íon central coincidem 
perfeitamente.
- No entanto para levar em conta o efeito do movimento na condutividade, é 
preciso alterar a imagem de atmosfera iônica como uma nuvem de carga com 
simetria esférica.
Atmosfera iônica sem a 
ação de um campo elétrico
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 51
- Quando um íon está em movimento devido a ação de campo elétrico, a 
atmosfera iônica deste não se ajusta instantaneamente em torno deste de 
forma simétrica.
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Interações íon-íon e Condutividade dos eletrólitos 
Atmosfera iônica sob a 
ação de um campo elétrico
+ -
- O efeito geral deste desequilíbrio, uma vez que as duas cargas envolvidas 
têm sinais opostos, é o aparecimento de uma força retardadora do movimento 
do íon.
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 52
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Interações íon-íon e Condutividade dos eletrólitos 
- Esta força retardadora tem três contribuições:
- Primeira: a força de atrito proporcional à velocidade do íon em relação ao 
solvente considerado imóvel. A que já foi considerada quando definimos 
velocidade de migração (tendo a lei de Stokes como válida);
- Segunda: a força que tem origem num efeito assimétrico ou de relaxação da 
atmosfera iônica.
- Terceira: a força que tem origem num efeito eletroforético, assim chamado pela 
semelhança com o que se opõe ao movimento de uma partícula coloidal num 
campo elétrico. O solvente em torno de um íon positivo contém mais íons 
negativos do que positivos. Mas as cargas negativas com água de solvatação 
deslocam-se em direção oposta ao movimento do íon positivo. 
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 53
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Interações íon-íon e Condutividade dos eletrólitos 
- A formulação quantitativa destes efeitos não é simples. Mas com base nestes 
argumento, P. Debye, E. Hückele depois L. Onsager (1926) estabeleceram uma 
relação entre a condutividade molar e condutividade molar limite, que é conhecida 
como equação de Onsager.
m = °m – (A + B· °m)·c1/2 
- em que: e
são constantes que dependem da natureza do solvente e da valência dos íons do 
eletrólito.
Aα z
2
ηT1/2
Bα z
3
T 3/2
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 54
Soluções Eletrolíticas - Condutividade
Interações íon-íon e Condutividade dos eletrólitos 
Dependência entre as condutividades 
molares e a raiz quadrada da força iônica, 
em comparação com a dependência 
prevista pela teoria de Debye-Hückel e 
Onsager.
Fonte: ATKINS, P. W.; PAULA, J. de, Físico-Química, 
9ª. ed.,Vol. 2, Rio de Janeiro, LTC, 2012.
experimental
teórico
Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano 55
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