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LIVRO-TRILHA 3

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INSTALAÇÕES 
PREDIAIS
Fernanda Delmutte 
de Andrade
Instalações elétricas 
prediais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir os fundamentos de eletricidade, telecomunicações e 
automação.
  Identificar a lógica das instalações elétricas de comandos de eletrici-
dade, telecomunicações e automação.
  Compatibilizar o projeto de instalações elétricas com os projetos 
técnicos complementares.
Introdução
As instalações elétricas prediais são responsáveis por levar energia às 
edificações; juntamente com os projetos de telecomunicações e auto-
mação, elas propiciam funcionalidade, conforto e segurança. No entanto, 
para serem eficazes, elas devem ser executadas de forma a prover o 
fornecimento adequado, suficiente e seguro de eletricidade. Para que 
isso ocorra, o desenvolvimento do projeto deve considerar as legislações 
e normas vigentes, bem como as recomendações de concessionárias e 
outros agentes reguladores. Deve também ser compatibilizado com os 
demais projetos técnicos complementares.
Neste capítulo, você vai estudar os fundamentos de eletricidade, 
telecomunicações e automação, analisando a lógica de seus comandos 
nas instalações elétricas. Você também vai verificar como compatibilizar o 
projeto de instalações elétricas com os projetos técnicos complementares. 
Eletricidade, telecomunicações e automação
Os sistemas elétricos são responsáveis por levar energia às edifi cações e, 
quando aliados aos sistemas de automação e de telecomunicações, propor-
cionam funcionalidade, conforto e segurança aos usuários. Iniciaremos este 
capítulo com os fundamentos de eletricidade, telecomunicações e automação. 
Vamos lá?
Eletricidade
A eletricidade pode ser defi nida como o fl uxo de energia elétrica através de 
uma trajetória contínua, segundo Bertoncel (2008). Utilizada no mundo todo, 
ela é facilmente transportada e apresenta baixos índices de perda energética 
durante conversões. Para a obtenção da eletricidade é possível utilizar fontes 
renováveis, como a força das águas e dos ventos, por exemplo, ou turbinas e 
geradores, transformando-se outras formas de energia (mecânica e química, 
por exemplo) em eletricidade.
A geração de energia elétrica no Brasil acontece majoritariamente por meio 
de usinas hidrelétricas, devido à competitividade econômica desse modelo e à 
abundância de recursos hídricos no país. Existem outras formas de geração de 
eletricidade, por exemplo, por meio de usinas termelétricas, eólicas e solares 
fotovoltaicas. O uso da eletricidade proporciona às edificações diversas faci-
lidades, como a iluminação e o uso de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, 
entre outros. Com o passar dos anos, o avanço tecnológico trouxe novas 
formas de interação e comunicação, como as telecomunicações, que, por sua 
vez, demandam projetos específicos. 
Telecomunicações
Segundo Medeiros (2007, p. 16), “as telecomunicações constituem o ramo da 
engenharia elétrica que trata do projeto, da implantação e da manutenção dos 
sistemas de comunicações e têm por objetivo principal atender à necessidade do 
ser inteligente de se comunicar a distância”. As telecomunicações acontecem 
por diversos meios, dentre eles o telefone fi xo, o telefone móvel, os satélites e 
a fi bra ótica. O desenvolvimento das telecomunicações possibilitou que estas 
pudessem se integrar a dispositivos como câmeras, por exemplo, automatizando 
serviços, como os de segurança. 
Automação
Para entendermos o conceito de automação, vejamos a defi nição proposta 
por Barbosa (2006, p. 6):
Instalações elétricas prediais2
A automação pode ser entendida como a possibilidade da substituição de 
atos e decisões humanas, por atos e decisões efetuadas por computadores, 
devidamente alimentados de informações, no comando de determinados 
dispositivos, geralmente em processos repetitivos, ou que exijam esforços 
físicos, reduzindo a possibilidade de erros nas decisões sujeitas à emoção, 
cansaço, dúvida, tempo e inexperiência, entre outras razões.
Surgido na indústria, o conceito de automação objetivava a substituição da 
mão de obra humana por máquinas e sistemas de controle, cabendo às máquinas 
e aos sistemas a supervisão e otimização do controle dos processos, a fim de 
aumentar a produtividade e, também, a qualidade da produção. Na década de 
1980, a automação passou a ser empregada em edificações, trazendo benefícios 
como segurança, conforto pessoal e uso racional de energia, conforme leciona 
Montebeller (2006).
A automação aplicada às edificações trouxe a ideia de edifício inteligente, 
em que a estrutura, os sistemas, os serviços e a gestão são otimizados, a fim 
de proporcionar um ambiente produtivo e economicamente racional, segundo 
Montebeller (2006).
Vejamos abaixo um exemplo de edifício brasileiro inteligente, o Eldorado 
Business Tower.
3Instalações elétricas prediais
Edifício Inteligente — Eldorado Business Tower — São Paulo/ SP — Brasil
Projetado pelo escritório paulistano Aflalo e Gasperini e concluído em 2007, o Eldorado 
Business Tower possui características que o tornam eficiente do ponto de vista do 
consumo energético e, também, sob a ótica do usuário.
Fachada: permite o aproveitamento de 70% da luz natural e retém apenas 28% do 
calor, o que gera economia em iluminação e ar-condicionado.
Elevadores: possuem um dínamo que, a cada chegada e partida, regenera e rea-
proveita a energia, o que gera uma economia de 50% em relação ao que é consumido 
por um elevador comum.
Certificado Platinum: o Eldorado Business Tower foi o primeiro edifício brasileiro 
a receber o certificado Platinum de eficiência energética, o mais alto da categoria na 
América Latina.
Fonte: Estúdio ABC (2017, documento on-line).
Fonte da imagem: Aflalo e Gasperini ([2018], documento online).
A automação em edifícios proporciona seu melhor funcionamento. Em uma 
escala maior — as cidades —, utilizando-se das telecomunicações e aliada 
ao processo de gestão urbana, a automação também pode trazer benefícios à 
vida dos cidadãos. Temos, então, outro conceito, o de cidades inteligentes, 
ou smart cities. 
Instalações elétricas prediais4
Segundo Pupo (2017, p. 31), as smart cities são “um aglomerado urbano que maximiza os 
benefícios proporcionados aos habitantes e aos frequentadores e minimiza os impactos 
econômicos, sociais e ambientais por meio da adoção de soluções tecnológicas que 
propiciam eficiência no uso de recursos e na entrega de serviços”.
Agora que já conhecemos os fundamentos de eletricidade, telecomunicações 
e automação, vamos aprender a lógica desses sistemas. 
Comandos de eletricidade, telecomunicações e 
automação
Começaremos com as instalações elétricas, em que o fornecimento de ener-
gia elétrica é realizado por empresas concessionárias por meio de pontos de 
entrega, até os quais a concessionária é responsável pela execução, operação e 
manutenção dos serviços necessários, conforme leciona Carvalho Júnior (2010).
O fornecimento pode ocorrer por ligação monofásica, bifásica, trifásica 
ou, ainda, por ligações de cargas especiais. Veja o Quadro 1 para conhecer 
essas ligações.
5Instalações elétricas prediais
 Fonte: Adaptado de Carvalho Júnior (2010). 
Tipo de ligação Definição
Monofásica Constituída por dois fios: fase e 
neutro. Deve ser realizada para carga 
total instalada de até 12 kW, para 
tensão de fornecimento 127/220 
V, e até 15 kW, para 220/380 V. 
Bifásica Constituída por três fios: duas fases 
e um neutro. Deve ser realizada 
para carga total instalada acima de 
12 kW até 25 kW, para tensão de 
fornecimento 127/220 V, e acima 
de 15 kW até 25 kW, para tensão 
de fornecimento 220/380 V.
Trifásica Constituída por quatro fios: três fases 
e um neutro. Deve ser realizada 
para carga total instalada acima de 
25 kW até 75 kW, para tensão de 
fornecimento 127/220 V, e também 
acima de 25 kW até 75 kW, para 
tensão de fornecimento 220/380 V.
Ligação de carga especial Voltada para a ligação de aparelhoscom carga de flutuação brusca, 
como solda elétrica, motor com 
partidas frequentes, aparelho 
de raio-X, entre outros.
 Quadro 1. Ligações 
Para que a energia chegue às edificações, há um padrão de entrada, cons-
tituído por ramal de ligação, poste particular ou pontalete, caixas, proteção, 
aterramento, ferragens e quadro de medição. Esses itens são de responsabilidade 
do consumidor e não mais da concessionária (CPFL, 2018).
Na Figura 1 podemos observar um esquema do padrão de ligação para 
fornecimento de energia elétrica. 
Instalações elétricas prediais6
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Figura 1. Padrão de entrada com medição em poste particular e padrão de entrada com 
medição em muro.
Fonte: CPFL (2018, p. 80). 
Trecho AB–Ramal de ligação até 30,00 m
 BC–Ramal de entrada embutido
 CD–Circuito alimentador embutido
 DE–Circuito alimentador aéreo
 B–Ponto de entrega
Trecho AB–Ramal de ligação até 30,00 m
 BC–Ramal de entrada embutido
 B–Ponto de entrega
C
E
Cavidade para inspeção
do aterramento
Cavidade para inspeção
do aterramento
Poste particular
Medição e proteção
Medição e proteção
Eletrodo do ramal
de entrada
Eletrodo do ramal
de entrada
Condutor do ramal
de entrada
Condutor do ramal
de entrada
D
B
B
Ponto de entrega
Ponto de entrega
Condutor do circuito
alimentador aéreo
isolado
Circuito
alimentador embutido
C
A
A
Ver item 4.17
Ver item 11.3
Ver item 7.2
Ver item 7.1
Condutor do ramal
de ligação
Condutor do ramal
de ligação
Rede secundária
de distribuição
Rede secundária
de distribuição
Vimos como a energia chega às edificações e, agora, veremos como ela se 
distribui em seu interior. Para tanto, é fundamental conhecermos os conceitos 
de tensão, corrente elétrica e potência, com base em Carvalho Júnior (2010):
  Tensão: é a força que impulsiona os elétrons livres nos fios (os elétrons 
são partículas invisíveis em constante movimento, de forma desorde-
nada). Sua unidade de medida é o volt (V). 
7Instalações elétricas prediais
  Corrente elétrica: é o movimento ordenado dos elétrons livres nos 
fios. Sua unidade de medida é o ampère (A).
  Potência: voltagem (V) multiplicada pela amperagem (A).
Os equipamentos que dependem de energia elétrica, como lâmpadas, 
aquecedores e eletroeletrônicos, transformam a energia elétrica que recebem 
em outras formas, como a energia mecânica. A maior parte das cidades do 
Brasil utiliza as tensões fase-neutro (127 V) e fase-fase (220 V), e os apare-
lhos costumam ser de 127 V, 220 V, ou, ainda, bivolt, ou seja, funcionam em 
ambas as voltagens. O cálculo de consumo é realizado com base na potência 
dos equipamentos utilizados e o tempo de uso de cada um deles.
A distribuição da instalação elétrica fica concentrada no quadro de distri-
buição; nele também ficam os dispositivos de controle e proteção dos circuitos. 
Do quadro de distribuição, a corrente passa pelas prumadas elétricas e pelas 
caixas de passagem. As prumadas elétricas consistem em um conjunto 
de eletrodutos que ficam em um único local de subida para as edificações 
verticais. As caixas de passagem são, normalmente, embutidas na parede, 
podem ser confeccionadas em diversos materiais e formatos e seu tamanho 
varia de acordo com a quantidade de eletrodutos que nela chegam; nessas 
caixas acontece a distribuição dos cabos e fios, conforme leciona Carvalho 
Júnior (2010).
A transmissão de energia elétrica dentro da edificação é realizada por 
meio de circuitos, que podem ser de distribuição ou terminais. Os circuitos 
de distribuição subdividem-se em principal (alimentador) e divisionários 
(subalimentador), originam-se no quadro de medição e alimentam os quadros 
terminais ou quadros de distribuição. Em relação aos circuitos terminais, 
estes partem dos quadros terminais, onde ficam os disjuntores, fusíveis, 
chaves, barramentos e relés, e distribuem-se para a alimentação dos pontos 
de iluminação e de tomadas, ainda conforme Carvalho Júnior (2010).
Além da energia elétrica, a conexão à internet e as demais telecomunica-
ções também necessitam de um projeto específico. A NBR 14565, que dispõe 
sobre o procedimento básico para a elaboração de projetos de cabeamento de 
telecomunicações para rede interna estruturada, estabelece que, dentro desse 
sistema, estão projetos que consideram voz (telefonia), dados (comunicação 
entre microcomputadores), imagens (videoconferência), sonorização, controle 
de iluminação, sensores de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, 
controles ambientais (ar-condicionado e ventilação), entre outros.
Instalações elétricas prediais8
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O sistema de telefonia precisa de um projeto específico que, além de 
compatibilizado com os demais projetos, deve ser submetido à aprovação 
na concessionária de telefonia, dependendo do tamanho da edificação. Se-
melhante ao projeto de instalações elétricas, o projeto de telefonia também 
prevê um sistema de entrada, para o qual é utilizado o mesmo poste de entrada 
de energia, que pode ser de concreto armado ou ferro tubular. A tubulação 
de entrada de telefonia deve passar por um eletroduto de PVC rígido, ferro 
esmaltado ou galvanizado, que é fixado no poste. Da caixa externa para a 
edificação, as tubulações de telefonia devem ser embutidas na parede ou no 
piso e passar por aterramento, a fim de aumentar a segurança em caso de 
descargas atmosféricas. Em edificações verticais, assim como as tubulações 
de instalações elétricas, as de telefonia também necessitam passar por uma 
prumada para serem distribuídas às unidades por meio das caixas de distri-
buição (relativas ao andar) e de saída (relativas à unidade), conforme explica 
Carvalho Júnior (2013).
Um sistema de automação predial consiste em gerenciar e integrar to-
dos os sistemas de um edifício (persianas motorizadas, ar-condicionado, 
ventilação, aquecimento, interruptores, elevadores, sensores, transmissão 
de dados e telefonia, segurança e iluminação, entre outros), além de prover 
segurança, conforto e flexibilidade. Sem a necessidade de intervenções físi-
cas na instalação, um sistema de automação utiliza computadores para gerir 
as instalações e os aparelhos que serão executados de forma automatizada, 
segundo Carvalho Júnior (2010).
No Quadro 2, a seguir, veremos como a automação atua nos itens citados 
anteriormente como passíveis de integração por processos de automação.
9Instalações elétricas prediais
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 Fonte: Adaptado de Carvalho Júnior (2010). 
Item Impacto da automação
Elevadores Elevadores automatizados podem 
atender a pavimentos determinados 
ou evitar o deslocamento a um andar 
no qual há outro equipamento mais 
próximo, por exemplo. Também 
é possível a instalação de um 
circuito fechado de televisão (CFTV) 
para câmeras de segurança. Tais 
condições impactam a melhoria 
do atendimento aos usuários e o 
aumento da eficiência energética.
Ar-condicionado Com a automação, os equipamentos 
podem ser condicionados a 
manterem uma temperatura 
constante no ambiente ou, 
ainda, a obedecerem a limites 
pré-determinados pelo 
usuário, por exemplo.
Transmissão de dados e telefonia Os sistemas de transmissão de 
dados não só dão acesso a redes, 
como fazem o controle dos demais 
sistemas que envolvem informática. 
Segurança Sistemas de CFTV permitem o 
controle de acesso e vigilância, 
por exemplo, e podem ser 
integrados a sistemas de iluminação, 
elevadores, entre outros.
Iluminação Com a automação, é possível 
controlar a intensidade luminosa de 
acordo com o ambiente, por exemplo.
 Quadro 2. Impactos da automação sobre elevadores, ar-condicionado, transmissão de 
dados e telefonia, segurança e iluminação 
Há também a possibilidade de automação de ambientes inteiros, por 
exemplo, uma sala de TV, que pode ter uma integração dos sistemas de som, 
imagem e ar-condicionado, deforma a proporcionar maior conforto durante 
sua utilização. 
Instalações elétricas prediais10
Agora que já conhecemos os fundamentos e o funcionamento dos sistemas 
elétricos, vamos aprender a compatibilizá-los com os demais projetos técnicos 
complementares.
Compatibilização do projeto de instalações 
elétricas com os projetos técnicos 
complementares 
Durante o desenvolvimento de um projeto, deve-se considerar que os projetos 
de instalações elétricas precisam respeitar a legislação vigente e observar as 
recomendações técnicas de empresas concessionárias, Corpo de Bombeiros e 
outros agentes reguladores, além de serem compatibilizados com outros projetos 
técnicos complementares. A compatibilização tem o objetivo de identifi car e, 
posteriormente, corrigir possíveis interferências entre os diferentes projetos, 
a fi m de que, quando iniciado o processo de execução, não ocorram erros 
que gerem retrabalho, atrasos e desperdício de materiais, conforme leciona 
Carvalho Júnior (2013). Ainda conforme o autor:
O tempo dispendido na compatibilização do projeto arquitetônico com o 
projeto de instalações elétricas será recuperado quando na execução de am-
bos, evitando desperdício de energia e o mau funcionamento dos aparelhos 
e equipamentos, permitindo fácil operação e manutenção de toda instalação 
(CARVALHO JÚNIOR, 2010, p. 1).
A compatibilização é fundamental para o desenvolvimento de projetos 
que envolvam mais de uma disciplina e deve ser realizada tanto em projetos 
desenvolvidos em 2D, ou seja, por meio de plantas bidimensionais, quanto 
em modelos 3D, como os desenvolvidos em BIM, por exemplo. Em projetos 
bidimensionais, a compatibilização acontece por meio de sobreposição de 
plantas; já no caso de modelos 3D, as interferências são detectadas visualmente 
(SAEPRO, [2018]).
11Instalações elétricas prediais
BIM é uma sigla que vem do termo em inglês building information modelling, ou, em 
português, “modelo de informação da construção”. BIM é um conceito de modelagem 
e gerenciamento de projetos e obras que prevê o desenvolvimento de projetos de 
forma integrada. Por meio da virtualização do projeto, é possível identificar e corrigir 
possíveis erros e interferências, facilitando, assim, a compatibilização entre as disciplinas 
de um projeto de edificação, por exemplo.
No contexto da compatibilização, uma solução possível para a passagem 
das tubulações de instalações elétricas é o uso de shafts, que são dutos verticais 
destinados à passagem de tubulações (Figura 2). Sua utilização evita a quebra 
de alvenaria para passagem dos referidos tubos, bem como os conflitos com 
outras instalações, como as hidráulicas, por exemplo, além de facilitarem a 
realização de futuras manutenções, segundo Carvalho Júnior (2010).
Figura 2. Exemplo de shaft para passagem de instalações elétricas.
Fonte: Comunidade da construção ([2018], documento on-line). 
Instalações elétricas prediais12
Sem a realização da compatibilização entre as etapas do projeto, as in-
terferências serão identificadas somente durante a execução, o que gerará 
retrabalho, atrasos e desperdício de materiais, entre outros inconvenientes. 
Neste capítulo você estudou os fundamentos de eletricidade, telecomu-
nicações e automação, aprendeu a identificar a lógica dessas instalações e 
a compatibilizar o projeto de instalações elétricas com os demais projetos 
técnicos complementares.
AFLALO; GASPERINI. Eldorado business tower. [2018]. Disponível em: <https://aflalo-
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Pós-Graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade 
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BERTONCEL, A. B. Apostila de instalações elétricas prediais. 2008. Disponível em: <https://
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Blucher, 2013. 
13Instalações elétricas prediais
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Instalações elétricas prediais14
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