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Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4619 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 PERFIL DOS USUÁRIOS ATENDIDOS NA SALA VERMELHA DE UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 24H PROFILE OF USERS SERVED IN THE RED ROOM OF A 24 HOUR HEALTH UNIT PERFIL DE LOS USUARIOS ATENDIDOS EN UN SALÓN ROJO DE UNA UNIDAD DE ATENDIMIENTO 24H Tânia Catarina Sobral Soares¹, Cristiano Bertolossi Marta², Roberto Carlos Lyra da Silva³, Antonio Augusto de Freitas Peregrino4, Luiz Carlos Santiago5, Vivian Schutz6 RESUMO Objetivo: descrever o perfil dos usuários que permanecem por mais de 24h na sala vermelha das UPA 24h. Método: estudo exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa, que utilizou dados extraídos de um Sistema Informatizado para a Análise Frequencial Simples dos resultados. Resultados: na UPA 2, a idade de 18 a 35 anos teve uma apresentação de 18%. A UPA 2 apresentou uma prevalência do trauma em 14,4%. As saídas nas UPA 2 e 3 foram de 36% e o óbito foi de 44% somente na UPA 1. Conclusão: este estudo pode demonstrar a necessidade de rever o fluxo de saída dos usuários atendidos na UPA 24h, e que estas saídas só podem ser realizadas a partir do sistema de regulação para hospitais de retaguarda, de modo que não haja deficiência nas transferências. Como pode ser observado, houve transferências sendo realizadas entre UPAs com percentual de 5%. Descritores: Emergências; Humanização da Assistência; Enfermagem em Emergência. ABSTRACT Objective: to describe the profile of users who stay for more than 24 hours in the red room of the 24h ECU. Method: an exploratory-descriptive study, with a quantitative approach, using data extracted from a Computerized System for the Simple Frequency Analysis of the results. Results: ECU 2, at age 18 to 35 years had a presentation of 18%. ECU 2 presented a prevalence of trauma in 14.4%. The outputs in ECU 2 and 3 were 36% and death was 44% in ECU 1 only. Conclusion: this study can demonstrate the need to review the outflow of users served at 24h ECU, and that these outputs can only be performed from the regulatory system for rear, in hospitals so that there is no deficiency in the transfers. As can be observed, there were transfers being performed between ECU s with a percentage of 5%. Descriptors: Emergencies; Humanization of Assistance; Emergency Nursing. RESUMEN Objetivo: describir el perfil de los usuarios que permanecen por más de 24 horas en el salón rojo de la UPA 24h. Método: estudio exploratorio-descriptivo de enfoque cuantitativo, con el uso de datos extraídos del Sistema Computarizado para Análisis Frecuencia Simples de los resultados. Resultados: en la UPA 2, la edad de 18 a 35 años tuve una presentación de 18%. La UPA 2 presentó una prevalencia del trauma en 14,4%. Las salidas en las UPA 2 y 3 fueron de 36%, y la muerte fue 44% sólo en la UPA 1. Conclusión: este estudio puede demostrar la necesidad de revisar el flujo de salida de los usuarios atendidos en la UPA 24h, y que estas salida sólo puede ser realizada desde el sistema de regulación para hospitales secundarios, de modo que no haya deficiencia en las transferencias. Como se puede observar, ocurrieron transferencias llevadas a cabo entre UPAs con porcentaje de 5%. Descriptores: Urgencias Médicas; Humanización de la Atención; Enfermería de Urgencia. ¹Enfermeira, Mestre em Analise Econômica (egressa), Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Biociências, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Unirio. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: tcssmel@hotmail.com; 2Enfermeiro, Professor Doutor em Enfermagem (Pós-doutor), Departamento de Fundamentos de Enfermagem, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Unirio. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: cristianobertol@gmail.com; 3Enfermeiro, Professor Doutor, Coordenador do Curso de Doutorado em Enfermagem e Biociências, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/ PPGENFBIO/Unirio UNIRIO. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: proflyra@gmail.com; 4Enfermeiro, Professor Doutor, Laboratório de Ciências Radiológicas, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/ LCR/Unirio. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: antoniop@gmail.com; 5Enfermeiro, Professor Doutor (Pós-Doutor), Departamento de Enfermagem Fundamental, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Unirio. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: luisolitrio@gmail.com; 6Enfermeira, Professora Doutora (Pós-doutoranda), Departamento de Enfermagem Fundamental/Unirio. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mail: vschutz@gmail.com ARTIGO ORIGINAL mailto:tcssmel@hotmail.com mailto:cristianobertol@gmail.com mailto:proflyra@gmail.com mailto:antoniop@gmail.com mailto:luisolitrio@gmail.com mailto:vschutz@gmail.com Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4620 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h é uma unidade de saúde que funciona atendendo usuários nas especialidades de clínica médica e pediátrica, caracterizada como um serviço pré-hospitalar fixo “ambulância sem rodas”, específico para pequenas e médias urgências e emergências, inclusive odontológicas, além de estar preparada para o atendimento de pacientes graves, até que sejam removidos para um hospital de referência. Trata-se de um conceito de unidade de saúde intermediária, entre o posto de saúde e o hospital.1 A UPA pode ser considerada um componente do pré-hospitalar fixo, fazendo assim parte de uma complexa rede de saúde, onde é referência no atendimento da dor torácica no Estado do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, na Região Metropolitana I, inclusive nos episódios atendidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (CBMERJ/SAMU).1 Possui, como característica marcante, uma padronização visual orientada pela luz da Humanização, o que significa dizer que o atendimento é realizado com acolhimento e seguindo a lógica da classificação de risco. O protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) é institucional e informatizado. Tem- se o protocolo de dengue informatizado também. O fluxo de atendimento é totalmente informatizado e, após sua finalização pelo médico, por meio do boletim de atendimento eletrônico (BAM), o usuário recebe o tratamento medicamentoso completo, totalmente gratuito, para uso em casa por até sete dias.1-2 A fim de reorientar e aprimorar o modelo de Administração dos Serviços de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde de Estado do Rio de Janeiro (SES/RJ) passou a contar com a Gestão Compartilhada, sob o modelo de Organização Social de Saúde (OSS). Com isso, as UPAs foram agrupadas em lotes de unidades conforme critérios regionais, onde cada uma pertence a uma OSS1. A UPA é dividida em dois eixos, Azul e Vermelho, por onde os usuários podem ter acesso. Pelo eixo azul têm acesso os usuários que buscam atendimento por demanda espontânea. Este é iniciado pelo Acolhimento com Classificação de Risco, cujo risco é estratificado pelo enfermeiro, possibilitando a priorização dos casos graves ou com possibilidade de agravamento. Já no eixo vermelho, encontram-se as salas de observação amarela, adulto e pediátrica e, assim como na sala vermelha, os usuários são recebidos ou transferidos por meio de transporte médico hospitalar. Em situação de gravidade, poderão permanecer por 24h em observação1-2. O Ministério da Saúde prevê que o fluxo de um atendimentona sala vermelha, dependendo do agravo de saúde, começa com a tentativa de estabilizar o usuário para depois retorná-lo para a sala amarela até posterior alta ou, em caso de não haver sucesso na reversão do quadro, o usuário deverá ser encaminhado à Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de retaguarda. 1-2 Normalmente, estes usuários precisam continuar em cuidados intensivos, com terapia medicamentosa apropriada, terapia nutricional, terapia transfusional, fisioterapia respiratória e suporte ventilatório, para conseguirem alguma chance de sobrevida. Muitas vezes, por não existirem vagas nos hospitais de retaguarda, eles permanecem por mais de 24 horas na unidade, apesar de a portaria de nº. 342, de 04 de março de 2013, prever que devessem ficar em observação por um prazo máximo de 24 horas, por ser a UPA 24 horas considerada um componente não hospitalar.1-3 A Secretaria Estadual de Saúde contava com um grupo de monitores enfermeiros em sua gestão que realizavam visitas diárias nas UPAs. Estes monitores percebiam que a permanência de usuários por mais de 24 horas na sala vermelha gerava superlotação, além de limitar o atendimento a outros usuários que necessitam desta unidade. Este fato pode levar a diversos fatores que dificultam o andamento administrativo da UPA como, por exemplo, o planejamento adequado de recursos materiais e humanos e as possíveis ações judiciais. O diagnóstico da demanda a este serviço pode estabelecer critérios de atendimento, de assistência, de capacitação da equipe e de feedback, tanto para a população, quanto para o sistema de saúde. Salienta-se que a obtenção, em tempo hábil, de informações fidedignas, tanto no nível consultivo, quanto decisório, é uma condição estratégica para o funcionamento do sistema de saúde,2 portanto, com base no exposto, a realização desse estudo tem como objetivo: ● Descrever o perfil dos usuários que permanecem por mais de 24 horas na sala vermelha das UPAs. Estudo exploratório-descritivo, de abordagem quantitativa, que se utilizou de MÉTODO INTRODUÇÃO Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4621 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 dados extraídos de um Sistema Informatizado para análise e discussão. Foi extraído de uma pesquisa de mestrado, cujo cenário foi a sala vermelha de três UPAs 24h de uma mesma Organização Social de Saúde (OSS), no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Foram escolhidas três das cinco Unidades de Pronto Atendimento 24h (UPA), por terem as mesmas características e por estarem inseridas na mesma região de Coordenação de Área Programática 3.1(CAP), sob a mesma gestão compartilhada de Organização Social de Saúde (OSS) com a Secretária Estadual de Saúde de Estado do Rio de Janeiro (SES/RJ), estando localizadas na região metropolitana I do Município do Rio de Janeiro. A UPA 24h (Unidade de Pronto Atendimento) é constituída por estrutura modular, ambiente climatizado e totalmente informatizado. Para efeito de preservação do sigilo das unidades envolvidas, as UPAs do estudo foram nomeadas por números 1, 2 e 3. Os dados fornecidos para a construção desse trabalho foram extraídos de um Sistema Informatizado utilizado pelas UPA, conhecido como UPA 24h® - versão: 5.5.3.18, e trabalhados em conjunto com o setor de estatística da OSS e da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RJ). As variáveis selecionadas para este estudo foram: sexo, idade, unidade, código internacional da doença (CID), tempo de permanência, óbito e saídas por alta ou transferências. O período em que as variáveis foram consultadas foi de março de 2013 a março de 2014. Cada UPA participante do estudo possui uma sala vermelha com dois leitos que são compostos de: dois monitores multiparâmetros (frequência cardíaca, pressão arterial não invasiva, frequência respiratória, saturação de oxigênio); seis bombas infusoras; um desfibrilador bifásico; um carro de ressuscitação; um prancha longa; colar cervical de diversos tamanhos um de cada, (P, M, G e pediátrico); dois ventiladores mecânicos microprocessados para transporte; dois termômetros individuais; dois leitos com grades; dois redes de oxigênio, duas redes de ar comprimido; dois vácuos; dois aspiradores de secreções portáteis; duas bolsas ventilatórias com máscaras com reservatório; dois suportes para soro, materiais e medicamentos de uso emergencial e contínuo.3 Ficam escalados mensalmente um enfermeiro e um técnico de enfermagem que cumprem carga horária de trabalho de 40 horas semanais, com uma escala de 24 x 72 h. O dimensionamento da equipe de enfermagem da UPA 24h, na sala vermelha, está de acordo com a Resolução COFEN 293/2004, que determina a presença de um enfermeiro e um técnico de enfermagem na sala vermelha nas 24h.4 Diante da Resolução CFM 2077/2014, no âmbito da urgência e emergência, o dimensionamento tornou-se um assunto controverso, mas a resolução mostra que se faz necessário um médico para cada dois leitos de sala vermelha.5 Na escala médica, fica um médico clínico designado à realização de visitas nas salas amarela adulto e vermelha. Após a realização da rotina médica, este só atende as intercorrências quando solicitado e cumpre uma carga horária de 12h ou 24h semanais. Pressupõe-se que as três UPAs tenham, em comum, o perfil de atendimento clínico, sendo que uma delas não realiza atendimento pediátrico devido à capacidade física instalada para a demanda ofertada. A partir da apresentação do código internacional das doenças (CID-10), foi feito um agrupamento das doenças de acordo com sistema afetado, destacando os mais prevalentes das três UPAs do estudo, onde encontrou-se as doenças dos Sistema cardiovascular (PCR, ICC, AVC, Arritmias, SCA, IAM, HAS e Choque); Sistema respiratório (PNM e Insuficiência Respiratória Aguda); Sistema renal (ITU e IRA); Sistema gastrointestinal (GEA, pancreatite), Traumas (agressão, perfuração por arma de fogo, traumatismo craniano encefálico, dor e abdome agudo) e os problemas Agudos (hipoglicemia, parto, hiperglicemia, câncer, dengue e intoxicação exógena). Os critérios de inclusão foram: usuários maiores de 18 anos e com tempo de observação na sala vermelha superior às 24h. Cabe considerar que alguns usuários das UPAs avaliadas tiveram mais de um atendimento, por isso, as variáveis CID, óbito e saídas por alta ou transferências apresentaram diferenças em seus valores totais. Para a organização dos dados foram utilizadas planilhas eletrônicas no Programa Excel®, enviadas pelo setor de estatística, com a distribuição das variáveis sociodemográficas relacionadas à situação clínica do usuário. Os dados foram apresentados na forma de frequência simples e percentual em gráficos e tabelas. Para a análise das variáveis, utilizou-se a Análise Frequencial Simples. O estudo teve o projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIRIO, sob número do CAAE (Certificado de Apresentação para Apreciação Ética) 36959714.0.0000.5285, processo 842.753, de 22 de outubro de 2014. Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4622 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 Os resultados apresentados correspondem aos 342 usuários que foram selecionados para fazer parte deste estudo, de um total de 634 que estiveram em observação na sala vermelha das três unidades, sendo 144 na UPA 1; 107,na UPA 2 e 91, na UPA 3. A tabela 1 ilustra as variáveis sociodemográficas (idade e sexo) dos usuários atendidos na sala vermelha. Tabela 1. Distribuição dos usuários por sexo e idade UPA 1,2 e 3. Rio de Janeiro (RJ), Brasil, 2014. Sexo UPA1 % UPA 2 % UPA 3 % Masculino 68 47 56 52 41 45 Feminino 76 53 51 48 50 55 Total 144 100 107 100 91 100 Faixa etária 18 – 34 8 6 19 18 3 3 35 – 51 14 10 17 16 12 13 52 – 68 37 25 37 34 27 30 69 – 85 62 43 29 27 39 43 86 – 102 23 16 5 5 10 11 Total 144 100 107 100 91 100 A distribuição dos sexos por unidade foi homogênea. A faixa etária que mais teve destaque na UPA 1 e 3 foi a de 69 a 85 anos (43%). Na UPA 2, chamou atenção o percentual elevado da faixa etária entre 18 e 34 anos (34%). Na tabela 2, observa-se a distribuição das doenças, de acordo com os sistemas afetados, a partir do Código Internacional de Doenças (CID). Tabela 2. Distribuição dos sistemas afetados UPA 1,2 e 3. Rio de Janeiro (RJ), Brasil, 2014. Sistemas UPA1 % UPA2 % UPA3 % Sistemas Cardiovasculares 55 39,9 44 45,3 48 55,1 Sistemas Respiratórios 36 26,1 20 20,6 24 27,5 Traumas 8 5,8 14 14,4 3 3,4 Sistema Renal 9 6,5 2 2,1 5 5,7 Sistemas Gastrointestinais 9 6,5 7 7,2 4 4,5 Problemas agudos 21 15,2 10 10,3 3 3,4 Total: 138 100 97 100 87 100 Na tabela 2 acima, observa-se uma homogeneidade das doenças do sistema cardiovascular nas três unidades. As doenças dos sistemas respiratórios tiveram mais prevalência nas UPA 1 e 3. A UPA 2 apresenta uma prevalência dos traumas em relação às demais unidades. Quanto aos tipos de saída, nota-se que a UPA 1 foi aquela que apresentou o percentual mais elevado de óbitos (44%). Na UPA 2 e 3, este percentual ficou para as saídas por alta, representado por 36,%, sendo estas as que mais realizam saída por alta. Tabela 3. Saídas e óbitos acima de 24h UPA 1,2 e 3. Rio de Janeiro (RJ), Brasil, 2014. Saídas UPA 1 % UPA 2 % UPA 3 % Altas 36 26 35 36 31 36 Óbitos 61 44 35 36 36 39 Total 97 70 70 72 65 75 Total de atendimentos 138 97 87 No que se referem às transferências, todas tiveram um percentual acima de 80%. As transferências foram realizadas pelas unidades para os leitos hospitalares de retaguarda por meio do sistema de regulação estadual e municipal. Na UPA 1, cerca de 23,9% tiveram suas transferências atendidas pela rede pública, a UPA 2, 24,7% e a UPA 3, 23%. RESULTADOS Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4623 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 Tabela 4. Transferências acima de 24h UPA 1,2 e 3. Rio de Janeiro (RJ), Brasil, 2014. Hospitais UPA 1 > 24h % UPA 2 > 24h % UPA 3 > 24h % Público 33 23,9 24 24,7 18 20,7 Privado 1 1,15 Psiquiátrico Militar 1 1 1,15 1,15 UPA S/destino 4 4 2,9 2,9 2 1 2,1 1 1 1,15 Total: 41 29,7 27 27,8 22 26,7 Total de atendimentos: 138 97 87 O estudo também mostra que houve transferências acima de 5% entre UPAs da mesma OSS de regiões diferentes. Os resultados permitiram identificar uma distribuição homogênea entre os sexos nas três UPA, conforme aponta a tabela 1. Os achados em estudos relacionados ao “perfil de usuários em emergência” demonstraram variações de sexo e idade em seus atendimentos, visto que alguns desses estudos tiveram análise do horário de atendimento e dias da semana. 6-7-8 Observa-se que, na UPA 1 e na UPA 3, a faixa etária entre 69 a 85 anos predominou no grupo dos pacientes com permanência de >24h, sendo a UPA 1 com 43 % (N= 144) e a UPA 3 com 43% (N= 91), o que não vai ao encontro dos achados no estudo,6 que evidenciou a faixa etária de jovens com idade entre 20 a 29 anos que foram atendidos no serviço de urgência, representando 23,9% (N=114) da amostra dos pacientes atendidos, seguidos por 23,1% (N=110) de pacientes idosos. Corroborando com os achados deste estudo, os resultados inferem que, quanto maior a faixa etária, mais grave a condição saúde.6 Percebe-se, assim, que a população idosa, com complicações críticas de seu estado de saúde, acaba sendo maior do que as faixas etárias referentes aos jovens e adultos jovens encontrados na tabela 1. Ainda na tabela 1, na faixa etária de 18 a 34 anos, chama a atenção a UPA 2, com percentual de 18%, sendo o maior entre as três unidades. Sabe-se que a UPA 2, por estar situada dentro de um complexo com problemas de segurança pública e altas taxas de criminalidade, confirmados por meio dos dados disponíveis, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP),9 e de acordo com a nossa vivência, este é o único serviço de referência para urgência e emergência de atendimento a essa população. Essa localidade não possui o serviço de Unidade de Polícia Pacificadora10 (UPP) e, por conta de confrontos frequentes entre facções e policiais, os percentuais de trauma elevado justificam-se, sendo 14,4% (N=97) neste estudo. Para o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), quanto mais envelhecida estiver a população, maior a probabilidade de comorbidade e incapacidade. Outro ponto citado pelo Instituto é a incidência da violência nos grandes centros urbanos. Tal fato gera os atendimentos por trauma. 11 Ao enfermeiro da UPA 24h, cabe apropriar- se, de maneira adequada, dos protocolos institucionais disponibilizados no sistema da unidade, a fim de estratificar o risco e registrar informações necessárias e adequadas ao quadro apresentado pelo usuário, minimizando gastos e evitando desperdícios. Estudos6-9 mostram a fragilidade de não se ter um protocolo institucional de classificação de risco e nem sistema informatizado, levando a levantamentos de dados falsos positivos. A tabela 2 mostra uma homogeneidade nas doenças do sistema cardiovascular nas três UPA. As doenças do sistema respiratório apresentam-se predominantes nas UPA 1 e 3 e outros estudos também apontam essa prevalência, por serem doenças predominantes em idosos, devido à cronicidade acompanhada de comorbidades.8- 13 Os problemas agudos nesse estudo envolveram hipoglicemia, hiperglicemia, câncer, dengue e intoxicação exógena. Evidencia-se um percentual de 15,2% (N=138) na UPA 1, com permanência > de 24h, na UPA 2, com 10,3% (N=97) e na UPA 3, com a mesma permanência > de 24h 3% (N=87). No estudo6, foram evidenciados alguns diagnósticos, como hiperglicemia, intoxicação exógena e traumas, como os desta pesquisa, contudo, os autores acreditam que os casos de hiperglicemia possam estar associados a não adesão ao tratamento. Para as intoxicações exógenas, eles chamam a atenção para a necessidade e a urgência da promoção de ações que envolvam a saúde mental. Quanto aos traumas, os autores mencionam outros estudos que fazem esse apontamento relacionando a violência urbana, chamando a atenção também para o não uso de equipamentos de proteção no trabalho e em domicílio.6 DISCUSSÃO Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4624 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 Ao enfermeiro gestor compete a realização do diagnóstico situacional da unidade, a fim de saber quais aspectos mais precisam de atenção, para a melhoria na gerência do cuidado. Portanto, analisar o perfil epidemiológico denota compreender a localização de inserção das unidades e as causas contribuintes para a elevação do tempo de permanência do usuário na unidade de pronto atendimento24h, para uma melhor previsão e provisão de materiais e recursos humanos, contribuindo para a prática de enfermagem.14-5 Os tipos de saídas foram identificados por alta, óbito e transferências para leitos hospitalares. Não foi possível confrontar com os estudos selecionados de acordo com o perfil saída, devido à falta de informação fornecida. Este estudo demonstrou que a UPA 1 apresentou uma taxa de 44% de óbitos em relação às demais unidades. Tal fato pode estar associado à gravidade de saúde dos usuários. Essa unidade tem um diferencial por receber usuários de dor torácica pela ambulância do CBMRJ/SAMU. Associando a dificuldade de realização de exames e vaga, tudo indica que esses usuários agravam ao ponto de não ser possível a remoção devido à gravidade. Um estudo mostrou, em seus resultados, um índice de óbito elevado, devido à gravidade dos pacientes com doenças cardiovasculares que evoluíram para a parada cardíaca.16 A associação entre os pacientes que foram priorizados e a mortalidade em curto prazo [...] Esse estudo demonstrou que o enfermeiro da classificação de risco é “responsável pelo tempo de espera do usuário na unidade e que pacientes classificados com prioridade elevada estiveram associados à probabilidade 39 vezes maior de ir a óbito do que aqueles com prioridade baixa.”17:112 Quanto às transferências, atualmente, existem três sistemas de regulação para leitos de retaguarda, sendo que esse sistema ainda não é unificado, o que favorece uma fragmentação na burocratização. No Rio de Janeiro (RJ), Brasil, trabalha-se com dois sistemas de regulação hospitalar, sendo o Centro de Emergência Regional (CER) mais efetivo e específico para leitos de terapia intensiva e “vaga zero”, quando precisa transferir um politrauma, por exemplo, enquanto SISREG (Sistema Nacional de Regulação) está mais para a disponibilização de leitos de enfermaria e realização de exames de imagens e avaliações. Nos hospitais da rede Estadual, há um Núcleo de Regulação Interno (NIR). No NIR, atuam o profissional enfermeiro, médico e um administrativo. Nesse local, o enfermeiro gerencia os leitos de todo hospital, portanto, quando uma UPA realiza a solicitação de vaga ao NIR, a equipe atuante do setor possui um prazo de resposta a enviar à unidade solicitante, além de (re) avaliar a real necessidade da solicitação feita. Este estudo aponta os hospitais da rede estadual e municipal fornecendo apoio com seus leitos de retaguarda, sem distinção das UPA por território. Podem ser vistos também os leitos de UPA ofertando esse apoio. Sobre a transferência entre UPA, ficou claro que não houve intervenção da regulação de leitos e vagas, pois se tal necessidade existiu, foi devido à ocupação plena dessa sala vermelha e falta de vaga nos hospitais para estes pacientes que necessitaram deste serviço. As informações referentes às UPA 1,2 e 3, descritas no texto acima, nos fazem refletir sobre o papel da unidade de pronto atendimento na rede, pois é sabido que, na proposta de concepção, estas unidades deveriam atender apenas à pequena e média complexidade, devido a suas limitações estruturais. Assim, deveria contar com o apoio imediato das unidades de saúde hospitalares, por intermédio da ferramenta de regulação. Outro ponto que leva a refletir sobre a rede de urgência e emergência é que as UPAs não foram criadas para permanecer com pacientes graves por mais de 24h e este estudo aponta que estes pacientes estão permanecendo com uma assistência limitada neste serviço não por incompetência destas unidades, mas, sim, por deficiência na gestão de leitos e vagas no sistema regulador. Ainda sim, se fazem de extrema necessidade estudos que possam acompanhar o desfecho destes pacientes quando chegam à rede hospitalar, pois, independente do tempo de permanência na Upa 24h, seja < ou > que 24h de sala vermelha, houve investimentos nesta unidade que visivelmente precisam ser medidos e avaliados se foram suficientes ou não para um desfecho favorável para o paciente e apoio imediato ao gestor local e ao ordenador de despesas, neste caso, a Secretária de Estado de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com a nossa vivência, o modelo de regulação de leitos é frágil e a dificuldade de acesso aos leitos de enfermarias e UTI é agravada pela fragmentação hospitalar. Durante nossa prática, muitas vezes foi preciso recorrer ao nível central da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, na Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4625 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 tentativa de que houvesse uma intervenção na saída do paciente mais grave para o leito de UTI, por exemplo. Dessa forma, a força de trabalho ficava muito densa, exaustiva e, sobretudo, incompleta, uma vez que a resolutividade não abrangia todos os usuários. De acordo com um estudo, tem-se, no município do Rio de Janeiro, hoje, uma rede de urgência e emergência confrontada com uma demanda acima de sua capacidade e que se encontra ainda muito fragmentada entre as esferas de governo. Diante de problemas graves de governança, a rede conta com mecanismos de integração ainda precários, fazendo com que, no cotidiano, prevaleça o contato pessoal como recurso para a resolução dos problemas.15 Entende-se, também, a demora na espera para a realização de procedimentos e exames diagnósticos, sendo um dos fatores que influenciam no tempo de permanência deste usuário, pois alguns diagnósticos dependem desta complementaridade. Encontrou-se um autor que afirma que se torna imprescindível a adoção de medidas que visem à diminuição do “aglomerado humano”, por meio da efetivação da rede de atenção com definição de um fluxo assistencial, bem como maior agilidade na realização dos procedimentos, sejam cirúrgicos ou de exames diagnósticos. 6 Outro autor diz que, quando a regulação assistencial está fundamentada nas diretrizes da universalidade, integralidade e equidade, tanto ela poderá expandir, quanto reduzir determinada oferta, já que seu objetivo central será subsidiar o redimensionamento de oferta e responder, de forma adequada, aos problemas clínicos e à satisfação dos usuários. Os autores sugerem que a regulação implica articulações na esfera técnico-política no âmbito do cuidado. 18 Consideram-se limitações para a realização desse estudo, uma vez que nossa prática demonstrou que, mesmo o sistema sendo 100% informatizado, os médicos apresentavam grandes dificuldades na finalização dos seus atendimentos. Este estudo apontou que 20 CID-10 foram descartados, sem condições de agrupá-los em algum sistema devido à inconsistência, onde alguns profissionais assumiram que, ao encontrar um boletim de atendimento médico (BAM) em aberto, sem evolução, sem uma história condizente com os fatos, utilizavam um destes CID-10. Outro ponto é que o coordenador médico possuía a atribuição de finalizar esses BAM que se encontravam em aberto. Dessa forma, pode-se concluir que este fato prejudicou a real mensuração dos dias por permanência na sala vermelha. Um estudo19 define como balizadores de qualidade do atendimento indicadores que podem representar eficácia, efetividade, eficiência e otimização dos recursos, aceitabilidade, legitimidade e equidade e que pudessem ser medidos por meios de dados operacionais de uma unidade de pronto atendimento, tendo como proposta os seguintes indicadores: (taxa de óbito; tempo médio de permanência na unidade; taxa de consulta de retorno não programado; taxa de internações; taxa de atendimentomédico não finalizado; taxa de reclamações e taxa do tempo porta ECG.19 Ressalta-se que este estudo foi realizado em unidade avançada de pronto atendimento de um grande hospital privado do estado de São Paulo. Este mesmo estudo apontou que os resultados de seus indicadores são de taxa de óbito zero onde 22 atendimentos, com necessidade imediata de ressuscitação, tiveram suas funções vitais reestabelecidas. O tempo de permanência de atendimento dentro da unidade foi de três horas e sete minutos, conforme a especialidade e o nível de triagem. As taxas de retorno em consultas médicas não programadas foram de 13,64%.20 A taxa de internação dos 22 pacientes triados foi de 13 internados (taxa de internação de 59,1%), para os 64.891 atendidos, correspondendo à taxa de 1,2%. Foram observadas taxas de reclamações de 2,8/1.000 atendimentos realizados (183 reclamações) no período analisado. Destas, 53% foram referentes à demora no atendimento ou à reavaliação. Todos os pacientes com diagnóstico de IAM com supradesnivelamento do segmento ST foram encaminhados ao setor de hemodinâmica.20 Conhecer o perfil de atendimento da demanda da sala vermelha fortalece o trabalho realizado diariamente nas unidades pela monitoria junto à gestão da OSS/UPA, contudo, apesar de todas as dificuldades que a UPA encontra no seu dia a dia, devido à falta de apoio da atenção básica e de leitos hospitalares, esta tenta, a todo o momento, cumprir seu papel. Este estudo pode demonstrar a necessidade de rever o fluxo de saída dos usuários atendidos na UPA 24h, e que estas saídas só podem ser realizadas pelo sistema de regulação para hospitais de retaguarda, de modo que não haja deficiência nas transferências. Como pode ser observado, houve transferências sendo realizadas entre UPAs com percentual de 5%. CONCLUSÃO Soares TCS, Marta CB, Silva RCL da et al. Perfil dos usuários atendidos na sala vermelha... Português/Inglês Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(12):4619-27, dez., 2016 4626 ISSN: 1981-8963 ISSN: 1981-8963 DOI: 10.5205/reuol.9978-88449-6-ED1012201625 A prevalência das doenças pelos sistemas faz pensar que, embora a UPA seja uma unidade de urgência e emergência, ela está mais direcionada para atendimento aos casos crônicos em agravo do que para os casos agudos. Isso reforça a importância da autonomia do profissional enfermeiro na UPA 24h, visto que o mesmo é responsável pelo gerenciamento do cuidado, por meio do acolhimento e classificação de risco, tendo a oportunidade de perceber o agravo ou a evolução desse agravo por toda a unidade e, dessa forma, fazer uso dos protocolos institucionais disponíveis e aplicar seus conhecimentos técnicos-científicos, a fim de otimizar a assistência prestada por meio da proatividade, do raciocínio crítico e da agilidade. Ficou clara a necessidade de leitos de terapia intensiva para apoio às UPAs 24h, porém, sabe-se que se tem-se usuário chegando em agravo, com isso, precisa-se que a atenção básica também faça a sua parte para que haja uma melhor adesão do usuário ao tratamento. Dessa forma, deseja-se que esta seja menos burocrática, pois o seu funcionamento, para alguns usuários, ainda é algo distante devido à falta de cobertura e a exigência territorial. A integração dos serviços de regulação no Rio de Janeiro (RJ), Brasil, também precisa melhorar entre si. Este estudo mostra as ferramentas que o enfermeiro gestor pode desenvolver para a melhoria da qualidade na assistência prestada. As limitações do estudo apresentadas mostram que o sistema UPA 24h® tem riquezas de informações a serem exploradas e que ainda assim há uma resistência e limitação humana e que cabe ao gestor desmistificar essa resistência, fazendo as cobranças necessárias e ofertando treinamentos aos seus colaboradores, a começar dos recursos humanos (RH), no momento da contratação. O estudo deixou transparecer, de positivo, a informatização do sistema e o protocolo de acolhimento com classificação de risco (ACCR), institucionalizado pela SES/RJ, que favorece um banco de dados claro e completo, de acordo com a realidade da urgência. O estudo apontou a necessidade de um aprofundamento nas pesquisas sobre as UPAs, pois houve dificuldades nas estratégias de buscas realizadas, por não haver descritores e nem palavras-chaves. Contudo, as buscas encontradas relacionadas a perfil de demanda estavam sempre relacionadas à terapia intensiva adulto e neonatal, assim como as urgências e emergências hospitalares que abordam situações de acidentes, traumas e mortalidade. Os casos crônicos atendidos em agravo são de estudos voltados para o período de internação hospitalar, assemelhando-se ao perfil de atendimento da UPA. 1. Rio de Janeiro (Estado), Secretaria Estadual de Saúde. Portal da Saúde do RJ. UPAs 24 Horas [Internet]. Rio de Janeiro: SES; c2016 [cited 2016 Mar 10]. Available from: http//www.saude.rj.gov.br/upas-24-horas 2. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Manual Instrutivo da Rede de Atenção as Urgências e Emergências do Sistema Único de Saúde (SUS) [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2013 [cited 2016 Mar 10]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ manual_instrutivo_rede_ atencao_urgencias.pdf 3. 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