Buscar

AIndAstria4-0-Felix-2022

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE NORTE 
CENTRO CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 
 
 
 
 
 
ADRIANA FERNANDES SANTA ROSA FELIX 
 
 
 
 
INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL 
NO BRASIL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2022 
 
 
ADRIANA FERNANDES SANTA ROSA FELIX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL 
NO BRASIL. 
 
Monografia de Graduação apresentada ao 
Departamento de Economia da UFRN como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Economia. 
 
Orientador (a): Prof. (a) Thales Augusto 
Medeiros Penha 
 
 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por Shirley de Carvalho Guedes - CRB-15/440 
 
 
 
 
Felix, Adriana Fernandes Santa Rosa. 
Indústria 4.0: desafios e oportunidade para a indústria têxtil no Brasil / Adriana 
Fernandes Santa Rosa Felix. - 2022. 
51f.: il. 
 
Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro 
de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Ciências Econômicas, Natal, RN, 2022. 
Orientador: Prof. Dr. Thales Augusto Medeiros Penha. 
 
1. Economia - Monografia. 2. Indústria 4.0 - Monografia. 3. Indústria têxtil - 
Monografia. 4. Pesquisa industrial - Monografia. 5. Inovação tecnológica - 
Monografia. I. Penha, Thales Augusto Medeiros. II. Título. 
 
RN/UF/CCSA CDU 330.34 
 
 
ADRIANA FERNANDES SANTA ROSA FELIX 
 
 
 
 
 
INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL 
NO BRASIL. 
 
 
Monografia de Graduação apresentada ao 
DEPEC/UFRN como parte dos requisitos para 
obtenção do título de Bacharel em Economia. 
 
Aprovada em: _15_/02_/_2022 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_________________________________________ 
Prof. Dr. Thales Augusto M. Penha 
Orientador 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
 
__________________________________________ 
Prof. José Antônio Nunes de Souza 
Examinador externo 
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O correr da vida embrulha tudo. A vida é 
assim: esquenta e esfria, aperta e daí 
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que 
ela quer da gente é coragem.” 
Guimarães Rosa 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A produção industrial apresenta muitos desafios e a expressão da moda é a Indústria 4.0 que 
apresenta diversos componentes como sistemas ciber-físicos, Big Data, armazenamento em 
nuvem, internet das coisas, internet dos serviços, impressão 3D, ciber-segurança, realidade 
aumentada e robôs autônomos. Esse trabalho apresenta uma discussão sobre a Indústria 4.0 e 
seus diferentes componentes como também o direcionamento para as Indústrias Têxteis. 
Inicialmente foi realizada uma pesquisa na base de dados SCIELO - Biblioteca Eletrônica 
Científica Online utilizando a palavra-chave Indústria 4.0. O resultado indicou que esse tema 
já é discutido desde o ano 2000 com uma publicação envolvendo esse assunto. Entre 2001 e 
2007 não foram identificados artigos sobre o tema. Porém, nos anos de 2008, 2011, 2014, 2015 
e 2016 observa-se uma publicação. Em 2010 foram publicados dois artigos e a partir de 2017 
observa-se um crescimento no número de publicações com predominância para o ano de 2020 
com 24 artigos. Também neste trabalho foi realizada uma pesquisa utilizando dados disponíveis 
em tabelas da PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica no período de 2015 a 
2017. Dentre os dados observados, verifica-se que das 990 empresas que implementaram 
inovações, por grau de importância das atividades inovativas para a indústria envolvendo 
fabricação de produtos têxteis, 47 desenvolveram uma alta atividade interna de pesquisa, 42 
uma média atividade e 902 não desenvolveu e apresentou uma baixa atividade. Esses dados 
indicam um potencial na implantação das inovações nas indústrias têxteis. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Indústria 4.0, indústria têxtil, PINTEC. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Industrial production presents many challenges and the fashionable expression is Industry 4.0, 
which presents several components such as cyber-physical systems, Big Data, cloud storage, 
internet of things, internet of services, 3D printing, cyber-security, augmented reality and 
autonomous robots. This work presents a discussion about Industry 4.0 and its different 
components as well as the direction for Textile Industries. Initially, a search was carried out in 
the SCIELO database - Scientific Electronic Library Online using the keyword Industry 4.0. 
The result indicated that this topic has been discussed since the year 2000 with a publication 
involving this subject. Between 2001 and 2007, no articles on the topic were identified. 
However, in the years 2008, 2011, 2014, 2015 and 2016, one publication was observed. In 2010, 
two articles were published and from 2017 onwards, there is an increase in the number of 
publications, with a predominance of 2020 with 24 articles. Also in this work, a research was 
carried out using data available in PINTEC tables - Industrial Research of Technological 
Innovation from 2015 to 2017. Among the observed data, it appears that of the 990 companies 
that implemented innovations, by degree of importance of innovative activities for the industry 
involving the manufacture of textile products, 47 developed a high internal research activity, 
42 a medium activity and 902 did not develop and showed low activity. These data indicate a 
potential in the implementation of innovations in the textile industries. 
 
KEYWORDS: Industry 4.0, textile industry, PINTEC. 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Estatística dos periódicos e números de publicação que 
apresenta discussão sobre o tema Indústria 4.0 segundo a base 
de dados Scielo. 
14 
Figura 2 Número de publicações por ano que discutem o tema Indústria 
4.0 segundo a base de dados Scielo. 
15 
Figura 3 Estatística das áreas temáticas que discutem o tema Indústria 
4.0 segundo a base de dados Scielo. 
16 
Figura 4 Componentes da Indústria 4.0 19 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 Dados da Indústria Têxtil referentes ao ano de 2019 
(atualizados em agosto de 2021). 
25 
Quadro 2 Implementação de projetos de inovação por setor. - PINTEC 
(2015 - 2017). 
33 
Quadro 3 Responsável pelo desenvolvimento de produto e/ou processo 
nas empresas que implementaram inovações - PINTEC (2015 
- 2017). 
35 
Quadro 4 Métodos de proteção das inovações de produto - PINTEC 
(2015 - 2017). 
37 
Quadro 5 Empresas que implementaram inovações, por grau de 
importância das atividades inovativas desenvolvidas - PINTEC 
(2015 - 2017) – PARTE A 
39 
Quadro 6 Empresas que implementaram inovações, por grau de 
importância das atividades inovativas desenvolvidas - PINTEC 
(2015 - 2017) – PARTE B 
41 
Quadro 7 Fontes de Financiamento das atividades internas de P&D - 
PINTEC (2015 - 2017). 
43 
Quadro 8 Pessoas Ocupadas nas atividades de P&D - PINTEC (2015 - 
2017). 
45 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E/OU DE SIGLAS 
 
ABIT Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Confecções 
CNI Confederação Nacional da Indústria 
FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo 
FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
IMD Instituto Metrópole Digital 
PINTEC Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica 
SCIELO Biblioteca Eletrônica Científica Online 
SUDENE Superintendência do desenvolvimento do Nordeste 
UFRN UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte 
UPE Universidade de Pernambuco 
 
 
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,o-brasil-e-a-industria-40,70003055570
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 
2. METODOLOGIA ....................................................................................................... 12 
3. A INDÚSTRIA 4.0 ...................................................................................................... 17 
3.1 As evoluções tecnológicas na indústria ....................................................................... 17 
3.2 Conceituando a Indústria 4.0 ...................................................................................... 18 
3.3 Componentes da indústria 4.0 .................................................................................... 19 
3.4 Indústria 4.0 e o impacto no setor têxtil ...................................................................... 22 
4 A INDÚSTRIA TÊXTIL ................................................................................................. 24 
4.1 No Brasil ....................................................................................................................... 24 
4.2 A evolução da Indústria têxtil no Brasil ...................................................................... 26 
5 DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA INDÚSTRIA TÊXTIL NO BRASIL ............. 28 
6 CONCLUSÃO ............................................................................................. 46 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O processo de produção, distribuição e consumo no sistema econômico é alterado 
profundamente quando emergem novos paradigmas tecnológicos que rompem com antigas 
trajetórias tecno-produtivas e abrem novos caminhos. Neste processo, novas interações e 
conexões são criadas, assim como setores são destruídos, outros criados, e muitos reordenados 
a um novo cenário. 
A produção industrial enfrenta grandes desafios com a adoção de novos sistemas de 
informação e novas tecnologias (RIBEIRO, 2017). Com isto, a quarta revolução industrial, ou, 
a chamada indústria 4.0, emerge a partir da incorporação de três grandes trajetórias 
tecnológicas: Big data, machine learning e a Internet das coisas. Este processo permite a 
digitalização da atividade industrial no qual é caracterizada pela integração e controle da 
produção a partir de sensores e equipamentos conectados em rede e da fusão do mundo real 
com o virtual, criando os sistemas ciber-físicos e viabilizando o emprego da inteligência 
artificial (CNI, 2016). 
Segundo Ribeiro (2017), a partir de então, criam-se sistemas de produção inteligentes 
que significam a união de tecnologias físicas e digitais e a integração de todas as etapas do 
desenvolvimento de um produto, contribuindo de uma forma positiva para o aumento da 
produtividade e da eficiência. Este processo de reestruturação da produção traz alteração 
profunda na organização das cadeias de produção. Mesmo as mais antigas e consolidadas serão 
impactadas na reordenação. 
Diante disso, a cadeia de produção têxtil que é uma das primeiras indústrias nascidas 
ainda na Primeira Revolução Industrial também sofrerá impacto desta reconfiguração 
tecnológica. Esta cadeia já passou por profundas alterações em termos de matérias, organização 
produtiva interna e até mesmo geográfica. Portanto, em vista de como a quarta revolução 
industrial está modificando as cadeias de produção globais, esta pesquisa dedica-se ao estudo 
da problemática acerca de como a indústria 4.0 pode transformar a geografia da divisão 
internacional do trabalho e suas consequências para a indústria têxtil. 
Assim, emergem as seguintes questões: quais os possíveis impactos da indústria têxtil 
com a revolução 4.0? Quais as consequências para economia brasileira que historicamente teve 
esta como uma de suas principais causas? 
O Brasil ainda tem na sua história uma relação importante do setor industrial com a 
produção têxtil, mesmo diante de alguns percalços que foi a derrocada do algodão, uma das 
11 
 
principais matérias primas que alimentam essa indústria. No entanto, apesar da perda relativa 
desde então, este setor ainda concentra uma quantidade importante de emprego para o país. 
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo explorar os conceitos sobre indústria 4.0 e 
relacioná-los com os desafios e oportunidades a serem enfrentados pela indústria têxtil no 
Brasil. 
Este tema é de extrema importância, assim como as outras revoluções industriais, pois, 
de fato, a implementação da indústria 4.0 pode alterar a estrutura produtiva da indústria têxtil 
no Brasil, assim como a introdução das tecnologias digitais, também, pode influenciar as 
mudanças nesta indústria e vestuário. 
A Indústria 4.0, segundo Vermulm (2018), resulta da aplicação de diferentes 
tecnologias, que se integram para a geração de soluções específicas segundo a prioridade e a 
programação de cada empresa. Contudo, existem inúmeras possibilidades de combinações 
dessas tecnologias para a resolução de problemas concretos colocados pela produção industrial. 
Esse processo de mudança tem sido viabilizado pela redução de custos de algumas tecnologias. 
Já o investimento necessário para a integração dessas tecnologias vai depender, diretamente, da 
condição financeira e de sua estratégia. 
Os impactos das tecnologias da Indústria 4.0 podem ser divididos entre impactos sobre 
os processos de produção e sobre os produtos. 
Considerando que a indústria têxtil representa um setor de processos sobre produtos, 
indústria de montagem na qual a produção pode ser interrompida em várias de suas etapas, o 
produto resulta da montagem de partes, peças e componentes que podem ser inseridos no 
produto já pré-montados. 
Assim, conclui-se que os impactos da adoção das tecnologias da Indústria 4.0 serão 
mais intensos na indústria de montagem do que na indústria de processo contínuo, devido a 
uma maior possibilidade de uma maior flexibilização do processo produtivo. No caso da 
indústria de montagem imagina-se mais evidente a possibilidade de customização da produção 
às demandas dos clientes sem se perder as vantagens da produção em alta escala. 
O presente trabalho se desenvolverá a partir do procedimento de análise qualitativa 
dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos anos 2015-2017, visto 
que foi o período no qual deu-se início ao estudo da Indústria 4.0 no Brasil. Outra fonte foi a 
Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC), que objetiva fazer um levantamento 
de informações para a construção de indicadores nacionais sobre atividade de inovações 
empreendidas por empresas brasileiras do setor analisado. 
A pesquisa constitui de três capítulos e as considerações finais, no qual o primeiro 
12 
 
capítulo é apresentado uma breve história das revoluções industriais até chegar a indústria 4.0, 
no qual é discriminada seu conceito; seus componentes e o impacto no setor têxtil. No segundo 
capítulo, será apresentado um apanhado histórico da indústria têxtil no Brasil, bem como será 
analisada a evolução da indústria têxtil no país. Já no terceiro capítulo, serão apresentados os 
desafios e as oportunidades da indústria têxtil no Brasil diante da Indústria 4.0. 
 
 
 
 
 
13 
 
2 METODOLOGIA 
 
Segundo um estudo realizado pela FIRJAN apontou a relação da Indústria 4.0 para o 
Brasil indicando que grande parte da indústria brasileira está transitando entre a segunda e a 
terceira revolução industrial, ou seja, entre o uso de linhas de montagem e a aplicação da 
automação. O setor mais adiantado em relação à Indústria 4.0, segundo esse estudo, é o setor 
automotivo, cujos profissionais estão emconstante atualização para atender às demandas. A 
indústria automotiva tem um grande número de profissionais, que podem ser aproveitados em 
outros setores (PEREIRA, 2018). 
Torna-se estratégico para a indústria brasileira acelerar o ritmo de difusão das 
tecnologias da Indústria 4.0 assim como intensificar as inovações aproveitando a nova onda 
tecnológica. Porém, o estágio atual de difusão dessas tecnologias ainda está muito pouco 
desenvolvido (VERMULM, 2018). 
No cenário atual, as indústrias brasileiras encontram-se no patamar da Indústria 2.0. 
Ao compararmos os índices de exportação do Brasil com relação à Alemanha (país em que as 
indústrias já estão se adequando ao patamar da Indústria 4.0), é notório a diferença (YAMADA, 
2019). 
A inclusão de novas tecnologias como estratégia para o desenvolvimento das 
indústrias brasileiras será primordial para garantir a competitividade e aumentar a participação 
do Brasil no mercado mundial, portanto, o alto custo para a implantação dessas tecnologias 
digitais é apontado como a principal barreira para implementá-las, mesmo entre as empresas 
que as utilizam. Outros fatores como falta de clareza na definição do retorno sobre o 
investimento e a estrutura e cultura da empresa também foram apontados como barreiras 
(VERMULM, 2018). 
Contudo, o setor público e entidades empresariais têm procurado lançar propostas e 
ações voltadas ao desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. 
Assim, a Biblioteca Eletrônica Científica Online (do inglês: Scientific Electronic 
Library Online - Scielo) é uma biblioteca digital de livre acesso e modelo cooperativo de 
publicação de periódicos científicos tendo a participação na rede Scielo de países, como África 
do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Espanha, México, Peru, 
Portugal, Uruguai e Venezuela. 
Como forma de contribuir na discussão sobre o tema Indústria 4.0 e avaliar o número 
de artigos publicados nessa base de dados foi realizada uma pesquisa em 11/10/2021 utilizando 
a palavra-chave Industry 4.0 e o resultado indicou a publicação de 49 artigos em periódicos que 
14 
 
compõem o Scielo, conforme apresentado na Figura 1. É possível verificar a diversificação de 
periódicos científicos que tratam do assunto, uma vez que 23 diferentes revistas científicas 
foram apresentadas. A predominância dos artigos foram publicados no periódico Gestão & 
Produção, no qual observam-se 11 artigos publicados, seguido da revista Production e da 
Revista Ciência Agronômica com 6 e 4 artigos, respectivamente. 
 
Figura 1: Estatística dos periódicos e números de publicação que apresenta discussão sobre o 
tema Indústria 4.0 segundo a base de dados Scielo. 
Fonte: 
Adaptado da base de dados Scielo 
 
Na Figura 2 é apresentado o gráfico com a estatística envolvendo o ano de publicação 
a partir de 2000, no qual consta a discussão do tema Indústria 4.0, sendo utilizado a palavra-
chave Industry 4.0. A partir da observação da figura é possível verificar que no ano de 2000 já 
consta 01 publicação envolvendo o tema. Entre 2001 e 2007 não foram identificados artigos 
sobre o tema. No entanto, nos anos de 2008, 2011, 2014, 2015 e 2016 observa-se 01 publicação. 
Em 2010 foram publicados 2 artigos. A partir de 2017 observa-se um crescimento no número 
de publicações com predominância para o ano de 2020 (24 artigos). 
 
 
 
 
15 
 
Figura 2: Número de publicações por ano que discutem o tema Indústria 4.0 segundo a base 
de dados Scielo. 
Fonte: 
Adaptado da base de dados Scielo 
 
A pesquisa indicou que a maioria dos artigos publicados se encontra nas áreas das 
Engenharias com 20 artigos, seguido de Ciências Agrárias com 15 artigos. Ciências Sociais 
Aplicadas (4), Ciências Biológicas (4), Ciências Exatas e da Terra (3), Multidisciplinar (3) e 
Ciências Humanas (2) complementam os artigos publicados envolvendo o referido tema. Em 
se tratando das áreas temáticas, é possível observar uma grande diversificação nos temas, com 
predominância da área de Engenharia, indicando a importância crescente desta área, conforme 
indicado na Figura 3. 
 
16 
 
Figura 3: Estatística das áreas temáticas que discutem o tema Indústria 4.0 segundo a base de 
dados Scielo. 
Fonte: 
Adaptado da base de dados Scielo 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3 A INDÚSTRIA 4.0 
 
3.1 As evoluções tecnológicas na indústria 
 
A cada nova era industrial, os avanços tecnológicos têm um significativo impacto no 
aumento da produtividade (DUARTE, 2017). 
Partindo de um contexto histórico, denota-se "revolução" o que Schwab (2016) apontou: 
 
De acordo com Schwab (2016), a palavra “revolução” denota mudança abrupta e 
radical. Em nossa história, as revoluções têm ocorrido quando novas tecnologias e 
novas formas de perceber o mundo desencadeiam uma alteração profunda nas 
estruturas sociais e nos sistemas econômicos. (p. 10) 
 
Portanto, a Primeira Revolução Industrial, que ocorreu, mais ou menos, entre os anos de 
1760 e 1840, teve, como principal particularidade, a mudança do processo produtivo com a 
substituição do trabalho artesanal pelo assalariado devido a invenção da máquina à vapor dando 
início à produção mecânica. Com isto, houve a transição das atividades agrícolas para as atividades 
industriais; automatização de alguns processos anteriormente realizados apenas manualmente; 
construção de ferrovias; o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear 
mecânico. 
Já a Segunda Revolução Industrial, entre o final do século XIX e início do século XX, 
decorreu do advento da eletricidade e da linha de montagem, criado por Henry Ford, no qual 
possibilitou a produção em massa. A industrialização, que antes limitava-se à Inglaterra, se 
expandiu para outros países. As ferrovias expandiram-se, permitindo o escoamento dos bens 
produzidos e o aumento do mercado consumidor. 
A Terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecno-científica, ocorreu 
em meados dos anos 1960 e é centrada na mudança tecnológica analógica para a digital e foi 
impulsionada pelo desenvolvimento dos semicondutores, da computação pessoal e da internet 
(SCHWAB, 2016). Permitiu, também, a modificação do sistema produtivo com o objetivo de 
produzir mais em menos tempo, empregando tecnologias avançadas e qualificando mão de obra 
que assume a liderança em todas as etapas de produção. Além da evolução da informática, com a 
popularização da internet. 
Todas as revoluções representaram saltos tecnológicos, em que máquinas substituíram 
atividades operacionais com muitos ganhos de eficiência e que foram capazes de executar coisas 
que os humanos jamais conseguiriam fazer sozinhos. 
18 
 
 
3.2 Conceituando a Indústria 4.0 
 
O termo Indústria 4.0 surgiu de um projeto estratégico do Governo Alemão, em uma 
feira de Hannover, em 2011, cujo objetivo era de promover a informatização da manufatura e 
a integração de dados para dar um grande “salto” de competitividade com a ampliação de novas 
tecnologias que iriam mudar as formas e os modelos de produção. 
A 4ª revolução industrial, assim como as três primeiras, é marcada pelo conjunto de 
mudanças nos processos de manufatura, design, produto, operações e sistemas relacionados à 
produção, aumentando o valor na cadeia organizacional e em todo o ciclo de vida do produto. 
Os mundos virtuais e físicos se fundem através da internet (FIRJAN, 2016). 
A incorporação da digitalização à atividade industrial resultou no conceito de indústria 
4.0, caracterizada pela integração e controle da produção a partir de sensores e equipamentos 
conectados em rede e da fusão do mundo real com o virtual, criando os sistemas ciberfísicos e 
viabilizando o emprego da inteligência artificial. (CNI, 2016) 
Ao permitir “fábricas inteligentes”, a quarta revolução industrial cria um mundo onde 
os sistemas físicos e virtuais de fabricação cooperam de forma global e flexível. Issopermite a 
total personalização de produtos e a criação de novos modelos operacionais. (SCHWAB, 2016). 
A Indústria 4.0 vem sendo encarada como a 4ª Revolução Industrial, pois assim como 
às revoluções anteriores, a inovação tecnológica é o ponto inicial para romper com os velhos 
paradigmas e remodelar drasticamente os sistemas de produção. Ela prevê a integração entre 
humanos e máquinas, mesmo que em posições geográficas distantes, formando grandes redes 
e fornecendo produtos e serviços de forma autônoma (SILVA; SANTOS FILHO; MIYAGI, 
2015). Além disso, pode agregar valor à toda a cadeia organizacional, a partir de mudanças que 
afetarão diversos níveis dos processos produtivos, como a manufatura, o projeto, os produtos, 
as operações e os demais sistemas relacionados à produção (FIRJAN, 2016). Ela está ligada aos 
sistemas Ciber-Físicos, isto é, equipamentos dotados de uma representação virtual, conectados 
através da Internet das Coisas, capazes de trocar informações acessando dados em tempo real 
para dispararem ações autônomas (KAGERMANN; WAHLSTER; HELBIG, 2013; LASI et 
al., 2014). 
O termo 4.0 deriva da quarta versão, em que os mundos virtuais e físicos se fundem 
através da internet. Em outras palavras, “tudo dentro e ao redor de uma planta operacional 
(fornecedores, distribuidores, unidades fabris, e até o produto) são conectados digitalmente, 
proporcionando uma cadeia de valor altamente integrada". (FIRJAN, 2016). 
19 
 
Entende-se como os princípios básicos para o desenvolvimento da Indústria 4.0 dentro 
das organizações: interoperabilidade, virtualização, descentralização, capacidade de resposta 
em tempo real, orientação ao serviço e modularidade. 
 
3.3 Componentes da indústria 4.0 
 
Tendo em vista que a Indústria 4.0 trabalha com a aplicação de novas tecnologias, com 
equipamentos totalmente automatizados, que interagem entre si e modernizam o processo 
produtivo de forma que as linhas de montagem e os produtos são ajustados ao longo do processo 
de fabricação. 
São inúmeros os elementos impulsionadores que irão nortear a indústria 4.0, assim 
como incontáveis são as constantes descobertas científicas que auxiliam na criação de novas 
tecnologias. Entretanto, não é qualquer tipo de inovação que a designa como parte do processo 
da chamada Quarta Revolução Industrial, mas uma tendência tecnológica tão impactante que 
chega a interferir na produção a nível mundial. Contudo, são considerados componentes da 
indústria 4.0 os sistemas ciber-físicos; big data; armazenamento em nuvem; internet das coisas; 
internet dos serviços; impressão 3D; cibersegurança; realidade aumentada e robôs autônomo; 
como mostra a Figura 4 a seguir: 
 
Figura 4 - Componentes da Indústria 4.0
 
Fonte: Tecnicon Sistemas Gerenciais, 2020 
 
20 
 
Segundo Oliveira (2020) os sistemas ciber físicos (ou CPS, na sigla em inglês para 
Cyber-Physical Systems) são integrações que envolvem computação, comunicação e controle 
através de redes e processos físicos. Esses sistemas possuem sensores que permitem capturar 
informações sobre a realidade, transformá-los em dados e utilizá-los na tomada de decisão 
representando ganhos de competitividade. 
O Big Data é um conjunto de técnicas e ferramentas computacionais para extrair valor 
de grandes volumes de dados. Esse componente tem a capacidade de tratar, analisar e utilizar 
um grande volume de dados de forma estratégica. 
O armazenamento em nuvem consiste na transferência de dados, distribuição de 
serviços de computação (servidores, armazenamento, software, análises, inteligência, banco de 
dados) e realização de processos através da internet permitindo o acesso de qualquer lugar do 
mundo a partir de diversos dispositivos remotos. 
Internet das Coisas (IoT) ou Internet of Things, segundo a International 
Telecomunication Union (ITU) é uma infraestrutura global de informação para sociedade, com 
o avançado serviço de conectividade física ou virtual através da comunicação entre dispositivos 
(ITU, 2012). 
Hassan et al (2020), Yousif, Hewage e Nawaf (2021) e Lara et al (2021) considera essa 
tecnologia uma revolução na inovação tecnológica e de interconectividade, em que propõe o 
estabelecimento de conexões entre homens e máquinas, e máquinas com máquinas, 
proporcionando a formação de redes sociais e de mercado cada vez mais inteligentes. Este novo 
ambiente inteligente, em que os objetos se conectam formando uma grande rede de informações 
e possibilidades, segundo a literatura acadêmica e de negócios, é a primeira evolução real na 
internet, levando a um salto realmente significante nas aplicações sociais, com potencial de 
melhorar a forma como as pessoas vivem, trabalham, estudam e se divertem. 
Internet dos Serviços (IoS) é o meio digital no qual empresas, pessoas ou sistemas 
inteligentes podem se comunicar com o objetivo de disponibilizar e obter serviços (FURTADO; 
PINHEIRO; URIAS; MUÑOZ, 2017). Em outras palavras, a IoS é, de forma ampla, a geração 
de serviços atrelados à Internet das Coisas (IoT) (CARVALHO, 2018). 
A Impressão 3D também conhecida como prototipagem rápida pode ser definida como 
um processo utilizado para fabricar objetos tridimensionais baseado em uma deposição, 
controlada digitalmente, de sucessivas camadas de material até a criação de uma estrutura final, 
sendo também conhecida como Manufatura Aditiva (AMBROSI, A. e PUMERA, M., 2016; 
DAVIM, J. P., 2008 apud SANTANA et al, 2018). Permitem aos desenvolvedores de produtos 
a possibilidade de em um simples processo imprimirem partes de alguns materiais com 
21 
 
diferentes propriedades físicas e mecânicas. Entre as principais vantagens da Impressão 3D em 
comparação aos processos de fabricação tradicionais estão: (i) eficiência: produção rápida e 
econômica, com baixas quantidades de material residual; (ii) criatividade: ideal para confecção 
de geometrias complexas; (iii) acessibilidade: preço razoável de máquinas e materiais (SONG, 
C. et al, 2016). 
Alguns modelos de impressoras industriais podem utilizar uma boa variedade de 
materiais e milhares de cores, permitindo criar protótipos com boa precisão, aparência e 
funcionalidades dos produtos. 
Para a Confederação Nacional da Indústria (2021), a Cibersegurança é um conjunto 
Infraestruturas de hardware e software voltado para a proteção dos ativos de informação, por 
meio do tratamento de ameaças que põem em risco a informação que é processada, armazenada 
e transportada pelos sistemas de informação que estão interligados. 
Portanto, virou item indispensável para as empresas que visam impedir a invasão e 
roubo de dados capazes de comprometer o funcionamento e o posicionamento estratégico dos 
negócios (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, 2021). 
A Realidade Aumentada é a sobreposição computacional de elementos virtuais sobre 
o ambiente físico do usuário em tempo real, modificando ou incluindo elementos visuais e/ou 
auditivos que complementam sua experiência (FURTADO; PINHEIRO; URIAS; MUÑOZ, 
2017). Em outras palavras, a Realidade Aumentada (RA) é uma tecnologia que permite 
sobrepor elementos virtuais à nossa visão da realidade. 
Em relação à realidade virtual, elas estão entrelaçadas, porém são revoluções 
diferentes. Enquanto a realidade virtual cria um mundo virtual totalmente novo, a realidade 
aumentada captura informações acrescentando elementos virtuais ao ambiente real. 
Os robôs autônomos são estruturados de acordo com o nível de autonomia desejado, 
dependendo da função que precisam cumprir (FONTES 2020). Para Sigga Technologies 
(2020), os primeiros robôs surgiram com a necessidade de aprimorar e dispensar tarefas 
repetitivas, mas eles estão se tornando mais autônomos, flexíveis e cooperativos. 
A diferença destes novos robôs está na integração de sistemas como um todo (SIGGA 
TECHNOLOGIES, 2020). Basicamente, eles precisam captar dados do ambiente que estão, 
trabalhar sem a interferência humana,realizar sua automanutenção, se deslocar entre pontos 
sem navegação humana e substituir o trabalho humano em situações de perigo (FONTES, 
2020). 
22 
 
Além disso, para Sigga Technologies (2020), eles vão interagir – cada vez mais – uns 
com os outros e trabalhar em segurança lado a lado com os humanos, apoiando-os conforme a 
necessidade. 
 
3.4 Indústria 4.0 e o impacto no setor têxtil 
 
Historicamente, o setor têxtil brasileiro sempre utilizou a tecnologia como fator 
estratégico para acompanhar as mudanças em curso. A indústria têxtil está presente em 
praticamente todos os lugares pela necessidade primordial de vestir-se (MAESTRI, 2018). 
Sendo assim, possui elevada importância em termos sociais, culturais, econômicos e políticos, 
de maneira a influenciar costumes e tendências (MAYUMI; FUJITA, 2015). 
Além disso, essa indústria é também responsável por uma cadeia complexa, com 
diversas ramificações e possibilidades de diferentes produtos (MAESTRI, 2018) e, portanto, 
conforme Medeiros, 2017, a indústria têxtil demonstra sua importância ao ser ainda no período 
recente um dos subsetores que mais contribui na geração de empregos formais do setor 
industrial, fato devido a sua alta absorção de mão de obra. 
De acordo com a Febratex (2019), no ramo da confecção, a automatização dos 
processos (aliada à análise de dados) vem trazendo benefícios que permitem a customização da 
produção. 
A indústria têxtil é um importante pilar da economia brasileira. Mas para alavancar é 
necessário introduzir a Indústria 4.0 para se tornar mais competitiva. 
A implementação de um novo modelo de trabalho no segmento de confecções pode 
gerar ganhos de produção. Com a automação dos processos e a coleta de dados, passa a existir 
uma capacidade de crescimento atendendo as demandas sem perder a qualidade que lhe agrega 
valor, com a redução de custos e um melhor aproveitamento de material (FEBRARTEX, 2019). 
Para Maestri (2018), as mudanças na nova configuração empregatícia podem ser 
relacionadas com o aumento da complexidade dos processos de manufatura, tornando as 
produções mais flexíveis e diversificadas, reduzindo lotes e proporcionando tempo de entrega 
mais rápidos. A implementação de sistemas digitais também provoca mudanças, uma vez que 
exige um maior nível de qualificação do operador (RIBEIRO, 2017). 
Seguem algumas das vantagens da automatização e da indústria 4.0 para o setor têxtil: 
produtos customizáveis, a partir de sistemas tecnológicos de produção; redução dos 
desperdícios com sobras, com a ajuda da análise de dados; linhas de produção compartilhadas, 
23 
 
com o auxílio de softwares; redução de estoques, com a produção realizada sob demanda 
(FEBRARTEX, 2019). 
 
 
 
24 
 
4 A INDÚSTRIA TÊXTIL 
 
4.1 No Brasil 
 
No início do período colonial brasileiro havia uma rentável cultura algodoeira no norte 
e nordeste do país, e diversas manufaturas têxteis que iniciavam um processo de 
industrialização (FUJITA; JORENTE, 2015). 
Contudo, como os portugueses controlavam bastante o mercado brasileiro, a 
industrialização não era do interesse deles. E, portanto, em 1785 as manufaturas têxteis foram 
interrompidas pelo alvará da Rainha Maria I que proibia o desvio de mão de obra da agricultura 
e da exploração mineira. 
Segundo Fujita e Jorente (2015), até o final do século XIX a indústria têxtil brasileira 
viria a se desenvolver. A suspensão das tarifas alfandegárias sobre a importação de maquinário 
serviu de estímulo para a criação de tecelagem e fiação de algodão. 
Foi, somente, no reinado de Dom Pedro II, que em 1844 decretou a Tarifa Alves 
Branco com o intuito de proteger as manufaturas brasileiras. Isso provocou muita insatisfação 
nos países europeus devido ao aumento das taxas alfandegárias, se tornando um grande 
incentivo para a industrialização brasileira, que apresentava uma trajetória bastante lenta. O 
contexto era favorável para o crescimento em função de várias instabilidades internacionais, 
entre elas a guerra civil nos Estados Unidos. Como o Brasil sempre foi um ótimo produtor de 
algodão, o desenvolvimento econômico e industrial se intensificou no país possibilitando o 
aumento no número de fábricas e de trabalhadores no período de 1864 e 1914. 
Com o objetivo de obter informações mais atuais sobre a Indústria Têxtil no Brasil, foi 
realizada uma pesquisa no site da ABIT (www.abit.org.br). A Associação Brasileira da 
Indústria Têxtil e Confecções (ABIT) fundada em 1957 é uma das mais importantes entidades 
dentre os setores econômicos do País. O setor Têxtil e de Confecção Brasileiro apresenta 
destaque mundial tanto pelo profissionalismo, criatividade e tecnologia, como também pelas 
dimensões do parque têxtil, estando na quinta colocação a nível mundial. O quadro 1 
apresentado a seguir, apresenta dados do setor referentes ao ano de 2019 (atualizados em agosto 
de 2021) e indica a grandeza e a importância da indústria têxtil. 
 
 
 
25 
 
Quadro 1: Dados da Indústria Têxtil referentes ao ano de 2019 (atualizados em agosto de 
2021). 
Dados do setor referentes ao ano de 2019 (atualizados em agosto de 2021) 
Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção 
INFORMAÇÕES RESULTADOS ANO 
Faturamento R$ 185,7 bilhões 2019 
Exportações (sem fibra de 
algodão) 
US$ 810,7 milhões 2020 
Importações (sem fibra de 
algodão) 
US$ 4,3 bilhões 2020 
Saldo da Balança comercial 
(sem fibra de algodão) 
US$ 3,5 bilhões negativos 2020 
Investimentos no setor R$ 3,6 bilhões 2019 
Produção média de 
confecção 
9,04 bilhões de peças 
(vestuário + meias e 
acessórios + cama, mesa e 
banho) 
2019 
Produção média têxtil 2,04 milhões de toneladas 2019 
Trabalhadores 
1,05 milhão de 
empregados diretos e 8 
milhões de empregos 
indiretos, sendo 60% de 
mão de obra feminina 
2019 
Número de empresas formais 
em todo o país 
25,5 mil 2019 
Fonte: www.abit.org.br 
 
Além disso, é o 2º maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas 
para alimentos e bebidas juntos. Está entre os cinco maiores produtores e consumidores no 
mundo de denim (tipo de tecido resistente feito principalmente de algodão, bastante utilizado 
para a confecção de jeans). Está entre os quatro maiores produtores de malha e representa 11,0% 
dos empregos e 6,6% do faturamento da Indústria de Transformação. No Brasil existem mais 
de 50 faculdades de moda espalhadas em 11 estados. Nos seus 200 anos de atuação, apresenta 
a maior cadeia têxtil completa do ocidente, contemplando a produção de fibras, como plantação 
https://www.abit.org.br/cont/perfil-do-setor
26 
 
de algodão até os desfiles de moda, passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, 
confecções e forte varejo. O país é referência mundial em design de moda praia, jeanswear e 
homewear, tendo crescido também os segmentos de fitness e lingerie. Segundo notícia 
publicada no site da ABIT em 25 de janeiro de 2022, a indústria têxtil e de confecção faturou 
R$ 194 bilhões em 2021, sendo observado um crescimento de 20% em relação aos R$ 161 
bilhões do ano de 2020. Na comparação com 2020, a produção de têxteis (insumos) aumentou 
12,1% e para confecções (15,1%). O varejo de roupas cresceu 16,9%. No entanto, essa expansão 
não apresenta crescimento quando comparado aos números de 2019 (pré-pandemia). Mesmo 
com o crescimento observado em 2021 quando comparado a 2020, o saldo da balança comercial 
setorial ficou negativo em US$ 4,10 bilhões. No entanto, segundo a ABIT, a projeção de 
crescimento setorial para 2022 será de 1,2%. Dessa forma observa-se a possibilidade de 
melhoria nos índices da referida indústria. 
 
4.2 A evolução da Indústria têxtil no Brasil 
 
O algodão é uma planta cultivada em todos os continentes em função de sua 
importância como fornecedora de matéria-prima para a indústria. (SOUSA, 1996). 
Considerando que o algodão constitui o principal insumo da cadeia produtiva têxtil,o cultivo 
desta fibra já era exercido pelos indígenas desde a época do descobrimento do Brasil (SILVA, 
1980). 
Contudo, inicialmente, a produção algodoeira era primordialmente para consumo 
interno. Mas, com o advento da Primeira Revolução Industrial inglesa permitiu-se que o 
Nordeste brasileiro produzisse algodão para exportar para as indústrias têxteis da Inglaterra. 
O forte crescimento da procura do algodão fez com que a Inglaterra induzisse vários 
países a se tornarem grandes produtores dessa matéria-prima: Índia, Egito, Peru, EUA e o Brasil 
(região Nordeste) (SILVA, 1980). O Nordeste brasileiro pela primeira vez se integrou nesse 
mercado. (SOUSA, 1996). 
O próximo elo da cadeia agroindustrial do algodão é a indústria têxtil. As fibras 
naturais, especialmente o algodão, constituem o principal insumo da cadeia têxtil do país 
(VIDAL; CARNEIRO, 2006). 
Em 1850 foram implantadas as primeiras indústrias têxteis no Brasil no qual iniciou-
se um processo gradual de evolução tecnológica e entre 1950 e 2000, constata-se um surto de 
desenvolvimento na área tecnológica (COSTA; BERMAN; HABIBI, 2000). 
27 
 
De acordo com Sousa (1996), no Nordeste, o estado de Pernambuco era o mais 
importante centro têxtil. Nos anos 1890 a indústria têxtil teve grande impulso conquistando o 
mercado regional exportando tecidos. Portanto, enfrentou uma grande concorrência dos 
produtos vindos do Sudeste. 
No mercado mundial, o Brasil figurava expressivamente como exportador de produtos 
têxteis nessa época - entre 1942 e 1947, o Brasil exportou, aproximadamente, 20 mil toneladas 
de tecidos e 2,5 mil toneladas de fios (SILVA, 2012). 
Para VIDAL e CARNEIRO (2006), entre os anos de 1987 e 1997, o Nordeste passou 
de grande produtor de algodão para grande importador e consumidor do produto, em função do 
aumento do parque têxtil no Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba e da redução da área 
plantada. A retomada na produção de algodão no Brasil se deu a partir do ano de 1997. 
A indústria têxtil e de confecções foram significativas para a economia do estado do Rio 
Grande do Norte, no qual foi a fase caracterizada pelo crescimento rápido e desordenado 
(SOUSA, 1996). 
Incentivos concedidos pelo governo do estado através de um programa de oportunidades 
de investimentos - parque têxtil integrado - que viabilizou a implantação de indústrias têxteis e 
de confecções em torno da cidade de Natal (CLEMENTINO, 1985). 
De acordo com Sousa (1996), embora o parque têxtil integrado apresentasse, objetivo, 
metas e prioridades, o que tratava mesmo era de aproveitar as oportunidades de investimentos 
que se estava fazendo no Nordeste e convencer os investidores das vantagens oferecidas pelo 
Estado do Rio Grande do Norte. 
Portanto, a expansão dessas cidades está ligada à atividade têxtil na medida em que ela 
funcionou como meio de comércio e uma forma de ocupação. (SILVA, 1980). 
 
 
 
28 
 
5 DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA INDÚSTRIA TÊXTIL NO BRASIL 
 
São vários os desafios a serem encarados pela indústria têxtil no Brasil, que vão desde 
os investimentos em máquinas e equipamentos que incorporem essas tecnologias, adaptação de 
processos e das formas de relacionamento entre empresas, os impactos sobre a criação e 
distinção de empregos, entre outras (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA, 
2021). 
Outras dificuldades para a implantação de Indústria 4.0, encontram-se a falta de 
recursos próprios, pouca clareza sobre a relação custo-benefício e a escassez de profissionais 
tecnicamente qualificados para lidar com as novas tecnologias de um sistema industrial 
inteligente. Além dos problemas, pelo lado externo, de custos elevados de implantação, pouco 
otimismo com o futuro e financiamento a taxas pouco atrativas. 
Os pontos listados acima expressam que parte da indústria brasileira ainda confunde a 
implementação de Indústria 4.0 com a utilização de novas tecnologias e equipamentos de última 
geração, o que, na maioria das vezes, significa altos investimentos (VDI BRASIL, 2020). 
Considerando o mercado têxtil e de confecção, a impressão 3D, por exemplo, é 
considerada uma das técnicas mais inovadoras nessa atividade, proporcionando o uso de 
materiais poliméricos, inclusive biodegradáveis e recicláveis. Esses materiais são utilizados em 
camadas, por meio do processo de fabricação aditiva, que realiza mistura a vácuo, a fusão a 
laser e moldagem por injeção. Antes da obtenção do objeto ou peça, é necessário desenvolver 
o modelo digital a partir do uso de softwares de modelagem 3D que possibilita a criação de 
peças inovadoras, customizadas e que se ajustam ao corpo com perfeição. Sendo assim, o uso 
da impressão 3D na indústria têxtil, permite experimentar novos formatos e texturas de 
materiais para moldar as peças finais, produzindo peças únicas com alto valor agregado. Dentre 
os benefícios para uso no setor têxtil é possível citar, a criação de peças individuais e 
personalizadas, potencialização do processo criativo, possibilidade de fazer materiais diversos 
usando uma única máquina, prototipagem com o máximo de detalhamento, mobilidade de 
produção, facilidade de armazenamento e redução de custos, tempo e matérias-primas. 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza desde 2000 a Pesquisa 
Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC), que tem por objetivo a construção de 
indicadores setoriais, nacionais e regionais das atividades de inovação nas empresas do setor de 
Indústria, de Eletricidade e gás e de Serviços selecionados. As informações podem ser 
encontradas no site https://pintec.ibge.gov.br. 
https://pintec.ibge.gov.br/
29 
 
Ao acessar o site, várias tabelas podem ser obtidas envolvendo diferentes tipos de 
indústrias de transformação, como por exemplo Fabricação de produtos alimentícios, bebidas, 
produtos de fumo, produtos têxteis, confecção de artigos de vestuários e acessórios etc. As 
informações citadas neste trabalho referem-se à Fabricação de produtos têxteis referente ao 
triênio de 2015 - 2017 e algumas tabelas disponibilizadas no site serão citadas no texto. 
Algumas tabelas serão discutidas no trabalho, sendo algumas informações delas apresentadas 
nos Quadros 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8. 
Avaliando o Quadro 2 – que são dados das Empresas total e as que implementaram 
inovações e/ou com projetos, segundo as atividades da indústria, do setor de eletricidade e gás 
e dos serviços selecionados, verifica-se que de um total de 3.339 empresas, 990 de fabricação 
de produtos têxteis implementaram inovações perfazendo um percentual de 29,6%. Essas 
inovações referem-se tanto a produtos, quanto aos processos. Por exemplo, considerando as 
indústrias extrativas, apenas 14,6% implementaram inovações. Na fabricação de produtos 
alimentícios (42,5%), na fabricação de bebidas (44,2%) e na fabricação de produtos de fumo 
(30,8%). Assim, percebe-se a possibilidade que a indústria têxtil apresenta de crescimento na 
implementação de inovações, quando comparada com outras indústrias. Vale salientar que 
embora, na indústria de fabricação de fumo o percentual seja mais elevado, há a existência de 
apenas 65 empresas, quantitativo bem menor quando comparado a indústria têxtil (3.339). 
Dentre as inovações observadas na indústria têxtil, um percentual de 17,8% foi para produtos e 
23,5% para processos, dessa forma, caracterizando um direcionamento para a implementação 
de processos. Quando observado os dados para produtos e processos o percentual é mais 
elevado, chegando a 39,5%. 
 
 
33 
 
Quadro 2: Implementação de projetos de inovação por setor – PINTEC (2015 – 2017). 
Atividades da 
indústria, do setor 
de eletricidade e gás 
e dos serviços 
relacionados 
 
EMPRESAS 
 
 
Total 
EMPRESAS QUE IMPLEMENTARAM INOVAÇÕES 
 
Total 
De produto De processo De produto e 
processo 
Total 
Novo para a 
empresa 
Novo para o 
mercado 
nacional 
 
Total 
Novo para a 
empresaNovo para o 
mercado 
nacional 
Total 116.962 39.329 22.058 17.898 5.602 33.321 30.541 4.098 16.050 
Indústrias extrativas 2.297 336 95 75 25 286 267 30 45 
Indústrias de 
transformação 
100.216 34.396 18.655 15.226 4.693 29.195 27.056 3.357 13.455 
Fabricação de 
produtos alimentícios 
14.362 6.106 3.363 2.915 662 5.292 5.084 399 2.548 
Fabricação de 
bebidas 
1.043 461 275 230 60 375 372 79 189 
Fabricação de 
produtos de fumos 
65 20 5 3 3 18 7 12 3 
Fabricação de 
produtos têxteis 
3.339 990 595 348 259 786 756 70 391 
Confecção de artigos 
do vestuário e 
acessórios. 
14.365 4.969 1.833 1.779 176 4.097 3.526 578 960 
Fonte: PINTEC (IBGE), 2022. 
34 
 
Os dados do Quadro 3 refere-se ao principal responsável pelo desenvolvimento de 
produto e/ou processo nas empresas que implementaram inovações no triênio 2015 - 2017. 
Assim, para a indústria de fabricação de produtos têxteis observa-se que 513 empresas 
desenvolveram o produto e 38 empresas desenvolveram o produto em cooperação com outras 
empresas. Além disso, 45 delas desenvolveram produtos com outras empresas ou institutos. 
Finalmente nenhuma outra empresa do grupo foi responsável pelo desenvolvimento do produto. 
Por outro lado, na área de processo, 240 empresas foram as principais responsáveis pelo próprio 
desenvolvimento do processo, 16 empresas foram de outra empresa do grupo, 42 tiveram a 
cooperação com outras empresas e 488 tiveram o desenvolvimento por outras empresas ou 
institutos. Percebe-se pelas informações que no caso de desenvolvimento de processo a 
contribuição de outras empresas e institutos (488) foram mais evidentes quando comparado ao 
desenvolvimento dos produtos (45), indicando a participação de empresas externas e o potencial 
existente para essa colaboração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
Quadro 3: Responsável pelo desenvolvimento de produto e/ou processo nas empresas que implementaram inovações (PINTEC 2015-2017) 
Principal responsável pelo desenvolvimento de produto e/ou processo nas empresas que implementaram inovações segundo as atividades da indústria, do setor de 
eletricidade e gás e dos serviços selecionados – Brasil – período 2015 – 2017. 
 
 
Atividades da 
indústria, do setor de 
eletricidade e gás e dos 
serviços selecionados 
Principal responsável pelo desenvolvimento de produto e/ou processo nas empresas que implementaram inovações 
Produto Processo 
A empresa Outra 
empresa do 
grupo 
A empresa 
em 
cooperação 
com outras 
empresas ou 
institutos 
Outras 
empresas ou 
institutos 
A empresa Outra empresa 
do grupo 
A empresa em 
cooperação 
com outras 
empresas ou 
institutos 
Outras empresas 
ou institutos 
Total 17.007 788 1.631 2.632 9.882 746 2.170 20.523 
Indústrias extrativas 85 1 6 3 98 1 9 178 
Indústrias de 
transformação 
14.662 596 1.402 1.994 7.988 712 1.952 18.544 
Fabricação de produtos 
alimentícios 
2.970 32 195 166 1.150 93 265 3.785 
Fabricação de bebidas 194 7 46 28 63 - 48 264 
Fabricação de produtos 
do Fumo 
5 - - - 1 - - 17 
Fabricação de produtos 
têxteis 
513 - 38 45 240 16 42 488 
Confecção de artigos do 
vestuário e acessórios 
1.678 1 115 39 514 24 261 3.299 
Fonte: PINTEC (IBGE), 2022.
36 
 
Avaliando-se o Quadro 4 que apresenta as empresas que implementaram inovações de 
produto e/ou processo utilizando métodos de proteção estratégicos não formais, verifica-se que 
das 990 empresas que implementaram as inovações, 56 delas (5,7%) utilizaram complexidade 
no desenho, 112 (11,3%) segredo industrial, 99 (10,0%) liderança sobre os competidores e 36 
(3,6%) outros métodos. É interessante observar a preocupação com o segredo industrial, 
perfazendo 11,31%. Avaliando-se a indústria de fabricação de produtos alimentícios, observa-
se uma preocupação com o segredo industrial da ordem de 9,7%, inferior ao observado na 
indústria têxtil. Porém, na indústria de fabricação de bebidas esse percentual é de 29,5%, bem 
superior às indústrias citadas anteriormente. Percebe-se de uma forma geral, que as indústrias 
não estão se preocupando com o segredo industrial. Vale salientar que a proteção jurídica dos 
segredos industriais se dá por meio dos contratos que podem ser celebrados tanto entre a 
empresa e seu público interno, compreendido por colaboradores, vendedores, consultores e 
autônomos prestadores de serviços, quanto seu público externo, como fornecedores. Em 
relação a complexidade dos desenhos, percebe-se um maior percentual na indústria de 
fabricação de bebidas (12,8%), quando comparado a indústria de fabricação de produtos 
alimentícios (3,6%), indústria de fabricação de produtos têxteis (5,7%) e indústria para 
confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,9%). Para a indústria de fabricação de 
produtos de fumos, não há relato para complexidade no desenho. Considerando essas 
informações percebe-se a necessidade de aumentar a proteção na aparência de novas criações 
de design e, assim, incentivar o investimento em pesquisa e desenvolvimento de formas 
originais, capazes de gerar inovação. 
 
 
37 
 
Quadro 4: Métodos de proteção das inovações de produto - PINTEC (2015 - 2017). 
Métodos de proteção estratégicos (não formais) utilizados pelas empresas que implementaram 
inovações, segundo as atividades da indústria, do setor de eletricidade e gás e dos serviços selecionados 
– Brasil – período 2015 – 2017. 
Atividades da 
indústria, do setor 
de eletricidade e 
gás e dos serviços 
selecionados 
Empresas 
 
 
 
Total 
Empresas que implementaram inovações de produto 
 
 
Total 
Métodos de proteção estratégicos 
(não formais) 
Complexidade 
no desenho 
Segredo 
industrial 
Tempo de 
liderança sobre 
os competidores 
Outros 
Total 116.962 39.329 3.367 6.144 4.051 1.488 
Indústrias extrativas 2.297 336 12 33 61 2 
Indústrias de 
transformação 
100.216 34.396 3.143 5.581 3.475 1.263 
Fabricação de 
produtos 
alimentícios 
14.362 6.106 223 594 359 167 
Fabricação de 
bebidas 
1.043 461 59 137 30 3 
Fabricação de 
produtos do fumo 
65 20 - 5 12 1 
Fabricação de 
produtos têxteis 
3.339 990 56 112 99 36 
Confecção de 
artigos de vestuário 
e acessórios 
14.365 4.969 442 251 255 116 
Fonte: Pintec (IBGE), 2022. 
 
No Quadro 5 constam as empresas que implementaram inovações, por grau de 
importância das atividades inovativas para a indústria envolvendo fabricação de produtos 
têxteis. Na indústria têxtil, para um total de 990 empresas, 47 (4,7%) desenvolveram uma alta 
atividade interna de pesquisa, 42 (4,2%) uma média atividade e 902, ou seja 91,1% uma baixa 
atividade ou não desenvolveu. Considerando a aquisição externa de pesquisa, observa-se uma 
menor participação nesse segmento. Sendo assim, para uma aquisição alta, apenas 7 (0,7%) 
empresas se enquadram, 16 (1,6%) em uma aquisição externa média e 968 (97,8%) sendo 
considerada baixa ou que não realizou aquisição externa de pesquisa. Considerando esses dois 
pontos de pesquisa, é possível considerar uma elevada potencialidade para desenvolvimento de 
pesquisa tanto com a participação interna, como também externa. Avaliando-se os dados que 
correspondem a aquisição de outros conhecimentos externos observa-se que a grande maioria 
das empresas, ou seja, 960 (97,0%) fizeram uma baixa ou não fizeram aquisição. Apenas 5 
(0,5%) teve uma alta aquisição de outros conhecimentos externos e 26 (2,6%) uma média 
aquisição. Considerando os percentuais de 91,1%, 97,8% e 97,0% percebe-se a necessidade de 
avanços no desenvolvimento de pesquisas com possibilidades de contratações de mão de obra 
especializada, como também de consultorias e convênios com instituições de ensino. 
39 
 
Quadro 5: Empresas que implementaram inovações, por grau de importância das atividades inovativas desenvolvidas - PINTEC (2015 - 2017) – 
PARTE A8 
 
Atividades da 
indústria, do setor 
de eletricidade e 
gás e dos serviços 
selecionados 
Empresas queimplementaram inovações 
 
 
Total 
Atividades inovativas desenvolvidas e grau de importância 
Atividades internas de Pesquisa e 
Desenvolvimento 
Aquisição externa de Pesquisa Aquisição de outros 
conhecimentos externos 
Alta Média Baixa ou 
não 
realizou 
Alta Média Baixa ou 
não 
realizou 
Alta Média Baixa ou 
não 
realizou 
Fabricação de 
produtos têxteis 
990 47 42 902 7 16 968 5 26 960 
Fonte: PINTEC (IBGE), 2022.
40 
 
 
No Quadro 6, observa-se que a aquisição de software tem mostrado uma característica 
mais inovadora, uma vez que 193 (20,5%) fizeram uma alta aquisição de software, 88 (8,9%) 
realizaram uma média aquisição e 710 (71,8%) indicaram uma aquisição baixa ou não 
adquiriram software. É perceptível que essa atividade envolvendo tecnologia da informação foi 
mais utilizada, quando comparada às pesquisas internas e externas. Finalmente a atividade 
envolvendo aquisição de máquinas prevaleceu, sendo observado 393 empresas (39,7%) para 
uma alta aquisição, 165 (16,7%) para uma média aquisição e 432 (43,6%) fizeram uma baixa 
aquisição ou não fizeram. Em relação ao investimento em treinamento, a grande maioria das 
empresas (608), apresentaram uma baixa realização ou não investiram nessa atividade. Isso 
significa o potencial de empresas que podem atuar nesse mercado promovendo treinamento. 
Considerando a introdução das inovações, apenas 149 foi considerada uma alta inovação, 
seguido por 290 uma média inovação e a maioria (551) uma baixa inovação ou não inovaram. 
Finalmente para o desenvolvimento de projeto industrial e outras, mais uma vez prevalece uma 
baixa realização ou até mesmo não realização, sendo observado 822 empresas. Esses dados 
indicam a possibilidade de crescimento e melhoria nesses números nas atividades citadas. 
 
41 
 
Quadro 6:Empresas que implementaram inovações, por grau de importância das atividades inovativas desenvolvidas - PINTEC (2015-2017) - 
PARTE B 
Atividades 
da 
indústria, 
do setor de 
eletricidade 
e gás e dos 
serviços 
selecionados 
Empresas que implementaram inovações 
Atividades inovativas desenvolvidas e grau de importância 
Aquisição de software Aquisição de máquinas 
e equipamentos 
Treinamento Introdução das 
inovações tecnológicas 
no mercado 
Projeto industrial e 
outras preparações 
técnicas 
Alta Médi
a 
Baixa 
ou não 
realizo
u 
Alta Médi
a 
Baixa 
ou não 
realizo
u 
Alta Médi
a 
Baixa 
ou não 
realizo
u 
Alta Médi
a 
Baixa 
ou não 
realizo
u 
Alta Médi
a 
Baixa 
ou não 
realiz
ou 
Fabricação 
de produtos 
têxteis 
 
193 
 
88 
 
710 
 
393 
 
165 
 
432 
 
199 
 
183 
 
608 
 
149 
 
290 
 
551 
 
110 
 
58 
 
822 
Fonte: PINTEC (IBGE), 2022.
42 
 
No Quadro 7 obtém-se as informações sobre as Fontes de financiamento das atividades 
internas de Pesquisa e Desenvolvimento, que indica claramente a predominância da própria 
empresa na realização dessas atividades, sendo observado 99 delas realizando as atividades de 
pesquisa, enquanto a participação de outras empresas, privado, público e exterior apresentam 
um número incipiente nos investimentos. Para as demais atividades inovativas, inclusive 
aquisição externa de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) realizadas pelas empresas, também é 
visto que a maioria das próprias empresas (83) fazem esses investimentos, embora possa ser 
observado no caso de terceiros (privado e público), um aumento no investimento, indicando um 
total de 17 empresas. 
 
 
43 
 
 
Quadro 7: Fontes de Financiamento das atividades internas de P&D - PINTEC (2015 - 2017). 
 
 
Atividades da indústria, do setor 
de eletricidade e gás e dos 
serviços selecionados 
Fontes de financiamento (%) 
Das atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento Das demais atividades (inclusive aquisição 
externa de P&D) 
Próprias De terceiros Próprias De terceiros 
 Total Outras 
empresas 
brasileir
as (1) 
Público Exterior Total Privado Público 
Fabricação de produtos têxteis 99 1 - 1 - 83 17 13 4 
Fonte: PINTEC (IBGE), 2022. 
 
44 
 
Ao avaliando-se o Quadro 8 que apresenta o número de pessoas ocupadas nas 
atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento, verifica-se que de um total de 343 
pesquisadores, apenas 7 (2,0%) possuem pós-graduação, sendo observado que a maioria são 
graduados, com um contingente de 255 (74,3%) profissionais, enquanto para o nível médio, 
verifica-se 80 pessoas (23,3%). Esses dados mostram a potencialidade de pesquisas que podem 
ser realizadas tendo a participação de alunos de pós-graduação nas indústrias têxteis, sendo 
necessário uma maior aproximação das Empresas com as Universidades e Institutos de 
Pesquisas. Considerando a categoria de técnicos, de um total de 178, os graduados representam 
125 profissionais, o que equivale a 70,2% não sendo muito diferente, pelo menos do ponto de 
vista percentual, quando comparado a equipe de pesquisadores que apresentou 74,3% dos 
profissionais com graduação. Para nível médio ou fundamental são 53 (29,8%). As informações 
apresentadas não indicam, se de fato essa categoria tem diploma de formação técnica obtido 
por exemplo em escolas técnicas estaduais ou federais. Finalmente é observado a presença de 
23 (12,9%) de auxiliares. Na categoria dos técnicos, não há a presença de pós-graduado o que 
caracteriza, do meu ponto de vista, uma excelente possibilidade para continuidade de 
capacitação, o que certamente traria benefícios para empresa. 
45 
 
Quadro 8: Pessoas ocupadas nas atividades de P&D - PINTEC (2015 - 2017). 
 
Atividades da 
indústria, do setor de 
eletricidade e gás e 
dos serviços 
selecionados 
Empresas que implementaram inovações de produto e/ou processo 
 
 
Total 
Pessoas ocupadas nas atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento, com equivalência de dedicação 
total, das empresas que implementaram inovações, por nível de qualificação 
 
Total 
Pesquisadores Técnicos 
Total Pós-
graduado
s 
Graduad
os 
Nível 
médio ou 
fundament
al 
Total Graduad
os 
Nível 
médio ou 
fundament
al 
Auxiliar
es 
Fabricação de 
produtos têxteis 
990 544 343 7 255 80 178 125 53 23 
Fonte: PINTEC (IBGE), 2022. 
 
 
 
 
 
 
46 
 
6 CONCLUSÃO 
 
A partir da avaliação da base de dados SCIELO percebe-se o aumento nas publicações 
envolvendo o assunto Indústria 4.0 indicando a importância crescente desse tema. A pesquisa 
indicou que esse tema passou a ser discutido a partir do ano 2000 com o registro de uma 
publicação, chegando a 24 artigos em 2020. 
Considerando as tabelas avaliadas da PINTEC (2015 - 2017), é possível verificar a 
necessidade de aproximação entre a academia e as indústrias, e nesse caso, a indústria têxtil, a 
qual foi pesquisada. Avaliando-se essa indústria, observa-se que de um total de 3.339 empresas, 
990 implementaram inovações referentes aos produtos e processos, perfazendo um percentual 
total de 29,6%, o que caracteriza um potencial para crescimento dessas inovações. Outro dado 
interessante é que desse total de empresas que implementaram inovações, 47 desenvolveram 
uma alta atividade interna de pesquisa, 42 uma média atividade e 902 não desenvolveram e/ou 
apresentaram uma baixa atividade. Esses dados corroboram com o potencial de pesquisas que 
poderão se desenvolverem nas indústrias têxteis com uma maior participação da academia e 
institutos e centros de pesquisas. 
Ações vêm sendo realizadas com o objetivo de aproximar a universidade e as 
empresas. Recentemente, por exemplo, foi lançado um curso de residência denominado NE 4.0 
Programa de revitalização da indústria Nordestina, sendo uma iniciativa envolvendo a 
Universidade de Pernambuco (UPE) e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste 
(SUDENE), envolvendo os pólos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas e 
Vale do São Francisco (Petrolina/Juazeiro). No Rio Grande do Norte a instituição 
correalizadoraé a UFRN, por meio do Instituto Metrópole Digital (IMD). Nesse caso, empresas 
receberão os residentes e entre elas a Coteminas e a Guararapes, indústrias têxteis conhecidas 
internacionalmente. Essa iniciativa permitirá o desenvolvimento de projetos na área da indústria 
4.0 por profissionais com graduação nas áreas das Engenharias, Ciência da Computação, 
Sistemas de Informação, Estatística e Administração. Assim, os alunos residentes terão aulas 
presenciais com docentes envolvidos no projeto e o formato do curso incluirá aulas teóricas e 
também desenvolvimento in loco de projetos em indústrias potiguares. Uma ação desta natureza 
permitirá, com certeza, o desenvolvimento de novas competências para os estudantes 
residentes, possibilitando a implementação de inovações nas indústrias, com fortalecimento da 
indústria 4.0. 
 
47 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABIT TÊXTIL E CONFECÇÃO. Perfil do Setor. 2021. Disponível em: 
https://www.abit.org.br/cont/perfil-do-setor. Acesso em: 17 fev. 2022. 
 
AMBROSI, A., PUMERA, M., “3D-printing technologies for electrochemical applications”, 
Chemical Society Reviews, v. 45, n.10, pp. 2740-2755, Apr. 2016. 
 
ASCOM - IMD/UFRN. Projeto Cria Programa de Residência na Indústria do Nordeste. 
Disponível em: https://ufrn.br/imprensa/noticias/54529/projeto-cria-programa-de-residencia-
na-industria-do-nordeste. Acesso em: 13 jan. 2022. 
 
BRUNO, Flavio da Silveira. A quarta revolução industrial do setor têxtil e confecção: a 
visão de futuro para 2030. São Paulo: Estação da Letras e Cores, 2016. 
 
CARVALHO, Paola. Fora da Caixa: Internet das Coisas (e dos serviços). 2018. Disponível 
em: 
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/11/17/internas_economia,1006248/fora-
da-caixa-internet-das-coisas-e-dos-servicos.shtml. Acesso em: 13 out. 2021. 
CLEMENTINO, Maria do Livramento Miranda. O Maquinista de Algodão no Rio Grande 
do Norte e o Capital Comercial. 1985. 284 f. Dissertação (Doutorado) - Curso de 
Sociologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1985. 
 
COELHO, Pedro Miguel Nogueira. Rumo à Indústria 4.0. 2016. 65 f. Dissertação 
(Mestrado) - Curso de Engenharia e Gestão Industrial, Universidade de Coimbra, Coimbra, 
2016. 
 
COLTRE, Juliana; MARTINS, Luis Marcelo. A Indústria 4.0 na gestão estratégica: desafios e 
oportunidades para as empresas brasileiras. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino 
e Pesquisa, Londrina, v. 34, n., p. 110-128, jan. 2018. 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Cibersegurança: o que é, importância 
e como se qualificar. Disponível em: http://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-
z/ciberseguranca/. Acesso em: 14 out. 2021. 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Desafios para a indústria 4.0 no Brasil / 
Confederação Nacional da Indústria. – Brasília: CNI, 2016. 
 
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Indústria 4.0: Entenda seus conceitos 
e fundamentos. Disponível em: http://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-
z/industria-4-0/. Acesso em: 14 out. 2021. 
 
CONSISTEM. Os Impactos da Indústria 4.0 no setor têxtil e confecção. Disponível em: 
https://blog.consistem.com.br/os-impactos-da-industria-4-0-no-setor-textil-e-de-confeccao/. 
Acesso em: 18 jan. 2022. 
 
COSTA, Shirley; BERMAN, Debora; HABIBI, Roseane Luiz. 150 Anos da Indústria Têxtil 
Brasileira. Rio de Janeiro: Ver Curiosidades, 2000. 
48 
 
DAVIM, J. P., Machining: fundamentals and recent advances, London, Springer-Verlag, 
2008. 
 
DESCUBRA quais são os pilares da indústria 4.0. Disponível em: 
https://www.siembra.com.br/noticias/descubra-quais-sao-os-pilares-da-industria-40/. Acesso 
em: 14 out. 2021. 
 
DIEGUES, Antônio Carlos; JOSELINO, José Eduardo. Indústria 4.0 e as redes de produção e 
inovação em serviços intensivos em tecnologia: uma tipologia e apontamentos de política 
industrial e tecnológica. Texto Para Discussão, Campinas, v. 356, p. 1-23, jul. 2019. 
 
DOS SANTOS, Nilza Aparecida; RUGGERO, Sergio Miele; DA SILVA, Marcia Terra. 
Indústria 4.0 no Brasil: desafios do segmento automotivo para integração da cadeia de 
suprimentos. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, p. e18110817251-
e18110817251, 2021. 
 
DUARTE, Adriana Yumi Sato. Proposta de integração entre ferramentas de avaliação de 
ciclo de vida do produto e Indústria 4.0 (Industria 4.0): estudo de caso da indústria têxtil 
e de confecção brasileira. 2017. 120 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Mecânica, 
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017. 
 
ENGSEARCH. A Indústria 4.0 está realmente sendo implementada no Brasil? 2018. 
Disponível em: https://www.engsearch.com.br/engenharia/industria4-0/. Acesso em: 17 fev. 
2022. 
 
FALANI, Leila Araujo; AGUIAR, Cátia Rosana Lange de; FORNO, Ana Julia dal. A 
Indústria 4.0. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INOVAÇÃO E GESTÃO DE 
DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO, 12., 2019, Brasília. Anais [...]. Brasília: 
Universidade de Brasília, 2019. p. 1-15. 
 
FEBRATEX GROUP. Indústria 4.0: quais as suas expectativas para o setor têxtil? 2019. 
Disponível em: https://fcem.com.br/noticias/industria-4-0-quais-as-suas-expectativas-para-o-
setor-textil. Acesso em: 18 out. 2021. 
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Indústria 4.0/ 
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro: FIRJAN, 2016. 
 
FONTES, Alexia. Robôs autônomos: qual sua importância dentro da Indústria 4.0? 
2020. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/robos-autonomos. Acesso em: 14 
out. 2021. 
 
FUJITA, Renata Mayumi Lopes; JORENTE, Maria José. A Indústria Têxtil no Brasil: uma 
perspectiva histórica e cultural. Modapalavra E-Periódico, Florianópolis, v. 8, n. 15, p. 153-
174, jan. 2015. 
 
FURTADO, João; PINHEIRO, Henrique; URIAS, Eduardo; MUÑOZ, Diego. Indústria 4.0: 
A Quarta Revolução Industrial e os desafios para a Indústria e para o desenvolvimento 
brasileiro. São Paulo: Instituto de Estudos Para O Desenvolvimento Industrial, 2017 
 
49 
 
HAYASHI, Ricardo. Cinco principais desafios da indústria 4.0. 2020. Disponível em: 
https://portogente.com.br/noticias/opiniao/111852-cinco-principais-desafios-da-industria-4-0. 
Acesso em: 17 fev. 2022. 
 
INDUSTRIAL 4.0 TECNOLOGIAS E SERVIÇOS. Pesquisa realizada pela FIESP ajuda a 
mapear Indústria 4.0 no Brasil. Disponível em: https://industrial4-0.com.br/pesquisa-
realizada-pela-fiesp-ajuda-a-mapear-industria-4-0-no-brasil/. Acesso em: 17 fev. 2022. 
 
JUNIOR, Geraldo Tessarini; SALTORATO, Patricia. Impactos da Indústria 4.0 na 
organização do trabalho: uma revisão sistemática da literatura. Produção Online, 
Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 743-769, 2018. 
 
LARA, JOSÉ EDSON ET AL. Admirável mundo novo na perspectiva da tríade: Internet das 
Coisas, pessoas e mercados 1 Artigo atualizado em maio de 2021. Perspectivas em Ciência da 
Informação [online]. 2021, v. 26, n. 02 [Acessado 11 Outubro 2021] , pp. 124-150. 
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-5344/3825>. Epub 23 Jul 2021. ISSN 1981-
5344. https://doi.org/10.1590/1981-5344/3825. 
 
LIMA, Juliana Daldegan; SANSON, João Rogério. O Surto de Industrialização do setor têxtil 
a partir de 1880: Blumenau e Brasil. Revista de História Econômica & Economia 
Aplicada, Juiz de Fora, v. 3, n. 5, p. 1-24, jul. 2008. 
 
MAESTRI, Gabriela. Indústria 4.0 no setor têsxtil: diagnóstico atual, desafios e 
oportunidades para o futuro digital. 2018. 88 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Engenharia Têxtil, Universidade Federal de Santa Catarina, Blumenau, 2018. 
 
MAYUMI, R.; FUJITA, L. A Indústria Têxtil no Brasil: uma perspectiva histórica e cultural 
The Brazilian Textile Industry : a cultural and historical perspective. p. 153–174, 2015. 
 
MEDEIROS, Pollyanna Neves de. Fabricação de Produtos Têxteis e Confecção de Artigos do 
Vestuário e Acessórios: Estudo recente do desempenho da cadeia têxtil na indústria 
metropolitana de Natal (1994-2015). 2017. 36 f. Monografia (Bacharelado)- Curso de 
Ciências Econômicas, Departamento de Economia, Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Natal, 2017. 
 
MENDES, Silvia Maria Ferreira. O fim do acordo de têxteis e vestuário: impactos sobre o 
setor têxtil-vestuário brasileiro. 2008. 123 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Economia, 
Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2007. 
 
NAKAYAMA, Ruy Somei. Oportunidades de atuação na cadeia de fornecimento de sistemas 
de automação para indústria 4.0 no Brasil. 2017. Tese de Doutorado. Universidade de São 
Paulo. 
 
OLIVEIRA, André Luiz. Por que implantar sistemas ciber físicos na sua empresa. 2020. 
Disponível em: https://certi.org.br/blog/sistemas-ciber-fisicos/. Acesso em: 11 out. 2021. 
 
PACCHINI, Athos Paulo Tadeu et al. Indústria 4.0: barreiras para implantação na indústria 
brasileira. Exacta, v. 18, n. 2, p. 278-292, 2020. 
 
https://doi.org/10.1590/1981-5344/3825
50 
 
PEREIRA, Adriano; SIMONETTO, Eugênio de Oliveira. Indústria 4.0: conceitos e 
perspectivas para o Brasil. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 16, 
n. 1, p. 1-9, jan. 2018. 
 
PESQUISA INDUSTRIAL DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA. PINTEC 2017 - Tabelas 
Adicionais - Sustentabilidade e Inovação Ambiental - UF. Disponível em: 
https://pintec.ibge.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=
33&Itemid=49. Acesso em: 22 dez. 2021. 
 
RANGEL, Armênio Souza; SILVA, Marcello Muniz da; COSTA, Benny Kramer. 
Competitividade da Indústria têxtil brasileira. Revista de Administração e Inovação, São 
Paulo, v. 7, n. 1, p. 151-174, jan. 2010. 
 
REDAÇÃO DISTRITO. Indústria 4.0: características e tendências do setor no Brasil 
para corporações. 2021. Disponível em: https://distrito.me/industria-4-0/. Acesso em: 17 fev. 
2022. 
 
RIBEIRO, Joaquim Meireles. O Conceito da Indústria 4.0 na confecção: análise e 
implementação. 2017. 99 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Têxtil, 
Universidade do Minho, Braga, 2017. 
 
SACOMANO, José Benedito et al. Indústria 4.0. Editora Blucher, 2018. 
 
SANTANA, LEONARADO ET AL. Estudo comparativo entre PETG e PLA para Impressão 
3D através de caracterização térmica, química e mecânica. Matéria (Rio de Janeiro) [online]. 
2018, v. 23, n. 4 [Acessado 11 outubro 2021], e12267. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/S1517-707620180004.0601>. Epub 06 Dez 2018. ISSN 1517-7076. 
https://doi.org/10.1590/S1517-707620180004.0601. 
 
SANTOS, Marcos; MANHÃES, Aline Martins; LIMA, Angélica Rodrigues. Indústria 4.0: 
Desafios e oportunidades para o Brasil. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
DE SERGIPE, 10., 2018, São Cristóvão. Anais [...]. São Cristóvão: Universidade Federal de 
Sergipe, 2018. p. 1-13. 
 
SIGGA TECHNOLOGIES. Os 9 Pilares da Indústria 4.0 – Você conhece todos eles? 2020. 
Disponível em: https://sigga.com.br/blog/os-pilares-da-industria-4-0/. Acesso em: 14 out. 
2021. 
 
SILVA, Waumy Corrêa da. ABTT e a indústria têxtil: 50 anos de história da ABTT - São 
Paulo: Blucher, 2012. 
 
SITEWARE. Indústria 4.0 no Brasil: um parâmetro sobre a aplicação do conceito de 
indústrias inteligentes no país. 2020. Disponível em: 
https://www.siteware.com.br/processos/industria-4-0-brasil/. Acesso em: 17 fev. 2022. 
 
SONG, C., LIN, F., BA, Z., et al, “My smartphone knows what you print: exploring 
smartphone based side-channel attacks against 3D printers”, In: Proceedings of the 2016 ACM 
SIGSAC Conference on Computer and Communications Security, pp. 895-907, Vienna, Oct. 
2016. 
 
https://doi.org/10.1590/S1517-707620180004.0601
51 
 
SOUSA, Leorivan Romão de. A cultura do Algodão no Rio Grande do Norte na década 
de 1970. 1996. 46 f. Monografia (Especialização) - Curso de História, Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte, Natal, 1996. 
 
VDI BRASIL. Estudo da FIESP indica dificuldade na adoção de Indústria 4.0 no Brasil. 
2020. Disponível em: https://www.vdibrasil.com/estudo-da-fiesp-indica-dificuldade-na-
adocao-de-industria-4-0-no-brasil/. Acesso em: 17 fev. 2022. 
 
VERMULM, Roberto et al. Políticas para o desenvolvimento da indústria 4.0 no Brasil. 2018. 
 
VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 2018, Ponta 
Grossa. Análise da Indústria 4.0 no segmento têxtil - importância do investimento digital 
no setor. Ponta Grossa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2018. 
 
VITALLI, Rogério. Os 10 pilares da Indústria 4.0. Disponível em: 
https://www.industria40.ind.br/artigo/16751-os-10-pilares-de-industria-40. Acesso em: 13 
out. 2021. 
 
YAMADA, Viviane Yukari; MARTINS, Luís Marcelo. Indústria 4.0: um comparativo da 
indústria brasileira perante o mundo. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e 
Pesquisa, v. 34, n. esp., p. 95-109, 2019. 
	UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE NORTE
	CENTRO CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
	DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
	ADRIANA FERNANDES SANTA ROSA FELIX
	INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL NO BRASIL.
	NATAL/RN
	2022
	ADRIANA FERNANDES SANTA ROSA FELIX (1)
	INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL NO BRASIL. (1)
	Monografia de Graduação apresentada ao Departamento de Economia da UFRN como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Economia.
	Orientador (a): Prof. (a) Thales Augusto Medeiros Penha
	Natal/RN
	2022 (1)
	Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
	Sistema de Bibliotecas - SISBI
	Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA
	Elaborado por Shirley de Carvalho Guedes - CRB-15/440
	Felix, Adriana Fernandes Santa Rosa.
	Indústria 4.0: desafios e oportunidade para a indústria têxtil no Brasil / Adriana Fernandes Santa Rosa Felix. - 2022.
	51f.: il.
	Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Ciências Econômicas, Natal, RN, 2022.
	Orientador: Prof. Dr. Thales Augusto Medeiros Penha.
	1. Economia - Monografia. 2. Indústria 4.0 - Monografia. 3. Indústria têxtil - Monografia. 4. Pesquisa industrial - Monografia. 5. Inovação tecnológica - Monografia. I. Penha, Thales Augusto Medeiros. II. Título.
	RN/UF/CCSA CDU 330.34
	ADRIANA FERNANDES SANTA ROSA FELIX (2)
	INDÚSTRIA 4.0: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL NO BRASIL. (2)
	Monografia de Graduação apresentada ao DEPEC/UFRN como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Economia.
	Aprovada em: _15_/02_/_2022
	BANCA EXAMINADORA
	_________________________________________
	Prof. Dr. Thales Augusto M. Penha
	Orientador
	Universidade Federal do Rio Grande do Norte
	__________________________________________
	Prof. José Antônio Nunes de Souza
	Examinador externo
	Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
	“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
	Guimarães Rosa
	RESUMO
	A produção industrial apresenta muitos desafios e a expressão da moda é a Indústria 4.0 que apresenta diversos componentes como sistemas ciber-físicos, Big Data, armazenamento em nuvem, internet das coisas, internet dos serviços, impressão 3D, ciber-s...
	PALAVRAS-CHAVE: Indústria 4.0, indústria têxtil, PINTEC.
	ABSTRACT
	Industrial production presents many challenges and the fashionable expression is Industry 4.0, which presents several components such as cyber-physical systems, Big Data, cloud storage, internet of things, internet of services, 3D printing, cyber-secu...
	KEYWORDS: Industry 4.0, textile industry, PINTEC.
	LISTA DE FIGURAS
	LISTA DE QUADROS
	LISTA DE ABREVIATURAS E/OU DE SIGLAS
	ABIT Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Confecções
	CNI Confederação Nacional da Indústria
	FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
	FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
	IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
	IMD Instituto Metrópole Digital
	PINTEC Pesquisa Industrial

Continue navegando