Buscar

Anais-eCICT-2019---CCHLA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 1479 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 1479 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 1479 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E 
TECNOLÓGICA DA UFRN - eCICT 2019 
 
 
 
30° eCICT 
 
ANAIS 
Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPEDIENTE
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica (eCICT) é um evento 
aberto à comunidade no qual todos os aproximadamente 1.500 alunos de 
Iniciação Científica e Tecnológica da UFRN (bolsistas e voluntários) apresentam 
os resultados de suas pesquisas desenvolvidas ao longo de um ano, como 
cumprimento de um plano de trabalho elaborado e orientado por um 
professor/pesquisador do quadro permanente da Instituição. 
 
O eCICT está entre as ações inseridas no âmbito do Programa 
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica da UFRN, que 
possui entre seus objetivos: a) Contribuir para a formação e engajamento de 
recursos humanos em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e 
inovação; b) Contribuir para a formação científica de recursos humanos que se 
dedicarão a qualquer atividade profissional; e c) Contribuir para a formação de 
recursos humanos que se dedicarão ao fortalecimento da capacidade inovadora 
das empresas no País. Em 2019, a Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte realizou a 30ª edição do Congresso, abarcando 
uma etapa inicial digital seguida de uma etapa presencial, no formato de 
apresentações em Sessões de Apresentações Orais. Na fase inicial (Online), as 
apresentações dos trabalhos pelos discentes se deram na forma de arquivos 
digitais (trabalho completo e vídeo) submetidos via Sistemas da UFRN e 
disponibilizados amplamente para visitantes do site do evento 
(www.cic.propesq.ufrn.br), avaliadores da UFRN e comitê externo PIBIC-CNPq. 
Durante a fase presencial do evento, os 90 melhores trabalhos, selecionados a 
partir da etapa anterior, seguiram para as apresentações orais. 
 
A 30ª edição do Congresso teve como tema “Bioeconomia: Diversidade e 
Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”, estando alinhada aos 17 
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. Ao 
submeter os trabalhos ao Congresso, os alunos indicaram os objetivos da 
Agenda 2030 aos quais suas pesquisas estavam relacionadas. Essa iniciativa 
visa estimular a pesquisa científica e tecnológica voltada para a busca por 
soluções para os desafios sociais contemporâneos. 
 
O evento cumpriu três funções valiosas para o desenvolvimento da 
ciência na instituição: inserção dos discentes em um ambiente acadêmico de 
publicação e apresentação dos resultados da pesquisa; divulgação científica por 
meio dos vídeos que utilizam uma linguagem científica, porém acessível a todos; 
e, por fim, a popularização da ciência. 
 
 Os alunos concorreram ao 3ª Prêmio Destaque na Iniciação Científica e 
Tecnológica da UFRN, que foi instituído pela Pró-Reitoria de Pesquisa em 2017 
para reforçar as ações dos programas institucionais de iniciação científica e 
tecnológica. O prêmio contemplou duas categorias: Trabalho Destaque de 
Iniciação Científica e Tecnológica e Vídeo Destaque de Divulgação Científica. 
Os premiados foram contemplados com bolsas mensais de até R$ 800,00 
(oitocentos reais) durante o período de um ano. Os orientadores dos alunos 
premiados adquiriram precedência em relação aos demais para efeitos de 
concorrência no Edital de Bolsas de Pesquisa da UFRN em 2020. 
 
 Em 2019, a Pró-Reitoria de Pesquisa instituiu o Prêmio Pesquisador 
Destaque da UFRN, com o objetivo premiar os pesquisadores da instituição que 
tenham apresentado relevantes contribuições para o desenvolvimento da ciência 
em cada uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida; 
Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas e Sociais, Letras 
e Artes. Foram escolhidos 03 pesquisadores, um em cada grande área do 
conhecimento. Todos os premiados receberão auxílio no valor de R$ 5.000,00 
(cinco mil reais) para custear passagens aéreas, diárias ou taxa de inscrição 
para apresentar trabalho em evento científico, certificado de premiação e troféu. 
 
Os pesquisadores premiados participam na condição de conferencista do 
XXX Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica, apresentando a 
contribuição científica oriunda de sua pesquisa. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
PROGRAMAÇÃO 6 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 7 
 
 
 
PROGRAMAÇÃO 
 
SETEMBRO 
16 a 20/09 Fase Online do eCICT 2019 
OUTUBRO 
11/10 
Divulgação dos selecionados para apresentação na Fase 
Presencial 
21 a 25/10 Fase Presencial do eCICT 2019 
21/10 Credenciamento 
21/10 Palestra de Abertura 
22 a 24/10 Sessões de Apresentações Orais 
22 a 24/10 Palestras de Pesquisadores Destaques da UFRN 
25/10 Solenidade de Encerramento e Premiação 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE CIÊNCIAS 
HUMANAS, LETRAS E 
ARTES 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 8 
 
CÓDIGO: ET0180 
AUTOR: MARCELLUS SILVA ARRUDA MIRANDA 
ORIENTADOR: JULIANA FELIPE FARIAS 
 
 
TÍTULO: Unidades geoecológicas do médio curso da bacia hidrográfica do rio Potengi - 
RN 
Resumo 
Estudos que integrem vários condicionantes ambientais de uma determinada área são 
cada vez mais frequentes nas atividades de planejamento ambiental, de diferentes 
finalidades. Dentro da perspectiva de análise integrada do meio, surge com maior 
destaque na década de 1990, a perspectiva metodológica da geoecologia das 
paisagens, com enfoque em diferentes categorias de análise geográfica, como também 
em diferentes unidades de análise da geografia física, como as bacias hidrográficas. 
Tendo em vista, a necessidade de melhor compreender a dinâmica presente no médio 
curso da Bacia Hidrográfica do Rio Potengi, foi aplicada tal perspectiva de análise 
ambiental, em escala local na área de estudo, gerando assim um mapa de 
compartimentação das unidades geoecológicas do médio curso. Para a delimitação 
dessas unidades, foram utilizadas os condicionantes ambientais: geologia, 
geomorfologia, solos e formações vegetais, propondo dessa maneira, as seguintes 
unidades e subunidades geoecológicas: 1- Planície Fluvial: do rio Potengi, do Rio Bom 
Jesus e do Rio Camaragibe; 2 – Tabuleiros do Rio Potengi; 3 – Superfície de 
aplainamento: De Riachuelo e de Elói de Souza; 4 – Planaltos; 5 – Maciços Residuais. 
 
Palavras-chave: Geoecologia - Rio Potengi - Planejamento Ambiental 
TITLE: Middle Course geoecological units of the Potenhi river basin -RN 
Abstract 
Studies that integrate many environmental conditions in a certain area are increasingly 
frequent in environmental planning activities for different purposes. Within the 
perspective of environment integrated analysis, the methodological perspective of 
landscape geoecology emerged most prominently in the 1990s, focusing on different 
categories of geographical analysis, as well as on different units of physical geography 
analysis, such as watersheds. In order to better understand the dynamics present in the 
medium course of the Potengi River Basin, that perspective of environmental analysis 
was applied on a local scale in the study area.Through this, a compartmentalisation map 
of the geoecological units of the medium course was generated. For the delimitation of 
these units, the environmental constraints we used were: geology, geomorphology, soils 
and vegetal formations. Thus we proposed the following geoecological units and 
subunits: 1- Fluvial Plain: Potengi River, Bom Jesus River and Camaragibe River; 2 - 
Potengi River trays; 3 - Planing surface: Riachuelo and Elói de Souza; 4 - Plateaus; 5 - 
Residual Massifs 
 
Keywords: Geoecology - Potengi River -Environmental Planning 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 9 
 
Introdução 
Os espaços naturais passam por constantes transformações promovidas por ações 
antrópicas, tais ações em sua grande maioria se configuram como prejudiciais a estes 
ambientes, antes intocados pelos homens. O acentuado grau de transformação dos 
espaços naturais por parte das sociedades está pautado na ideologia da obtenção do 
máximo aproveitamento dos recursos naturais, os quais proporcionam para os seus 
exploradores ganhos econômicos. 
Essa visão economicista do meio ambiente ficou arraigada na sociedade como um todo, 
após a revolução industrial, onde logo após este evento histórico, a natureza passou a 
ser subjugada de uma forma muito acentuada. Os exemplos de dominação da natureza 
pelos homens são inúmeros: grandes obras de infraestrutura hídrica, promovendo o 
barramento de corpos hídricos; projetos de agroindústrias, os quais proporcionam a 
supressão de extensas porções de vegetação natural; bem como os processos 
urbanização desorganizados, os quais resultam em complexas mudanças do estado 
natural do meio. Estes são somente alguns dos muitos exemplos de dominação. 
Tendo em vista essas alterações antrópicas dos espaços naturais, uma série de estudos 
na perspectiva ambiental vem sendo desenvolvidos a fim de proporcionar um maior 
entendimento acerca dos danos promovidos por tais ações. Esses estudos além de 
promover o entendimento da realidade local dos impactos, visam também a geração de 
informações do espaço, as quais podem ser utilizadas no intuído de melhor planejar e 
gerir novas áreas. 
Na perspectiva de melhor compreender os espaços naturais, os estudos ambientais 
integrados surgem na geografia, bem como em outras ciências naturais, para dar 
respostas mais concretas sobre o funcionamento de determinados sistemas. Dentro dos 
vários exemplos metodológicos dos estudos ambientais integrados está a abordagem 
geoecológica do estudo da paisagem. 
Para que se possa estudar as transformações ocorridas no espaço natural, o qual, 
entenderemos aqui como a paisagem, devemos segundo Farias (2013), estabelecer 
uma visão sistêmica e integrada do meio. De modo que sejam abarcados na análise a 
dinâmica presente entre os aspectos físicos e humanos, contemplando assim o binômio 
sociedade/natureza. 
Segundo Rodriguez e Silva (2013), a geoecologia possui com um dos seus principais 
objetivos a ação de fornecer subsídios para a resolução de problemas oriundos de 
ações antrópicas. De acordo com Rodriguez (1991 apud Farias, 2013), a geoecologia é 
entendida como um conjunto de métodos de investigação, cujo objetivo central é a 
obtenção de dados do meio natural, com os quais é possível estabelecer diagnósticos 
e formular estratégias de otimização dos usos dos recursos naturais. 
Levando em consideração as questões tecidas anteriormente, o objetivo geral deste 
estudo visa utilizar o enfoque geoecológico da paisagem o aplicado no médio curso da 
bacia hidrográfica do Rio Potengi (BHRP), com o objetivo de compartimentar 
geoecologicamente a mesma. Proporcionando dessa maneira, um entendimento da 
realidade ambiental do local, tal esforço de compartimentação servirá como base para 
futuras ações de planejamento da área do médio curso voltadas tanto para a correção 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 10 
 
de possíveis impactos presentes nas unidades identificadas, bem como ações que 
direcionem, por exemplo, como deverá se dar o uso e ocupação daquele solo. 
O médio curso da BHRP (Figura 1), apresenta 1.923 Km2 correspondendo a 46,9% do 
total da bacia sendo, dessa forma, o maior compartimento desse sistema natural. As 
suas características físicas são semelhantes ao restante da bacia, sendo a variável 
climática a que mais apresenta diferenciação, registrada em maior volume no litoral, 
decai no sentido das cabeceiras da bacia. Além da variação pluviométrica presente na 
área de estudo, também é verificada variações na configuração do relevo, com suas 
respectivas altitudes e formas geomorfológicas, se diferenciando dos demais 
compartimentos. 
 
 
 
 
 
Metodologia 
 
A abordagem metodológica utilizada neste estudo corresponde a Geoecologia das 
Paisagens, uma metodologia de investigação do meio natural, de base sistêmica e 
integrada. Tal abordagem Segundo Farias (2015), teve sua difusão no meio acadêmico 
iniciada na década de 1960, como uma linha investigativa, a qual visava a compreensão 
dos complexos territoriais em diferentes escalas: global, regional e local. No entanto, tal 
proposta ganhou maior notoriedade a partir da década de 1990, quando as discussões 
sobre o pensamento dialético na análise espacial e ambiental foram tomando maior 
consistência (RODRIGUEZ; SILVA, 2006). 
Segundo Rodriguez e Silva (2011 apud Farias, 2013 p. 28), a geoecologia das 
paisagens se fundamenta em três momentos básicos: 
1-Como se formou a natureza; 2-Como, mediante as atividades humanas, construíram-
se e impulseram-se sistemas de uso e de objetos, articulando e colocando a natureza 
em função de suas necessidades; 3-Como a sociedade concebe a natureza, as 
modificações e transformações derivadas das atividades humanas. 
Os trabalhos voltados para análises geoecológicas, de modo geral, trabalham nesses 
três momentos básicos de análise, para este estudo deu-se um enfoque maior para o 
primeiro e o segundo momento, evidenciando as principais unidades ambientais 
presentes no médio curso e observando de forma geral, algumas atividades antrópicas 
desenvolvidas na área. 
Segundo Farias (2015 p. 56): “a geoecologia das paisagens e o planejamento ambiental 
fornecem subsídios fundamentais para o desenvolvimento de trabalhos relacionados à 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 11 
 
dinâmica dos sistemas ambientais, mais especificamente voltados para os estudos em 
bacias hidrográficas”. 
Para efetuar a compartimentação geoecológica, se tomou como base a geomorfologia 
verificada no local, as quais foram agrupadas por características homogêneas quanto a 
sua forma e estrutura. Essas unidades foram delimitadas através da metodologia de 
compartimentação em níveis taxonômicos do relevo proposta por Ross (1992), a 
compartimentação do relevo utilizada como base para as unidades geoecológicas foi 
realizada na escala de 1.250.000, correspondendo ao segundo táxon do relevo, ou seja, 
o domínio das morfoesculturas. Na área em questão foram delimitadas as seguintes 
morfoesculturas: superfície de aplainamento, planícies, planaltos, maciços residuais e 
tabuleiros. 
Os procedimentos técnicos operacionais desse estudo se baseiam nas etapas 
propostas por Rodriguez e Silva (2016), esses autores propõem que os estudos 
realizados no âmbito da geoecologia das paisagens sejam esquematizados em 
diferentes fases complementares, sendo elas: a fase de organização, análises, 
diagnóstico e propositiva. Aqui serão comtempladas as duas primeiras etapas, devido 
ao caráter introdutório do estudo. 
Vale destacar que em todas as fases realizadas será de extrema importância a utilização 
de softwares de geoprocessamento, os quais serão responsáveis pelo processamento 
dos dados espaciais, obtidos principalmente, na fase de organização e inventário. 
Quando a isto Klink (1981), destaca que a análise geoecológica deve começar por uma 
análise preliminar da área a ser estudada, devendo ser obtidas informações básicas do 
terreno, com o auxílio de mapas. 
Fase de organização 
 A fase de organização e inventário, correspondeu nesse estudo na obtenção dos 
principais dados utilizados na pesquisa. Esses dados são fruto de pesquisas 
bibliográficas em livros, artigos, teses e dissertações que apresentam relação com a 
temática aqui estudada. 
Além da obtenção do arcabouço teórico, atravésda pesquisa bibliográfica, nesta fase 
da pesquisa também foram obtidos os dados cartográficos, realizando assim, um 
levantamento detalhado das condições ambientais encontradas na área. Esses dados 
foram obtidos nos bancos de dados dos principais órgãos ambientais do estado do Rio 
Grande do Norte e do Brasil como: Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio 
Ambiente (IDEMA), no qual foram adquiridos a malha vetorial dos limites da bacia e da 
rede de drenagem, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA), foi obtido a malha cartográfica referente as formações vegetais, 
no sitio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) houve a obtenção das 
associações de solos e no Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), 
foram obtidas as informações acerca do arcabouço geológico. 
A base da compartimentação geoecológica, como dito anteriormente, é realizada a partir 
dos dados relativos à geomorfologia local. A obtenção dos dados para a 
compartimentação geomorfológica se deu através da visita ao banco de dados do 
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no qual através do projeto 
TOPODATA, são disponibilizadas as imagens da missão Suttler Radar Topography 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 12 
 
Mission (SRTM), possibilitando dessa forma, a elaboração em ambiente SIG de 
produtos altimétricos e de declividade. 
Fase de Análise 
A segunda fase realizada correspondeu no processo de análise de todos os dados 
obtidos na fase anterior, os dados bibliográficos foram utilizados no intuito de embasar 
as formulações aqui propostas, principalmente nas propostas de compartimentação 
geomorfológica e geoecológica. Os dados cartográficos foram processados no software 
ArcGIS 10.5, os primeiros produtos cartográficos foram elaborados com a finalidade de 
fornecer um panorama sobre a área ser estudada. A partir dessa visão inicial, outros 
procedimentos puderam ser realizados, como correção de erros nos dados e 
identificação de novas variáveis, que possibilitassem um melhor detalhamento na 
delimitação das unidades. 
Foram elaborados nesta fase o mapa de localização da área de estudo, além dos mapas 
de altitude, declividade, associação de solos e formações vegetais. Com a sobreposição 
de todos esses produtos cartográficos foi possível compartimentar geoecologicamente 
o médio curso, reultando assim na identificação de 5 unidades geoecológicas e 5 
subunidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados e Discussões 
 
Através do processamento das imagens SRTM em ambiente SIG, foi possível a 
elaboração dos primeiros produtos cartográficos referentes a área de estudo. A partir de 
técnicas de geoprocessamento foram elaborados os mapas de altitude, declividade e 
os mapas de sombreamento e dissecação do relevo, imprescindíveis para a 
compartimentação geomorfológica da área. Com a correlação entre todos os dados 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 13 
 
produzidos nesta etapa foi possível realizar a composição do mapa das unidades 
morfoesculturais do médio curso da bacia, este se constituindo como a base para a 
compartimentação geoecológica. 
Em relação os condicionantes ambientais verificados no médio curso, também foram 
produzidos materiais cartográficos, de modo que fosse possível construir um panorama 
sobre a área de estudo. Dessa forma, a seguir serão descritas as principais variáveis 
utilizadas para a compartimentação geoecológica do médio curso. 
Geologia 
Conhecer a litologia local é de extrema importância quando tratamos de estudos 
ambientais integrados, pois este elemento é basilar para a formação de outras 
componentes ambientais como: relevo, solos e hidrografia. Dessa maneira, para este 
estudo foi utilizada para identificação das unidades geológicas a malha geológica 
produzida pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) de ano de 2015, 
para o estado do Rio Grande do Norte. 
Para o médio curso do Potengi foram identificadas as seguintes unidades geológicas 
(Figura 2): Complexo Presidente Juscelino, Metatonolito Bom Jesus, Complexo Senador 
Elói de Sousa, Granitóide São José de Campestre, Grupo Barreiras, Depósitos Colúvio 
– eluviais, Suíte Intrusiva Dona Inez, Suíte Intrusiva Itaporanga, Formação Jucurutu, 
Formação Seridó, Complexo João Câmara e o Complexo Santa Cruz. 
Podemos perceber a significativa predominância de litologias ígneas e metamórficas na 
área de estudo, além dessas litologias está presente formando uma espécie de enclave 
os depósitos sedimentares, formados a partir de processos erosivos das litologias locais. 
Além dos depósitos colúvio – eluviais, está presente na bacia a formação Barreiras, 
importante representante dos constituintes sedimentares das regiões costeiras do 
Brasil. 
Geomorfologia 
O estudo das unidades do relevo estar frequentemente presente nos estudos ambientais 
e em questões que envolvem planejamento ambiental, devido ao fato de proporcionar 
um entendimento melhor da superfície onde os homens se fixam. Informações como 
altitude da área, declividade das formas do relevo, taxa de erosão do solo, evolução das 
formas atuais e paleosuperfícies, escoamento superficial e infiltração, e estudos 
espeleológicos, são frequentemente associados aos estudos geomorfológicos. 
Para a delimitação das unidades do relevo da área de estudo, foram produzidos 
materiais hipsômetros, de declividade e o TIN (Trinangulated Irregular Network), os 
quais auxiliaram na interpretação geomorfológica do local. Os mesmos podem ser 
observados na figura 3. 
A área de estudo apresenta uma significativa mudança em relação a altitude indo desde 
os 27 m em relação ao nível do mar até a cota dos 473 m, essa grande variação é 
condicionada devido ao médio curso da bacia ser uma área de transição, entre o alto 
(cotas mais elevadas) e o baixo curso (cotas mais baixas), existindo assim uma quebra 
significativa no relevo se comparado com os demais compartimentos da bacia. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 14 
 
A outra variável analisada no local em relação ao comportamento do relevo, foi a 
declividade, a qual se apresenta como plana e suave (0 – 5%), os locais que apresentam 
maior percentual de declividade correspondem as áreas dos maciços residuais e as 
áreas das margens dos principais corpos hídricos da bacia. 
Com o auxílio da metodologia de Ross (1992), foram identificados na área de estudo 
diferentes unidades geomorfológicas, pertencentes ao segundo táxon do relevo 
(Morfoesculturas). As morfoesculturas são definidas como o resultado da ação climática 
(atual e pretérita) sobre uma dada morfoestrutura, essas esculturas podem apresentar 
algumas centenas de km2 (ROSS, 1992). Para o médio curso foram identificadas as 
seguintes unidades: Planaltos, maciços residuais, superfície de aplainamento, 
tabuleiros e planícies fluviais (Figura 4). 
Solos 
A área de estudo apresenta uma grande variação quanto a associação de solos local 
(Figura 5), essa variável tem como resultado a combinação dinâmica entre as demais 
variáveis como geologia, geomorfologia, formações vegetais e hidrografia local. O 
conhecimento acerca da pedologia local é de extrema importância quando relacionados 
a estudos de planejamento ambiental, pois indicam questões das propriedades físicas 
e químicas dos solos como: permeabilidade, porosidade, salinidade, plasticidade, 
textura e fertilidade. 
No médio curso da bacia hidrográfica do rio Potengi foram identificadas 7 tipologias de 
associação de solos: Latossolo Amarelo Distrófico (289,51 km2), Argissolo Amarelo 
Distrófico (389,74 km2), Argissolo Vermelho Eutrófico (381,38 km2), Neossolo Litólico 
Eutrófico (43,63 km2), Neossolo Flúvico Ta Eutrófico (6,2 km2), Planossolo Háplico 
Eutrófico (550,55km2) e o Luvissolo Crômico Órtico (224,1 km2). 
A associação de solos mais presente dentro do médio curso corresponde aos 
Planossolos Háplico Eutrófico, estes solos segundo a EMBRAPA, são verificados em 
grande parte do nordeste brasileiro, e são consideravelmente susceptíveis a erosão, 
outra característica importante dessa associação é o alto nível de fertilidade. A segunda 
associação de maior ocorrência são os Argissolos Amarelos Distróficos, estes solos em 
oposição ao anterior apresenta segundo a EMBRAPA, baixos níveis de fertilidade. São 
resultado dos processos pedogenéticos sobre os materiais argilosos ou areno-argilosos 
da Formação barreiras, presentes no médio curso. 
Formações Vegetais 
Segundo Santos (2004), as formações vegetais são o elemento do meio extremamente 
sensíveis as alterações da paisagem, dessa forma, sempre estão presentes nos estudos 
que envolvem o planejamento ambiental. O clima possui grande influência quanto a 
ocorrência das formações vegetais, atuando como determinante nesta variável. No 
médio curso foram identificadas as seguintes formações vegetais segundo o IBGE 
(2018): Savana – Estépica, Savana – Estépica Arborizada e Savana – Estépica 
Florestada (Figura 6). 
Os mapeamentos das formações vegetais devem caracterizar os domínios, as 
formações e os tipos de cobertura, de forma que sejam especializados, levando também 
em consideração o estado em que se apresentam as unidades (SANTOS, 2004). 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 15 
 
Os dados do IBGE (2018), relativos às formações vegetais do médio curso, além da 
apresentação das unidades, possuem também os principais usos que ocorrem na área, 
na qual percebe-se a predominância das atividades agropecuárias principalmente a 
plantação de culturas de cana – de – açúcar. 
A savana estépica corresponde, ao que popularmente se conhece por caatinga, ou mata 
branca, devido a sua principal característica estética que é a mudança de tonalidade da 
cobertura vegetal. Em períodos secos a vegetação fica “acinzentada” e nos períodos 
úmidos ganha diferentes tonalidades de verde. No mapeamento realizado pelo IBGE, a 
grande predominância no layout final como savana estépica se dá pela não 
discriminação entre os estratos florestais e arbustivos. 
A partir da sobreposição dos vários materiais produzidos, os quais dizem respeito os 
principais condicionantes ambientais do médio curso da bacia hidrográfica do rio 
Potengi, chegou-se à proposição das seguintes unidades geoecológicas (Figura 7): 
Planícies fluviais, subdividida em três unidades: Potengi, Bom Jesus e Camaragibe; 
Tabuleiros do rio Potengi, Superfície de aplainamento do Potengi, subdividida em duas 
unidades: Superfície de Aplainamento de Riachuelo e Superfície de Aplainamento de 
Elói de Souza; Planaltos e os Maciços residuais. 
As planícies fluviais foram subdividas em três unidades, devido a existência no médio 
curso de 3 significativos corpos hídricos: O rio Potengi, o rio Bom Jesus e o Rio 
Camaragibe. Entre essas três unidades existem determinadas variações dos 
condicionantes ambientais. 
A Planície Fluvial do Rio Potengi apresenta características ambientais muito 
semelhante, a planície do rio Camaragibe, seja em relação as formações vegetais, ao 
arcabouço geológico e as tipologias de solos. No entanto, a dinâmica antrópica nesta 
subunidade é totalmente diferenciada, pois é na planície do principal rio da bacia que 
ocorrem o maior número de atividades antrópicas, como a extração de material do leito 
do rio para construção civil. 
Além da grande presença de atividades econômicas nesta subunidade, é nela onde está 
localizada o maior aglomerado urbano do médio curso, a cidade de São Paulo do 
Potengi, com mais de 17 mil habitantes, também pode ser encontrada nesta unidade o 
açude Campo Grande. Dessa maneira, as pressões antrópicas no meio ambiente são 
mais acentuadas, provocando um conjunto de problemas ambientais na área. 
Em relação a associação de solos é composta por 4 classes, as quais podem ser 
verificadas na tabela 1. 
Tendo em vista a maior vulnerabilidade a erosão natural do Argissolo vermelho eutrófico 
abrútico, as práticas de exploração do solo devem ser mais fiscalizadas, atentando para 
atividade ou empreendimentos que agravem o estado natural de erosão do solo. 
As formações vegetais identificadas na área correspondem em maior proporção a 
savana estépica com elevado grau de antropização. As áreas onde naturalmente se 
verificava a presença de domínios florestados ou arbustivos, foi substituída por uma 
grande área antropizada, na qual não é possível realizar a discriminação entre os 
diferentes domínios, salvo algumas localidades onde se é possível determinar estratos 
arbustivos. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 16 
 
O arcabouço geológico presente nesta subunidade pode ser verificado na tabela 2. Em 
um contexto geral, se trata de um arcabouço ígneo e metamórfico, com alguns pontos 
onde os processos sedimentares prevaleceram. 
Entre as três subunidades Planície Fluvial do Rio Bom Jesus é a que mais se diferencia 
em termos de condicionantes ambientais, principalmente no tocante a pedologia local. 
Nesta planície estão localizadas as cidades de Bom Jesus e Serra Caiada, nas quais 
temos a predominância de atividades agropecuárias e de serviços. 
Os solos encontrados na planície em sua grande maioria correspondem ao Argissolo 
Amarelo Distrófico, logo em seguida existe a predominância do Latossolo Amarelo 
Distrófico, conforme tabela 3. 
Nesta subunidade existe a predominância da savana – estépica arbustiva, com alguns 
setores sem discriminação, principalmente nas áreas onde se tem a predominância de 
atividades antrópicas. Já em relação a litologia local, a diferenciação se dá através da 
presença do Metatonalito Bom Jesus e do Complexo Senador Elói de Souza, conforme 
tabela 4. 
Na Planície Fluvial do Rio Camaragibe não foi verificada nenhuma sede municipal em 
seus limites, no entanto a presença antrópica se faz presente através de atividades 
agropecuárias. Em relação aos condicionantes ambientais, apresenta grande 
semelhança com a planície do Potengi, existindo pequenas alterações em relação aos 
solos, onde também pode ser encontrado o Planossolo Háplico Eutrófico, em menor 
quantidade, e o Argissolo Vermelho Eutrófico. 
Nesta planície existe a predominância da savana estépica bastante antropizada, no 
entanto, assim como a planície do Rio Bom Jesus apresenta uma significativa proporção 
do domínio arbustivo. Geologicamente a diferenciação desta planície das demais se dá 
através da presença da suíte intrusiva Dona Inêz e da formação Seridó, conforme tabela 
5. 
A unidade Tabuleiros do rio Potengi, localizados no médio curso da bacia, não é tão 
expressiva quanto no compartimento do baixo curso, no entanto podem ser verificados 
entres os rios Camaragibe e Potengi. Nas proximidades da planície fluvial do Potengi, 
os tabuleiros também são verificados, porém devido a escala de análise adotada neste 
estudo, essa forma geomorfológica não pode ser descrita no mapa final. 
Em contraposição as planícies, os tabuleiros, apresentam um relevo ondulado ou suave 
ondulado variando sua declividade de 10 a 15%. A camada pedológica que recobre os 
tabuleiros principalmente as classes de solos dos Planossolos Háplico Eutrófico e os 
Argissolos Vermelho Eutróficos, são indicadores de terrenos com as características 
onduladas. 
Geologicamente os tabuleiros compartilham as mesmas características da planície do 
Rio Camaragibe, com a presença dos Complexos João Câmara, Suíte Intrusiva Dona 
Inêz, Formação Seridó, Complexo Presidente Juscelino, além da presença de depósitos 
colúvio – eluviais. 
A Superfície de aplainamento do Potengi, foi dividida em outras duas unidades: 
superfície de aplainamento de Riachuelo e a superfície de aplainamentode Elói de 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 17 
 
Souza, estas são as duas maiores cidades localizadas no compartimento aplainado do 
médio curso. 
A Superfície de aplainamento de Riachuelo, apresenta em maior proporção a tipologia 
dos Planossolos Háplico Eutróficos, sendo encontrados também o Argissolo Vermelho 
Eutrófico, o Luvissolo Crômico Órtico, Latossolo Amarelo Distrófico e o Neossolo Litólico 
Eutrófico. Geologicamente a maior unidade encontrada nesta subunidade é o Complexo 
João Câmara, seguida da Formação Jucurutu, Formação Seridó, Suíte Intrusiva Dona 
Inêz e a Suíte Intrusiva Itaporanga. Em menor proporção podem ser encontrados pontos 
de ocorrência de depósitos colúvio – eluviais. É nesta subunidade onde são encontrados 
os exemplares mais significativos da Savana – Estépica florestada, dispersa sobre a 
área aplainada. 
A Superfície de aplainamento de Elói de Souza, apresenta somente três tipologias de 
classes de solos, a saber: o Argissolo Amarelo Distrófico, o Latossolo Amarelo Distrófico 
e o Luvissolo Crômico Órtico. Geologicamente a unidade mais presente neste 
compartimento é o Complexo Presidente Juscelino, seguido das áreas de ocorrência 
dos depósitos colúvio – eluviais. 
Por fim, temos o compartimento do Planalto e dos Maciços residuais, estes 
compartimentos apresentam as maiores altitudes (altitude máxima de 473 m) e 
declividades (25 – 45%) da área de estudo, e compartilham entre si os mesmos 
condicionantes ambientais. A maior semelhança entre estas unidades diz respeito a 
tipologia dos solos identificadas nas subunidades, nas quais, basicamente são 
encontrados o Luvissolo Crômico Órtico, o Neossolo Litólico Eutrófico e o Argissolo 
Vermelho Eutrófico. Geologicamente são formados através do Complexo Presidente 
Juscelino, Complexo Santa Cruz e a Suíte Intrusiva Itaporanga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 
A geoecologia mostra-se como uma importante ferramenta de análise do meio natural 
em diferentes escalas, auxiliando práticas de planejamento ambiental com diferentes 
finalidades como: zoneamentos ecológicos, estudos de adequação ambiental, escolha 
de locais para Áreas de Proteção Ambiental (APA), ou Áreas de Preservação 
Permanente (APP), pois auxilia no diagnostico integrado dos componentes naturais de 
determinado meio. 
Aliado com outras variáveis do espaço geográfico, a geoecologia proporciona o 
entendimento completo de determinada porção do espaço geográfico, ou seja, se 
alinharmos as variáveis antrópicas (indicadores de renda, educação, saneamento 
básico, infraestrutura, atividades econômicas), com os condicionantes do meio natural 
(geologia, geomorfologia, pedologia, formações vegetais, clima e recursos hídricos), 
teremos um diagnóstico completo da área estudada. Podendo assim, identificar as 
principais potencialidades e fragilidades presentes no local, direcionando para locais 
específicos, as ações necessárias de correção e adequação ambiental. 
As unidades geoecológicas identificadas no médio curso da bacia do rio Potengi, as 
quais tiveram um direcionamento para os condicionantes ambientais, servirão de base 
para estudos futuros, os quais objetivem integrar o meio físico com o meio antrópico, 
construindo dessa forma, proposições de ações públicas para a bacia. Essas ações 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 19 
 
partem da construção de Políticas, Programas e projetos, os quais devem ser aplicados 
nas áreas de maior vulnerabilidade identificadas na área de estudo. 
 
 
Referências 
 
FARIAS, Juliana Felipe. Aplicabilidade da Geoecologia das Paisagens no 
planejamento ambiental da bacia hidrográfico do Rio Palmeira – Ceará/Brasil. 
2015. 222 f. Tese (Doutorado). Departamento de Geografia, Universidade Federal do 
Ceará, Fortaleza, 2015. 
FARIAS, Juliana Felipe. Zoneamento Geoecológico como subsídio para o 
planejamento ambiental no âmbito municipal. 2012. 195 f. Dissertação 
(mestrado). Departamento de Geografia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 
2012. 
KINK, H. J. Geoecologia e regionalização natural: bases para a pesquisa ambiental. 
São Paulo: IGEO-USP, 1981. 
RODRIGUEZ, José Manuel Mateo; SILVA, Edson Vicente da. Paisagens e 
Geossistemas como Unidades Espaciais. In: RODRIGUES, José Manuel Mateo; SILVA, 
Edson Vicente da. Planejamento e Gestão Ambiental: Subsídios da Geoecologia das 
Paisagens e da Teoria Geossistêmica. 2º Ed. Fortaleza: Edições UFC, 2016. 75 – 128. 
RODRIGUEZ, José Manuel Mateo; SILVA, Edison Vicente da. Planejamento e gestão 
ambiental: subsídios da Geoecologia das Paisagens e da Teoria Geossistêmica. 
Fortaleza: Edições UFC, 2013. 
ROSS, Luciano Sanches. O registro cartográfico dos fatos geomorfológicos e a questão 
da taxonomia do relevo. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, v. 6, p. 
17-29, 1992. 
SANTOS, Rozely Ferreira dos. Planejamento ambiental: Teoria e prática. São Paulo: 
Oficina de textos, 2004. 
 
 
 
 
 
Anexos 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 20 
 
 
Figura 1 - Localização do Médio Curso da BHRP 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 21 
 
 
Figura 2 - Unidades Geológicas do Médio Curso da BHRP 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 22 
 
 
Figura 3 - Altitude e declividade do médio curso da BHRP 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 23 
 
 
Figura 4 - Morfoesculturas do médio curso da BHRP 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 24 
 
 
Figura 5 - Associação de solos no médio curda da BHRP 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 25 
 
 
Figura 6 - Formações vegetais no médio curso da BHRP 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 26 
 
 
Figura 7 - Unidades Geoecológicas do médio curso da BHRP 
 
 
Tabela 1 - Associação de solos na Planície do Rio Potengi 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 27 
 
 
Tabela 2 - Unidades geológicas na Planície do Rio Potengi 
 
 
Tabela 3 - Associação de solos na Planície do Rio Bom Jesus 
 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 28 
 
Tabela 4 - Unidades Geológicas na Planície do Rio Bom Jesus 
 
 
Tabela 5 - Unidades Geológicas na Planície do Rio Camaragibe 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 29 
 
CÓDIGO: ET0231 
AUTOR: GABRIEL GERONIMO DE FRANCA XAVIER 
COAUTOR: MARCELLUS SILVA ARRUDA MIRANDA 
COAUTOR: THALES DE ALMEIDA XAVIER 
ORIENTADOR: JULIANA FELIPE FARIAS 
 
 
TÍTULO: Impactos ambientais no médio curso da bacia hidrográfica do Rio Potengi - RN 
Resumo 
O estudo sobre impactos ambientais apresenta-se, na atualidade, como uma grande 
dimensão para a aplicação e desenvolvimento de investigações, técnicas e ferramentas 
capazes de satisfazer uma alternativa para a preservação e uma remodelagem dos 
ambientais naturais já degradados pela ação humana ao longo dos anos. 
Consequentemente, adentrando nessa inserção da evolução dos estudos sobre os 
impactos, este trabalho teve como objetivo fundamental pontuaros impactos ambientais 
situados no médio curso da bacia hidrográfica do Rio Potengi, localizada no estado do 
Rio Grande do Norte, no nordeste brasileiro, caracterizando-os e mostrando como a 
ocorrência desses impactos influenciam na dinâmica integrada e sistêmica da bacia, 
ocasionando, desse modo, fatores que desequilibram o seu sistema e os corpos hídricos 
da bacia hidrográfica. As resultantes deste trabalho nos mostram a grande relevância 
em se criar um metodologia mais aplicada, democrática e participativa da gestão e do 
planejamento ambiental, competindo aos diversos setores da sociedade uma 
preocupação ainda maior sobre a utilização, o manejo e as variadas ocupações do 
homem na bacia hidrográfica, a fim de criar um envolvimento mais harmonioso na 
distinção homem-natureza. 
 
Palavras-chave: bacia hidrográfica, homem, natureza, gestão, impactos ambientais. 
TITLE: ENVIRONMENTAL IMPACTS IN THE MIDDLE COURSE OF THE POTENGI 
RIVER BASIN-RN 
Abstract 
 
The study on environmental impacts is nowadays a great dimension for the application 
and development of research, techniques and tools capable of satisfying an alternative 
for the preservation and remodeling of natural environments already degraded by human 
action over the years. Consequently, focusing on this insertion of the evolution of impact 
studies, this work aimed to point out the environmental impacts located in the middle 
course of the Potengi River watershed, located in the state of Rio Grande do Norte, in 
northeastern Brazil, characterizing them and showing how the occurrence of these 
impacts influence the integrated and systemic dynamics of the basin, thus causing 
factors that unbalance its system and the water bodies of the watershed. The results of 
this work show us the great magnitude of creating a more applied, democratic and 
participative methodology for environmental management and planning, and the various 
sectors of society have an even greater concern about the use, management and varied 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 30 
 
occupations of man in society in order to create a more harmonious involvement in the 
human-nature distinction. 
 
 
Keywords: watershed, man, nature, management, environmental impacts. 
Introdução 
O tema apresentado ao longo deste artigo nos levará à tona uma problemática bastante 
relevante em um contexto de cenário tanto local/regional como também para discussões 
e questionamentos que estão enraizados a nível mundial, uma vez que a questão da 
água está se tornando, a cada dia, uma indagação bastante corriqueira e contundente 
nas esferas sociais, ambientais e políticas, bem como adversidades no âmbito 
econômico.Atualmente, um dos assuntos que mais vem sendo debatidos em todo o 
mundo é a questão do conjunto de problemas enfrentados pelos recursos hídricos e 
como a ação antrópica apresenta relevantes e desenfreados comportamentos acerca 
do uso da água e como as suas práticas estão exercendo um papel de potencializador 
nos impactos ambientais. Mudanças significativas nos ecossistemas globais têm 
crescido de forma acelerada. Tais mudanças estão relacionadas com as ações 
humanas que exploram os recursos naturais gerando diversos impactos ambientais e 
comprometendo assim a disponibilidade desses recursos (VITOUSEK, 1997). Desse 
modo, a partir de uma análise geográfica mais engajada e um conhecimento teórico-
metodológico mais sólido sobre as questões ambientais, criamos uma ligação integrada 
voltada para a Geografia Física e um foco ainda maior sobre as análises dos impactos 
ambientais relacionados às bacias hidrográficas, neste caso, mais especificamente, a 
do Rio Potengi - RN, no seu médio curso. 
A partir dessa contextualização, podemos analisar a bacia hidrográfica como sendo um 
dos elementos fundamentais para a atuação, manutenção e permanência do ciclo 
hidrológico e a sua contínua troca de água na hidrosfera, oferecendo-nos como um 
brilhante potencial de infiltração e escoamento superficial, atuando, assim, como uma 
área, natural, de captação da precipitação da água e, posteriormente, realizando e 
exercendo diversas práticas, sejam elas definidas naturalmente ou pela ação, uso ou a 
ocupação humana. Sendo assim, além de propor uma demonstração da bacia 
hidrográfica como uma fonte plural e significativa de unidade de gestão e planejamento 
ambiental, constatamos também a sua surpreendente expressão e magnitude em 
termos de apropriação para os mais diversos tipos de usos, atividades e ocupações, 
ocasionando um aproveitamento conveniente de todo o seu sistema de natureza 
intrínseca para as futuras oportunidades de atividades resultantes da ação humana, 
atividades estas que, nos dias atuais, vem acarretando diversas marcas através dos 
impactos ambientais e, desse modo, comprometendo todo o sistema da bacia e seus 
prosseguimentos. Para Clark (1977) o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) seria “o 
estudo de um ciclo de eventos, interligados numa cadeia de causas e efeitos que 
decorrem de necessidades humanas”. Por essa razão, faz-se necessário um estudo 
mais aprimorado da intensidade dos impactos ambientais presentes nas bacias 
hidrográficas e como esses impactos estão se repercutindo no meio natural, a fim de se 
estabelecer uma centralização dos estudos em impactos ambientais e saídas 
alternativas para sanar a modificação dos seus sistemas, criando, assim, uma maior 
adequação no uso dos recursos hídricos naturais, ofertando uma ligação mais 
determinante e harmoniosa entre o homem e os fatores abióticos do sistema da bacia, 
condicionando dinâmicas mais íntegras. 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 31 
 
Com a finalidade em apreender uma melhor abrangência no desenvolvimento da 
pesquisa para a criação de discussões mais evidentes e uma noção concreta da área 
do objeto de estudo, pontuamos um mapa de localização, identificando, dessa maneira, 
o médio curso da Bacia Hidrográfica do Rio Potengi (Figura 1). 
 
Localizada na porção do nordeste setentrional brasileiro, no estado do Rio Grande do 
Norte. Compreende um total de 11 municípios, parcela que está situada no médio curso 
da bacia, são estes: Ielmo Marinho, Bom Jesus, Senador Eloí de Souza, Presidente 
Juscelino, Lagoa de Velhos, Sítio Novo, Barcelona, Ruy Barbosa, Riachuelo, Santa 
Maria e São Paulo do Potengi. 
 
Metodologia 
 
Visto anteriormente, a área de estudo analisada para a pesquisa foi o médio curso da 
bacia hidrográfica do tradicional rio que deu origem a cidade de natal, capital do Rio 
Grande do Norte, o Rio Potengi. Além de servir de extrema importância desde os 
meados do século XVI para que os colonizadores portugueses circulassem e 
ancorassem as suas grandiosas embarcações na capitania hereditária do Rio Grande, 
o Rio Potengi foi, durante muitos anos, a principal fonte e uso de abastecimento de água 
para diversas cidades, entre elas, a de Ielmo Marinho, localizada em nossa área de 
estudo. Na atualidade, o rio ainda estabelece uma importância crucial tanto para a 
história do estado como também para a sua participação fundamental, exercendo um 
papel crítico na vida de milhares de pessoas que dependem e aproveitam as serventias 
de toda a extensão do rio ao longo de sua bacia hidrográfica. A partir desse panorama 
histórico, estabelecendo uma relação com a importância do trabalho de planejamento 
em bacias hidrográficas bem como seu uso e sua gestão por parte dos diversos atores 
que reformulam e moldam a sociedade atual, introduzimos uma abordagem voltada a 
um conceito geográfico bastante clássico, o de Paisagem que, dentre inúmeras 
definições, para o geógrafo alemão Otto Schluter (1872-1959), seria uma materialização 
modelada tanto pela ação antrópica como também pelas forças da natureza, nos 
trazendo uma compreensão múltipla e unificada de transformações a partir da 
abrangência dasnecessidades humanas. 
 
Assim, detalhando uma perspectiva de adaptação entre homem e o meio, buscamos 
conceber a definição de Geoecologia das Paisagens para uma elaboração sistêmica de 
análise da compreensão das bacias hidrográficas e dos impactos ambientais 
ocasionados pela necessidades e ações do homem, principalmente pela extrema 
apropriação deste nos dias atuais no que se diz respeito a gestão e manipulação da 
água para o uso de diversas ocupações e atividades. Em um conceito elaborado por 
Rodriguez (2004), uma concepção científica que pode nos dar assistência sobre a 
Geoecologia da Paisagem seria a abordagem de um sistema de métodos, 
procedimentos e técnicas de investigação, sendo assim, teria uma funcionalidade de 
obter um conhecimento sobre o meio natural, garantindo, desse modo, a elaboração de 
estratégias de otimização do uso e planejamento, no tempo e no espaço, dos potenciais 
dos recursos naturais. Dessa forma, trazemos um ponto com alto teor de discussão, ou 
seja, aplicar como método a utilização da bacia hidrográfica como objeto de estudo para 
um planejamento mais íntegro e uno, levando em consideração as intervenções por 
meio do seu domínio e o consequente controle da natureza, acarretando, desse jeito, a 
decorrente potencialização dos impactos ambientais de forma inconsequente e 
desordenada. 
 
Para tal, outra abordagem metodológica estruturada que procuramos utilizar durante a 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 32 
 
elaboração da pesquisa foi a de impactos ambientais em bacias. Segundo Garcia 
(1987), proporcionando-nos uma perspectiva mais funcionalista no tratamento dos 
impactos, temos ele como qualquer fator ou perturbação que tende ao desequilíbrio em 
um estado estável no qual se encontra um sistema. Adotando-se a bacia hidrográfica 
como uma unidade geoambiental para análises de estudos e com um potencial ímpar 
para averiguação dos impactos ambientais, podemos analisar seu uso para diversas 
atividades voltadas para os mais variados setores da sociedade e seu uso como futuro 
potencial econômico, seja pela sua apropriação a partir da necessidade da 
sobrevivência humana de abastecimento de água, para recreação e a utilização para 
sistemas de irrigação ou, até mesmo, nas formas inadequadas de técnicas agrícolas 
utilizadas pelo homem que, posteriormente, poderão afetar e causar contaminações no 
solo e nos corpos hídricos se não forem feitas com um manejo e aplicação consciente. 
 
Além disso, a ida a campo implicou uma observação prática do real contexto a qual sofre 
a bacia e os impactos ambientais que estão sendo atuados sobre ela. Desse modo, a 
associação da categoria de estudo geográfico, a paisagem, juntamente aliado a um 
olhar palpável do matéria de estudo nos mostra uma maior associação da complexidade 
e dinâmicas existentes na relação entre o homem e a natureza, garantindo-nos casos 
reais e mais objetivos da real presença da ocupação humana e a presença da 
consequente intervenção sobre o meio natural. Logo, a presença do campo neste 
trabalho resultou uma visão não mais reducionista dos conceitos que moldam a bacia e 
todo o seu desenvolvimento sistêmico, revelando-nos uma concepção de sensibilidade 
e harmonia para o efetivo engajamento da integração dos diferentes papéis e 
interpretações da Geografia Física conciliada com a Geografia Humana. 
 
Outra importante contribuição para a realização e o andamento do estudo e da análise 
do trabalho foram os materiais utilizados para dar continuidade em nossas 
investigações. Logo, a leitura e a averiguação sobre impactos ambientais, geoecologia 
da paisagem, gestão e planejamento em bacias e a categoria de análise da paisagem, 
incluindo outras diversas fontes de referências presentes no material bibliográfico sobre 
os diversos fatores que interferem e nos mostram a importância da abordagem sistêmica 
da bacia hidrográfica foi de extrema relevância para um recorte contínuo do trabalho, 
assim como também nos capacitando a entender de maneira mais coesa os agentes de 
funcionamento e de desgaste da bacia. Ainda destacando a utilização de materiais para 
a elaboração do trabalho e uma melhora nos seus resultados, aplicamos o manuseio de 
instrumentos de georreferenciamento e o desenvolvimento do SIG para uma maior 
obtenção da delimitação da área do médio curso da bacia hidrográfica do Rio Potengi – 
RN, por meio da reprodução de imagens e banco de dados processadas pelo programa 
ArcGis 10.3, utilizando o sistema referencial geodésico das américas, o SIRGAR 2000, 
acarretando, desse modo, bases cartográficas do IDEMA. 
 
Resultados e Discussões 
 
A Bacia Hidrográfica do Rio Potengi estabelece uma relação de extrema importância 
para com a sociedade, seja pelos seus motivos de sustento de vida da população que 
utiliza-se dos seus corpos de água para a manutenção de suas necessidades básicas 
ou pela movimentação econômica que esse rio gera desde a sua nascente até a jusante, 
como também toda a rede hierárquica que o Rio Potengi pertence dinamizando em 
grande parte da região do estado do Rio Grande do Norte, trazendo-nos histórias 
seculares e moldando o estilo de vida Potiguar desde antes o seu descobrimento. Dada 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 33 
 
toda essa tamanha importância, podemos notar que a bacia do Potengi, no seu médio 
curso, apresenta utilizações e usos diversificados, nas mais variáveis formas e funções 
para que, dessa forma, acabe gerando um maior desenvolvimento antrópico e, 
consequentemente, suprir as necessidades do homem, cabendo um destaque maior 
similarmente aos essenciais conjuntos de funções que a bacia exerce dentro de sua 
própria dinâmica sistemática, ou seja, não podemos fazer uma análise da apropriação 
do homem pela bacia hidrográfica e somente si, mas também precisamos ter um caráter 
geoambiental de sua gestão e toda sua estrutura para o entendimento e apreensão do 
estudo da natureza física e das dinâmicas existentes na configuração geográfica e dos 
sistemas ambientais presentes na bacia hidrográfica. 
Por consequência, para haver discussões mais elaboradas e concisas precisamos 
organizar um panorama sólido e coerente do quadro geral dos impactos ambientais 
presentes no médio curso da bacia hidrográfica do Rio Potengi, bem como uma 
descrição efetiva das suas causas, efeitos e consequências tanto para o homem (maior 
utilizador dos recursos hídricos) tal como para o próprio desempenho, progresso e 
manutenção de toda a bacia. Para isso, utilizaremos uma pequena tabela mostrando os 
principais impactos ambientais destacados existentes em nossa área de estudo e uma 
breve consequência do que pode ocasionar (Tabela 1), acarretando uma maior 
interatividade e, além disso, um conhecimento puro das consequências gerais que 
esses impactos repercutem nos sistemas gerais da bacia. 
Dessa maneira, torna-se ainda mais acessível uma compreensão rebuscada dos 
impactos ambientais no médio curso da Bacia do Potengi e as suas implicações tanto 
para o homem como também para o meio natural, estabelecendo, assim, o 
reconhecimento da falta de um manejo mais adequado do homem pelos recursos 
hídricos e o uso e ocupação da bacia de modo inapropriado. 
Pontuando os principais impactos ambientais existentes na bacia do Potengi, temos, em 
princípio, um processo que bastante influencia na degradação ambiental, ocasionando 
uma das problemáticas mais discutidas nos dias atuais, que é o caso da contaminação 
dos corpos de água da bacia e, também o solo. Assim, a falta de um tratamento de 
esgoto consistente relacionado com a carência de um saneamento básico efetivo nos 
traz à tona o problema da poluição da água, ocasionando um certo grau de alteração na 
distribuição da qualidade da água, bem como os vários estilos de vidas presentes nela. 
Além do lançamento de resíduos domésticos e entulhos daconstrução civil, temos 
também, a partir do esgoto, a poluição por meio de fezes, restos de alimentos e urinas, 
potencializam para o efeito da eutrofização da água, ou seja, a elevação do processo 
de maior concentração de nutrientes que, além da perda de biodiversidade, nos traz a 
incapacidade do uso da água, seja para consumo, irrigação ou recreação. 
Portanto, cabe a exigência pela demanda de um sistema de tratamento de esgoto 
completo, garantido como direito básico e assegurado nos pilares da nossa 
Constituição, sendo definido pela Lei nº. 11.445/2007.Ainda nesse raciocínio dos 
impactos ambientais presentes na bacia e suas consequências, temos o manejo 
inadequado das técnicas agrícolas. Apesar de parecer inofensivo de longe, o mau uso 
dessas técnicas pode acarretar problemas devido a sua administração precária e sem 
uma fiscalização racional que dê suporte e garantia para um bom funcionamento. Um 
exemplo disso é a utilização das práticas agrícolas próximas aos locais de corpos 
hídricos sem um caráter de preservação e sensibilidade quanto ao meio ambiente. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 34 
 
Ademais, um impacto ambiental de ordem natural, mas que a ação antrópica vem 
intensificando cada vez mais o seu processo é a erosão. De forma direta, a erosão seria 
o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo. Em virtude dos fatores de 
feito climáticos, esse processo ocasiona a desagregação das partículas, no caso das 
bacias hidrográficas, essa dinâmica acarreta o empobrecimento da estrutura do solo, 
que acaba sendo destruída pelos agentes condicionantes e potencializadores da 
erosão. Ou seja, podemos perceber uma perda parcial, mesmo que em pequenos 
níveis, de nutrientes e matéria orgânica existente no solo. Além do mais, adentrando em 
outro fator visível causador dos impactos ambientais presentes no médio curso da bacia 
hidrográfica do Rio Potengi – RN, também contribui para a aceleração deste processo 
de erosão, no caso, a ação humana, através do crescimento demográfico. Queimadas, 
desmatamentos, construção de estradas e de moradias de forma desordenadas, esses 
são alguns dos fatores que aceleram o processo de erosão por meio da ação humana, 
provocando uma perturbação do solo e, consequentemente, a perda de seu potencial. 
Além disso, todos esses fatores citados anteriormente e algumas apropriações do meio 
pelo homem para suprir suas necessidades básicas, além de garantir o progresso para 
melhorias de suas condições econômicas e o desenvolvimento social da população, a 
utilização dos sistemas da bacia hidrográfica de forma desordenada, sem planejamento 
e uma gestão íntegra fomenta uma desordem complexo sistema a qual a bacia 
hidrográfica pertence, modelando, muitas das vezes, a sua estrutura, o curso dos seus 
afluentes, a extensão de suas margens e todos os seus meandros, a fim de se favorecer 
a uma ordem de caráter econômico, usando o rio de forma desordenada e conflituosa. 
Por fim, o último impacto ambiental destacado para a nossa análise no objeto de estudo 
apreendido é a prática da agropecuária. Por precisar de uma vasta área para o 
estabelecimento dessa atividade, uma grande dimensão de extensão de terra é 
destruída pela queimada, gerando intensidade nessa ação a partir da sua instalação, 
aumentando do escoamento superficial e, consequentemente, a erosão, a perda dos 
nutrientes do solo, a retirada da vegetação e, muitas vezes, da mata ciliar (importante 
para a proteção do rio e a preservação da qualidade da água), contribuindo, de forma 
negativa, para a poluição ambiental da bacia do Rio Potengi e a diminuição da qualidade 
de seus corpos hídricos. 
 
Conclusão 
 
A partir de uma apreensão de caráter rebuscado por meio do desenvolvimento desse 
artigo, os resultados dessa investigação mais aprimorada sobre os impactos ambientais 
existentes no médio curso da bacia hidrográfica do Rio Potengi - RN nos leva a uma 
compreensão efetiva sobre grande parte da dinâmica do homem com o meio e como 
essa ação antrópica evidencia uma situação de apropriação dos recursos hídricos de 
maneira irracional. Com o aumento demográfico e do consumo de água por todo o 
globo, principalmente no século XXI, notamos uma situação cada vez mais deplorável 
do uso e da consumação da água sem um planejamento conciso, que dê suporte para 
a manutenção desse recurso natural tão relevante não só para a sobrevivência da 
humanidade, mas para todo o sistema do planeta terra. Assim, a compreensão de bacia 
hidrográfica como uma unidade ímpar de planejamento e gestão, nos trará um 
embasamento primordial para direcionar-nos a estratégias e saberes de aplicação sobre 
o seu reparo e a consequente conservação, assim como ao seu acesso mais eficaz e 
democrático, conciliando, desse modo, toda abordagem teórica para uma 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 35 
 
funcionalidade de sua utilização prática, garantindo um correlação digna no cerne do 
seu uso como também da sua ocupação. 
Ademais, vale salientar a importância da elaboração de políticas públicas e de 
conscientização de toda as esferas da sociedade civil sobre a importância da 
preservação do uso dos recursos hídricos, concebendo o entendimento dos impactos 
ambientais que estão situados ao longo da bacia e como esses impactos acabam 
gerando um certo grau de malefícios, tanto para o homem como para a infinidade de 
seres que utilizam das dinâmicas da bacia para a sua sobrevivência. Logo, todo o 
descaso político, social, econômico e ecológico deve ser exposto, mostrando-nos a falta 
de comprometimento dos agentes sociais e suas desconsiderações quanto as questões 
de proteção e conservação da bacia, seja pela proteção dos seus corpos de água contra 
a poluição ou então quanto a presença da urbanização e de atividades antrópicas 
próximas a bacia que acabam gerando sua degradação. Dessa forma, os métodos de 
abordagens e aplicações do planejamento e de gestão sustentável em bacias 
hidrográficas devem ser pensados de maneira contínua, utilizando uma abordagem 
sistêmica e integrada entre o homem e o meio natural a fim de estabelecer planos e 
metas a médio e longo prazo, e não somente ações e práticas imediatistas, assim, 
teremos uma evolução na conscientização da importância do uso da terra, da água e de 
sua apropriação de modo mais sustentável e participativo, diminuindo os efeitos dos 
impactos ambientais decorrentes da ação do homem. 
 
Referências 
 
FARIAS, J. F. Aplicabilidade da Geoecologia das Paisagens no Planejamento Ambiental 
da Bacia Hidrográfica do Rio Palmeira-Ceará/Brasil. Tese. (Doutorado em Geografia. 
Universidade Federal do Ceará, 2015. 
IBGE. Áreas dos Municípios: Cidades e Estados do Brasil. 2017. Disponível em: 
<https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/organizacao-do-territorio/estrutura-
territorial/2225-np-areas-dos-municipios/15761-areas-dos-
municipios.html?t=destaques&c=2408102>. Acesso em: 13 nov. 2017.Acesso em 
08/10/2017 
SEMARH. Bacias Hidrográficas: Bacia Potengi. 2017. Disponível em: 
<http://servicos.searh.rn.gov.br/semarh/sistemadeinformacoes/consulta/cBaciaDetalhe
.asp?CodigoEstadual=08>. Acessoem: 13 nov. 2017.Acesso em 08/10/2017 
CHRISTOFOLETTI, A..Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher, 2ed.1980. 
JULYARD, E. Região, tentativa de definição. Boletim Paulista de Geografia, n.186, Rio 
de Janeiro, IBGE, 1965. 
RODRIGUEZ, José Manuel Mateo; Da Silva, Edson Vicente. Planejamento e Gestão 
Ambiental: Subsídios da Geoecologia das Paisagens e da Teoria Geossistêmica. Ceará: 
Edições UFC, 2ª. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 36 
 
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente eplanejamento. São Paulo: Contexto, 2010. 
SERHID. Plano Estadual de Recursos Hídricos: Relatório Síntese. Natal: Hidroservice 
Engenharia Ltda, 1998. 254 p. 
DA SILVA, Edson Vicente; RODRIGUEZ, José Manuel; MEIRELES, Antônio Jeovah. 
Planejamento Ambiental e Bacias Hidrográficas. Fortaleza: Edições UFC, 2011. 
DA SILVA, Christian Nunes; BORDALO, Carlos Alexandre; DA SILVA, Edson Vicente. 
Planejamento, Conflitos e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas: 
Experiências e Ações. Belém: GAPTA/UFPA, 2016. 
FIGUERO, Adriano Severo. Diálogos em Geografia Física. Campo Grande: UFSM, 
2011. 
TOMMASI, Luiz Roberto. Estudo de Impacto Ambiental. São Paulo: CETESB, 1994. 
RODRIGUEZ, José Manuel; DA SILVA, Edson Vicente; CAVALCANTI, Agostinho Brito. 
Geoecologia das Paisagens: Uma visão geossistêmica da análise ambiental. Fortaleza: 
Edições UFC, 2017. 
 
Anexos 
 
 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 37 
 
Fig. 1. Médio curso da Bacia Hidrográfica do Rio Potengi. Fonte: Miranda, 2019. 
 
 
Tab.1. Organização dos impactos ambientais na bacia do Potengi e algumas das suas 
consequências. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 38 
 
CÓDIGO: ET0814 
AUTOR: JAQUELINE DE SOUZA DANTAS 
ORIENTADOR: RODRIGO DE FREITAS AMORIM 
 
 
TÍTULO: Tipologias e compartimentos do relevo 
Resumo 
Para compreender os processos responsáveis pela formação do relevo é necessário 
correlacionar fatores endógenos e exógenos que atuam no modelado, dentro desse 
contexto o mapeamento geomorfológico atua como uma ferramenta essencial. Com o 
avanço da tecnologia no sensoriamento remoto e cartografia auxiliam de forma impar o 
mapeamento. Neste trabalho propomos a delimitação da planície da Bacia do Rio 
Potengi- RN utilizando imagens SRTM e Sentinel -2, como também dados geológicos e 
geomorfológicos, em ambiente de SIG (Arcgis 10.5) delimitamos a planície que abrange 
os municípios de Natal-RN, Macaíba-RN e São Gonçalo do Amarante- RN. Dentro do 
perímetro da planície ocorre ocupações antrópicas de forma desordenada, e diante das 
condições naturais do terreno pode acarretar riscos para a população residente. 
 
Palavras-chave: Geomorfologia, Planície e Sensoriamento Remoto 
TITLE: Typologies and compartiment relief 
Abstract 
To understand the processes responsible for the formation of relief it is necessary to 
correlate endogenous and exogenous factors that act in the model, within this context 
the geomorphological mapping acts as an essential tool. With the advancement of 
technology in remote sensing and cartography unevenly assist the mapping. In this work 
we propose the delimitation of the Potengi- RN River Basin plain using SRTM and 
Sentinel -2 images, as well as geological and geomorphological data, in GIS environment 
(Arcgis 10.5) we delimit the plain that covers the municipalities of Natal-RN, Macaíba -
RN and São Gonçalo do Amarante- RN. Within the perimeter of the plain, anthropogenic 
occupations occur in a disorderly manner, and in view of the natural conditions of the 
terrain may pose risks to the resident population. 
 
Keywords: Geomorphology, Plain and Remote Sensing 
Introdução 
A geomorfologia trata-se de um conhecimento especifico, reunindo diversos fatores 
naturais para compreender e analisar as formas de relevo atuais e pretéritas (CASSETI, 
2005). Sendo o mapeamento geomorfológico um grande aliado no entendimento dos 
processos que inferem na dinâmica do relevo, ele abrange a segmentação do terreno 
em diferentes unidades considerando a morfologia, processo, composição e estrutura. 
O avanço do sensoriamento remoto, da cartografia e dos Sistemas de Informações 
Geográficas (SIGs), revolucionaram as formas de mapear, satélites com imagens de 
radar como as do satélite SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) possuem 
informações altimétricas que norteiam a diferenciação de unidades em superfície. 
(BISHOP. MP et al, 2011) O relevo tem grande importância na forma de ocupação do 
espaço, a falta de informação sobre os diferentes compartimentos geomorfológicos 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 39 
 
pode acarretar em apropriações inconsequentes e usos indevidos dos recursos 
ofertados. Uma das formas de relevo que necessita de uma melhor percepção são as 
planícies que consiste em áreas extensas, com topografia relativamente plana, onde os 
processos de agradação sobrepõe os processos erosivos ( Dicionário de geomorfologia 
IBGE), ou seja, as planícies aluviais são regiões onde ocorre a deposição de sedimento 
(agradação) oriunda de regiões a montante que são carreados pelo rio e se depositam 
nas partes mais baixas, e a erosão tende a ser insignificante, no entanto, em decorrência 
da forma de ocupação as erosões podem ocorrer de forma mais evidente. O objetivo 
central deste trabalho é delimitar a planície fluvial da Bacia do Rio Potengi- RN no baixo 
curso, com o auxílio de SIGs, utilizando imagens de satélite SRTM e sentinel-2, dados 
geológicos e geomorfológicos. Caracterização da área de estudo A Bacia do Rio Potengi 
possui extensão territorial de 4.093 Km², fica situada na mesorregião Central (nascente) 
precisamente no município de Cerro Corá- RN, Agreste Potiguar e Leste Potiguar. São 
totalizados segundo o IGARN cerca de 245 açudes, totalizando um volume de 
acumulação de 109.986.600 m3, tendo como destaque o reservatório de Campo Grande 
no município de São Paulo do Potengi. Ao todo a bacia compreende dezoito municípios 
sendo eles: Cerro Corá, São Tomé, Ruy Barbosa, Barcelona, Lagoa de Velhos, Sítio 
Novo, Tangará, Serra Caiada, São Paulo do Potengi, Riachuelo, Santa Maria, São 
Pedro, Senador Elói de Souza, Bom Jesus, Macaíba, Ielmo Marinho, São Gonçalo do 
Amarante e Natal. 
 
Metodologia 
 
O processo metodológico empregado neste trabalho está melhor descrito nos tópicos 
seguintes: Aquisição dos dados - SRTM (Earth Explorer) As imagens de radar SRTM 
com resolução de 30m foram obtidas a partir da plataforma Earth Explorer 
disponibilizada pela NASA, e serviram de base para a delimitação da planície. Após a 
aquisição foram processadas no software ARCGIS 10.5 que consiste em um sistema de 
informações geográficas (SIG) onde foram aplicadas ferramentas para filtragem das 
imagens e correção de possíveis erros. Após, gerou-se a hipsometria e as curvas 
altimétricas (com 20 metros de espaçamento) do relevo, sendo estes modelos a base 
para a delimitação da planície da Bacia do Rio Potengi – RN. Dados Geológicos (CPRM) 
e geomorfológicos (IBGE) Uma das propostas de delimitação do compartimento do 
relevo foi a interpolação dos dados geológicos e geomorfológicos da bacia. Desta 
maneira, colhemos dados dos referentes a geologia local disponíveis mapeamento 
efetuado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) com escala de 1: 500000 publicado 
no ano de 2006 que recobre todo o estado do Rio Grande do Norte (RN). Para 
geomorfologia tomamos como base o mapeamento fornecido através do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adaptado do projeto RADAMBRASIL, 
especificamente para nosso trabalho utilizamos a folha SB 24/25 Jaguaribe- Natal, a 
qual engloba o RN. - Imagens Sentinel – 2 A aquisição das imagens sentinel- 2 com 
resolução espacial de 10m ocorreu pela plataforma Earth Explorer (NASA) para todo o 
ano de 2018 com seleção de no máximo 20% de cobertura de nuvens. Em ambiente de 
SIG (ArcGis 10.5) mosaicamos as imagens e utilizamos uma composição RGB de cor 
verdadeira com as bandas espectrais 04- 03-02 respectivamente. Posteriormente a 
utilizamos para diferenciar os alvos em superfície e para auxiliar na interpretação dos 
dados altimétricos devido a sua resolução espacial de 10m. Delimitação da Planície 
Para delimitar a planície utilizamos todos os dados apresentados a cima e gerenciados 
no softwareArcgis 10.5. Com as curvas altimétricas e as referências hipsométricas do 
terreno, optou-se por utilizar as contas mais baixas do terreno em correlação com as 
informações geológicas e geomorfológicas. Após a analise da inter-relação entre as 
informações, executamos a vetorizarão das cotas mais baixas com o auxilio da imagem 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 40 
 
de satélite Sentinel – 2 com resolução espacial de 10m que resultou em uma boa 
diferenciação dos alvos em superfície, desta maneira, o resultado final foi a delimitação 
da planície no baixo curso da Bacia do Rio Potengi- RN. 
 
Resultados e Discussões 
 
A planície aluvial do Rio Potengi- RN delimitada a partir de dados altimétricos em 
correlação com dados geológicos e geomorfológicos apresentou uma extensão de 
111,83km² integrando os municípios de Natal, São Gonçalo do Amarante e Macaíba, 
baixo curso da bacia. A maior cota altimétrica do terreno foi 20m baseado em curvas de 
nível geradas a partir da imagem SRTM. No contexto geológico ela está inserida dentro 
dos depósitos aluvionais, depósitos de mangues e depósitos colúvio-aluvionares. Com 
base no mapeamento do IBGE de geomorfologia engloba os tabuleiros costeiros, uma 
pequena porção da depressão sertaneja, a planície fluvial e fluvio-marinha. Como dito 
anteriormente a unidade mapeada abarca alguns municípios, Macaíba em especial tem 
parte do perímetro seu urbano inserido nesse contexto. Sendo a planície é uma área 
dinâmica, onde pode ainda ocorrer deposição de sedimentos pelo rio, ou ser uma área 
onde o rio em algum momento depositou material. No entanto, mesmo em áreas que 
não está havendo a agradação, os terrenos são recentes e instáveis, por se tratarem 
muitas vezes de um pacote sedimentar não consolidado. Desta forma, a ocupação de 
forma desordenada pode trazer implicações a população, como o rebaixamento do 
terreno, impermeabilização do solo que acarreta erosões, vale salientar a gestão de 
saneamento básico dentro do perímetro da planície, uma vez que pela alta porosidade 
dos sedimentos a o armazenamento de água subterrânea que pode ser contaminada. 
Por vezes a intervenção antrópica nessas áreas não considera fatores climáticos como 
chuvas torrenciais que elevariam o nível do rio, inundando áreas que no pretérito eram 
seu curso natural. Como dito anteriormente a planície abarca alguns municípios, o 
município de Macaíba em especial tem parte do perímetro urbano dentro da planície. 
 
Conclusão 
 
O presente trabalho propôs a delimitação da planície na Bacia do Rio Potengi-RN no 
âmbito do baixo curso, a partir de um mapeamento geomorfológico utilizando imagens 
com referências altimétricas e fontes geológicos e geomorfológicos. Obtendo 
importantes dados sobre a unidade, como a ocupação antrópica e seus possíveis danos. 
Vale ressaltar a importância do sensoriamento remoto e do SIG no auxilio ao 
mapeamento, onde a partir de informações regionais é possível chegar a uma escala 
de detalhe, englobando fatores climáticos, geológicos, socioambientais, assim 
compreendendo melhor os processos que atuam no modelado. No entanto, os recursos 
tecnológicos não substituem as atividades de campo, e sim contribuem para uma melhor 
execução do mapeamento. Diante disso, recomenda-se atividades de campo para 
validação dos aspectos desenvolvidos apoiados no sensoriamento remoto e cartografia. 
 
Referências 
 
BISHOP, Michael P. et al. Geospatial technologies and digital geomorphological 
mapping: Concepts, issues and research. Geomorphology, [S. l.], ed. 137, 2011. 
CASSETI, Valter. Geomorfologia. [S.l.]: [2005] Dicionário geológico-geomorfológico/ 
Antônio Teixeira Guerra – 8. Ed – Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 446 p. IBGE – Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico de geomorfologia. Coordenação 
de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. 2. ed., Rio de Janeiro: IBGE, 2009. 182 p. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 41 
 
CÓDIGO: ET0864 
AUTOR: ERENILSON JERONIMO CARDOZO DA SILVA 
ORIENTADOR: FERNANDO MOREIRA DA SILVA 
 
 
TÍTULO: Monitoramento do dióxido de carbono na cidade de Natal/RN 
Resumo 
 
A ação antrópica tem ao passar do tempo influenciado de forma mais incisiva nas 
alterações climáticas da terra, e esses processos de alterações tem se intensificado 
ainda mais do século XX para os dias atuais. Um dos fatores mais pautados em diversas 
discussões tanto na comunidade cientifica como nas grandes cúpulas internacionais da 
política é a emissão de gases do efeito estufa. O objetivo do presente artigo é fazer uma 
breve analise de dados referentes a emissão de gases que intensificam o efeito estufa. 
a partir disso selecionamos o dióxido de carbono (CO2) como objeto de estudo da 
pesquisa, levando em consideração o fato de o CO2 possuir um dos maiores índices 
dentre os gases que são emitidos para atmosfera. Para realização da pesquisa foram 
utilizados métodos de coleta e análise de dados climáticos, além de monitoramento de 
taxas de emissão do dióxido de carbono na Estação Climatológica da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Os resultados mostraram que os índices de 
emissão de CO2 variam conforme as estações do ano, sendo mais proeminentes no 
verão (máximo) e no inverno (mínimo). 
 
 
Palavras-chave: Gás carbônico, Clima, Conforto Térmico, Saúde. 
TITLE: Carbon dioxide monitoring in urban Natal / RN. 
Abstract 
Anthropic action has, over time, influenced most strongly the earth's climate change, and 
these processes of change have intensified further from the twentieth century to the 
present day. One of the most important factors in many discussions in both the scientific 
community and the major international policy summits is the emission of greenhouse 
gases. The aim of this paper is to make a brief analysis of data regarding greenhouse 
gas emissions. From this we selected carbon dioxide (CO2) as the object of study of the 
research, taking into account the fact that CO2 has one of the highest indexes of the 
gases that are emitted to the atmosphere. For conducting the research were used 
methods of collection and analysis of climate data, and monitoring of carbon dioxide 
emission rates at the Climatological Station of the Federal University of Rio Grande do 
Norte / UFRN. The results showed that CO2 emission rates vary according to the 
seasons, being more prominent in summer (maximum) and winter (minimum). 
 
Keywords: Carbon dioxide, Climate, Thermal Comfort, Health. 
XXX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA UFRN 
 
eCICT 2019 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 42 
 
Introdução 
Os fatores climáticos são agentes estritamente importantes na história do planeta terra. 
É em função deles que muitos seres vivos passaram a existir, foi modelado, adaptado 
ou realocado. E essas ações ocorrem ao longo da história terrestre, sejam em escalas 
de maior ou menor impacto e influência, as mesmas ações ocorrendo tanto em escalas 
temporais milenares ou escalas menores em décadas. 
A literatura mostra que nos tempos atuais um novo agente passou a ser um grande 
modelar de condições climáticas no planeta, esse agente são as ações antrópicas que 
de forma incisiva tem se mostrado nos dois últimos séculos que tem potencial para 
mudar uma dinâmica climática de forma local décadas. 
Alguns fatores que podem ser observados como decorrentes da ação humana são as 
chuvas ácidas, poluição de rios, lençóis freáticos e até mesmo bacias hidrográficas. 
Causando assim descontrole na distribuição de recursos hídricos. Queimadas, 
desmatamentos desordenados e extinção de flora nativa, que por sua vez diminuem a 
retenção de gases feita pela vegetação gerando de forma consequente um alto índice 
de emissão de gases e desconforto térmico. Construções e produções do setor industrial 
sem planejamento ambiental prévio para revisar

Continue navegando