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Ética Geral e Jurídica

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Indaial – 2021
Ética Geral e Jurídica 
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
P618e
Pieritz, Vera Lúcia Hoffmann
 Ética geral e jurídica. / Vera Lúcia Hoffmann Pieritz. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2021.
 310 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-374-9
 ISBN Digital 978-65-5663-375-6
 1. Ética jurídica. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 341.415
apresentação
Olá, caro acadêmico, eu sou a sua professora e autora nesta Disciplina de 
Ética Geral e Jurídica e me chamo Vera Lúcia Hoffmann Pieritz, sou doutoranda 
no curso de Administração e Gestão em Saúde Pública na Universidad 
Columbia Del Paraguay – PY, tenho mestrado em Desenvolvimento Regional, 
especialista em Direito Médico e Hospitalar, Educação a Distância: Gestão 
e Tutoria; MBA Profissional em Gestão Administrativa e Marketing. Tenho 
graduação em Direito e Serviço Social. Com experiência profissional em 
coordenação de Cursos de Graduação da área Social e jurídica. 
No estudo da “Ética Geral e Jurídica”, pretendemos aprofundar os 
conhecimentos acerca das questões relativas à ética geral e jurídica, como 
também ampliar a percepção da ética na atuação profissional dos operadores 
do direito em suas diversas instâncias de atuação profissional.
Para isto, na primeira unidade, trabalharemos uma reflexão em torno 
da “ética geral”, refletindo sobre as noções da ética e da moral, procurando 
desvelar as questões pertinentes ao desenvolvimento do sujeito ético-moral, 
às bases éticas, como também discutiremos suas principais características e 
diferenças, mas não deixaremos de proporcionar um estudo sobre a consciência 
e a conduta moral.
Nesta unidade, ainda, discorreremos sobre os valores e princípios 
morais, estudando a essência intrínseca da moral e os valores e princípios morais 
como princípios norteadores da ética, como também demostraremos alguns 
apontamentos sobre a ética e as relações humanas na atualidade, debatendo 
sobre as questões éticas atuais, a ética e a liberdade humana e, por fim, o espaço 
da ética na relação indivíduo e sociedade e suas relações humanas.
Na segunda unidade, ampliaremos a sua percepção com relação à 
“ética jurídica”, oferecendo subsídios para você compreender as questões da 
ética nas profissões jurídicas, elucidando as características da ética no direito. 
Como também, será desenvolvida uma reflexão atinente à deontologia 
forense, à obrigação de ser ético no direito e à responsabilidade jurídica. 
Nesse sentido, proporcionaremos ainda a compreensão dos princípios 
éticos comuns às carreiras jurídicas, como os princípios da cidadania, 
efetividade, probidade, liberdade, princípio da defesa de prerrogativas 
profissionais e o princípio da informação e solidariedade.
Ainda, trabalharemos nesta segunda unidade, as questões da ética e 
suas relações com outras ciências humanas e sociais, estudando as relações da 
ética com outras ciências, principalmente a ética no direito positivo, ética na 
área do direito público e privado, como também refletiremos sobre a ética e 
bioética e a bioética e direito.
Na terceira unidade, proporcionaremos um contato maior com as 
questões da “ética na atuação profissional dos operadores do direito”, em 
que você poderá estudar primeiramente sobre a ética do estudante do curso 
de direito, para assim compreender a importância da ética para a formação 
desse estudante, como também faremos uma análise da postura ética, os 
direitos e deveres dos estudantes de direito. Nesta última unidade do nosso 
livro, também ofereceremos subsídios para você compreender as nuances 
da ética na advocacia, em que estudaremos o código de ética e disciplina da 
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), refletindo sobre a ética e advocacia, 
suas regras deontológicas fundamentais, como também a ética do advogado 
e o processo ético disciplinar.
Propiciaremos ainda um debate relativo à ética na carreira jurídica, 
procurando evidenciar as principais características dos diversos códigos 
de éticas, tanto da magistratura, defensoria pública, ministério público, 
promotores de justiça, desembargadoria e dos delegados de polícia.
Por fim, discorreremos sobre a ética na consultoria jurídica, 
proporcionando uma reflexão sobre a ética na assessoria e consultoria 
jurídica, como também estudaremos o compliance e a ética na mediação, 
conciliação e arbitragem.
Ufa! Quanta Coisa!
Pronto para começar a estudar sobre a Ética Geral e Jurídica? 
Então, vamos começar! 
Bons estudos!
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
sumário
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL ........................................................................................................ 1
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL ......................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A QUESTÃO DA ÉTICA E DA MORAL ........................................................................................ 4
3 O DESENVOLVIMENTO DO SUJEITO ÉTICO-MORAL ......................................................... 9
4 CONCEITO DE ÉTICA ..................................................................................................................... 12
5 ÉTICA E MORAL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DIFERENÇAS ............................ 20
6 A AUSÊNCIA E OS CONTRÁRIOS A ÉTICA E A MORAL .................................................... 28
7 SÍNTESE CONCEITUAL DA ÉTICA E MORAL ........................................................................ 31
RESUMO DO TÓPICO 1.....................................................................................................................45
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 47
TÓPICO 2 — DOS VALORES, PRINCÍPIOS, ESSÊNCIA, CONSCIÊNCIA 
 E CONDUTA MORAL ............................................................................................... 49
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 49
2 OS VALORES E PRINCÍPIOS MORAIS COMO PRINCÍPIOS NORTEADORES 
 DA ÉTICA ........................................................................................................................................... 50
3 A ESSÊNCIA INTRÍNSECA DA MORAL ................................................................................... 55
4 A CONSCIÊNCIA E O EMPODERAMENTO MORAL ............................................................ 59
5 OS ESTÁGIOS DA CONSCIÊNCIA ÉTICA E MORAL: AS ETAPAS DA 
 EVOLUÇÃO HUMANA ................................................................................................................... 67
5.1 PRIMEIRO ESTÁGIO: MEDO, PUNIÇÃO E OBEDIÊNCIA ................................................ 70
5.2 SEGUNDO ESTÁGIO: RECOMPENSA .................................................................................... 71
5.3 TERCEIRO ESTÁGIO: APROVAÇÃO SOCIAL ....................................................................... 73
5.4 QUARTO ESTÁGIO: MANUTENÇÃO DA ORDEM SOCIAL ............................................. 75
5.5 QUINTO ESTÁGIO: PROTEÇÃO DO BEM-ESTAR COLETIVO .......................................... 77
5.6 SEXTO ESTÁGIO: ZELO PELOS PRINCÍPIOS ÉTICOS UNIVERSAIS ............................... 79
6 A CONDUTA MORAL .................................................................................................................... 82
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 86
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 88
TÓPICO 3 — A ÉTICA E AS RELAÇÕES HUMANAS NA ATUALIDADE ............................ 91
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 91
2 AS QUESTÕES ÉTICAS ATUAIS .................................................................................................. 93
2.1 OS DILEMAS NO ÂMBITO DA FAMÍLIA ............................................................................... 96
2.2 REFLEXÕES SOBRE A SOCIEDADE CIVIL ............................................................................. 98
2.3 PONDERAÇÕES SOBRE OS DILEMAS DO ESTADO .......................................................... 99
3 ÉTICA E LIBERDADE HUMANA ............................................................................................... 100
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 108
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 121
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 122
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 123
UNIDADE 2 — A ÉTICA JURÍDICA ............................................................................................. 125
TÓPICO 1 — ÉTICA NAS PROFISSÕES JURÍDICAS ............................................................... 127
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 127
2 A ÉTICA NO DIREITO E NAS PROFISSÕES JURÍDICAS ................................................... 128
3 A QUESTÃO DA JUSTIÇA NA ÉTICA JURÍDICA ................................................................. 131
3.1 SENTIDOS DA JUSTIÇA ........................................................................................................... 134
3.2 A DIMENSÃO DA JUSTIÇA COMO EQUIDADE ................................................................ 136
3.3 MORALIDADE E JUSTIÇA ...................................................................................................... 138
4 APONTAMENTO SOBRE A ÉTICA EM ALGUMAS ÁREAS DO DIREITO ..................... 139
4.1 A ÉTICA E O DIREITO CONSTITUCIONAL ...................................................................... 139
4.2 A ÉTICA E O DIREITO CIVIL ................................................................................................ 140
4.3 A ÉTICA E O DIREITO PENAL ............................................................................................... 142
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 150
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 152
TÓPICO 2 — DEONTOLOGIA JURÍDICA .................................................................................. 155
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 155
2 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS A DEONTOLOGIA ............................................................. 156
3 A DEONTOLOGIA JURÍDICA .................................................................................................... 160
4 PRINCÍPIOS GERAIS DA DEONTOLOGIA JURÍDICA ....................................................... 164
4.1 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CIÊNCIA E CONSCIÊNCIA ....................................... 164
4.2 PRINCÍPIO DA CONDUTA ILIBADA ................................................................................... 165
4.3 PRINCÍPIO DO DECORO E DA DIGNIDADE ..................................................................... 166
4.4 PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA .................................................................................................. 167
4.5 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA ................................................................................................. 167
4.6 PRINCÍPIO DO COLEGUISMO ............................................................................................... 168
4.7 PRINCÍPIO DO DESINTERESSE ............................................................................................. 168
4.8 PRINCÍPIO DA FIDELIDADE .................................................................................................. 168
4.9 PRINCÍPIO DA RESERVA ......................................................................................................... 169
4.10 PRINCÍPIO DA LEALDADE E DA VERDADE ................................................................... 169
5 A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA COMO FUNDAMENTO DA ÉTICA 
 JUDICIAL E DA JUSTIÇA ............................................................................................................. 170
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 184
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 186
TÓPICO 3 — PRINCÍPIOS ÉTICOS COMUNS ÀS CARREIRAS JURÍDICAS ................... 189
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 189
2 OS PRINCÍPIOS ÉTICOS E SUA APLICAÇÃO NO EXERCÍCIO DO DIREITO .............. 190
3 PRINCÍPIO DA CIDADANIA ...................................................................................................... 190
4 PRINCÍPIODA LIBERDADE ....................................................................................................... 195
5 A DEMOCRACIA COMO ELEMENTO DO COMPORTAMENTO 
 ÉTICO JURÍDICO ........................................................................................................................... 196
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 202
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 215
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 217
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 219
UNIDADE 3 — A ÉTICA NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS OPERADORES 
 DO DIREITO .......................................................................................................... 223
TÓPICO 1 — OAB E O ESTATUTO DA OAB .............................................................................. 225
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 225
2 OAB E SEU ESTATUTO ................................................................................................................ 227
2.1 TÍTULO I – DA ADVOCACIA .................................................................................................. 229
3 DA ÉTICA DO ADVOGADO E TEMAS FINAIS DO ESTATUTO DA OAB ..................... 239
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 250
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 252
TÓPICO 2 — CÓDIGO DE ÉTICA DO ADVOGADO ............................................................... 255
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 255
2 DA ÉTICA DO ADVOGADO ...................................................................................................... 256
2.1 DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE ........................................................................................ 261
2.2 DO SIGILO PROFISSIONAL .................................................................................................... 263
2.3 DA PUBLICIDADE, DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS E OUTROS ASSUNTOS ........ 265
2.3.1 Capítulo IV – da publicidade ........................................................................................... 265
2.3.2 Capítulo V – Dos honorários profissionais .................................................................... 268
2.3.3 Capítulo VI – Do dever de urbanidade .......................................................................... 270
2.3.4 Capítulo VII – Das disposições gerais ............................................................................ 270
3 DO PROCESSO DISCIPLINAR ................................................................................................... 271
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 280
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 282
TÓPICO 3 — TÓPICOS ESPECIAIS DE ÉTICA NA CARREIRA JURÍDICA ....................... 285
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 285
2 CÓDIGO DE ÉTICA DO ESTUDANTE DE DIREITO E DOS OPERADORES 
 DE DIREITO ..................................................................................................................................... 286
2.1 ÉTICA PARA OS ESTUDANTES DE DIREITO ..................................................................... 286
2.2 ÉTICA PARA OS MAGISTRADOS .......................................................................................... 287
2.3 ÉTICA PARA OS DEFENSORES PÚBLICOS ......................................................................... 294
3 COMPLIANCE E DIREITO ........................................................................................................... 297
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 301
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 305
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 307
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 309
1
UNIDADE 1 — 
A ÉTICA GERAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender as nuances relativas da ética geral;
• elucidar as noções sobre ética e moral;
• ampliar a percepção relativa ao desenvolvimento do sujeito ético-moral; 
• sedimentar as bases éticas, no intuído de desmistificar as principais 
características e diferenças da ética e moral;
• perceber as questões da conduta e da consciência moral; 
• aprofundar os conhecimentos acerca dos valores e princípios morais; 
• compreender a essência intrínseca da moral e os valores e princípios 
morais como princípios norteadores da ética; 
• refletir sobre os apontamentos sobre a ética na atualidade;
• oferecer subsídios sobre a ética e a liberdade humana;
• compreender o espaço da ética na relação indivíduo e sociedade.
 Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
TÓPICO 2 – DOS VALORES, PRINCÍPIOS, ESSÊNCIA, CONSCIÊNCIA E 
 CONDUTA MORAL
TÓPICO 3 – A ÉTICA E AS RELAÇÕES HUMANAS NA ATUALIDADE
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, neste tópico da primeira unidade do seu livro de Ética 
Geral e Jurídica, realizaremos um aprofundamento dos nossos conhecimentos 
acerca das principais noções sobre a ética e a moral, perpassando por uma 
reflexão a respeito da questão da Ética e da moral, desvelando o significado e o 
desenvolvimento do Sujeito Ético-Moral e seus fundamentos e bases éticas. 
Debateremos aqui a questão da Ética e Moral, realizando uma reflexão 
sobre suas principais características, semelhanças e diferenças, proporcionando 
um contato com seus elementos e propriedades, para assim esclarecer seus 
atributos conceituais.
Discorreremos sobre a questão relativa à Consciência Moral no 
desenvolvimento do ser humano, para que ele possa ter uma vida permeada 
pelo respeito e a dignidade, pois devemos ter por premissa preliminar que é a 
Conduta Moral dos seres humanos que faz toda a diferença na sua qualidade de 
vida perante a sociedade que vive e convive, a qual reflete diretamente na sua 
dignidade. 
Nesse sentido, ressalva-se que é primordial compreendermos o que, em 
nosso comportamento perante os outros, faz bem ou mal, o que é certo e errado, 
para assim nortearmos a nossa conduta humana em sociedade. 
Então! Convidamos-lhe a compreender as principais noções sobre a ética 
e a moral!
Boas reflexões!
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
4
FIGURA 1 – ÉTICA E MORAL
FONTE: <https://bit.ly/3cbtt5b>. Acesso em: 9 fev. 2021.
2 A QUESTÃO DA ÉTICA E DA MORAL
Com relação às questões da ética e da moralidade,pode-se expor que as 
duas estão conectadas de maneira implícita no próprio comportamento do homem 
em sociedade, no meio social, político e econômico que vivem e convivem com os 
outros, ou seja, na sua condição de ser e de agir, pois, segundo Pieritz (2020, p. 4), “a 
consciência moral do certo e do errado, do bem e do mal, é formada pela composição 
histórica dos nossos costumes e das nossas ações em sociedade, formando, assim, 
uma moralidade e uma ética implícita nas ações do ser humano e refletida no seu 
convívio social”. É esse comportamento ético e moral sobre as coisas e os fatos que 
formam o nosso convívio social e a própria sociedade em que vivemos.
É importante ressaltar que a ética e a moral estão permeadas constantemente 
em nossas vidas, pois, segundo Tavares (2013, p. 4), é “no nosso dia a dia [que] a 
ética tem presença garantida, porque ela faz parte do ser humano em todas as suas 
atividades, funções, espaço, ou seja, na família, no trabalho, no lazer, enfim, onde o 
ser humano interage com outro, a ética aí se faz presente”. Demostrando que nossas 
ações e decisões diárias estão carregadas de princípios éticos e de valores morais.
Nesse sentido, de acordo com Pieritz (2020, p. 4), “a questão da ética e 
da moral está além dos seus conceitos preeminentes, já que é um conceito vivo, 
moldando-se no nosso comportamento diário que permuta o conceito para a 
prática das relações humanas e sociais”. A qual essa questão foi ressalvada por 
Tomelin e Tomelin (2002, p. 89), que nos colocam que “a ética é uma das áreas da 
filosofia que investiga sobre o agir humano na convivência com os outros [...]”. 
Pieritz (2020, p. 4) demostra que, sob esta perspectiva, o:
Nosso comportamento ético e moral é objeto do estudo da própria 
filosofia, que busca investigar a racionalidade do comportamento 
humano perante a sociedade, como também procura compreender os 
princípios fundamentais dos seres humanos, que permeiam a nossa 
vida cotidiana. 
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
5
Pode-se expor que a ética e a moral são mutáveis conforme a própria 
evolução humana e a compreensão da vida em sociedade.
Outro fator que merece uma reflexão, é que a ética, segundo Cunha (2011, 
p. 140), é o “ramo do conhecimento cuja finalidade é estabelecer os melhores 
critérios para o agir”. Demostrando, assim, que esses critérios, segundo Pieritz 
(2020, p. 4), “são estabelecidos socialmente e que norteiam o convívio do ser 
humano em sociedade”, já que podemos compreender que a ética é tida como 
“normas e princípios que dizem respeito ao comportamento do indivíduo no 
grupo social a que pertence” (GUIMARÃES, 2016, p. 377). 
Desse modo, segundo Leyser (2018, p. 3), “na linguagem comum, 
frequentemente utilizamos as palavras ética e moral (e antiético e imoral) de 
forma intercambiável, isto é, falamos da pessoa ou ato como ético ou moral”, pois 
todos os nossos comportamentos em sociedade são compreendidos socialmente 
como certo ou errado, ético ou antiético, moral ou imoral, denotando sempre os 
dois lados de uma mesma moeda.
Solomon (2006, p. 12) coloca-nos que “estudar ética não é escolher entre o 
bem e o mal, mas é se sentir confortável diante da complexidade moral”, porque 
devemos compreender que estamos “buscando aprofundar o conhecimento 
acerca do nosso agir perante a sociedade em que vivemos, pois se faz necessário 
realizar um estudo das nossas atitudes éticas e morais, para assim podermos 
refletir e entender essas questões balizares das nossas atitudes e comportamentos” 
(PIERITZ, 2020, p. 5).
De tal modo que, a partir desse aporte conceitual, inicialmente trabalhado, 
Pieritz (2013, p. 3) coloca-nos que:
Com relação aos problemas éticos e morais do comportamento humano, 
observamos que a ética não é facilmente explicável, ao sermos indagados, 
mas todos nós sabemos o que é, pois está diretamente relacionada 
aos nossos costumes e às ações em sociedade, ou seja, ao nosso 
comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os outros 
integrantes da sociedade.
Assim, fica evidente que possuímos uma noção empírica do que é a ética 
e a moral, que é historicamente constituído em sociedade, já que convivemos com 
os outros nos grupos sociais a que fazemos parte, e esse comportamento faz parte 
da própria cultura do povo. 
Neste sentido, vale salientar que:
[...] é na convivência humana e social que refletimos os nossos valores 
éticos e morais, que foram construídos historicamente na sociedade e 
grupo social a qual fazemos parte. E, que estes valores éticos e morais 
são concebidos de acordo com a visão de mundo de cada um, dentro 
do seu contexto social, pois, cada um de nós possui uma visão do que 
é o bem e o mal, do que é certo e errado. (PIERITZ, 2020, p. 5).
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
6
Leyser (2018, p. 4) nos complementa expondo:
Quando falamos de pessoas como sendo morais ou éticas, geralmente, 
queremos dizer que elas são pessoas boas, e quando falamos delas 
como sendo imorais ou antiéticas, queremos dizer que elas são 
pessoas más. Quando nos referimos a certas ações humanas como 
sendo morais, éticas, imorais ou antiéticas, queremos dizer que elas 
estão certas ou erradas. A simplicidade dessas definições, contudo, 
termina aqui, pois como definimos uma ação certa ou errada ou uma 
pessoa boa ou má? Quais são os padrões humanos pelos quais tais 
decisões podem ser tomadas? Estas são as questões mais difíceis que 
constituem a maior parte do estudo da moralidade [...].
Entretanto, vale ressaltar que a consciência moral e ética dos homens que 
vivem e convivem em sociedade, segundo Pieritz (2013, p. 4), “é determinada por 
um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e 
compõe as normas de conduta que o regem”. Proporcionando ao ser humano 
“um regramento comportamental empírico, ditado pelos comportamentos éticos e 
morais, como também pelos regramentos e normativas institucionais, balizados em 
regras e normas legais do legislativo, executivo e judiciário” (PIERITZ, 2020, p. 5)
Partindo dessa concepção, pode-se expor que todo o comportamento 
socialmente constituído deve estar pautado por normas sociais, institucionais e 
legais, e que ambas seguem as premissas constitucionais. 
Continuando nossa reflexão, Leyser (2018, p. 4) complementa expondo 
que “o importante é lembrar, aqui, que a moral, ética, imoral e antiética significam, 
essencialmente, o bom, o certo, o mau e o errado, com frequência, dependendo 
se alguém está se referindo às próprias pessoas ou as suas ações”. Denotando, 
assim, que são nossas ações que norteiam nosso comportamento ético e moral.
Assim, com relação a essa reflexão relativa à problemática teórica da 
ética e da moralidade na vida dos seres humanos, buscou-se oferecer elementos 
que possam proporcionar a compreensão de que existem comportamentos 
positivados e outros negativados socialmente, o qual podem ser desmistificadas 
no Quadro 1, que apresenta os dois campos dos problemas teóricos da ética e da 
moral. Vejamos!
Prezado acadêmico, com relação a questão das normativas e regramentos, 
queremos instigá-los a aprofundar os seus conhecimentos relativos aos princípios e valores 
constitucionais brasileiros. Assim, os convidamos a fazer a leitura e análise dos Artigos 1º, 
3º e 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, que foi promulgada em 1988. Na 
íntegra em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
7
QUADRO 1 – CAMPOS DO PROBLEMA TEÓRICO DA ÉTICA E DA MORAL
CAMPOS CARACTERÍSTICAS
PROBLEMAS GERAIS E 
FUNDAMENTAIS
Tais como:
• Liberdade;
• Consciência;
• Bem e Mal;
• Valor;
• Lei e outros.
PROBLEMAS 
ESPECÍFICOS
Na aplicação concreta, como os problemas da:
• Ética profissional;
• De ética política;
• De ética sexual;
• De ética matrimonial;
• De bioética; etc.
FONTE: Adaptado de Valls (2003, p. 8)
Esses campos dos problemas teóricos da ética e da moral apresentados no 
Quadro 1, demostramque existem problemáticas gerais e basilares como também 
questões mais específicas, os quais Pieritz (2020, p. 6) destaca:
 
A ética e a moral permeiam em nossas vidas cotidianas, desde nossas 
ações mais fundamentais e básicas, que é o processo de decisão do que é 
o certo e o errado a se fazer, dos nossos valores e princípios morais, até 
nas ações mais específicas, que estão refletidas no nosso modo operante 
de fazer as coisas e se relacionar com o outro em sociedade.
Demostrando assim, que a questão da moral e da ética é concebida como a 
base estruturante das nossas relações sociais, humanas, políticas e econômicas, pois, 
estas normativas éticas e morais é que norteiam o nosso comportamento em sociedade.
Você saberia dizer o que é certo e errado, se estamos fazendo o bem ou o mal?
Reflita sobre essa questão e depois leve suas indagações para discutir em sala.
FIGURA 2 – CERTO OU ERRADO?
FONTE: <https://bit.ly/2ODqGd6>. Acesso em: 9 fev. 2021.
ATENCAO
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
8
Esses são bons questionamentos! Não acham?
É importante, aqui, refletirmos o seguinte:
• Os problemas éticos são os mesmos dos problemas morais?
• É a ética e a moral que ajudam na tomada das decisões do caminho a seguir?
Olha só! Primeiramente, precisamos entender que esta problemática da 
ética e da moral é desvelada por algumas características genéricas, que permitem 
fazermos uma distinção entre elas, como podem verificar suas diferenças e aspectos 
comuns no Quadro 2.
QUADRO 2 – CARACTERÍSTICAS GENÉRICAS DA MORAL E DA ÉTICA
QUESTÃO
CARACTERÍSTICAS 
ESPECÍFICAS COMUNS
MORAL
• A moral se caracteriza pelos 
PROBLEMAS DA VIDA 
COTIDIANA.
• A moral faz pensar as 
CONSEQUÊNCIAS GRUPAIS, 
adverte para normas culturalmente 
formuladas ou pode estar 
fundamentado num princípio ético.
• O que há de comum 
entre elas é fazer o 
homem pensar sobre a 
RESPONSABILIDADE 
das consequências de 
suas ações.
ÉTICA 
• A ética faz pensar sobre as 
CONSEQUÊNCIAS UNIVERSAIS, 
sempre priorizando a vida 
presente e futura, local e global. A 
ética pode, desta forma, pautar o 
comportamento moral.
FONTE: Adaptado de Tomelin e Tomelin (2002, p. 90)
Qual o lado da balança que pesa mais em nossas decisões?
Que direção Tomar?
FIGURA 3 – DIREÇÕES A TOMAR
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/625507835722319479/>. Acesso em: 9 fev. 2021.
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
9
Desse modo, verificou-se que a ética e a moral possuem características 
conceituais particulares e gerais que as definem, como apresentado no quadro 
supracitado. Entretanto pode-se verificar que “tanto na ética como na moral é a 
questão da responsabilidade das consequências de nossas ações que refletem o 
nosso agir perante a sociedade em que estamos inseridos, sejam elas de âmbito 
micro (grupo intrafamiliar e amizades pessoais) ou macro (regional, comunitário, 
empresarial e social)” (PIERITZ, 2020, p. 8).
Proporcionando a compreensão de que são os princípios éticos e morais 
que conduzem as nossas decisões comportamentais perante a sociedade que 
vivemos e convivemos com os outros.
Leyser complementa essa reflexão: 
A moralidade reivindica nossas vidas. Faz reivindicações sobre cada 
um de nós que são mais fortes do que as reivindicações da lei e tem 
prioridade sobre o interesse próprio. Como seres humanos que vivem 
no mundo, temos deveres e obrigações básicas. Há certas coisas que 
devemos fazer e certas coisas que não devemos fazer. Em outras palavras, 
há uma dimensão ética da existência humana. Como seres humanos, 
experimentamos a vida em um mundo de bem e mal e entendemos 
certos tipos de ações em termos de certo e errado. A própria estrutura da 
existência humana dita que devemos fazer escolhas. A ética nos ajuda 
a usar nossa liberdade de maneira responsável e a compreender quem 
somos. E, a ética dá direção em nossa luta por responder às perguntas 
fundamentais que questionam como devemos viver nossas vidas e 
como podemos fazer escolhas certas (LEYSER, 2018, p. 3).
Assim, segundo Pieritz (2020, p. 8): 
tanto a ética como os princípios morais nos devem auxiliar na reflexão 
sobre a responsabilidade das consequências advindas de nossas 
ações perante o meio familiar e social em que vivemos e convivemos, 
norteando as nossas decisões de fazermos o que é certo e errado, o que 
faz bem ou o mal para nós e para o outro.
Esses preceitos éticos e morais fazem com que possamos tomar o melhor 
caminho a ser seguido perante a sociedade a qual fazemos parte.
3 O DESENVOLVIMENTO DO SUJEITO ÉTICO-MORAL 
Depois de termos explorado as questões relativas à ética e à moralidade no 
comportamento humano, neste momento, realizaremos uma reflexão a respeito do 
desenvolvimento do sujeito ético-moral em si, procurando desvelar seu significado 
e trazer à tona suas principais características. De tal modo, desmistificar-se-á seus 
atributos e predicados conceituais, para assim proporcionar uma compreensão 
de como a ética e a moral permeiam em nossas vidas cotidianas.
Entusiasmados? Vamos lá!
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
10
Primeiramente, devemos compreender que: 
Todos os homens fazem parte de uma sociedade, de um grupo social, 
portando, podemos dizer que os homens em sociedade convivem em 
grupo. Cada grupo social possui diferentes características culturais 
e morais, como, por exemplo: os povos indígenas, os orientais, os 
africanos, os alemães, os franceses, os italianos, os americanos, os 
brasileiros, entre muitos outros. Cada sociedade possui suas normas de 
conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo 
social constituiu o que é certo e errado, o que é o bem e o mal para o 
seu povo, portanto, nem sempre o que é certo para nós pode ser certo 
para outro grupo social e vice-versa (PIERITZ, 2013, p. 5, grifo nosso).
Como exposto, todos nós, seres humanos, somos diferentes mesmo que 
convivamos em um mesmo grupo social, pois, de acordo com Pieritz (2020, p. 9) é:
Importante compreendermos que, se fazemos parte de uma 
comunidade, de um grupo social ou grupo familiar, ou seja, de uma 
sociedade, devemos entender que todos nós somos diferentes e 
possuímos valores e princípios éticos e morais diferenciados, sendo 
que cada etnia possui seu próprio jeito de ser e conviver, instituindo 
regras sociais, políticas, econômicas e jurídicas de convivência.
Nesse sentido, como nós temos digitais diferentes, possuímos princípios 
éticos e morais semelhantes, mas nunca iguais, pois temos o livre arbítrio da 
escolha, segundo nossa cultura e formação intelectual. Então, segundo Pieritz 
(2020, p. 9), “tudo depende da formação dos valores e princípios éticos e morais 
sócio-históricos da comunidade a que pertencemos”.
Ressalva-se, ainda, que devemos compreender que nessa questão de 
fazer o certo ou errado, de fazer o bem ou o mal, a nossa compreensão relativa 
a esse comportamento e decisão é diferente para cada um de nós, ou seja, para 
cada grupo social, político e econômico ou etnia, pode ser dispare, conforme sua 
formação sócio-histórica e cultural. 
Conforme Pieritz (2020, p. 9), “de acordo com o desenvolvimento sócio-
histórico dos valores e princípios éticos e morais de um determinado grupo social, 
essa comunidade em si, desenvolve seu próprio jeito de ser, seu comportamento 
social e moral, formatando socialmente sua tradição, costumes, hábitos e cultura”.
Nesse sentido, de acordo com Tavares (2013, p. 3), “a ética e a moral são os 
condutores para a sustentabilidade de uma sociedade mais humana, mais justa, 
mais igualitária. É o bem comum que subsidia as condições para as condutas 
morais, para a manutenção de valores que coadunam com o interesse coletivo”.
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
11
“Podemos pegar como exemplo a cultura do nascimento de crianças. Existem 
algumas sociedades indígenas em que a mãe, ao dar à luz, embrenha-se na mata sozinha 
e se o filho não for perfeito, segundo os seus princípios morais, ela o abandona a sua 
própria sorte. À luz de nossos princípios morais, essaação seria considerada um crime de 
abandono” (PIERITZ, 2013, p. 6).
NOTA
O que é cultura?
Vejamos!
No quadro a seguir, veremos elementos importantes do conceito de 
Cultura.
QUADRO 3 – CONCEITO DE CULTURA
CULTURA
 É o conjunto de práticas assinaladas 
por ELEMENTOS CONSTANTES ou 
COMUNS de um grupo social.
É o CONJUNTO ou RESULTADO 
das ações humanas.
É o complexo de PADRÕES de comportamento, de crenças, das instituições, 
das manifestações artísticas, intelectuais etc., TRANSMITIDOS 
COLETIVAMENTE E TÍPICOS DE UMA SOCIEDADE.
FONTE: Adaptado de Cunha (2011, p. 99)
O quadro supracitado expõe os principais elementos do conceito de 
cultura, que transmite o modo coletivo de ser de um povo, suas características e 
comportamentos social e historicamente constituídos. Denotando seus costumes, 
crenças e hábitos. Na própria cultura permeia os valores éticos e morais.
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
12
Agora, poderemos verificar, na Figura 4, alguns exemplos visuais da 
diversidade cultural do povo brasileiro.
FIGURA 4 – DIVERSIDADE CULTURAL
FONTE: <https://definicao.net/wp-content/uploads/2019/05/diversidade-cultural-1.jpg>. 
Acesso em: 9 fev. 2021.
Assim, verifica-se que no desenvolvimento do sujeito ético-moral os 
elementos da formação cultural são expoentes no processo de decisão do seu 
comportamento moral, e que cada cidadão possui um desenvolvimento histórico 
diferente, sempre relacionado as suas prerrogativas legais e éticas, que mediam 
seu comportamento junto ao grupo social, político e econômico do qual faz parte.
4 CONCEITO DE ÉTICA
Agora que você já compreendeu um pouco das questões da ética e da 
moralidade no comportamento do ser humano, como também realizamos uma 
reflexão a respeito do desenvolvimento do sujeito ético-moral e vimos que cada 
grupo ou composição possui diferentes costumes, princípios, valores éticos e 
morais e que foi constituído historicamente pelos componentes do seu provo, 
resta compreender e estudar o significado da ética em si.
Prezado Acadêmico, se você quiser saber mais sobre o comportamento moral 
desses grupos sociais/povos, pesquise na internet sobre a cultura de cada povo. Assim, você 
poderá observar as diferenças culturais de cada um e identificar seus princípios morais.
DICAS
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
13
Sob esse cenário, indagamos:
Afinal, o que é ética?
Vejamos!
Partiremos do conceito estrito do dicionário do direito, para irmos aos 
poucos decifrando seus elementos conceituais. Nesse sentido, de acordo com 
Cunha (2011, p. 140), a ética é compreendida como:
QUADRO 4 – CONCEITO DE ÉTICA
ÉTICA
São as NORMAS E PRINCIPIOS que dizem respeito ao comportamento do 
indivíduo no grupo social a que pertence.
É a CIÊNCIA cujo objeto é a MORAL. É a FILOSOFIA da moral.
É o RUMO DO CONHECIMENTO cuja finalidade é estabelecer os 
melhores critérios para o agir.
FONTE: Adaptado de Cunha (2011, p. 140) e Guimarães (2016, p. 377)
De tal modo, pode-se expor que a ética denota o agir comportamental dos 
seres humanos em sociedade, estudando e mediando as melhores formas que 
normatizem e institucionalizem nosso comportamento social, político e econômico.
Sob essa perspectiva, Leyser (2018, p. 3, grifo nosso) complementa 
expondo que:
Ética vem do termo grego ethike que provém de ethos, que por sua vez 
deriva de duas matizes distintas, uma que designa costumes normativos 
e outra que ensina constância do comportamento, hábito ou caráter. Na 
verdade, o termo ethos é uma transposição metafórica de um termo que 
denota a morada dos animais (VAZ, 2006). Os gregos antigos ao fazerem 
essa transposição queriam se referir ao mundo humano, quanto aos 
seus costumes e o próprio agir humano que constituiria sua morada e, 
simultaneamente, seu caráter.
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
14
Assim sendo, Tomelin e Tomelin (2002, p. 89) ainda nos colocam que “a 
palavra ética provém do grego ethos e significa hábitos, costumes, e se refere à 
morada de um povo ou sociedade. A palavra moral provém do latim morális e 
significa costume, conduta”. Comprovando que: 
A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento 
que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. Indicando o que 
é certo ou errado, o que é bom ou mau, porém, este comportamento 
sempre partirá do ponto de vista dos princípios morais de cada 
sociedade, ou seja, seu grupo social. A ética auxilia no esclarecimento e 
na explicação da realidade cotidiana de cada povo, procurando sempre 
elaborar seus conceitos conforme o comportamento correspondente 
de cada grupo social (PIERITZ, 2013, p. 7).
De tal modo, Pieritz (2020, p. 11, grifo nosso) expõe que “pode-se 
compreender que a ética reflete os hábitos e costumes gerais de uma sociedade, 
suas normativas e convenções, que fora institucionalizada pelo coletivo social, 
e a moral é a forma que conduzimos nossos atos perante o outro, ou seja, é a 
conduta em si”.
Nesse sentido, a ética pode ser compreendida como os pilares normativos 
de nossa conduta moral perante a sociedade em que vivemos e convivemos, pois, 
é a ética que normatiza e dita as regras do jogo, expondo qual o melhor caminho a 
ser seguido. E, a moral denota a nossa decisão e a nossa ação a respeito das regras 
socialmente constituídas.
Mediante essa reflexão do conceito da ética, vejamos no Quadro 5 o que 
é a ética.
QUADRO 5 – O QUE É ÉTICA?
• ESTUDO DOS JUÍZOS de apreciação que se referem 
à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal.
• Conjunto de NORMAS E PRINCÍPIOS que norteiam 
a boa conduta do ser humano.
FONTE: Adaptado de Houaiss (2009, p. 324)
Mediante esses elementos da ética, pode-se expor que a ética realiza um 
estudo dos juízos e valores do comportamento humano em sociedade, e mediante 
essas análises comportamentais, desenvolve normativas e princípios ético-morais, 
que mediarão a vida dos homens em sociedade.
A partir dessas análises preliminares, Vazquez (2005, p. 20) completa essa 
discussão expondo que “o ético transforma-se, assim, numa espécie de legislador do 
comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade”, pois podemos verificar 
que a ética examina a conduta dos seres humanos na sociedade a qual pertence, já 
que “a ética é teoria, investigação ou explicação de um tipo de experiência humana 
ou forma de comportamento dos homens [...]” (VAZQUEZ, 2005, p. 21).
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
15
Desse modo, pode-se dizer que ser ético é saber legislar sobre o 
comportamento humano, buscando explicar e investigar a conduta em si, seus 
prós e contras, definindo os caminhos que poderão ser seguidos. Ditando, assim, 
o comportamento moral das pessoas.
Vale frisar aqui, que “o valor de ética está naquilo que ela explica – o fato 
real daquilo que foi ou é [...], e não no fato de recomendar uma ação ou uma atitude 
moral” (PIERITZ, 2013, p. 7, grifo nosso).
A ética não recomenda como agimos perante os outros, a ética nos dá as 
diretrizes comportamentais, pois, segundo Pieritz (2020, p. 12), “a ética está posta 
para nos explicar o nosso agir junto à comunidade e grupo social a que vivemos 
e convivemos”. 
Nesse sentido: 
Ética é a ciência da conduta humana, segundo o bem e o mal, com vistas 
à felicidade. É a ciência que estuda a vida do ser humano, sob o ponto 
de vista da qualidade da sua conduta. Disto precisamente trata a Ética, 
da boa e da má conduta e da correlação entre boa conduta e felicidade, 
na interioridade do ser humano. A Ética não é uma ciência teórica ou 
especulativa, mas uma ciência prática, no sentido de que se preocupa com 
a ação, com o ato humano. (ALONSO; LÓPEZ; CASTRUCCI, 2006, p. 3).
De acordo com Pieritz (2020, p. 12), “a ética é considerada uma ciência 
que estuda a conduta humana, suas normas e comportamentos reais, para 
proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos”. Visto que, 
na convivência social saudável, é importante termos diretrizes norteadoras de 
que possibilidades de decisões poderemos tomar perante os outros que vivem e 
convivem conosco.Por isso, a ética é muito importante para os seres humanos, 
pois ela baliza o nosso comportamento moral.
Ressalva-se ainda que “existem grandes transformações históricas 
no decorrer dos tempos em nossa sociedade. E com essas mudanças, o nosso 
comportamento também muda e, consequentemente, os nossos princípios morais 
também” (PIERITZ, 2013, p. 7).
E ainda: 
Estas transformações sociais ao longo da história da humanidade 
advêm da própria existência humana, pelas suas relações sociais com 
o outro, pois, a ética vem demostrando pelo seu estudo e regulação, que 
determinadas ações e atitudes morais devam ser revistas e adaptadas 
à nova realidade social, pois estamos em constantes transformações 
humanas e sociais (PIERITZ, 2020, p. 12, grifo nosso).
Assim, são as transformações da vida do homem em sociedade que fazem 
com que a ética não seja estanque, isso é, parada no tempo e no espaço, pois 
a ética precisa estar constantemente analisando e regulando o comportamento 
humano, que é mutável. O importante aqui é compreender que a ética está em 
constante transformação histórico-social, e assim precisa ser observada.
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
16
Sobre essa questão, Pieritz (2013, p. 7) expõe que “outro fator que não 
podemos esquecer é a questão de julgar o comportamento dos outros grupos 
sociais, pois a realidade cotidiana desses foi formada por outro conjunto de 
normas e princípios morais, diferente dos nossos. Mesmo que em alguns aspectos 
esses princípios se pareçam com os nossos”.
Salienta-se ainda que precisamos considerar que deve haver um respeito 
com relação às normativas comportamentais dos outros grupos sociais, pois eles 
foram sendo constituídos historicamente de forma diferente da nossa.
Depois dessas concisas explanações e reflexões sobre a questão conceitual 
da ética, torna-se importante compreender que a ética poderá ser definida sob 
três vertentes conceituais e basilares, que você poderá visualizar e analisar no 
Quadro 6. Vejamos!
QUADRO 6 – VERTENTES DO CONCEITO DE ÉTICA?
A ética é 
DESCRITIVA
Que corresponde a JUÍZO DE VALOR, ou seja, quem tem boa 
conduta pode ser considerado como uma pessoa ética, ou seja, 
uma pessoa virtuosa e íntegra.
Enquanto quem não condiz com as expectativas sociais pode 
ser considerado ‘sem ética’.
Nesse sentido, a ética assume uma ideia simplista reduzida a 
um VALOR SOCIAL, ou apenas um adjetivo.
A ética é 
PRESCRITIVA
A ética como “SISTEMA DE NORMAS MORAIS ou a um 
CÓDIGO DE DEVERES” (SOUR, 2011, p. 19), ou seja, os 
padrões morais que deveriam conduzir categorias sociais ou 
organizações passam a se chamar de CÓDIGO DE ÉTICA.
Nesse sentido de prescrição a ética e moral tornam-se 
SINÔNIMO INDISTINGUÍVEL.
A ética é 
REFLEXIVA
Que corresponde à TEORIA DE UM ESTUDO 
SISTEMÁTICO como objeto de INVESTIGAÇÃO que, ao 
transitar por diferentes áreas, pode ser considerada como:
• ÉTICA FILOSÓFICA – que reflete sobre a melhor maneira 
de viver (ideais morais).
• ÉTICA CIENTÍFICA – que estuda, observa, descreve e 
explica os fatos morais (a moralidade como fenômeno).
FONTE: Adaptado de Tavares (2013, p. 7)
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
17
Essas vertentes conceituais da ética demonstram que podemos verificar que 
a ética é descritiva, pois denota juízos de valores das nossas condutas, como também 
a ética é tida como prescritiva, pois prescreve normativas comportamentais e, por 
fim, a ética é reflexiva, pois está em constante análise e estudo do comportamento 
humano em sociedade.
Com relação ao conceito de ética, sobretudo a verificação da sua essência 
e base conceitual e demais elementos caracterizantes de seus fundamentos, 
Pieritz (2020, p. 13) expõe que “devemos compreender que a ética está além das 
normas socialmente constituídas, pois existem muitos elementos norteadores do 
comportamento humano”, o qual, a Figura 6 apresentará algumas características 
balizares da ética, para que você possa compreender de forma holística todos os 
elementos que estão atinados ao conceito da ética. Vejamos!
Caros acadêmicos, de acordo com Tavares (2013, p. 7, grifo nosso):
“A ética filosófica quer refletir sobre a maneira de viver. A ética científica quer observar e 
descrever a maneira de viver”.
FIGURA 5 – REFLEXÃO E OBSERVAÇÃO HUMANA 
FONTE: <https://icon-library.com/png/105300.html>. Acesso em: 9 fev. 2021.
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
18
FIGURA 6 – CARACTERÍSTICAS BALIZARES DA ÉTICA
FONTE: Adaptada de Pieritz (2020, p. 14)
Segundo Pieritz (2020, p. 14), “a ética faz com que o ser humano reflita e 
indague sobre seus atos, comportamentos e costumes, para assim poder agir no 
seu meio social”. Pode-se observar na Figura 6 muitos atributos que proporcionam 
uma compreensão de adjetivos e características que fundamentam a essência da 
ética de forma geral.
Conseguiram verificar que no conceito de ética aparecem diversas 
características do nosso próprio comportamento humano em sociedade? Como 
nossos hábitos, costumes, caráter, virtudes, códigos e assim por diante, demostrando 
que a ética está aí para nos direcionar, dar um aporte, um rumo a ser seguido no 
nosso dia a dia, mas a decisão de como agir é somente de cada um, pois temos o livre 
arbítrio de escolher em fazer o bem ou o mal, de fazer certo ou errado.
Prezados acadêmicos:
“A ética não se restringe somente às normas e leis instituídas pelos poderes legislativo, 
executivo e judiciário! 
A ética vai além das normativas impostas, pois leva em consideração a construção histórica 
do comportamento humano em sociedade, sua conduta, hábitos e costumes” (PIERITZ 
(2020, p. 14).
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
19
Vale refletir ainda sobre esta indagação de Valls (2003, p. 43, grifo nosso): 
“Será que agir moralmente significaria agir de acordo com a própria 
consciência”? (VALLS, 2003, p. 43)
O que você acha? Será?
Vejamos!
De acordo com Pieritz (2020, p. 15):
É salutar compreender que o nosso agir deve ser consciente e 
estar conectado com a realidade de mundo que vivemos, ou seja, 
precisamos perceber em que contexto social, político e econômico que 
estamos, quais são as regas e normativas vigentes, quais são nossos 
direitos e deveres, quais são as nossas responsabilidades e obrigações, 
para assim podermos agir coerentemente, respeitando as convenções 
socialmente construídas.
Assim, podemos compreender que devemos agir normalmente conforme 
os preceitos constituídos socialmente e o nosso livre arbítrio decisório, mas 
sempre no intuito de fazer o bem e sem prejudicar ninguém, pois, segundo Pieritz 
(2020, p. 15), “são as nossas escolhas que refletem a nossa conduta, do certo e 
errado, do bem e do mal, do ético ou do antiético”.
Nesse sentido, Pieritz (2020, p. 15) expõe que “pode-se perceber que a 
ética oportuniza uma reflexão do nosso jeito de viver e conviver historicamente 
em sociedade, compreendendo os nossos costumes de hoje, de ontem e como 
poderá se moldar amanhã”. E é esse comportamento que define a nossa conduta 
ética perante o grupo social que vivemos.
FIGURA 7 – COMPORTAMENTO HUMANO EM SOCIEDADE
FONTE: <https://bit.ly/2PGxOFT>. Acesso em: 9 fev. 2021.
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
20
5 ÉTICA E MORAL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DIFERENÇAS 
Agora que realizamos uma reflexão em torno das bases da ética, 
perpassando pelas questões preliminares da ética e da moral, e de como se dá o 
desenvolvimento do sujeito ético-moral, e das características conceituais da ética, 
em que adentraremos num debate relativo às características e diferenças da ética 
e da moral, para assim poder compreendê-las.
Iniciaremos essa abordagem expondo que “a ética estuda e investiga o 
comportamento moral dos seres humanos. E esta moral é constituída pelos 
diferentes modos de viver e agir dos homens em sociedade, que é formada por 
suas diretrizes morais da vida cotidiana, transformando-se no decorrer dos 
tempos” (PIERITZ, 2013, p. 19).
Ficou demostrado que “a ética e a moral permeiam em nosso agir perantea sociedade, desde o estudo do comportamento até a sua prática real cotidiana 
das relações humanas e sociais” (PIERITZ, 2020, p. 27).
Assim, pode-se expor que:
Sob esse cenário, indagamos-lhe: afinal, o que é moral?
Vejamos!
Iniciaremos essa reflexão com o conceito exposto no dicionário do direito, 
para assim instigar sua reflexão sobre a moral. Segundo Cunha (2011, p. 196-197), 
a moral pode ser compreendida como:
QUADRO 7 – CONCEITO DE MORAL E MORALIDADE
MORAL
A moral é a APLICAÇÃO NA PRÁTICA do 
conjunto de regras e princípios morais. É a dimensão ideal da moralidade.
A moral é relativo à DIGNIDADE, ao DECORO e à HONRA.
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
21
MORALIDADE 
Processo Social COSTUMEIRO, concernente à melhor forma de 
comportamento.
FONTE: Adaptado de Cunha (2011, p. 196-197)
Então, perceberam que a moral designa o modo de ser dos seres humanos, 
seu comportamento perante os outros e que esse comportamento está pautado 
nos princípios e diretrizes da ética?
Mediante esse conceito preliminar, Aranha e Martins (2005, p. 301) 
complementam: 
A moral vem do Latim mos, moris, que significa “costume”, “maneira de 
se comportar regulada pelo uso”, e de moralis, morale, adjetivo referente 
ao que é “relativo aos costumes”. Portanto, podemos considerar que a 
moral é um conjunto de regras de conduta admitidas em determinada 
época ou por um grupo de pessoas.
Assim, a moral denota um costume comportamental dos preceitos éticos, 
na relação com os outros em sociedade. Nesse sentido, vale expor que costume 
é compreendido como a prática reiterada e constante de algum comportamento 
habitual dos seres humanos, e que ele seja notório, ou seja, conhecido e tido como 
um hábito geral de um determinado grupo social.
Você saberia me dizer quais são as diferenças conceituais entre a ética e a 
moral?
Sim? Não? Talvez?
Vamos juntos compreender essas diferenças conceituais da ética e da moral, 
no qual visualizaremos no Quadro 8 algumas de suas principais características.
QUADRO 8 – O QUE É A ÉTICA E MORAL
FONTE: Adaptado de Cunha (2011, p. 140-196)
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
22
Mediante esse quadro conceitual da ética e moral, é notório que os dois 
conceitos demostraram que “ambos estão correlacionados a uma ciência, um 
estudo do comportamento e das normas de conduta, e que esse conjunto de regras 
e princípios ético-morais propiciem a honra, o decoro e a dignidade da pessoa 
humana” (PIERITZ, 2020, p. 28, grifo nosso).
Fazendo com que:
Essa conduta moral só é possível se tiver um estudo dos hábitos e 
costumes do homem em sociedade, no seu convívio histórico-social. 
E é a ética que realiza essa ciência das dimensões morais, propiciando 
transparecer nos diversos códigos de condutas, regramentos e 
legislações como devemos proceder e se comportar perante o meio 
social que vivemos e convivemos (PIERITZ, 2020, p. 28, grifo nosso).
Assim, pode-se expor que a ética realiza os estudos do comportamento 
humano, e de posse desses resultados e suas análises, desenvolve o regramento 
social da conduta moral dos seres humanos. Segundo Pieritz (2020, p. 28), “essa 
é uma condição socialmente construída ao longo da história da humanidade, 
sendo aprimorada conforme o desenvolvimento humano”.
A ética e a moral estão sempre juntas, por isso que possuímos um 
comportamento ético-moral, pois uma estuda como devemos nos comportar 
eticamente na sociedade em que fazemos parte (a ética), e outra (a moral) é o 
próprio comportamento, que é determinado pelas nossas escolhas de fazer o bem 
ou o mal, o certo ou o errado. Esse ciclo é desenvolvido historicamente, desde os 
primórdios da humanidade.
Agora, apresentaremos, no Quadro 9, mais algumas diferenças entre a 
ética e a moral, para continuarmos a nossa reflexão a esse respeito. Vejamos:
QUADRO 9 – DIFERENÇAS ENTRE ÉTICA E MORAL
ÉTICA MORAL
É a CIÊNCIA que estuda a moral. É o MODO DE VIVER E AGIR de cada povo, em cada cultura.
É a REFLEXÃO SISTEMÁTICA sobre 
o comportamento moral.
É o conjunto de normas, prescrição 
e valores reguladores da AÇÃO 
COTIDIANA.
É a parte da filosofia que trata da 
reflexão dos princípios universais da 
humanidade. 
Varia no tempo e no espaço.
São os valores humanos UNIVERSAIS 
e FUNDAMENTAIS.
São os valores concernentes ao bem e 
ao mal, permitindo ou proibindo. 
XX
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
23
É a TEORIA do comportamento moral.
Conjunto de normas e regras 
reguladoras entre os homens de uma 
determinada comunidade.
É a compreensão subjetiva do ato 
moral.
Nasce da necessidade de ajudar cada 
membro aos interesses coletivos do 
grupo.
FONTE: Adaptado de Tomelin e Tomelin (2002. p. 89-90)
Ressalva-se que o supracitado quadro comparativo das diferenças conceituais 
entre a ética e a moral, nos reforça o que já viemos refletindo até agora que, segundo 
Pieritz (2020, p.28), “o comportamento ético-moral é estudado como ciência, para 
proporcionar melhor qualidade de vida ao cidadão brasileiro e mundial”. Visto 
que, vivemos em constantes transformações humanas, políticas e sociais, e nesse 
sentido a ética está a postos para refletir e regular nosso comportamento moral 
perante os outros.
Assim, de acordo com Pieritz (2020, p. 29), ficou claro que “é a nossa 
consciência das obrigações e deveres morais, ou seja, o caráter e o modo de ser dos 
homens em sociedade que formam a ética”. Todavia, precisamos compreender 
que, “a ética é a ciência que procura estudar e compreender as nuances relativas 
aos princípios morais, que são constituídos historicamente” (PIERITZ, 2020, p. 
29, grifo nosso).
Em contrapartida, a moral: 
Retrata nossos costumes e hábitos cotidianos, pois seu caráter é social 
e está pautado na história, cultura e natureza dos seres humanos, pois, 
a moral está compreendida como um conjunto de normativas, regras, 
leis, regulamentos e princípios, que são instituídos pelo coletivo social, 
mas individualizada na consciência dos homens e mulheres que vivem 
e convivem em sociedade (PIERITZ, 2020, p. 29, grifo nosso).
Nesse sentido, é importante ressaltar que a moral advém dos princípios 
comportamentais dos seres humanos, que foram adquiridos pela herança histórica 
da própria humanidade, a qual foi preservada pelos cidadãos e pelas populações 
que vivem e convivem em seus grupos políticos, econômicos e sociais.
Mediante esse cenário conceitual, estudado até o presente momento, 
gostaríamos de lhes apresentar, agora, um quadro comparativo entre a ética e a moral, 
para que você possa desvelar suas características e elementos primordiais.
Nesse sentido, segue no Quadro 10, um balanço comparativo dos elementos 
conceituais da ética e da moral.
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
24
QUADRO 10 – BALANÇO COMPARATIVO ENTRE ÉTICA E MORAL
FONTE: Pieritz (2020, p. 29)
O supracitado balanço comparativo das características conceituais da 
ética e da moral, apresentado por Pieritz (2020) demonstra que:
 
As duas estão amplamente conectadas, mas apresentam sutis 
diferenças, porque a ética denota um conceito subjetivo e teórico 
sobre a consciência das regras sociais, já a moral se apresenta mais 
de cunho prático e objetivo, proporcionando uma tratativa da conduta 
humana por intermédio de regras e códigos de condutas socialmente 
constituídos (PIERITZ, 2020, p. 29, grifo nosso).
Assim, pode-se expor que “a ética sempre procurará conhecer as formas 
das tratativas do bem e do mal no âmbito holístico, do coletivo social, já a moral 
busca tratar o agir humano de forma individualizada, tratando o certo e o errado 
nos seus regulamentos e normas institucionalizadas” (PIERITZ, 2020, p. 30).
Nessa discussão, Pieritz (2020, p. 30, grifo nosso) ainda expõe que:
Os seres humanos não nascem com os conhecimentos éticos e postura 
moral, eles se tornam éticos no decorrer do seu desenvolvimento 
intelectual ao longo de sua história, e colocam seus princípios morais 
de acordo com o empoderamento de suas conotações e convívio sociais, 
pois, é na socialização e interação com o outroem sociedade que 
construímos a nossa postura ética individual e profissional.
De tal modo, podemos expor que é no âmbito do convívio humano, nas 
relações sociais, que colocamos a nossa ética em prática, pelo nosso comportamento 
moral perante o grupo social que vivemos e convivemos. Pieritz (2020, p. 30, grifo 
nosso) complementa essa discussão:
Vale destacar ainda que a ética é aprendida pelo estudo do comportamento 
humano em sociedade, e a moral necessita ser imposta pelos regramentos 
sociais de convívio humano. E que a ética é manifestada a partir do 
interior das pessoas, de sua consciência, já a moral se expressa no exterior 
do indivíduo, na conduta dos seus atos.
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
25
Nesse sentido, nota-se que a ética e a moral são mutáveis ao longo do 
convívio humano, pois se adequam às novas realidades sociais, que são fruto 
do próprio comportamento humano. Necessitando aprimoramento constante das 
regras e normativas sociais e institucionais.
Sob os aspectos apresentados até o presente momento, acreditamos que 
passaram, em sua mente, várias cenas do seu cotidiano pessoal e profissional, 
com relação às questões do comportamento ético-moral, certo?
Então, na prática da vida cotidiana, como se apresentam as questões éticas 
e morais?
Vejamos!
Apresentaremos charges que representarão algumas situações do dia 
a dia da nossa vida cotidiana, e que estão relacionadas diretamente com o 
comportamento ético e moral dos cidadãos.
Nesse sentido, convidamos você, acadêmico, a realizar algumas reflexões 
sobre a ética e a moral. 
Vamos lá!
FIGURA 8 – PRIMEIRA SITUAÇÃO
FONTE: Adaptada de <https://br.pinterest.com/pin/809662839228928606/>. 
Acesso em: 20 jun.2020.
Prezado acadêmico! “Lembre-se de que um dia a escravidão já foi considerada 
um comportamento “normal”, e hoje a escravidão é totalmente considerada um crime. 
Demostrando, assim, que as regras mudam conforme a mudança do comportamento e 
normativas socialmente constituídas” (PIERITZ, 2020, p. 30).
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
26
FIGURA 9 – SEGUNDA SITUAÇÃO
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/455637687295581746/>. Acesso em: 20 jun. 2020.
FIGURA 10 – TERCEIRA SITUAÇÃO
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/431641945509586866/>. Acesso em: 20 jun. 2020.
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
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FIGURA 11 – QUARTA SITUAÇÃO
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/716283515704220437/>. Acesso em: 20 jun. 2020.
FIGURA 12 – QUINTA SITUAÇÃO
FONTE: http://www.jornalcorreiocacerense.com.br/ver_noticia.php?noticia=16405>. 
Acesso em: 10 fev. 2021.
Prezado acadêmico, nas cinco charges apresentadas podemos observar 
algumas situações vivenciadas na vida cotidiana que passam despercebidas, e 
que nem nos damos conta do que está acontecendo na realidade, muitas vezes, 
desvirtuando os preceitos ético-morais que foram socialmente constituídos por nós.
Mediante essas charges, convidamos você a pensar um instante, em 
quantas situações similares nos deparamos no nosso convívio social, político e 
econômico? Temos certeza de que são muitas! Com certeza!
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
28
Elas nos parecem situações comuns, mas que nos preocupam muito, 
pois demostram uma concepção errônea do nosso comportamento ético-moral. 
Contudo, como cidadãos civis, não podemos julgar esses comportamentos, pois 
depende da decisão de que caminho desejamos seguir com relação aos preceitos 
éticos socialmente constituídos.
Quem julga os danos causados por nossos comportamentos é o sistema 
judiciário. Isso também é uma regra socialmente constituída.
6 A AUSÊNCIA E OS CONTRÁRIOS A ÉTICA E A MORAL
Prezado acadêmico, até o presente momento falamos da ética e da moral, 
mas é necessário fazermos uma reflexão da inversão dessa postura e comportamento 
ético-moral. Assim, demostraremos, agora, o outro lado dessa moeda ética-moral, 
ou seja, a postura humana que denota ausência e os contrários à ética e à moral.
Entretanto, primeiramente vamos compreender dois conceitos fundamentais, 
que é a questão das terminologias “ausência” e o “contrário”, certo? Vejamos:
QUADRO 11 – CARACTERÍSTICAS DAS TERMINOLOGIAS AUSÊNCIA E CONTRÁRIO
AUSÊNCIA CONTRÁRIO
• Estado ou condição da AUSENTE.
• Não comparecimento, falta.
• INEXISTÊNCIA, FALTA.
• A falta de alguém que se esperava 
ou que deveria estar presente.
• O OPOSTO.
• Que apresenta OPOSIÇÃO OU 
DIFERENÇA ABSOLUTA. 
• Desfavorável, desvantajosos.
• Relativo à proposição que NEGA não só 
o que a firma a outra, mas também o que 
afirmaria uma proposição menos extensa.
AUSENTE CONTRARIAR
• NÃO PRESENTE.
• Pessoa que não está presente em 
determinado lugar.
• Aquele que não está no lugar em 
que se pratica o ato. 
• Desagradar ou descontentar alguém.
• DIZER, FAZER OU QUERER O 
CONTRÁRIO.
• Argumentar em sentido contrário.
FONTE: Adaptado de Cunha (2011, p. 43-85) e Ferreira (2008, p.154-264)
Pesquise mais situações do nosso comportamento ético, e leve-os para 
debater no seu próximo encontro.
DICAS
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
29
Desse modo, pode-se observar nas características supracitadas das 
terminologias ausência e contrário, que esses elementos estão presentes na postura 
cotidiana de muitos seres humanos, que denotam uma falta ou inexistência dos 
princípios éticos em suas ações, como também possuem pessoas que se opõem a 
ter uma conduta moral, porque desejam ser assim.
Alguns sinônimos interessantes para você conhecer sobre essa questão, 
vejamos:
• Ausência: carência, deficiência, falta, falha, escassez, insuficiência e lacuna.
• Contrário: adverso, antagônico, avesso, desfavorável e oposto.
Assim, mediante essas análises preliminares, iniciaremos uma discussão 
relativa aos sentidos inversos do comportamento moral e ético, mas, primeiramente, 
faz-se necessário compreender sua terminologia, que está exposta no Quadro 12.
QUADRO 12 – AUSÊNCIA E CONTRÁRIOS À ÉTICA E À MORAL
FONTE: Pieritz (2020, p. 32)
De tal modo, que se pode observar que, quando falamos da AUSÊNCIA 
de alguma coisa, estamos nos referindo a falta, a deficiência, a carência e a 
insuficiência, conforme sinônimos apresentados acima.
Nesse sentido, ao levarmos estes conceitos supracitados para a ética 
e a moral, pode-se perceber que essa ausência de ética e de moral denota um 
comportamento aético e amoral. Que podemos ver suas características no quadro 
a seguir. Vejamos!
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
30
QUADRO 13 – AÉTICA E AMORAL
NA ÉTICA NA MORAL
AÉTICA AMORAL
• Uma pessoa aética, é um individuo 
que não possui ou é deficiente da 
consciência do coletivo, dos atos e 
costumes gerais do meio em que vive 
e convive. 
• Possui insuficiência ou carência da 
compreensão dos estudos históricos 
da composição dos juízos de valores. 
• Uma pessoa amoral, é um individuo 
que não possui ou é deficiente na 
forma que conduz seus atos perante 
a sociedade que vive e convive, 
pelo simples fato de lhe faltar a 
compreensão de como agir perante 
os regramentos impostos. 
• Possuindo assim, insuficiência ou 
carência na sua forma de agir, na sua 
atitude e conduta, na sua aplicação 
da norma, pois não a compreende. 
Aqui a palavra-chave 
é a consciência do todo.
Aqui a palavra-chave é 
a atitude individual.
FONTE: Adaptado de Pieritz (2020, p. 33)
Com relação ao comportamento dos seres humanos que são contrários a 
alguma coisa, estamos falando das pessoas que são adversas, antagônicas, avessas, 
desfavoráveis e opostas a alguma situação de sua vida cotidiana.
Assim, pode-se observar que ao transmitir essas características conceituais 
para a ética e a moral, verifica-se que essas atitudes tidas como contrárias a alguma 
coisa denotam uma postura comportamental antiética e imoral, como podem 
verificar no quadro a seguir. Vejamos!
QUADRO 14 – ANTIÉTICA E IMORAL
NA ÉTICA NA MORAL
ANTIÉTICA IMORAL
• Uma pessoa antiética, é um indivíduo 
que possui ARGUMENTOS NO 
SENTIDO CONTRÁRIO da consciência 
coletiva do que é certo e errado, do que 
é fazer o bem ou o mal.• Demonstrando estar em oposição aos 
atos e costumes gerais da sociedade 
em que está inserido, como também 
é avesso ao estudo dos juízos de 
valores constituído historicamente.
• Uma pessoa imoral, é um indivíduo 
que não segue as REGRAS 
DE CONDUTA socialmente 
constituídas pelo coletivo social, 
pelo seu livre arbítrio.
• É fazer, ser oposto ou querer o 
contrário das normas. São avessas 
a qualquer código de conduta, por 
consciência de querer contrariá-la.
Aqui a palavra-chave 
contrariedade.
Aqui a palavra-chave é 
a ATITUDE consciente.
FONTE: Adaptado de Pieritz (2020, p. 33)
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
31
Mediante as supracitadas explanações relativas ao comportamento ético e 
moral, ou seja, aquela postura que denota ausência ou que seja contrária. Podemos 
verificar que, quem toma essa decisão é única e exclusivamente o ser humano, em 
seus processos de tomada de decisão, junto ao coletivo social.
Então, o que é certo, errado, bom ou ruim para nós, pode não ser para 
nosso semelhante!
Tudo depende da consciência e das decisões humanas! E são nossas ações 
no dia a dia que irão demostrar se nossa postura é ética, aética, antiética, moral, 
amoral ou imoral.
7 SÍNTESE CONCEITUAL DA ÉTICA E MORAL
Prezado acadêmico, depois de tantas reflexões, que acreditamos lhe 
proporcionou realizar e obter uma compreensão dos diversos sentidos conceituais 
da ética, suas principais características e fundamentos, e sua problemática junto às 
questões da moral e a formação do sujeito ético-moral, convidamos você, agora, 
para finalizar esse debate em torno da ética e da moral, a observar nos quadros 
a seguir as principais características conceituais do nosso comportamento ético-
moral, pois é salutar que você consiga sedimentar esses conhecimentos adquiridos.
Desse modo, seguem sínteses para que você possa fazer sua reflexão final 
das concepções e diferenças da ética e moral.
Vamos relembrar!
No quadro a seguir, está uma síntese das principais categorias da ética e 
da moral. Relembre!
QUADRO 15 – SÍNTESE DAS PRINCIPAIS CATEGORIAS DA ÉTICA E MORAL
FONTE: Pieritz (2020, p. 34)
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
32
A seguir, estão as principais características da ética e da moral, veja!
FIGURA 13 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE ÉTICA E MORAL
FONTE: Pieritz (2020, p. 26)
Na supracitada síntese analítica das categorias da ética e moral, você 
pode entender as diferenças e semelhanças entre elas, mas o principal é você 
compreender que ambas analisam, estudam e regulam o nosso comportamento, 
seja pessoal ou profissional, e que esses preceitos éticos e morais são constituídos 
historicamente nas relações dos seres humanos com os demais cidadãos.
Assim, pode-se verificar que neste estudo das supracitadas características 
da ética e da moral, trabalharam-se os conhecimentos relativos à ética e à moral 
na vida cotidiana das pessoas, que vivem e convivem em seus grupos sociais, 
políticos e econômicos, proporcionando a você a possibilidade de compreender 
essas diferenças conceituais.
Esperamos que tenha gostado, pois foi muito bom ter você até aqui!
Agora lhe convido a realizar duas leituras complementares, que são muito 
importantes para sedimentar seus conhecimentos em relação a base da ética e da moral.
Boas Leituras!
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
33
ÉTICA E MORAL
Sandro Denis
Existe alguma confusão entre o Conceito de Moral e o Conceito de Ética. 
A etimologia destes termos ajuda a distingui-los, sendo que Ética vem do grego 
“ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem 
de “mores”, significando costumes. Esta confusão pode ser resolvida com o 
estudo em paralelo dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas 
que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são 
adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. É a “ciência dos 
costumes”. A Moral tem caráter normativo e obrigatório.
Já a Ética é “conjunto de valores que orientam o comportamento do 
homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, 
assim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se 
comportar no seu meio social.
A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência 
Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo 
realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, 
surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com 
Sócrates, pois se exige maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas 
morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas 
principalmente por convicção e inteligência. Ou seja, enquanto a Ética é teórica e 
reflexiva, a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra.
Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um 
traidor? Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade 
de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas 
ou mais dignas de ser cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e 
desta forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela 
maneira. Porém o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, 
não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um 
julgamento. E a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, 
assim Ética é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas.
UNIDADE 1 — A ÉTICA GERAL
34
Ainda podemos dizer que a ética é um conjunto de regras, princípios ou 
maneiras de pensar que guiam, ou chamam para si a autoridade de guiar, as ações 
de um grupo em particular, ou, também, o estudo da argumentação sobre como 
nós devemos agir. Também a simples existência da moral não significa a presença 
explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, pois é preciso uma reflexão 
que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
Podemos dizer a partir dos textos de Platão 
e Aristóteles, que, no Ocidente, a ética ou filosofia 
moral inicia-se com Sócrates. Para Sócrates, o 
conceito de ética iria além do senso comum da sua 
época, o corpo seria a prisão da alma, que é imutável 
e eterna. Existiria um “bem em si” próprios da 
sabedoria da alma e que podem ser rememorados 
pelo aprendizado. Esta bondade absoluta do homem 
tem relação a uma ética anterior à experiência, 
pertencente à alma e que o corpo para reconhecê-la 
terá que ser purificado.
Aristóteles subordina sua ética à política, 
acreditando que na monarquia e na aristocracia se encontraria a alta virtude, 
já que esta é um privilégio de poucos indivíduos. Também diz que na prática 
ética, nós somos o que fazemos, ou seja, o Homem é moldado na medida em 
que faz escolhas éticas e sofre as influências dessas escolhas.
O Mundo Essencialista é o mundo da contemplação, ideia compartilhada 
pelo filósofo grego antigo Aristóteles. No pensamento filosófico dos antigos, os 
seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só podem ser alcançados 
pela conduta virtuosa. Para a ética essencialista o homem era visto como um 
ser livre, sempre em busca da perfeição. Esta por sua vez, seria equivalente aos 
valores morais que estariam inscritos na essência do homem. Dessa forma – 
para ser ético – o homem deveria entrar em contato com a própria essência, a 
fim de alcançar a perfeição.
Costuma-se resumir a ética dos antigos, ou ética essencialista, em três 
aspectos: 1) o agir em conformidade com a razão; 2) o agir em conformidade com 
a Natureza e com o caráter natural de cada indivíduo; 3) a união permanente 
entre ética (a conduta do indivíduo) e política (valores da sociedade). A ética 
era uma maneira de educar o sujeito moral (seu caráter) no intuito de propiciar 
a harmonia entre o mesmo e os valores coletivos, sendo ambos virtuosos. 
TÓPICO 1 — NOÇÕES SOBRE ÉTICA E MORAL
35
Com o cristianismo romano, através de S. Tomás 
de Aquino e Santo Agostinho, incorpora-se a ideia

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