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Elementos do Registro de Pessoas Naturais, Jurídicas e de Títulos e Documentos

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Indaial – 2021
ElEmEntos do REgistRo 
dE PEssoas natuRais, 
JuRídicas E dE títulos 
E documEntos
Prof.a Lili de Souza
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.a Lili de Souza
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
S729e
Souza, Lili de
Elementos do registro de pessoas naturais, jurídicas e de títulos e 
documentos. / Lili de Souza. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
260 p.; il.
ISBN 978-65-5663-405-0
ISBN Digital 978-65-5663-401-2
1. Registro civil. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 340
aPREsEntação
Iniciaremos uma nova etapa de estudos! É claro que você já ouviu 
falar sobre o REGISTRO CIVIL! Isso mesmo, você pode entender tanto o lugar 
– Cartório – onde são realizados os atos registrais, ou os próprios registros, 
como o do seu nascimento, por exemplo. Para entender um pouquinho a 
relevância deste assunto, você sabia que os registros eram feitos na igreja, 
antes de existirem os chamados Cartórios? 
Atualmente, temos o Registro Civil das Pessoas Naturais, das Pessoas 
Jurídicas e de Títulos e Documentos, isso, no tocante a nossa disciplina, 
porque existem outros.
Em várias regiões do Brasil, os Registros, mesmo exercendo as mesmas 
atividades, são distintos por não conjugarem outras funções. Em algumas 
localidades, o Registro Civil, exerce somente a função de realizar os assentos 
relacionados às pessoas naturais (nascimento, emancipação, casamento, 
óbito); e já em outras, os Registros cumulam as funções de Registro Civil de 
Pessoas Naturais, Registro Civil de Pessoas Jurídicas e Registro de Títulos e 
Documentos. A novidade é que todos eles têm, atualmente, a competência 
como autoridade apostilante, ou seja, podem realizar o “Apostilamento da 
Haia”, que você será contemplado a compreendê-lo com segurança. 
 
Este livro foi minuciosamente preparado pensando como você 
receberá essas informações, de forma que os ELEMENTOS DO REGISTRO 
CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS, REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS 
JURÍDICAS E REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS, estão dispostos 
em três unidades, as quais, conterão:
Na Unidade 1 abordaremos os Elementos do Registro Civil das 
Pessoas Naturais, para tanto, iniciaremos uma viagem no universo 
legislativo, iniciando na Lei Maior – a Constituição da República Federativa 
do Brasil, Lei de Registros Públicos, Código Civil, Lei dos Cartórios, 
inúmeros Provimentos da Corregedoria Geral de Justiça – CNJ. Faremos uma 
rápida análise na atividade registral e como se adquire o título de Oficial de 
Registro. Partimos para os Livros do Registro Civil das Pessoas Naturais, 
e, na sequência apresentaremos o “Apostilamento da Haia”; seguindo 
com o Nascimento. Questões sobre o natimorto também serão abordadas. 
Prosseguindo nossos estudos, temos o Casamento e a união estável, com 
suas implicações de vanguarda, inclusive culminando na conversão da 
união estável em casamento. Também nesta unidade, estudaremos questões 
sobre a mudança de gênero frente aos novos provimentos, retificações 
administrativas, alteração do prenome, e, ainda, o registro do óbito com 
alguns desdobramentos dessa matéria, como a “cremação”, o “registro 
tardio”, entre outros. 
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos os Elementos do Registro das 
Pessoas Jurídicas. Sim! Vamos iniciar compreendendo o que é pessoa jurídica 
com conceitos que partem de abordagens doutrinárias tradicionais, com a 
ideia de uma pluralidade de pessoas naturais, por exemplo, até a moderna 
concepção civilista da possibilidade de uma só pessoa natural, tornar-se uma 
sociedade unipessoal, como uma das espécies de pessoa jurídica, a chamada 
EIRELI; invocando também a natureza jurídica, a função e as áreas da pessoa 
jurídica. Em seguida, apresentaremos os livros de Registro Civil das Pessoas 
Jurídicas, os atos registrais, com o registro e averbação. Passando para os 
aspectos legais, como o Apostilamento da Haia e, então, adentraremos no 
estudo dos registros das seguintes entidades: Organizações Religiosas, 
Partidos Políticos, Sociedades, Sociedades Cooperativas, Associações, 
Fundações, Sindicatos e as Matrículas de Meios de Comunicações (jornais e 
outros periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências 
de notícia). Muito interessante perceber que uma matéria que parece de 
cunho empresarial possa estar aqui no nosso estudo de Registro, não é 
verdade (?), em especial quando abordarmos as Sociedades.
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos os Elementos do Registro 
de títulos e documentos, abordaremos, também, o registro e averbação, os 
livros, os tipos de documentos e contratos: alienação fiduciária, condomínios, 
arrendamento – o que se registra e quais efeitos. O importante efeito da 
notificação extrajudicial. As demandas com os estrangeiros. Estudaremos 
também alguns dos princípios que norteiam os Registros Públicos, como a 
publicidade e a fé pública. Esta unidade é a terceira dimensão dos serviços 
dessa Serventia registral, e com ela encerraremos nossas atividades desta 
disciplina, com o objetivo de capacitá-lo para você seguir mais amparado ao 
mercado de trabalho, pois nós acreditamos em VOCÊ! Siga sempre em frente! 
Bons estudos!
Prof.a Lili de Souza
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumáRio
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS ............... 1
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/
APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO DE NASCIMENTO/
NATIMORTO ................................................................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 LIVROS ..................................................................................................................................................9
3 APOSTILAMENTO DA HAIA ....................................................................................................... 11
3.1 ATOS NORMATIVOS .................................................................................................................. 11
3.1.1 Decreto nᵒ 8.660 de 29 de janeiro de 2016 ......................................................................... 11
3.1.2 Resolução nᵒ 228 de 22 de junho de 2016 ......................................................................... 13
3.1.3 Provimento nᵒ 62, de 14 de novembro de 2017 ............................................................... 14
3.2 NOÇÕES PRÁTICAS .................................................................................................................. 14
4 NASCIMENTO .................................................................................................................................. 16
4.1 NASCIMENTO DE ÍNDIO .......................................................................................................... 21
5 NATIMORTO ..................................................................................................................................... 22
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 27
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 28
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO 
ESTÁVEL EM CASAMENTO ................................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 31
2 CASAMENTO .................................................................................................................................... 33
2.1 CAPACIDADE PARA O CASAMENTO .................................................................................. 33
2.2 IMPEDIMENTOS E CAUSAS SUSPENSIVAS ......................................................................... 34
2.3 DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO E DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO ................ 36
2.3.1 Habilitação ............................................................................................................................ 36
2.3.1.1 Proclamas.................................................................................................................. 38
2.3.2 Celebração ............................................................................................................................. 40
2.3.3 Registro ................................................................................................................................. 41
2.4 ESPÉCIES DE CASAMENTO ..................................................................................................... 42
2.4.1 Casamento Nuncupativo .................................................................................................... 42
2.4.2 Casamento em caso de Moléstia Grave ............................................................................ 43
2.4.3 Casamento por procuração ................................................................................................ 44
2.4.4 Casamento religioso com efeitos civis .............................................................................. 44
2.5 PROVAS DO CASAMENTO ....................................................................................................... 46
2.6 EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO ................................................................................ 47
3 UNIÃO ESTÁVEL ............................................................................................................................ 50
3.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 51
3.2 EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS DA UNIÃO ESTÁVEL .......................................... 52
4 CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO ...................................................... 54
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 56
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 57
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA 
GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO .................................................................... 59
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 59
2 ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME NO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS 
NATURAIS .......................................................................................................................................... 60
3 ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA ................................................................................. 66
4 REGISTRO DE ÓBITO ..................................................................................................................... 73
4.1 CREMAÇÃO ................................................................................................................................. 76
4.2 REGISTRO TARDIO .................................................................................................................... 78
4.3 FINADO DESCONHECIDO ....................................................................................................... 79
4.4 PESSOAS FALECIDAS A BORDO DE NAVIO BRASILEIRO ............................................... 79
4.5 ÓBITOS VERIFICADOS EM CAMPANHA .............................................................................. 80
4.6 ÓBITO OCORRIDO EM HOSPITAL.......................................................................................... 81
4.7 BRASILEIRO FALECIDO NO EXTERIOR ................................................................................ 81
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 83
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 85
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 87
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 89
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA ...................................................... 97
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS ......................................... 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 99
2 PESSOA JURÍDICA ....................................................................................................................... 100
2.1 CONCEITO DE PESSOA JURÍDICA ....................................................................................... 100
2.2 NATUREZA JURÍDICA ............................................................................................................. 103
2.3 FUNÇÃO DA PESSOA JURÍDICA .......................................................................................... 104
2.4 ÁREAS DA PESSOA JURÍDICA ............................................................................................... 105
3 LIVROS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS .............................................. 106
4 ATOS REGISTRAIS ........................................................................................................................ 110
4.1 REGISTRO ....................................................................................................................................110
4.2 AVERBAÇÃO .............................................................................................................................. 112
4.3 APOSTILAMENTO DA HAIA ................................................................................................. 112
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 117
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 119
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E 
PARTIDOS POLÍTICOS .......................................................................................... 121
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 121
2 ASPECTOS LEGAIS ....................................................................................................................... 122
3 ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS ................................................................................................. 126
3.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 127
3.2 DISPOSIÇÕES LEGISLATIVAS ................................................................................................ 129
3.2.1 Lei nᵒ 6.015 – Lei de Registros Públicos .......................................................................... 129
3.2.2 Lei nᵒ 10.406 – Código Civil ............................................................................................ 129
3.2.3 Lei nº 13.019 – Marco Regulatório do Terceiro Setor .................................................... 132
3.2.4 Decreto nº 7.107 .................................................................................................................. 134
3.2.5 Código de Direito Canônico ............................................................................................. 134
3.2.6 Projeto de Lei 5141/20........................................................................................................ 134
4 PARTIDOS POLÍTICOS ................................................................................................................ 136
4.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 137
4.2 DISPOSIÇÕES LEGISLATIVAS ................................................................................................ 137
4.2.1 Constituição da República Federativa do Brasil ........................................................... 138
4.2.2 Lei nᵒ 9.096 – Lei dos Partidos Políticos ......................................................................... 139
4.2.3 Lei nᵒ 6.015 – Lei de Registros Públicos .......................................................................... 141
4.2.4 Lei nᵒ 10.406 – Código Civil ............................................................................................ 142
4.3 ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES (ANOREG) – BREVES NOTAS ......... 142
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 144
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 145
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL 
DE PESSOAS JURÍDICAS ...................................................................................... 147
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 147
2 ASSOCIAÇÕES ................................................................................................................................ 148
2.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 148
2.2 ASPECTOS LEGISLATIVOS .................................................................................................... 148
2.2.1 Lei nᵒ 6.015 – Lei de Registros Públicos .......................................................................... 149
2.2.2 Lei nᵒ 10.406 – Código Civil ............................................................................................. 149
2.3 REGISTRO DAS ASSOCIAÇÕES ............................................................................................ 149
3 FUNDAÇÕES ................................................................................................................................... 151
3.1 CONCEITO ................................................................................................................................. 152
3.2 ASPECTOS LEGISLATIVOS .................................................................................................... 152
3.2.1 Lei nº 6.015 – Lei de Registros Públicos ......................................................................... 153
3.2.2 Lei nᵒ 10.406 – Código Civil ............................................................................................. 153
3.3 REGISTRO DAS FUNDAÇÕES ................................................................................................ 156
4 SOCIEDADES .................................................................................................................................. 157
4.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 158
4.2 ASPECTOS LEGISLATIVOS .................................................................................................... 159
4.2.1 Lei nᵒ 6.015 – Lei de Registros Públicos .......................................................................... 160
4.2.2 Lei nᵒ 10.406 – Código Civil ............................................................................................. 160
4.3 REGISTRO DAS SOCIEDADES................................................................................................ 161
5 SINDICATOS ................................................................................................................................... 162
5.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 163
5.2 ASPECTO LEGISLATIVO .......................................................................................................... 164
5.3 REGISTRO DOS SINDICATOS ................................................................................................ 165
6 MATRÍCULA DE MEIOS DE COMUNICAÇÕES .................................................................... 166
6.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMIARES ......................................................................................... 167
6.2 ASPECTOS LEGISLATIVOS ..................................................................................................... 167
6.3 MATRÍCULA DE JORNAIS E OUTROS PERIÓDICOS ........................................................ 169
6.4 MATRÍCULAS DE OFICINAS IMPRESSORAS ..................................................................... 170
6.5 MATRÍCULA DE EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO ........................................................... 171
6.6 MATRÍCULA DE AGÊNCIA DE NOTÍCIAS ......................................................................... 172
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 174
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 180
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................182
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 184
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ................................................. 189
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS .................. 191
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 191
2 BREVE HISTÓRICO DO REGISTRO DE TÍTULO E DOCUMENTO ................................. 192
2.1 O SURGIMENTO DA ESCRITA ............................................................................................... 192
2.2 A HISTÓRIA DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NO BRASIL ................... 193
2.3 O REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE .................................. 194
3 PRINCÍPIOS QUE REGEM AS ATIVIDADES DO REGISTRO DE TÍTULOS 
E DOCUMENTOS ........................................................................................................................... 196
3.1 PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO ....................................................................................... 196
3.2 PRINCÍPIO DA EFICÁCIA PREDETERMIADA ................................................................... 196
3.3 PRINCÍPIO DA FÉ PÚBLICA ................................................................................................... 196
3.4 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ................................................................................................ 197
3.5 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ............................................................................................... 197
4 CONCEITO ....................................................................................................................................... 198
5 ATRIBUIÇÕES ................................................................................................................................. 199
5.1 REGISTRO .................................................................................................................................... 199
5.2 AVERBAÇÃO .............................................................................................................................. 200
5.3 CERTIDÃO .................................................................................................................................. 201
5.4 AUTENTICAÇÃO DE LIVRO SPED ..................................................................................... 202
5.5 APOSTILAMENTO DA HAIA ................................................................................................. 203
6 LIVROS .............................................................................................................................................. 204
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 207
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 208
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS ......................................................................... 211
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 211
2 IMPORTÂNCIA DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ................................... 212
3 VANTAGENS DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ........................................ 213
4 DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS NO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ............ 216
5 ESPÉCIES DE DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS .................................................................... 217
5.1 ACORDO ..................................................................................................................................... 221
5.2 AGÊNCIA .................................................................................................................................... 221
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 223
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 224
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E 
DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO DO 
REGISTRO .................................................................................................................. 227
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 227
2 LEGISLAÇÕES PERTINENTES ................................................................................................... 228
2.1 LEIS FEDERAIS .......................................................................................................................... 229
2.2 DECRETOS FEDERAIS .............................................................................................................. 230
2.3 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ................................................................................. 231
2.3.1 Recomendações .................................................................................................................. 231
2.3.2 Provimentos ........................................................................................................................ 232
2.4 TRATADOS INTERNACIONAIS GARANTIDORES AO DIREITO DE ACESSO 
À INFORMAÇÃO ....................................................................................................................... 234
3 NOTIFICAÇÃO................................................................................................................................ 235
3.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 235
3.2 PROCEDIMENTOS .................................................................................................................... 236
3.3 COMPETÊNCIA ........................................................................................................................ 238
3.4 CONSTITUIÇÃO DO DEVEDOR EM MORA ....................................................................... 239
3.4.1 Constituição em mora do devedor na compra de imóvel a prestação ....................... 240
3.4.2 Constituição em mora do devedor de Alienação Fiduciária sobre imóvel ............... 240
3.5 LOCAÇÃO X DIREITO DE PREFERÊNCIA X NOTIFICAÇÃO AO INQUILINO .......... 241
4 REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE ...................................... 241
5 CANCELAMENTO DO REGISTRO ........................................................................................... 243
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 245
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 252
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 253
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 255
1
UNIDADE 1 — 
ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS 
PESSOAS NATURAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os livros de registro civil de pessoas naturais;
• compreender o Apostilamento da Haia;
•	 identificar	 os	 requisitos	 para	 o	 registro	 de	 nascimento,	 requisitos	 e	
capacidade para declarar e prazo;
• analisar o conceito de natimorto e as exigências legais para o registro civil; 
•	 conhecer	o	casamento,	impedimentos	e	causas	suspensivas	e	habilitaçãopara o casamento;
•	 compreender	a	união	estável	com	seus	requisitos	e	também	a	conversão	
de	união	estável	em	casamento;
•	 examinar	as	possibilidades	de	registro	acerca	da	alteração	de	gênero;
•	 registrar	de	que	maneira	se	processa	a	alteração	do	nome	da	genitora;
•	 identificar,	quanto	ao	óbito,	os	requisitos	para	registro,	prazo	e	lugar.
Esta	 unidade	 está	 dividida	 em	 três	 tópicos.	 No	 decorrer	 da	
unidade,	 você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	
conteúdo	apresentado.
TÓPICO	1	–	LIVROS	DO	REGISTRO	CIVIL	DE	PESSOAS	NATURAIS/
APOSTILAMENTO	DA	HAIA/REGISTRO	DE	
NASCIMENTO/NATIMORTO
TÓPICO	2	–	CASAMENTO/UNIÃO	ESTÁVEL/CONVERSÃO	DA	UNIÃO	
ESTÁVEL	EM	CASAMENTO
TÓPICO	3	–	ALTERAÇÃO	DE	GÊNERO	E	NOME/ALTERAÇÃO	DO	
NOME	DA	GENITORA	E	REGISTRO	DE	ÓBITO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/
APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO DE NASCIMENTO/
NATIMORTO
1 INTRODUÇÃO
Para	que	você,	acadêmico,	possa	compreender	melhor	os	Elementos do 
Registro Civil,	 é	 importante	 trazer	um	apanhado	geral	 da	 atividade	 registral.	
Dessa	forma,	iniciaremos	com	a	questão	legislativa	e	alguns	aspectos	inerentes	à	
serventia	registral	e	ao	registrador.
A	Lei	nᵒ	6.015,	de	31	de	dezembro	1973,	a	qual	regulamenta	os	assuntos	
relacionados	 às	 atividades	 registrais	 no	 Brasil,	 também	 é	 chamada	 “Lei	 de	
Registros	Públicos”.	Esta	lei,	em	seu	Art.	1ᵒ	dispõe:
Art.	1ᵒ	Os	serviços	concernentes	aos	Registros	Públicos,	estabelecidos	
pela	legislação	civil	para	autenticidade,	segurança	e	eficácia	dos	atos	
jurídicos,	ficam	sujeitos	ao	regime	estabelecido	nesta	Lei.
§	1°	Esses	registros	são:
I- o registro civil de pessoas naturais;
II-	 o	registro	civil	de	pessoas	jurídicas;
III-	 o	registro	de	títulos	e	documentos;
IV-	 o	registro	de	imóveis;
V-	 o	registro	de	propriedade	literária,	científica	e	artística	(BRASIL,	
1973,	grifo	nosso).
Você pode estar se perguntando: e como se inicia as atividades registrais? 
Então,	acadêmico,	essa	é	uma	excelente	pergunta!	Porque	a	atividade	registral	é	
própria	do	Poder	Público,	que	é	exercida	obrigatoriamente	em	caráter	privado,	
após	aprovação	em	concurso	público,	mediante	delegação	do	Estado.	Todavia,	
até	 a	Constituição	de	 1988	 não	 era	 assim!	 Foi	 a	 partir	 do	 texto	 constitucional,	
disposto	a	seguir,	que	os	concursos	públicos	se	tornaram	obrigatórios:
Art.	236.	Os	serviços	notariais	e	de	registro	são	exercidos	em	caráter	
privado,	por	delegação	do	Poder	Público.	(Regulamento).
§	1ᵒ	 	Lei	regulará	as	atividades,	disciplinará	a	responsabilidade	civil	
e	criminal	dos	notários,	dos	oficiais	de	registro	e	de	seus	prepostos,	e	
definirá	a	fiscalização	de	seus	atos	pelo	Poder	Judiciário.
§	 2ᵒ	 	 Lei	 federal	 estabelecerá	 normas	 gerais	 para	 fixação	 de	
emolumentos	relativos	aos	atos	praticados	pelos	serviços	notariais	e	
de	registro.		(Regulamento)
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
4
§	3ᵒ		O	ingresso	na	atividade	notarial	e	de	registro	depende	de	concurso	
público	de	provas	e	títulos,	não	se	permitindo	que	qualquer	serventia	
fique	vaga,	sem	abertura	de	concurso	de	provimento	ou	de	remoção,	
por	mais	de	seis	meses	(BRASIL,	1994).	
Cada	 Estado	 da	 Federação	 brasileira	 promove	 seus	 concursos	 para	 o	
preenchimento	das	vagas	nessas	Serventias	públicas	–	os	cartórios	extrajudiciais	
–,	 que	 se	 sujeitam	 “aos	 princípios	 do	 Direito	 Administrativo,	 e	 visa	 garantir	
publicidade,	 autenticidade,	 segurança	 e	 eficácia	 aos	 atos	 jurídicos”	 (NEVES,	
LOYOLA;	ROQUETTO,	2013,	p.	3).
De	 um	 modo	 mais	 amplo,	 acadêmico,	 é	 bom	 você	 saber	 que	 esses	
princípios	citados	por	Neves,	Loyola	e	Roquetto	(2013),	fazem	parte	de	todos	os	
Registros	Públicos,	em	especial	o	princípio	da	publicidade.	Como	o	próprio	nome	
já	diz,	seu	objetivo	é	dar	“publicidade”	aos	atos	praticados;	o	que	significa	dizer,	
e,	você	 já	deve	ter	concluído	que,	em	razão	disso,	qualquer	pessoa	pode	pedir	
certidões	e	ter	acesso	às	informações	desses	registros.	Por	exemplo,	você	pode	ir	
ao	Registro	Civil	e	solicitar	uma	certidão	de	nascimento	de	outra	pessoa	que	você	
tem	necessidade	ou	interesse	nesse	documento,	só	precisa	saber	em	qual	Cartório	
você	fará	este	pedido,	compreendeu?
A	Lei	nᵒ	8.935,	de	18	de	novembro	de	1994,	regulamenta	o	citado	Art.	236	
da	Constituição	 Federal,	 e	 traz,	 já	 em	 seu	Art.	 1ᵒ,	 os	 princípios	 anteriormente	
mencionados,	 também	 destaca	 no	 Art.	 3ᵒ	 que	 o	 “[...]	 oficial	 de	 registro,	 ou	
registrador	são	profissionais	do	direito,	dotados	de	fé	pública,	a	quem	é	delegado	
o	exercício	da	atividade	notarial	e	de	registro”	(BRASIL,	1994).
Porque	vamos	iniciar	nossos	estudos	sobre	Registro Civil,	vale	destacar	o	
§	1ᵒ	do	Art.	4ᵒ	dessa	“Lei	dos	cartórios”,	que	reza:	“O	serviço	de	registro	civil	das	
pessoas	naturais	será	prestado,	também,	nos	sábados,	domingos	e	feriados	pelo	
sistema	de	plantão”	(BRASIL,	1994).	
Perceba, acadêmico, que o serviço de registro civil funciona com sistema de 
“plantão”. É de suma importância que você tenha conhecimento disso!
ATENCAO
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
5
A	 função	 do	 registrador	 goza	 de	 alguns	 atributos	 como	 a	 fé	 pública,	
autenticidade,	 publicidade	 e	 segurança	 jurídica.	 Esses	 atributos	 são	 muito	
importantes,	 porém,	 não	 iremos	 aqui	 esmiuçá-los.	 Todavia,	 como	 já	 deve	 ter	
despertado	em	você	um	gosto	“de	quero	mais”,	sugere-se	que	busque	se	aprofundar	
nos	estudos	sobre	o	registrador,	pois	você	encontrará	temas	importantes.	Vamos	
citar	apenas	alguns,	para	aguçá-lo	ainda	mais:
•	 A	 serventia	 não	 tem	 personalidade	 jurídica,	 mas	 deve	 ter	 CNPJ	 para	 fins	
tributários	e	trabalhistas.
•	 Quando	os	registradores	são	sucedidos,	por	qualquer	razão,	todas	as	pastas,	
papéis,	 livros	 e	 documentos	 com	 ele	 arquivados	 sofrem	 afetação	 pública	 e	
deverão	ser	transferidos	ao	novo,	isentos	de	qualquer	custo.	Se	houver	alguma	
discussão	entre	o	 sucessor	ou	 interino	e	o	 sucedido,	 serão	 resolvidas	na	via	
judicial	e	não	administrativa.
•	 O	registrador	precisa	seguir	as	normas	federais	e	estaduais	impostas,	porém,	
tem	independência	para	a	gestão	administrativa	e	financeira	da	serventia.
•	 É	 livre	a	 contratação	de	colaboradores,	os	quais	 são	 regidos	pelo	 regime	da	
Consolidação	das	Leis	do	Trabalho	 (CLT).	O	 registrador	 escolhe	 entre	 estes	
o	 substituto	 e	 escreventes,	 cujos	 nomes	 deverão	 ser	 encaminhados	 ao	 juízo	
competente,	sendo	que	os	escreventes	só	podem	praticar	os	atos	autorizados	
pelo	registrador.	E	o	substituto,	responde	nas	ausências	e	impedindo	do	titular.	
•	 A	atividade	registral	não	é	compatível	com	a	advocacia	ou	com	a	intermediação	
de	seus	serviços,	e	também	com	emprego	ou	função	pública.
•	 O	registrador	é	 impedido	de	praticar	atos	de	seu	 interesse,	de	seu	cônjuge	
ou	parentes,	na	linha	reta	ou	colateral,	sendo	consanguíneos	ou	afins,	até	o	
terceiro	grau.
Parentesco em linha reta é quando as pessoas descendem umas das outras 
diretamente (filho, neto, bisneto etc.), e parentesco colateral quando as pessoas não 
descendem uma das outras, mas possuem um ancestral em comum (tios, primos etc.).
NOTA
Na	 Figura	 1,	 você	 pode	 visualizar	 como	 é	 na	 prática	 essa	 situação	 do	
PARENTESCO	EM	LINHA	RETA	até	o	3ᵒ	grau:
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
6
FIGURA 1 – PARENTESCO EM LINHA RETA ATÉ 3ᵒ GRAU
FONTE: Adaptada de <https://thumbs.jusbr.com/filters:format(webp)/imgs.jusbr.com/
publications/artigos/images/parentescoa11475341117.jpg>. Acesso em: 31 out. 2020.
Você pode experienciar essa situação do parentesco em linha reta até o 3ᵒ 
grau, acadêmico, se colocando na posição do filho, depois vá observando, nessa linha, 
quem nasceu primeiro.Agora ficou mais tranquilo, quando você se coloca nessa posição, 
não é mesmo?
INTERESSA
NTE
Na	Figura	2,	você	encontrará	o	PARENTESCO	COLATERAL	até	o	4ᵒ	grau.	
Você	deve	estar	pensando	naquelas	frases	que	ouvimos	“fulano	é	meu	primo	em	
terceiro	grau”.	Agora,	você	vai	saber	como	isso	é	na	realidade,	e	que	isso	NÃO	
EXISTE.	Observe:
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
7
FIGURA 2 – PARENTESCO EM LINHA COLATERAL ATÉ 4ᵒ GRAU
FONTE: Adaptada de <https://thumbs.jusbr.com/filters:format(webp)/imgs.jusbr.com/
publications/artigos/images/parentesco11475341171.jpg>. Acesso em: 31 out. 2020.
Percebeu	que	no	desenho	foi	incluído	o	tio	(irmão	do	pai,	também	filho	do	
avô	–	por	isso	colateral	–	que	fica	ao	lado)	e	o	filho	do	tio,	que	é	o	primo?	Então,	
agora	ficou	tranquilo	para	você	fazer	a	diferença	entre	LINHA	RETA	e	LINHA	
COLATERAL,	não	é	mesmo?	Agora	que	você	já	sabe	o	que	é	parentesco	em	linha	
colateral,	você	está	sendo	desafiado	a	se	colocar	no	lugar	do	FILHO	e	perceber	
que	parente	seu	tio	é,	e	em	que	grau?	Vamos	lá!
•	 O	 registrador,	 conforme	 a	 Lei	 dos	 Cartórios,	 tem	 direito	 de	 receber	 os	
emolumentos	integrais.	
•	 A	perda	da	delegação	só	acontece	nos	casos	previstos	em	lei	e	nos	casos	em	que	
a	serventia	for	desmembrada,	a	escolha	é	do	registrador	se	pretende	ficar	ou	
seguir	para	a	nova.
Emolumentos são taxas remuneratórias de serviços públicos, tanto notarial 
quanto de registro, configurando uma obrigação pecuniária, ou seja, em dinheiro, a ser paga 
pelo próprio requerente. Fundamentação: Arts. 98, § 2ᵒ; e 236, § 2ᵒ, ambos da Constituição 
da República Federativa do Brasil de 1988.
NOTA
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
8
O	registrador	também	tem	seus	deveres	(BRASIL,	1994).	Apontamos	alguns:
•	 cuidar	dos	livros,	papéis	e	documentos	da	serventia	e	mantê-los	em	local	seguro;
•	 o	 atendimento	 às	 pessoas	 deve	 acontecer	 de	 forma	 cordial,	 com	 presteza,	
urbanidade	 e	 de	 forma	 eficiente,	 priorizando	 as	 demandas	 das	 autoridades	
judiciais	e	administrativas;
•	 manter	um	arquivo	sempre	atualizado	de	 leis,	 regulamentos,	provimentos	e	
qualquer	outro	material	que	diga	respeito	a	sua	atividade;
•	 manter	sigilo	quanto	aos	atos	praticados	e	quanto	a	qualquer	assunto	que	tenha	
conhecimento	em	razão	do	seu	trabalho;
•	 manter	afixado	em	local	visível	e	cumprir	a	tabela	de	emolumentos	e	custas,	
emitindo	recibo	dos	valores	recebidos;
•	 não	extrapolar	prazos	previstos	em	lei	para	prestação	dos	serviços;
•	 fiscalizar	o	recolhimento	de	impostos	sobre	atos	que	venha	a	praticar.
Visto	esse	rol	de	direitos	e	deveres	do	registrador,	você	deve	concluir	a	
tamanha	responsabilidade	dessa	função,	não	é	mesmo,	acadêmico?	Mas	não	se	
pode	deixar	de	esclarecer	que	o	 registrador	 tem	sim	grande	 responsabilidade!	
Essa	 responsabilidade	 é	 civil,	 penal	 e	 administrativa,	 podendo	 uma	 mesma	
conduta	se	enquadrar	em	uma	ou	em	todas	essas	esferas.
A	extinção	da	atividade	registral	só	ocorrerá,	conforme	o	Art.	39	da	Lei	nᵒ	
8.935/1994,	que	apresenta	as	hipóteses:	morte;	aposentadoria	facultativa;	invalidez;	
renúncia;	nos	casos	de	perda	da	delegação	e	descumprimento	comprovado	de	
regras	de	gratuidade.	Será	nomeado	o	substituto	mais	antigo	para	responder	pela	
serventia	até	novo	concurso.
O	órgão	fiscalizador	da	 atividade	 registral	 é	 o	Poder	 Judiciário,	 e	 cabe	
à	Corregedoria	Geral	 de	 Justiça	 do	 Estado	 que	 delegou	 a	 função	 a	 realização	
das	 correições	 extraordinárias,	 que	 independem	 de	 aviso	 prévio.	 Todavia,	 as	
correições	ordinárias	acontecem	pelo	juiz	corregedor,	que	marca	data	e	horário	
previamente,	sendo	que	na	maioria	dos	Estados,	ocorre	uma	vez	ao	ano	(NEVES,	
LOYOLA;	ROQUETTO,	2013,	p.	9).
Com	essa	necessária	introdução,	você	deve	ter	ficado	muito	curioso	para	
seguir	e	saber	o	que	se	faz	no	Registro	Civil.	Então,	na	sequência	falaremos	dos	
LIVROS	do	Registro	Público.	
Seguimos!
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
9
2 LIVROS
É	no	Registro	Civil	que	 são	 realizados	e	ficam	arquivados	os	 registros	de	
nascimento,	casamento	e	óbito	e	outros	atos	da	vida	civil	da	pessoa.	
Os	dados	 são	 escritos	 em	 livros	 que	 são	 conservados	 indefinidamente.	
Conforme	 informação	 da	 Central	 do	 Registro	 Civil	 das	 Pessoas	 Naturais	 do	
Estado	do	Rio	Grande	do	Sul	(SINDIREGIS,	2020),	existem	registros	que	possuem	
mais	de	100	anos.
Os	 atos	 praticados	 pelo	 Registro	 Civil	 são	 escriturados	 em	 livros	
encadernados,	seguindo	o	que	estabelece	a	Lei	de	Registro	Público.	O	tamanho	
do	livro	é	de	escolha	do	registrador,	dentro	das	dimensões:	22	a	40	cm	de	largura;	
33	a	50	cm	de	altura,	que	pode	ser	manuscrito,	datilografado	ou	informatizado.	
Por	 ter	 independência	 na	 organização	 dos	 livros,	 conforme	 disposição	
do	Art.	41	da	Lei	dos	Cartórios,	o	 registrador	não	precisa	de	autorização	para	
modificar	a	forma	com	que	se	escritura	o	livro,	ou	usar	livro	de	folhas	soltas.	Os	
livros	deverão	ter	termo	de	abertura	e	de	encerramento,	além	de	todas	as	folhas	
numeradas	e	rubricadas	pelo	registrador.
Quando	 um	 livro	 termina,	 o	 seguinte	 conterá	 a	 mesma	 letra,	 seguida	
de	número	crescente.	Exemplo:	A1,	A2,	A3...,	 já,	o	número	dos	assentos	 segue	
indefinidamente,	quando	se	tratar	da	mesma	espécie.	
Estes	 são	os	 livros	do	Cartório	de	Registro	Civil	 que	devem	conter	
300	folhas:
•	 Livro	A	–	Registro	de	Nascimento.
•	 Livro	B	–	Registro	de	Casamento.
•	 Livro	B	Auxiliar	–	Registro	de	Casamento	Religioso	com	Efeitos	Civis.
•	 Livro	C	–	Registro	de	Óbito.
•	 Livro	C	Auxiliar	–	Registro	de	Natimorto.
•	 Livro	D	–	Registro	de	Proclamas	(resumo	dos	editais).
•	 Livro	E	–	(com	150	folhas)	–	Registo	dos	atos	relativos	ao	estado	civil	
das	pessoas	naturais	que	não	são	transcritos	nos	livros	supracitados	
(interdições,	opções	de	nacionalidade,	sentença	de	morte	presumida	
entre	outros)	(NEVES,	LOYOLA;	ROQUETTO,	2013,	p.	19).
Os	livros	devem	ser	escriturados	em	ordem	cronológica	de	apresentação.	
Neles,	acadêmico,	não	se	deve	usar	abreviaturas,	nem	algarismos.	
O	Provimento	nᵒ	45,	de	13	de	maio	de	2015,	determina	a	necessidade	do	
Livro	Diário	Auxiliar,	Visitas	e	Correições	e	Controle	de	Depósito	Prévio	pelos	
titulares	de	delegações	e	responsáveis	interinos	do	serviço	extrajudicial	de	notas	
e	registros	públicos.
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
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Nas	 lições	de	Neves,	Loyola	e	Roquetto	 (2013,	p.	20)	vamos	colher	que	
havendo	“omissão	ou	erro	de	modo	que	seja	necessário	fazer	adição	ou	emenda,	
estas	serão	feitas	antes	da	assinatura	ou	ainda	em	seguida,	mas	antes	de	outro	
assento,	sendo	a	ressalva	novamente	por	todos	assinada”.
Cada registro tem seu número de ordem sequencial e infinita.
IMPORTANT
E
Com	exceção	das	averbações	e	anotações	obrigatórias,	os	atos	de	registros	
serão	praticados	mediante:	ordem	 judicial;	 requerimento	verbal	ou	escrito	dos	
interessados;	ou	por	requerimento	do	Ministério	Público.
Agora,	você	já	se	questionou	do	tempo	que	esses	livros	devem	permanecer	ali?	 
Por	quanto	tempo	você	acredita	que	os	livros	e	papéis	de	uma	serventia	precisam	
ficar	 ali	 quando	 acontecer	 o	 desmembramento	 desse	 serviço,	 por	 exemplo,	 a	
cidade	cresce	e	o	serviço	vem	a	ser	dividido,	sendo	criados	dois	cartórios?	
Os	 livros	 e	 papéis	 devem	 pertencer	 indefinidamente	 ao	 arquivo	 da	
serventia,	mesmo	que	ocorra	desmembramento.	
QUADRO 1 – TIPOS DE ATOS
ATOS REGISTRÁVEIS ATOS AVERBÁVEIS ATOS GRATUITOS
Nascimentos Sentenças	de	Separação Registro Civil de Nascimento
Casamentos Divórcio Assento	de	Óbito
Óbitos Restabelecimento	de	Sociedade	Conjugal
Emancipações Nulidade	e	Anulação	de	Casamento
Interdições
Atos	Judiciais	e	Extrajudiciais	
que	Declarem	ou	Reconheçam	
a	Filiação
Sentenças	Declaratórias	de	
Ausência 
Opções	de	Nacionalidade
Sentenças	que	deferirem	a	
legitimação	adotivaFONTE: A autora
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
11
3 APOSTILAMENTO DA HAIA
O	Apostilamento	da	Haia	é	um	assunto	novo	e	vem	se	 tornando	cada	vez	
mais	comentado	em	nossos	dias,	por	essa	razão,	acadêmico,	incluímos	no	seu	material	
didático.	 Para	 você	 compreender	 bem	 a	 temática,	 fique	 atento	 a	 todas	 as	 dicas,	 e	
busque	sempre	se	atualizar,	pois	em	razão	das	questões	eletrônicas,	devem	aparecer	
novidades	em	breve	por	aí,	já	que	ainda	se	exige:	“[...]	deverá	ser	impressa	em	papel	
seguro	fornecido	pela	Casa	da	Moeda	do	Brasil”	(CNJ,	2016,	p.	6).
O	 Conselho	 Nacional	 de	 Justiça	 (CNJ),	 responsável	 por	 coordenar	 e	
regulamentar	 a	 aplicação	da	Convenção	da	Apostila	 da	Haia	 no	Brasil,	 expõe	
em	seu	sítio	eletrônico	que	esse	tratado	“tem	o	objetivo	de	agilizar	e	simplificar	
a	 legalização	 de	 documentos	 entre	 112	 países	 signatários,	 permitindo	 o	
reconhecimento	mútuo	de	documentos	brasileiros	no	exterior”	(HCCH,	2020,	s.	
p.)	e	vice-versa.	E	também	apresenta:
A	palavra	Apostila	(em	português)	é	de	origem	francesa,	sendo	grafada	
“Apostille”,	que	provém	do	verbo	“apostiller”,	que	significa	anotação.	
Assim	sendo,	apesar	do	significado	corrente	na	Língua	Portuguesa	que	
tem	o	significado	de	uma	publicação,	um	significado	adicional	é	que	
uma	 apostila	 consiste	 numa	 anotação	 à	margem	de	um	documento	
ou	 ao	 final	 de	 uma	 carta,	 por	 exemplo.	 Neste	 caso,	 a	 Apostila	 é	
definida	como	um	certificado	emitido	nos	 termos	da	Convenção da 
Apostila	que	autentica	a	origem	de	um	Documento Público	(HCCH,	
2020,	s.	p.,	grifo	do	original).
3.1 ATOS NORMATIVOS
A Conferência da Haia de Direito Internacional Privado,	criada	em	1893,	na	
cidade	da	Haia	–	Holanda,	“é	uma	organização	 intergovernamental,	 integrada	
por	países	com	diferentes	tradições	jurídicas,	que	tem	por	missão	harmonizar	as	
regras	jurídicas	entre	estes	Estados.	[...]	O	Brasil	tornou-se	oficialmente	membro	
da	Conferência	da	Haia	em	27	de	 janeiro	de	1972”	 (SEMINÁRIO	[...],	2015).	O	
Apostilamento	da	Haia	iniciou	no	Brasil	em	2016.	
3.1.1 Decreto nᵒ 8.660 de 29 de janeiro de 2016
O	Decreto	nᵒ	 8.660/2016	promulga	 a	Convenção	 sobre	 a	Eliminação	da	
Exigência	 de	 Legalização	 de	 Documentos	 Públicos	 Estrangeiros,	 firmada	 pela	
República	Federativa	do	Brasil,	em	Haia,	em	5	de	outubro	de	1961,	tornando-se	
assim	signatário	da	Convenção	de	Haia,	conforme	os	termos	do	Decreto:
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
12
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA,	 no	 uso	 da	 atribuição	 que	 lhe	
confere	o	Art.	84,	caput,	inciso	IV,	da	Constituição,	e
Considerando	que	a	Convenção sobre a Eliminação da Exigência de 
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros foi firmada em 
Haia, em 5 de outubro de 1961;
Considerando	que	o Congresso Nacional aprovou a Convenção sobre 
a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos 
Estrangeiros, por meio do Decreto Legislativo nᵒ 148, de 6 de julho 
de 2015;
Considerando	 que	 o Governo brasileiro depositou, junto ao 
Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos, em 2 de 
dezembro de 2015, o instrumento de adesão da República Federativa 
do Brasil à Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização 
de Documentos Públicos Estrangeiros; e
Considerando	que	a	Convenção	sobre	a	Eliminação	da	Exigência	de	
Legalização	de	Documentos	Públicos	Estrangeiros	 entrará	 em	vigor	
para	a	República	Federativa	do	Brasil,	no	plano	jurídico	externo,	em	
14	de	agosto	de	2016;
DECRETA:
Art.	1ᵒ	Fica	promulgada	a	Convenção	sobre	a	Eliminação	da	Exigência	
de	 Legalização	 de	 Documentos	 Públicos	 Estrangeiros,	 firmada	 em	
Haia,	em	5	de	outubro	de	1961,	anexa	a	este	Decreto	(BRASIL,	2016,	
grifo	nosso).
A	 Convenção	 anexa	 a	 este	 Decreto,	 referida	 no	 Art.	 1ᵒ	 do	 Decreto	
supracitado,	 traz	 o	 seguinte	 teor,	 que	 diz	 respeito	 aos	 atos	 registrais,	
consequentemente	a	todos	os	REGISTROS,	inclusive	o	REGISTRO	CIVIL,	que	é	a	
nossa	temática	aqui:
CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DA EXIGÊNCIA DE 
LEGALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS PÚBLICOS ESTRANGEIROS
(Celebrada	em	5	de	outubro	de	1961)
Os	Estados	Signatários	da	presente	Convenção,
Desejando	eliminar	a	exigência	de	legalização	diplomática	ou	consular	
de	documentos	públicos	estrangeiros,
Decidiram	celebrar	uma	Convenção	com	essa	finalidade	e	concordaram	
com	as	seguintes	disposições:
Artigo	1ᵒ
A	 presente	 Convenção	 aplica-se	 a	 documentos	 públicos	 feitos	 no	
território	 de	 um	 dos	 Estados	 Contratantes	 e	 que	 devam	 produzir	
efeitos	no	território	de	outro	Estado	Contratante.
No	 âmbito	 da	 presente	 Convenção,	 são	 considerados	 documentos	
públicos:
a)	 Os	documentos	provenientes	de	uma	autoridade	ou	de	um	agente	
público	 vinculados	 a	 qualquer	 jurisdição	 do	 Estado,	 inclusive	
os	 documentos	 provenientes	 do	 Ministério	 Público,	 de	 escrivão	
judiciário	ou	de	oficial	de	justiça;
b)	 Os	documentos	administrativos;
c)	 Os	atos	notariais;
d)	 As	declarações	oficiais	apostas	em	documentos	de	natureza	privada,	
tais	como	certidões	que	comprovem	o	registro	de	um	documento	
ou	 a	 sua	 existência	 em	determinada	data,	 e	 reconhecimentos	 de	
assinatura.
Entretanto,	a	presente	Convenção	não	se	aplica:
a)	 Aos	documentos	emitidos	por	agentes	diplomáticos	ou	consulares;
b)	 Aos	 documentos	 administrativos	 diretamente	 relacionados	 a	
operações	comerciais	ou	aduaneiras	(BRASIL,	2016).
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
13
Para ler na íntegra os dispositivos citados – inclusive, a CONVENÇÃO traz o 
“modelo” da “Apostille”, no qual a apostila terá a forma de um quadrado com lados medindo 
no mínimo nove centímetros –, acesse o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2015-2018/2016/decreto/d8660.htm
DICAS
A	 partir	 daí,	 o	 Poder	 Judiciário	 brasileiro,	 sendo	 detentor	 dessa	
competência	 em	 razão	 da	 matéria,	 tem,	 no	 Conselho	 Nacional	 de	 Justiça,	 a	
Instituição	que	coordena,	regulamente	e	aplicação	do	Apostilamento	da	Haia,	
resolve	publicar	a	Resolução	nᵒ	228/2016.
3.1.2 Resolução nᵒ 228 de 22 de junho de 2016
Essa	Resolução	vem	para	regulamentar	a	aplicação,	no	âmbito	do	Poder	
Judiciário,	 da	 Convenção	 sobre	 a	 Eliminação	 da	 Exigência	 de	 Legalização	 de	
Documentos	Públicos	Estrangeiros,	celebrada	na	Haia,	em	5	de	outubro	de	1961	
(Convenção	da	Apostila).
O	Art.	 1ᵒ	 já	 dispõe	 a	 data	 do	 início	 do	Apostilamento	 da	Haia,	 que	 será	
realizado	a	partir	de	14	de	agosto	de	2016,	exclusivamente	por	meio	da	aposição	
de	apostila.
A	disposição	do	Art.	3ᵒ	dessa	Resolução	dispõe	que	“Não	será	exigida	a	
aposição	de	apostila	quando,	no	país	onde	o	documento	deva	produzir	efeitos,	a	
legislação	em	vigor,	tratado,	convenção	ou	acordo	de	que	a	República	Federativa	
do	 Brasil	 seja	 parte	 afaste	 ou	 dispense	 o	 ato	 de	 legalização	 diplomática	 ou	
consular”	(CNJ,	2016,	p.	3).	Percebe-se	que	há	casos	em	que	o	Brasil	tem	acordo	
diplomático,	pode	ser	dispensado	o	apostilamento.
Também,	e	bem	importante	para	nosso	estudo	é	que	no	Art.	6ᵒ	a	Resolução	
determina	a	competência	do	Registro	Civil	das	Pessoas	Naturais	para	“aposição	
de	apostila	em	documentos	públicos	[...]	(CNJ,	2016,	p.	2)”	
Art.	6ᵒ	São	autoridades	competentes	para	a	aposição	de	apostila	em	
documentos	públicos	produzidos	no	território	nacional:
[...]
II–	 os	 titulares	dos	cartórios	extrajudicias,	no	 limite	das	suas	atribuições	
(CNJ,	2016,	p.	4).
A	 partir	 daí,	 o	 CNJ	 também	 edita	 o	 Provimento	 nᵒ	 62/2017,	 dispondo	
sobre	a	uniformização	do	apostilamento.
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
14
3.1.3 Provimento nᵒ 62, de 14 de novembro de 2017
Esse	 provimento	 tem	 o	 objetivo	 de	 uniformizar	 os	 procedimentos	 em	
todo	 território	nacional,	 inclusive	de	como	a	autoridade	apostilante	 contrata	o	
papel	com	a	Casa	da	Moeda,	entre	outras	informações.	Entretanto	destacamosa	
disposição	sobre	a	competência:
Art.	4ᵒ	Os titulares do serviço notarial e de registro	são	autoridades	
apostilantes	para	o	ato	de	aposição	de	apostila	nos	limites	de	suas	
atribuições,	 sendo-lhes	 vedado	 apostilar	 documentos	 estranhos	 a	
sua	competência.
1ᵒ	 O	 ato	 de	 apostilamento	 de	 documentos	 públicos	 produzidos	 no	
território	nacional	obedecerá	estritamente	às	regras	de	especialização	
de cada serviço notarial e de registro,	nos	termos	da	Lei	n.	8.935,	de	18	
de	novembro	de	1994.
2ᵒ	O serviço de notas e de registro	 poderão	 apostilar	 documentos	
estranhos	 a	 sua	 atribuição	 caso	 não	 exista	 na	 localidade	 serviço	
autorizado	para	o	ato	de	apostilamento.
3ᵒ	O registrador civil de pessoa natural, ao apostilar documento 
emitido por registrador sediado em ente da Federação diverso, 
deverá verificar a autenticidade da assinatura mediante consulta 
à Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional) (CNJ,	
2017,	s.	p.,	grifo	nosso).
Acadêmico,	 tudo	 isso	 é	 importante	 e	 relevante	 para	 lastrear	 seu	
conhecimento,	porém,	sabemos	que	não	basta	saber,	não	é	mesmo?	Por	essa	razão	
concluiremos	este	tema	com	noções	práticas	do	APOSTILAMENTO	DA	HAIA.
3.2 NOÇÕES PRÁTICAS 
O	 que	 vem	 a	 ser	 isso,	 o	 tal	 APOSTILAMENTO	 DA	 HAIA?	 Como	
acontece	 na	 prática?	 Essas	 perguntas	 e	 outras	 devem	 estar	 rondando	 seu	
imaginário,	não	é	mesmo?	Vamos	esclarecer:	
Imagine	que	você	se	formou	aqui	na	UNIASSELVI	e	com	seu	DIPLOMA	
ou	CERTIFICADO	você	vai	estudar	no	exterior.	Como	isso	era	feito	até	agosto	
de	 2016?	 Obrigatoriamente	 você	 dependeria	 do	 corpo	 diplomático	 do	 Brasil	
no	 exterior	 e	 vice-versa,	 para	 apresentar	 seus	 documentos	 com	 as	 respectivas	
traduções	juramentadas	etc.	Muita	burocracia,	além	da	demora,	considerando	a	
escassez	dos	Escritórios	de	Representação	do	Ministério	das	Relações	Exteriores	
no	Brasil,	fora	do	Itamaraty,	em	Brasília/DF.	
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
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FIGURA 3 – PALÁCIO ITAMARATY
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/brasilia-brasil-aug-26-2018-
itamaraty-1170908053>. Acesso em: 4 jan. 2021.
O	 que	 mudou	 com	 o	Apostilamento	 da	 Haia?	 Todos	 os	 documentos:	
certidões,	 documentos	 de	 identidade,	 documentos	 escolares	 (diplomas,	
certificados,	histórico	escolar)	 etc.,	você	apresenta	a	um	cartório	 (no	caso	aqui	
do	nosso	estudo,	o	de	Registro	Civil	das	Pessoas	Naturais	–	mas	pode	ser	em	
QUALQUER	cartório	TABELIONATO	DE	NOTAS	ou	REGISTRO),	com	tradução	
juramentada	do	 idioma	do	país	que	você	 irá	estudar,	e	CADA	DOCUMENTO	
receberá	a	APOSTILA	DA	HAIA.	Isso	é	feito	na	hora,	na	maioria	dos	casos,	em	
todo	 território	 nacional.	 E	 o	 preço?	 Geralmente	 segue	 uma	 tabela	 publicada	
pela	Corregedoria	Geral	de	 Justiça	de	cada	Estado,	que	varia	entre	os	Estados	
membros	da	Federação.
Esse tema é novo, acadêmico, esperamos que você tenha gostado, mas 
alertamos que o assunto não se esgota aqui, busque saber mais, assista à webinar realizada 
pela Escola Nacional de Notários e Registradores (ENNOR), em: https://www.youtube.com/
watch?v=HwLGwizaMBA
 Saiba mais sobre o Sistema Apostila, desenvolvido especialmente para o 
Apostilamento da Haia, que está sendo utilizado pelos cartórios, sob a orientação do 
Conselho Nacional de Justiça. No sítio eletrônico do CNJ, acadêmico, a matéria é bastante 
esmiuçada e contém vídeo explicativo, muito didático. Confira acessando o link a seguir: 
https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/relacoes-internacionais/apostila-da-haia/
DICAS
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
16
Concluímos	 nosso	 estudo	 sobre	 o	 APOSTILAMENTO	 DA	 HAIA,	
considerando	que	já	foram	apostilados	desde	2016	mais	de	5	milhões	e	200	mil	
documentos,	 conforme	 informações	 do	 CNJ;	 e	 que	 temos	 aproximadamente	
13.000	cartórios	no	Brasil	que,	em	tese,	são	autoridades	apostilantes.	
Seguimos agora com o tema NASCIMENTO, mais um dos principais elementos, 
senão o mais importante, do Registro Civil das Pessoas Naturais.
ESTUDOS FU
TUROS
4 NASCIMENTO
Vamos	 iniciar	 apontando	duas	 informações	 importantes,	 que	você	deverá	
aprender	e	assimilar	bem.	Primeira	é	a	que	dispõe	a	Lei	de	Registros	Públicos	no	
Art.	50:	“Todo	nascimento	que	ocorrer	no	território	nacional	deverá	ser	dado	a	
registro”	(BRASIL,	1973).	
Perceba,	 acadêmico,	 não	 é	 uma	 faculdade,	 é	 uma	 obrigação.	 Então,	
todos	nós	que	somos	brasileiros	devemos	estar	registrados	no	cartório	do	local	
do	nosso	nascimento.
E	 a	 segunda	 é	 a	 que	 você	 já	 aprendeu	 em	 Direito	 Civil.	 Isso	 mesmo,	
lembra	daquele	 estudo	de	quando	nasce	 a	personalidade?	Você	 lembrou!	 Isso	
aí:	A	personalidade	civil	da	pessoa	começa	do	nascimento	com	vida.	 Isso	está	
escrito	lá	no	Art.	2ᵒ	do	Código	Civil.	O	mesmo	Código,	no	Art.	9ᵒ	também	dispõe	
no	inciso	I	que	“Serão	registrados	em	registro	público:	os	nascimentos”	(BRASIL,	
2002).	 Feita	 essa	 construção,	 os	 autores	 Mario	 de	 Carvalho	 Camargo	 Neto	 e	
Marcelo	Salaroli	de	Oliveira	(2014,	p.	112),	arrematam:
Em	 outras	 palavras,	 o	 registro	 de	 nascimento	 não	 produz	 efeitos	
constitutivos,	 sendo	 certo	 que	 o	 nascimento	 e	 aquisição	 de	
personalidade	 independem	 dele,	 mas	 produz	 efeitos	 declarativos,	
especialmente	 probatórios,	 conferindo	 ao	 nascimento	 a	 adequada	
publicidade	e	oponibilidade,	com	todas	suas	características	–	data,	hora	e	
local	do	nascimento,	filiação	e	nome	do	registrado	etc.,	garantindo-lhe	
segurança	e	eficácia,	tanto	para	o	registrado,	quanto	para	terceiros.
No	Subtópico	2,	quando	você	teve	a	oportunidade	de	verificar	os	livros	
obrigatórios	 que	devem	 compor	 uma	 serventia	 registral,	 pôde	perceber	 que	 o	
nascimento	é	escriturado	no	Livro	“A”,	e	este	registro,	então,	dá	origem	à	certidão	
de	nascimento,	que	como	você	já	deve	imaginar	é	um	documento	necessário	ao	
exercício	da	cidadania,	e	por	isso	é	gratuita.	
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
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Neves,	 Loyola	 e	 Roquetto	 (2013,	 p.	 21)	 nos	 informa	 que	 “o	 registro	
independe	da	nacionalidade	dos	pais,	desde	que	estes	não	estejam	a	serviço	de	
outro	país.”	E	assevera	também	que	“o	reconhecimento	de	filho	feito	no	assento	
de	nascimento	é	irrevogável.	Somente	os	pais	podem	reconhecer	os	filhos.
Se ocorrer nascimento de criança com vida e morrer após o parto, haverá dois 
assentos, no livro A e no livro C (nascimento e óbito).
INTERESSA
NTE
Regras de prazos para registro: 
• Dentro do prazo:	 se	 o	 registro	 for	 lavrado	 dentro	 do	 prazo	 (15	 dias),	 pode	
ser	 feito	onde	ocorreu	o	parto	ou	no	 local	de	 residência	dos	pais;	mas,	 será	
ampliado	para	até	três	meses,	para	lugares	distantes	mais	de	30	quilômetros	da	
sede	do	Cartório,	conforme	Art.	50	da	LRP.
• Fora	do	prazo:	registrado	no	local	de	residência	dos	pais	ou	interessado.	Se	os	
pais	morarem	em	lugares	diferentes,	pode	ser	registrado	no	lugar	de	residência	
do	pai	ou	da	mãe,	pela	igualdade	constitucional	atribuída	entre	ambos.	
No	caso	de	morte	de	criança	com	menos	de	um	ano,	o	oficial	deve	verificar	
se	foi	feito	o	registro	de	nascimento	da	mesma.	Se	não	foi,	deve	lavrar	o	assento	
de	nascimento	e,	posteriormente,	o	do	óbito.
São	crimes,	as	condutas	dispostas	nos	Arts.	241	e	242	do	Código	Penal:
• registrar	criança	inexistente;
• dar	parto	alheio	como	próprio;
• registrar	como	seu	o	filho	de	outrem;
• ocultar	nascido	ou	substitui-lo.
As	pessoas	obrigadas	a	fazer	a	declaração	de	nascimento	estão	dispostas	
no	Art.	52	da	Lei	de	Registros	Públicos:
Art.	52.	São	obrigados	a	fazer	declaração	de	nascimento:	(Renumerado	
do	Art.	53,	pela	Lei	nᵒ	6.216,	de	1975).
1ᵒ)	 o	pai	ou	a	mãe,	isoladamente	ou	em	conjunto,	observado	o	disposto	
no § 2o	do	Art.	54;	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	13.112,	de	2015)
2ᵒ)	 no	caso	de	falta	ou	de	impedimento	de	um	dos	indicados	no	item	1o,	
outro	 indicado,	que	 terá	oprazo	para	declaração	prorrogado	por	45	
(quarenta	e	cinco)	dias;	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	13.112,	de	2015)
3ᵒ)	 no	impedimento	de	ambos,	o	parente	mais	próximo,	sendo	maior	
achando-se presente;
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
18
4ᵒ)	 em	falta	ou	impedimento	do	parente	referido	no	número	anterior	
os	 administradores	 de	 hospitais	 ou	 os	médicos	 e	 parteiras,	 que	
tiverem assistido o parto;
5ᵒ)	 pessoa	idônea	da	casa	em	que	ocorrer,	sendo	fora	da	residência	da	mãe;
6ᵒ)	 finalmente,	 as	 pessoas	 (VETADO)	 encarregadas	 da	 guarda	 do	
menor.	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	6.216,	de	1975).
§	1°	Quando	o	oficial	tiver	motivo	para	duvidar	da	declaração,	poderá	ir	
à	casa	do	recém-nascido	verificar	a	sua	existência,	ou	exigir	a	atestação	
do	médico	ou	parteira	que	tiver	assistido	o	parto,	ou	o	testemunho	de	
duas	pessoas	que	não	forem	os	pais	e	tiverem	visto	o	recém-nascido.
§	2ᵒ	Tratando-se	de	registro	fora	do	prazo	legal	o	oficial,	em	caso	de	
dúvida,	poderá	requerer	ao	 Juiz	as	providências	que	 forem	cabíveis	
para	esclarecimento	do	fato.
§	 3ᵒ	O	 oficial	 de	 registro	 civil	 comunicará	 o	 registro	de	 nascimento	
ao	 Ministério	 da	 Economia	 e	 ao	 INSS	 pelo	 Sistema	 Nacional	 de	
Informações	de	Registro	Civil	 (Sirc)	ou	por	outro	meio	que	venha	a	
substitui-lo	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	13846,	de	2019)	(BRASIL,	1973).
A	 Declaração	 de	 Nascido	 Vivo	 foi	 implantada	 pela	 Lei	 nᵒ	 12.662,	 de	
5	 de	 junho	 de	 2012,	 é	 emitida	 por	 profissional	 de	 saúde	 responsável	 pelo	
acompanhamento	 da	 gestação,	 do	 parto	 ou	 do	 recém-nascido,	 inscrito	 no	
Cadastro	 Nacional	 de	 Estabelecimentos	 de	 Saúde	 (CNES)	 ou	 no	 respectivo	
Conselho	profissional	e	é	válida	em	todo	território	nacional.	
Interessante,	acadêmico,	como	percebemos	que	a	legislação	ou	o	conjunto	
de	 leis,	 se	 entrelaçam.	Perceba	a	quantidade	de	 leis	que	 já	 falamos	até	 aqui,	 e	
ainda	vamos	citar	muito	mais,	sem	falar	nos	Provimentos	do	CNJ	e	Enunciados.	
Tudo	isso	para	você	ter	uma	percepção	mais	ampla	desse	universo.	E	sabe	o	que	
essa	Declaração	de	Nascido	Vivo,	precisa	conter?	Vamos	ver:
Art.	 4ᵒ	 A	 Declaração	 de	 Nascido	 Vivo	 deverá	 conter	 número	 de	
identificação	 nacionalmente	 unificado,	 a	 ser	 gerado	 exclusivamente	
pelo	Ministério	da	Saúde,	além	dos	seguintes	dados:
I-	 nome	e	prenome	do	indivíduo;
II-	 dia,	mês,	ano,	hora	e	Município	de	nascimento;
III-	 sexo	do	indivíduo;
IV-	 informação	sobre	gestação	múltipla,	quando	for	o	caso;
V-	 nome	e	prenome,	naturalidade,	profissão,	endereço	de	residência	
da	mãe	e	sua	idade	na	ocasião	do	parto;
VI- nome e prenome do pai; e
VII-	 outros	dados	a	serem	definidos	em	regulamento.
§	1ᵒ	O	prenome	previsto	no	inciso	I	não	pode	expor	seu	portador	ao	
ridículo.
§	2ᵒ	Caso	não	seja	possível	determinar	a	hora	do	nascimento,	prevista	
no	inciso	II,	admite-se	a	declaração	da	hora	aproximada.
§	 3ᵒ	 A	 declaração	 e	 o	 preenchimento	 dos	 dados	 do	 inciso	 VI	 são	
facultativos.
§	4ᵒ	A	Declaração	de	Nascido	Vivo	deverá	conter	inscrição	indicando	
que	o	registro	civil	de	nascimento	permanece	obrigatório,	não	sendo	
substituído	por	esse	documento.
§	 5ᵒ	A	Declaração	 de	Nascido	 Vivo	 deverá	 conter	 campo	 para	 que	
sejam	 descritas,	 quando	 presentes,	 as	 anomalias	 ou	 malformações	
congênitas	observadas.	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	13685,	de	2018)	(Vigência)	
(BRASIL,	2012).
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
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Perceba que o § 4ᵒ supracitado traz expressamente que a Declaração de Nascido 
Vivo deve conter indicação que “o registro civil de nascimento permanece obrigatório, não 
sendo substituído por esse documento” (BRASIL, 2012).
ATENCAO
Já	o	assento	de	nascimento	deve	conter:
Art.	54.	O	assento	do	nascimento	deverá	conter:	(Renumerado	do	Art.	
55,	pela	Lei	nᵒ	6.216,	de	1975).
1°-	 o	 dia,	 mês,	 ano	 e	 lugar	 do	 nascimento	 e	 a	 hora	 certa,	 sendo	
possível	determiná-la,	ou	aproximada;
2°-	 o	sexo	do	registrando;	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	6.216,	de	1975).
3°-	 o	fato	de	ser	gêmeo,	quando	assim	tiver	acontecido;
4°-	 o	nome	e	o	prenome,	que	forem	postos	à	criança;
5°-	 a	 declaração	 de	 que	 nasceu	morta,	 ou	morreu	 no	 ato	 ou	 logo	
depois do parto;
6°-	 a	 ordem	de	filiação	de	 outros	 irmãos	do	mesmo	prenome	que	
existirem ou tiverem existido;
7°-	 Os	nomes	e	prenomes,	a	naturalidade,	a	profissão	dos	pais,	o	lugar	
e	cartório	onde	se	casaram,	a	idade	da	genitora,	do	registrando	em	
anos	completos,	na	ocasião	do	parto,	e	o	domicílio	ou	a	residência	
do	casal.	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	6.140,	de	1974)
8°-	 os	nomes	e	prenomes	dos	avós	paternos	e	maternos;
9°-	 os	 nomes	 e	 prenomes,	 a	 profissão	 e	 a	 residência	 das	 duas	
testemunhas	do	assento,	quando	se	tratar	de	parto	ocorrido	sem	
assistência	médica	em	residência	ou	fora	de	unidade	hospitalar	
ou	casa	de	saúde;	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	13.484,	de	2017)
10°-	 o	número	de	identificação	da	Declaração	de	Nascido	Vivo,	com	controle	
do	dígito	verificador,	exceto	na	hipótese	de	registro	tardio	previsto	no	
Art.	46	desta	Lei;	e	(Redação	dada	pela	Lei	n 	o13.484,	de	2017)
11°-	 a	naturalidade	do	registrando.	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	13.484,	de	2017)
§ 1o	Não	constituem	motivo	para	recusa,	devolução	ou	solicitação	de	
retificação	 da	 Declaração	 de	Nascido	 Vivo	 por	 parte	 do	 Registrador	
Civil	das	Pessoas	Naturais:	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
I-	 equívocos	ou	divergências	que	não	comprometam	a	identificação	
da	mãe;	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
II-	 omissão	do	nome	do	recém-nascido	ou	do	nome	do	pai;	(Incluído	
pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
III-	 divergência	 parcial	 ou	 total	 entre	 o	 nome	 do	 recém-nascido	
constante	da	declaração	e	o	escolhido	em	manifestação	perante	o	
registrador	no	momento	do	registro	de	nascimento,	prevalecendo	
este	último;	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
 IV- divergência parcial ou total entre o nome do pai constante da 
declaração	e	o	verificado	pelo	registrador	nos	 termos	da	 legislação	
civil,	prevalecendo	este	último;	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)	
	V-	 demais	equívocos,	omissões	ou	divergências	que	não	comprometam	
informações	relevantes	para	o	registro	de	nascimento.	(Incluído	
pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
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 § 2o	 	O	nome	do	pai	constante	da	Declaração	de	Nascido	Vivo	não	
constitui	prova	ou	presunção	da	paternidade,	 somente	podendo	ser	
lançado	no	registro	de	nascimento	quando	verificado	nos	termos	da	
legislação	civil	vigente.	(Incluído	pela	Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
 § 3o		Nos	nascimentos	frutos	de	partos	sem	assistência	de	profissionais	
da	saúde	ou	parteiras	tradicionais,	a	Declaração	de	Nascido	Vivo	será	
emitida	 pelos	Oficiais	 de	 Registro	 Civil	 que	 lavrarem	 o	 registro	 de	
nascimento,	sempre	que	haja	demanda	das	Secretarias	Estaduais	ou	
Municipais	de	Saúde	para	que	realizem	tais	emissões.	(Incluído	pela	
Lei	nᵒ	12.662,	de	2012)
§	 4o	 	 A	 naturalidade	 poderá	 ser	 do	 Município	 em	 que	 ocorreu	 o	
nascimento	ou	do	Município	de	residência	da	mãe	do	registrando	na	
data	do	nascimento,	desde	que	localizado	em	território	nacional,	e	a	
opção	caberá	ao	declarante	no	ato	de	registro	do	nascimento	(Incluído	
pela	Lei	nᵒ	13.484,	de	2017)	(BRASIL,	1973).
Segundo	 Neves,	 Loyola	 e	 Roquetto	 (2013,	 p.	 25)	 o	 Provimento	 nᵒ	 16,	
de	 2012,	 do	 CNJ,	 ainda	 vigente,	 “trouxe	 grande	 inovação	 ao	 reconhecimento	
da	paternidade,	 facilitando	e	muito	a	vida	do	cidadão”.	Veja	que	 interessante,	
acadêmico,	os	autores	continuam	descrevendo	que	por	esse	provimento:	
[...]	 as	 mães	 podem	 se	 dirigir	 à	 serventia	 mais	 próxima	 de	 sua	
residência	e	indicar	o	nome	do	suposto	pai.	O	oficial	se	encarrega	de	
remeter	o	pedido	ao	juiz	competente	(desde	que	a	mãe	preencha	um	
formulário	com	os	dados	pessoais	do	filho	e	do	suposto	pai,	além	de	
exibir	a	certidão	de	nascimento	do	filho),	que	notificará	o	pai	para	
quedeclare,	 em	 juízo,	 se	 assume	 ou	 não	 a	 paternidade.	Afirmado	
de	modo	 absoluto	 o	 vínculo	 paterno,	 o	 juiz	 remete	 informação	 ao	
oficial,	que	incluirá	o	nome	do	pai	na	certidão.	Não	confirmando	a	
paternidade	ou	não	comparecendo	em	30	dias	na	presença	do	juiz,	
o	 caso	 será	enviado	ao	Ministério	Público	ou	à	Defensoria	Pública	
para	que	se	dê	 início	à	ação	de	 investigação	de	paternidade	(NEVES;	
LOYOLA;	ROQUETTO,	2013,	p.	25).
O	Provimento	nᵒ	16/2012	também	inovou	a	possibilidade	de	o	pai	poder	
ter	 a	 iniciativa	 de	 se	 apresentar	 ao	 oficial	 mais	 próximo	 de	 sua	 residência	 e	
informar	os	dados	do	termo	de	reconhecimento.	A	mãe	e	o	filho	–	quando	maior	
–	serão	inquiridos,	sendo	confirmado	o	vínculo,	a	situação	será	encaminhada	ao	
Ofício	em	que	a	criança	foi	registrada,	para	incluir	o	nome	do	pai	na	certidão,	por	
meio	de	averbação.	Se	o	filho	já	constar	com	mais	de	18	anos,	é	obrigatória	o	seu	
consentimento,	sob	pena	de	nulidade.
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
21
Quando o filho que foi reconhecido, atingir a maioridade ou for emancipado, 
terá quatro anos para impugnar o reconhecimento.
IMPORTANT
E
4.1 NASCIMENTO DE ÍNDIO
Acadêmico,	você	sabia	que	os	ÍNDIOS	eram	chamados	de	SILVÍCOLAS	
no	Código	Civil	de	1916	que	estava	em	vigência	até	2002?
Art.	 6ᵒ	 São	 incapazes,	 relativamente	 a	 certos	 atos	 (Art.	 147,	 I),	 ou	 à	
maneira	de	os	exercer:	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	4.121,	de	27.8.1962)
[...]
III	-	os	silvícolas.	(Redação	dada	pela	Lei	nᵒ	4.121,	de	27.8.1962)
Parágrafo	 único.	 Os	 silvícolas	 ficarão	 sujeitos	 ao	 regime	 tutelar,	
estabelecido	em	leis	e	regulamentos	especiais,	o	qual	cessará	à	medida	
que	se	forem	adaptando	à	civilização	do	País.	(Redação	dada	pela	Lei	
nᵒ	4.121,	de	27.8.1962)	(BRASIL,	1962).
Note,	na	pesquisa	de	Feijó	(2014,	p.	7),	a	autora	especifica	essa	condição	
do	índio:
[...]	 o	 Código	 Civil	 de	 1916	 põe	 fim	 a	 tutela	 orfanológica	 da	 época	
imperial determinando expressamente a incapacidade relativa dos 
índios	 para	 os	 atos	 da	 vida	 civil,	 sujeitando-os	 ao	 regime	 tutelar	 a	
ser	disciplinado	em	lei	específica,	salientando	que	esta	incapacidade	
cessaria	 à	 medida	 que	 fossem	 se	 adaptando	 à	 civilização	 do	 País	
(parágrafo	único).
A	autora	aponta	já	no	resumo	que:
[...]	 a	 Constituição	 de	 1988	 realizou	 uma	 transformação	 sem	
precedentes	 no	 universo	 do	 direito	 indigenista,	 abandonando	
definitivamente	 o	 paradigma	 da	 assimilação	 cultural	 dos	 índios	 e	
reconhecendo	 sua	 identidade	 cultural	 como	 algo	 indissociável	 da	
materialização	de	sua	dignidade	humana.	[...]	(FEIJÓ,	2014,	p.	1).
Todavia,	 a	Lei	de	Registros	Públicos	não	 sofreu	muita	 influência	desse	
“reconhecimento”	 da	 “identidade	 cultural	 [...]	 de	 sua	 dignidade	 humana”	
(BRASIL,	1973),	visto	que,	o	Art.	50,	dispõe,	em	seu	“§	2ᵒ	Os	 índios,	enquanto	
não	 integrados,	 não	 estão	 obrigados	 a	 inscrição	 do	 nascimento.	 Este	 poderá	
ser	feito	em	livro	próprio	do	órgão	federal	de	assistência	aos	índios”	(BRASIL,	
1973).		Seguimos	com	o	estudo	do	natimorto.
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
22
5 NATIMORTO
O	conceito	de	natimorto	que	colhemos	das	lições	de	Hildebrand	(2007,	
p.	205	apud	LOPOMO,	2018,	s.	p.)	menciona:	“O	natimorto	é	aquele	que	nasceu	
morto,	isto	é:	‘Diz-se	de,	ou	aquele	que,	tendo	vindo	à	luz	com	sinais	de	vida,	
logo	morreu”.	
Acadêmico,	nessa	linha	de	pensamento	de	Hildebrand,	você	já	concluiu	
que	o	natimorto	já	foi	um	nascituro,	assim,	pelo	Código	Civil,	tinha	seus	direitos	
resguardados:	“Art.	2	 o A	personalidade	civil	da	pessoa	começa	do	nascimento	
com	vida;	mas	 a	 lei	põe	 a	 salvo,	desde	 a	 concepção,	 os	direitos	do	nascituro”	
(BRASIL,	2002).	
E	para	você,	acadêmico?	Qual	sua	opinião?	O	natimorto	teve	vida?	Sim,	
claro!	A	doutrina	majoritária	entende	que	a	vida	se	inicia	com	a	concepção.	Logo,	
tem	direitos	enquanto	nascituro.
O	que	nos	resta	estabelecer	agora	é	a	respeito	do	registro do natimorto.	
Todavia,	o	Provimento	nᵒ	63,	de	14	de	novembro	de	2017,	do	Conselho	Nacional	
de	Justiça	(CNJ),	o	qual	foi	alterado	pelo	Provimento	nᵒ	83,	de	14	de	agosto	de	
2019,	do	CNJ,	elucida	a	questão,	embora	essa	alteração	em	nada	afeta	o	assunto,	
assim	dispõe:	“Art.	2ᵒ,	§2ᵒ	A	certidão	de	inteiro	teor,	de	natimorto	e	as	relativas	
aos	atos	registrados	ou	transcritos	no	Livro	E	deverão	ser	emitidas	de	acordo	com	
o	modelo	do	Anexo	V”	(CNJ,	2017,	s.	p.).	
Acadêmico,	é	imperioso	destacar	que	a	temática	ainda	é	assunto	que	tem	
debruçado	doutrinadores	e	políticos	a	 respeito,	em	especial	quanto	ao	nome	e	
registro	do	natimorto.	Embora	a	Lei	nᵒ	6.015	mantém	seu	Art.	53	com	a	seguinte	
redação:	“No	caso	de	ter	a	criança	nascido	morta	ou	no	de	ter	morrido	na	ocasião	
do	parto,	 será	não	obstante,	 feito	o	assento	com	os	elementos	que	couberem	e	
com	remissão	ao	do	óbito”	(BRASIL,	1973).	E	em	seus	parágrafos	sustenta	que	
nascendo	morta,	o	registro	será	no	livro	C	Auxiliar,	porém,	se	morreu	na	ocasião	
do	parto,	ou	seja,	tendo	respirado,	será	feito	dois	registros:	o	nascimento	e	o	óbito.
Estão tramitando projetos de lei que alteram a redação da LRP, trazendo 
novidades do assunto, fique atento! Você pode acompanhar no Congresso Nacional!
INTERESSA
NTE
Veja	 na	 Figura	 4	 a	 Certidão	 do	 natimorto,	 modelo	 do	 Anexo	 V	 do	
Provimento	nᵒ	63	do	CNJ:
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO 
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
23
FIGURA 4 – CERTIDÃO DO NATIMORTO
FONTE: <https://atos.cnj.jus.br/files//provimento/provimento_63_14112017_19032018150944.pdf>. 
Acesso em: 5 jan. 2021.
Estamos	 concluindo	 este	 primeiro	 tópico,	 seguramente	 você	 compreendeu	
que	o	assunto	não	foi	esgotado,	nem	se	conseguiria,	porque	é	muito	vasto	e	tem	
muitas	 peculiaridades.	 Todavia,	 traçamos	 umas	 linhas	mestras	 para	 norteá-lo	
acadêmico,	e	aguçá-lo	a	buscar	mais	e	mais...
O	artigo	a	seguir	é	sobre	o	natimorto,	justamente	para	que	você	tenha	mais	
material	sobre	o	assunto.	E	também	é	interessante	você	perceber,	acadêmico,	que	
o	autor	apresenta,	segundo	ele,	o	primeiro	casal	brasileiro	que	levou	a	registro	
um	natimorto	–	o	registro	de	Sara,	nascida	em	Barueri	(SP).	Ainda,	neste	artigo,	
há	referência	sobre	o	Projeto	de	Lei	nᵒ	5.171/2013,	que	propunha	alteração	no	§	1ᵒ	
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
24
do	Art.	53	da	Lei	de	Registros	Públicos.	Todavia,	esta	iniciativa	não	prosperou,	
pois,	embora	com	o	crivo	e	análise	da	Comissão	de	Constituição	e	Justiça	e	de	
Cidadania	da	Câmara	dos	Deputados	 e	 remessa	 ao	Senado	Federal,	 em	30	de	
junho	de	2015,	com	publicação	no	Diário	Oficial	da	União	(DOU)	em	1ᵒ	de	julho	
de	2015,	a	proposição	foi	vetada.
Por	aqui	nos	despedimos	e	nos	encontramos	no	próximo	tópico,	no	qual	
falaremos	sobre	o	casamento.	Até	lá!
O NOME AO NATIMORTO É UM DIREITO HUMANITÁRIO
Jones	Figueirêdo	Alves
Ao	nascituro	que	nasce	sem	vida,	feto	que	falece	no	interior	do	útero	ou	
no	parto,	como	tal	havido	natimorto,	após	uma	gestação	superior	a	vinte	semanas,	
não	 é	dado	alcançar	direito	personalíssimo	ao	nome	e	 sobrenome.	Cumpre-se	
somente	o	registro	do	óbito	fetal,	em	livro	próprio	–	“C-Auxiliar”	(Lei	6.015/1973,	
Art.	53)	–,	com	indicação	dos	pais,	dispensado	o	assento	de	nascimento.
O	filho,	já	esperado	pelo	nome	que	lhe	seria	dado,	torna-se	apenas	o	
registro	do	feto	que	feneceu	como	sombra	de	si	mesmo	e	feto,	enquanto	tal,	
por	não	ter	vindo	à	luz	com	vida,	mesmo	que	por	mínima	fração	de	tempo.
Embora	 comece	 do	 nascimento	 com	 vida	 a	 personalidade	 civil	 da	
pessoa	 (Art.	 2ᵒ,	 Código	 Civil),	 certo	 é,	 porém,	 que	 desde	 a	 concepção	 são	
ressalvados	 os	 direitos	 do	 nascituro,	 como	 a	 alimentos,	 dispondo	 este,	 por	
isso,	de	uma	personalidade	jurídica	formal.	Em	período	inferior	de	gestação,	
onde	se	tem	ocorrente	o	aborto	espontâneo	ou	o	induzido	–	caso	diverso	ao	
natimorto

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