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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS – UAECIA ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ – EAJ/UFRN CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL DANIEL CÉSAR BARROS TORRES ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO VOLUMÉTRICA DAS MADEIRA DE EUCALYPTUS SP., ACACIA MANGIUM E AZADIRACHTA INDICA EM POVOAMENTOS COM DIFERENTES IDADES VISANDO USO COMO ENERGIA RENOVÁVEL MACAÍBA – RN 2022 2 DANIEL CÉSAR BARROS TORRES ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO VOLUMÉTRICA DAS MADEIRA DE EUCALYPTUS SP., ACACIA MANGIUM E AZADIRACHTA INDICA EM POVOAMENTOS COM DIFERENTES IDADES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca avaliadora como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal. Orientadora: Prof. Dra. Rosimeire Cavalcante dos Santos Coorientador: Frans Germain Corneel Pareyn MACAÍBA/RN 2022 Torres, Daniel César Barros. Estimativas de produção volumétrica das madeiras de Eucalyptus sp., Acacia mangium e Azadirachta indica em povoamentos com diferentes idades visando uso como energia renovável / Daniel César Barros Torres. - 2022. 45f.: il. Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, curso de Engenharia Florestal. Macaíba, RN, 2022. Orientadora: Profª. Drª. Rosimeire Cavalcante dos Santos. Coorientador: Frans Germain Corneel Pareyn. 1. Plantio - Monografia. 2. Sobrevivência - Monografia. 3. Incremento - Monografia. 4. Produtividade - Monografia. I. Santos, Rosimeire Cavalcante dos. II. Pareyn, Frans Germain Corneel. III. Título. RN/UF/BSPRH CDU 620.91 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ - Macaiba Elaborado por Elaine Paiva de Assunção - CRB-15/492 3 DANIEL CÉSAR BARROS TORRES ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO VOLUMÉTRICA DAS MADEIRA DE EUCALYPTUS SP., ACACIA MANGIUM E AZADIRACHTA INDICA EM POVOAMENTOS COM DIFERENTES IDADES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca avaliadora como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal. ___________________________________________ Profª. Drª. Rosimeire Cavalcante dos Santos Universidade federal do Rio Grande do Norte/ UFRN ___________________________________________ M.ª Maria Kely Alves Gomes Universidade federal do Rio Grande do Norte/ UFRN _____________________________ ______________ M.ª Cynthia Patrícia de Sousa Santos Alves Universidade federal do Rio Grande do Norte/ UFRN 15 de julho de 2022 4 Dedico o presente trabalho a minha família que sempre me apoiou, em especial aos meus amigos, por serem presentes em todos os momentos desta jornada e a Deus por me dar o dom da vida e oportunidades tão únicas. 5 AGRADECIMENTOS Agradecer a todas as pessoas que considero responsáveis por este momento tão importante em minha vida, seria preciso muito espaço e em muitas páginas para poder demonstrar tamanha gratidão. Mas não posso deixar de agradecer meus amigos, professores e colegas de faculdade que me fizeram chegar até esse momento. À minha família, em especial meu pai Júlio Cesar L. da Silva Torres e minha mãe Edite Vieira Barros Carvalho e meus avós por ter sempre me ensinado o valor do trabalho e da educação, por sempre me guiar no caminho do bem, e por ter me ajudado nos momentos mais difíceis dessa caminhada. Aos amigos que adquiri no decorrer da vida, em especial Aretha Brilhante, Paulo Paiva, Thatiane Alves, Francisco Oliveira e Arthur Moura por estarmos juntos durante essa caminhada acadêmica, o meu muito obrigado. A todos os componentes do GEEB, especialmente a Francisco Oliveira, por ter me apresentado a esse grupo e para todos os componentes por todo esforço, disponibilidade, pela ajuda, cooperação, comprometimento, e acima de tudo pelas amizades construídas. Aos funcionários da EAJ, pela disponibilidade e atenção nos momentos de coleta, o meu muito obrigado. Aos Professores Juliana Lorensi, Getúlio Fonseca, Paulo Oliveira pelas valiosas contribuições, por se colocarem disponíveis a essa empreitada e se dedicaram com todo rigor científico com que sempre pautaram a sua vida acadêmica. Ao meu coorientador Frans Pareyn pela generosa contribuição na construção desse trabalho. Finalmente agradeço à minha orientadora Rosimeire Cavalcante pela paciência, ensinamento, capacidade de discernimento, coerência e objetividade com que se dedicou a esta orientação. A todos os leitores e leitoras, amigos e amigas, enfim, o meu muito obrigado e eterna gratidão. 6 “Usa a capacidade que tens. A floresta ficaria mais silenciosa se só o melhor pássaro cantasse.” Henry Van Dyke 7 RESUMO GERAL __________________________________________________________________________ ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO VOLUMÉTRICA DAS MADEIRA DE EUCALYPTUS SP., ACACIA MANGIUM E AZADIRACHTA INDICA EM POVOAMENTOS COM DIFERENTES IDADES VISANDO USO COMO ENERGIA RENOVÁVEL O objetivo do trabalho foi determinar o incremento médio anual e sobrevivênia nos povoamentos de Acacia mangium, Azadirachta indica e Eucalyptus sp. em diferentes idades no município de Touros/RN. Inicialmente, foram acessados dados referentes às idades de plantio de cada povoamento. Desse modo, para a A. mangium, foram avaliados 3 plantios com a faixa etária de 9, 10 e 11 anos, cultivados em espaçamento de 3 x 2 m; para a A. indica, foi avaliado 1 plantio com 12 anos, cultivados em espaçamento de 3 x 3 m em quincôncio e; para o Eucalyptus sp. foram avaliados 2 plantios com 22 anos, cultivados em espaçamento de 3 x 2 m em quincôncio. Foram alocadas e georreferenciadas 10 parcelas, em cada tratamento, com 30 indivíduos de forma aleatória. Para os plantios de Eucalyptus sp. que continham quatro fileiras, as parcelas foram feitas nas fileiras internas, de modo a minimizar ao máximo o efeito da borda, já nos plantios de A. indica e A. mangium, as parcelas foram distribuídas distantes 50 metros das bordas do plantio. Os dados coletados foram de DAP e altura total de cada árvore incluída nas áreas de estudo, por parcela, foram trabalhados utilizando-se o Excel para o cálculo, obtendo resultados através do uso de classes diamétricas. Foram trabalhados também estimativas do Volume real e do Volume empilhado utilizando fator de forma de cada espécie estudada e posteriormente foram calculados para cada árvore-amostra a média dos incrementos médios anuais. Para a análise dos dados aplicada, foi utilizada estatística descritiva utilizando média, desvio padrão, variancia, coeficiente de variação, visando apresentar e compreender os resultados. A espécie A. mangium apresentou volume médio de madeira 249,46 m3 ha-1 com 9 anos de idade, 140,73 m3 ha-1 com 10 anos e 272,78 m3 ha-1 com 11 anos encontrando IMA corrigido respectivamente com 14,14, 7,18 e 12,65. Para a A. indica foi encontrado 62,87 m3 ha-1 com 12 anos com o IMA corrigido de 4,72 e para o Eucalyptus sp. temos 1040,81 m3 ha-1 e 20.98 de IMA. De acordo com a sobrevivência das espécies, a A. mangium obteve respectivamente: 68% com 11 anos, 61% com 10 anos e 59% com 9 anos; a A. indica A. Juss obteve 62% no único povoamento de 12 anos e o Eucalyptus sp. teve 85% de sobrevivência no povoamento de 22 anos. Observamos que assim como no IMA corrigido, a espécie Eucalyptus sp., também apresentou uma melhor taxa de sobrevivência quando comparada às demais espécies. O quepode sugerir que o Eucalyptus sp. é uma espécie de ótimas propriedades fisiológicas para a região, sendo assim uma espécie mais viável economicamente para o plantio na região alvo deste estudo. Desta maneira, recomenda-se o estudo sobre a qualidade da madeira das espécies avaliadas neste estudo, de modo que possam ser complementadas as análises que fundamentam o potencial energético de um povoamento florestal, a exemplo da densidade básica das madeiras e o poder calorífico superior entre outras. Palavras-chave: plantio, sobrevivência, incremento, produtividade. 8 GENERAL ABSTRACT __________________________________________________________________________ ESTIMATES OF VOLUMETRIC PRODUCTION OF WOOD FROM EUCALYPTUS SP., ACACIA MANGIUM AND AZADIRACHTA INDICA IN PEOPLES WITH DIFFERENT AGES FOR USE AS RENEWABLE ENERGY The objective of this work was to determine the average annual increment and survival in the stands of Acacia mangium, Azadirachta indica and Eucalyptus sp. at different ages in the city of Touros/RN. Initially, data referring to the planting ages of each stand were accessed. Thus, for A. mangium, 3 plantations were evaluated with the age group of 9, 10 and 11 years, cultivated in a spacing of 3 x 2 m; for A. indica, 1 plantation with 12 years was evaluated, cultivated in 3 x 3 m spacing in quincunx and; for the Eucalyptus sp. Two 22-year-old plantations were evaluated, cultivated in 3 x 2 m spacing in quincunx. Ten plots were allocated and georeferenced, in each treatment, with 30 individuals at random. For Eucalyptus sp. that contained four rows, the plots were made in the inner rows, in order to minimize the effect of the edge as much as possible. The data collected were DBH and total height of each tree included in the study areas, per plot, were worked using Excel for the calculation, obtaining results through the use of diameter classes. Estimates of the real volume and the stacked volume were also worked out using the form factor of each species studied and later the average of the average annual increments were calculated for each sample tree. For the applied data analysis, descriptive statistics were used using mean, standard deviation, variance, coefficient of variation, in order to present and understand the results. The species A. mangium had an average wood volume of 249.46 m3 ha-1 at 9 years of age, 140.73 m3 ha-1 at 10 years of age and 272.78 m3 ha-1 at 11 years of age, finding IMA corrected respectively with 14 .14, 7.18 and 12.65. For A. indica it was found 62.87 m3 ha-1 with 12 years with a corrected MAI of 4.72 and for Eucalyptus sp. we have 1040.81 m3 ha-1 and 20.98 IMA. According to species survival, A. mangium obtained respectively: 68% at 11 years, 61% at 10 years and 59% at 9 years; A. indica A. Juss obtained 62% in the only 12-year-old stand and Eucalyptus sp. had 85% survival in the 22-year-old stand. We observed that, as in the corrected IMA, the Eucalyptus sp. species also presented a better survival rate when compared to the other species. Which may suggest that Eucalyptus sp. is a species of excellent physiological properties for the region, thus being a more economically viable species for planting in the target region of this study. In this way, it is recommended to study the quality of the wood of the species evaluated in this study, so that the analyzes that support the energy potential of a forest stand can be complemented, such as the basic density of the woods and the higher calorific value between others. Keywords: planting, survival, increment, productivity. 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Classes diamétricas determinadas em campo utilizadas na análise dos resultados. ........................................................................................................................... 27 Tabela 2 – Análise da área basal e do volume nos indivíduos amostrados. ......................... 29 Tabela 3 – Análise da área basal e do volume cilíndrico nos indivíduos de 9 anos de idade. ............................................................................................................................................ 30 Tabela 4 – Análise da área basal e do volume cilíndrico nos indivíduos de 10 anos de idade. ............................................................................................................................................ 31 Tabela 5 – Análise da área basal e do volume cilíndrico nos indivíduos de (11 anos de idade). ................................................................................................................................. 32 Tabela 6 – Análise da área basal e do volume nos indivíduos amostrados. ......................... 34 10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização geográfica do município de Touros/RN. ........................................... 20 Figura 2 – Área de estudo localizada na Fazenda Bebida Velha no município de Touros/RN. ............................................................................................................................................ 20 Figura 3 – Mapa Geológico do município de Touros/RN. ..................................................... 21 Figura 4 – Pluviosidade registrada na Fazenda Bebida Velha entre os anos de 2001 e 2021. ............................................................................................................................................ 23 Figura 5 – Mapa de localização das parcelas de Eucalyptus sp., no município de Touros/RN. ............................................................................................................................................ 24 Figura 6 – Mapa de localização das parcelas de Acacia mangium – 9 anos, no município de Touros/RN. .......................................................................................................................... 25 Figura 7 – Mapa de localização das parcelas de Acacia mangium – 10 anos, no município de Touros/RN. .......................................................................................................................... 25 Figura 8 – Mapa de localização das parcelas de Acacia mangium – 11 anos, no município de Touros/RN. .......................................................................................................................... 25 Figura 9 – Mapa de localização das parcelas de Azadirachta indica, no município de Touros/RN. .......................................................................................................................... 26 Figura 11 – IMA por hectare de acordo com as diferentes idades de Acacia mangium. ...... 33 Figura 12 – Diferentes etapas de sobrevivência de acordo com a sua faixa etária. ............ 35 Figura 13 – Incremento médio anual – IMA corrigido. ......................................................... 36 Figura 14 – Taxas de sobrevivência das espécies estudadas. ........................................... 37 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12 2 OBJETIVOS ................................................................................................... 14 2.1 GERAL .................................................................................................... 14 2.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................ 14 3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 14 3.1 ESPÉCIES FLORESTAIS DE INTERESSE ECONÔMICO ...................... 15 3.1.1 Acacia mangium ...................................................................................... 15 3.1.2 Azadirachta indica A. Juss ......................................................................16 3.1.3 Eucalyptus sp. ......................................................................................... 18 3.2 TIPOS DE USO COMERCIAL NO RIO GRANDE DO NORTE ................ 19 4 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................... 19 4.1 ÁREA DE ESTUDO ................................................................................. 19 4.2 COLETA DE DADOS ............................................................................... 23 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 29 5.1 EUCALIPTO – Eucalyptus sp. ................................................................. 29 5.1 ACÁCIA – Acacia mangium ..................................................................... 30 5.2 NIM - Azadirachta indica A. Juss ............................................................. 33 5.3 TAXAS DE SOBREVIVÊNCIA E IMA ...................................................... 35 5.4 CONCLUSÕES............................................................................................. 37 6 LITERATURA CITADA .................................................................................. 39 12 1 INTRODUÇÃO No campo energético, de acordo com a tradição, a madeira é chamada de lenha, proporcionando a humanidade uma histórica contribuição para seu desenvolvimento, apresentando-se como primeira fonte de energia dominada pelos seres humanos, inicialmente sendo utilizada para o aquecimento e cocção de alimentos. Posteriormente, a humanidade aproveitou este recurso em outros usos (FRANCO, 2008). Durante os últimos anos, o ser humano em sua corrida desenvolvimentista tem gerado impactos ambientais em escalas local, regional e global. O frenético ritmo do crescimento industrial e a intensa utilização destes recursos por vezes de maneira inconsequente, modificam as condições ambientais e podem afetar a qualidade de vida das futuras gerações (BRITO, 2007). Na repartição da oferta interna de energia (OIE) no Brasil, a lenha e carvão vegetal representou 8,7% da matriz (EPE, 2021). Atualmente, 30% da energia que é utilizada em indústrias e nas residências da região Nordeste é de origem madeireira (MMA, 2022). Tendo como exemplo a região do Seridó (RN), que é composta por 27 municípios, e as residências e indústrias, formada em sua maior parte por cerâmicas, usam 500 mil metros a cada ano (MMA, 2022). Vale destacar que expansão atual do uso de fontes energéticas renováveis tem sido favorecida principalmente pelas vantagens ambientais por elas proporcionadas, quando comparadas com outras fontes consideradas não renováveis (LOPES, 2016). Além disso, também foi observado que a dependência da população e demais setores da economia em relação ao produto florestal é muito grande. Muitos são os fatores que vem influenciando o consumo e o aumento na produção madeireira no Brasil como, por exemplo, o fato de que a biomassa é uma fonte de energia renovável, disponível, de emissões muito baixas, podendo assim substituir combustíveis fósseis em muitas aplicações que requerem uma alta temperatura, como a eletricidade, a sinterização, a fusão, a calcinação, etc. (PNUD, 2018). O uso da biomassa, como material biodegradável, não gera resíduos contaminantes de alto risco e possui uma baixa permanência no ambiente, além de ampla disseminação, minimizando assim a distância de transporte e reduzindo o custo monetário, o gasto 13 de energia e as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) por logística (PNUD, 2018). Sua utilização promove a criação de cadeias de valor locais, gera empregos e alavanca o desenvolvimento regional por meio de sua comercialização que transfere renda desde as indústrias, consumidores urbanos para o campo e os produtores rurais. (PNUD, 2018). A produção madeireira com florestas plantadas no Rio Grande do Norte ainda é pequena, sendo um setor ainda pouco explorado na economia local. Destacando-se algumas das causas do escasso sucesso no plantio de espécies florestais como o déficit hídrico, as condições inadequadas de solo e o alto custo de investimento inicial (RIEGELHAUPT e PAREYN, 2010). De acordo com Moura et al. (2006), a quantidade de nutrientes em um povoamento florestal é representada pelo somatório dos nutrientes contidos nos diferentes compartimentos da biomassa arbórea (folhas, ramos, casca, lenho e raízes, serapilheira e solo) e é de grande importância na determinação da idade de corte e do componente da árvore a ser explorado, permitindo minimizar a exportação de nutrientes (ALTIERI, 2002; SOUZA et al., 2012; LIMA JUNIOR et al., 2014). O conhecimento sobre o potencial produtivo de espécies florestais serve como base para a proposição de ações que permitem uma correta restauração ou conservação de áreas, fazendo assim com que a pesquisa e a indicação de espécies, nativas e ou exóticas, sejam mais eficientes na produção de biomassa e contribuam para um adequado planejamento da exploração de determinada área e conservação de agro ecossistemas. Dentre as espécies de interesse florestal, destaca-se o gênero Eucalyptus que é nativo da Austrália e se desenvolve em situações edafoclimáticas distintas ao seu local de origem, o que possibilita seu cultivo em larga escala em diversos países (SANTOS et al., 2001). A Acacia mangium, espécie florestal oriunda da Oceania, é considerada como uma das espécies leguminosas mais promissoras para programas de reflorestamento nos trópicos devido ao seu rápido crescimento e sua grande variabilidade de usos (KEONG, 1983). A A. mangium tem sido introduzida em caráter experimental e vem sendo plantada comercialmente desde o final da década de 60 em vários países tropicais (KEONG, 1983). E por último, a Azadirachta indica, que é uma planta de origem asiática, pertencente à família Meliaceae, natural de Burma e das regiões áridas da Índia (SAXENA, 1983). 14 2 OBJETIVOS 2.1 GERAL Determinar o incremento médio anual e sobrevivência de três espécies, em diferentes idades, no município de Touros Rio Grande do Norte. 2.2 ESPECÍFICOS • Determinar o incremento médio anual nas diferentes espécies estudadas; • Determonar o volume médio de madeira para os plantios estudados; • Determinar a taxa de sobrevivência das espécies nos plantios. 3 REFERENCIAL TEÓRICO Em 2005, o consumo de lenha e carvão vegetal no Rio Grande do Norte foi de 24,2% em comparação com as demais fontes energéticas, ficando abaixo apenas dos derivados de petróleo (33,3%), sendo até mesmo mais alta que o consumo de Gás Natural e representando 47,4% da demanda total no setor industrial e 53,4% no setor residencial (SEDEC, 2006). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2022) a lenha e o carvão são os principais produtos oriundos da Caatinga, mas a obtenção dessas fontes energéticas está longe de ser sustentável, pois o desmatamento gira em torno de 80% desses produtos florestais no Nordeste. A partir de uma breve avaliação dos dados de consumo energético no estado, é possível constatar a existência de uma forte demanda por biomassa florestal. Entretanto, a utilização dos recursos florestais da Caatinga de modo sustentável e de acordo com os termos legais, ainda não faz parte do senso comum da população e dos produtores (LOPES, 2019). Em 2019, a área total de árvores plantadas no Brasil totalizou 9,0 milhões de hectares, um aumento de 2,4% em relação a 2018 (8,79 milhões de hectares, 15 considerando o ajuste conforme nova metodologia). Desse total, a maioria (77%) é representada pelo cultivo de Eucalyptus sp. (IBA, 2020) 3.1 ESPÉCIES FLORESTAIS DE INTERESSE ECONÔMICO 3.1.1 Acacia mangium Conhecida como acácia, é nativa da Austrália, Papua Nova Guiné e ilhas Irian Java e Molucas, na Indonésia(SMIDERLE et al., 2005). A Acacia mangium, é uma espécie que tem apresentado expressiva capacidade de adaptação às condições edafoclimáticas brasileiras, destacando-se em programas de recuperação de áreas degradadas, podendo suas folhas e ramos mais tenros serem utilizados na alimentação dos ruminantes (BARRETO & MARINI, 2002; BALIEIRO et al. 2004; DUARTE et al., 2010). A vantagem do uso dessa espécie em plantios é a obtenção de madeira, reduzindo assim o desmatamento de florestas naturais, obtendo um maior rendimento na produção de energia (VEIGA, et al., 2000). De acordo com a National Academy of Science (1980), as espécies com potencial para produção de biomassa para fins energéticos devem possuir as seguintes características: habilidade para fixação de nitrogênio, rápido crescimento, habilidade para poda, produção de madeira de alto valor calorífico (que não solta fagulhas nem produtos tóxicos) e capacidade de adaptação a diferentes ambientes, incluindo diferentes altitudes, tipos de solo, regimes pluviométricos e quantidade de iluminação solar. Informações em conformidade com Silva et al. (1996) que a acácia possui das características citadas, pois possui o seu maior potencial na produção de energia. Sua ampla capacidade de adaptação advinda de características como o rápido crescimento, baixo requerimento nutricional, tolerância a acidez do solo e compactação e a elevada taxa de fixação de N2, quando em simbiose com bactérias diazotróficas (FARIA et al., 1996; COLE et al., 1996), resultam em produções elevadas de biomassa e entrada de nutrientes, via serapilheira, em áreas degradadas (FORTES, 2000), podendo favorecer sucessão vegetal nessas áreas (CAMPELLO, 1998). Com isto, a A. mangium representa uma opção silvicultural para o Brasil, especialmente em áreas com fertilidade baixa, poisa ela produz uma grande quantidade de madeira utilizando de uma baixa acumulação de nutrientes e 16 também uma baixa velocidade de decomposição de suas folhas, o que faz com que grande quantidade de serapilheira se acumule sobre o solo (BALIEIRO et al., 2004). O gênero Acacia possui mais de 1.300 espécies largamente distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais do globo, tendo a maior parte das espécies encontrada no hemisfério sul e como o principal centro de diversidade a Austrália. A maioria das espécies produtoras de madeira é encontrada na Papua Nova Guiné (LEMMENS ET AL., 1995). A madeira da A. mangium é indicada para a produção de celulose e papel, carvão e movelaria devido a suas características como o peso específico, a elasticidade e a dureza similar às melhores madeiras para a produção de móveis da América do Norte. A celulose obtida da madeira da A. mangium é similar à produzida a partir de espécies como os Eucalyptus sp. e apresenta alto valor calorífico (YANTASATH, 1986; FERREIRA et al, 1990). A densidade básica da madeira da A. mangium varia com o sítio e tende a ser correlacionada com o crescimento em diâmetro. Parece ser maior nos melhores sítios onde o crescimento em diâmetro é mais rápido (LIANG & GAN, 1991). 3.1.2 Azadirachta indica A. Juss O Nim (Azadirachta indica A. Juss) é uma planta de origem asiática, pertencente à família Meliaceae, natural de Burma e das regiões áridas da Índia (SAXENA, 1983). A escolha da espécie e procedência adequada para o plantio nas diversas regiões ecológicas do Brasil, são fatores primordiais e determinantes no desenvolvimento de florestas de alta produtividade (PEREIRA et al., 2000; VILAS BÔAS; MAX; MELO, 2009). Apresenta rápido crescimento e é bastante utilizada em reflorestamento ambiental, na produção de madeira e ornamentação urbana (NEVES & CARPANEZZI, 2008; ARAÚJO, 2010). Araújo, et al. (2000) afirmam que povoamentos mais maduros do nim, podem produzir madeiras mais densas e com melhores características para fins energéticos. Após o processo de maturação, as árvores de A. indica A. Juss - nim rendem de 10 a 40 toneladas de matéria seca por hectare, dependendo das chuvas, do espaçamento adotado e da expressão do material genético nas condições de cultivo (BITTENCOURT, et al., 2009). A madeira é dura, relativamente pesada e utilizada na confecção de carretas, ferramentas e implementos agrícolas (NEVES, 17 2004). Por ser durável e resistente, é usada também na fabricação de postes para cerca, casas e móveis; além de ser excelente fonte de lenha e combustível, gerando um carvão de alto poder calorífico (NEVES & CARPANEZZI, 2008). Pela elevada concentração de tanino, é resistente ao ataque de cupins e traças (NEVES et al., 2003). Vem sendo realizadas diversas análises quanto as utilidades desta espécie, sendo especialmente aquelas relacionadas com propriedades biocidas, purificantes e antissépticas das várias partes da A. indica A. Juss, bem como de seus extratos. Um dos produtos mais utilizados é o óleo de nim, sendo o ingrediente de muitas loções, óleos de cabelos, cremes, shampoos e creme dental, na Índia e nos países ocidentais (ALVES, et al., 2010). Esta espécie se enquadra ainda dentre um grande conjunto de espécies arbóreas ou arbustivas de uso múltiplo, atendendo tanto os aspectos de fornecimento de azadiractina (um produto florestal não madeireiro) quanto o fornecimento de produtos madeireiros, em adição aos benefícios ambientais proporcionados pelas árvores em geral (RAMOS, 2002). De acordo com Martinez (2002), os plantios da A. indica A. Juss estão crescendo rapidamente no Brasil, com o objetivo de exploração da madeira e, também, para a produção de folhas e frutos, sendo isto aliado ao fácil crescimento em campo, ganhando um forte apelo comercial no Brasil, devido a sua diversidade de usos e pouca exigência com relação ao ambiente em que será inserido. Em consequência, a partir do final da década de 1990, a espécie passou a ser cultivada em vários estados (São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Pará, entre outros) sem o devido embasamento técnico. Isso fez com que a maioria das plantações fosse estabelecida sob técnicas inadequadas (espaçamento, preparo inicial do solo, técnicas corretas de plantio, entre outros) tanto para produção de frutos quanto para madeira; muitas delas ocupando solos com boa fertilidade natural (NEVES & CARPANEZZI, 2009). Pode-se ressaltar ainda, os relatos sobre o comportamento invasor da A. indica A. Juss, o qual é considerado um forte competidor com outras espécies arbóreas em ambientes florestais, dominando a área onde se encontra devido à ação de substâncias alelopáticas e inibindo a germinação de espécies nativas, 18 levando ao perfil dominante da espécie na região norte e nordeste do país (CARPANEZZI, 2010). Devido às plantações de A. indica A. Juss serem recentes e ainda poucas em nosso país, cabe conhecer tecnicamente melhor o processo, como o de preparo inicial do solo, espaçamento etc. e fazer acompanhamentos locais para prevenir ou mitigar danos ambientais, como desmatamento pelo uso inadequado de florestas para produção de seus produtos (MARTINEZ, 2002). 3.1.3 Eucalyptus sp. Oliveira Neto et al. (2003), avaliando a produção e distribuição de biomassa em Eucalyptus camaldulensis, verificaram que a produção foi influenciada pelo nível de adubação e também notaram que a produção de matéria seca por unidade de área aumentou com a aplicação de níveis crescentes de fertilizante e que as estimativas de produção de biomassa da madeira seriam maior que os outros compartimentos com o passar dos anos, devido a esse componente representar a maior proporção de matéria seca da parte aérea. O Brasil é considerado um dos países com a maior área de reflorestamento do mundo, sendo as espécies de Eucalyptus as mais plantadas e utilizadas em maior escala para produção de energia e celulose e em menor escala no setor de serraria, tendo estesucesso devido ao avanço do melhoramento florestal. Hoje em dia as florestas clonais constituem a grande maioria dos povoamentos comerciais, ultrapassando a área de um milhão de hectares, a partir de 2004 (ASSIS, 2005). Desta forma, o uso da madeira de clones de Eucalyptus sp. para produção de energia, seja na forma direta ou transformada em carvão vegetal, apresenta vantagens em relação aos problemas de poluição ambiental quando comparada aos combustíveis fósseis (CUNHA et al., 1989). Tornando-se uma vantagem quanto ao seu uso para fins energéticos, necessitando, no entanto de uma caracterização adequada (QUIRINO et al., 2005). Segundo Brito & Barrichelo (1978), o poder calorífico e a análise imediata (material volátil, cinzas e carbono fixo) como 19 propriedades importantes da madeira para sua utilização como combustível, sendo atualmente as mais utilizadas na caracterização da madeira desta espécie. 3.2 TIPOS DE USO COMERCIAL NO RIO GRANDE DO NORTE No Rio Grande do Norte, a demanda energética por lenha e carvão vegetal representavam 47,4% da demanda total no setor industrial e 53,4% no setor residencial (SEDEC, 2006). Sendo a Região Nordeste uma grande atuante na dependência dos recursos florestais em sua matriz energética (RIEGELHAUPT; PAREYN; GARIGLIO, 2010). Em 1992, o Rio Grande do Norte, foi selecionado para estudos que buscava conhecer o uso da energia no estado. Indicando que 52% do total de energia consumida nos setores industrial/comercial eram procedentes de material lenhoso da Caatinga, sendo o setor cerâmico o maior consumidor (MACHADO; GOMES; MELLO, 2010 apud LEHTONEN, 1992). Segundo ainda o Diagnóstico da Indústria de Cerâmica Vermelha do Estado do Rio Grande do Norte (SEBRAE, 2013), foi constatado que a matriz energética do setor de cerâmica vermelha do Brasil é predominantemente baseada na lenha, sendo esta a fonte de combustível mais abundante na região por seu valor de custo ser é inferior aos demais (GALDINO et al., 2014). Segundo dados do SEBRAE (2013), a cadeia produtiva da cerâmica vermelha, soma um total de 186 indústrias em atividade no Estado do Rio Grande do Norte, estando distribuídas e concentradas basicamente em quatro polos regionais: Grande Natal, Região do Seridó, Baixo Assú e Região Oeste. 4 METODOLOGIA DA PESQUISA 4.1 ÁREA DE ESTUDO O presente estudo foi desenvolvido com indivíduos arbóreos da espécie Eucalyptus, Acacia mangium e Azadirachta indica provenientes de um plantio comercial localizado na Fazenda Bebida Velha, no município de Touros, de acordo 20 com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017, pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, este município faz parte da microrregião do Litoral Nordeste, que por sua é incluída na mesorregião do Leste Potiguar (Figura 1 e Figura 2). Figura 1 - Localização geográfica do município de Touros/RN. Fonte: Google, 2022. Segue abaixo o mapa de localização da área onde foi realizada a coleta de dados para o presente trabalho. Figura 2 – Área de estudo localizada na Fazenda Bebida Velha no município de Touros/RN. Fonte: Google Earth, 2022. https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_Geografia_e_Estat%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_regi%C3%B5es_geogr%C3%A1ficas_intermedi%C3%A1rias_e_imediatas_do_Rio_Grande_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%B5es_e_microrregi%C3%B5es_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_mesorregi%C3%B5es_e_microrregi%C3%B5es_do_Rio_Grande_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_mesorregi%C3%B5es_e_microrregi%C3%B5es_do_Rio_Grande_do_Norte 21 De acordo com a CPRM (2005), o município de Touros encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema, sendo constituído pelos sedimentos da Formação Jandaíra, do Grupo Barreiras (ENb), dos depósitos Coluvioeluviais (NQc), de Dunas Inativas (Qd) e dos depósitos Litorâneos (Q2l) e Aluvionares (Q2a), como pode ser observado na Figura 3. Figura 3 – Mapa Geológico do município de Touros/RN. Fonte: CPRM, 2005. 22 • RECURSOS HÍDRICOS Águas Superficiais O município de Touros encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape e da Faixa Litorânea NE de Escoamento Difuso, sendo banhado pelas sub-bacias dos rios Maxaranguape, das Piranhas e Punaú (CPRM, 2005). Os principais tributários são os rios do Saco, Curicacas, Patu e Maceió, além dos riachos: d’ Água, Colônia, Maxaranguape, Córregos, Carro Quebrado e Arrepiado. Os principais corpos de acumulação são as lagoas: Boqueirão, Sal, do Fogo, Gravatá, Punaú, Cutias, Baiãozinho, Pacheco, das Bestas Feras, Baião, Mutuca, Barrenta, Grande, Jaburu, Moita, Vermelha, do Angico, do Barro, Doce, Coqueiros, Coelhos e Catolé. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Parte dos cursos d’ água tem regime de fluxo intermitente e parte é perenizada em seu trecho final, próximo aos estuários. O padrão de drenagem é o dendrítico (CPRM, 2005). Águas Subterrâneas O município de Touros está inserido no Domínio Hidrogeológico Intersticial e Domínio Hidrogeológico Karstico-fissural. O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares do Grupo Barreiras, Depósitos Aluvionares, Depósitos Litorâneos, Dunas Inativas e dos Depósitos Coluvioeluviais. O Domínio Karstico- fissural é constituído pelos calcários da Formação Jandaíra (CPRM, 2005). Para auxiliar na análise dos dados coletados, foi observado o gráfico referente aos índices de pluviosidade acumulados entre os anos de 2001 e 2021 coletados diretamente na área dos plantios através de pluviômetro instalado apresentado abaixo. Observando-se uma oscilação e falta de regularidade das chuvas na região em alguns anos, porém com índices pluviométricos com média superior a 1000 mm, 23 o que pode influenciar diretamente na dinâmica florestal, assim como no desenvolvimento dos plantios citados anteriormente. Em vermelho no gráfico, destacasse a média móvel com intervalo de dois anos. Figura 4 – Pluviosidade registrada na Fazenda Bebida Velha entre os anos de 2001 e 2021. Fonte: autor, 2022. 4.2 COLETA DE DADOS • Sistema de amostragem Vista a aparente homogeneidade da vegetação e objetivando conseguir uma média representativa da variabilidade interna da vegetação, para a amostragem dos dados do presente estudo optou-se pelo sistema de amostragem híbrido, entre sistemático e aleatório, com a alocação das unidades amostrais distribuídas de forma tal a contemplar toda a área a ser manejada. Para os plantis de A. Mangium e A. Indica, foram alocadas para cada idade, 10 parcelas de forma aleatória e espacialmente distribuídas contendo 30 indivíduos cada e teve as parcelas distribuídas distantes 50 metros das bordas do plantio cultivados em espaçamento de 3 x 2 m para A. Mangium e árvores cultivadas em espaçamento de 3 x 3 m em quincôncio para A. Indica. Para os plantios de Eucalyptus sp. que foram plantados contendo quatro fileiras nas bordas das áreas 5 2 5 ,5 1 2 0 3 ,2 4 1 1 2 7 ,4 1 9 1 6 1 4 7 0 ,5 1 3 4 1 ,5 1 0 1 3 ,4 1 2 6 7 1 9 5 5 ,5 6 5 3 ,5 1 3 7 6 ,8 8 3 3 ,5 7 8 6 ,6 8 8 5 1 1 3 7 1 0 4 1 ,2 9 3 9 ,5 1 3 7 9 ,5 1 4 9 8 ,5 1 5 4 5 8 7 5 ,5 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8 2 0 1 9 2 0 2 0 2 0 2 1 PRECIPITAÇÃO 24 dos pivôs centrais, sendo estes cultivados em espaçamento de 3 x 2 m em quincôncio. As parcelas foram alocadas nas fileiras internas, de forma a minimizar ao máximo o efeito da borda, bem como foram alocadas20 parcelas contendo 30 indivíduos cada, sendo apresentadas as coordenadas geográficas nas tabelas 1 a 3 a seguir. Segue abaixo a mapa de localização das 20 parcelas dos indivíduos de Eucalyptus sp. Figura 5 – Mapa de localização das parcelas de Eucalyptus sp., no município de Touros/RN. Fonte: autor, 2022. Segue abaixo a mapa de localização das 30 parcelas de indivíduos de Acacia mangium, separados por idades (9,10 e 11 anos). 25 Figura 6 – Mapa de localização das parcelas de Acacia mangium – 9 anos, no município de Touros/RN. Fonte: autor, 2022. Figura 7 – Mapa de localização das parcelas de Acacia mangium – 10 anos, no município de Touros/RN. Fonte: autor, 2022. Figura 8 – Mapa de localização das parcelas de Acacia mangium – 11 anos, no município de Touros/RN. Fonte: autor, 2022. 26 Segue abaixo a mapa de localização das parcelas de indivíduos de Azadirachta indica. Figura 9 – Mapa de localização das parcelas de Azadirachta indica, no município de Touros/RN. Fonte: autor, 2022. • Dados coletados Para a coleta dos dados nas unidades amostrais foram obtidas medidas de circunferência a altura do peito (CAP), mensurada a 1,30m da superfície do solo, utilizando-se a fita métrica com aproximação de 0,5cm, circunferência na base (CNB), mensurada a 0,30m da superfície do solo, utilizando-se a fita métrica com aproximação de 0,5cm, altura dos indivíduos mensurada com Suunto tipo hipsômetrorégua e graduada com aproximação de 0,10 m até 4m de altura e aproximação de 0,5m acima de 4m de altura, foi identificado também o espaçamento e idade do plantio, bem como para cada indivíduo, a sua classe de vitalidade (viva/morta). • Computação e análise dos dados. Todos os dados coletados em campo foram inseridos em uma planilha, sendo processados e/ou computados utilizando o software Excel. 27 Para a análise dos resultados dos possíveis usos da madeira, foram determinadas em campo e utilizadas as seguintes classes diamétricas apresentadas na Tabela 1. Tabela 1 - Classes diamétricas determinadas em campo utilizadas na análise dos resultados. CLASSE DAP(cm) CAP (cm) I <10,0 < 31,40 II 10 - 20 31,40 – 62,83 III 20 - 30 62,83 – 94,25 Legenda: <10 = lenha; 10 - 20 = estaca/mourão; 20 - 30 = potencial para serraria. Para a estimativa do Volume real e do Volume empilhado, foram utilizados os seguintes fatores disponíveis na literatura e aplicados nas equações a seguir: - Fator de forma: ff = 0,44 para o Eucalyptus sp. - Eucalipto. Os valores para o fator de forma do Eucalyptus sp. - Eucalipto foram determinados através de Oliveira et al. (2015) encontraram o fator de forma em árvores de sistema silvipastoril entre 0,30 e 0,44. Miranda, Bernardino Junior e Gouveia (2015) obtiveram valores entre 0,42 a 0,46. Esses autores afirmaram que o Fator de Forma pode variar entre 0,40 a 0,50 dependendo do estado brasileiro (MIRANDA; BERNARDINO JUNIOR; GOUVEIA, 2015). - Fator de forma: ff = 0,9 para o Azadirachta indica A. Juss - Nim foi determinado através de (ZAKIA et al. (1990); SILVA (2005); (ZAKIA et al. (1992); - Fator de forma: ff = 0,51 para a Acacia mangium - Acácia foi determinado através de (ZAKIA et al. (1992); SILVA (2005); (ZAKIA et al. (1990). 28 A partir dos valores obtidos das variáveis diâmetro, altura e volume para cada espécie e idade, foram calculados para cada árvore-amostra a média dos incrementos médios anuais (IMA), que é o quanto que uma floresta cresceu em média por ano até uma idade qualquer. Tornando assim possível uma melhor análise para o uso da madeira produzida e possibilitando melhores estratégias de manejo. Para conversão entre o volume do cilindro e o volume real da árvore, foi aplicado o fator de forma para cada espécie apresentando assim o IMA corrigido. Para a classe de vitalidade (viva/morta), foi feito através de etapas de sobrevivência de acordo com a sua faixa etária. • Relações dendrométricas utilizadas As analises foram feitas a partir de estatística descritiva. Oliveira e Oliveira (2011) afirmam que a estatística descritiva se remete a analise de uma amostra, com o objetivo de obtenção de características amostrais e construção de tabelas e gráficos onde possa constar toda a informação na forma resumida. A seguir estão apresentadas as relações dendrométricas utilizadas para obtenção dos cálculos originados dos dados brutos coletados em campo. Fórmulas Estatísticas • Média (x) x = Σ xi / n • Variância (S2) S2 = (xi – x)2 / (n – 1) • Desvio Padrão (S) S = (xi – x)2 / (n – 1) • Coeficiente de Variação (CV) CV % = (S. 100) / x A média é o somatorio de todos os valores observados da variável dividida pelo número total de observações, já a variância é a medida que permite a análise da dispersão dos dados, enquanto o desvio padrão é extraindo da raiz quadrada da 29 variância, o coeficiente de variação é uma razão entre o desvio padrão e a média (GUEDES et al., 2005). 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após realizada a coleta de campo e analisados os dados coletados das três espécies citadas anteriormente, foram obtidos os resultados apresentados abaixo. 5.1 EUCALIPTO – Eucalyptus sp. Para a espécie Eucalyptus sp. foram avaliados 2 plantios com 22 anos. As análises referentes a área basal e o volume obtidos estão demonstradas na Tabela 2 abaixo. Tabela 2 – Análise da área basal e do volume nos indivíduos amostrados. Legenda: ABB – Área Basal na Base; ABP – Área Basal na altura do peito; ABB.H - Volume cilíndrico na base; ABP.H - Volume cilíndrico no peito; N – Nº de indivíduos. Fonte: autor, 2022. 30 A área basal por hectare explica o efeito do espaçamento dentro da parcela (GOMES, 2022), o estoque por hectare na área basal na altura do peito variou de 30,66 a 75,91 entre as parcelas e o volume cilíndrico no peito de 613,27 a 1517,04. Sendo as parcelas 6 e 15 menor e maior índices por m2/ha. 5.1 ACÁCIA – Acacia mangium Para a espécie A. mangium, foram avaliados 3 plantios com a faixa etária de 9, 10 e 11 anos. Através dos dados brutos coletados e processados, foram gerados os dados referentes a análise de área basal e ao volume dos espécimes presentes dentro das 30 parcelas amostradas, estando os mesmos demonstrados nas tabelas 3 a 5 abaixo. Tabela 3 – Análise da área basal e do volume cilíndrico nos indivíduos de 9 anos de idade. Legenda: ABB – Área Basal na Base; ABP – Área Basal na altura do peito; ABB.H - Volume cilíndrico na base; ABP.H - Volume cilíndrico no peito; N – Nº de indivíduos; LI – Limite inferior; LS – Limite superior. Fonte: autor, 2022. 31 Análises dos indivíduos de 10 anos de idade. Tabela 4 – Análise da área basal e do volume cilíndrico nos indivíduos de 10 anos de idade. Legenda: ABB – Área Basal na Base; ABP – Área Basal na altura do peito; ABB.H - Volume cilíndrico na base; ABP.H - Volume cilíndrico no peito; N – Nº de indivíduos; LI – Limite inferior; LS – Limite superior. Fonte: O autor, 2022. 32 Análises dos indivíduos de 11 anos de idade. Tabela 5 – Análise da área basal e do volume cilíndrico nos indivíduos de (11 anos de idade). Legenda: ABB – Área Basal na Base; ABP – Área Basal na altura do peito; ABB.H - Volume cilíndrico na base; ABP.H - Volume cilíndrico no peito; N – Nº de indivíduos; LI – Limite inferior; LS – Limite superior. Fonte: O autor, 2022. A A. mangium apresenta boa adaptação a diferentes condições ambientais, com tolerância a sítios bastante pobres. Outro fator que pode ter contribuído para a maior eficiência da A. mangium, principalmente no solo com cultivo menos intensivo se dá a sua capacidade de associação com fungos micorrízicos e rizóbios, característicaessa de espécies leguminosas (DRUMOND et al. 2008). Aos 48 meses Souza, et al. (2004) verificaram para A. mangium um crescimento médio em DAP de 9,5 cm, em um plantio com abertura de sulcos e aplicação de superfosfato triplo e espaçamento de 3 m x 2 m, se mostrando inferior aos valores encontrados nesse estudo. 33 O gráfico a seguir apresenta de forma comparativa os resultados de IMA que foram obtidos entre as diferentes idades de A. mangium para a área dos plantios estudada. Podendo ser observada uma diferença significativa entre quando comparados os dados entre as idades dos espécimes amostrados nas parcelas classificadas por idade. Desta forma, pode se observar que os espécimes com a idade de 10 anos, apresentaram um menor IMA, o que pode ser entendido pelos baixos índices pluviométricos no ano do seu plantio em 2012 e nos anos seguintes até o ano de 2017. Figura 10 – IMA por hectare de acordo com as diferentes idades de Acacia mangium. Fonte: autor, 2022. 5.2 NIM - Azadirachta indica A. Juss Para a espécie Azadirachta indica A. Juss, o Nim, foi avaliado 1 plantio com idade de 12 anos. As análises referentes a área basal e o volume obtidos estão demonstradas na Tabela 6 abaixo. 12,65 24,8 7,18 14,07 14,14 27,72 IMA CORRIGIDO IMA IMA POR HECTARE 9 ANOS 10 ANOS 11 ANOS 34 Tabela 6 – Análise da área basal e do volume nos indivíduos amostrados. Legenda: ABB – Área Basal na Base; ABP – Área Basal na altura do peito; ABB.H - Volume cilíndrico na base; ABP.H - Volume cilíndrico no peito; N – Nº de indivíduos; LI – Limite inferior; LS – Limite superior. Fonte: O autor, 2022. A Azadirachta indica A. Juss apresentou os maiores volumes cilíndricos nas parcelas sete com 73,39 m³/ha e dez com 94,77 m³/ha e os menores com 48,65 m³/ha obtendo média de 62,87 m³/ha. Moreira et al. (2013) encontrou resultado inferior em uma área da caatinga com plantio de sete anos e espaçamento de 5 x 5 com o volume de 16,14 m³/ha. Silva (2017) sugere que a adaptação da Azadirachta indica A. Juss em condições do semiárido são menores do que áreas de condição climática tropical úmida, característica do local do estudo. 35 5.3 TAXAS DE SOBREVIVÊNCIA E IMA De acordo com os dados obtidos em campo, foram calculadas as taxas de sobrevivência para as três espécies amostradas no presente estudo, sendo estas apresentadas nos gráficos abaixo. A Figura 11 apresenta o estoque por hectare de acordo com as diferentes etapas de sobrevivência da espécie A. mangium, sendo as mesmas separadas por idade, assim como realizado anteriormente. Figura 11 – Diferentes etapas de sobrevivência de acordo com a sua faixa etária. Fonte: autor, 2022. Como pode ser observado acima, houve uma variação mais significativa quanto a taxa de sobrevivência dos espécimes de A. mangium que apresentavam a idade de 11 anos, sendo apresentada uma taxa de sobrevivência de 68%, seguida pelas idades de 10 anos com 61% e de 9 anos com 59%. Ressaltamos também que os espécimes com 11 anos também apresentaram uma maior de quantidade de indivíduos considerados vivos (n=205) se comparadas às demais idades avaliadas. O incremento médio anual corrigido para as três espécies pode ser comparado na figura 13 apresentado abaixo, sendo o Eucalyptus sp. (com 22 anos) considerada a espécie com o melhor incremento, que foi de 20,98. Seguido pelas três faixas etárias da Acacia mangium, tendo o melhor incremento apresentado nos espécimes de idade de 9 anos. 205 95 68 183 117 61 176 124 59 VIVA MORTA SOBREVIVÊNCIA % SOBREVIVÊNCIA 9 ANOS 10 ANOS 11 ANOS 36 Silva (2017) apresenta comportamento superior observado em um cultivo menos intensivo de Acacia mangium em região tropical úmida, onde a produção máxima foi de 21,22 m³/ha/ano em um período de três anos. Para o Eucalipto, foram encontrados resultado coerentes para a região do estudo, em experimento com idade de 7,5 anos no Polo Gesseiro do Araripe no Pernambuco (PE) de 29,68 a 9,92 (SILVA, 2013). Gomes (2019) analisou o incremento médio anual do híbrido E. urophylla x E. brassiana, aos 54 meses no Rio Grande do Norte, sendo significativo no espaçamento de 3 x 3 e 3 x 1,5 m, com 35 e 40 m3/ha.ano, espaçamentos semelhantes ao desse estudo. A Acacia mangium apresentou uma taxa de incremento médio anual semelhante às encontradas nos experimentos realizados na escola agrícola de Jundiaí com valores de 9,82 (NUNES, 2018), porém apresentou uma taxa de sobrevivência baixa para a região do estudo, o que sugere uma não viabilidade para a produção de madeira. A Azadirachta indica A. Juss apresentou uma taxa de incremento anual muito inferior quando comparado ao plantio encontrado nos experimentos realizados por Nunes (2018) na escola agrícola de Jundiaí com valores de 8,46, além de uma alta taxa de mortalidade, que demonstram uma inviabilização na produção da madeira para a região estudada. Figura 12 – Incremento médio anual – IMA corrigido. Fonte: autor, 2022. 12,65 7,18 14,14 4,72 20,98 IMA IMA CORRIGIDO EUCALIPTO (22 ANOS) NIM 9 (12 ANOS) ACÁCIA (9 ANOS) ACÁCIA (10 ANOS) ACÁCIA (11 ANOS) 37 De um modo geral, avaliamos que a sobrevivência das espécies amostradas pode ser comparada de acordo com os dados apresentados na figura 14 abaixo. Figura 13 – Taxas de sobrevivência das espécies estudadas. Fonte: autor, 2022. Observamos que assim como no IMA corrigido, a espécie Eucalyptus sp., também apresentou uma melhor taxa de sobrevivência quando comparada as demais espécies. O que torna mais evidente que o Eucalyptus sp. é uma espécie de ótimas propriedades fisiológicas, o que faz com que a mesma sobreviva e consequentemente se desenvolva melhor nas condições climáticas locais, sendo assim uma espécie mais viável economicamente para o plantio na região alvo deste estudo. 5.4 CONCLUSÕES De acordo com as análises realizadas, verificou-se que a data de plantio influenciou diretamente no crescimento e na produção de biomassa da espécie Acacia mangium. Para a espécie A. mangium o volume médio de madeira observado nas parcelas amostrais foi de 249,46 m3ha-1 com 9 anos de idade, 140,73 m3ha-1 com 10 anos e 272,78 m3ha-1 com 11 anos encontrando IMA corrigido respectivamente 68% 61% 59% 62% 85% SOBREVIVÊNCIA SOBREVIVÊNCIA EUCALIPTO (22 ANOS) NIM 9 (12 ANOS) ACÁCIA (9 ANOS) ACÁCIA (10 ANOS) ACÁCIA (11 ANOS) 38 com 14.14, 7.18 e 12.65. Para a A. indica A. Juss foi encontrado 62,87 m3ha-1 com 12 anos com o IMA corrigido de 4,72 e para o Eucalyptus sp. temos 1040,81 m3ha-1 e 20.98 de IMA. De acordo com a sobrevivência das espécies, a A.mangium obteve respectivamente: 68% com 11 anos, 61% com 10 anos e 59% com 9 anos; a A. indica A. Juss obteve 62% no único povoamento de 12 anos e o Eucalyptus sp. teve 85% de sobrevivência no povoamento de 22 anos. Além disto, observou-se que o incremento médio anual para a A. mangium no cultivo com 10 anos apresentou um valor inferior, o que pode ser entendido pelos baixos índices pluviométricos no ano do seu plantio em 2012 e nos anos seguintes até o ano de 2017. Já os valores apresentados, mostraram que o Eucalyptus sp. apresentou uma melhor adaptabilidade a região apresentando bons resultados, sendo assim uma espécie mais viável economicamente para o plantio na região alvo deste estudo. 39 6 LITERATURA CITADA __________________________________________________________________________ ALTIERI, M. A. 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