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avaliação de impactos ambientais na indústria

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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS NA INDÚSTRIA
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Fernanda Pereira Lopes Carelli
Indaial - 2021
1ª Edição
C271a
 Carelli, Fernanda Pereira Lopes
 Avaliação de impactos ambientais na indústria. / Fernanda Pereira 
Lopes Carelli – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
 155 p.; il.
 ISBN 978-65-5646-435-0
 ISBN Digital 978-65-5646-436-7 
1. Impactos ambientais. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
CDD 577 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Carlos Fabiano Fistarol
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Jairo Martins 
Jóice Gadotti Consatti
Marcio Kisner
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Marcelo Bucci
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2021
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
Sustentabilidade na Indústria .....................................................7
CAPÍTULO 2
Políticas Ambientais ....................................................................57
CAPÍTULO 3
Práticas Ambientais na Indústria .............................................103
APRESENTAÇÃO
Avaliar os impactos ambientais na indústria pode parecer uma tarefa 
complicada e difícil, mas, quando pensamos o que é a indústria e o que ela 
significa economicamente, é possível perceber a importância e relevância deste 
setor. Neste momento, constatamos que é necessário e até mesmo imprescindível 
quantificar os impactos ambientais gerados, procurando minimizá-los para garantir 
uma atuação mais equilibrada e duradoura para todos.
A indústria é um setor tradicional. Desde sua criação na revolução industrial, 
os processos e forma de atuação da indústria podem ser considerados mais 
robustos e estruturados. Nesse sentido, grandes mudanças de gestão, em seus 
processos, ou na forma da condução das atividades, precisam ser ajustadas 
a uma realidade muitas vezes complexa, com muitos cargos e hierarquias, 
processos e produtos.
Por outro lado, pela sua relevância, a indústria tem um papel de transformação 
da sociedade, pois ela gera inovação, tecnologia e desenvolvimento. Neste 
sentido, existe uma expectativa de que a indústria seja uma protagonista no 
processo de construção de uma atuação empresarial mais sustentável. A partir 
disso, entendemos a importância de avaliar os impactos ambientais gerados pela 
indústria e identificar caminhos e ações para melhorar essa relação.
A indústria brasileira desde seu início estabeleceu como vantagens 
competitivas o fato de se ter uma abundância relativa de recursos naturais e uma 
oferta ilimitada de força de trabalho a baixos salários. Essas premissas permitiram 
a expansão e o crescimento industrial, porém, as indústrias não se preocuparam 
em desenvolver esforços de práticas sustentáveis ao longo do tempo, e isso 
acabou construindo uma imagem de um setor pouco sensível para as questões 
ambientais.
Atualmente, a realidade é outra, sabemos que os recursos são escassos 
e, por isso, é necessária uma atuação consciente e responsável. As indústrias 
precisam estar sensibilizadas com as questões ambientais e com os impactos 
gerados pela sua estrutura, instalação, produção, processos, insumos, produtos, 
resíduos, dentre outros. A indústria tem que avaliar e mensurar os impactos para o 
planeta, para a sociedade e para o consumidor, e prestar contas da sua atividade.
Medir os impactos ambientais gerados pelas indústrias e ter métricas e 
indicadores é um bom caminho para melhorar a forma de atuação do setor. Ao 
quantificar as ações, conseguimos fazer correções de rota, propor melhorias e 
minimizar o impacto ambiental. Você sabia que a indústria é um setor importante 
porque gera emprego, renda, tecnologia, progresso, produtos com valor agregado 
e importantes para impulsionar o desenvolvimento da sociedade? Pois é, por 
isso, esse setor precisa estabelecer métricas capazes de avaliar os impactos 
ambientais e o uso correto dos recursos naturais.
Quando uma indústria se instala, ela precisa observar diferentes aspectos, 
desde o terreno, o local, a cultura da região, a localização geográfica, o perfil 
dos habitantes e identificar se, de fato, ela vai contribuir para o desenvolvimento 
da região. Por isso, é importante avaliar os impactos gerados no ambiente para 
dimensionar e garantir uma relação harmoniosa de desenvolvimento sustentável.
No Capítulo 1, você aprenderá um pouco sobre sustentabilidade, a evolução 
das discussões sobre o tema, o conceito do triple bottom line e o pilar ambiental. 
Também entenderá como as indústrias vem inserindo as questões ambientais 
em sua cultura e imagem organizacional. E, por fim, conhecerá os conceitos 
ambientais que estimularam a criação de métricas, indicadores e formas para 
avaliar o uso dos recursos dentro das indústrias.
No Capítulo 2, abordaremos o tema políticas ambientais, descrevendo os 
principais atores e instituições presentes que regem e dirigem os processos 
ambientais. Você também entenderá como funcionam as normas ambientais e os 
projetos ambientais, além de aprender sobre o EIA e RIMA. Por fim, no Capítulo 
3, trabalharemos as práticas ambientais na indústria, com uma análise de 
negócios sustentáveis, indicadores ambientais e exemplos de questões práticas 
relacionadas ao meio ambiente que acontecem nos diversos setores industriais.
CAPÍTULO 1
Sustentabilidade na Indústria
A partir da perspectiva do saber-fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
• Relacionar as ações das indústrias e seus impactos no meio ambiente.
• Reconhecer os conceitos de sustentabilidade, o pilar ambiental e sua evolução 
ao longo do tempo.
• Compreender a evolução do tema sustentabilidade ambiental e sua relação 
com a indústria.
• Compreender a importância de avaliar o impacto ambiental e conhecer 
ferramentas de avaliação e modelos existentes.
• Identificar e reconhecer as principais métricas de sustentabilidade utilizadas na 
indústria como estudos e relatórios de impacto ambiental.
• Analisar as principais métricas de sustentabilidade utilizadas pelo setor 
industrial.
• Avaliar os pontos positivos e negativos dos indicadores ambientais.
8
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
9
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A sustentabilidade é um tema que vem sendo discutido mundialmente pelos 
mais diversos fóruns e públicos. Você já deve ter ouvido falar a respeito da 
escassez de recursos, que temos apenas um planeta e que vivemos com recursos 
limitados, e, talvez, já tenha escutado as afirmações: “precisamos preservar os 
nossos recursos naturais”, “é necessário produzir mais com menos e com mais 
consciência” entre tantas outras frases, comuns no nosso cotidiano e, também, no 
ambiente corporativo.
Todo esse movimento demonstra uma preocupação por parte da sociedade 
em se portar de uma forma sustentável e consciente. Uma postura mais 
responsável se estende, também, para as indústrias que compreendem que 
precisam transformar os seus negócios e minimizar os impactos gerados em todas 
as esferas, sejam elas ambientais, econômicas ou sociais. Estamos vivendo um 
tempo em que é evidente a necessidade de construir uma nova forma de ação 
individual e coletiva. Um novo posicionamento das empresas baseado em novas 
bases competitivas e em estratégias e fatores diferenciados, a fim de preservar 
nossos recursos atuaise não impactar as necessidades das gerações futuras.
O fato é que sim, existe uma responsabilidade para as indústrias de uma 
atuação cada vez mais consciente, mas também, existem múltiplas oportunidades 
nesta nova economia. Afinal, o uso responsável dos recursos, com inovação, 
engajamento e um processo de produção sustentável pode abrir novas 
possibilidades, novas soluções e a possibilidade de desenvolver novos negócios. 
Afinal, o que é a sustentabilidade? E por que ela é tão relevante e necessária 
nas nossas vidas e no ambiente industrial? É isso que vamos abordar neste 
capítulo, em que o foco principal do estudo será compreender o conceito de 
sustentabilidade, entender o pilar ambiental e conhecer as formas de avaliar os 
impactos ambientais gerados pelas indústrias.
2 SUSTENTABILIDADE E O PILAR 
AMBIENTAL
De maneira geral, a palavra sustentabilidade significa sustentar, favorecer, 
conservar e cuidar. Ser sustentável significa ter a capacidade de ser mantido ou 
suportado. Então, a sustentabilidade pode ser compreendida como uma condição, 
um fim, uma meta estipulada que deve ser alcançada. Já o desenvolvimento 
sustentável é entendido como o caminho, como a forma para alcançar a 
sustentabilidade.
10
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Ambos os conceitos, seja o de sustentabilidade ou de desenvolvimento 
sustentável observam três aspectos, são eles: econômicos, sociais e ambientais. 
Para uma ação ser considerada sustentável, ela precisa se atentar para 
estes três aspectos, procurando não negligenciar nenhum deles. Para um 
melhor entendimento, é interessante conhecer e observar alguns conceitos de 
sustentabilidade e refletir sobre o que eles representam, e é isso que vamos ver 
a seguir. 
2.1 CONCEITO DE 
SUSTENTABILIDADE E 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Existem diversos conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento 
sustentável. O que vamos utilizar aqui como o principal é o que está contido 
no Relatório de Brundtland, por ser um dos mais difundidos e aceitos nas mais 
diferentes esferas sociais, políticas e organizacionais.
[...] desenvolvimento sustentável é um processo de 
transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos 
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico 
e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o 
potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades 
e aspirações futuras [...] é aquele que atende às necessidades 
do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações 
futuras atenderem as suas próprias necessidades (COMISSÃO 
MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 
1991, s. p.).
O Relatório de Brundtland é um documento também conhecido 
como “Nosso Futuro Comum”, publicado em 1987, que apontou o 
risco no uso excessivo dos recursos naturais para atender às formas 
de produção e os padrões de consumo. Este relatório disseminou a 
ideia de desenvolvimento sustentável. A versão em inglês pode ser 
acessada no link: https://sustainabledevelopment.un.org/content/
documents/5987our-common-future.pdf 
11
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
A questão central que o relatório apresenta neste conceito de desenvolvimento 
sustentável e que precisamos nos atentar é o atendimento a necessidades 
atuais sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Ao falarmos 
de sustentabilidade, precisamos sempre analisar a relação entre ser humano e 
meio ambiente sem estagnar o crescimento econômico, mas sim conciliando as 
questões econômicas, ambientais e sociais.
Nesse sentido, o trabalho humano, de modo algum, deveria impactar os 
ciclos naturais do planeta, e, também, não deveria afetar aquilo que estará à 
disposição das gerações futuras. O desenvolvimento sustentável pode ser visto 
como o processo que faz com que a comunidade se comprometa com o hoje e o 
amanhã. 
Pensando no hoje e no amanhã, assista ao vídeo a história das 
coisas, que retrata o processo para a produção de alguns bens que 
consumimos sem muitas vezes observar a sua origem, a sua história. 
Boa reflexão! Link: https://youtu.be/7qFiGMSnNjw
O conceito de desenvolvimento sustentável trata especificamente de uma 
nova maneira de a sociedade se relacionar com seu ambiente, de forma a garantir 
a sua própria continuidade e a de seu meio externo. No entanto, a formulação de 
uma definição para o conceito de desenvolvimento sustentável tem um consenso 
em relação a alguns aspectos, são eles: a necessidades de se reduzir a poluição 
ambiental, eliminar os desperdícios e diminuir o índice de pobreza.
Nesse sentido, o Quadro 1 apresenta uma relação de conceitos de 
desenvolvimento sustentável, para ilustrar o que diferentes atores pensam a 
respeito, e percebemos como este conceito vem sendo construído ao longo do 
tempo.
12
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
QUADRO 1 – CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL E SUSTENTABILIDADE
Conceito de Desenvolvimento Sustentável e Sus-
tentabilidade
Autor/Organi-
zação Ano
1
Uma sociedade pode ser considerada sustentável 
quando todos os seus propósitos e intenções po-
dem ser atendidos indefinidamente, fornecendo 
satisfação ótima para seus membros.
Goldsmith 1972
2
Desenvolvimento que significa alcançar satisfação 
constante das necessidades humanas e a melhora 
da qualidade da vida humana.
Allen 1980
3
No documento intitulado Worlds Conservation 
Strategy, afirma-se que, para que o desenvolvi-
mento seja sustentável, deve-se considerar as-
pectos referentes às dimensões social e ecológi-
ca, bem como fatores econômicos, dos recursos 
vivos e não vivos e as vantagens de curto e longo 
prazo de ações alternativas. O foco do conceito é 
a integridade ambiental.
I n t e r n a t i o n a l 
Union for the 
Conservation of 
Nature and Nat-
ural Resources 
(IUCN)
1980
4
A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento não acredita que o cenário 
sombrio de destruição do potencial global nacio-
nal para o desenvolvimento seja um destino in-
escapável. Os problemas são planetários, mas 
não são insolúveis. Se cuidarmos da natureza, 
ela tomará conta de nós. A conservação chegou 
a um ponto do conhecimento que, se quisermos 
salvar parte do sistema, temos que salvar o siste-
ma inteiro. Esta é a essência do que chamamos 
Desenvolvimento Sustentável. Existem várias di-
mensões para a sustentabilidade. Primeiramente, 
ela requer a eliminação da pobreza e da privação. 
Segundo, requer a conservação e a elevação da 
base de recursos, a qual sozinha pode garantir 
que a eliminação da pobreza seja permanente. 
Terceiro, ela requer um conceito mais abrangente 
de desenvolvimento, que englobe não somente o 
crescimento econômico, como também o desen-
volvimento social e cultural. Quarto e mais impor-
tante, requer a unificação da economia e da ecolo-
gia nos níveis de tomada de decisão.
Brundtland, Gro 
Harlem (WCED) 1987
13
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
Conceito de Desenvolvimento Sustentável e Sus-
tentabilidade
Autor/Organi-
zação Ano
1
Uma sociedade pode ser considerada sustentável 
quando todos os seus propósitos e intenções po-
dem ser atendidos indefinidamente, fornecendo 
satisfação ótima para seus membros.
Goldsmith 1972
2
Desenvolvimento que significa alcançar satisfação 
constante das necessidades humanas e a melhora 
da qualidade da vida humana.
Allen 1980
3
No documento intitulado Worlds Conservation 
Strategy, afirma-se que, para que o desenvolvi-
mento seja sustentável, deve-se considerar as-
pectos referentes às dimensões social e ecológi-
ca, bem como fatores econômicos, dos recursos 
vivos e não vivos e as vantagens de curto e longo 
prazo de ações alternativas. O foco do conceito é 
a integridade ambiental.
I n t e r n a t i o n a l 
Union for the 
Conservation of 
Nature and Nat-
ural Resources 
(IUCN)
1980
4
A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento não acredita que ocenário 
sombrio de destruição do potencial global nacio-
nal para o desenvolvimento seja um destino in-
escapável. Os problemas são planetários, mas 
não são insolúveis. Se cuidarmos da natureza, 
ela tomará conta de nós. A conservação chegou 
a um ponto do conhecimento que, se quisermos 
salvar parte do sistema, temos que salvar o siste-
ma inteiro. Esta é a essência do que chamamos 
Desenvolvimento Sustentável. Existem várias di-
mensões para a sustentabilidade. Primeiramente, 
ela requer a eliminação da pobreza e da privação. 
Segundo, requer a conservação e a elevação da 
base de recursos, a qual sozinha pode garantir 
que a eliminação da pobreza seja permanente. 
Terceiro, ela requer um conceito mais abrangente 
de desenvolvimento, que englobe não somente o 
crescimento econômico, como também o desen-
volvimento social e cultural. Quarto e mais impor-
tante, requer a unificação da economia e da ecolo-
gia nos níveis de tomada de decisão.
Brundtland, Gro 
Harlem (WCED) 1987
5
O conceito de desenvolvimento econômico suste-
ntável, quando aplicado ao Terceiro Mundo, diz re-
speito diretamente à melhoria do nível de vida dos 
pobres, a qual pode ser medida quantitativamente 
em termos de aumento da alimentação, renda real, 
serviços educacionais e de saúde, saneamento 
e abastecimento de água etc. e não diz respeito 
somente ao crescimento econômico no nível de 
agregação nacional. Em termos gerais, o objetivo 
primeiro é reduzir a pobreza absoluta do mundo 
pobre através de providências meios de vida se-
guros e permanentes que minimizem a exaustão 
de recursos, a degradação ambiental, a disrupção 
da cultura e a instabilidade social.
Barbieri 1987
6
Definido como um padrão de transformações 
econômicas estruturais e sociais (i.e, desenvolvi-
mento) que otimizam os benefícios societais e 
econômicos disponíveis no presente, sem destru-
ir o potencial de benefícios similares no futuro. O 
objetivo primeiro do Desenvolvimento Sustentável 
é alcançar um nível de bem-estar econômico ra-
zoável e equitativamente distribuído que pode ser 
perpetuamente continuado por muitas gerações 
humanas. Desenvolvimento sustentável implica 
usar os recursos renováveis naturais de maneira 
a não degradá-los ou eliminá-los, ou diminuir sua 
utilidade para as gerações futuras, implica usar os 
recursos minerais não renováveis de maneira tal 
que não necessariamente se destruam o acesso a 
eles pelas gerações futuras, e, também, implica a 
exaustão dos recursos energéticos não renováveis 
em uma taxa lenta o suficiente para garantir uma 
alta probabilidade de transição societal ordenada 
para as fontes de energia renovável.
Goodland e 
Ledloc 1987
7
O critério da sustentabilidade requer que as 
condições necessárias para igual acesso à base 
de recursos sejam conseguidas por cada geração.
Pearce 1987
8
A ideia básica de Desenvolvimento Sustentável é 
simples no contexto dos recursos naturais (exclu-
indo os não renováveis) e ambientais: o uso feito 
desses insumos no processo de desenvolvimen-
to deve ser sustentável ao longo do tempo. Se 
aplicarmos a ideia aos recursos, sustentabilidade 
deve significar que um dado estoque de recursos 
(árvores, qualidade do solo, água etc.) não pode 
declinar. Sustentabilidade deve ser definida em 
termos da necessidade de que o uso dos recursos 
hoje não reduza as rendas reais no futuro.
Markandya e 
Pearce 1988
14
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
9
Tomamos desenvolvimento como um vetor de ob-
jetivos sociais desejáveis, e seus elementos de-
vem incluir: aumentos na renda real per capita; 
melhora no status nutricional e da saúde; melhora 
educacional; acesso aos recursos; distribuição de 
renda mais justa; aumento nas liberdades básicas. 
Desenvolvimento Sustentável é, então, uma situ-
ação na qual o vetor de desenvolvimento aumenta 
monotonicamente sobre o tempo. Sumarizamos 
as condições necessárias para o desenvolvimen-
to sustentável como “constância do estoque do 
capital natural". Mais estritamente, o requerimen-
to para mudanças não negativas no estoque de 
recursos naturais como solo e qualidade de solo, 
águas e sua qualidade, biomassa e a capacidade 
de assimilação de resíduos no ambiente. 
Pearce, Barbier 
e Markandya 1988
10
Existe um amplo consenso sobre as condições 
requeridas para o desenvolvimento econômico 
sustentável. Duas interpretações estão emergin-
do: uma concepção mais ampla com respeito ao 
desenvolvimento econômico, social e ecológico, 
e uma concepção mais estreita com respeito ao 
desenvolvimento ambientalmente sustentável 
(i.e., com administração ótima dos recursos e do 
ambiente no tempo). A primeira, uma visão alta-
mente normativos do desenvolvimento sustentável 
endossada pela Comissão Mundial de Desenvolvi-
mento e Meio Ambiente) define o conceito como 
desenvolvimento que alcança as necessidades do 
presente sem comprometer a capacidade das fu-
turas gerações satisfazerem suas próprias neces-
sidades. Em contraste, a segunda concepção, de 
administração ótima de recursos e do ambiente, 
requer maximizar os benefícios líquidos do desen-
volvimento econômico, mantendo os serviços e a 
qualidade dos recursos naturais.
Barbier 1989
11
A capacidade do sistema de manter sua produção 
a um nível aproximadamente igual ou maior que 
sua média histórica, com uma aproximação deter-
minada pelo nível de variabilidade histórica.
Lyman & Herdt 1989
12
A incorporação da dimensão ambiental nas es-
tratégias e projetos de crescimento econômico não 
é condição suficiente nem para o Desenvolvimen-
to Sustentável nem para a melhoria das condições 
de vida dos pobres e desprovidos.
Rattner 1991
15
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
13
O conceito de desenvolvimento sustentável deve 
ser inserido na relação dinâmica entre o sistema 
econômico humano e um sistema maior, com 
taxa de mudança mais lenta, o ecológico. Para 
ser sustentável essa relação, deve assegurar que 
a vida humana possa continuar indefinidamente, 
com crescimento e desenvolvimento da sua cul-
tura, observando-se que os efeitos das atividades 
humanas permaneçam dentro de fronteiras ade-
quadas, de modo a não destruir a diversidade, a 
complexidade e as funções do sistema ecológico 
de suporte à vida.
Constanza 1991
14
Destacam o papel do crescimento econômico na 
sustentabilidade. O desenvolvimento é sustentável 
quando o crescimento econômico traz justiça e 
oportunidades para todos os seres humanos do 
planeta, sem privilégio de algumas espécies, sem 
destruir os recursos naturais finitos e sem ultra-
passar a capacidade de carga do sistema.
Pronk e ulHaq 1992
15
A sustentabilidade dos ecossistemas naturais 
pode ser definida como o equilíbrio dinâmico entre 
as suas demandas e sua produção, modificadas 
por eventos externos, tais como mudanças climáti-
cas e desastres naturais.
Fresco & Kro-
onenberg 1992
16
Resumem a sustentabilidade à obtenção de um 
grupo de indicadores que sejam referentes ao 
bem-estar e que possam ser mantidos ou que 
cresçam no tempo.
Munasingle e 
McNeely 1995
17
O estoque de capital que deixamos para as futu-
ras gerações definido de forma a incluir todos os 
tipos de capital deve ser igual ou maior que o que 
encontramos.
Word Bank 1995
18
Desenvolvimento sustentável significa, fundamen-
talmente, discutir a permanência ou a durabilidade 
da estrutura de funcionamento de todo o processo 
produtivo sobre o qual está assentada a sociedade 
humana contemporânea.
Merico 1996
19
Define o desenvolvimento sustentável como sen-
do um conceito plurívoco, isto é, une a preocu-
pação com o meio ambiente à preocupação com o 
meio ambiente à preocupação com a economia e 
a pobreza. Realça que o desenvolvimento para ser 
sustentável, além de ser viável em sua dimensão 
econômica, precisa ser igualmente viável do pon-
to de vista do meio ambiente e da sociedade; por 
isso, visa ao reconhecimento dos outros, dos nos-
sos contemporâneos, no espaçode um mundo 
comum com as futuras gerações na amplitude do 
tempo.
Lafer 1996
16
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
20
A sustentabilidade está ligada à persistência de 
certas características necessárias e desejáveis 
de pessoas, suas comunidades e organizações, e 
os ecossistemas que as envolvem, dentro de um 
período longo e indefinido. Para atingir o progres-
so em direção à sustentabilidade, deve-se alca-
nçar o bem-estar humano, não o dos ecossiste-
mas, sendo que o progresso em cada uma dessas 
esferas não deve ser alcançado à custa da outra, 
e sim reforçando a interdependência entre os dois 
sistemas.
Hardi e Zdan 1997
21
O maior desafio do desenvolvimento sustentável é 
a compatibilização da análise com a síntese. O de-
safio de construir um desenvolvimento dito suste-
ntável, juntamente com indicadores que mostrem 
esta tendência é compatibilizar o nível micro com 
o macro. No nível macro, deve-se entender a situ-
ação do todo e sua direção de uma maneira mais 
geral e fornecer para o nível micro, em que se 
tomam as decisões, as informações importantes 
para as necessárias correções de rota.
Rutherford 1997
22
Desenvolvimento sustentável envolve a questão 
temporal; a sustentabilidade de um sistema só 
pode ser observada a partir da perspectiva futura, 
de ameaças e oportunidades.
Bossel 1998
23 Transformar recursos em lixo mais lentamente que a natureza consegue transformar lixo em recursos.
Steve Goldfin-
ger 1999
24
O desenvolvimento sustentável é o mais recente 
conceito que relaciona as coletivas aspirações de 
paz, liberdade, melhoria das condições de vida e 
de um meio ambiente saudável. Seu mérito reside 
na tentativa de reconciliar os reais conflitos entre 
a economia e o meio ambiente e entre o presente 
e o futuro.
National Re-
search Council 1999
25
Equilibrar o conflito básico entre as duas metas 
que competem entre si, ou seja, assegurar a quali-
dade de vida e viver dentro dos limites da natureza
Wackenagel 2000
26
Um autêntico modelo de Desenvolvimento sus-
tentável deve apresentar uma perspectiva de 
desenvolvimento além do crescimento econômi-
co, reconhecer as múltiplas tradições culturais e 
crenças, transcender o consumismo e fornecer 
uma estrutura de estilo de vida mais desejável, en-
fatizar reformas estruturais para equidade interna 
e global e delinear efetivos planos legais e insti-
tucionais para a manutenção ambiental
Haque 2000
17
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
27
Desenvolvimento sustentável pode ser defini-
do como um vetor no tempo de objetivos sociais 
desejáveis, como: incremento da renda per capita, 
melhorias no estado de saúde, níveis educacio-
nais aceitáveis, acesso aos recursos, distribuição 
mais equitativa de renda e garantia de maiores 
liberdades fundamentais.
Resende (s.d) 
28
Desenvolvimento sustentável é a emergência de 
um novo paradigma para orientação dos proces-
sos e reavaliação dos relacionamentos da econo-
mia e da sociedade com a natureza, bem como 
das relações do Estado com a sociedade civil. 
Jara 2001
29 Desenvolvimento sustentável é uma ideologia, um valor, uma ética. Schwartzman 2001
FONTE: Adaptado de Baroni (1992) e Bellen (2006).
1 Com base nos diferentes conceitos de sustentabilidade e 
desenvolvimento sustentável apresentados, descreva a diferença 
entre a sustentabilidade e desenvolvimento sustentável.
Há algum tempo, o desenvolvimento sustentável vem sendo discutido 
e defendido como único caminho possível a ser seguido e trilhado por 
organizações, pessoas e países. As preocupações acerca das desigualdades 
sociais e, principalmente, dos desastres e ameaças ambientais decorrentes, em 
grande parte, do modelo de desenvolvimento vigente na maioria dos países a 
partir da revolução industrial, afloraram, nas décadas de 60 e 70, uma série de 
questionamentos e reflexões sobre os rumos e consequências do perseguido 
crescimento econômico.
Desde então, algumas discussões importantes e movimentos surgiram no 
século XX que ajudaram a fundamentar o conceito de sustentabilidade, são eles: 
o relatório sobre os limites do crescimento, publicado em 1972, o surgimento 
do conceito de eco desenvolvimento, em 1973, a Declaração de Cocoyok, em 
1974, o relatório da Fundação Dag-Hammarskjold, em 1975, e, finalmente, a 
Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, em 1992. Todos estes marcos ajudaram a nos levar a um 
melhor entendimento sobre o tema do desenvolvimento sustentável.
18
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Desde então, diferentes atores como governos, empresas, organizações não 
governamentais, institutos de pesquisas e outros têm se engajado na busca por 
modelos de desenvolvimento mais equilibrados, que garantam as condições ideais 
de funcionamento dos sistemas humanos e ambientais, tanto para as gerações 
atuais como futuras. Com o passar dos anos, o conceito vem amadurecendo e 
novos atores estão se somando ao desafio de materializar o desenvolvimento 
de maneira sustentável. Eventos importantes, de repercussão mundial, estão 
promovendo debates e reflexões sobre a temática. Para entendermos melhor, 
a Figura 1 apresenta uma breve linha do tempo, sintetizando alguns marcos da 
evolução destes conceitos e atores.
FIGURA 1 – LINHA DO TEMPO – CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
FONTE: Adaptado de Louette (2007).
Entre os novos atores engajados no desafio de promover o desenvolvimento 
sustentável, é possível destacar a adesão crescente de diferentes empresas e 
indústrias. Seja pela ciência das suas responsabilidades socioambientais, pela 
garantia de competitividade ou, ainda, pressionadas por legislações, acordos 
internacionais e/ou setoriais, referências da cadeia produtiva e até pelos seus 
próprios consumidores, as empresas e indústrias tem procurado se adequar à 
sustentabilidade e aproveitar as oportunidades existentes neste novo modelo.
Pensando na sustentabilidade dentro da esfera das empresas e das 
indústrias, é interessante observarmos o conceito que o International Institute for 
Sustainable Development (IISD) apresenta, que é: para os negócios empresariais, 
desenvolvimento sustentável significa adotar estratégias de negócios e atividades 
que atendam a necessidades da empresa e seus stakeholders hoje, enquanto 
protege, sustenta e melhora os recursos humanos e naturais que serão 
19
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
necessários no futuro (IISD, 2003).
Este conceito revela que as indústrias estão buscando se posicionar e 
compreender esta nova dinâmica presente no desenvolvimento e crescimento de 
forma sustentável. Outro conceito, do prisma corporativo, é que o desenvolvimento 
sustentável é “a busca do equilíbrio entre o que é socialmente desejável, 
economicamente viável e ecologicamente sustentável” (SILVA, QUELHAS, 2006, 
p. 387).
Mesmo diante dos esforços empreendidos e resultados alcançados, é 
possível perceber que ainda resta um longo caminho pela frente, cheio de 
obstáculos e barreiras a serem superadas. Ainda assim, muitos passos já 
foram dados. O tema desenvolvimento sustentável clareou as relações entre 
os sistemas econômicos, humanos e ambientais, expondo suas fragilidades e a 
necessidade urgente de equilíbrio e integração entre estes. Afinal, ficou evidente 
que o crescimento econômico não pode acontecer atingindo os sistemas humano 
e ambiental.
A institucionalização do desenvolvimento sustentável no meio empresarial e 
corporativo tem ocorrido rapidamente, contudo, de diferentes maneiras. Em alguns 
casos, novas aspirações empresariais são visualizadas por trás da agenda da 
sustentabilidade, enquanto outros veem a continuação de antigas aspirações pelo 
controle ou dominação dos recursos mundiais. Já em outros casos, felizmente, 
empresários e executivos sensibilizados pelo tema, tem buscado soluções e 
mudançasconcretas para contribuir com o desenvolvimento sustentável. Assim, 
as organizações verdadeiramente preocupadas com a sustentabilidade são 
aquelas que perseguem nas suas atividades o equilíbrio entre as dimensões 
econômicas, sociais e ambientais. 
 
2.2 DIMENSÕES DA 
SUSTENTABILIDADE – TRIPLE 
BOTTON LINE
Ao falarmos sobre sustentabilidade, sempre referenciamos os aspectos 
ambientais, sociais e econômicos. Isto se deve pelo fato de a sustentabilidade 
estar fundamentada no tripé resultante da visão do Triple Botton Line, denominado 
também de dimensões da sustentabilidade. Muitas vezes, o conceito é apenas 
relacionado a questões ambientais, que são, em alguns casos, as mais nítidas 
e de fácil sensibilização. No entanto, existem mais dimensões presentes no 
desenvolvimento sustentável que também precisam ser observadas, pois 
20
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
englobam comportamentos individuais e coletivos que impactam diretamente na 
vida e na sociedade atual e futura.
Contudo, a sustentabilidade trabalha com um conceito multidimensional, 
em que existem diferentes dimensões e que estas se inter-relacionam e se 
complementam. Existem diferentes propostas de dimensões para representar 
as múltiplas facetas do desenvolvimento sustentável. Em geral, as dimensões 
ambientais, econômicas e sociais são frequentemente destacadas. Na Figura 
2, é possível visualizar as representações para estas dimensões com algumas 
variações: (a) o desenvolvimento sustentável como ponto de interseção entre as 
dimensões ambientais, econômicas e sociais; (b) a sustentabilidade empresarial 
como ponto de interseção entre as dimensões traduzidas em planeta, lucro e 
pessoas; e (c) a linha do pilar ambiental, econômico e social.
FIGURA 2 – REPRESENTAÇÕES DE DIMENSÕES PARA 
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
FONTE: Barbieri (2010, p.146).
Outra proposta de dimensões para o desenvolvimento sustentável considera, 
além das já citadas, as dimensões materiais, ecológicas, legais, culturais, 
políticas e psicológicas. Há, também, propostas que consideram a dimensão 
institucional, além das ambientais, econômicas e sociais. Apesar da tentativa de 
inserir diferentes dimensões da sustentabilidade, cabe ressaltar que, na realidade 
da área produtiva das indústrias as dimensões mais comumente observadas são 
as ambientais, sociais e econômicas, conhecidas e difundidas através do Triple 
Bottom Line (TBL).
O termo Triple Bottom Line surgiu na década de 1990 e tornou-se de 
conhecimento do grande público em 1997, com a publicação do livro Cannibals 
21
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
With Forks: The Triple Bottom Line of 21st Century Business de John Elkington, e, 
desde então, organizações como o Global Reporting Initiative (GRI) e a Account 
Ability (AA) vêm promovendo o conceito do Triple Bottom Line e o seu uso em 
corporações de todo o mundo, que refletem um conjunto de valores, objetivos e 
processos que uma organização deve focar para criar valor em três dimensões: 
econômica, social e ambiental.
Outra fonte que estimula os conceitos do tripé da 
sustentabilidade são as normas. Por exemplo, as diretrizes da norma 
AA1000 auxiliam as empresas na determinação de suas estratégias 
de sustentabilidade e do quanto elas são incorporadas na gestão e 
no dia a dia da empresa. Para conhecer mais sobre o tema, leia o 
artigo que retrata a norma em uma indústria, disponível em: http://
www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2002-cab-1026.pdf
Existem diferentes relações que permeiam as dimensões da sustentabilidade 
e o conceito do Triple Botton Line. A Figura 3 ilustra a relação entre as três 
dimensões para a sustentabilidade, onde observa-se a relação “suportável” 
(bearable) entre o Meio Ambiente (environment) e a Sociedade (social), a 
relação “equitativa” (equitable) entre a Sociedade e a Economia (economic), e 
a relação “viável” (viable) entre a Economia e o Meio Ambiente. O conceito da 
sustentabilidade está justamente no centro das três dimensões, em que é possível 
observar a convergência entre Meio Ambiente, Sociedade e Economia.
FIGURA 3 – TRIPLE BOTTOM LINE
FONTE: Adaptado de Dreosvg (2009).
22
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Muito embora existam outras propostas e uma gama de dimensões 
atribuídas à sustentabilidade, vamos nos concentrar em compreender melhor as 
três dimensões inseridas no conceito do triple botton line.
A dimensão ambiental ou sustentabilidade ambiental é compreendida como 
a preservação dos sistemas de sustentação da vida. Esta pode ser incrementada 
pelo uso das seguintes alavancas: 
• intensificação do uso dos recursos potenciais dos vários ecossistemas, 
com um mínimo de dano aos sistemas básicos e para propósitos 
socialmente válidos; 
• limitação do consumo de combustíveis fósseis e de outros recursos e 
produtos facilmente esgotáveis ou ambientalmente prejudicais; 
• redução do volume de resíduos e de poluição, por meio da conservação 
e reciclagem de energia e recursos;
• autolimitação do consumo material pelos países ricos e pelas camadas 
sociais privilegiadas em todo o mundo; 
• intensificação da pesquisa de tecnologias limpas; 
• definição das regras para uma adequada proteção ambiental.
Desta forma, as organizações devem entender o que é capital natural, ou 
seja, riqueza natural, para, então, fazer uma avaliação própria quanto a sua 
sustentabilidade ambiental. Já a dimensão social ou sustentabilidade social é 
entendida como a consolidação de um processo de desenvolvimento baseado em 
outro tipo de crescimento e orientado por outra visão do que é a boa sociedade. 
O objetivo desta dimensão, portanto, é o de construir uma civilização do “ser”, em 
que exista maior equidade na distribuição do “ter” e da renda, de modo a melhorar 
substancialmente os direitos e as condições de amplas massas de população e a 
reduzir a distância entre os padrões de vida de abastados e não-abastados.
Existe uma preocupação emergente baseada no bem-estar humano para 
que seja aumentada a qualidade de vida das pessoas. Uma das iniciativas sociais 
neste sentido é o movimento para promover a igualdade de renda, que, na 
atualidade, diminui a diferença entre os níveis sociais e melhora o estilo de vida 
social da população.
E, na terceira dimensão, temos a sustentabilidade econômica, que é 
possibilitada por uma alocação e gestão mais eficientes dos recursos e por um 
fluxo regular do investimento público e privado. Uma condição fundamental para 
tanto é superar as atuais condições externas, decorrentes de uma combinação de 
fatores negativos como o ônus do serviço da dívida e do fluxo líquido de recursos 
financeiros do Sul para o Norte, as relações adversas de troca, as barreiras 
23
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
protecionistas ainda existentes nos países tidos industrializados e, finalmente, as 
limitações do acesso à ciência e à tecnologia. Assim, a eficiência econômica deve 
ser avaliada mais em termos macrossociais a que apenas por meio de critérios de 
lucratividade empresarial.
O pilar econômico deve ser avaliado mais em termos macrossociais do 
que apenas por meio de critérios pontuais de lucratividade empresarial, com o 
intuito de promover mudanças estruturais que atuem como estimuladores do 
desenvolvimento humano sem comprometer o meio ambiente natural. Assim, 
será possível agir de forma consciente, promovendo um novo modelo de 
desenvolvimento baseado na economia da permanência, reduzindo a poluição e 
aumentando a qualidade de vida de todos.
1 Descreva e explique cada uma das três dimensões contidas no 
conceito do tripé da sustentabilidade, do Triple Bottom Line.
Desta forma, podemos entender que existe uma busca por parte das 
empresas na adoção de práticas que atendam estas três dimensões, ambiental, 
social e econômica. Porém, sabe-se que mesmo buscando o equilíbrio, este tripé 
porvezes está mais direcionado para a área econômica, social ou ambiental 
dependendo do momento em que vive a empresa. Pensando nestas perspectivas 
existem diversas metodologias que apoiam as empresas que buscam práticas 
sustentáveis, como a Produção Limpa aplicada no setor produtivo das indústrias 
de transformação.
2.3 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Ao pensarmos na dimensão ambiental da sustentabilidade, deparamo-nos 
com macro questões, como o aquecimento global, a destruição da camada de 
ozônio, o consumo de energia e o aumento da produção industrial. Todas essas 
preocupações devem estar presentes no dia a dia das indústrias e, também, das 
pessoas. Afinal, chegamos a este ponto devido a comportamentos individuais e 
coletivos, que precisam ser ajustados para garantirmos um futuro próspero. 
24
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Ao falarmos de comportamento individual e para refletir 
sobre a sustentabilidade, assista o vídeo da ONU sobre 
cinco formas de ser mais sustentável no link: https://youtu.
be/2NwZyszcdEY?list=PLUZOt6bFc2fiWCrPx_O06yeCnKjGIEdr8.
Nesse sentido, devido à velocidade das mudanças, faz se necessário na 
mesma velocidade a avaliação e criação de soluções para esta nova realidade 
de produção e consumo. No entanto, não é isso que observamos na prática, pois 
algumas soluções até são criadas, mas a grande dificuldade está na capacidade 
das indústrias de absorver e inserir novas tecnologias, diferentes formas de 
produção, novas formas de descarte, uso de materiais diferenciados, entre outros. 
Nesta perspectiva, observamos que existe um limite de utilização dos 
recursos naturais para que estes sejam preservados. Como forma de exemplificar 
esta realidade, basta analisarmos as ações que alguns países adotam nesse 
sentido de tentar preservar os seus recursos, entre elas, podemos destacar: 
limitar o crescimento da população, garantir água, alimentos e energia a longo 
prazo, preservar a biodiversidade, usar fontes de energia renovável, controlar 
a urbanização e integrar as regiões do campo, as cidades menores e atender 
a população em suas necessidades de saúde, escola e moradia. Todas estas 
práticas evidenciam a importância da questão ambiental e de estratégias que 
promovam o desenvolvimento sustentável.
Porém, o que sabemos é que o atual modelo de crescimento econômico 
gerou enormes desequilíbrios, se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e 
fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição 
aumentam dia a dia. Diante desta constatação, surge a ideia do Desenvolvimento 
Sustentável, buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação 
ambiental e, ainda, com o fim da pobreza no mundo.
25
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
Para tentar promover um mundo mais equilibrado com proteção 
ambiental e desenvolvimento econômico, surgiu a Agenda 21 criada 
na conferência Rio 92, que serviu de base para outros documentos 
vinculados à sustentabilidade. A agenda foi um marco e um grande 
primeiro passo, pois, na oportunidade, mais de 170 países se 
comprometeram com um conjunto de metas para a criação de 
um mundo mais sustentável. Agora, temos a Agenda 2030 de 
desenvolvimento sustentável, que também agrega um conjunto de 
metas a serem alcançadas. A Agenda 2030 de desenvolvimento 
sustentável está disponível no link http://www.agenda2030.org.br/
sobre/.
De forma prática, dentro das indústrias, se analisarmos as questões 
ambientais vamos nos deparar, inicialmente, com o centro do sistema produtivo 
que é a produção de bens. Para minimizar e diminuir os impactos gerados por 
sistemas produtivos alinhados a outras premissas como a abundância e o uso 
ilimitado dos recursos naturais, é necessário buscar formas mais sustentáveis 
de produção. Uma das formas de caminhar na direção do pilar ambiental da 
sustentabilidade é por meio do uso da metodologia conhecida como produção 
mais limpa, que busca soluções nos processos produtivos das indústrias, com 
foco principal na origem da geração de resíduos.
A produção mais limpa é uma estratégia aplicada na produção e nos 
produtos a fim de economizar e maximizar a eficiência do uso de energia, 
matérias-primas e água e, ainda, minimizar ou reaproveitar resíduos gerados. Ela 
tem procedimentos simples e econômicos, podendo chegar a um número maior 
de empresas, pois a análise é feita compreendendo apenas a unidade fabril em 
questão, sem considerar a cadeia produtiva como um todo, ou seja, fornecedores 
e clientes não são foco de estudo.
Segundo o Comitê Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável 
(CEBDS) (CEBDS, 2005), a produção mais limpa, com seus elementos essenciais, 
adota uma abordagem preventiva em resposta à responsabilidade financeira 
adicional, trazida pelos custos de controle da poluição, assim como auxilia as 
empresas a adotarem práticas de fabricação através de um novo conceito de 
produção e consumo.
A produção mais limpa pode ser considerada uma forma de produzir melhor 
gastando menos, e que nem sempre a alteração em um processo depende de 
26
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
investimentos financeiros. Dessa forma, a produção mais limpa propõe que as 
indústrias invistam em tecnologias para redução de resíduos. Para isto, existe 
uma metodologia que auxilia o processo. O desafio das empresas é colocar entre 
seus planos estratégicos a produção mais limpa, que pode trazer benefícios 
ambientais, econômicos e de saúde ocupacional. Para tanto, é necessária 
uma mudança de atitude de todos, desde os níveis de diretoria até os níveis 
operacionais. A metodologia da produção mais limpa envolve algumas etapas, 
são elas:
a) planejamento e organização – comprometimento da direção e dos 
funcionários e formação de equipes de trabalho;
b) pré-avaliação e diagnóstico – estabelecimento de metas para produção 
mais limpa e elaboração de fluxogramas, com avaliação de entradas e 
saídas;
c) avaliação da produção mais limpa – identificar as ações que podem 
ser implementadas imediatamente e as que necessitam de análises 
adicionais mais detalhadas, através de balanços materiais e de energia 
e informações das fontes e causas da geração de resíduos e emissões;
d) estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental – selecionar as 
oportunidades viáveis e documentar os resultados esperados;
e) implementação e plano de continuidade – implementar as opções 
selecionadas e assegurar atividades que mantenham a produção mais 
limpa, monitorar e avaliar as oportunidades implementadas, assim como 
planejar atividades que assegurem a melhoria contínua com a produção 
mais limpa.
Nesse sentido, a Figura 4 apresenta a lógica da metodologia de implantação 
da produção mais limpa.
FIGURA 4 – METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA
FONTE: Adaptado de Kraemer (2002).
O esquema apresentado na Figura 4 pode ser considerado um pequeno 
exemplo de uma metodologia em prol ao desenvolvimento ambiental sustentável 
dentro das indústrias. Porém, sabemos que um conjunto de ações é o que torna 
27
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
uma indústria ambientalmente correta e responsável. Um outro exemplo a ser 
destacado, que também é utilizado pelas indústrias é o Sistema de Gestão 
Ambiental (SGA). O SGA é um conjunto de ações e diretrizes para que a 
indústria implemente de maneira correta as normas, legislações e boas práticas 
que possibilitam avaliar e controlar os impactos ambientais de suas atividades, 
processos, produtos e serviços.
A intenção do SGA é permitir que a empresa alinhe suas estratégias e 
ações com a preservação do meio ambiente. Com a necessidade mundial de ser 
mais sustentável e com os consumidores cada vez mais exigentes, buscando 
empresas que tenham cuidado com a natureza e o meio ambiente, o sistema de 
gestão ambiental pode ser uma resposta para estruturar as ações da empresae 
dar uma resposta mensurável para a sociedade e seus consumidores.
Além de se portar de forma sustentável o SGA também permite a redução de 
desperdícios e a redução de custos de produção para a empresa. Para entender 
essa lógica, é só pensarmos em uma indústria que utiliza muitos litros de água 
em seu processo produtivo. Caso ela inicie um processo de reaproveitamento 
de água, ela estará reduzindo custos e, ao mesmo tempo, preservando um 
importante recurso natural.
Outro exemplo é a separação correta dos resíduos. Quando eles não são 
separados, tem como destino o aterro comum, mas, ao serem selecionados, 
podem ser vendidos como insumos para outras indústrias. É o caso do metal, 
plástico, vidro, papel, madeira, tecido, entre outros. Para implementar um SGA, 
a principal referência é a ISO 14.001, uma norma da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), que especifica os requisitos para um SGA. Com estes 
requisitos, a empresa passa a compor uma estrutura para avaliar, controlar e 
monitorar os impactos ambientais de sua atividade.
Nesse sentido, para alcançar e cumprir com os requisitos estabelecidos, a 
empresa necessita estabelecer uma política ambiental para apresentar os seus 
compromissos com o meio ambiente. Ter um ciclo de planejamento, execução, 
verificação e melhoria para atingir as metas e objetivos traçados pela organização. 
Além disso, deve haver uma participação efetiva da alta gestão da empresa, que 
deve avaliar de tempos em tempos como está o sistema de gestão ambiental e 
realizar os ajustes necessários.
28
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Para exemplificar a implantação de um sistema de gestão 
ambiental no ambiente industrial, leia o estudo de caso de uma indústria 
de papel que implementou a ISO 14.001. Link: https://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-23112017000200274.
Uma outra iniciativa na busca de caminhos sustentáveis, que também 
é muito conhecida por sua ampla divulgação, é o crédito de carbono, que é a 
redução de emissões de gases que causam o efeito estufa. Este crédito pode 
ser concedido para uma pessoa ou para uma empresa. Um crédito de carbono 
equivale a uma tonelada de carbono que não foi emitida na atmosfera. Esses 
créditos podem ser comercializados no mercado mundial de carbono. Ao comprar 
créditos de carbono, um país ou uma empresa tem a permissão para emitir gases 
do efeito estufa. No entanto, é necessário obedecer às legislações estabelecidas 
pelos países com os limites estabelecidos de emissões.
Para entender um pouco melhor sobre as emissões de carbono 
e o efeito estufa e, também, para refletir se o seu comportamento tem 
cooperado com a conservação do meio ambiente, assista o vídeo 
sobre pegada de carbono no link: https://youtu.be/s2yhSTcBGMI.
Para traçar um caminho sustentável, é necessário, além de sistemas e 
boas práticas, uma forma de medir a sustentabilidade. Neste sentido, é preciso 
estabelecer métricas e sistemas de medição para avaliar se a rota traçada 
está correta ou se precisa de ajustes, porém, uma questão que surge é: como 
medir a sustentabilidade? Quais aspectos avaliar? Acredita-se que, medindo as 
ações, é possível ter uma visão do presente e subsídios para tomar decisões no 
futuro. Para começar, um bom caminho é o estabelecimento de indicadores, sim, 
indicativos que apontam para onde uma indústria está caminhando. 
Os indicadores, dentro do contexto industrial, têm um papel de demonstrar 
pontos passíveis de melhoria, que, se trabalhados pelas indústrias, podem 
promover avanços em prol do meio ambiente, além de proporcionar espaços 
29
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
para reflexão de uma forma de atuação industrial mais consciente. Nas métricas 
ambientais, os indicadores permitem visualizar a sustentabilidade como fator 
competitivo e determinante para as indústrias que desejam destaque em um 
mercado mundialmente acirrado.
Formas de avaliar e medir os impactos ambientais podem ser consideradas 
um caminho interessante para as indústrias atingirem patamares mais equilibrados 
entre a atividade industrial e o meio ambiente. A seguir, conheceremos algumas 
formas de medição.
3 MÉTRICAS DE SUSTENTABILIDADE
Para se compreender melhor um cenário, uma situação, existem mecanismos 
para medir e quantificar as atividades e ações, que são chamados de indicadores. 
Eles permitem que as empresas tenham uma visão mais ampla e uma tomada 
de decisão mais assertiva. Ao se estabelecer indicadores, é possível tirar uma 
fotografia da situação atual, e, com as informações obtidas redirecionar atividades, 
rever processos e impulsionar melhorias dentro das empresas.
3.1 INDICADORES
Os indicadores possibilitam conhecer verdadeiramente a situação que se 
deseja modificar, estabelecer as prioridades, escolher os beneficiados, identificar 
os objetivos e traduzi-los em metas e, assim, acompanhar melhor o andamento 
dos trabalhos, avaliar os processos, adotar os redirecionamentos necessários e 
verificar os resultados e os impactos obtidos. Com isso, aumentam as chances de 
serem tomadas decisões corretas e de se potencializar o uso dos recursos.
Um indicador ajuda a compreender em que ponto se está, qual o caminho 
a ser seguido e a que distância se está da meta estabelecida. O indicador ajuda 
a identificar os problemas antes que se tornem insuperáveis, e auxiliam na sua 
solução. Para que um indicador seja efetivo, é necessário que seja relevante, 
refletindo o sistema que precisa ser conhecido, fácil de ser entendido, confiável e 
baseado em dados acessíveis (HART, 2005).
Para ser relevante e representativo, os tomadores de decisão de uma 
empresa e demais envolvidos no processo precisam considerar importante o 
indicador. Apenas com o comprometimento de todos e a certeza de que a coleta 
de determinado dado fará a diferença nas atividades, é possível se estabelecer 
um ambiente de melhoria. As pessoas não devem olhar para o indicador como 
mais trabalho, mas sim como uma oportunidade de melhoria para seus processos.
30
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Um indicador é capaz de resumir diversas informações para uma pessoa 
que o observa e, também, pode ajudar a sinalizar a indicar a direção a ser 
seguida. Aquilo que é medido tende a se tornar relevante. Indicadores surgem de 
valores e geram valores, e podem ser usados como instrumentos de mudança, 
aprendizagem e propaganda (MEADOWS, 1998).
Os indicadores são informações que apontam características de uma ação, 
atividade ou ambiente. Eles podem ser compostos por uma variável ou um 
conjunto de variáveis. São medições baseadas em mais de um dado. Bellen 
(2006) define variável como uma representação operacional de um atributo 
(qualidade, característica, propriedade) de um sistema. 
Embora os indicadores sejam apresentados na maioria das vezes em forma 
estatísticas ou gráficos, eles são distintos dos dados primários. Segundo Bellen 
(2006), os indicadores e índices mais agregados estão no topo de uma pirâmide 
de informações cuja base são os dados primários derivados do monitoramento e 
da análise das medidas e observações, conforme Figura 5.
FIGURA 5 – PIRÂMIDE DE INFORMAÇÕES
FONTE: Adaptado de Bellen (2006).
Para Bellen (2006), o objetivo dos indicadores é agregar e quantificar 
informações de modo que sua significância fique mais aparente. Eles simplificam 
as informações sobre fenômenos complexos, tentando melhorar com isso o 
processo de comunicação sobre eles de forma mais compreensível e quantificável. 
Um indicador relevante deve possuir algumas destas características (OCDE, 
1993):
31
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
• Ser simples e fácil de interpretar.
• Fornecer um quadro representativo da situação.
• Mostrar tendências ao longo do tempo.
• Responder a mudanças do sistema.
• Fornecer base para comparações.
• Ser nacional ou aplicávela regiões que tenham relevância.
• Estar associado a uma meta ou valor limite de tal modo que os usuários 
possam comparar e avaliar o significado dos valores observados.
A utilização de indicadores para avaliar a dinâmica de um sistema complexo 
(ambiente, organização, território, entre outros) deve levar em conta os objetivos 
essenciais para os quais o indicador foi concebido. Basicamente, um indicador 
pode ter como objetivos (OCDE, 1993), (IISD,1999), (BELLEN, 2006):
• Definir ou monitorar a sustentabilidade de uma realidade.
• Facilitar o processo de tomada de decisão.
• Evidenciar em tempo hábil modificação significativa em um dado sistema.
• Caracterizar uma realidade, permitindo a regulação de sistemas 
integrados.
• Estabelecer restrições em função da determinação de padrões.
• Detectar os limites entre o colapso e a capacidade de manutenção de 
um sistema.
• Tornar perceptíveis as tendências e as vulnerabilidades.
• Sistematizar as informações, simplificando a interpretação de fenômenos 
complexos.
• Ajudar a identificar tendências e ações relevantes, bem como avaliar o 
progresso em direção a um objetivo.
• Prever o status do sistema, alertando para possíveis condições de risco.
• Detectar distúrbios que exijam o replanejamento.
• Medir o progresso em direção à sustentabilidade.
Ao ser selecionado um indicador e/ou ao se construir um índice, tal 
como quando se utiliza um parâmetro estatístico, ganha-se em clareza e 
operacionalidade, e perde-se em detalhe da informação. Os indicadores e os 
índices são projetados para simplificar a informação sobre fenômenos complexos 
de modo a melhorar a comunicação.
Ao se pensar em indicadores de sustentabilidade, indicadores ambientais, 
deve-se verificar as formas existentes de avaliação da sustentabilidade e do meio 
ambiente. Dentro das indústrias podemos citar o uso de alguns indicadores como: 
a quantidade de água utilizada no processo produtivo; a quantidade de energia 
utilizada em uma fábrica; quais fontes de energia são utilizadas; níveis de seleção 
de resíduos; uso de tratamento de efluentes, dentre outros.
32
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Para exemplificar os indicadores ambientais utilizados por 
uma indústria, leia o estudo que apresenta alguns indicadores de 
indústrias dos setores de celulose, têxtil, automotivo, madeireiro e de 
metais sanitários, disponível no seguinte link: https://siambiental.ucs.
br/congresso/getArtigo.php?id=84&ano=_quinto#:~:text=Foram%20
considerados%20como%20indicadores%20principais,Tipos)%20
( Ta b e l a % 2 0 2 ) . & t e x t = O s % 2 0 s e c u n d % C 3 % A 1 r i o s % 2 0
ser%C3%A3o%20classificados%20de,nas%20empresas%20
(Tabela%203). 
3.2 INDICADORES DE 
SUSTENTABILIDADE E 
BIOINDICADORES
Indicadores de sustentabilidade devem ser mais do que indicadores 
ambientais e só se transformam nisto através da incorporação da perspectiva 
temporal, limite ou objetivo. Assim como indicadores de desenvolvimento 
sustentável, devem representar mais do que crescimento econômico, expressando 
também eficiência, suficiência, equidade e qualidade de vida (SIENA, 2002). Os 
indicadores de sustentabilidade identificam até que ponto os objetivos sustentáveis 
são atendidos, sejam eles econômicos, sociais ou ambientais.
Constituem de ferramentas relevantes os indicadores de sustentabilidade, por 
avaliarem o desempenho de uma empresa ou indústria, considerando a variedade 
disponível de indicadores e os níveis diversos de complexidade a ser aplicado 
em qualquer uma delas, cujos índices, desde que planejados, possam melhorar 
o funcionamento e desenvolvimento (AL-SHARRAH; ELKAMEL; ALMANSSOOR, 
2010). Para exemplificar a categorização dos indicadores ambientais, sociais 
e econômicos, abordaremos brevemente sobre Pressão-Estado-Resposta 
(PER) para exemplificar a categorização dos indicadores ambientais, sociais e 
econômicos. 
O modelo PER é utilizado na análise de indicadores da área ambiental e do 
Desenvolvimento Sustentável, estando fundamentado em um marco conceitual 
que aborda os problemas ambientais segundo uma relação de causalidade. 
Os indicadores desenvolvidos pelo modelo buscam responder a três questões 
33
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
básicas: o que está acontecendo com o ambiente (Estado); por que isso ocorre 
(Pressão) e o que a sociedade está fazendo a respeito (Resposta) (CARVALHO; 
BARCELLOS, 2010). Na Figura 6, está sistematizado o modelo PER, segundo a 
OECD.
FIGURA 6 – SISTEMA PRESSÃO-ESTADO-RESPOSTA
FONTE: OECD (1993, s. p).
De acordo com a OCDE (1993), o método PER apresenta a vantagem de 
evidenciar os elos entre a atividade humana e o ambiente e, ajudar os tomadores 
de decisão e o público a perceber a interdependência entre as questões ambientais 
e as outras, sem, todavia, esquecer que existem relações mais complexas nos 
ecossistemas e nas interações entre o meio ambiente e a sociedade. Segundo 
Lira (2008), no modelo PER, os indicadores são divididos em três categorias:
• Indicadores da pressão ambiental, que descrevem as pressões das 
atividades humanas sobre o ambiente, incluindo a quantidade e 
qualidade dos recursos naturais.
• Indicadores das condições ambientais ou de estado que se referem à 
qualidade do ambiente e à qualidade e quantidade dos recursos naturais. 
Eles devem fornecer uma visão da situação do ambiente e sua evolução 
no tempo, não das pressões sobre ele.
• Indicadores das respostas sociais que são medidas que mostram 
a resposta da sociedade às mudanças ambientais, podendo estar 
relacionadas à prevenção dos efeitos negativos da ação do homem sobre 
o ambiente, à paralisação ou reversão de danos causados ao meio, e à 
preservação e conservação da natureza e dos recursos naturais. 
34
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Nesse sentido, a Figura 7 apresenta a estrutura PER e as relações existentes 
entre seus elementos.
FIGURA 7 – ESTRUTURA PER
FONTE: Adaptado de Maranhão (2007).
Ao observarmos o modelo PER, percebemos que ele retrata as conexões 
entre o ambiente e a atividade humana e, também, possibilita a visão ampla 
de vários elementos de um problema ambiental. Por outro lado, as limitações 
do modelo são a falta do estabelecimento de metas a serem atingidas; o olhar 
limitado das pressões no ambiente causadas apenas pela ação humana; e a 
simplificação de situações complexas que são observadas de forma linear.
Outra forma de mensurar as ações ao meio ambiente são os bioindicadores, 
que, de uma forma ampla, referem-se aos seres vivos da natureza utilizados para 
avaliar a qualidade ambiental. Considerando o uso desenfreado dos recursos 
naturais, o qual tem promovido uma degradação do meio ambiente, como a 
contaminação dos mares e dos rios, a poluição do ar, o esgotamento do solo, a 
extinção de espécies dentre tantos outros, percebemos que todo o movimento 
contribui em prol de um desequilíbrio ecológico que pode ser prejudicial e 
comprometer até mesmo a própria vida humana.
Nesse sentido, a interação de uma forma sustentável com a natureza vem 
ganhando força e se transformando em um dos grandes objetivos dos indivíduos, 
sociedade, empresas, organizações e países. Os bioindicadores ajudam a 
quantificar se o meio ambiente está sofrendo com as nossas intervenções, 
pois, por meio de seres vivos, é possível medir as alterações do ambiente. Ao 
se constatar a presença, ausência ou abundância de determinados seres vivos 
35
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
Ao pensarmos na indústria alimentícia, sabemos da importância 
da segurança alimentar e por sua vez do equilíbrio ambiental. 
Por isso para que um produto esteja de acordo com as normas 
estabelecidas, é necessário iniciar o monitoramento lá na agricultura, 
na plantação dos alimentos, observando o controle das pragas 
nas plantações, e isso pode ser realizado com os bioindicadores. 
Outro fatorimportante é o controle de qualidade de produtos 
agrícolas que pode ser assegurado pelas análises microbiológicas. 
Veja esse exemplo para realizar o controle de pragas, por meio de 
indicadores. Link: https://foodsafetybrazil.org/gestao-e-indicadores-
de-controle-de-pragas/#:~:text=Um%20bom%20controle%20de%20
pragas,dados%20e%20um%20hist%C3%B3rico%20de
em determinado ambiente pode ser um indicador de alguma degradação, 
contaminação que pode ser prejudicial para o meio ambiente atual e futuro.
Existem diversos seres que podem atuar como bioindicadores. É 
interessante que eles sejam sensíveis ao desequilíbrio ambiental e que sejam 
de fácil monitoramento. Os bioindicadores permitem uma avaliação mais 
confiável e segura da qualidade ambiental. Ao medir um ambiente e identificar as 
características físicas e químicas, é possível retratar uma condição de uma forma 
pontual, de se obter uma fotografia da situação atual.
Por outro lado, os bioindicadores permitem perceber as consequências da 
ação do homem no meio ambiente e a ação dos seres vivos da natureza podem 
ajudar na diminuição dos impactos provocados pelo ser humano.
Para tornar mais clara a atuação dos bioindicadores abaixo, seguem alguns 
exemplos em diferentes ecossistemas. No solo, por exemplo, temos como um 
bioindicador as minhocas, pois elas podem ser prejudicadas em solos com 
contaminações ambientais ou com falta de nutrientes. A minhoca colabora para a 
fertilidade do solo e, por isso, sua presença é tão importante. O monitoramento de 
bactérias e fungos no solo permite maior produtividade e um uso mais sustentável 
do solo.
No ar, a associação entre fungos e algas formam os chamados liquens, que 
são indicadores da qualidade do ar. Os liquens só conseguem se desenvolver em 
36
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
locais úmidos e sem poluição, por isso, são um bioindicador para ar puro e de 
qualidade. Na água, um exemplo clássico é a maré vermelha, que ocorre quando 
algas vermelhas e marrons se proliferam de forma desordenada. Estes tipos de 
algas são tóxicas e provocam alterações de temperatura da água e salinidade, 
normalmente causado pelo direcionamento do esgoto no mar.
Os bioindicadores ressaltam para nós que a própria natureza se regulariza, 
com uma capacidade incrível de emitir sinais. Cabe ao ser humano observar e 
interpretar estes indicativos e traçar caminhos mais sustentáveis de uso destes 
recursos essenciais.
1 Descreva o que é um bioindicador e qual a sua importância para 
o meio ambiente.
Ao observarmos os diversos indicadores de sustentabilidade, é interessante 
realizar uma análise das vantagens e desvantagens da aplicação de indicadores 
que buscam promover o desenvolvimento sustentável. Na tabela 1 a seguir estão 
descritas algumas vantagens e limitações.
TABELA 1 – SÍNTESE DE ALGUMAS VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA 
APLICAÇÃO DE INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
FONTE: DGA (2000, s. p.).
37
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
No contexto mundial, a avaliação do desenvolvimento 
sustentável conta com alguns direcionamentos já consolidados, 
um exemplo é o documento intitulado Indicators of sustainable 
development: framework and methodologies, publicado pela 
Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (CSD) das Nações 
Unidas. Em sua terceira edição, o documento, também conhecido 
como Livro Azul, contém uma proposta de 50 indicadores essenciais 
e outros 46 complementares, além de recomendações metodológicas 
3.3 AVALIAÇÃO DA 
SUSTENTABILIDADE
Com um conjunto de indicadores, é possível formar métodos e formas de 
avaliar os impactos causados pela ação humana no meio ambiente. Para isso, 
existem diversos métodos e ferramentas utilizados pelas empresas para verificar 
se estão trilhando o caminho de práticas mais sustentáveis. 
Um dos desafios para se alcançar o desenvolvimento sustentável, 
perpassa, necessariamente, pela criação de ferramentas capazes de avaliar a 
sustentabilidade em suas diferentes perspectivas, além de prover informações 
relevantes ao processo de tomada de decisão. Assim, indicadores de 
desenvolvimento sustentável são tidos como instrumentos essenciais para guiar a 
ação e subsidiar o acompanhamento e a avaliação do progresso alcançado rumo 
ao desenvolvimento sustentável (IBGE, 2010).
Vale destacar que as ferramentas e, principalmente, os indicadores 
de desenvolvimento sustentável servem como um meio para se atingir a 
sustentabilidade e não como um fim em si mesmos. Os indicadores e as 
ferramentas acrescentam mais pelo que apontam do que pelo seu valor absoluto, 
e são mais úteis quando analisados em seu conjunto do que pelo exame individual 
de cada indicador.
Os indicadores devem simplificar as informações sobre fenômenos 
complexos, buscando melhorar o entendimento e comunicação sobre estes. 
Podem ser quantitativos ou qualitativos, sendo que existem autores que 
preconizam a utilização de indicadores qualitativos como mais adequados para 
avaliar as experiências referentes a sustentabilidade (VAN BELLEN, 2002). Em 
alguns casos, avaliações qualitativas podem ser transformadas em uma notação 
quantitativa. 
38
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
para avaliação do desenvolvimento sustentável e está disponível no 
link: https://www.un.org/esa/sustdev/csd/csd9_indi_bp3.pdf.
A maioria das avaliações de desenvolvimento sustentável faz uso da proposta 
de indicadores contida no Livro Azul das Nações Unidas. Um dos benefícios 
decorrentes é a disponibilização de informações consolidadas, unificadas e que 
permitem comparações entre diferentes países. 
Ainda que alguns dos indicadores propostos sejam passíveis de adaptação 
para o contexto corporativo, a avaliação do desenvolvimento sustentável nas 
organizações ainda não conta com a disponibilidade de documentos referenciais 
já consolidados. Ainda assim, existem algumas iniciativas que estão sendo 
amplamente utilizadas no meio empresarial corporativo, bem como ferramentas 
de avaliação que podem servir como inspiração para a construção de indicadores 
adequados à realidade e especificidades do público-alvo desejado.
No Quadro 2, estão descritas algumas iniciativas e ferramentas de avaliação 
comumente utilizadas por organizações empresariais e industriais. Esse 
levantamento se torna relevante para proporcionar uma visão geral dos diferentes 
tipos de iniciativas e ferramentas.
QUADRO 2 – FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA
IDENTIFICAÇÃO PAÍS DE ORI-
GEM
DESCRIÇÃO
Indicadores de Responsab-
ilidade Social Empresarial 
(IARSE)
Argentina Guia de autoaplicação para grandes 
empresas. Inclui correlação com 
os princípios do Pacto Global das 
Nações Unidas.
IARSE para Pequenas e 
Médias Empresas (PMEs)
Argentina Ferramenta de autoavaliação e 
planejamento para PMEs.
IARSE para Empresas Co-
operativas de Usuários
Argentina Guia de primeiros passos em re-
sponsabilidade social para empre-
sas cooperativas de usuários.
Conselho Boliviano de Re-
sponsabilidade Social Em-
presarial (COBORSE)
Bolívia Publicação colocada à disposição 
pelo IARSE a partir de uma a adap-
tação feita pela organização argen-
tina dos IARSE, publicado pelo In-
stituto Ethos de Responsabilidade 
Social Empresarial.
Instituto Brasileiro de Aná-
lises Sociais e Econômicas 
(IBASE)
Brasil Demonstrativo numérico sobre as 
atividades sociais das empresas 
em forma de tabela de uma página. 
De fácil preenchimento, permite a 
verificação dos dados e a compara-
ção com outras empresas.
39
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
IDENTIFICAÇÃO PAÍS DE ORI-
GEM
DESCRIÇÃO
Indicadores de Responsab-
ilidade Social Empresarial 
(IARSE)
Argentina Guia de autoaplicação para grandes 
empresas. Inclui correlação com 
os princípios do Pacto Global das 
Nações Unidas.
IARSE para Pequenas e 
Médias Empresas (PMEs)
Argentina Ferramenta de autoavaliaçãoe 
planejamento para PMEs.
IARSE para Empresas Co-
operativas de Usuários
Argentina Guia de primeiros passos em re-
sponsabilidade social para empre-
sas cooperativas de usuários.
Conselho Boliviano de Re-
sponsabilidade Social Em-
presarial (COBORSE)
Bolívia Publicação colocada à disposição 
pelo IARSE a partir de uma a adap-
tação feita pela organização argen-
tina dos IARSE, publicado pelo In-
stituto Ethos de Responsabilidade 
Social Empresarial.
Instituto Brasileiro de Aná-
lises Sociais e Econômicas 
(IBASE)
Brasil Demonstrativo numérico sobre as 
atividades sociais das empresas 
em forma de tabela de uma página. 
De fácil preenchimento, permite a 
verificação dos dados e a compara-
ção com outras empresas.
Escala Akatu de Respons-
abilidade Social Empresar-
ial
Brasil Escala que propõe um conjunto de 
60 referências Akatu – Ethos de Re-
sponsabilidade Social Empresarial 
(RSE) que, uma vez respondidas, 
permite às empresas serem catego-
rizadas em quatro grupos homogê-
neos em sua prática de responsab-
ilidade social.
Bolsa de Valores Sociais e 
Ambientais (BOVESPA)
Brasil Programa pioneiro no mundo, 
lançado pela Bovespa – Bolsa de 
Valores de São Paulo, para apoiar 
projetos na área da educação e 
do meio ambiente, apresentados 
por ONGs brasileiras, por meio da 
reprodução do mesmo ambiente 
de uma bolsa de valores, visando 
promover melhorias nas perspecti-
vas sociais e ambientais do País. A 
ideia é unir organizações não-gov-
ernamentais que precisem de re-
cursos financeiros e de investidores 
(doadores) dispostos a provê-los.
Indicadores ETHOS de Re-
sponsabilidade Social Em-
presarial
Brasil Ferramenta de autodiagnóstico cuja 
principal finalidade é auxiliar as em-
presas a gerenciarem os impactos 
sociais e ambientais decorrentes de 
suas atividades.
Matriz Brasileira de Evidên-
cias de Sustentabilidade – 
ETHOS
Brasil Análise que relacione aspectos da 
sustentabilidade com reconhecidos 
fatores de sucesso nos negócios.
Matriz de Critérios Essenci-
ais de SER e seus Mecanis-
mos de Indução – ETHOS
Brasil Matriz que procura identificar um 
conjunto de critérios essenciais de 
responsabilidade social empresari-
al e os diversos agentes indutores, 
no Brasil, que contribuem para a 
adoção de práticas de gestão so-
cialmente responsáveis.
Indicadores GIFE de 
Gestão do Investimento 
Social Privado – GIFE
Brasil Conjunto de indicadores para aval-
iação da gestão do investimento so-
cial da organização.
Manual de Indicadores de 
Responsabilidade Social 
das Cooperativas – FIDES
Brasil Ferramenta de análise, planeja-
mento e acompanhamento das 
práticas de responsabilidade social 
das cooperativas.
40
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Instrumento para aval-
iação da sustentabilidade 
e planejamento estratégico 
– FDC
Brasil Instrumento que sintetiza a com-
preensão histórica e das tendên-
cias futuras (estado da arte) de 
articulação entre os conceitos e 
práticas sobre Sustentabilidade e 
Planejamento Estratégico (SPE), 
possibilitando, dessa maneira, o 
estabelecimento de uma pauta para 
o encontro entre as premissas do 
movimento pelo desenvolvimento 
sustentável e a função de planeja-
mento nas organizações.
Indicadores de Responsab-
ilidade Social Corporativa – 
ACCIÓN
Chile Ferramenta prática que permite às 
empresas avaliar o nível de desen-
volvimento de suas estratégias, 
políticas e práticas nos distintos 
âmbitos que envolvem a respons-
abilidade de um bom cidadão cor-
porativo.
Manual de SER para PMEs 
– PROHUMANA
Chile Manual orientado para as pequenas 
e médias empresas chilenas, que 
aspiram a adotar de maneira grad-
ual estratégias de responsabilidade 
social que as levem a alcançar mel-
horas em sua gestão e obter um 
desenvolvimento humano suste-
ntável.
Sistema de Gestión de 
Responsabilidad Integral 
(SGRI)
Colômbia Conjunto de instrumentos que 
permite administrar, com um enfo-
que mais sistemático, os esforços 
necessários para atingir, com êxi-
to, o desenvolvimento sustentável 
e a responsabilidade social dos 
negócios.
Índice CCRE - Centro Co-
lombiano de Responsabili-
dade Empresarial
Colômbia O índice CCRE é uma ferramenta 
que avalia o estado das práticas 
de Responsabilidade Social que 
desenvolve a empresa com seus 
grupos de interesses e a congruên-
cia de seus processos, políticas e 
princípios corporativos dentro de 
esquemas de gestão socialmente 
responsáveis. 
Indicadores de Respons-
abilidade Social do Consor-
cio Ecuatoriano para la RS 
(CERES)
Equador Indicadores que permitam quan-
tificar o grau de responsabilidade 
social das empresas, fundações, 
universidades, entre outras organi-
zações.
41
Sustentabilidade na IndústriaSustentabilidade na Indústria Capítulo 1 
Manual de Autoevaluación 
de la Responsabilidad So-
cial Empresarial – DERES
Uruguai Indicadores de Responsabilidade 
Social Empresarial.
Modelo de Responsabili-
dade Social Peru 2021
Peru Ilustração prática da aplicação da 
responsabilidade social que inclui 
uma revisão do conceito de re-
sponsabilidade social, as ações 
que devem ser executadas pela 
empresa junto a cada um dos seus 
stakeholders ou grupos de inter-
esse, e os benefícios gerados por 
estas ações, tanto para o grupo de 
interesse impactado como para a 
própria empresa.
Indicadores de Responsab-
ilidade Social Empresarial 
para Costa Rica - AED
Costa Rica Ferramenta de autodiagnóstico que 
tem o intuito de rever a gestão da 
empresa em cada uma das áreas 
que demanda uma conduta social-
mente responsável.
Autoavaliação de Práticas 
de SER – FUNDEMAS
El Salvador Objetivo de contribuir para o desen-
volvimento econômico e social de 
El Salvador, mediante o fortaleci-
mento da Responsabilidade Social 
da empresa privada, da promoção 
da filantropia empresarial e do fo-
mento dos comportamentos em-
preendedores.
IndicaRSE 2006 – CEN-
TRARSE
Guatemala Instrumento de autoavaliação que 
mede a aplicação de políticas e 
práticas de RSE.
AutoevaluaRSE – CEDIS Panamá Indicadores para autoavaliação da 
responsabilidade social.
The Good Company – Ca-
nadian Business for Social 
Responsibility (CBSR)
Canadá Questionário e diretrizes que for-
mulam um conjunto de práticas que 
podem ser facilmente aplicadas 
por pequenas, médias e grandes 
empresas que desejam melhorar 
a gestão da sua responsabilidade 
social.
SD Planner – Global Envi-
ronmental Management Ini-
tiative (GEMI)
EUA Ferramenta de autodiagnóstico, 
automatizada, desenhada para aju-
dar as empresas a avaliar, plane-
jar e integrar o desenvolvimento 
sustentável em seus processos de 
negócio.
42
 Avaliação de Impactos Ambientais na Indústria
Global Citizenship 360 – 
Future 500 (GC 360)
EUA e Japão Software que permite melhor de-
sempenho e estratégia de respons-
abilidade social corporativa e ajuda 
a aprimorar relatórios de sustentab-
ilidade e no modelo proposto pela 
GRI.
Indicadores de Instituciona-
lidad y Transparencia – CE-
MEFI
México Indicadores para que as organi-
zações da sociedade civil (OSCIP), 
dedicadas à assistência, promoção 
e desenvolvimento social, e que lu-
tam por causas fundamentadas nos 
princípios de solidariedade, filan-
tropia e corresponsabilidade social, 
possam contar com um guia para 
alcançar padrões de institucionali-
dade e transparência.
Integrated Management 
Systems (IMS) (ECO4W-
ARD)
Áustria Gestão integrada de várias ferra-
mentas passíveis de certificação: 
ASchG, OHSAS 18001, SCC, EM-
ASVO, ISO 14001, ISO 9001:2000, 
ISO 9004:2000.
Albatros – Business & Soci-
ety Belgium
Bélgica Questionário para autoavaliação da 
gestão geral e da responsabilidade 
social das empresas.
VastuunAskeleit – Finnish 
Business & Society
Finlândia É um conjunto de ferramentas que 
ajuda empresas a desenvolver a re-
sponsabilidade social corporativa.
Guide CSR Europe Allianc-
es
França Adaptação francesa de uma ferra-
menta desenvolvida por uma insti-
tuição de âmbito europeu destinada 
a pequenas e médias empresas 
que desejam

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