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NBR5626-Melo-2022

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Prévia do material em texto

PATRÍCIA CRISTINA BANDEIRA DE MELO 
 
 
 
 
 
 
NBR 5626: UM COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE 
1998 E 2020 PARA INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2022
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
Patrícia Cristina Bandeira de Melo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NBR 5626: UM COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE 1998 E 2020 PARA 
INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade 
Monografia, submetido ao Departamento de 
Engenharia Civil da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte como parte dos requisitos 
necessários para obtenção do Título de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
 
Orientador: Profª. Drª. Micheline Damião Dias 
Moreira 
Coorientador: Mariana Lopes A. M. de Melo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal-RN 
2022 
 
 
Patrícia Cristina Bandeira de Melo 
 
NBR 5626: UM COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE 1998 E 2020 PARA 
INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA 
 
 
Trabalho de conclusão de curso na modalidade 
Monografia, submetido ao Departamento de 
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte como parte dos requisitos 
necessários para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
 
 
Aprovado em 11 de fevereiro de 2022: 
 
 
___________________________________________________ 
Profª. Drª. Micheline Damião Dias Moreira – Orientadora 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
___________________________________________________ 
Engª. Mariana Lopes Araújo Medeiros de Melo – Coorientadora 
 
 
___________________________________________________ 
Prof. Dr. Manoel Lucas Dantas Filho – Examinador interno 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
 
___________________________________________________ 
Eng. Antônio Teobaldo Bastos Júnior – Examinador externo 
 
 
 
Natal-RN 
 2022 
Melo, Patrícia Cristina Bandeira de.
 NBR 5626: um comparativo entre as normas de 1998 e 2020 para
instalações de água fria / Patrícia Cristina Bandeira de Melo. -
2022.
 68f.: il.
 Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Civil,
Natal, 2022.
 Orientadora: Dra. Micheline Damião Dias Moreira.
 Coorientadora: Dra. Mariana Lopes Araújo Medeiros de Melo.
 1. Instalação predial - Monografia. 2. Água fria -
Monografia. 3. Água quente - Monografia. 4. NBR - Monografia. I.
Moreira, Micheline Damião Dias. II. Melo, Mariana Lopes Araújo
Medeiros de. III. Título.
RN/UF/BCZM CDU 624
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Elaborado por Raimundo Muniz de Oliveira - CRB-15/429
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"A hora mais assustadora é sempre antes de começar. Depois disso, as coisas só podem 
melhorar.” – Stephen King 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais, Jubilene e Sidney 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Seria impossível escrever este trabalho – provavelmente o mais importante da minha 
vida – e não agradecer àquelas pessoas que formaram minha rede de suporte. Entretanto, 
primeiramente, gostaria de agradecer a Deus, que nos concede toda e qualquer capacidade e 
nos trouxe até aqui. Tenho certeza que este é apenas mais um início. 
Aos meus pais, que durante todos os anos de minha vida vi trabalharem com o desejo 
de dar aos seus filhos a melhor educação possível como o objetivo principal. Tenho certeza que 
o melhor de mim é resultado do trabalho duro deles e espero algum dia poder retribuir à altura. 
Aos meus irmãos, Antônio Marcos e Priscila, por terem sido constantemente meu 
ponto de fuga quando mais precisei de um tempo das pressões que o bacharelado me trouxe. 
Meu irmão com seu constante bom humor e alguns conselhos sempre que achou necessário, e, 
principalmente, minha irmã por ter se feito presente mesmo quando não lhe era conveniente. 
Minha eterna gratidão a vocês. 
Gratidão aos meus amigos de curso – e agora de vida -, Mariana, Bia, Clécio e Ellen. 
Não sei se eles têm alguma noção disso, mas nossas pausas para o café e tantas conversas 
durante esses anos foram a forma mais leve que poderia pedir para passar a graduação. 
“Seguramos diversas barras” juntos, aguentamos a pressão de cada semestre, viramos 
madrugadas estudando e, mais ainda, formamos um vínculo único e que nenhum outro poderá 
substituir. Vocês são o maior presente que a UFRN me deu. 
Se sou grata a Mariana (citada acima) pela graduação que pudemos cursar juntas, quero 
agradecer ainda mais por ela ter aceitado ser minha coorientadora neste trabalho. Sem ela, é 
bem provável que muito do que consta nestas páginas fosse diferente e, honestamente, com 
certeza eu não teria conseguido sem sua ajuda. Pelo menos não sem várias dores de cabeça a 
mais. 
Concluo agradecendo àquela a quem tanto admiro e sou feliz por ter sido aluna: minha 
orientadora, Micheline Damião. Agradeço imensamente por ter aceitado ser meu grande auxílio 
nessa etapa da minha vida e sou cheia de felicidade por ter tido a oportunidade de ser instruída 
por alguém que tanto respeito. Encontrei em sua pessoa não apenas uma professora 
extraordinária, como também uma mulher incrível, surpreendentemente paciente, 
compreensiva e de um intelecto maravilhoso. Obrigada por tudo! 
 
 
 
RESUMO 
 
NBR 5626: UM COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE 1998 E 2020 PARA 
INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA 
 
Este trabalho objetiva analisar as mudanças nos projetos hidráulicos decorrentes da nova 
NBR 5626:2020, a qual substituiu a NBR 5626:1998 e anulou a NBR 7198:1993. O estudo será 
feito a partir de um comparativo entre os resultados obtidos para o dimensionamento do sistema 
de água fria de uma residência unifamiliar de acordo com ambas as normas, discutindo o 
impacto que as mudanças constatadas poderão trazer tanto a nível de projeto e execução, bem 
como na utilização das instalações. Pretende-se, assim, que os resultados desta pesquisa 
norteiem e auxiliem profissionais e estudantes da área da construção civil (Engenharia Civil, 
Arquitetura, técnicos de instalações hidráulicas etc.) quanto às principais implicações 
resultantes das mudanças advindas com a nova norma. 
 
Palavras-chave: Instalação. Predial. Hidráulica. Água. Fria. Quente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
NBR 5626: A COMPARISON BETWEEN THE 1998 AND 2020 STANDARDS FOR 
COLD WATER INSTALLATIONS 
 
This work focus to analyze the changes in hydraulic projects resulting from the new 
NBR 5626:2020 - which replaced the NBR 5626:1998 and annulled the NBR 7198:1993. The 
study will base on the comparison between the results acquired for the dimensioning of the 
Cold-Water System of a one-family residence following both standards, discussing the impact 
that the changes might bring in terms of design and execution - plus the use of those facilities. 
It is purposed - therefore - that the results of this research assist professionals and students in 
the area of Civil Construction (Civil Engineering, Architecture, technicians of hydraulic 
installations, etc.) in regards to the main implications outcoming from these changes 
implemented by the new pattern. 
 
Keywords: Facility. Building. Hydraulics. Water. Cold. Hot. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11 
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 11 
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 11 
1.3 OBJETIVOS ..........................................................................................................................12 
1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................................. 12 
1.3.2 Objetivos específicos .................................................................................................................. 12 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 14 
2.1 CONCEITOS GERAIS ............................................................................................................ 14 
2.1.1 Ramal Predial .............................................................................................................................. 14 
2.1.2 Alimentador Predial .................................................................................................................... 14 
2.1.3 Sistemas de Abastecimento ........................................................................................................ 15 
2.1.4 Reservatórios .............................................................................................................................. 21 
2.1.5 Potabilidade ................................................................................................................................ 21 
2.1.6 Pressões ...................................................................................................................................... 22 
2.1.7 Sistema de Recalque ................................................................................................................... 23 
2.1.8 Golpe de Aríete ........................................................................................................................... 23 
2.2 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA ............................................................................... 24 
2.2.1 Perdas de Carga .......................................................................................................................... 24 
2.3 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE .......................................................................... 33 
2.3.1 Rede de Distribuição ................................................................................................................... 33 
2.3.2 Materiais empregados ................................................................................................................ 34 
2.3.3 Sistemas prediais de água quente .............................................................................................. 37 
2.3.4 Dimensionamento....................................................................................................................... 38 
3. METODOLOGIA - MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................... 39 
3.1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................. 39 
3.2 – ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS NORMAS ..................................................................... 39 
3.3 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO ........................................................................... 40 
3.4 – IDENTIFICAÇÃO, EM PROJETO, DAS PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES DAS MUDANÇAS NORMATIVAS
 41 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 52 
4.1 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS ....................................................................... 52 
4.1.1 Anexos ......................................................................................................................................... 52 
4.1.2 Pressões Mínimas ....................................................................................................................... 53 
4.1.3 Pressões Máximas ....................................................................................................................... 54 
4.1.4 Reservatórios .............................................................................................................................. 55 
4.1.5 Potabilidade ................................................................................................................................ 56 
 
 
4.1.6 Golpe de Aríete ........................................................................................................................... 56 
4.1.7 Perda de Carga ............................................................................................................................ 56 
4.1.8 Água Quente ............................................................................................................................... 57 
4.1.9 Dilatação Térmica ....................................................................................................................... 57 
4.2 IMPACTOS DA NOVA NORMA EM UM PROJETO HIDRÁULICO ................................................. 58 
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 66 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Considerações iniciais 
 
 As Normas Técnicas Brasileiras (NBRs) são normas aprovadas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que têm como objetivo fornecer, para uso comum e 
repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à 
obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Este grau de qualidade se dá, 
normalmente, pela consequente padronização normativa estabelecida. 
Na construção civil, as NBRs definem desde valores a serem admitidos para projetos 
até como devem ser executadas diversas atividades. Além disso, essas normas passam por 
revisões, atualizações e até mesmo extinção ao longo do tempo. Algumas delas podem ser 
acrescidas ou reduzidas em alguns pontos, outras podem surgir a partir da fusão entre duas ou 
mais normas, as quais acabam sendo extintas em detrimento da nova norma que surgiu. 
No Brasil, a NBR 5626:1998 era o documento responsável – na prática, até o fim de 
2020 – pelas especificações relacionadas às instalações de água fria. Entretanto, esta norma foi 
revisada e alterada, resultando na NBR 5626:2020, cuja utilização passou a ser exigida a partir 
do ano de 2021 não apenas para os projetos de instalações de águas frias como também para 
execução, operação e manutenção destas. Além disso, esta norma traz diretrizes e 
recomendações também para instalações de água quente, extinguindo a NBR 7198:1993, a qual 
até então tinha essa função. 
Este projeto de trabalho de conclusão de curso irá focar os aspectos relacionados às 
instalações de água fria. Entretanto, tendo em vista que a nova norma aborda também as 
instalações de água quente, estas serão brevemente comentadas nesse estudo. 
 
1.2 Justificativa 
 
Juntamente com a falta de conhecimento e técnica na execução de uma obra, as 
contradições e falta de clareza em projetos estruturais, arquitetônicos e de instalações elétrica e 
hidrossanitárias são os maiores responsáveis por grandes problemas em edificações recém-
construídas. Para Gnipper (2010), 50% das patologias são decorrentes de falhas ainda no projeto 
e a utilização incondicional das normas técnicas em vigor e da manutenção preventiva é 
bastante defendida. 
12 
 
Dentre os problemas citados acima, são as deficiências em projetos estruturais e de 
instalações que podem causar os maiores transtornos tanto a curto e médio prazos quanto num 
futuro um pouco mais distante. O presente trabalho abordará as instalações hidráulicas – mais 
precisamente as instalações de água fria – e sua normatização para sistemas prediais em 
qualquer tipo de edifício, residencial ou não, devidoà necessidade de constante atualização dos 
profissionais da engenharia e construção civil, principalmente se tratando de uma norma 
alterada e atualizada após tantos anos da sua última revisão. 
Há também a necessidade de observar que a nova norma não apenas especifica 
requisitos para projeto como também para execução, operação e manutenção de sistemas 
prediais de água fria e de água quente (NBR 5626:2020). Logo, sua análise mais detalhada não 
é apenas indicada, como também necessária. 
Para a realização deste trabalho, as principais fontes de informação serão justamente 
as normas antigas (5626:1998 – Instalação predial de água fria e NBR 7198:1993 – Projeto e 
execução de instalações prediais de água quente) e a nova (NBR 5626:2020 – Sistemas Prediais 
de Água Fria e Água Quente – Projeto, execução, operação e manutenção), além de obras como 
Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura (Carvalho, 2017), Instalações Hidráulicas 
Prediais e Industriais (Macintyre, 2010), Hidráulica Básica (Porto, 2006), Mecânica dos Fluidos 
(Zampar, 2018) e Manual de Instalações Prediais (Almeida et al., 2021). 
 
1.3 Objetivos 
 
1.3.1 Objetivo geral 
 
O objetivo desde trabalho é realizar uma análise comparativa entre as NBR 5626:2020 
e NBR 5626:1998, destacando pontos positivos e negativos, além de diferenças e semelhanças 
nas recomendações e nos métodos de cálculo para o dimensionamento das instalações através 
de um estudo de caso. 
1.3.2 Objetivos específicos 
 
Os principais objetivos específicos deste trabalho são: 
▪ Identificar e analisar novas informações presentes na NBR 5626:2020 e suas 
implicações no projeto de instalações hidráulicas; 
13 
 
▪ Apontar as principais alterações e suas implicações a fim de auxiliar 
profissionais da área de engenharia no processo de adequação à nova norma; e 
▪ Demonstrar na prática a aplicação da nova norma em um estudo de caso 
composto de um projeto de instalações hidráulicas e refletir sobre seu impacto 
na obra em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Este tópico tem como objetivo apresentar conceitos e informações resultantes da 
pesquisa bibliográfica, acerca da nova norma ABNT NBR 5626:2020, que foi elaborada 
através da incorporação da ABNT NBR 7198:1993 à ABNT NBR 5626:1998. Tal estudo 
tem caráter exploratório sobre o tema com a função de proporcionar uma visão sobre as 
principais mudanças e suas implicações. 
 
2.1 Conceitos gerais 
2.1.1 Ramal Predial 
É, segundo Macintyre (2010), “o trecho do encanamento compreendido entre o 
distribuidor público de água e a instalação predial caracterizada pelo aparelho medidor ou 
limitador de descarga, o qual é considerado como parte integrante do ramal externo”. Ou seja, 
é toda a tubulação que se estende do distribuidor público até o cavalete da edificação, como 
mostrado na Figura 1. 
 
 
 
 
2.1.2 Alimentador Predial 
De acordo com Carvalho (2017), trata-se da canalização que liga o cavalete ao 
reservatório interno. Ou seja, é toda a tubulação localizada entre o ramal predial e a primeira 
válvula de flutuador do reservatório (Figura 2) 
Figura 1 – Esquema de um ramal de abastecimento d'água (sistema usual) 
Fonte: Macintyre (2010) 
15 
 
 
 
 
2.1.3 Sistemas de Abastecimento 
Os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) são obras de engenharia cujas 
instalações englobam desde a captação e adução da água até seu tratamento e posterior 
distribuição para benefício de uma determinada população. 
São três os sistemas de abastecimento da rede predial de distribuição, cada um com suas 
vantagens e desvantagens, devendo ser escolhido o sistema que melhor se adequar às 
características da edificação e da região na qual se encontra, sendo o projetista o principal 
responsável por essa análise e sua consequente decisão. Os sistemas são: 
▪ Sistema Direto 
De acordo com Macintyre (2010), no Sistema Direto a alimentação do sistema 
predial de distribuição é feita diretamente pelo ramal predial, ou seja, pela rede 
pública de abastecimento, ocorrendo quando esta apresenta fluxo contínuo e pressão 
suficiente, não havendo a necessidade de reservatórios. Assim, ainda segundo o 
autor, a rede interna pode ser vista como uma extensão da rede pública, como é 
possível visualizar na Figura 3. 
Esse sistema tem como vantagem, segundo Carvalho (2017), o baixo custo de 
instalação. Entretanto, quaisquer problemas envolvendo a rede pública – como 
Figura 2 – Representação gráfica de uma instalação predial 
Fonte: Adaptado de: <https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-ramal-predial.html>. 
Acesso em 26 de janeiro de 2022 
16 
 
baixas pressões, deficiência no abastecimento ou mesmo a interrupção do mesmo – 
irão afetar diretamente o sistema predial de distribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Sistema Indireto 
o Sem bombeamento 
Sua maior vantagem é a garantia de abastecimento do sistema predial 
mesmo que haja a interrupção momentânea do abastecimento da rede 
pública, já que é um sistema escolhido quando há pressão suficiente e fluxo 
contínuo na mesma, possibilitando a alimentação de um reservatório 
superior que, por gravidade, distribui a água para todos os pontos de 
consumo da edificação (Figura 4). Assim, deve-se considerar que o 
reservatório em questão está posicionado acima de todos esses pontos. 
A desvantagem deste sistema está no porte das edificações onde ele 
costuma ser utilizado. Segundo Carvalho (2017), recomenda-se seu uso 
apenas em edifícios até três pavimentos ou com no máximo 9 metros de 
altura total até o reservatório. Entretanto, de forma prática e a depender da 
região onde a edificação se encontra, este sistema pode sofrer alterações pelo 
Fonte: Carvalho (2017) 
Figura 3 – Sistema de distribuição direta 
17 
 
projetista e passar a fazer uso também de reservatório inferior quando houver 
mais de dois pavimentos. 
 
 
 
 
 
 
o Com bombeamento 
De acordo com Carvalho (2017), ao contrário do sistema anterior, o 
Sistema Indireto com Bombeamento é vantajoso para edificações com mais 
de três pavimentos e/ou acima de 9 metros de altura até o reservatório. Isso 
se deve à utilização de um sistema de recalque (conjunto motor-bomba) para 
auxiliar no abastecimento do reservatório superior a partir de um reservatório 
inferior alimentado pela rede pública de abastecimento, cuja pressão é 
insuficiente e não possui fluxo contínuo para alimentar diretamente um 
reservatório mais elevado. 
Neste sistema, a alimentação da rede predial de distribuição continua 
sendo realizada por gravidade a partir do reservatório superior, como 
representado na Figura 5. 
 
 
 
 
Fonte: Carvalho (2017) 
Figura 4 – Sistema indireto sem bombeamento 
18 
 
 
 
 
 
 Macintyre (2010) aponta, ainda, a possibilidade de se utilizar dois 
reservatórios elevatórios em situações onde a altura da edificação resultar em 
uma pressão máxima superior a 400 kPa (40 mca) na coluna de distribuição. 
Dessa forma, cada reservatório será auxiliado por uma bomba e irá atender 
parte dos pavimentos do prédio em questão, como ilustrado na Figura 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Carvalho (2017) 
Figura 5 – Sistema indireto com bombeamento 
19 
 
 
 
 
 
o Hidropneumático 
Este é um sistema pouco utilizado devido ao custo de instalação e 
manutenção e que, quando empregado, geralmente se deve à não utilização 
de reservatório superior – seja por motivos técnicos ou econômicos. Nele, a 
água é pressurizada do reservatório inferior a partir de um equipamento 
próprio para este fim e, então, distribuída pela rede predial (Figura 7). Além 
dos custos iniciais de instalação e fixos de manutenção, outra desvantagem 
desse sistema é que, havendo interrupção energética na região e não 
existindo um gerador na edificação que dê suporte ao equipamento 
hidropneumático, a distribuição predialde água estará temporariamente 
comprometida. 
 
Figura 6 - Sistema indireto com dois reservatórios 
Fonte: Macintyre (2010) 
20 
 
 
 
 
 
▪ Sistema Misto 
Neste caso, o sistema de distribuição predial é alimentado tanto pelo reservatório 
superior quanto diretamente pela rede público (Figura 8). Isto é, segundo Carvalho 
(2017), o que torna o sistema misto mais usual e vantajoso que os demais, já que 
não depende totalmente da constância do abastecimento de água público e entrega 
maior pressão de água nos pontos que estarão sendo alimentados pela rede pública, 
como torneiras externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Carvalho (2017) 
Figura 7 – Sistema indireto hidropneumático 
21 
 
 
 
 
 
2.1.4 Reservatórios 
No Brasil, as instalações prediais contam com a presença de reservatórios no sistema 
de abastecimento indireto para que seja garantida sua regularidade e, estando estes reservatórios 
localizados a uma altura superior, para que os pontos de consumo sejam alimentados por 
gravidade. 
Convencionalmente, é estabelecido que o reservatório domiciliar não esteja a uma 
altura superior a 9m (ou 3 pavimentos) em relação à via pública devido à necessidade de 
atendimento do sistema pela pressão da rede de distribuição, que pode variar ao longo do seu 
trajeto. Não havendo a possibilidade de alimentação do reservatório de forma direta, utiliza-se 
um sistema de recalque constituído por pelo menos dois reservatórios – um inferior e um 
superior. Assim, o reservatório inferior será alimentado pela rede pública de distribuição e, por 
sua vez, irá alimentar o reservatório superior através do conjunto motor-bomba que compõe o 
sistema de recalque. 
 
2.1.5 Potabilidade 
Potabilidade da água é a água própria para consumo humano, não apresentando 
contaminantes nem risco à saúde. 
 
Fonte: Carvalho (2017) 
Figura 8 – Sistema de distribuição mista 
22 
 
2.1.6 Pressões 
São consideradas três tipos de pressão para instalações prediais: estática, dinâmica e 
de serviço. No Brasil, adota-se o Sistema Internacional de Medidas, o qual considera o Pa 
(pascal) como unidade de pressão. Entretanto, elas também podem ser medidas em kgf/m² 
ou mca (metro de coluna d’água), sendo que 1 kgf/m² corresponde à pressão exercida por 
10 metros de coluna d’água. 
▪ Pressão Estática 
Segundo a NBR 5626:2020, é a carga de pressão ou carga piezométrica 
atuante em determinada seção de tubulação sob carga, porém sem escoamento, 
considerada em sua linha de eixo. Ou seja, trata-se da pressão nos tubos quando 
a água está parada. 
Ainda segundo a norma, seu valor não pode passar de 400 kPa (40 mca) 
nos pontos de utilização. Logo, o maior valor possível de altura entre o 
reservatório superior e o ponto mais baixo da instalação predial para que todo o 
sistema funcione corretamente é de 40 metros. Do contrário, ocorrerá golpe de 
aríete e as instalações irão demandar mais manutenções. 
Em edificações com altura maior do que 40 metros, é comum que 
projetistas considerem a utilização de válvulas redutoras de pressão. 
▪ Pressão Dinâmica 
É definida pela diferença entre a pressão estática e as perdas de cargas 
distribuídas e localizadas e, de acordo com a NBR 5626:2020, não deve ser 
inferior a 10 kPa (1 mca) nos pontos de utilização. Além disso, a norma também 
estabelece que, com exceção dos trechos verticais de tomada d’água nas saídas 
de reservatórios elevados para os barriletes (sistema indireto), a pressão 
dinâmica não pode ser inferior a 5 kPa (0,5 mca), qualquer que seja o ponto da 
rede predial e do sistema de distribuição. Segundo Carvalho, esse valor mínimo 
impede pressão negativa no ponto crítico da rede de distribuição, que se encontra 
no encontro entre o barrilete e a coluna de distribuição. 
A pressão dinâmica requerida para o adequado 
funcionamento da peça de utilização ou do correspondente 
aparelho sanitário operando com vazão de projeto pode ser 
obtida junto ao respectivo fabricante ou responsável pela 
colocação do produto no mercado nacional. (NBR 5626:2020) 
23 
 
▪ Pressão de Serviço 
A NBR 5626:2020 a define como o maior valor de pressão a que um 
componente pode ficar submetido em condição de operação normal. 
Sobrepressões devem ser consideradas no dimensionamento das tubulações, mas 
não devem ser superiores a 200 kPa (20 mca) em relação à pressão dinâmica 
prevista em projeto. Logo, tendo-se em vista esta sobrepressão admissível e o 
valor máximo para a pressão estática (40 mca), entende-se que o valor máximo 
da pressão de serviço deve ser 60 mca. 
 
2.1.7 Sistema de Recalque 
O transporte da água de uma fonte inferior para um ponto superior da edificação é 
realizado através de um sistema de recalque, o qual atua por meio de bombeamento. 
Segundo Porto (2006), existem dois aspectos mais importantes a serem considerados 
ao se projetar um sistema de recalque (ou sistema elevatório): o diâmetro da tubulação de 
recalque e a potência necessária do conjunto motor-bomba devido à tubulação de sucção. 
De acordo com a NBR 5626:2020, sistemas de recalque devem utilizar comandos de 
acionamento e desativação automáticos. 
 
2.1.8 Golpe de Aríete 
Segundo Carvalho (2017), o golpe de aríete pode ser conceituado como um fenômeno 
que causa ruídos extremamente desagradáveis, ocorrendo devido a choques da água com a 
tubulação quando a primeira, vindo em velocidades consideradas altas, é bruscamente 
interrompida (Figura 9). A principal forma de amenizar o golpe de aríete é a utilização de 
acessórios que limitem a velocidade da água na tubulação, como registros com fechamento 
mais suave e válvulas de descarga, evitando danos ao sistema, como os exemplificados na 
Figura 10. 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Instalações prediais de água fria 
2.2.1 Perdas de Carga 
Segundo Macintyre (2017), perda de carga pode ser definida como a energia que o 
líquido irá despender para escoar no encanamento, a qual pode ser calculada a partir da 
seguinte equação: 
Fonte: 
<https://leiautdicas.files.wordpress.com/2015/08/45
.png>. Acesso em: 25 de janeiro de 2022 
Fonte: <https://www.tlv.com/global/images/steam_theory/what-is-
waterhammer/2001-wh-destruction.jpg>. Acesso em: 25 de janeiro de 2022 
Figura 10 – Danos à tubulação causados pelo Golpe de Aríete 
Figura 9 – Golpe de Aríete 
https://leiautdicas.files.wordpress.com/2015/08/45.png
https://leiautdicas.files.wordpress.com/2015/08/45.png
25 
 
𝑍1 +
𝑃1
𝛾
+
𝑉1²
2𝑔
= 𝑍2 +
𝑃2
𝛾
+
𝑉2²
2𝑔
+ ℎ𝑝12 
Onde: 
Z - Carga potencial; está relacionada com o ponto geométrico do centro gravitacional 
em relação ao ponto de referência. 
P
γ
 - Representa a carga de pressão e está relacionada com as forças de pressão do 
escoamento. 
𝑉2
2𝑔
 - Carga cinética; representa as forças de movimento do fluido. 
ℎ𝑝12 – Perda de energia entre dois pontos pré-determinados 
 
Quando se divide a perda de energia por um determinado trecho de comprimento, tem-
se a perda de carga unitária (m/m), comumente designada pela letra J: 
𝐽 =
ℎ𝑝
𝐿
 
 
Já a perda de carga total é formada por duas parcelas: a perda de carga distribuída 
e a perda de carga localizada. 
▪ Perda de carga distribuída: nas extremidades do fluido que está sendo escoado pela 
tubulação, a velocidade é nula devido à adesão entre o fluido e as paredes dessa 
tubulação, caracterizando a camada estacionária. À medida que nos aproximamos do 
centro da tubulação, a velocidade aumenta até que seja máxima no centro. Logo, a 
perda de carga distribuída é provocada pelo atrito que ocorre entre a camada 
estacionária e a parede interna da tubulação, sendo considerada em trechos de 
tubulação retilíneos e de diâmetro constante, e podendo ser calculada de várias 
formas, sendo as equações abaixo algumas delas: 
o Darcy-Weisbach (equação universal): 
ℎ𝑝 = 𝑓
𝐿
𝐷
𝑉2
2𝑔
 
Sendo: 
hp – Perda de carga (m) 
f – Coeficientede atrito* (pode ser obtido no Diagrama de Moody, conforme 
Figura 11) 
26 
 
L – Comprimento da canalização (m) 
V – Velocidade média (m/s) 
D – Diâmetro da canalização (m) 
g – Aceleração da gravidade (9,81 m/s²) 
 
*Observação: Embora haja valores tabelados para o coeficiente de atrito f 
(Tabela 1), sua obtenção no Diagrama de Moody através do número de Reynolds e 
da rugosidade relativa do material que compõe a tubulação possibilita maior precisão 
dos resultados. 
 
Material do tubo 
Rugosidade ε 
(mm) 
Coeficiente de 
atrito f 
Aço galvanizado novo 
Com costura 0,15 a 0,20 0,012 a 0,06 
Sem costura 0,06 a 0,15 0,009 a 0,012 
Ferro fundido 
Revestido com asfalto 
0,3 a 0,9 
 
0,014 a 0,10 
Revestido com cimento 0,05 a 0,15 0,012 a 0,06 
Usado (sem revestimento) 0,40 a 12,0 0,02 a 1,5 
Cimento amianto 
Novo 0,05 a 0,10 0,009 a 0,058 
Usado 0,60 0,10 a 0,15 
 PVC e cobre 0,015 0,009 a 0,050 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 – Rugosidade ε e coeficiente de atrito f para alguns materiais 
Fonte: Adaptado de Macintyre (2010) 
27 
 
 
 
 
o Hazen-Williams: 
𝐽 = 10,65
𝑄1,85
𝐶1,85𝐷4,87
 
Sendo: 
J – Perda de carga unitária (m/m) 
Q – Vazão (m³/s) 
C – Coeficiente que depende da natureza das paredes da tubulação (Tabela 2) 
D – Diâmetro da tubulação (m) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Macintyre (2010) 
Figura 11 – Diagrama de Moody 
 
28 
 
 
Aço corrugado (chapa ondulada) 60 
Aço com juntas lock-bar, tubos novos 130 
Aço com juntas lock-bar, em serviço 90 
Aço galvanizado 125 
Aço rebitado, tubos novos 110 
Aço rebitado, em uso 85 
Aço soldado, tubos novos 130 
Aço soldado, em uso 90 
Aço soldado com revestimento especial 130 
Cobre 130 
Concreto, bom acabamento 130 
Concreto, acabamento comum 120 
Ferro fundido, novos 130 
Ferro fundido, após 15-20 anos de uso 100 
Ferro fundido, usados 90 
Ferro fundido revestido de cimento 130 
Madeiras em aduelas 120 
Tubos extrudados, P.V.C. 150 
 
 
 
A perda de carga total é dada por: 
ℎ𝑝 = 𝐽 𝑥 𝐿 
 Sendo: hp (m) é a perda de carga total e L (m) é o comprimento da tubulação. 
 
Segundo Porto (2006), a fórmula de Hazen-Williams pode, também, ser tabelada 
na forma 𝐽 = 𝛽𝑄1,85 para vários diâmetros e coeficientes de rugosidade, sendo: J 
(m/100m), D (m) e Q (m³/s) conforme a Tabela 3. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Porto (2016) 
Tabela 2 – Valores do coeficiente C 
 
29 
 
 
 
 
 
De acordo com Porto (2006), a fórmula de Hazen-Williams deve ser vista com 
reservas, uma vez que, ao igualá-la com a fórmula universal, entende-se que seu 
coeficiente de rugosidade C não caracteriza uma categoria de tubos como havia sido 
especificado em suas tabelas, já que, além de depender do diâmetro, é também 
afetado pelo grau de turbulência na tubulação. Assim, o autor recomenda a utilização 
da fórmula universal em detrimento da fórmula de Hazen-Williams. 
 
o Fair-Whipple-Hsiao: 
Segundo Porto (2006), as seguintes fórmulas empíricas são usualmente 
utilizadas em projetos de instalações tanto de água fria quanto de água quente, com 
tubulações mais curtas, diâmetros variados - geralmente menores que 4 polegadas - 
e grande número de conexões. 
• Para aço galvanizado novo conduzindo água fria: 
𝐽 = 0,002021
𝑄1,88
𝐷4,88
 
Valores da constante 𝜷 para Q (m³/s) e J (m/100m) 
D 
(pol.) 
D (m) C = 90 C = 100 C = 110 C = 120 C = 130 C = 140 C = 150 
2 0,050 5,593x105 4,602x105 3,858x105 3,285x105 2,832x105 2,470x105 2,174x105 
2 ½ 0,060 2,301x105 1,894x105 1,588x105 1,325x105 1,166x105 1,016x105 8,945x104 
3 0,075 7,763x104 6,388x104 5,356x104 4,559x104 3,932x104 3,428x104 3,017x104 
4 0,100 1,912x104 1,574x104 1,319x104 1,123x104 9,686x103 8,445x103 7,433x103 
5 0,125 6,451x103 5,308x103 4,451x103 3,789x103 3,267x103 2,849x103 2,507x103 
6 0,150 2,655x103 2,185x103 1,831x103 1,559x103 1,345x103 1,172x103 1,032x103 
8 0,200 6,540x102 5,382x102 4,512x102 3,841x102 3,312x102 2,888x102 2,542x102 
10 0,250 2,206x x102 1,815x102 1,522x102 1,296x102 1,117x102 97,417 85,744 
12 0,300 90,785 74,707 62,630 53,318 45,980 40,089 35,285 
14 0,350 42,853 35,264 29,563 25,168 21,704 18,923 16,656 
16 0,400 22,365 18,404 15,429 13,135 11,327 9,876 8,692 
18 0,450 12,602 10,370 8,694 7,401 6,383 5,565 4,898 
20 0,500 7,544 6,208 5,204 4,431 3,821 3,331 2,932 
Fonte: Adaptado de Porto (2016) 
Tabela 3 – Valores da constante β da fórmula de Hazen-Williams 
 
30 
 
Sendo: Q (m³/s), D (m) e J (m/m), podendo ser também obtidos através 
do ábaco da Figura 12. 
 
 
 
 
 
 
• Para PVC rígido conduzindo água fria: 
𝐽 = 0,0008695
𝑄1,75
𝐷4,75
 
Sendo: Q (m³/s), D (m) e J (m/m), podendo ser também obtidos através 
do ábaco da Figura 13. 
 
Figura 12 - Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de aço 
e ferro fundido 
 
Fonte: Macintyre (2010) 
31 
 
 
 
 
 Ambas as equações podem ser tabeladas na forma: 
𝐽 = 𝛽𝑄𝑚 
 Com: J(m/m), Q(l/s) e β determinado a partir da Tabela 4. 
 
 
 
 
 
Figura 13 - Ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para tubulações de cobre e de plástico 
 
Fonte: Macintyre (2010) 
32 
 
 
Diâm. refer. (pol) Aço galvanizado 𝜷 PVC Soldável – Roscável 𝜷 
¾ 0,162 0,41668 0,5746 
1 3,044x10−1 0,12024 0,1653 
1 ¼ 9,125x10−2 0,03919 0,0431 
1 ½ 3,945x10−2 0,01358 0,0241 
2 1,034x10−2 0,00561 0,00719 
2 ½ 3,346x10−3 0,00190 0,00201 
3 1,429x10−3 0,00104 0,00089 
4 0,351x10−3 0,00031 0,00025 
 
 
 
▪ Perda de carga localizada: ocorre devido à turbulência gerada pelas mudanças de 
direção do traçado da tubulação ou pela mudança de seção (diâmetro) do tubo. A 
perda de carga localizada está presente em trechos onde há presença de acessórios, 
como válvulas, derivações, curvas, conexões, registros, bombas e turbinas, por 
exemplo, podendo ser calculada a partir da expressão geral de perda de carga: 
ℎ𝐿 = 𝐾
𝑣2
2𝑔
 
Sendo: 
ℎ𝐿 – Perda de carga localizada (m) 
v – Velocidade média de escoamento (em peças em que há mudança de diâmetro, 
geralmente é considerada a velocidade média na seção de menor diâmetro), em m/s 
g – Aceleração gravitacional, em m/s² 
K – Coeficiente adimensional de perda de carga localizada, o qual depende do 
acessório utilizado e da situação (Tabela 5) 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Porto (2016) 
Tabela 4 – Valores da constante β, da fórmula de Fair-Whipple-Hsiao, para Q (l/s) e J (m/m) 
33 
 
 
Acessório K 
Cotovelo de 90º, raio curto 0,9 
Cotovelo de 90º, raio longo 0,6 
Cotovelo de 45º 0,4 
Curva 90º, r/D = 1 0,4 
Curva de 45º 0,2 
Tê, passagem direta 0,9 
Tê, saída lateral 2,0 
Válvula de gaveta aberta 0,2 
Válvula de ângulo aberta 5,0 
Válvula de globo aberta 10 
Válvula de pé com crivo 10 
Válvula de retenção 3 
Curva de retorno, α = 180º 2,2 
Válvula de bóia 6 
 
 
 
2.3 Instalações prediais de água quente 
2.3.1 Rede de Distribuição 
A rede de distribuição de água quente em uma edificação é executada de forma 
independente da de água fria, possuindo encanamento próprio, mas seguindo os mesmos 
critérios de dimensionamento desta. Dessa forma, cabe ao projetista levar em consideração 
a necessidade ou não de materiais próprios para o transporte da água nas temperaturas 
desejadas, assim como o isolamento térmico de sua tubulação. 
 
“Recomenda-se que o percurso da tubulação de distribuição da 
água quente seja o menor possível, a fim de minimizar perdas térmicas entre 
a geração da água quente e os pontos de utilização e reduzir o volume de 
água descartado antes da chegada da água quente em temperatura adequada 
ao uso a qualquer ponto de utilização.” (NBR 5626:2020) 
 
Fonte: Adaptado de Porto (2016) 
Tabela 5 – Valores do coeficiente K para diversos acessórios 
34 
 
Segundo a NBR 5626:2020, os sistemas de recirculação devem ser estabelecidos 
durante a fase de concepção e projeto do sistema de aquecimento de água e, em casos onde 
não haja esse sistema, recomenda-seque a tubulação de água quente utilize isolamento 
térmico sempre que tiver comprimento superior a 1,5 metros a jusante do aquecedor ou 
reservatório de água quente. Além disso, a mesma norma recomenda a utilização de 
isolamento térmico nas tubulações e componentes que conduzem água quente, 
adequadamente projetados em relação ao material isolante e espessura de isolação. 
 
2.3.2 Materiais empregados 
Instalações Prediais de Água Quente possuem materiais específicos a serem utilizados 
em suas tubulações devido às altas temperaturas a que são submetidas, a fim de que sua 
vida útil não seja prejudicada nem apresente patologias devido à má escolha do material 
empregado. Alguns dos mais utilizados são: 
▪ Cobre: resistente a altas temperaturas, podendo ser utilizado inclusive na união 
entre placas solares. Apesar disso, é um grande condutor térmico, necessitando 
de isolamento para diminuir o efeito das trocas de calor com o meio ambiente. 
Dessa forma, exige mão de obra especializada, encarecendo a execução. 
 
 
Figura 14 – Tubos e conexões de cobre 
Fonte: <https://www.schedule.net.br/tubos-e-conexoes-de-cobre/>. Acesso em: 15 de 
fevereiro de 2022. 
35 
 
▪ CPVC (Policloreto de Vinila Clorado): indicado para instalações tanto de água 
fria como de água quente, dispensa isolamento térmico (já que não é um com 
condutor de calor) e resiste à condução de líquidos sob pressão a altas 
temperaturas e suporta até 80 ºC. Além disso, dispensa mão de obra 
especializada, uma vez que pode ser soldado a frio com cola especial). 
 
 
 
 
▪ PEX (Polietileno Reticulado Monocamada): é um polímero termoplástico 
indicado para paredes de drywall e edificações com ambientes padronizados, 
como pousadas e hotéis. Resistente a temperaturas de trabalho a 70 ºC (com 
picos de até 95 ºC), apresenta grande durabilidade e flexibilidade, o que 
possibilita a execução de tubulações cujos trajetos não exigirão o uso de 
conexões ou acessórios. Além disso, é um material bastante resiste à corrosão e, 
devido ao seu interior liso, possibilidade menores perdas de carga. Outra grande 
vantagem é o que normalmente se denomina memória térmica, ou seja, ao ser 
aquecido à temperatura de amolecimento, retorna à forma original, o que permite 
Figura 15 – Tubos e conexões de CPVC 
Fonte: <https://cuboguia.com/item/blog/447/460>. Acesso em: 15 de fevereiro de 2022. 
36 
 
a execução de curvas a frio e a quente. Sua execução é rápida e fácil e sua 
manutenção é bastante simples. 
 
 
 
▪ PPR (Polipropileno Copolímero Random): descrito como um sistema inteligente 
de condução de água fria e quente, o PPR é uma resina que suporta temperaturas 
de até 80 ºC e as mantém constantes durante todo o percurso devido à sua baixa 
condutividade térmica. Exige menor manutenção e apresenta praticidade em sua 
instalação. Além disso, diferentemente dos tubos metálicos, resiste à água quente 
sem risco de vazamentos, é um material não tóxico e, em condições extremas, 
oferece longa vida útil. Suas emendas podem ser executadas por termofusão e é 
o material mais estanque disponível no mercado. Entretanto, sua execução 
requer profissionais especializados e maquinário na obra, encarecendo bastante 
o custo final. 
 
 
 
 
 
Figura 16 – Tubulações PEX 
Fonte: <http://www.gsdengenharia.com.br/tubulacoes-pex/>. Acesso em: 15 de fevereiro 
de 2022. 
37 
 
 
 
 
 
2.3.3 Sistemas prediais de água quente 
Os sistemas prediais de água quente são compostos por, basicamente, três etapas 
principais: geração da água quente, armazenamento (opcional) e sistema de distribuição. 
Segundo Macintyre (2017), os sistemas podem ser divididos de acordo com a Tabela 6: 
 
Sistema Definição Exemplo 
Individual (ou 
local) 
Ocorre quando o sistema alimenta apenas um aparelho, ou 
seja, gera água quente para um ponto de utilização. 
Apresentar menores perdas de calor com o meio, mas pode 
gerar o maior consumo de energia. 
Chuveiro elétrico, boiler, 
aquecedor de passagem etc. 
Central privado 
(ou domiciliar) 
Ocorre quando o sistema alimenta vários aparelhos de uma 
unidade. 
Residências unifamiliares 
Central coletivo 
Ocorre quando o sistema alimenta diversos conjuntos de 
aparelhos de várias unidades residenciais, comerciais etc. 
Hotéis, residências 
multifamiliares, escolas, 
hospitais, quartéis etc. 
 
 
Segundo o Manual de Instalações Prediais (Almeida et al., 2021), ainda é possível 
acrescentar à tabela acima o Sistema de Aquecimento por Energia Solar, no qual “a geração de 
água quente se dá inicialmente através dos coletores de energia (placas coletoras), que absorvem 
energia dos raios solares, aquecendo-se e transferindo o calor para a água contida em um 
Fonte: Autora 
Tabela 6 – Sistemas prediais de água quente 
Figura 17 – Tubulações e acessórios PPR 
Fonte: <https://www.isoltubex.net/es/sistema-isoltherm-tuberias-de-polipropileno/>. 
Acesso em: 15 de fevereiro de 2022. 
38 
 
conjunto de tubos e em seguida sendo acumulados em um boiler ou outro tipo de reservatório 
com revestimento térmico”. 
 
2.3.4 Dimensionamento 
No que se refere ao dimensionamento de sistemas prediais de água quente, as 
considerações que precisam ser feitas são basicamente as mesmas dos sistemas de água fria, 
atentando-se apenas ao que foi exposto nos tópicos anteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
3. METODOLOGIA - MATERIAIS E MÉTODOS 
Tendo em vista que os resultados deste trabalho foram obtidos a partir de estudo prévio 
e análise normativa, chegou-se à definição de quatro principais etapas durante sua 
realização, a seguir. 
 
3.1 – Fundamentação Teórica 
Para o presente trabalho, foram realizadas consultas às normas NBR 5626:1998 
– Instalação predial de água fria, NBR 5626:2020 – Sistemas Prediais e Água Fria e 
Água Quente – Projeto, execução, operação e manutenção e NBR 7198:1993 – Projeto 
e execução de instalações prediais de água quente. Então, foram destacados os principais 
pontos abordados e alterados para, enfim, ser definido todo o conteúdo presente nesta 
parte inicial. 
Além disso, a Fundamentação Teórica foi dividida em tópicos a fim de separar 
conceitos iniciais básicos a qualquer tipo de instalação hidráulica de conceitos mais 
voltados para dimensionamento e casos particulares, como instalações de água quente. 
Dessa forma, foram realizadas consultas aos títulos bibliográficos mais clássicos da área 
de instalações prediais, como Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura 
(Carvalho, 2017), Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais (Macintyre, 2010), 
Hidráulica Básica (Porto, 2006), Mecânica dos Fluidos (Zampar, 2018) e Manual de 
Instalações Prediais (Almeida et al., 2021). 
 
3.2 – Análise comparativa entre as Normas 
Para esta etapa, foi realizada a leitura das três normas citadas acima, conferindo-
se os pontos em comum e dando destaque às principais mudanças entre elas. Dessa 
forma, as alterações, acréscimos e exclusões foram apresentadas neste trabalho em 
Etapa 01 -
Fundamentação 
Teórica
Etapa 02 -
Análise 
comparativa 
entre as 
Normas
Etapa 03 -
Caracterização 
da área em 
estudo
Etapa 04 -
Idenficação, em 
projeto, das 
principais 
implicações das 
mudanças 
normativas
40 
 
formato de tópicos, levando em consideração tudo o que poderia gerar maior impacto 
desde o momento da concepção de um projeto hidráulico e seu dimensionamento até 
sua posterior execução e manutenção. Assim, obteve-se o levantamento das principais 
mudanças recorrentes do comparativo entre a NBR 5626:2020 com a NBR 5626:1998 
e a NBR 7198:2003 
 
3.3 – Caracterização da área em estudo 
Para uma abordagem mais prática, foi realizada a análise do projeto de instalação 
hidráulica de uma edificação unifamiliar, cuja norma considerada durante sua 
concepção foi a NBR 5626:1998, focando em todas as modificações necessárias para 
adequaçãoao que está sendo atualmente normatizado. 
Conforme as Figuras 14, 15 e 16, a residência unifamiliar utilizada para estudo 
de caso conta com 205,78 m² de área total construída, possuindo três suítes, um closet, 
banheiro social, lavabo, área de estar/jantar, área de serviço, depósito, sala de estar, 
garagem, terraço, solarium, piscina e área gourmet. 
 
 Fonte: Diniz (2020) 
Figura 18 – Render da residência unifamiliar analisada 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3.4 – Identificação, em projeto, das principais implicações das mudanças normativas 
Nesta etapa, foi realizado o traçado do sistema hidráulico residencial em planta 
baixa (Figuras 17, 18 e 19) e em seus isométricos (Figuras 20, 21 e 22) de acordo com 
o projeto já existente, cuja concepção está de acordo com a NBR 5626:1998. Levou-se 
em consideração medidas, distâncias e localização de acessórios a partir deste sistema 
Fonte: Diniz (2020) 
Fonte: Diniz (2020) 
Figura 20 – Planta baixa do pavimento superior da residência unifamiliar analisada 
Figura 19 – Planta baixa do pavimento térreo da residência unifamiliar analisada 
42 
 
já concluído para que houvesse a possibilidade de posterior comparação, de forma que 
a forma do traçado não influenciasse no resultado e que os valores obtidos no novo 
dimensionamento fossem devidos às alterações recomendadas ou exigidas na NBR 
5626:2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Figura 21 – Traçado do sistema hidráulico no pavimento térreo para análise comparativa 
entre as normas 
44 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Figura 22 – Traçado do sistema hidráulico no pavimento superior para análise 
comparativa entre as normas 
45 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Figura 23 – Traçado do sistema hidráulico na cobertura para análise comparativa entre as normas 
46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Figura 24 – Isométrico 01 
47 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Figura 25 – Isométrico 02 
48 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Figura 26 – Isométrico 03 
49 
 
 
 Após a realização do traçado e dos isométricos, fez-se o dimensionamento do sistema 
hidráulico residencial de acordo com as considerações e exigências da NBR 5626:2020, pelas 
quais foi preciso atenção aos seguintes pontos: 
▪ Velocidade: de acordo com a norma de 2020, a velocidade de escoamento não precisa 
estar limitada a 3 m/s, como exigia a norma anterior, bastando apenas que o projetista 
assegure que não haverá golpe de aríete ou qualquer outro dano ao sistema ou 
desconforto ao residente da edificação. 
▪ Desnível: a NBR 5626:2020 exige que, no reservatório, seja considerada a condição 
mais desfavorável de reserva de água. Logo, praticamente se deve considerar que não 
há coluna d’água sobre a saída da tubulação do barrilete. Portanto, para o desnível entre 
o cavalete e o reservatório foi considerada apenas a altura entre a tubulação 
imediatamente após o hidrômetro e a base inferior do reservatório, desconsiderando 
qualquer possível coluna d’água ali presente. 
▪ Pressão disponível: ainda de acordo com a exigência que a nova norma faz em se 
considerar a situação mais desfavorável do volume de água presente no reservatório, o 
dimensionamento assumiu pressão disponível nula no ponto imediato de saída de água 
deste para a residência. Logo, uma vez que não há coluna d’água, não há pressão 
disponível no ponto em questão. 
▪ Perda de carga: mudança com potencial mais expressivo, a perda de carga total deixou 
de ser calculada pela multiplicação da perda de carga unitária (obtida com a equação de 
Fair-Whipple-Hsiao) pelo comprimento total da tubulação e passou a ser obtida através 
da Equação de Darcy-Weisbach, ou equação universal (Tabela 7). Para isto, utilizou-se 
rugosidade dos tubos de PVC no valor de 0,015 (Macintyre, 2010) e o Diagrama de 
Moody (Figura 11) para obtenção do valor do coeficiente de perda de carga f. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
Perda de carga - Equação universal 
Rugosidade 
ε 
ε/d 
Visc. Cinemática 
μ 
Reynolds f 
 
0,015 0,000882 0,000001003 13800570,68 0,016 
 
0,015 0,000426 0,000001003 33628243,64 0,0159 
0,015 0,00054 0,000001003 29001632,34 0,0259 
0,015 0,000694 0,000001003 20819545,69 0,016 
0,015 0,000694 0,000001003 11128515,27 0,0172 
 
0,015 0,000426 0,000001003 33628243,64 0,0159 
0,015 0,000426 0,000001003 24621810,81 0,0159 
0,015 0,000426 0,000001003 18067469,65 0,0159 
0,015 0,000694 0,000001003 20819545,69 0,016 
0,015 0,000694 0,000001003 11128515,27 0,0172 
 
0,015 0,000426 0,000001003 33628243,64 0,0159 
0,015 0,000426 0,000001003 24621810,81 0,0159 
0,015 0,000426 0,000001003 18067469,65 0,0159 
0,015 0,000694 0,000001003 20819545,69 0,016 
0,015 0,000694 0,000001003 11128515,27 0,0172 
 
 
Seguem abaixo, na Tabela 8, os valores obtidos para o dimensionamento de acordo 
com a NBR 5626:2020. 
Tabela 7 – Valores considerados e obtidos na perda de carga pela equação universal 
Fonte: Autora 
51 
 
 
 
Trecho 
Pesos 
Vazão 
(l/s) 
Diam. 
(mm) 
Diam. 
Int. 
(mm) 
Veloc 
(m/s) 
Comprimento (m) Perda de carga 
Desn 
(m) 
Pressão 
 Unit Acum Real Equiv Total 
Unit 
(m/m) 
Total (m) Disp (m) Resid (m) 
 
 CAV-
RES 
 0,185185 20 17 0,815865 34,17 5,4 39,57 - 1,2635 -7,24 10 1,4965 
 
A
F-
1 
IS
O
 0
1
 AB 5,2 9,7 0,934345 40 35,2 0,960134 1,84 8,4 10,24 - 0,21733 1 0 0,78267 
BN 3,1 4,5 0,636396 32 27,8 1,048451 3,06 10,6 13,66 - 0,713022 1,5 0,78267 1,569649 
NC 1 1,4 0,354965 25 21,6 0,968697 4,26 4,9 9,16 - 0,324518 2,25 1,569649 3,495131 
CCH 0,4 0,4 0,189737 25 21,6 0,51779 2,60 4,6 7,2 - 0,078346 -1,6 3,495131 1,816785 
 
A
F-
3 
IS
O
 0
2
 
AB 4,5 9,7 0,934345 40 35,2 0,960134 1,84 8,4 10,24 - 0,21733 1 0 0,78267 
BD 2,4 5,2 0,684105 40 35,2 0,702988 1,66 7,3 8,9604 - 0,101948 0 0,78267 0,680722 
DE 1,4 2,8 0,501996 40 35,2 0,515852 2,48 0 2,48 - 0,015193 0 0,680722 0,665529 
EF 1 1,4 0,354965 25 21,6 0,968697 2,79 8 10,79 - 0,382265 3,45 0,665529 3,733264 
FCH 0,4 0,4 0,189737 25 21,6 0,51779 1,60 0 1,6 - 0,01741 -1,6 3,733264 2,115854 
 
A
F-
4
 
IS
O
 0
3
 
AB 4,5 9,7 0,934345 40 35,2 0,960134 1,84 8,4 10,24 - 0,21733 1 0 0,78267 
BD 2,4 5,2 0,684105 40 35,2 0,702988 1,66 7,3 8,9604 - 0,101948 0 0,78267 0,680722 
DE 1,4 2,8 0,501996 40 35,2 0,515852 2,48 0 2,48 - 0,015193 0 0,680722 0,665529 
EG 1 1,4 0,354965 25 21,6 0,968697 3,09 7,2 10,29 - 0,364551 3,45 0,665529 3,750978 
GCH 0,4 0,4 0,189737 25 21,6 0,51779 1,60 3,1 4,7 - 0,051142 -1,6 3,750978 2,099835 
 
 
 
 
Tabela 8 – Dimensionamento do sistema hidráulico de acordo com a NBR 5626:2020 
Fonte: Autora 
52 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Este tópico traz o que, de fato, mudou e pode gerar mudanças ao se projetar um sistema 
hidráulico predial de acordo com a NBR 5626:2020. 
4.1 Principais diferenças entre as normas 
4.1.1 Anexos 
Algumas das principais alterações destacadas neste trabalho se encontram nos anexos 
de ambas as normas. Indo desde o caráter normativo ou informativo de cada anexo, até 
mesmo o foco de cada um deles, a NBR 5626:2020 traz uma quantidade maior de anexos 
e a Tabela 9 apresenta um resumo dessas modificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
Anexo 
Tipo Título 
1998 2020 1998 2020 
A Normativo Normativo 
Procedimento para 
dimensionamento de tubulações da 
rede predial de distribuição 
Ensaio para verificação da 
proteção contra refluxo 
B Normativo Normativo 
Verificação da proteção contra 
retrossifonagem em dispositivos de 
prevenção ao refluxo 
Proteção contra corrosão ou 
degradação 
C Normativo Informativo 
Ruídos e vibrações em instalações 
prediais de água fria 
Ruídos e vibrações 
D Normativo Informativo 
Corrosão, envelhecimento e 
degradação detubulações 
empregadas nas instalações prediais 
de água fria 
Recomendações para o uso 
eficiente de energia nos sistemas 
prediais de água fria e quente 
E - Informativo - 
Novos materiais, componentes 
ou tecnologias 
F - Informativo - 
Procedimento de limpeza e 
desinfecção do sistema de água 
fria e quente 
 
 
 
A partir da tabela acima, pode-se notar que as mudanças não foram apenas quanto ao 
caráter normativo ou informativo de cada norma, como também seus temas abordados, 
tendo a norma de 2020 acrescentado dois anexos informativos. 
 
4.1.2 Pressões Mínimas 
Com relação às pressões mínimas normatizadas, os valores permaneceram os mesmos, 
havendo alteração apenas nas possibilidades de exceções, como consta a seguir, na Tabela 
10: 
 
 
 
 
 
Fonte: Autora 
Tabela 9 – Alterações dos anexos entre as NBRs 5626:1998 e 5626:2020 
54 
 
 
Pressão 
Mínima 
NBR 
5626:1998 
NBR 
5626:2020 
Observação 
Dinâmica 
5 kPa (0,5 
mca) 
5 kPa (0,5 
mca) 
A norma de 2020 permite pressão dinâmica mínima menor 
que 5 kPa caso não seja possível atingir esse valor em regiões 
críticas. 
De 
Utilização 
10 kPa (1 
mca) 
10 kPa (1 
mca) 
A norma de 1998 permitia exceções, enquanto a de 2020 
define o valor mínimo para todos os pontos de utilização. 
 
 
No que se refere à pressão dinâmica de distribuição, ambos os valores mínimos 
permanecem 5 kPa. Entretanto, enquanto a norma de 1998 definia este valor para qualquer 
ponto da rede predial de distribuição, a de 2020 permite pressão ainda inferior em regiões 
críticas – como reservatórios, tomadas d’água e barrilete, por exemplo – caso o mínimo de 
5 kPa não seja possível, contanto que todo o restante da rede de distribuição apresente pelo 
menos este valor. Além disso, a norma antiga não especificava o nível de água que deveria 
ser considerado no interior do reservatório para fins de verificações, enquanto a nova norma 
estabelece que deve ser considerado o menor nível de água, o que resulta numa 
consideração ainda mais rigorosa. 
Já quando se trata da pressão de utilização, as duas normas mantêm o mesmo valor 
mínimo de 10 kPa, mas a norma de 1998 considera a caixa de descarga com 5 kPa e a 
válvula de descarga para a bacia sanitária com 15 kPa como exceções, enquanto a norma 
de 2020 as extingue e define que a pressão mínima de utilização deve ser de 10 kPa em 
todos os pontos de utilização. 
 
4.1.3 Pressões Máximas 
Apesar de norma de 2020 acrescentar que a sobrepressão deve ser pensada em relação 
à pressão dinâmica prevista em projeto, tanto a norma antiga quanto a nova toleram 
sobrepressões desde que não sejam maiores que 200 kPa, não dispensando sua 
consideração durante o dimensionamento das tubulações. Além disso, não houveram 
mudanças no que se refere à pressão estática máxima e ambas as normas estabelecem que 
seu valor máximo não deve ultrapassar 400 kPa em qualquer ponto de utilização do sistema 
Fonte: Autora 
Tabela 10 – Alterações das pressões mínimas entre as NBRs 5626:1998 e 5626:2020 
55 
 
predial de distribuição. Caso este valor seja ultrapassado, faz-se necessário reservatório 
intermediário ou válvula de alívio de pressão. 
 
4.1.4 Reservatórios 
Alguns pontos importantes referentes à reserva de água mudaram ou passaram a 
não ser mais uma exigência. A Tabela 11 traz, de forma objetiva, essas mudanças. 
 
Mudanças NBR 5626:1998 NBR 5626:2020 
Tempo de enchimento 
Residências unifamiliares: menor que 1 h 
Grandes reservatórios: até 6 h 
Residências unifamiliares: até 3 h 
Grandes reservatórios: até 6 h 
Reserva mínima 
24 horas 
Pequenas residências: 500 L 
24 horas 
Dimensionamento 
60 cm de afastamento de todas as paredes 
do reservatório (para reservatório 
enterrado) 
Capacidade de reserva máxima para 
3 dias 
Divisão Reservatórios de grande capacidade Não exige divisão 
 
 
▪ Tempo de enchimento: apesar do tempo de enchimento permanecer o mesmo 
para grandes reservatórios, a nova norma considera tempo de enchimento 
máximo de 3 horas para residências unifamiliares. 
▪ Reserva mínima: a norma de 1998 estabelecia que o volume de água reservado 
para o uso doméstico deveria ser, no mínimo, o necessário para a 24 horas de 
consumo normal da edificação, e que reservatórios de residências pequenas 
deveriam ter, pelo menos, volume de 500 litros. Já a nova norma exige apenas 
que o volume mínimo atenda às 24 horas de consumo normal, considerando 
eventual volume adicional para combate a incêndio. 
▪ Dimensionamento: a norma antiga exigia 60 centímetros de afastamento entre 
o solo e todas as paredes dos compartimentos dos reservatórios enterrados, 
incluindo as partes superior e inferior. Já a norma mais recente não faz mais 
essa exigência. Entretanto, ela estabelece alguns regulamentos: 
o Deve ser possível a realização de inspeção visual; 
o Deve ser possível a realização de manutenção; 
Fonte: Autora 
Tabela 11 – Mudanças normativas referentes à reservação de água potável entre as NBRs 5626:1998 e 5626:2020 
56 
 
o É necessário que seja possível a capacidade de reserva máxima para 3 
dias – não havia qualquer informação sobre esse ponto na norma 
anterior. 
▪ Divisão: enquanto a norma antiga exigia divisão em reservatórios de grande 
capacidade, a nova norma define que, havendo capacidade de manter o abastecimento 
residencial enquanto se realiza a manutenção do reservatório inferior, este não irá precisar de 
divisões. 
 
4.1.5 Potabilidade 
A NBR 5626:1998 conceituava padrão de potabilidade de acordo com a Portaria nº36 
de 1990 do Ministério da Saúde, pela qual água potável era aquela cujas características de 
qualidade eram determinadas a partir de um conjunto de valores máximos permissíveis. 
Já a norma de 2020 o define de acordo com a legislação vigente, sendo esta atualmente 
a Portaria nº2.914 de 2011, também do Ministério da Saúde. Desta forma, o padrão de 
potabilidade da água para consumo é definido por um conjunto de valores permitidos como 
parâmetro de qualidade, não significando grandes diferenças no sentido prático. 
 
4.1.6 Golpe de Aríete 
A NBR 5626:2020 traz uma mudança significativa envolvendo a velocidade de 
escoamento do sistema predial: se antes, na norma antiga, essa velocidade – em qualquer 
trecho – não deveria ser superior a 3 m/s devido à possibilidade de que valores acima disso 
resultassem em golpe de aríete, a norma mais recente aponta que é possível velocidade de 
escoamento maior do que esta, desde que seja comprovado que não haverá danos ao 
sistema ou desconforto ao usuário. 
 
4.1.7 Perda de Carga 
A Tabela 12 a seguir apresenta um resumo com as principais alterações no que diz 
respeito à perda de carga nas tubulações do sistema hidráulico predial. 
 
 
 
 
 
57 
 
 
Norma Equação Material Fórmula 
NBR 
5626:1998 
Equação de Fair-Whipple-Hsiao 
PVC rígido 
𝐽 = 0,0008695
𝑄1,75
𝐷4,75
 
 
Aço galvanizado 
𝐽 = 0,002021
𝑄1,88
𝐷4,88
 
 
NBR 
5626:2020 
Equação de Darcy-Weisbach (equação 
universal) 
Diversos 
materiais 
ℎ𝑝 = 𝑓
𝐿
𝐷
𝑉2
2𝑔
 
 
 
Na norma antiga, o Anexo A recomenda a utilização da equação universal (ou equação 
de Darcy-Weisbach) para o cálculo das perdas de carga. Entretanto, não havendo 
informações sobre a rugosidade do material pelos fabricantes, a norma recomenda, então, 
as expressões de Fair-Whipple-Hsiao. 
Já a NBR 5626:2020 indica unicamente a equação universal, a qual pode ser utilizada 
para tubos de diversos materiais, incluindo ferro, aço, cobre e PVC, além de ser válido para 
todos os fluidos, incluindo líquidos e gases. Nesse quesito, a única recomendação da nova 
norma é dispender atenção ao material utilizado nas tubulações e ao trecho da tubulação 
considerada em caso de utilização de equações empíricas. 
 
4.1.8 Água Quente 
Considerando que a NBR 5626:2020 engloba também instalações prediais de água 
quente e anula a NBR 7198:1993 - antiganorma que tratava sobre o assunto -, faz-se necessário 
destacar a principal alteração entre uma norma e outra: enquanto a NBR 7198:1993 definia que 
o tempo de espera para que a água fosse do boiler ao ponto de utilização não deveria passar de 
20 segundos, a NBR 5626:2020 não traz qualquer valor para esse tempo, apenas exige que seja 
o menor possível. 
 
4.1.9 Dilatação Térmica 
Pode-se afirmar que a única e considerável diferença entre a NBR 7198:1993 e a NBR 
5626:2020 no que se refere à dilatação térmica é que, apesar da primeira abordar situações onde 
se irá ou não considerar as deformações (ΔL, na Figura 23) por essa dilatação, é a segunda que 
exige a verificação da deformação pela movimentação térmica. 
Fonte: Autora 
Tabela 12 – Equações utilizadas para o cálculo da perda de carga 
58 
 
“Deve ser verificada a deformação imposta em mudanças de 
direção, derivações ou ramificações pela movimentação térmica de trechos 
retilíneos longos de tubulação. Estas devem ter meios de absorver as 
deformações, seja pela extensão suficiente em razão da sua flexibilidade e 
traçado, seja pela interposição de componente adequado à absorção dessas 
deformações, como liras e juntas de expansão apropriadas.” (NBR 
5626:2020) 
 
 
 
 
 
4.2 Impactos da nova norma em um projeto hidráulico 
No tópico 3.4 deste trabalho, falou-se sobre as principais implicações trazidas pelas 
mudanças normativas. Dessa forma, o presente tópico traz um comparativo entre os 
diferentes resultados obtidos entre o dimensionamento de acordo com a nova norma e os 
valores a partir da norma de 1998 (Tabela 13), focando no impacto dessas mudanças no 
projeto referente ao estudo de caso ora desenvolvido. 
Fonte: ABNT NBR 5626:2020 
Figura 27 – Dilatação térmica linear para tubulação de água quente 
59 
 
 
 
Trecho Pesos Vazão 
(l/s) 
Diam. 
(mm) 
Diam. 
Int. 
(mm) 
Veloc 
(m/s) 
Comprimento (m) Perda de carga Desn 
(m) 
Pressão 
Unit Acum Real Equiv Total Unit (m/m) Total (m) Disp (m) Resid 
(m) 
 
CAV-
RES 
 0,185185 20 17 0,815865 34,17 5,3 39,47 0,064967824 2,56428 -7,24 10 0,19572 
 
 
 
A
F-
1
 
IS
O
 0
1
 AB 5,2 9,7 0,934345 40 35,2 0,960134 1,84 8,4 10,24 0,034780001 0,356147 1 0 0,643853 
BN 3,1 4,5 0,636396 32 27,8 1,048451 3,06 10,6 13,66 0,054491673 0,744356 1,47 0,643853 1,369497 
NC 1 1,4 0,354965 25 21,6 0,968697 4,26 4,9 9,16 0,065041221 0,595778 2,25 1,369497 3,023719 
CCH 0,4 0,4 0,189737 25 21,6 0,51779 2,60 4,6 7,2 0,021733474 0,156481 2,32 3,023719 5,187238 
A
F-
3
 
IS
O
 0
2
 
AB 4,5 9,7 0,934345 40 35,2 0,960134 1,84 8,4 10,24 0,034780001 0,356147 1 0 0,643853 
BD 2,4 5,2 0,684105 40 35,2 0,702988 1,66 7,3 8,9604 0,020156134 0,180607 0 0,643853 0,463246 
DE 1,4 2,8 0,501996 40 35,2 0,515852 2,48 0 2,48 0,011726478 0,029082 0 0,463246 0,434164 
EF 1 1,4 0,354965 25 21,6 0,968697 2,79 8 10,79 0,065041221 0,701795 2,25 0,434164 1,982369 
FCH 0,4 0,4 0,189737 25 21,6 0,51779 1,60 0 1,6 0,021733474 0,034774 1,6 1,982369 3,547596 
A
F-
4
 
IS
SO
 0
3
 
AB 4,5 9,7 0,934345 40 35,2 0,960134 1,84 8,4 10,24 0,034780001 0,356147 1 0 0,643853 
BD 2,4 5,2 0,684105 40 35,2 0,702988 1,66 7,3 8,9604 0,020156134 0,180607 0 0,643853 0,463246 
DE 1,4 2,8 0,501996 40 35,2 0,515852 2,48 0 2,48 0,011726478 0,029082 0 0,463246 0,434164 
EG 1 1,4 0,354965 25 21,6 0,968697 3,09 7,2 10,29 0,065041221 0,669274 2,95 0,434164 2,71489 
GCH 0,4 0,4 0,189737 25 21,6 0,51779 1,60 3,1 4,7 0,021733474 0,102147 1,6 2,71489 4,212743 
 Legenda 
Sem influência direta da NBR 5626:2020 
Diretamente influenciado pela NBR 5626:2020 
Fonte: Autora 
Tabela 13 – Dimensionamento do sistema hidráulico de acordo com a NBR 5626:1998 
60 
 
▪ Diâmetro das tubulações: as considerações da NBR 5626:2020 não influenciaram de 
forma muito expressiva no que se refere aos diâmetros das tubulações. No geral, o 
dimensionamento permaneceu o mesmo, possibilitando redução apenas da tubulação das 
colunas de distribuição dos banheiros, as quais compreendem os trechos destacados na Tabela 
14. Entretanto, por motivos práticos de funcionamento do sistema, foi mantido o diâmetro de 
25 mm para esses trechos, como mostrado nos isométricos da Figura 28. 
 
 
Trecho 
Diâmetro 
(mm) 
1998 2020 
 CAV-RES 20 20 
 
AF-1 ISO 01 
AB 40 40 
BN 32 32 
NC 25 25 
CCH 25 25 
 
AF-3 ISO 02 
AB 40 40 
BD 40 40 
DE 40 40 
EF 25 25 
FCH 25 25 
 
AF-4 ISO 03 
AB 40 40 
BD 40 40 
DE 40 40 
EG 25 25 
GCH 25 25 
 
 
 
Fonte: Autora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 14 – Valores obtidos para o 
diâmetro das tubulações 
Figura 28 – (a) Isométrico 01, (b) Isométrico 02 e 
(c) Isométrico 03 
(a) 
(b) 
(c) 
Fonte: Autora 
61 
 
Vale destacar que o isométrico 02 foi o que definiu diâmetro mínimo para o restante 
da tubulação, uma vez que seus trechos entre os pontos A e E precisavam de pelo menos 40mm 
para que fosse obtido valor aceitável de pressão residual em seu ponto de saída d’água do 
chuveiro. 
▪ Velocidade de escoamento: neste caso, como as vazões permaneceram as mesmas e se 
optou por manter os diâmetros da tubulação dos banheiros, a velocidade de escoamento 
permaneceu a mesma em todos os trechos considerados, como mostrado na Tabela 15. 
 
 
Trecho 
Veloc. (m/s) 
1998 2020 
 CAV-RES 0,815865 0,815865 
 
AF-1 ISO 01 
AB 0,960134 0,960134 
BN 1,048451 1,048451 
NC 0,968697 0,968697 
CCH 0,517790 0,517790 
 
AF-3 ISO 02 
AB 0,960134 0,960134 
BD 0,702988 0,702988 
DE 0,515852 0,515852 
EF 0,968697 0,968697 
FCH 0,517790 0,517790 
 
AF-4 ISO 03 
AB 0,960134 0,960134 
BD 0,702988 0,702988 
DE 0,515852 0,515852 
EG 0,968697 0,968697 
GCH 0,517790 0,517790 
 
 
Fonte: Autora 
Tabela 15 – Valores obtidos para as velocidades de escoamento 
62 
 
▪ Perdas de carga: com a mudança das equações utilizadas para obtenção das perdas de 
carga – Fair-Whipple-Hsiao para perda de carga unitária de acordo com norma de 1998 e Darcy-
Weisbach de acordo com a norma de 2020 -, observou-se pequenas reduções das perdas de 
carga na maior parte dos trechos considerados. Na Tabela 16, os destaques em verde indicam a 
redução das perdas de carga no dimensionamento pela norma de 2020 em detrimento da de 
1998. 
 
 
Trecho 
Perda de carga 
(m) 
1998 2020 
 CAV-RES 2,56428 1,26350 
 
AF-1 ISO 01 
AB 0,356147 0,217330 
BN 0,744356 0,713022 
NC 0,595778 0,324518 
CCH 0,156481 0,078346 
 
AF-3 ISO 02 
AB 0,356147 0,217330 
BD 0,180607 0,101948 
DE 0,029082 0,015193 
EF 0,701795 0,382265 
FCH 0,034774 0,017410 
 
AF-4 ISO 03 
AB 0,356147 0,217330 
BD 0,180607 0,101948 
DE 0,029082 0,015193 
EG 0,669274 0,364551 
GCH 0,102147 0,051142 
 
 
 
Fonte: Autora 
Tabela 16 – Valores obtidos para as perdas de carga 
63 
 
▪ Pressões residuais: com a redução das pernas de carga indicadas na tabela anterior, as 
pressões residuais sofreram aumentaram nos pontos críticos (chuveiros) no dimensionamento 
pela norma de 2020, como destacado em verde na Tabela 17, abaixo: 
 
 
Trecho 
Pressão residual 
(m) 
1998 2020 
 CAV-RES 0,19572 1,49650 
 
AF-1 ISO 01 
AB 0,643853 0,782670 
BN 1,399497 1,569649 
NC 3,053719 3,495131 
CCH 1,297238 1,816785 
 
AF-3 ISO 02 
AB 0,643853 0,782670 
BD 0,463246 0,680722 
DE 0,434164 0,665529 
EF 3,182369 3,733264 
FCH 1,547596 2,115854 
 
AF-4 ISO 03 
AB 0,643853 0,782670 
BD 0,463246 0,680722 
DE 0,434164 0,665529 
EG 3,214890 3,750978 
GCH 1,512743 2,099835 
 
 
 
Além disso, a Tabela 18 traz a pressão mínima de funcionamento das linhas básicas de 
chuveiros de algumas das maiores marcas disponíveis no mercado, assegurando que as pressões 
Fonte: Autora 
Tabela 17 – Valores obtidos para as pressões residuais 
64 
 
residuais encontradas acima não apenas são maiores que as dimensionadas pela norma antiga, 
como também são suficientes para o normal funcionamentonesses pontos críticos. 
 
 
Marca 
Pressão mínima de 
funcionamento 
(m.c.a.) 
Deca 2 
Docol 2 
Lorenzetti 1 
 
 
 
A partir dos resultados obtidos para adequação normativa de um sistema hidráulico em 
uma edificação unifamiliar, pode-se atribuir à NBR 5626:2020 um caráter mais conservador 
do que sua predecessora. Tal afirmação é assegurada principalmente pelas seguintes 
alterações: exigir que seja considerado o menor nível de água presente no(s) reservatório(s) 
superior(es), visando a situação mais desfavorável possível – o desabastecimento; aumentar 
de 1h para 3h o tempo de enchimento do(s) reservatório(s) – prevendo possíveis 
inconstâncias no fluxo de água oriundo da rede pública; fixar em 3 dias o prazo a ser 
atendido pela capacidade de reserva máxima no(s) reservatório(s) – assegurando a 
potabilidade da água ali presente; exigência de verificação da deformação pela 
movimentação térmica em casos de dilatação térmica – permitindo que seja identificável a 
suficiência do espaço no qual a tubulação se encontra. 
Esse caráter conservador pode ser visto de forma positiva, uma vez que considera 
imprevistos externos como também padroniza a capacidade de reserva máxima, a qual 
anteriormente ficava a critério do projetista. Dessa forma, a edificação terá mais segurança 
em seu fornecimento de água e os projetos hidráulicos estarão mais alinhados no que se 
refere à sua reserva. 
Se, por um lado, os critérios quanto à água reservada ficaram mais claros e bem 
definidos, por outro, percebe-se omissão de indicação do método de dimensionamento a ser 
adotado perante o sistema hidráulico. Além da NBR 5626:2020 alterar os anexos presentes 
na norma de 1998, ela retirou o Anexo A, que definia todo um procedimento para obtenção 
Fonte: Autora 
Tabela 18 – Pressões mínimas de escoamento de chuveiros disponíveis no mercado 
oes 
65 
 
do dimensionamento das tubulações, alterando também, as equações a serem utilizadas – 
substituindo a Equação de Fair-Whipple-Hsiao pela de Darcy-Weisbach para obtenção das 
perdas de carga, por exemplo. Com a retirada desse anexo, deixou-se a cargo do projetista 
a análise da literatura disponível para a definição de diversas variáveis, como os pesos de 
cada acessório e as perdas de carga para cada conexão, podendo haver diferenças nos 
valores de acordo com a metodologia empregada. 
Além disso, a norma de 2020 é bastante subjetiva no que se refere à velocidade de 
escoamento máxima, uma vez que retirou o valor máximo de 3 m/s e recomenda que o 
projetista assegure que a velocidade obtida não irá causar danos ao sistema, como o Golpe 
de Aríete, nem desconforto ao usuário. A alteração normativa traz como vantagem a 
possibilidade de utilização de novos materiais (como o CPVC e o PPR), porém, não há 
padronização devido inexistência de limites máximos de velocidade bem definidos de 
acordo com o material utilizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Através das análises realizadas neste trabalho é possível concluir que a norma ABNT 
NBR 5626:2020, quando comparada com à de 1998, é caracterizada principalmente pela 
liberdade dada aos projetistas na concepção de diversas variáveis e na escolha do método 
de dimensionamento utilizado para o sistema hidráulico predial. Fatores como velocidade 
de escoamento, por exemplo, deixam de ser limitantes quanto ao material escolhido para as 
tubulações e passa a permitir a utilização de diversos outros mais duráveis e resistentes, a 
depender do tipo da obra a ser executada. 
Contatou-se a ausência de roteiro definido para o dimensionamento dos sistemas 
prediais, dando ao projetista a liberdade de escolher, dentre as metodologias existentes na 
literatura, a mais adequada à aplicação pretendida. 
Em relação à água quente, conclui-se que a NBR 5626:1998 segue as mesmas 
recomendações e as mesmas exigências que faz para a água fria, sendo mais conservadora 
do que a NBR 7198:1993 em poucos aspectos, como quando exige a verificação da 
deformação da tubulação pela dilatação térmica. 
Finalmente, pode-se constatar a importância da atualização das normas técnicas 
apontando, como motivação para estas mudanças trazidas pela NBR 5626:2020, o uso de 
novos produtos e técnicas. Ao revisar suas antecessoras, a nova norma permite que sejam 
utilizados na engenharia os novos materiais produzidos a partir dos avanços tecnológicos, 
com propriedades ampliadas, que permitem ao projetista diversificar as soluções propostas, 
atribuindo mais resistência e, consequentemente, maior segurança ao sistema hidráulico a 
ser concebido e dimensionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Técnica 5626, de 
Setembro de 1998. NBR 5626 - Instalação Predial de Água Fria, [S. l.], 30 out. 1998. 
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Técnica 5626, de 
Junho de 2020. NBR 5626 - Sistemas prediais de água fria e água quente: Projeto, 
execução, operação e manutenção, [S. l.], 29 jun. 2020. 
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Técnica 7198, de 
Setembro de 1993. NBR 7198 - Projeto e execução de instalações prediais de água 
quente, [S. l.], 1 nov. 1993. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 36, DE 19 DE JANEIRO DE 1990. [S. l.], 19 jan. 
1990. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1990/prt0036_19_01_1990.html. 
Acesso em: 16 dez. 2021. 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011. [S. l.], 
12 dez. 2011. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html. 
Acesso em: 16 dez. 2021. 
 
CARVALHO JÚNIOR, Roberto. Instalações Hidráulicas: e o Projeto de Arquitetura. 11. 
ed. rev. [S. l.]: Blucher, 2017. 373 p. ISBN 978-8521211594. 
 
MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações Hidráulicas: Prediais e Industriais. 4. ed. [S. 
l.]: LTC, 2010. 596 p. ISBN 978-8521616573. 
 
68 
 
PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4. ed. rev. São Carlos, SP: EESC-USP, 2016. 
540 p. ISBN 85-7656-084-4. 
 
ZAMPAR FILHO, Luis Eduardo. Mecânica dos Fluidos. [S. l.]: Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2018. 208 p. ISBN 978-85-522-0740-5. 
 
ALMEIDA, Ana Victoria Carlos et al. Manual de Instalações Prediais. [S. l.: s. n.], 2021. 
Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34016. Acesso em: 17 jan. 2022.

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