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FARMACOLOGIA 1 CICLO - AULA 5

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Resumo de Famacologia
Luana simões de Melo
Ciclo 1 - 5 Período
Professora: Josy
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: agem no túbulo
contorcido distal
• Fisiologia renal no Túbulo Contorcido
Distal :
▪ Na alça de Henle, ocorre reabsorção de sódio,
cloreto e potássio; já no túbulo contorcido distal,
fisiologicamente há menor reabsorção de sódio que
na AH -> por isso no DIU de alça há mais perda de
sódio, potássio e água, logo ele é mais potente; no
DIU tiazídico, há um maior balanço de perda de
íons e água
▪ Para o tratamento ambulatorial de HAS,
usa-se o DIU tiazídico primeiro; quando
em casos mais avançados, de ICC, por
exemplo, usamos o DIU de alça, ou em
casos de pós trauma, como em edema
cerebral, usamos DIU de alça, já que ele é
mais potente e também é o único que tem
IV, o tiazídico tem apenas VO
▪ No TCD, tem um canal de reabsorção de
sódio e cloreto (NCC) -> movimento de
sódio e cloreto da urina para o TCD
(ultrafiltrado)
▪ Além disso, tem uma bomba que secreta o
potássio para o TCD, e ao mesmo tempo
que reabsorve o sódio para o sangue
(contratransporte de sódio e potássio
pela bomba Na-K-ATPase); depois, o
potássio que foi para o TCD segue para a
urina -> logo, ocorre perda de potássio no
TCD, porém em menor escala que na AH
▪ Por osmose, a água é excretada (mas não
tanto quanto na AH, pois no TCD a
reabsorção de sódio é menor, e logo, da
água também) -> por isso a diurese dos
tiazídicos é menos potente que a dos
diuréticos de alça, porque os tiazídicos
agem no TCD, onde, fisiologicamente,
menos água e sódio são reabsorvidos que
na AH
▪ No TCD, ocorre ação do PTH para
estimular a reabsorção de cálcio (não é
por contracorrente igual na AH, não
depende da corrente elétrica) -> logo, no
TCD ocorre menor perda de cálcio (e de
magnésio também), por causa da ação do
PTH que estimula a reabsorção deste íon
- não ocorre o bloqueio de NCCK2 na AHD,
ao contrário do DIU de alça, e o cálcio está
sendo reabsorvido normalmente nessa
porção do néfron
- no TCD, o PTH estimula a reabsorção de
cálcio, e o DIU tiazídico não afeta a ação do
PTH -> no uso do DIU tiazídico, o cálcio não
é perdido e sua reabsorção via PTH não é
anulada
▪ Mecanismo de resgaste: se o paciente
estiver tomando DIU de alça, e estiver
com osteoporose e fazendo reposição de
cálcio, esse cálcio vai ser excretado; já no
DIU tiazídico, pelo mecanismo de
resgaste, o paciente vai ter seus níveis de
cálcio normalizados graças ao PTH
(mecanismo fisiológico, não tem nada a
ver com DIU tiazídico), e se o paciente
ainda estiver fazendo reposição hormonal
de cálcio, pode ocorrer hipercalcemia pela
ação do PTH também
• Ação dos DIU tiazídicos:
bloqueia o canal da reabsorção de sódio e
cloreto (NCC)
▪ A ação do tiazídico , que continua no
ultrafiltrado e sai na urina -> excreção de
sódio e cloreto
▪ Ao mesmo tempo, para compensar o
bloqueio da reabsorção de sódio pelo
tiazídico, a aldosterona age no TCD, e
estimula a reabsorção de sódio e a
secreção de potássio para dentro do
túbulo (que posteriormente vai ser
excretado) -> por isso a diurese dos
tiazídicos é menor, assim como a perda
de íons, porque a aldosterona age para
compensar a excreção causada pelo
tiazídico
▪ Logo, os pacientes em uso de DIU
tiazídicos tem menores efeitos adversos
(como por exemplo a ocorrência de
câimbras causada pela perda de potássio
no uso de DIU de alça)
- alcalose: ocorre excreção de H+, como no
DIU de alça
- hiperuricemia pela resposta a perda de
volume, menos intensa que no uso de DIU
de alça, assim como a hipovolemia -
hiponatremia: perda de sódio, menor que
em DIU de alça
- hipercalcemia: o cálcio está sendo
reabsorvido da AHA normalmente, e ainda
ocorre a ação do PTH no TCD,
estimulando mais reabsorção de cálcio
- câimbra: o paciente pode se queixar
muito de câimbras no início do tratamento,
principalmente se ele não estiver se
hidratando bem, pela perda do K+
• Prescrição e posologia: ▪ HCTZ 25-50
1x/d
▪ Clortalidona 12,5-25 1x/d
▪ Indapamida 1,5mg 1x/d
• HDCZ:
- Ação de longa duração: diurese por cerca
de 8-12h -> baixa RVP -> baixo volume ->
baixa PA
- Aplicação clínica: ICC, hipercalciúria
idiopática (excreção aumentada de
cálcio), diabetes insípidos (urina
hiperosomolar)
- Contraindicação: insuficiência renal
- Efeitos adversos: hipocalemia,
hiperuricemia, hiperglicemia,
ototoxicidade, intoxicação digitálica,
arritmias, disfunção erétil
- a disfunção erétil acontece da
vasoconstrição e aumento do fluxo
sanguíneo no contexto da perda de
potássio e hipocalemia
- intoxicação digitálica: TIAZÍDICO +
digoxina/disoxicina -> cronotropismo
positivo -> aumenta a força de contração
cardíaca para aumentar a FEVE -> em
uso de digitálicos, o intervalo terapêutico é
muito estreito, sendo mais fácil de atingir a
dose tóxica; além disso, o cronotropismo
positivo para maior função da
contratilidade requer potássio, e no
paciente com hipocalemia, o digitálico não
vai funcionar por conta da perda do
potássio, e se aumentar a dose do
digitálico, pelo estreito IT, pode ocorrer
intoxicação -> a falta de resposta ao
digitálico é pela perda do K+ (ação do
tiazídico), aumentar a dose do digitálico
não vai adiantar
DIU TIAZÍDICOS X DIU DE ALÇA:
DIURÉTICOS POUPADORES DE
POTÁSSIO: agem no ducto coletor
coletor
2 mecanismos, 2 classes de
medicamentos:
Espironolactona e epleronona (antagonista
de aldosterona)
age no ducto coletor, analogo à
aldosterona, o que facilita que ele se ligue
no receptor de aldosterona, mas de forma
antagonista, para bloquea-la, a aldosterona
é um hormonio, e por isso
isso a espironolactona traz efeitos
adversos hormonais
- a espironolactona consegue se
ligar ao mesmo receptor da
aldosterona para antagonizá-la
- a ação fisiológica da aldosterona é
a retenção de sódio e secreção de
potássio -> a espironolactona
bloqueia essa ação para segurar o
potássio no organismo, evitando
que ele saia do sangue e vá para o
ultrafiltrado (secreção de potássio),
de forma a compensar a
hipocalemia em cenários de uso de
DIU de alça
• Efeitos adversos hormonais da
furosemida: ginecomastia,
irregularidades menstruais na
mulher, impotência no homem,
diminuição de libido, hirsutismo,
alteração da voz
- todos esses efeitos adversos são
respostas hormonais ao bloqueio
da aldosterona, que é um
hormônio que age no túbulo
coletor (que estimula a
reabsorção de sódio e secreção
de potássio); a espironolactona
age inibindo a secreção de
potássio/reabsorção de sódio e
também ativa os receptores
hormonais androgênio da
aldosterona de forma exacerbada,
ocasionando esses efeitos
adversos hormonais por alterar o
comportamento de regulagem da
testosterona
- esses efeitos adversos são
esperados da
ESPIRONOLACTONA,
estimulando a resposta da
testosterona;
- a AMILORIDA não traz essas
desregulagens hormonais, pois
ela não é análoga à aldosterona,
age direto no canal de sódio
bloqueio
contratransporte da
bomba
Na
-K- ATPASE:

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