Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 @ju.raminelli – ATM 2026.2 HOMEOSTASE DA ÁGUA Beber água → inibição da tonicidade plasmática = aumenta plasma no sangue → feedback inibição do centro da sede → supressão do ADH (hormônio antidiurético/vasopressina) → fecham canais de água (aquaporinas) nos túbulos renais; urina diluída (redução de osmolaridade plasmática, ou seja, capacidade de atrair água). SRAA: mácula densa tem sensores que detectam o nível de sódio, células justaglomerulares produzem renina, a arteríola aferente é inervada pelo SNS e possui barorreceptores, os quais podem ser ativados pela redução de PA, ativação do SNS ou redução de Na nos túbulos distais (mácula densa, feedback). A renina transforma angiotensinogênio (produzido no fígado e hemodisseminado) em angiotensina I; a ECA (produzida pelo endotélio vascular), por sua vez, transforma a angiotensina I em angiotensina II. A angiotensina II gera vasoconstrição (aumento da resistência vascular sistêmica, reduz fluxo renal sanguíneo, aumenta pressão hidráulica no capilar glomerular), produção de ADH (absorve Na e secreta K). Osmois extracelulares: glicose – só entra para dentro da célula dependendo da insulina, não transita livremente; ureia – osmol não efetivo porque transita livremente. Doença hepática diminui o metabolismo de aldosterona e ADH circulantes → meio ponto de ajuste homeostático do volume intravascular → diminui reserva para resposta ao trauma como cx → hipoervolemia. Sinais de hipervolemia: hipertensão, redução de satO2, estertores basilares, distensão jugular, edema de tecidos moles, galope com B3, ganho de peso rápido; edema pulmonar em RX tórax, ICC. Valor normal de osmolaridade: 275 – 295 mOsm/L. HOMEOSTASE DO POTÁSSIO O potássio é abundante no LIC então sua dosagem, quando feita, é a mensuração do LEC. A aldosterona é produzida pelas suprarrenais e atua no tubo coletor medular, reabsorvendo sódio e secretando potássio e hidrogênio → hipocalemia e alcalose metabólica. A renina é produzida na mácula densa → ativação do SRAA → absorção de sódio pelo túbulo. HIPONATREMIA Valores normais: 135 – 145 mEq/L Hipertônica – dilucional: • Causada principalmente por hiperglicemia grave (atrai mais água e diminui o Na); • Diabéticos descompensados; • Manitol EV; • Imunoglobulina EV; • PO de cx uterina ou ressecção transuretral → absorção de solução sem Na. o ADH secretado em resposta à dor, náusea, vômito, opioides, ventilação por PP. • Hiponatremia crônica: aumento da pressão da água no LEC por edema → água migra do LEC para o LCR → células perdem solutos e a água sai por movimento osmótico. o Sintomas (quando existentes): fadiga, náusea, tontura, vômito, distúrbios da marcha, esquecimento, letargia, confusão, câimbras. Isotônica – pseudohiponatremia: • Suspeitar de erro laboratorial → hiperTG, icterícia obstrutiva, hiperproteinemia. Hipotônica: pcte seco; considerar doenças de perda de sódio urinárias ou intestinais; Hipovolêmica: • Na urinário < 20: diarreia, PO, obstrução intestinal, hemorragia; • Na urinário > 40: uso de diuréticos, síndrome cerebral perdedora de sal → após AVCh; • TTO: expansão com SL 0,9%. Hipervolêmica: diminuição de volume arterial efetivo (Na urinário < 20) → aumenta produção de ADH → ativação do SRAA → retenção de sódio; • IC, cirrose hepática, síndrome nefrótica; • DRC quando Na urinário > 40 → não consegue eliminar água para fora porque a filtração é baixa, não reabsorver sódio; • TTO: restrição hídrica + diurético. Euvolêmica: fazer DD com hipotireoidismo (dosar TSH; pode ser hipotireoidismo primário; presença de mixedema), insuf. adrenal (dosar cortisol; pode ser secundária à def. de ACTH ou primária (Addison) por hipercalemia e hipovolemia), diuréticos tiazídicos e polidipsia psicogênica (retenção de água). • SIADH: síndrome de secreção inapropriada de hormônio diurético. Aumento de ADH → tendência a hipervolemia → dilatação arterial → aumento de peptídeos naturais → euvolemia. Osm urinária > 100 – alta paradoxalmente + normovolemia + ác. Úrico baixo < 4; o DD com sd cerebral perdedora de sal: hipovolemia e poliúria. • TTO: restrição hídrica. CLÍNICA: hipervolemia → eliminação de osmois; então depende da hiposmolaridade; • Náuseas, anorexia, câimbras, rabdomiólise, encefalopatia hiponatrêmica, sonolência, turpor, convulsão, coma; • Na 125-130: náuseas e mal estar; Na <120: cefaleia, letargia, obnubilação, convulsões, coma, PCR; • Correção rápida de Na → sd de desmielinização osmótica (mielinólise pontina). TRATAMENTO: conforme causas. 2 @ju.raminelli – ATM 2026.2 • Quando sintomático: 1-8 mEq de Na em 24h (até 12) ou 3 mEq em 3h. HIPERNATREMIA Sempre hiperosmolar; déficit de água livre; a sede é protetora; mais comum em crianças, idosos e naqueles sem acesso à água. SRAA e SNS retêm sódio. Hipovolêmica: uso excessivo de furosemida (diuréticos), vômitos, diarreia, perda cutânea (queimado, insolação), poliúria necrose tubular aguda, SNC (não pede água); • Pctes severamente desidratados apresentam oligúria ou anuria, TEC (perfusão capilar) aumentado, fala confusa, enfraquecimento de membros, axilas secas, hipotensão postural → aumento da FC em ao menos 30 bpm/forte tontura postural; • Perdas cutâneas: sudorese excessiva, debre alta, queimaduras. Euvolêmica: diabetes insipidus; • Perda renal de água livre; poliúria e polidipsia; • Central quando def. de liberação de ADH e nefrogênico quando há resistência renal ao ADH (restringir sal + diuréticos tiazídicos/amilorida). Hipervolêmica: hiperaldo primário, Cushing, iatrogenia. • Comum após tto com cristaloides/coloides para tto do choque; • PO: ADH secretado por estímulos não fisiológicos → vasoconstrição → retenção de Na; dura cerca de 3 dias. CLÍNICA: aumento de Na → sai água → produção de osmois para equilibrar o excesso de Na → evita desidratação do neurônio. • Sede, desidratação, confusão mental (muito elevado), coma, apneia, risco de HSA, HSD. TRATAMENTO: repor água livre em no máximo 8 mEq em 24h (até 12) ou 3 mEq em 3h. • Se baixar rapidamente o Na → edema cerebral; • Na HIPOVOLEMIA, fazer expansão com SR 0,9%; • Homem: 0,5 x pes x (Na pcte/Na desejado) – 1 = xL; • Mulher: 0,4 x peso x (Na pcte/Na desejado) – 1 = xL; • Perdas insensíveis normais: 10 mL/kg/dia. HIPOCALEMIA Quando K < 3,5 mEq/L, refletindo que o potássio foi para o LIC ou foi perdido pelo TGI ou, na maioria das vezes, sofreu perda renal. Shift intracelular: entra potássio nas células; • Insulina, adrenalina, beta2 agonistas, alcalemia (perda de H pro LIC através da perda de K), tto de anemia megaloblástica, paralisia periódica. Perda GI: quando < 20; • Diarreia, adenoma viloso. Perda renal: • Alcalose metabólica, diuréticos tiazídicos e de alça, Barrter (intoxicação por furo, diurético de alça) e Gitelman (por tiazídico), hipomagnesemia, hiperadlosteronismo, anfo B, aminoglicosídeos, hipercortisolismo, ATR (acidose tubular renal) I e II. Hipocaemia + Hipertensão = hiperaldosteronismo; • Renina elevada: renovascular ou hipertensão acelerada maligna; • Renina baixa: hiperaldo primário (nódulo renal). CLÍNICA: sintomas musculares, hipocalemia grave; • Câimbras, fraqueza muscular, rabdomiólise, íleo metabólico ou paralítico, fibrose medular, alcalose metabólica; • Maior contratilidade, DAC, digital → extrassístoles, taquiarritmias, PCR em SV e ASEP; • ECG: A onda T é a Tenda do potássio: onda T achatada e surgimento da onda U ou QT longo, QRS alargado e P apiculada. TRATAMENTO: push de K: 220 mL SF, 30 mL KCl ou KCl 6% 15 mL 3x ao dia para crônicos. HIPERCALEMIA Quando K > 5,5 mEq/L. Pode ser por aumento da oferta (consumo), pseudohipercalemia, shift para o LEC por algum motivo ou baixa excreção renal, no caso da IR e do hipoaldosteronismo (baixa Na).Shift extracelular: saída do potássio de dentro da célula pro LEC; • Acidemia (baixo pH = alto K): tamponamento por H; • Destruição celular por trauma, rabdomiólise, hemólise, lise tumoral; queimaduras → catabolismo; • Paralisia periódica. Aumento de oferta: pela dieta ou KCl parenteral ou por sangue estocado; IR: • Aguda; • DRC estágio G5. Hipoaldosteronismo: não vai K pra urina; • Hiporreninêmico = morte de mácula densa (DM, AINH); • Addison; • iECA (captopril) → bloqueia SRAA; • BRA (losartana) → bloqueia SRAA; • Diuréticos (poupadores de K como espironolactona); • Trimetroprim; • Beta bloqueadores. CLÍNICA: geralmente assintomático, quanto mais sintomas, mais grave o quadro; • Fraqueza muscular, paralisia (raro), distensão abdominal, arritmias (BAVT), PCR (assistolia/FV), morte súbita; • Onda T apiculada no ECG, P achatada, PR longo, QRS largo, padrão SV. TRATAMENTO: ECG alterado? Quando não, excretar K. sim... Gluconato de Cálcio: estabilização elétrica; • GlucoCa 10% 10-20mL, infundir em 5-10 min, repetir após 10 min; 3 @ju.raminelli – ATM 2026.2 • Até que estabilize o ECG = deslocar K pro LIC. não... Glicose + Insulina: insulina R 10U, glicose 50 mg (100 mL G50%); não... Beta2 Agonista: fenoterol inalatório; não... Bicarbonato: Bic Na 8,4% (1 mEq/mL) = 1 mEq/kg. Excretar potássio: • Furosemida: pouco eficaz na uremia, 1 mg/kg, repetir após 4h; • Resina de troca: sorcal; • Diálise: hemodiálise, diálise peritoneal; • Rever presicrição (suspender drogas envolvidas); • Addison → glicocorticoide; • Hipoaldosteronemismo → mineralocorticoide (fludrocortisona).
Compartilhar