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Toxocariase- Parasitologia

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T�xocarías�
Toxocaríase e Angiostrongilíase (cap 28) + ler artigo
Enterobíase (cap 29)
Filariose linfática (cap 30)
Oncorcerciase (Cap 31)
Tricuríase (Cap 32)
Larva migrans visceral
● Síndrome: migrações prolongadas de larvas de nemátodos de parasitos
de animais no organismo humano
● Morrem após longa permanência nas vísceras
● Larvas migram para o globo ocular: larva migrans ocular
● Patogenia: região ocular
● Toxocara canis: intestino delgado de cães e gatos
● Toxocara canis: ascarídeo- distribuição cosmopolita; prevalência em
várias regiões
● Lesão inflamatória granulomatosa: em volta do AE tem várias células de
defesa formando estrutura celular/concêntrica; excesso de granuloma é
ruim; incialmente a lesão é isolar o parasito, mas depois há mudanças
na arquitetura tecidual; há células de defesa, colágeno, etc
● Toxocaríase e larva migrans viceral: sinônimo!
● Toxocaríase é o agente etiológico do gênero Toxocara: Toxocara canis e
Toxocara cati
● Helmintos que têm como habitat natural o intestino de outros
hospedeiros que não são o homem, como cães e gatos
● Animais se infectam, têm verme adulto no intestino e liberam ovos que
eclodem da larva
● Homem se infecta com ingestão de ovos!
● Pessoa infectada não libera ovos nas fezes, logo o EPF de humano não é
utilizado para diagnóstico, mas sim o EPF do animal que libera ovos nas
fezes
● Diagnóstico é imunológico, é feito ensaio imunológico para detectar
antígeno e anticorpo; nesse caso detecta o antígeno (principalmente
IgM que aumenta muito no início) pela técnica de ELISA
● Humano não é hospedeiro definitivo, não completa o ciclo nele
● IgG não é usado por ser necessário mais tempo
● IgM é contato mais recente com o parasito
● Para associar sorologia com infecção, deve-se ter sintomas
● Anticorpo é marcador imunológico, não confira a presença do parasito
naquele momento
Ciclo biológico
● Só fecha o ciclo no hospedeiro definitivo
● Homem junto: ciclo não fecha
● Ciclo fechando: cão se infecta ingerindo ovos, já que tem o hábito de
lamber as partes íntimas, se infectando rapidamente chegando próximo
a locais que tenha fezes. Ovo tem a larva dentro, entre 4-5 semanas a
larva eclode e transforma em verme adulto. Tem o mesmo caminho se
passaria no humano, isto é, pulmão. Chegando no intestino transforma
em verme adulto, macho e fêmea. Hospedeiro definitivo é o cão.
● Homem: hospedeiro acidental, ingerindo ovo presente em alimento ou
água contaminados que veio de animais. 2º mês de vida: resistência ao
parasito. Migração hepatotraqueal aos 6 meses de vida é nula. Larva
migra para outros locais, até atravessar a placenta e ir direto ao fígado
do feto. Nos hospedeiros definitivos, tem como ter a transmissão
vertical (filhote nasce infectado). No caso do humano, não tem essa
possibilidade e não tem vermes adultos porque o ciclo não se completa.
● Hospedeiro definitivo: cães e gatos
Ciclo biológico Larva Migrans Visceral
● Aves, roedores ruminantes e suínos: hospedeiros paratênicos
● Hospedeiro paratênico ou de transporte: é o hospedeiro intermediário,
no qual o parasito não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas
permanece viável até atingir novo hospedeiro definitivo. NÃO tem
toxocaríase, apenas transportam o ovo com a larva! NÃO é hospedeiro
definitivo, logo o ciclo não completa. Não tem ovo eclodindo as larvas,
apenas transporta o ovo. O que define isso são as condições do
hospedeiro
● Ovos (L3)- intestino delgado- migração hepato traqueal das larvas
(fígado e passa na circulação pulmonar)- alcançam vários tecidos-
viáveis e em quiescência (fica sem o metabolismo ativo, logo a pessoa
está infectada, mas o parasito está “quieto”). Isso com relação aos
humanos; ingere ovo, tem larvas dentro, as larvas eclodem, se
transformam em verme adulto; do intestino migra para o fígado e é
distribuído para outros locais
● Fonte infecção para cães e humanos (raro): ingestão de carne crua ou
malcozida. Em locais que há hábitos do consumo de cães e gatos
Infecção em humanos
● Cão é hospedeiro definitivo, se infecta pela ingestão de ovos
embrionados, adultos cruzam, fêmeas liberam ovos nas fezes
● Humanos se infectam pela ingestão de ovos, que saem nas fezes e
embrionam no solo, precisam de um tempo no solo
● Humanos ingerem ovos e há as mudas
● L3 atravessa a parede, passa na circulação enterohepática e é
distribuído
● Local mais acometido: olhos
● Pode ir ao sistema nervoso também
● Nos órgãos fazem migrações: maioria é destruída; SI mata grande
quantidade, consegue destruir a maioria
● Lesão característica: em volta do parasito há reação inflamatória que
forma o granuloma, é alérgica porque tem o estímulo do antígeno;
parasito morto também induz resposta inflamatória. Maior parte dos
indivíduos pode matar o parasito, mas ainda assim há inflamação por
conta do resto necrótico
● Lesão- granuloma alérgico: parasito morto + infiltrado inflamatório
● Algumas larvas podem encistar: forma estrutura cística em volta do
parasito, no caso é a larva
● De 6 meses a 1 ano e meio controla
● Mesmo a larva morta induz um processo inflamatória, formando
granuloma em volta
Patogenia- Larva Migrans Visceral
● Depende:
- Quantidade de larvas no organismo: lembrar que é larva! Mais
larva, mais patogenia
- Órgão invadido: pode haver comprometimento ocular; sistema
nervoso é mais grave, fígado depende da extensão
- Resposta imune do hospedeiro
● Manifestações assintomáticas, subagudas (poucas manifestações) ou
agudas (mais comprometimento ocular)
● Infecção auto limitante: 6 a 18 meses; isto é, a pessoa se infecta e cura
sozinha
● Quadro clínico clássico:
- Leucocitose (aumento de leucócito, por conta dos eosinófilos),
hipereosinofilia (aumento de eosinófilos), hepatomegalia (por
conta da larva e por conta da linhagem celular, que passa no
fígado, por reação inflamatória no fígado) e linfadenite (aumento
dos vasos linfáticos ou determinados pontos locais como os
linfonodos, há apresentação de antígeno nos órgãos linfóides;
ativação do SI por apresentação de antígeno)
- Infiltrados pulmonares com tosse e dispneia
- Anorexia, desconforto abdominal: presença das LARVAS no
intestino!!!
● Envolvimento do SNC:
- Manifestações neurológicas variadas
- Ataques epileptiformes, meningite, encefalite; como a larva migra,
pode levar com ela, outros agentes etiológicos, pode levar o vírus
que causa a poliomielite; leva a bactéria do intestino ao SNC, a
inflamação da meningite bacteriana ocorre
- Larvas de Toxocara canis:
- Manifestação cutânea- IMPORTANTE!: prurido crônico, paniculite
e vasculite; na larva migrans visceral não tem a lesão em forma de
serpente, a pessoa tem lesões que se confundem com alergia a
medicamento, sendo totalmente diferente da larva migrans
cutânea
- Toxocarose comum: astenia, distúrbios digestivos, manifestações
alérgicas, prurido, eczema e urticária
- Toxocara oculta: há muito anticorpos, mas há baixa de eosinófilo;
altos títulos de anticorpos
- Comum tem aquilo que realmente espera-se que aconteça, na
oculta ocorrem muitas coisas que não se espera, sendo o
diagnóstico difícil
● Larga migrans ocular
- Indivíduos geralmente sem hipereosinofilia, resposta imunológica
menos intensa
- Quando a larva para na região ocular, foge do SI, mas pode ter
reação normal, sendo resposta imunológica menos intensa, mas
ocorre possível inflamação no olho
- Endoftalmia crônica: coroide, retina, vítreo
- Perda da visão em alguns casos
- Granuloma no olho, hemorragia, cataratas, ceratite, lesões
orbitárias
- Faz o tratamento com corticoide local
Diagnóstico
● NÃO se usa EPF! Porque não somos hospedeiros definitivos
● Diagnóstico clínico: anamnese, sintomatologia
● Eosinofilia persistente, hipergamaglobulinemia (IgM e IgE aumentam)
● Imunoensaio (ELISA): IgM e IgE- solicitar esses anticorpos; “IgM anti
Toxocara canis”, “IgM anti Toxocara cati”
● Biópsia: não é feita em pacientes que houveram problema ocular
● Larva migrans ocular: exame oftalmológico
● Imunodiagnóstico: pesquisar antígeno ou anticorpo- ELISA,
Western-blot
Tratamento● Quando a larva está no intestino, usa-se anti-helmínticos
● Larva no olho: NÃO usa anti-helmíntico; usa-se o corticóide direto no
olho, isso porque os anti-helmínticos não penetram o globo ocular, há
pouca eficiência
Epidemiologia e controle
● Medidas ligadas à presença do parasito em cães e gatos, que são
hospedeiros definitivos
● Cuidados de higiene em locais que há muitos animais defecando e
deixando os ovos
● Crainças são as mais acometidas
● Grande número de ovos eliminados e resistência; os ovos ficam muito
tempo viáveis para fazer a infecção
● Controle: conscientizar os proprietários dos cães; exames de fezes
periódico de cães e gatos
Relato de caso
Alterações laboratoriais:
● Eosinófilos
● IgE
● Essas alterações não são específicas, pode ter a mesma situação com
algo alérgico
● Reativo para Toxocara canis, confirmando a sintomatologia e o
imunoensaio reagente
● Infiltrado eosinofílico
● Possibilidades de ter aumento de eosinófilo: IMPORTANTE!
- Asma
- Parasitoses intestinais causadas por helminto
- Farmacodermia: reações a fármacos que geram reações
cutâneas
● Realizar parte clínica e anamese do paciente
● IgG, teve apresentação de antígeno, expansão clonal e anticorpo sendo
produzido

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