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Embriologia do estômago Lara Camila da Silva Alves – Medicina – 3º Semestre • O estômago surge na porção caudal do intestino anterior (não é na porção mais caudal, que forma o duodeno); • A irrigação arterial do intestino anterior vem do tronco celíaco. Por volta da 4ª semana, na porção caudal do intestino anterior, vai surgir uma dilatação fusiforme (em forma de fuso, com uma dilatação anterior e outra posterior) – em plano medial. No decorrer das semanas, as dilatações começam a crescer. Entretanto, a parte posterior cresce mais que a anterior. Isso faz que a porção posterior retraia e puxe o estômago, formando a curvatura maior do estômago; A porção anterior forma a curvatura menor do estômago; A curvatura maior está para trás – é dorsal/posterior. Quando essa porção posterior cresce, isso pesa, e por isso o estômago inicia um processo de rotação. O estômago irá girar no sentido horário. Assim, a curvatura maior – que está atrás – vai para o lado esquerdo, e a curvatura menor – que está na frente – vai para o lado direito. O que era dorsal → curvatura maior → vai para o lado esquerdo O que era ventral → curvatura menor → vai para o lado direito. OBS: o estômago também desce. Assim, o que é superior vai um pouco para baixo, e o que é inferior vai um pouco para cima. Nessa rotação, observamos que também há uma mudança da inervação. O nervo vago esquerdo irá fazer a inervação da porção anterior, e o nervo vago direito irá fazer a inervação da porção posterior. • Existem outras estruturas que giram junto com o estômago, como o fígado e os ductos pancreáticos; O estômago fica em pé em plano medial no início do desenvolvimento embrionário, mas ele não fica solto – há uma estrutura que sustenta o estômago; • A parede da cavidade abdominal é revestida de peritônio parietal, que se encontra na região medial e atravessa cortando a cavidade abdominal ao meio (dividindo-a em lado esquerdo e direito); O peritônio se junta e forma o mesentério (junção dos dois folhetos de peritônio), na região da aorta. O peritônio visceral “abraça” o estômago e depois se junta novamente. • É o mesentério primitivo que sustenta as vísceras abdominais durante o desenvolvimento embriológico; • O mesentério é chamado de mesogástrio na região do estômago; • O mesogástrio atravessa na parte central da parede abdominal e a divide no meio; • No meio do duplo folheto peritoneal há o estômago. A parte da frente do mesogástrio é o mesogástrio ventral, e atrás é o mesogástrio dorsal. • Quando o estômago gira, ele leva o mesogástrio junto. À medida que ele vira, ele dobra o mesogástrio dorsal – gerando um espaço chamado de bolsa omental; A bolsa omental é um espaço virtual para que o estômago possa fazer seus movimentos de “encher” e “esvaziar”; O que sobrou desse mesogástrio dorsal, funde-se e forma um “avental” que recobre as vísceras abdominais – omento maior. Entre o fígado e o estômago temos o mesogástrio ventral, que dará origem ao omento menor; O mesogástrio ventral foi para o lado, girando com o estômago. Ele dará origem, também, aos ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal (liga o estômago ao fígado, e o estômago ao duodeno); OBS: a bolsa omental está atrás do estômago. Mesogástrio ventral – fígado e vesícula biliar; Mesogástrio dorsal – baço e pâncreas;
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