Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 CAIO TALES DE CARVALHO SANTOS 
 
 
 
 
PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVA PARA A DESINFECÇÃO DE ÁGUA NO 
CAMPUS CENTRAL DA UFRN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2020 
 
 
 
2 
 
CAIO TALES DE CARVALHO SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVA PARA A DESINFECÇÃO DE ÁGUA NO 
CAMPUS CENTRAL DA UFRN 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
curso de graduação em Engenharia Ambiental, 
da Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito parcial à obtenção do 
título de Bacharel em Engenharia Ambiental. 
 
Orientador (a): Prof. Dr. Paulo Eduardo Vieira 
da Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
 
2020 
 
 
3 
 
CAIO TALES DE CARVALHO SANTOS 
PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVA PARA A DESINFECÇÃO DE ÁGUA NO 
CAMPUS CENTRAL DA UFRN 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
curso de graduação em Engenharia Ambiental, 
da Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, como requisito parcial à obtenção do 
título de Engenheiro Ambiental 
 
Aprovado em: ________/_________/_______ 
 
 
Banca Examinadora 
 
_______________________________________________ 
Prof. Dr. Paulo Eduardo Vieira Cunha 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
Orientador 
 
 
_______________________________________________ 
Prof. Mestre Glauber da Rocha Medeiros 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
Membro Interno 
 
 
_______________________________________________ 
Prof. Mestre Danillo Luiz De Magalhães Ferraz 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
Membro Interno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
RESUMO 
A desinfecção é a única etapa obrigatória no tratamento de água, independente do manancial 
de captação (superficial ou subterrâneo) e consiste na etapa de eliminação de microrganismos 
patogênicos da água, tornando-a potável para a população. Para atingir esse objetivo podem ser 
utilizados diversas técnicas, tais como ozonização, radiação ultravioleta e cloração, sendo está 
última a mais largamente utilizada no Brasil e no mundo. No presente trabalho vislumbrou-se 
encontrar alternativas à desinfecção da água para o sistema de abastecimento da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, o qual é composto por captação no manancial subterrâneo, 
tratamento simplificado (desinfecção com hipoclorito de cálcio), reservação e distribuição aos 
pontos de consumo. Para tanto, foi realizada análise qualitativa das alternativas, com uso de 
ferramentas técnicas de análise da qualidade, tais como o uso da Matriz GUT (Gravidade, 
Urgência e Tendência) e Matrizes de Risco, as quais podem ser obtidas por meio de sistemas 
de gestão integrada, e foram utilizadas para a comparação das múltiplas alternativas de 
desinfecção para o sistema estudado. Utilizou-se adicionalmente auxílio de pesquisadores, 
estudos científicos, bibliografia técnica, e experiência prática e empírica para o levantamento 
destas alternativas e embasamento nas considerações finais. Os resultados obtidos dessa 
maneira demonstraram que levantamentos realizados ao longo deste trabalho permitem concluir 
que a alteração do sistema atual de desinfecção da água adotado pelo Campus Central da UFRN 
pelo sistema de cloração por Bombas Dosadoras de Motor de Passo ou Gerador In Loco 
(Salmoura), são capazes de atender a demanda populacional do campus e possuem custos 
menores quanto a operação e manutenção sendo interessantes alternativas a desinfecção de água 
do Campus. 
Palavras-chave: Tratamento de água. Captação-Subterrânea. Potabilidade. Matriz- 
GUT. 
 
5 
 
ABSTRACT 
Disinfection is the only mandatory step in water treatment, regardless of the water source 
(surface or underground) and consists of the step of eliminating pathogenic microorganisms 
from the water, making it drinkable for the population. To achieve this goal, several techniques 
can be used, such as ozonation, ultraviolet radiation and chlorination, the latter being the most 
widely used in Brazil and worldwide. In the present work, it was envisaged to find alternatives 
to water disinfection for the supply system of the Federal University of Rio Grande do Norte, 
which consists of collection from underground sources, simplified treatment (disinfection with 
calcium hypochlorite), reservation and distribution to consumption points. For that, a 
qualitative analysis of the alternatives was carried out, using technical tools of quality analysis, 
such as the use of the GUT Matrix (Gravity, Urgency and Tendency) and Risk Matrices, which 
can be obtained through management systems integrated, and were used to compare the 
multiple disinfection alternatives for the studied system. Additionally, researchers' help, 
scientific studies, technical bibliography, and practical and empirical experience were used to 
survey these alternatives and base their final considerations. The results obtained in this way 
showed that surveys carried out throughout this work allow us to conclude that the alteration of 
the current water disinfection system adopted by the UFRN Central Campus by the chlorination 
system by Stepper Metering Pumps or In Loco Generator (Brine), they are able to meet the 
population demand of the campus and have lower costs in terms of operation and maintenance, 
being interesting alternatives to disinfecting the campus water. 
Keywords: Disinfection. Alternatives. Underground Capture. Potability. Matrix- GUT. 
 
6 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 7 
2. OBJETIVOS ----------------------------------------------------------------------------------------- 9 
2.1. OBJETIVO GERAL 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------------------------10 
2.3. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 
2.4. OZONIZAÇÃO 
2.5. CLORAÇÃO 
3.3.1 CLORAÇÃO POR GERADOR IN LOCO 
 3.3.2 CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS ELETROMAGNÉTICAS 
3.3.3 CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS DOSADORAS POR MOTOR A 
PASSO 
3.3.4 CLORAÇÃO POR CLORO GASOSO 
2.6. ÁREA DE ESTUDO 
3. METODOLOGIA--------------------------------------------------------------------------------- 21 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO --------------------------------------------------------------- 29 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------- 38 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
APÊNDICES 
ANEXOS 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
Um Sistema de Abastecimento é o conjunto de obras, equipamentos e serviços que 
objetivam levar água potável para o consumo doméstico, industrial, do serviço público dentre 
outros, sendo para tanto composto segundo Tsutiya (2006) por manancial (superficial ou 
subterrâneo), captação, estações elevatórias, adutoras, estação de tratamento de água, 
reservatórios e rede de distribuição. A existência de serviços de abastecimento de água (SAA) 
além dos aspectos sanitários e de saúde pública, tais como controlar e prevenir doenças e 
propiciar conforto e bem estar a população, é fundamental para o desenvolvimento econômico 
de uma dada região, uma vez que que contribui para aumento da produtividade. 
De acordo com Barros (2017), no Brasil o primeiro registro de algum tipo de 
abastecimento de água voltado para a população ocorreu em 1561, quando o fundador Estácio 
de Sá mandou escavar o primeiro poço para abastecer o Rio de Janeiro, posteriormente o 
tratamento da água só recebeu uma conotação maior na idade contemporânea a partir dos anos 
40 com o governo de Getúlio Vargas que promoveu a implementação do Serviço Especial de 
Saúde Pública (SESP), hoje denominado Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). 
Atualmente, 83,3% da população brasileira são atendidos comfornecimento de água tratada e 
35 milhões de brasileiros carecem de acesso a este serviço (TRATA BRASIL, 2019). 
Com isso é plausível ponderar que como o ser humano necessita de água em sua 
plenitude todos os dias e a sua escassez e/ou contaminação pode ocasionar no surgimento e 
proliferação de doenças do cunho gastrointestinal ou infecções mais severas, torna-se essencial 
que se observe com cautela todas as etapas que compõem o sistema de abastecimento de água 
de uma determinada comunidade e a forma como o tratamento de água é adotado neste sistema. 
E quando se trata de uma instituição, nação, cidade ou organização pública que em sua 
estrutura abriga uma considerável quantidade de pessoas, é natural pensar que a mesma tem em 
sua responsabilidade inerente a disponibilidade de recursos hídricos para abastecimento 
humano tanto em potabilidade para quando for este o fim desejado, como para usos menos 
nobres como irrigação e limpeza. 
Conforme comentado anteriormente um sistema convencional de abastecimento de 
água, no Brasil normalmente é composto pelas seguintes etapas: Captação da água, Adução, 
Tratamento da água, Reservação e por fim Redes de Distribuição. No que se refere à etapa de 
tratamento de água, a mesma tem como finalidade específica alterar as características da água 
bruta de modo a adequá-las ao padrão de potabilidade, sendo que o tipo de tratamento depende 
sobretudo da qualidade desta água. Desta forma quando observamos comparativamente as 
8 
 
águas superficiais com as águas subterrâneas, enxergamos uma clara distinção na qualidade de 
ambas, o que leva, portanto, a um grau de tratamento distinto. 
Geralmente, os mananciais subterrâneos requerem tratamento mais simplificado para 
potabilização de suas águas, sendo muitas vezes realizada apenas a desinfecção. Já para à 
adequação de águas superficiais aos padrões de potabilidade, faz-se necessário maior grau de 
tratamento, sendo a etapa de filtração obrigatória conforme o Anexo XX da Portaria de 
Consolidação Nº. 05/2017 do Ministério de Saúde. (TSUTIYA, 2006). 
De acordo com o Padrão de Potabilidade vigente, a desinfecção é o único processo 
obrigatório para todos os sistemas de captação de água sejam eles superficiais ou subterrâneos, 
consintindo na etapa de eliminação de microrganismos patogênicos da água, tornando-a potável 
para a população, e pode ser realizado de diferentes formas, tais como: Ozonização, Radiação 
Ultravioleta e Cloração. Este último, por sua vez, tem maneiras completamente dispares de 
serem implantadas, normalmente costumam ser adaptadas a realidade econômica da 
infraestrutura que serão acopladas (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011). 
Trazendo um contexto histórico do que concerne a desinfecção, a mesma tem sido 
praticada por séculos. Existem indícios de que o uso de água fervida já era recomendado desde 
300 a.C e esta prática de purificação da água foi replicada ao longo dos séculos como uma 
maneira de assegurar a sua potabilidade tanto para o abastecimento da população, como para 
os rebanhos (IABUSCH, 1971). 
A desinfecção da água e dos esgotos surgiu inicialmente como uma tentativa de se 
controlar a propagação das doenças através dos odores, sendo alterada a partir de meados do 
século XIX quando o cloro e o ozônio passam a ser empregados na desinfecção de águas, com 
a luz da teoria dos microrganismos com os estudos de Pasteur (MEYER, 1994). 
Após essa breve explanação histórica, averígua-se que um dos maiores desafios na 
atualidade da humanidade é lidar de maneira sábia com os recursos hídricos disponíveis, tendo 
em mente que a necessidade de abastecer o consumo de uma população de forma viável e 
segura, mantendo a qualidade da água é algo imprescindível como visto ao longo da história 
humana, e é algo vital tanto para uma comunidade ribeirinha, quanto para uma megalópole ou 
até mesmo para um Campus Universitário que não utilize seu abastecimento por meio de 
concessionária local como é o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
O presente trabalho foi desenvolvido no Campus Central da Universidade Federal do 
Rio Grande do Norte (UFRN), o número de funcionários atualmente vinculados a UFRN é de 
cerca de 6.300 (UFRN, 2019), e a população estimada atual que compreende visitantes, 
docentes, funcionários e discentes é de aproximadamente 38.000 pessoas. 
9 
 
Observando a extensão, o número de pessoas afetadas supera uma cidade pequena e a 
magnitude de impacto na saúde da população afetada que se encontra diariamente, a instituição 
visou com extrema cautela a necessidade de ter um processo de tratamento de água para 
abastecimento humano de forma segura tanto qualitativamente como quantitativamente. 
Quanto a infraestrutura de abastecimento autônomo de água local, a mesma conta com 
6 poços de captação de água subterrâneos em atividade, e 6 reservatórios independentes em 
atividade em concomitância com a projeção de construção de mais poços e reservatórios com 
o aumento da população do campus. 
Contudo, conforme pode ser observado nas análises constantes nos anexos 
supracitados, de forma a assegurar os padrões microbiológicos requisitados pela Portaria de 
Consolidação Nº 5, justificando-se desta forma a necessidade de adequação da única etapa de 
tratamento executada na água disponibilizada pela UFRN, que é a desinfecção com hipoclorito 
de cálcio, tendo em vista o foco em garantir a manutenção da qualidade ímpar que essa água já 
possui. 
Faz-se, portanto, necessário a proposição de alternativas capazes de acompanhar as 
variações de consumo de água ao longo do dia por todo o campus para os mais diversos pontos, 
objetivando uma implementação de forma gradual, e que proporcione segurança tanto na 
quantidade de água fornecida como na qualidade, buscando analisar características de 
responsabilidade social, de gestão da qualidade de forma a ser possível ter uma percepção maior 
da eficácia do sistema de desinfecção. Ademais, deve-se considerar aspectos relativos à 
segurança dos funcionários envolvidos com o sistema de captação, tratamento e distribuição de 
água no Campus Central da UFRN. 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
Avaliar tecnicamente e propor alternativas para o sistema de desinfecção da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Identificar as diferentes formas de desinfecção de água possíveis de serem 
implantadas no SAA da UFRN; 
10 
 
• Avaliar as vantagens e desvantagens de cada técnica de desinfecção no 
contexto do SAA da UFRN; 
• Realizar análise qualitativa das alternativas de desinfecção através de 
ferramentas técnicas de análise da qualidade. 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 DESINFECÇÃO 
A problematização das doenças do cunho gastrointestinal é, como visto anteriormente, 
algo historicamente combatido e um desafio para a humanidade e ao seu desenvolvimento, 
podendo ser citadas como doenças de veiculação hídrica, decorrentes de ausência e/ou 
tratamento deficiente de água: a gastroenterite, a cólera e disenteria. Sendo, pois fundamental 
para manutenção da saúde da população, a eliminação dos microrganismos patogênicos 
causadores destas e de outras enfermidades (DANIEL, 2001). 
A desinfecção pode ser definida como processo que viabiliza a inativação destes 
microrganismos patogênicos presentes na água, sendo uma etapa fundamental tratamento de 
água, uma vez que não é possível assegurar a remoção total dos microrganismos pelos processos 
físico-químicos, usualmente utilizados no tratamento (TSUTIYA, 2006) 
A ação dos desinfetantes sobre os microrganismos pode ocorrer pelos seguintes 
mecanismos: destruição da organização estrutural da célula; interferência no nível energético 
do metabolismo; e interferência no crescimento do microrganismo. 
Segundo Daniel (2001), os tipos preponderantes de mecanismos de desinfecção no 
tratamento da água são a oxidação, seguida pela rupturada parede celular, e a difusão no interior 
das células, com consequente interferência na atividade celular. Logo, de acordo com o mesmo 
autor, a capacidade de oxidar moléculas biológicas e a capacidade de difusão, através da parede 
celular, são características fundamentais para que um agente desinfetante seja considerado 
eficiente. 
A eficiência da desinfecção é fundamental quando visamos redução de custos e 
qualidade produtiva, a mesma naturalmente tende a ser influenciada pelos seguintes fatores 
(TSUTIYA, 2006) : 
• Características do desinfetante – os mecanismos de ação e as propriedades 
relacionadas à interação do desinfetante com as características da água; 
11 
 
• Características do microrganismo a ser inativado a resistência depende da 
espécie, da forma (encistada ou não) e da concentração dos mesmos na massa 
líquida; 
• Concentração do desinfetante e tempo de contato – de acordo com a qualidade 
final preconizada pelo padrão de potabilidade vigente e na porcentagem de 
inativação de microrganismos existem relações que equilibram a dose e o 
tempo de contato necessário. Ressalta-se que a dose está intimamente 
relacionada com os custos operacionais. 
• Características da água - parâmetros como turbidez (pode promover efeito 
escudo sobre os microrganismos, os protegendo da ação do desinfetante), 
matéria orgânica (formação de subprodutos), compostos inorgânicos (podem 
reagir com o desinfetante), pH e temperatura (relacionados à dissociação 
química do desinfetante); 
• Grau de dispersão do desinfetante na água, fator que concerne à capacidade do 
desinfetante de se espalhar pela água sendo capaz de atingir totalmente e de 
maneira uniforme toda a área a qual foi designada inicialmente. 
Existem múltiplos tipos de agentes desinfetantes (químicos e físicos) e diferentes 
formas de aplicação dos mesmos, sendo o mais comumente utilizado para produção de água 
potável o cloro líquido ou gasoso (DANIEL, 2001). 
Outro composto citável, usado na desinfecção de água – sobretudo na Europa – é o 
ozônio. Diferentemente do cloro, o ozônio é capaz de romper a parede celular dos 
microrganismos, o que demanda um menor tempo para a desinfecção, e um dos pontos 
fortemente positivos avaliados em trabalhos científicos e pesquisas acadêmicas é o de combater 
de maneira eficaz espécies danosas a saúde humana que normalmente são mais resistentes à 
desinfecção por meio de outras técnicas, como por exemplo, Clostridium Perfringens, para o 
qual a aplicação de ozônio teve eficiência de inativação superior ao uso da radiação UV 
(DANIEL; BILOTTA, 2008). 
A Radiação UV sumariamente pode ser apontada como o agente físico mais utilizado 
para desinfecção de águas de abastecimento. A eficiência da radiação UV como agente 
desinfetante ocorre no comprimento de onda de 235,7nm (LIBÂNIO, 2010). 
Torna-se, portanto, imprescindível realizar de maneira clara, objetiva e totalmente 
explicativa a conceituação de tais formas de desinfecção, para que se permita compará-las, e 
12 
 
assim selecionar dentre tantas técnicas e manejos, aquela que é mais adequada a realidade 
enfrentada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 
 
3.2 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 
A radiação ultravioleta (UV), possui efeito germicida detectado pela primeira vez em 
meados de 1878 por cientistas europeus e ao longo dos anos sua utilização se restringiu quase 
que exclusivamente a usos laboratoriais, em meados do século XX, a técnica de desinfecção 
ganhou força e suporte governamental e da sociedade, o que permitiu a introdução em larga 
escala em países da Europa, e na América do Norte. As primeiras unidades a serem 
implementadas em larga escala para tratamento da água surgiram somente em 1955, na Suíça e 
Áustria, países que contavam no início deste século com 500 e 600 instalações respectivamente 
(AGUIAR et al., 2002). 
A região do espectro eletromagnético que compreende a radiação UV é 
particularmente indicada na inativação de microrganismos. Isto porque a energia a ela 
associada, quando atinge importantes grupamentos bioquímicos, consegue provocar lesões 
destrutivas aos organismos. No espectro de radiação de 260nm seu efeito germicida alcança 
eficiência máxima, causado assim por consequência da dimerização de bases nitrogenadas nos 
ácidos desoxirribonucleico e ribonucleico (SKOOG, 1994). 
Ressalta-se de antemão que a mesma evita a replicação de vírus, bactérias, 
protozoários e outros microrganismos. A radiação UV normalmente costuma ser usada para 
desinfecção com o uso de lâmpadas de vapor de mercúrio. Esta tecnologia possui alta eficiência 
desinfetante, e com o adendo de manter as características naturais da água, como sais minerais 
e propriedades físico-químicas, não necessita de um transporte complexo e não necessita de 
manuseio de produtos tóxicos além de possuir rápida ação na descontaminação (DANIEL, 
2001). 
Entretanto possui custos de implantação elevados e requer uma transformação enorme 
na tecnologia atual de uma estação de tratamento de água que está em atividade, além da 
obrigatoriedade de readequar todos os funcionários. Com o principal adicional negativo de não 
possuir residual de ponta na rede de distribuição, ou seja, o gasto se torna muito maior pela 
necessidade da introdução de um produto desinfetante para agir de maneira residual na rede de 
tubulações (TINOCO, 2011). 
Sob a ótica ambiental analisando sob o aspecto sustentável, a emissão de radiação UV 
em unidades de desinfecção tem sido amplamente incentivada, pois seu efeito nocivo se 
restringe ao microrganismo atingido, enquanto o gás ozônio e a cloração, podem levar à 
13 
 
formação de subprodutos, em reações de oxirredução, muitas vezes mais prejudiciais que seus 
precursores (BILOTA, 2006). 
Quando abordamos a literatura verificamos que em unidades de desinfecção o 
desempenho da radiação UV estão normalmente correlacionados com aspectos práticos do 
projeto, que incluem a configuração do reator fotoquímico, no qual avalia-se o mecanismo de 
mistura do meio líquido e grau de refletividade do material empregado na sua construção, a 
manutenção da fonte luminosa e a composição físico-química da água (PHILLIPS, 1983). 
Como a radiação UV é usada naturalmente na desinfecção de águas em grandes 
estações de tratamento de água em países desenvolvidos, o seu uso ganhou notoriedade e 
interesse somente nessas nações, sendo relegado por nações subdesenvolvidas (WRIGHT; 
CAIRNS, 1998). 
De acordo com Aguiar et al (2002) no início deste século existiam cerca de 3.000 
instalações de desinfecção por UV ao longo do planeta, das quais 2.000 se localizavam na 
Europa e 1.000 no Estados Unidos da América. 
No Brasil devido as restrições tecnológicas, e econômicas impostas, e a falta de 
motivação da alta administração pública em adaptar as tecnologias normalmente utilizadas, 
optando por poupar gastos, visando objetivos escusos, tornam o Brasil um país que não adotou 
tal método de desinfecção e que no futuro provavelmente não adotará (TSUTIYA, 2006). 
 
3.3 OZONIZAÇÃO 
A ozonização é caracterizada quando uma descarga de corrente alternada de alta 
voltagem é posta na presença de oxigênio, desta forma, a geração de ozônio ocorre com a 
aceleração de elétrons que adquirem força o suficiente para partir as ligações da molécula de 
oxigênio. Com isso, os átomos livres reagem com outras moléculas de oxigênio para a formação 
do ozônio (MEDEIROS, 2010). 
Sua alta eficiência e tecnologia avançada capaz de destruir até os mais complexos e 
resilientes microrganismos a coloca em posição de vantagem comparativa em termos de 
eficácia para com outros métodos desinfetantes, ademais observa-se um forte uso na Europa 
em estações de tratamento de água local justamente por essa capacidade de eficiência ímpar 
(DANIEL; BILOTTA, 2008). 
Entretanto a ozonização tem algumas desvantagens práticas visualizadas em estudos e 
pesquisas acadêmicas,bem como são comumente relatados e enfrentados por Estações de 
Tratamento de Água ao longo de todo o Brasil e do Mundo, tais quais como: o difícil 
armazenamento, que torna necessário que a produção seja feita no local em que o mesmo será 
14 
 
utilizado; sensibilidade a variações de temperatura e pH das fases líquida e gasosa que podem 
reduzir substancialmente a taxa de transferência gás-líquido, limitando com isso a eficiência da 
técnica; alto consumo de oxigênio comercial (composição 98%); e corrosão de componentes 
metálicos quando os mesmos entram em contato com o ozônio (BILLOTA E DANIEL, 2008). 
Manuais de qualidade e tratamento de águas de abastecimento editados por Agências 
e Organizações (AWWA, 1999; EPA, 1999) apontam que a ozonização da água bruta é 
empregada com sucesso em águas captadas em mananciais subterrâneos ou superficiais. 
No Brasil a técnica ainda é muito pouco difundida devido ao seu alto custo quando 
comparado a outros métodos de desinfecção, e, portanto, dificuldade dos gestores públicos 
tentar adaptar esta tecnologia nas estações de tratamento de água existentes (MEDEIROS, 
2010) 
Outro problema correlacionado a este método de desinfecção da água é a 
obrigatoriedade de utilização de desinfetante com residual para a rede de distribuição de água 
da população, e quanto maior o tempo de atraso na aplicação do desinfetante residual na água 
desinfetada pelo procedimento de ozonização, maior o risco da reploriferação de 
microrganismos patogênicos (FILHO E ANDRADE JÚNIOR, 2007). 
Salienta-se, que autores como Francisco Jr. e Orth (1988) em seus estudos afirmam 
que uma dosagem excessiva de ozônio pode causar uma contaminação da água por subprodutos 
tóxicos. A composição físico-química da água é um fator fundamental. Reações diversas podem 
ocorrer simultaneamente à inativação de microrganismos assim competindo pela concentração 
de ozônio livre, a exemplo da oxidação de matéria orgânica e inorgânica. Assim, a dosagem de 
O3 requerida na desinfecção deve ser precisa (LAZAROVA, 1999). 
 
3.4 CLORAÇÃO 
A cloração sob um contexto histórico foi adotada de maneira inicial na Bélgica, em 
1909 onde passou a ser utilizado o cloro armazenado em cilindros revestidos com chumbo na 
tentativa de evitar maiores acidentes com trabalhadores (ROSSIN, 1989). 
Em meados de 1928 a 1938, ocorreu o desenvolvimento do uso de cloraminas na 
desinfecção, e a adição conjunta de amônia e cloro, de modo a se obter um teor residual de 
cloraminas que fornecessem o cloro residual tão necessário a desinfecção. Salienta-se que nessa 
época ainda não eram empregados testes específicos para se determinar os residuais de cloro. 
Entre 1948 e 1958 houve a determinação das formas de cloro combinado e livre que hoje são 
as mais rotineiramente utilizadas e conhecidas para controle bacteriológico da qualidade da 
água (ROSSIN, 1989). 
15 
 
A cloração, que possui distintas formas de execução com múltiplos produtos que 
podem ser utilizados na implementação da desinfecção, sendo estes: o hipoclorito de sódio, 
cloro gasoso e dióxido de cloro, estes diferem-se, no método de aplicação, nos resultados 
obtidos, e dessa forma na maneira de aplicação dos mesmos que tendem a se adaptar as mais 
diversificadas realidades socioeconômicas. 
Quanto aos diversos tipos de produtos aplicados podemos citar, o cloro gasoso que 
possui alta toxicidade podendo causar danos à saúde do trabalhado e devido ao risco requer 
especialização da mão-de-obra usada na operação, porém como ponto positivo possui um alto 
poder antimicrobiano com o adendo de possuir baixo custo (HENRIMAR, 2019). 
Já o Dióxido de cloro tem excelente recomendação por não formar ácido hipocloroso, 
e assim não viabilizar a formação de trihalometanos como subprodutos, bem como possuir um 
maior controle microbiológico quando confrontado com demais agentes antimicrobianos 
(ALMEIDA, 2008). 
No Brasil o uso da cloração é altamente difundido inclusive sendo utilizado na UFRN, 
através do uso de pastilhas de hipoclorito de cálcio, dissolvido em água, através do método de 
arraste da bomba, a cloração atualmente está presente em mais de 90% das estações de 
tratamento de água do país, utilizado amplamente por todas as prestadoras de serviços de 
abastecimento de água (TRATA BRASIL, 2019). A sua capacidade desinfetante com residual 
e baixo custo torna a mesma a mais atrativa para todos os gestores correlacionados com o 
assunto. 
O cloro tem enorme capacidade oxidativa para com os microrganismos patogênicos 
presentes na água. Essa combinação traz a seguinte reação química: 
 
Cl + H2O → HOCl + H+ + Cl- 
 
A reação acima traz o que acontece com a adição do cloro, ou seja, a formação do 
ácido hipocloroso, além de moléculas de hidrogênio (H) e cloro residual (Cl), produz também 
o ácido hipocloroso, que é o principal agente desinfetante na reação e ajuda a destruir 
microrganismos patogênicos que por ventura permaneçam vivos na água, tem assim sua ação 
residual que é tão vital no processo de desinfecção da água, tornando-a potável para a 
população (HIDROGERON, 2019). 
Entretanto, a cloração também apresenta algumas desvantagens comparativas, pois 
trata-se um composto tóxico e corrosivo, por exemplo, quando em presença de matéria orgânica 
16 
 
na água a ser desinfectada a cloração pode originar compostos danosos à saúde humana 
denominados de Trihalometanos (ALMEIDA, 2008). 
 
 3.4.1. CLORAÇÃO POR GERADOR IN LOCO 
 
A cloração por Gerador in loco consiste na produção de hipoclorito de sódio, por 
eletrólise de salmoura. De acordo com Henrimar (2019), está técnica pode proporcionar 
excelente custo benefício, pois o produto da desinfecção é gerado no local de tratamento, com 
um gasto mínimo, viabilizando baixos custos de operação e manutenção e garantindo com 
eficiência longos períodos de abastecimento de água potável para grandes populações. 
A seguir é apresentada uma imagem ilustrativa, acerca do que seria na prática um 
Gerador de Hipoclorito de Sódio. 
 
Figura 1. Esquema de Gerador de Hipoclorito de Sódio 
 
Fonte: (GRUPO HIDROGERON, 2018) 
 
Está técnica atualmente tem sido bem aceita, e utilizada com sucesso em algumas 
importantes cidades brasileiras, tais como a cidade de São Carlos/SP. Neste município, com a 
implantação do Gerador de Cloro o prestador de serviço de abastecimento de água relatou 
significativa melhoria na qualidade do tratamento da água e ao mesmo tempo teve uma 
17 
 
redução de custos direto da ordem de 37,57%, sem contar os custos com manutenção de 
dosadoras para a aplicação do Hipoclorito (GRUPO HIDROGERON, 2018). 
 
3.4.2. CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS ELETROMAGNÉTICAS 
Bombas eletromagnéticas, normalmente tem a função em atuar no controle 
quantitativo da dissolução de cloro na água, permitindo a potabilidade da mesma, a aplicação e 
a definição da quantidade de cloro a ser dissolvido na água fica no encargo do operador que 
normalmente não necessita de nenhuma capacitação especial, pois o manual de instrução do 
equipamento já fornece toda a informação necessária para a operacionalização do mesmo 
(HIDROGERON, 2019). 
Das muitas vantagens que existem no uso de tal método o ajuste eletrônico da vazão e 
o expurgo manual ou automático da água são os principais a serem apontados, o controle 
necessário para utilizar cloro como residual na rede de distribuição se torna extremamente mais 
eficaz com o uso desta bomba (GRUPO EMEC, 2019). 
No Brasil este método é bastante disseminado tanto na prevenção de torres de 
resfriamento, tratamento de águas, piscinas e dosagem de produtos químicos no setor industrial. 
É normalmente acompanhado por instrumentos analisadores da qualidade da água que possam 
de maneira automatizada regular o sistema da bomba dosadora eletromagnética (GRUPO 
EMEC, 2019). 
O seu uso no Brasil é normalmente associado a disseminação de cloro no formato 
líquido, umavez que a mesma só é capaz de trabalhar e dosar subprodutos líquidos, para tal 
caso a Estação de Tratamento de Água utilize um sistema de dosagem sólido, necessita-se a 
diluição antecipada do produto, quando for utilizado em tal mecanismo, algo que 
hodiernamente é utilizado em estações menores que atendem a populações de menor escala, e 
portanto que permitem com segurança a diluição prévia(GRUPO EMEC, 2019). 
O grande empecilho no uso de tal mecanismo de desinfecção é a necessidade da 
aquisição de analisadores químicos em parceria a técnica para averiguar e garantir a melhor 
funcionalidade da mesma. Na figura a seguir observar-se um modelo realístico de uma bomba 
dosadora eletromagnética. 
https://www.emecbrasil.com.br/instrumentos.html
18 
 
Figura 2. Bomba Dosadora Eletromagnética 
 
Fonte: (GRUPO EMEC, 2019) 
 
3.4.3. CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS DOSADORAS POR MOTOR A 
PASSO 
A bomba dosadora quando acionada por um motor de passo, caracteriza-se por ser 
controlada por um microprocessador que garante uma dosagem precisa e fluída. Este sistema 
de cloração tem sua utilização de bombas dosadoras por motor a passo, que diferem do motor 
eletromagnético pois a tecnologia envolvida na execução da mesma no método de controle e 
disseminação do produto são completamente distintas, normalmente sendo as de motor a passo 
mais eficientes. A posição e a velocidade do diafragma são controladas pelo microprocessador 
durante o ciclo inteiro de descarga/sucção, há uma redução na velocidade da sucção permitindo 
um expurgo melhor para os líquidos viscosos (GRUPO EMEC, 2019). 
Tal modelo controla a dosagem da maneira mais precisa possível e libera a dissolução 
de cloro na água destinada a abastecimento através da tubulação que foi destinada. É o sistema 
mais moderno e eficiente em atividade no Brasil, algumas ETA já utilizam tal sistema, 
entretanto a necessidade de readequação do sistema eletromagnético para o de motor a passo 
tem sido gradual, o grande empecilho é a necessidade de aquisição de cloro em formato de 
pastilhas ou diluídos em meio líquido que normalmente são mais custosos que outros métodos, 
entretanto por ser extremamente eficiente quanto a dosagem, pois tem uma grande precisão na 
dosagem e por conseguinte geram grande economia, e sem dúvida consegue ter a capacidade 
adaptativa necessária para qualquer planta de empreendimentos a ser implantada(GRUNDFOS, 
2019). 
19 
 
Se visualizarmos um cenário de readequação ou implementação de tal sistema de 
desinfecção, o mesmo se apresenta de maneira muito menos traumática do ponto de vista 
logístico, pois haverá uma menor interrupção do fluxo de água para funcionários e alunos, 
gerando transtornos mínimos e bem mais fáceis de se trabalhar (GRUNDFOS, 2019). 
A figura a seguir apresenta de maneira uma bomba dosadora por motor a passo, obtida 
através do mesmo grupo empresarial que forneceu imagens da Bomba Dosadora 
Eletromagnética, assim visualmente podemos comparar ambos os designs e layouts acerca das 
duas diferentes bombas dosadoras, a seguinte se demonstra um pouco mais intuitiva sob o ponto 
de vista do operador voltado a sua mecanização, a mesma se apresenta bem mais 
autoexplicativa em seu layout visível. 
 
Figura 3. Bomba Dosadora Por Motor A Passo 
 
Fonte: (GRUPO EMEC, 2020) 
 
3.4.4. CLORAÇÃO POR CLORO GASOSO 
O cloro gasoso tende a ser extremamente eficiente no processo de desinfecção da 
água pois o mesmo é um oxidante capaz de reagir com diversas substâncias alterando as 
propriedades de diversos microrganismos patogênicos, além de substancias orgânicas ou 
inorgânicas. O ácido hipocloroso (HClO) é o composto mais utilizado nas Estações de 
Tratamento de Água Brasileiras, e a sua dissociação está sempre correlacionada com o pH 
da água. O qual tem em sua composição uma rápida dissolução em meio aquoso por arraste e 
naturalmente é controlado por intermédio de bombas dosadoras de cloro gasoso, normalmente 
a grande desvantagem de tal tipo de cloração são os riscos inerentes a operacionalização de tal 
20 
 
produto de desinfecção que é altamente tóxico e necessita de um treinamento prévio (PORTAL 
DO TRATAMENTO DE ÁGUA, 2019). 
Salienta-se que a água que não é totalmente livre de poluição ou que em sua 
composição natural carrega matéria orgânica, apresenta um sério problema para a utilização 
deste método desinfectivo, pois quando matéria orgânica entra em contato com o cloro 
favorece a formação de trihalometanos, que de acordo com órgãos governamentais tem sido 
correlacionado como cancerígenos (FLUID FEEDER, 2020). 
No entanto, esta situação pode ser controlada desde que haja a remoção da matéria 
orgânica antes que o cloro entre em contato com a água, procedimento que é realizado 
durante as etapas de coagulação, floculação, decantação e filtração nos tratamentos 
convencionais, como o caso da UFRN a mesma não possui qualquer tipo de tratamento 
convencional, é necessário se ter alerta para qualquer utilização desta técnica de desinfecção . 
Por fim enfatiza-se a interrelação existente entre equações químicas representadas por 
pK’, pH as quais refletem o efeito bruto dos processos químicos e termoquímicos no processo 
de oxirredução do cloro gasoso usado na desinfecção de águas naturais subterrâneas. Logo 
estudos indicam que há uma grande influência do pH da água sobretudo nestas reações de 
oxirredução, para quando o ácido hipocloroso muda lentamente e de maneira espontânea para 
íon cloreto, de tal maneira que o pH cai com a redução desse ácido para cloreto e, portanto, é 
importante observar a necessidade de corretores de acidez posteriormente a possivelmente 
serem aplicados na água (AGOSTINHO et al., 2009). 
A seguir há um esquema ilustrativo do sistema de desinfecção por cloro gasoso de uma 
Estação de Tratamento de Água, esta esquematização compreende uma das possíveis 
possibilidades de layouts capazes de suprir a demanda da UFRN. 
21 
 
Figura 4. Esquema de Cloração Gasoso 
 
Fonte: (FLUID FEEDER, 2020). 
 
4 METODOLOGIA 
O presente trabalho trata-se de um estudo experimental, de aspecto analístico e 
qualitativo de literaturas, relatórios e pesquisadores da área com foco principal de obter 
informações substanciais para a proposição de alternativas a desinfecção do campus central da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no período compreendido entre agosto de 2019 
a novembro de 2020. 
Os 44 periódicos entre artigos e livros retirados para a execução deste trabalho de 
conclusão de curso foram selecionados dos seguintes bancos de dados: Periódicos Capes(1 
artigo), Guia PMBOK®(1 Livro), Google Scholar(20 Artigos/Livros), SciElo(4 Artigos) e 
busca manual(18 Artigos/Livros). Os critérios definidos para a escolha dos artigos incluíram 
textos completos, abordagem específica para sistemas de abastecimento de água, bem como, a 
normatização vigente por lei adotada em todo o país, idioma em língua portuguesa, e período 
de busca dos últimos 10 anos. Os artigos que não atenderam aos critérios de inclusão foram 
excluídos do presente estudo. Os descritores utilizados foram: Alternativas a Desinfecção OR 
Cloração em ETA OR Ozonização OR Cloradores UV OR Estação de Tratamento em 
Universidade. 
 
 
22 
 
4.1 ÁREA DE ESTUDO 
 
A água do campus central foi analisada laboratorialmente, obtida in loco por técnicos 
habilitados do NUPPRAR (Núcleo de Processamento Primário e Reuso de Água Produzida e 
Resíduos), em relatórios quanto a saída do poço esta água apresenta características muito 
positivas e de qualidade singular, como podemos ver nas análises dos Anexos A, B, C, D, E, 
logo fica-se apenas obrigatório o uso de um sistema de desinfecção da água para potabilidade 
humana conforme definido na Portaria de Consolidação N° 5 devido ao fato das características 
atenderem a normatização vigente, conforme obrigatoriedade constante na referida Portaria. 
Ao abordamos aspectos quantitativosde população a ser atendida pela água tratada 
para abastecimento humano tem-se alguns dados relevantes. O número de funcionários 
atualmente vinculados a UFRN é de cerca de 6.300 (UFRN, 2019), e a população estimada que 
compreende visitantes, docentes, funcionários e discentes é de aproximadamente 38.000 
pessoas. 
A demanda local de água é suprida através de 6 poços de captação de água subterrâneos 
em atividade no presente momento com a projeção de construção de mais 2 para os próximos 
anos. A vazão destes poços é variável em razão das características inconstantes do consumo de 
água no Campus Central pois em períodos sazonais como férias e feriados nacionais o consumo 
é drasticamente reduzido, dessa forma a necessidade da automatização é reforçada, pois o 
desconhecimento da vazão atual de água solicitada é cada vez mais urgente, existe uma 
estimativa não confiável meramente aproximada que aponta um consumo de 1.000m³/dia 
segundo funcionários que atuam no departamento de meio ambiente do setor de infraestrutura 
da UFRN. 
Abaixo há uma imagem do Campus Central da UFRN obtida pelo Google Earth com 
marcações em X dos poços de captação de água subterrâneos bem como os reservatórios que 
estão na mesma localização. 
 
 
23 
 
 
Fonte: Autor 
A seguir é apresentado um esquema com os dados de consumo de cloro considerando 
a população estimada do campus e, conforme normativos vigentes, o per capita de 
50L/pessoa.dia. 
Figura 5 Mapeamento dos Poços da UFRN 
24 
 
Tabela 1. Dimensionamento Teórico da Quantidade de Desinfetante Requerido no Sistema 
Atual 
 
Fonte: Próprio Autor (2019) 
 
Com base nesta imagem posta fica claro que sem a devida automatização do sistema 
o gasto exponencial com os baldes de hipoclorito de cálcio que a UFRN pratica e a falta de 
controle permitirão danos à saúde humana e ainda prejuízos econômicos, entender isto permitirá 
a mudança e a adaptação a uma tecnologia efetivamente mais adequada. 
Segundo o Químico Chefe de Tratamento de Água, Marcos Benati em Hidrogeron 
(2018) “Tivemos uma redução de custos direta da ordem de 37,57%, sem contar os custos 
com manutenção de dosadoras para a aplicação do Hipoclorito. Outro custo importante foi 
redução de 50% na aplicação da barrilha como agente alcalinizante”, não obstante em 
Hidrogeron (2018) outro depoimento serve de base para comparar os gastos com os do 
campus central da UFRN , “O funcionamento do Gerador de Cloro Hidrogeron é excelente, 
ultrapassou nossas expectativas. Quatro meses após a implantação da tecnologia, a Cesama 
25 
 
conseguiu economizar mais de 60% com custo de cloração e reduzir o consumo de 
alcalinizantes. Ao todo, a economia com cloração e desinfecção por ETA ultrapassou 75%”
, afirma o diretor da Cesama, Márcio Azevedo (HIDROGERON, 2018). 
Os Poços hoje em dia atuam de forma simples onde a água após captada no manancial 
subterrâneo submetida ao processo de desinfecção através da aplicação, através de cloradores 
mecânicos, de hipoclorito de cálcio em formato sólido, que atua com sua diluição conduzida 
por arraste da água através de um sistema de armazenamento mecânico que simplesmente libera 
continuamente o produto desinfetante, sem mecanização ou controle (Figura 5). 
 
Figura 6 - Clorador mecânico usado na desinfecção do Campus Central. 
 
Fonte: Autor 
 
As condições atuais de conservação do sistema de captação e tratamento não são 
adequadas, apresentando condições insalubres aos funcionários envolvidos na operação e 
manutenção do sistema, em razão do péssimo estado de conservação observado. Isto, deve-se 
ao fato de a manutenção ser realizada esporadicamente e o técnico responsável pela 
operação/manutenção do sistema, ter sido treinado apenas para operação do sistema e não para 
a manutenção dos equipamentos (Figura 6). 
Ademais, pode-se observar que há visivelmente uma imprecisão inata ao sistema 
adotado, pois o mesmo se dá sem nenhuma automatização das dosagens aplicadas e, portanto, 
não há registro histórico ou qualquer compilação de informações. 
 
26 
 
Figura 7 - Situação Atual do Sistema Desinfetante da UFRN 
 
Fonte: Autor 
 
 Após tratamento a á água é encaminhada para 6 reservatórios em operação. A 
condução da água desinfetada para o reservatório elevado ocorre através de tubulação de PVC, 
no momento do contato da água com o Clorador de hipoclorito de cálcio, e posteriormente corre 
a rede de distribuição onde seguirá por gravidade para os diversos pontos de consumo situados 
ao longo do Campus Central da UFRN. 
Todos os reservatórios são do tipo elevados e tem em sua composição estrutural PVC 
na parte interna e concreto armado na parte externa, encontrando-se localizados ao lado dos 
poços de captação, de maneira a economizar custos e riscos inerentes a longas tubulações 
(Figura 7). 
 
27 
 
Figura 7 -Reservatório Do Setor 1 do Campus Central da UFRN 
 
Fonte: CAMPUS VIRTUAL (2019) 
 
4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Para atender os objetivos propostos no presente trabalho foram abordadas múltiplas 
opções de desinfecções, as quais foram comparadas ponderando-se criteriosamente aspectos 
financeiros (referentes a implantação e operação do SAA), técnicos e estruturais da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, visando-se a capacidade adaptativa da 
infraestrutura do campus central, e considerando a necessidade de adequar-se a difícil realidade 
enfrentada neste órgão público. 
O presente item foi divido em V fases, conforme descrito a seguir: 
- Fase I: Revisão de literatura científica especializada para apontar vantagens e 
desvantagens de cada método de desinfecção; 
- Fase II: Estudo aprofundado dos processos de desinfecção observados como 
alternativas analisando os métodos mais viáveis tecnicamente para a aplicação no âmbito da 
área de estudo. 
- Fase III: Elaboração das análises de risco através de ferramentas de sistemas de 
gestão integrada focados na gestão de riscos inerentes as atividades, observando múltiplos 
28 
 
artigos e estudos semelhantes em estações de tratamento distintas para cada método 
selecionado; 
- Fase IV: Definição dos pesos dos atributos a serem imputados dentro das matrizes 
comparativas; 
- Fase V: Elucubração Plena da matriz GUT e escolha da alternativa, através de um 
juízo de valor do autor e comparando as alternativas, levando-se assim a tomada de decisão de 
forma mais adequada de desinfecção. 
Para o presente projeto definiu-se como fase inicial I que o estudo de viabilidade 
técnica compreenderia de maneira geral uma conceituação inicial ampla levando em 
consideração aspectos distintos e prévios bem como a maior parte das vantagens e desvantagens 
de cada processo de desinfecção apontado, levando em consideração os subtipos e os derivados 
da cloração, previamente realizou-se uma descrição técnica, baseada na literatura da área, de 
pontos positivos e de fragilidades das mais conhecidas alternativas de desinfecção, apontando 
através de tabelas esquemáticas, não somente isto como se utilizou como referência estudos de 
conceituações dos diferentes mecanismos abordando a historicidade destes o contexto e a razão 
do uso dos mesmos para as mais distintas realidades. 
A segunda fase compreendeu a triagem daqueles que foram previamente conceituados 
utilizando juízo de valor e não obstante aplicando ainda uma série de verificações preliminares 
como análises de riscos, análises de eficiência técnica e por último análises financeiras, 
triangulando as informações introdutórias buscou-se extrair aquela(s) técnicas de desinfecção 
que se mostrassem mais interessantes para a adoção como alternativa. 
Para a etapa de análise de riscos foi realizado um estudo que reuniu, de maneira geral, 
e prévia, alguns riscos a implementação das alternativas, como por exemplo, o estudo através 
de matriz de risco acerca da inoperacionalidade dos equipamentos, um exemplo que ocorre por 
venturaem algumas estações é quando da ocorrência de descargas elétricas causando 
interrupção na concessionária local no fornecimento de energia, estes riscos foram obtidos e 
assistidos utilizando como mecanismo de comparação as Matrizes de Riscos, conhecida como, 
Matriz PMBOK, esta última seguindo o Guia PMBOK® Sexta edição P.395. (VIANA 
VARGAS, et al., 2018). 
Por fim foi realizado a última etapa de análise que foi a de caráter financeiro, com o 
levantamento de cotações e valores para as diferentes técnicas que foram triadas, juntando 
múltiplas questões como a disponibilidade de insumos e o gasto em geral que Universidade 
teria com a adoção de quaisquer destas técnicas de desinfecção, os valores levantados são 
29 
 
aqueles praticados atualmente por diversas empresas da área de tratamento de água para 
abastecimento humano. 
Posteriormente a estas tabelas e análises que nortearam inicialmente as opções a 
desinfecção local, tendo em vista esta etapa inicial de conceituação realizou-se uma atribuição 
de pesos organizados em uma matriz de GUT, que se trata de uma matriz de gravidade, urgência 
e tendência que busca auxiliar e trazer dados importantes e vitais para possíveis parâmetros de 
escolha, entre as distintas alternativas levantadas e explicitadas previamente, selecionou-se 
aquelas que se expressaram habilmente capacitadas, dentro da realidade praticada na UFRN 
tanto financeira como social e humana, que muitas vezes se distingue de outras instituições e 
empresas, principalmente porque a definição de importância é variável e tende a ser muito 
diferente de empresa para empresa, logo a escolha no caso da UFRN se pauta muito pelo fator 
econômico como pela falta de material humano então o peso dado a estes fatores é, sem dúvida, 
maior e a influência em uma futura tomada de decisão tende a ser muito mais significativa 
quando analisada sob um conjunto maior de fatores, devido a isso para a realização da tabela 
buscou-se auxílio de profissionais internos e externos a instituição para tomar como base as 
escolhas de peso que seriam imputadas em cada variável que no fim resultaram na escolha das 
alternativas mais consideráveis. 
Esta matriz também serviu de auxílio para a triagem, pois reforçou o embasamento 
técnico da conceituação previamente feita, demonstrando qual a escolha será sugerida de 
maneira conclusiva neste artigo científico. 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
As Fases I e II que são preliminares e fundamentais para que tenhamos o máximo de 
segurança e assertividade na proposição de alternativas a desinfecção da água bruta do campus 
central da UFRN, logo ao levantarmos os 20 artigos que são os dados da literatura técnica 
específica em desinfecção obtemos as seguintes tabelas que apresentam uma síntese das 
vantagens e desvantagens das tecnologias de desinfecção estudadas. 
Fase I listagem e estudo primário das alternativas a desinfecção do campus central 
 
Lista 1. Lista de Alternativas Propostas Para a Desinfecção do Campus Central 
Lista de Alternativas Avaliadas 
Ozonização 
Radiação Ultravioleta 
30 
 
Cloração 
Gerador de Cloro In Loco 
Geradores de Cloro Gás 
Bombas Dosadoras Eletromagnéticas 
Bombas Dosadoras Por Motor á Passo 
Fonte: Autor (2020) 
 
Tabela 2 -Vantagens e Desvantagens da Cloração. 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Cloro residual pode ser monitorado Possível Produção de trihalometanos e outros subprodutos 
Relativamente barato 
É necessário um longo tempo de contato quando comparado a 
outros desinfetantes químicos 
Tecnologia bem estruturada e de fácil 
implantação 
A baixa doses, é menos efetivo na inativação de vírus, cistos e 
coliformes totais. 
Auxilia no controle de odor, cor e sabor 
Óxidos de ferro, magnésio e outros componentes inorgânicos 
consome o desinfetante 
 
Oxida vários componentes orgânicos que também consome o 
desinfetante 
 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Não Permite Formação de Subprodutos Custo 
Alta Eficiência Necessidade de Reestruturação de Infraestrutura 
Não é Tóxico Para os Empregados Uso de Grandes Áreas 
Não Necessita de Transporte Necessita de Adição de Desinfetante Residual 
Rápida Ação de Descontaminação 
 
 
Tabela 4. Vantagens e Desvantagens da Ozonização 
Vantagens Desvantagens 
Não Permite Formação de Subprodutos Custo 
Alta Eficiência Curta Meia Vida 
Auto Decomposição em Oxigênio Baixa Solubilidade Em Água 
 Necessita de Adição de Desinfetante Residual 
Fonte: Autor 
 
Ao estudarmos a aplicação no âmbito da área de estudo, observando a topografia local 
e acima de tudo as características físico-químicas presentes na água atualmente captada na 
31 
 
UFRN (anexos A, B, C, D e E), podemos observar que qualquer método ou tecnologia poderia 
ser adaptável a realidade local, entretanto o que recorrentemente acontece é a impossibilidade 
financeira e acima de tudo operacional de determinadas técnicas de desinfecção. Ademais 
tecnologias que ainda são protótipos e que não são seguramente comprovadas e levadas a 
pesquisa em exaustão, foram desconsideradas, pois são incapazes de satisfazer todos os critérios 
de segurança necessários. 
Estudando-se assim na fase II a água do campus central analisada laboratorialmente 
justamente para se obter as características físico-químicas, obtida in loco por técnicos 
habilitados, foi-se constatado nos relatórios quanto a saída do poço apresenta características 
muito positivas e de qualidade singular, como podemos ver nas análises dos Anexos A, B, C, 
D, E, e compararmos com a tabela abaixo 
Tabela 5 – Tabela padrão de Pré-Desinfecção 
Tratamento de água VMP (Valor Máximo Permissível) 
Desinfecção (Águas Subterrâneas) 1,0 uT em 95% das Amostras 
Filtração rápida 0,5 uT em 95% das Amostras 
Filtração lenta 1,0 uT em 95% das Amostras 
Fonte: Ministério da Saúde (2017) 
Pode ocorrer ainda a presença de microorganismos patogênicos por falta de contato 
mínimo muitas vezes correlacionado com o aumento da vazão e da necessidade de uma 
determinada área do campus de maior demanda, o que torna o sistema deficiente pois o controle 
de disseminação do cloro é realizado de forma manual, este é o empecilho mais recorrente pois 
a automatização do processo atual tornaria o mesmo mais eficiente e até mais econômico tendo 
em vista o gasto que naturalmente está sendo praticado na tentativa de manter os parâmetros 
estabelecidos por norma e pela ineficiência que tem o sistema atual, observando também que é 
um sistema que tem apresentado algumas deficiências de maneira geral nos relatórios obtidos 
no controle de coliformes na saída da água para distribuição a população do campus. 
Quando aprofundamos na fase III, na qual há o estudo da análise de riscos inerentes a 
cada uma das tecnologias estudadas na Lista 1 como alternativas temos a criação de análises de 
risco, através de ferramentas de sistemas de gestão integrada aliados há um histórico de gestão 
de riscos inerentes as atividades, observando múltiplos artigos e estudos semelhantes em 
estações de tratamento distintas para que cada método selecionado seja amplamente dissecado 
para resguardar vidas e o meio ambiente. 
32 
 
Além disso pode-se ter um plano de ação configurativo e adaptável destinado a 
enfrentar tais possíveis adversidades para a alternativa de desinfecção selecionada, como no 
ilustrado na Figura 8 e nos Apêndices A, B, D, C, E. 
Ao analisar tais matrizes de risco consegue-se compreender quais as principais falhas 
operacionais que por ventura podem ocorrer se houver uma decisão por tal tecnologia além do 
que a necessidade de se ter um estudo técnico com profissionais de Segurança no Trabalho que 
possam abranger o maior número de riscos possíveis permitirá se ter ações de caráter preventivo 
e corretivo, que são fundamentais na implantação de um mecanismo de desinfecção novo, uma 
vez que irá assegurar ao operador e a equipe do campus uma maior tranquilidade durante a 
operacionalidade.Por fim neste presente trabalho houve uma sugestão de tecnologia, motivada dentre 
muitos fatores com a análise de risco que obtivesse menores problemas, tais como grau de 
severidade e impacto menor, e acima de tudo com probabilidades reduzidas de que ocorressem. 
Dessa maneira a UFRN teria um maior alívio ao destinar recursos humanos e financeiros a 
sugestão proposta a desinfecção. 
 
Figura 8. Exemplo Utilizado de Análise de Risco de Análise de Risco de Bombas Dosadoras Por Motor A Passo 
Bombas Dosadoras Por Motor A Passo 
33 
 
 
Fonte: Autor 
34 
 
As Fases IV, V e VI foram organizadas de uma maneira conjunta os pesos e atributos 
foram definidos como consta na Tabela 6, e o juízo de valor bem como estudos semelhantes de 
matriz de Gravidade, Urgência e Tendência nortearam tal definição. 
Estas informações foram compiladas e organizadas analisando as características 
financeiras e os custos correlacionados com os diferentes métodos de desinfecção, comparou-
se todas para a formação de dados que embasaram, a Tabela 7, que é a Matriz GUT, onde está 
matriz, bem como a escolha por uma das alternativas a desinfecção do campus central de forma 
objetiva e assertiva. 
 
Tabela 6. Definição de Pesos 
 
Fonte: Próprio Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 Tabela 6: Matriz GUT 
 Aspectos Abordados 
Técnicas de 
Desinfecção 
Teor de 
Residual na 
Rede de 
Abastecime
nto 
Acessibilida
de 
Da 
Manutençã
o 
Cust
o 
Probabilida
de de Falha 
Risco á 
Saúde 
do 
Operad
or 
Recursos 
Necessári
os 
Eficiênc
ia 
Resulta
do Final 
Peso X 
Nota (Σ) 
Peso 
(Importância) 
5 3 5 2 1 5 3 -- 
Cloração 
Manual 
(Método 
Atual) 
2 4 3 1 2 3 2 62 
Ozonização 1 2 3 4 1 3 2 56 
Radiação 
Ultravioleta 
1 3 1 3 5 4 4 62 
Gerador In 
loco 
(Salmoura) 
5 5 4 4 5 4 3 102 
Bombas 
Dosadoras 
Eletromagnéti
cas 
5 3 3 3 5 3 3 84 
Bombas 
Dosadoras 
Motor de 
Passo 
5 5 4 5 5 3 5 105 
Desinfecção 
Por Cloro Gás 
(Terceirização
) 
4 3 5 3 2 4 4 94 
Fonte: Próprio Autor 
Para a realização da matriz GUT leva-se em consideração que a linha de Pesos foi 
determinada como o grau de importância definido para cada um dos aspectos considerados no 
estudo desta matriz sendo esta importância definida pelo Departamento de Meio Ambiente do 
Setor de Infraestrutura da UFRN. Dessa forma fica evidente que Residual de Cloro na Rede de 
Abastecimento, Custo e Recursos Necessários tem uma maior relevância para a realidade do 
Campus Central do que a Probabilidade de Falhas da Técnica, por exemplo, tendo em vista que 
o Campus Central possui 6 poços e, portanto, a falha de um não compromete de forma crítica 
o abastecimento total do campus. 
Com isso analisando com base na Matriz GUT realizada podemos separar cada uma das 
técnicas em pontuações que forneceram dados substanciais para a sugestão de uma técnica. 
1. Cloração Manual (Método Atual): Esta Técnica atualmente é a utilizada para a 
Desinfecção do campus central, a mesma tem o teor de residual de cloro na rede de 
abastecimento baixo, o que tem ocasionado presença de microrganismos na água. É 
um sistema de baixa eficiência e controle, o custo acaba sendo razoável uma vez que 
36 
 
sua baixa eficiência permite baixo uso do produto desinfetante, sua probabilidade de 
falha acaba sendo altíssima por ser mecânica e sem controle. Por sua vez, o risco a 
saúde do operador é relativamente baixo uma vez que o uso do produto desinfetante 
é em formato sólido, não tóxico, apesar da vulnerabilidade no fato da injeção do 
cloro ser de forma manual, por fim o Resultado Final demonstra que esta técnica 
tem um “Score” baixo em comparação com outras tecnologias o que demonstra não 
ser o método adequado para a situação atual. 
2. Ozonização: Incialmente podemos constatar que o Teor Residual necessário para a 
rede de abastecimento terá que ser aplicado de outra forma além desta técnica de 
desinfecção, o que indica uma negativa característica desta tecnologia, não obstante 
o risco a saúde do trabalhador é levado em consideração e com isso o Resultado 
Final acaba sendo o pior entre todas as tecnologias analisadas. 
3. Radiação Ultravioleta: Analisando a incapacidade de produzir Teor Residual para a 
rede de abastecimento, a radiação UV, assim como a ozonização necessita de 
aplicação de cloro como residual o que por si dificulta sobremaneira a adoção desta 
técnica. Ademais o custo de implementação é elevado tanto na fase de construção 
como na fase de operação, o que derruba o seu Resultado Final, tornando esta 
alternativa inviável. 
4. Gerador In Loco (Salmoura): Como alternativa seu Teor de Residual na Rede de 
Abastecimento é excelente pois mantém alta desinfecção na rede, como observado 
durante o referencial teórico. Sua Acessibilidade da Manutenção também é superior 
em comparação com as demais técnicas e apesar do Custo de Implementação ser 
relativamente alto, o custo de operação de todas as alternativas é a menor o que 
justifica o seu ótimo custo-benefício, quanto a Probabilidade de Falha, Risco à 
Saúde do Operador e Recursos Necessários os valores são similares o que demonstra 
equilíbrio tanto na segurança como na disponibilidade da matéria prima, quanto a 
Eficiência é o ponto fraco da alternativa, pois algumas estações de tratamento de 
água que fazem uso desta técnica, tem apontado que o produto desinfetante gerado 
tem causado danos (incrustação) as estruturas de abastecimento, e a comprovação 
cientifica de sua eficiência ainda é muito prematura, tornando necessário a 
realização de um estudo mais aprofundado a distintas realidades climáticas. No geral 
o Resultado Final demonstra que esta alternativa é excelente e pode ser uma segunda 
opção para o tratamento da água a ser distribuída na UFRN. 
37 
 
5. Bombas Dosadoras Eletromagnéticas: Analisando a Matriz GUT, a alternativa em 
questão possui Teor de Residual na Rede de Abastecimento e Risco à Saúde do 
Operador com notas bem elevadas tendo em vista que sua operacionalização é 
simples, bem como sua manutenção, e devido ao fato do produto desinfetante ser o 
cloro líquido e o equipamento possuir pleno controle na disseminação deste produto 
ao longo da rede de distribuição. Entretanto os demais aspectos abordados tiveram 
notas regulares que no geral foram incapazes de elevar tal técnica ao patamar de 
principal alternativa, isto porque sua eficiência está conectada a rotineira 
manutenção, pois o equipamento tem como ponto negativo a descalibração e o custo 
assim eleva-se sensivelmente quando comparado com outras técnicas que não 
necessitam de tal acompanhamento. Dessa maneira o Resultado Final de tal técnica 
de desinfecção obtém um valor mediano e pode ser considerado ainda que de forma 
remota uma alternativa emergencial. 
6. Bombas Dosadoras Motor de Passo : A alternativa em questão pode ser considerada 
a tecnologia mais moderna e atualmente adotada em ETA no Brasil, quando 
comparada com as demais técnicas de desinfecção a mesma apresenta vantagem em 
quase todos os aspectos com exceção dos Recursos Necessários que por se 
assemelhar com a técnica de desinfecção por bombas dosadoras eletromagnéticas 
utiliza o mesmo produto, o cloro liquido, que possui uma certa dificuldade de ser 
comprado e normalmente necessita de diluição, o que torna um ponto dificultador, 
podemos colocar que esta alternativa de desinfecção é o aprimoramento da anterior. 
Com isso torna-se assertivo admitir que tal tecnologia é a sugestão mais concreta 
baseada acima de tudo no Resultado Final que a aponta acima de todas as demais 
em comparativo. 
7. Desinfecção Por Cloro Gás (Terceirização): Está que foi a última alternativa 
apontada para o processo de desinfecção do campus central já é utilizada na 
desinfecção da Estação de Tratamento de Esgoto do Campus e com isso existe ainda 
a possibilidade de ocorrer a extensão do vínculo com aempresa terceirizada 
responsável pela desinfecção atual, o custo de tal técnica é inigualável, além do fato 
da terceirização permitir uma série de benefícios, entretanto está tecnologia não 
pode ser apontada como alternativa principal pois o Risco à Saúde do Operador é 
altíssimo o que torna bastante desvantajoso sob o ponto de vista social e ambiental. 
De forma geral o Resultado Final reflete uma leve desvantagem quando comparada 
com a técnica anterior, mas que ainda é bastante válida como segunda opção e a 
38 
 
depender do estudo financeiro, logístico e administrativo da UFRN pode ser a 
alternativa selecionada. 
Deste modo houve assim a proposição da alternativa a desinfecção orientada a utilização 
de Bombas Dosadoras de Motor a Passo, está técnica se mostrou a mais eficiente de maneira 
geral em todos os estudos e pesquisas realizadas, a sua pontuação na Matriz GUT permitiu o 
maior resultado comparativo e não obstante tal tecnologia já se encontra em utilização e tem 
sua eficácia comprovada, obviamente que uma licitação deverá acontecer para a melhor escolha 
da representante possível, mas analisando sob o estudo que foi realizado ao longo de todo o 
trabalho de conclusão de curso, está técnica que utiliza como produto o cloro em formato 
líquido se mostrou a mais vantajosa. 
Por fim destaca-se ainda que em caso de dificuldade na seleção de tal tecnologia por 
algum motivo externo, ainda há duas técnicas de desinfecção que obtiveram bons resultados a 
Desinfecção por Cloro Gás e Gerador de Cloro (Salmoura) foram competitivamente bem 
vantajosas quando comparadas com as demais, ambas as técnicas se mostraram também 
bastante interessantes como 2ª Opção e 3ª Opção, tendo em vista que é proveitoso ter 
alternativas auxiliares para quaisquer eventualidades. 
 
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Uma vez que atualmente o Campus Central da UFRN apresenta em seu método de 
desinfecção desacordo com o padrão de potabilidade para coliformes termotolerantes. Portanto, 
faz-se necessário ajustes no método atual ou alteração da desinfecção vigente para a melhoria 
na qualidade da água distribuída do Campus. 
Os resultados obtidos foram alcançados com a utilização de Matriz de Gravidade x 
Urgência x Tendência, e considerando também múltiplos aspectos com análise de risco e 
financeira, comparando de maneira sintetizada as diferentes de forma assertiva e de fácil 
replicação. 
Estes resultados permitem concluir que existe uma forte recomendação na alteração do 
sistema atual de desinfecção da água adotado pelo Campus Central da UFRN pelo sistema de 
cloração por Bombas Dosadoras de Motor de Passo ou Gerador In Loco (Salmoura), ambos são 
capazes de atender a demanda populacional do campus e possuem gastos baixos quanto a 
manutenção, ademais ambas as técnicas são capazes de se adaptar a realidade social e financeira 
do campus, e também é capaz de se desenvolver tecnologicamente ao longo dos anos tornando-
se assim uma alternativa de vida útil longa. 
39 
 
Este trabalho tem por guia a experiência prática do autor no Departamento de 
Infraestrutura da UFRN e, portanto, o mesmo utilizou-se da realidade tácita financeira e humana 
que vive atualmente a Universidade Federal do Rio Grande do Norte bem como munindo-se de 
conhecimentos de sistemas de gestão integrada e administrativa que sustentam uma melhor 
tomada de decisão. 
Por fim o presente trabalho de conclusão de curso pretende colaborar de forma parceira 
com demais estudos científicos focados em sistemas de desinfecção ao abastecimento de águas 
em Universidades no Brasil e no Mundo, dado que a desinfecção é um processo obrigatório e 
imprescindível para o abastecimento de água para consumo humano, sejam as estações de 
tratamento convencional ou de captação subterrânea, o desenvolvimento de novos estudos 
permitiu a evolução continua dessa etapa. 
 
 
 
40 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABNT-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Comitê Brasileiro de 
Construção Civil. NBR 12244/2006. Construção de poço para captação de água 
subterrânea, Rio de Janeiro, RJ, p. 1-10, 1989. 
 
AGOSTINHO, L. C. L. et al. MODELAGEM TERMOQUÍMICA DA DESINFECÇÃO POR 
CLORO GASOSO. TECNO-LÓGICA, Campina Grande – PB, ano 2, v. 13, n. 2, p. 86-92, 9 
nov. 2009. DOI http://dx.doi.org/10.17058/tecnolog.v13i2.991. 
 
AGUIAR, ALEX M.S et al. AVALIAÇÃO DO EMPREGO DA RADIAÇÃO 
ULTRAVIOLETA NA DESINFECÇÃO DE ÁGUAS COM TURBIDEZ E COR 
MODERADAS. Associação Brasileira de Engenharia Sanitária, Belo Horizonte, MG, ano 1, 
v. 7, n. 2, ed. 1, p. 1-11, 2002. Disponível em: http://abes-
dn.org.br/publicacoes/engenharia/resaonline/v7n12/v7n12a02.pdf. Acesso em: 18 out. 2019. 
 
ALMEIDA, C. M. M. Desinfecção com dióxido de cloro. Chemistry A European Journal, 
v. 1, p. 48, 2008. 
 
AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION. Guidance Manual on Alternative 
Disinfectants and Oxidants: Ozone, 96 pp.,1999. 
 
BARROS, R.. CONHEÇA A HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO E TRATAMENTO 
DE ÁGUA E ESGOTO. In: BARROS, Rodrigo. CONHEÇA A HISTÓRIA DO 
SANEAMENTO BÁSICO E TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO. São Paulo/SP, 16 
jun. 2017. Disponível em: https://www.eosconsultores.com.br/historia-saneamento-basico-e-
tratamento-de-agua-e-esgoto/. Acesso em: 29 set. 2020. 
 
BILOTTA, P. Inativação de indicadores patogênicos em sistemas combinados de 
tratamento e pré-desinfecção de esgoto sanitário. 2006. 136 f. Tese (Doutorado em 
Engenharia Civil – Hidráulica e Saneamento) – Escola de Engenharia de São Carlos, 
Universidade de São Paulo, São Carlos. 
 
BRASIL PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5, DE 28 DE SETEMBRO DE 
2017. Consolidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único 
de Saúde., Brasília, Brasil: [s. n.], ano S/N, v. S/V, p. 1-926, 28 set. 2017. 
 
BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 
1978. NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
E EM MEDICINA DO TRABALHO, Brasília,Brasil: [s. n.], 8 jun. 1978. 
 
CAMPUS VIRTUAL. Reservatório do Campus Central. In: VIRTUAL, 
Campus. Reservatório do Campus Central D1. Natal/RN, 2019. Disponível em: 
https://mapio.net/pic/p-89616065/. Acesso em: 10 out. 2020. 
 
CENTRAL ANALÍTICA (Brasil, RN). 30/10/2017. Serviço de Análise da UFRN, 
Natal/RN: N/E, p. 1-2, 30 out. 2017. 
 
DANIEL, L. A. Métodos alternativos de desinfecçâo da água. 1. ed. São Carlos, SP: 
Prosab, 2001. 149 p. v. 1. 
41 
 
 
DANIEL, L. A.; BILOTTA, P. OZÔNIO E RADIAÇÃO UV NA INATIVAÇÃO DE 
INDICADORES PATOGÊNICOS EM ESGOTO SANITÁRIO: ANÁLISE 
COMPARATIVA. Pesquisa e Tecnologia MINERVA, São Carlos, SP, v. 2, n. 3, p. 199-
207, 3 fev. 2008. Disponível em: http://fipai.org.br/Minerva%2003(02)%2008.pdf. Acesso 
em: 23 out. 2020. 
 
DANTAS, P. CAMPUS UNIVERSITÁRIO CENTRAL. Natal/RN: 
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA DA UFRN, 2020. Mapa do Campus 
Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Disponível em: 
https://www.ufrn.br/resources/documentos/Mapa%20do%20Campus%20Central%20-
%20Natal%20RN.pdf. Acesso em: 9 out. 2020. 
 
ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Guidance Manual for Compliance with 
the Interim Enhanced Surface Water Treatment Rule: Turbidity Provisions. Cincinatti, 
OH, USA, 272 pp., 1999. 
 
FRANCISCO, A.; POHLMANN, P.; FERREIRA, M. Tratamento Convencional de Águas 
para Abastecimento Humano: Uma Abordagem Teórica dos Processos Envolvidos e dos 
Indicadores de Referência. II Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, 2011. 
 
FILHO, F. LMEIDA LAGE; ANDRADE JÚNIOR, E. R.. TRATABILIDADE DA ÁGUA 
DO RESERVATÓRIO DO GUARAPIRANGA: EFEITOS DA OZONIZAÇÃO SOBRE 
ALGUMAS VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS. SciElo, Rio de Janeiro/RJ, v. 
12, n. 2, ed. 2, p. 212-221, 2007. DOI 10.1590/S1413-41522007000200012. 
 
FRANCISCO JR.; ORTH, P. D. Processo de Pré-Ozonização de Águas. Revista DAE, vol. 
48, n. 152, pp. 42 – 50, jul/set. 1988. 
 
GRUNDFOS. BOMBA DE ÁGUA PARA ÁGUAS RESIDUAIS COMMOTOR DE 
PASSO DE MEMBRANA. [S. l.: s. n.], 201-. Disponível em: 
https://www.directindustry.com/pt/prod/grundfos/product-5420-1036189.html. Acesso em: 4 
set. 2019. 
 
GRUPO EMEC. Bombas Dosadoras. In: GRUPO EMEC. Nossa série AMS. São Bernardo 
do Campo, SP, 2019. Disponível em: https://www.emecbrasil.com.br/serieams.html. Acesso 
em: 8 out. 2020. 
 
GRUPO EMEC. Bombas Dosadoras. In: GRUPO EMEC. Série Prisma. São Bernardo do 
Campo, SP, 2020. Disponível em: https://www.emecbrasil.com.br/serieprisma.html. Acesso 
em: 8 out. 2020. 
 
GRUPO HIDROGERON. In:. A tecnologia que vem mudando o conceito de cloração no 
Brasil. Arapongas, Paraná, 9 set. 2018. Disponível em: 
https://hidrogeron.com/2018/09/09/gerador-de-cloro-in-loco-tecnologia/. Acesso em: 8 out. 
2020. 
 
HENRIMAR. Você já ouviu falar no gerador de cloro?. [S. l.: s. n.], 1 fev. 2019. 
Disponível em: http://www.henrimar.com.br/gerador-de-cloro/. Acesso em: 5 set. 2019. 
 
42 
 
HIDROGERON. Bomba Dosadora Eletromagnética. São Paulo, Brasil: [s. n.], 201-. 
Disponível em: https://hidrogeron.com/service/bomba-dosadora-eletromagnetica/. Acesso em: 
21 ago. 2019. 
 
LAZAROVA, V. et al. Advanced wastewater disinfection technologies: state of the art 
and perspectives. Water Science Technology, v. 40, n. 4-5, p. 203-213, 1999. 
 
LIBÂNIO, Marcelo. Fundamentos de Qualidade e Tratamento de Água. 3ª ed. Campinas, 
SP: Editora Átomo, 2010. 
 
 
LUPPI, Marcos. Desinfecção da Águas. In: BIOPROJECT. Ultravioleta. 36. ed. São 
Paulo/SP, 2013. 
 
MEDEIROS, R. C. Comparação da resistência de protozoários patogênicos - Giardia 
spp. e Cryptosporidium spp. - e de microrganismos indicadores à desinfecção sequencial 
cloro-radiação ultravioleta e ozônio-radiação ultravioleta. Digital Lybrary - USP, São 
Carlos, SP, v. [S.V], n. [s. n.], ed. [S.e], p. 1-210, 2010. DOI 10.11606/D.18.2010.tde-
13072010-143056. 
 
METCALF & EDDY. Engenharia de tratamento e reuso de águas residuais, 2004. 4 ed. 
Nova Iorque: McGraw-Hill,2013. 1820 p. 
 
MEYER, Sheila T. O uso de cloro na desinfecção de águas, a formação de trihalometanos 
e os riscos potenciais à saúde pública. Cadernos de Saúde Pública, Brasília, DF, 70340-906, 
Brasil, ano 1, v. 10, n. 1, ed. 10, p. 99-110, 1994. 
 
PHILLIPS, R. Sources and applications of ultraviolet radiation. New York: Academic 
Press, 1983. 
 
PORTAL DO TRATAMENTO DE ÁGUA (SP). Tecnologia Geradora de Cloro substitui o 
uso de cilindros de Cloro gás em ETA. [S. l.: s. n.], 21 nov. 2016. Disponível em: 
https://www.tratamentodeagua.com.br/tecnologia-geradora-de-cloro-substitui-o-uso-de-
cilindros-de-cloro-gas-em-eta/. Acesso em: 21 ago. 2019. 
 
ROSSIN, A. C., 1987. Desinfecção. In: Técnica de Abastecimento e Tratamento de Água 
(Tratamento de Água), Vol. 2, São Paulo: CETESB/ASCETESB 
 
SILVA, Débora. Conheça a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Estudo 
Prático, [S. l.], ano 01, v. 01, n. 01, p. 1-2, 13 jul. 2016. Disponível em: 
https://www.estudopratico.com.br/conheca-a-universidade-federal-do-rio-grande-do-norte-
ufrn/. Acesso em: 28 ago. 2019. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Missão institucional da 
UFRN. [S. l.: s. n.], 2019. Disponível em: https://ufrn.br/institucional/sobre-a-ufrn. Acesso 
em: 2 set. 2019. 
 
VIANA VARGAS, Ricardo et al. Manual Prático do Plano de Projeto - 6ª Edição: 
Utilizando o PMBOK®. 6. ed. São Paulo, Brasil: Brasport, 2018. 418 p. ISBN 
B07F2159S8. E-book(418 p.). 
43 
 
 
 
R.A. DEININGER, A. ANCHETA, A. Z. Dióxido de cloro. University of Michigan, v. 1, p. 
13, 1998. 
 
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J. Analytical chemistry. 6. ed. Saunders 
College Pub., 1994. 
 
TINOCO, J. D. Desinfecção por radiação ultravioleta: estudo do desempenho do processo 
e avaliação econômica. Hydraulics and Sanitation, São Carlos, v. 1, ed. 1, p. 1-229, 2011. 
DOI 10.11606/T.18.2012.tde-04052012-093819. Disponível em: 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-04052012-
093819/publico/JulianaTinoco.pdf. Acesso em: 4 out. 2020. 
 
TRATA BRASIL. Venha conhecer as etapas para o tratamento de água. In: TRATA 
BRASIL. SANEPAR – Estação de Tratamento de Água de Maringá. Maringá/PR, 18 abr. 
2019. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/blog/2019/04/18/venha-conhecer-as-
etapas-para-o-tratamento-de-agua/. Acesso em: 4 out. 2020. 
 
TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de Água. 3. ed. São Paulo/SP: Escola 
Politécnica do Estado de São Paulo, 2006. 659 p. 
 
WRIGTH, H.B. & CAIRNS, W.L. - Desinfección de agua por medio de luz ultravioleta In: 
Simposio Regional sobre Calidad del Agua: Desinfectión Efectiva, 1-28 p., Lima, Peru. 
DF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
APÊNDICES 
APÊNDICE A 
Análise de Risco de Bomba Dosadora Eletromagnética 
C
o
d 
Sever
idade 
Descri
ção 
Probab
ilidade 
Imp
acto 
Desc
rição 
Cate
goria 
Ação Desc
rição 
da 
Ação 
Respo
nsável 
Prev
isão 
Sta
tus 
Come
ntários 
1 12 Equipa
mento 
Descali
brado 
4 - Alta 3 - 
Mé
dia 
 -- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- ---- -- -- -- 
2 6 Pane 
Elétric
a 
2 - 
Baixa 
3 - 
Mé
dia 
-- Exte
rna 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
3 15 Colmat
ação de 
Dutos 
3 - 
Médio 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
4 10 Quebra 
de 
Compo
nentes 
Interno
s 
2 - 
Baixa 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
5 9 Falha 
do 
Operad
or 
3 - 
Médio 
3 - 
Mé
dia 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
6 3 Falha 
Operac
ional 
3 - 
Médio 
1 - 
Lev
e 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
APÊNDICE B 
Análise de Risco da Ozonização 
C
o
d 
Sever
idade 
Descri
ção 
Probab
ilidade 
Imp
acto 
Desc
rição 
Cate
goria 
Ação Desc
rição 
da 
Ação 
Respo
nsável 
Prev
isão 
Sta
tus 
Come
ntários 
1 12 Hiper 
Dosage
m 
4 - Alta 3 - 
Mé
dia 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
2 2 Falha 
Operac
ional 
2 - 
Baixa 
1 - 
Lev
e 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
3 10 Perda 
de 
Eficiên
2 - 
Baixa 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
45 
 
cia 
Geral 
 
4 10 Quebra 
de 
Compo
nentes 
Interno
s 
2 - 
Baixa 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
APÊNDICE C 
Análise de Risco da Radiação Ultravioleta 
C
o
d 
Sever
idade 
Descriç
ão 
Probab
ilidade 
Imp
acto 
Desc
rição 
Cate
goria 
Ação Desc
rição 
da 
Ação 
Respo
nsável 
Prev
isão 
Sta
tus 
Come
ntários 
1 Falha 
Operac
ional 
2 - 
Baixa 
1 - 
Lev
e 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
2 Queim
a de 
Lâmpa
das de 
Mercúr
io 
2 - 
Baixa 
3 - 
Mé
dia 
-- Técn
ica 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
3 Perda 
de 
Eficiên
cia de 
Equipa
mentos 
3 - 
Média 
 -- Técn
ica 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
4 Quebra 
de 
Compo
nentes 
Interno
s 
2 - 
Baixa 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
5 Pane 
Elétrica 
3 - 
Média 
3 - 
Mé
dia 
-- Exte
rna 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
APÊNDICE D 
Análise de Risco de Desinfecção Por Cloro Gás 
C
o
d 
Sever
idade 
Descriç
ão 
Probab
ilidade 
Imp
acto 
Desc
rição 
Cate
goria 
Ação Desc
rição 
da 
Ação 
Respo
nsável 
Prev
isão 
Sta
tus 
Come
ntários 
46 
 
1 1 Equipa
mento 
Defeitu
oso 
1 - 
Leve 
1 - 
Lev
e 
-- Técn
ica 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
2 3 Falha 
Operaci
onal 
3 - 
Média 
1 - 
Lev
e 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
3 15 Contam
inação 
dos 
Operad
ores 
3 - 
Média 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
4 10 Dosage
m 
Excessi
va 
2 - 
Baixa 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
5 25 Presenç
a de 
Matéria 
Orgâni
ca 
5 - 
Grave 
5 - 
Gra
ve 
-- Exte
rna 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
 
APÊNDICE E 
Análisede Risco da Desinfecção Por Gerador in Loco 
C
o
d 
Sever
idade 
Descriç
ão 
Probab
ilidade 
Imp
acto 
Desc
rição 
Cate
goria 
Ação Desc
rição 
da 
Ação 
Respo
nsável 
Prev
isão 
Sta
tus 
Come
ntários 
1 6 Equipa
mento 
Descali
brado 
2 - 
Baixa 
3 - 
Mé
dia 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
2 6 Pane 
Elétrica 
2 - 
Baixa 
3 - 
Mé
dia 
-- Exte
rna 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
3 9 Uso 
Excessi
vo de 
Sal 
3 - 
Média 
3 - 
Mé
dia 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
4 5 Manute
nção 
Neglige
nciada 
1 - 
Leve 
5 - 
Gra
ve 
-- Técn
ica 
Preve
ntiva 
-- -- -- -- -- 
5 3 Falha 
Operaci
onal 
1 - 
Leve 
3 - 
Mé
dia 
-- Técn
ica 
Corre
tiva 
-- -- -- -- -- 
 
47 
 
ANEXOS 
Anexo A 
 
Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) 
 
 
 
48 
 
 
Anexo B 
 
49 
 
Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) 
Anexo C 
 
50 
 
Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) 
Anexo D 
 
51 
 
Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) 
Anexo E 
 
Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017)

Mais conteúdos dessa disciplina