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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL CAIO TALES DE CARVALHO SANTOS PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVA PARA A DESINFECÇÃO DE ÁGUA NO CAMPUS CENTRAL DA UFRN NATAL 2020 2 CAIO TALES DE CARVALHO SANTOS PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVA PARA A DESINFECÇÃO DE ÁGUA NO CAMPUS CENTRAL DA UFRN Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Engenharia Ambiental, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Orientador (a): Prof. Dr. Paulo Eduardo Vieira da Cunha NATAL 2020 3 CAIO TALES DE CARVALHO SANTOS PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVA PARA A DESINFECÇÃO DE ÁGUA NO CAMPUS CENTRAL DA UFRN Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Engenharia Ambiental, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Ambiental Aprovado em: ________/_________/_______ Banca Examinadora _______________________________________________ Prof. Dr. Paulo Eduardo Vieira Cunha Universidade Federal do Rio Grande do Norte Orientador _______________________________________________ Prof. Mestre Glauber da Rocha Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte Membro Interno _______________________________________________ Prof. Mestre Danillo Luiz De Magalhães Ferraz Universidade Federal do Rio Grande do Norte Membro Interno 4 RESUMO A desinfecção é a única etapa obrigatória no tratamento de água, independente do manancial de captação (superficial ou subterrâneo) e consiste na etapa de eliminação de microrganismos patogênicos da água, tornando-a potável para a população. Para atingir esse objetivo podem ser utilizados diversas técnicas, tais como ozonização, radiação ultravioleta e cloração, sendo está última a mais largamente utilizada no Brasil e no mundo. No presente trabalho vislumbrou-se encontrar alternativas à desinfecção da água para o sistema de abastecimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o qual é composto por captação no manancial subterrâneo, tratamento simplificado (desinfecção com hipoclorito de cálcio), reservação e distribuição aos pontos de consumo. Para tanto, foi realizada análise qualitativa das alternativas, com uso de ferramentas técnicas de análise da qualidade, tais como o uso da Matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) e Matrizes de Risco, as quais podem ser obtidas por meio de sistemas de gestão integrada, e foram utilizadas para a comparação das múltiplas alternativas de desinfecção para o sistema estudado. Utilizou-se adicionalmente auxílio de pesquisadores, estudos científicos, bibliografia técnica, e experiência prática e empírica para o levantamento destas alternativas e embasamento nas considerações finais. Os resultados obtidos dessa maneira demonstraram que levantamentos realizados ao longo deste trabalho permitem concluir que a alteração do sistema atual de desinfecção da água adotado pelo Campus Central da UFRN pelo sistema de cloração por Bombas Dosadoras de Motor de Passo ou Gerador In Loco (Salmoura), são capazes de atender a demanda populacional do campus e possuem custos menores quanto a operação e manutenção sendo interessantes alternativas a desinfecção de água do Campus. Palavras-chave: Tratamento de água. Captação-Subterrânea. Potabilidade. Matriz- GUT. 5 ABSTRACT Disinfection is the only mandatory step in water treatment, regardless of the water source (surface or underground) and consists of the step of eliminating pathogenic microorganisms from the water, making it drinkable for the population. To achieve this goal, several techniques can be used, such as ozonation, ultraviolet radiation and chlorination, the latter being the most widely used in Brazil and worldwide. In the present work, it was envisaged to find alternatives to water disinfection for the supply system of the Federal University of Rio Grande do Norte, which consists of collection from underground sources, simplified treatment (disinfection with calcium hypochlorite), reservation and distribution to consumption points. For that, a qualitative analysis of the alternatives was carried out, using technical tools of quality analysis, such as the use of the GUT Matrix (Gravity, Urgency and Tendency) and Risk Matrices, which can be obtained through management systems integrated, and were used to compare the multiple disinfection alternatives for the studied system. Additionally, researchers' help, scientific studies, technical bibliography, and practical and empirical experience were used to survey these alternatives and base their final considerations. The results obtained in this way showed that surveys carried out throughout this work allow us to conclude that the alteration of the current water disinfection system adopted by the UFRN Central Campus by the chlorination system by Stepper Metering Pumps or In Loco Generator (Brine), they are able to meet the population demand of the campus and have lower costs in terms of operation and maintenance, being interesting alternatives to disinfecting the campus water. Keywords: Disinfection. Alternatives. Underground Capture. Potability. Matrix- GUT. 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 7 2. OBJETIVOS ----------------------------------------------------------------------------------------- 9 2.1. OBJETIVO GERAL 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------------------------10 2.3. RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA 2.4. OZONIZAÇÃO 2.5. CLORAÇÃO 3.3.1 CLORAÇÃO POR GERADOR IN LOCO 3.3.2 CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS ELETROMAGNÉTICAS 3.3.3 CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS DOSADORAS POR MOTOR A PASSO 3.3.4 CLORAÇÃO POR CLORO GASOSO 2.6. ÁREA DE ESTUDO 3. METODOLOGIA--------------------------------------------------------------------------------- 21 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO --------------------------------------------------------------- 29 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------- 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES ANEXOS 7 1. INTRODUÇÃO Um Sistema de Abastecimento é o conjunto de obras, equipamentos e serviços que objetivam levar água potável para o consumo doméstico, industrial, do serviço público dentre outros, sendo para tanto composto segundo Tsutiya (2006) por manancial (superficial ou subterrâneo), captação, estações elevatórias, adutoras, estação de tratamento de água, reservatórios e rede de distribuição. A existência de serviços de abastecimento de água (SAA) além dos aspectos sanitários e de saúde pública, tais como controlar e prevenir doenças e propiciar conforto e bem estar a população, é fundamental para o desenvolvimento econômico de uma dada região, uma vez que que contribui para aumento da produtividade. De acordo com Barros (2017), no Brasil o primeiro registro de algum tipo de abastecimento de água voltado para a população ocorreu em 1561, quando o fundador Estácio de Sá mandou escavar o primeiro poço para abastecer o Rio de Janeiro, posteriormente o tratamento da água só recebeu uma conotação maior na idade contemporânea a partir dos anos 40 com o governo de Getúlio Vargas que promoveu a implementação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), hoje denominado Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Atualmente, 83,3% da população brasileira são atendidos comfornecimento de água tratada e 35 milhões de brasileiros carecem de acesso a este serviço (TRATA BRASIL, 2019). Com isso é plausível ponderar que como o ser humano necessita de água em sua plenitude todos os dias e a sua escassez e/ou contaminação pode ocasionar no surgimento e proliferação de doenças do cunho gastrointestinal ou infecções mais severas, torna-se essencial que se observe com cautela todas as etapas que compõem o sistema de abastecimento de água de uma determinada comunidade e a forma como o tratamento de água é adotado neste sistema. E quando se trata de uma instituição, nação, cidade ou organização pública que em sua estrutura abriga uma considerável quantidade de pessoas, é natural pensar que a mesma tem em sua responsabilidade inerente a disponibilidade de recursos hídricos para abastecimento humano tanto em potabilidade para quando for este o fim desejado, como para usos menos nobres como irrigação e limpeza. Conforme comentado anteriormente um sistema convencional de abastecimento de água, no Brasil normalmente é composto pelas seguintes etapas: Captação da água, Adução, Tratamento da água, Reservação e por fim Redes de Distribuição. No que se refere à etapa de tratamento de água, a mesma tem como finalidade específica alterar as características da água bruta de modo a adequá-las ao padrão de potabilidade, sendo que o tipo de tratamento depende sobretudo da qualidade desta água. Desta forma quando observamos comparativamente as 8 águas superficiais com as águas subterrâneas, enxergamos uma clara distinção na qualidade de ambas, o que leva, portanto, a um grau de tratamento distinto. Geralmente, os mananciais subterrâneos requerem tratamento mais simplificado para potabilização de suas águas, sendo muitas vezes realizada apenas a desinfecção. Já para à adequação de águas superficiais aos padrões de potabilidade, faz-se necessário maior grau de tratamento, sendo a etapa de filtração obrigatória conforme o Anexo XX da Portaria de Consolidação Nº. 05/2017 do Ministério de Saúde. (TSUTIYA, 2006). De acordo com o Padrão de Potabilidade vigente, a desinfecção é o único processo obrigatório para todos os sistemas de captação de água sejam eles superficiais ou subterrâneos, consintindo na etapa de eliminação de microrganismos patogênicos da água, tornando-a potável para a população, e pode ser realizado de diferentes formas, tais como: Ozonização, Radiação Ultravioleta e Cloração. Este último, por sua vez, tem maneiras completamente dispares de serem implantadas, normalmente costumam ser adaptadas a realidade econômica da infraestrutura que serão acopladas (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011). Trazendo um contexto histórico do que concerne a desinfecção, a mesma tem sido praticada por séculos. Existem indícios de que o uso de água fervida já era recomendado desde 300 a.C e esta prática de purificação da água foi replicada ao longo dos séculos como uma maneira de assegurar a sua potabilidade tanto para o abastecimento da população, como para os rebanhos (IABUSCH, 1971). A desinfecção da água e dos esgotos surgiu inicialmente como uma tentativa de se controlar a propagação das doenças através dos odores, sendo alterada a partir de meados do século XIX quando o cloro e o ozônio passam a ser empregados na desinfecção de águas, com a luz da teoria dos microrganismos com os estudos de Pasteur (MEYER, 1994). Após essa breve explanação histórica, averígua-se que um dos maiores desafios na atualidade da humanidade é lidar de maneira sábia com os recursos hídricos disponíveis, tendo em mente que a necessidade de abastecer o consumo de uma população de forma viável e segura, mantendo a qualidade da água é algo imprescindível como visto ao longo da história humana, e é algo vital tanto para uma comunidade ribeirinha, quanto para uma megalópole ou até mesmo para um Campus Universitário que não utilize seu abastecimento por meio de concessionária local como é o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O presente trabalho foi desenvolvido no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o número de funcionários atualmente vinculados a UFRN é de cerca de 6.300 (UFRN, 2019), e a população estimada atual que compreende visitantes, docentes, funcionários e discentes é de aproximadamente 38.000 pessoas. 9 Observando a extensão, o número de pessoas afetadas supera uma cidade pequena e a magnitude de impacto na saúde da população afetada que se encontra diariamente, a instituição visou com extrema cautela a necessidade de ter um processo de tratamento de água para abastecimento humano de forma segura tanto qualitativamente como quantitativamente. Quanto a infraestrutura de abastecimento autônomo de água local, a mesma conta com 6 poços de captação de água subterrâneos em atividade, e 6 reservatórios independentes em atividade em concomitância com a projeção de construção de mais poços e reservatórios com o aumento da população do campus. Contudo, conforme pode ser observado nas análises constantes nos anexos supracitados, de forma a assegurar os padrões microbiológicos requisitados pela Portaria de Consolidação Nº 5, justificando-se desta forma a necessidade de adequação da única etapa de tratamento executada na água disponibilizada pela UFRN, que é a desinfecção com hipoclorito de cálcio, tendo em vista o foco em garantir a manutenção da qualidade ímpar que essa água já possui. Faz-se, portanto, necessário a proposição de alternativas capazes de acompanhar as variações de consumo de água ao longo do dia por todo o campus para os mais diversos pontos, objetivando uma implementação de forma gradual, e que proporcione segurança tanto na quantidade de água fornecida como na qualidade, buscando analisar características de responsabilidade social, de gestão da qualidade de forma a ser possível ter uma percepção maior da eficácia do sistema de desinfecção. Ademais, deve-se considerar aspectos relativos à segurança dos funcionários envolvidos com o sistema de captação, tratamento e distribuição de água no Campus Central da UFRN. 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar tecnicamente e propor alternativas para o sistema de desinfecção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar as diferentes formas de desinfecção de água possíveis de serem implantadas no SAA da UFRN; 10 • Avaliar as vantagens e desvantagens de cada técnica de desinfecção no contexto do SAA da UFRN; • Realizar análise qualitativa das alternativas de desinfecção através de ferramentas técnicas de análise da qualidade. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 DESINFECÇÃO A problematização das doenças do cunho gastrointestinal é, como visto anteriormente, algo historicamente combatido e um desafio para a humanidade e ao seu desenvolvimento, podendo ser citadas como doenças de veiculação hídrica, decorrentes de ausência e/ou tratamento deficiente de água: a gastroenterite, a cólera e disenteria. Sendo, pois fundamental para manutenção da saúde da população, a eliminação dos microrganismos patogênicos causadores destas e de outras enfermidades (DANIEL, 2001). A desinfecção pode ser definida como processo que viabiliza a inativação destes microrganismos patogênicos presentes na água, sendo uma etapa fundamental tratamento de água, uma vez que não é possível assegurar a remoção total dos microrganismos pelos processos físico-químicos, usualmente utilizados no tratamento (TSUTIYA, 2006) A ação dos desinfetantes sobre os microrganismos pode ocorrer pelos seguintes mecanismos: destruição da organização estrutural da célula; interferência no nível energético do metabolismo; e interferência no crescimento do microrganismo. Segundo Daniel (2001), os tipos preponderantes de mecanismos de desinfecção no tratamento da água são a oxidação, seguida pela rupturada parede celular, e a difusão no interior das células, com consequente interferência na atividade celular. Logo, de acordo com o mesmo autor, a capacidade de oxidar moléculas biológicas e a capacidade de difusão, através da parede celular, são características fundamentais para que um agente desinfetante seja considerado eficiente. A eficiência da desinfecção é fundamental quando visamos redução de custos e qualidade produtiva, a mesma naturalmente tende a ser influenciada pelos seguintes fatores (TSUTIYA, 2006) : • Características do desinfetante – os mecanismos de ação e as propriedades relacionadas à interação do desinfetante com as características da água; 11 • Características do microrganismo a ser inativado a resistência depende da espécie, da forma (encistada ou não) e da concentração dos mesmos na massa líquida; • Concentração do desinfetante e tempo de contato – de acordo com a qualidade final preconizada pelo padrão de potabilidade vigente e na porcentagem de inativação de microrganismos existem relações que equilibram a dose e o tempo de contato necessário. Ressalta-se que a dose está intimamente relacionada com os custos operacionais. • Características da água - parâmetros como turbidez (pode promover efeito escudo sobre os microrganismos, os protegendo da ação do desinfetante), matéria orgânica (formação de subprodutos), compostos inorgânicos (podem reagir com o desinfetante), pH e temperatura (relacionados à dissociação química do desinfetante); • Grau de dispersão do desinfetante na água, fator que concerne à capacidade do desinfetante de se espalhar pela água sendo capaz de atingir totalmente e de maneira uniforme toda a área a qual foi designada inicialmente. Existem múltiplos tipos de agentes desinfetantes (químicos e físicos) e diferentes formas de aplicação dos mesmos, sendo o mais comumente utilizado para produção de água potável o cloro líquido ou gasoso (DANIEL, 2001). Outro composto citável, usado na desinfecção de água – sobretudo na Europa – é o ozônio. Diferentemente do cloro, o ozônio é capaz de romper a parede celular dos microrganismos, o que demanda um menor tempo para a desinfecção, e um dos pontos fortemente positivos avaliados em trabalhos científicos e pesquisas acadêmicas é o de combater de maneira eficaz espécies danosas a saúde humana que normalmente são mais resistentes à desinfecção por meio de outras técnicas, como por exemplo, Clostridium Perfringens, para o qual a aplicação de ozônio teve eficiência de inativação superior ao uso da radiação UV (DANIEL; BILOTTA, 2008). A Radiação UV sumariamente pode ser apontada como o agente físico mais utilizado para desinfecção de águas de abastecimento. A eficiência da radiação UV como agente desinfetante ocorre no comprimento de onda de 235,7nm (LIBÂNIO, 2010). Torna-se, portanto, imprescindível realizar de maneira clara, objetiva e totalmente explicativa a conceituação de tais formas de desinfecção, para que se permita compará-las, e 12 assim selecionar dentre tantas técnicas e manejos, aquela que é mais adequada a realidade enfrentada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 3.2 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA A radiação ultravioleta (UV), possui efeito germicida detectado pela primeira vez em meados de 1878 por cientistas europeus e ao longo dos anos sua utilização se restringiu quase que exclusivamente a usos laboratoriais, em meados do século XX, a técnica de desinfecção ganhou força e suporte governamental e da sociedade, o que permitiu a introdução em larga escala em países da Europa, e na América do Norte. As primeiras unidades a serem implementadas em larga escala para tratamento da água surgiram somente em 1955, na Suíça e Áustria, países que contavam no início deste século com 500 e 600 instalações respectivamente (AGUIAR et al., 2002). A região do espectro eletromagnético que compreende a radiação UV é particularmente indicada na inativação de microrganismos. Isto porque a energia a ela associada, quando atinge importantes grupamentos bioquímicos, consegue provocar lesões destrutivas aos organismos. No espectro de radiação de 260nm seu efeito germicida alcança eficiência máxima, causado assim por consequência da dimerização de bases nitrogenadas nos ácidos desoxirribonucleico e ribonucleico (SKOOG, 1994). Ressalta-se de antemão que a mesma evita a replicação de vírus, bactérias, protozoários e outros microrganismos. A radiação UV normalmente costuma ser usada para desinfecção com o uso de lâmpadas de vapor de mercúrio. Esta tecnologia possui alta eficiência desinfetante, e com o adendo de manter as características naturais da água, como sais minerais e propriedades físico-químicas, não necessita de um transporte complexo e não necessita de manuseio de produtos tóxicos além de possuir rápida ação na descontaminação (DANIEL, 2001). Entretanto possui custos de implantação elevados e requer uma transformação enorme na tecnologia atual de uma estação de tratamento de água que está em atividade, além da obrigatoriedade de readequar todos os funcionários. Com o principal adicional negativo de não possuir residual de ponta na rede de distribuição, ou seja, o gasto se torna muito maior pela necessidade da introdução de um produto desinfetante para agir de maneira residual na rede de tubulações (TINOCO, 2011). Sob a ótica ambiental analisando sob o aspecto sustentável, a emissão de radiação UV em unidades de desinfecção tem sido amplamente incentivada, pois seu efeito nocivo se restringe ao microrganismo atingido, enquanto o gás ozônio e a cloração, podem levar à 13 formação de subprodutos, em reações de oxirredução, muitas vezes mais prejudiciais que seus precursores (BILOTA, 2006). Quando abordamos a literatura verificamos que em unidades de desinfecção o desempenho da radiação UV estão normalmente correlacionados com aspectos práticos do projeto, que incluem a configuração do reator fotoquímico, no qual avalia-se o mecanismo de mistura do meio líquido e grau de refletividade do material empregado na sua construção, a manutenção da fonte luminosa e a composição físico-química da água (PHILLIPS, 1983). Como a radiação UV é usada naturalmente na desinfecção de águas em grandes estações de tratamento de água em países desenvolvidos, o seu uso ganhou notoriedade e interesse somente nessas nações, sendo relegado por nações subdesenvolvidas (WRIGHT; CAIRNS, 1998). De acordo com Aguiar et al (2002) no início deste século existiam cerca de 3.000 instalações de desinfecção por UV ao longo do planeta, das quais 2.000 se localizavam na Europa e 1.000 no Estados Unidos da América. No Brasil devido as restrições tecnológicas, e econômicas impostas, e a falta de motivação da alta administração pública em adaptar as tecnologias normalmente utilizadas, optando por poupar gastos, visando objetivos escusos, tornam o Brasil um país que não adotou tal método de desinfecção e que no futuro provavelmente não adotará (TSUTIYA, 2006). 3.3 OZONIZAÇÃO A ozonização é caracterizada quando uma descarga de corrente alternada de alta voltagem é posta na presença de oxigênio, desta forma, a geração de ozônio ocorre com a aceleração de elétrons que adquirem força o suficiente para partir as ligações da molécula de oxigênio. Com isso, os átomos livres reagem com outras moléculas de oxigênio para a formação do ozônio (MEDEIROS, 2010). Sua alta eficiência e tecnologia avançada capaz de destruir até os mais complexos e resilientes microrganismos a coloca em posição de vantagem comparativa em termos de eficácia para com outros métodos desinfetantes, ademais observa-se um forte uso na Europa em estações de tratamento de água local justamente por essa capacidade de eficiência ímpar (DANIEL; BILOTTA, 2008). Entretanto a ozonização tem algumas desvantagens práticas visualizadas em estudos e pesquisas acadêmicas,bem como são comumente relatados e enfrentados por Estações de Tratamento de Água ao longo de todo o Brasil e do Mundo, tais quais como: o difícil armazenamento, que torna necessário que a produção seja feita no local em que o mesmo será 14 utilizado; sensibilidade a variações de temperatura e pH das fases líquida e gasosa que podem reduzir substancialmente a taxa de transferência gás-líquido, limitando com isso a eficiência da técnica; alto consumo de oxigênio comercial (composição 98%); e corrosão de componentes metálicos quando os mesmos entram em contato com o ozônio (BILLOTA E DANIEL, 2008). Manuais de qualidade e tratamento de águas de abastecimento editados por Agências e Organizações (AWWA, 1999; EPA, 1999) apontam que a ozonização da água bruta é empregada com sucesso em águas captadas em mananciais subterrâneos ou superficiais. No Brasil a técnica ainda é muito pouco difundida devido ao seu alto custo quando comparado a outros métodos de desinfecção, e, portanto, dificuldade dos gestores públicos tentar adaptar esta tecnologia nas estações de tratamento de água existentes (MEDEIROS, 2010) Outro problema correlacionado a este método de desinfecção da água é a obrigatoriedade de utilização de desinfetante com residual para a rede de distribuição de água da população, e quanto maior o tempo de atraso na aplicação do desinfetante residual na água desinfetada pelo procedimento de ozonização, maior o risco da reploriferação de microrganismos patogênicos (FILHO E ANDRADE JÚNIOR, 2007). Salienta-se, que autores como Francisco Jr. e Orth (1988) em seus estudos afirmam que uma dosagem excessiva de ozônio pode causar uma contaminação da água por subprodutos tóxicos. A composição físico-química da água é um fator fundamental. Reações diversas podem ocorrer simultaneamente à inativação de microrganismos assim competindo pela concentração de ozônio livre, a exemplo da oxidação de matéria orgânica e inorgânica. Assim, a dosagem de O3 requerida na desinfecção deve ser precisa (LAZAROVA, 1999). 3.4 CLORAÇÃO A cloração sob um contexto histórico foi adotada de maneira inicial na Bélgica, em 1909 onde passou a ser utilizado o cloro armazenado em cilindros revestidos com chumbo na tentativa de evitar maiores acidentes com trabalhadores (ROSSIN, 1989). Em meados de 1928 a 1938, ocorreu o desenvolvimento do uso de cloraminas na desinfecção, e a adição conjunta de amônia e cloro, de modo a se obter um teor residual de cloraminas que fornecessem o cloro residual tão necessário a desinfecção. Salienta-se que nessa época ainda não eram empregados testes específicos para se determinar os residuais de cloro. Entre 1948 e 1958 houve a determinação das formas de cloro combinado e livre que hoje são as mais rotineiramente utilizadas e conhecidas para controle bacteriológico da qualidade da água (ROSSIN, 1989). 15 A cloração, que possui distintas formas de execução com múltiplos produtos que podem ser utilizados na implementação da desinfecção, sendo estes: o hipoclorito de sódio, cloro gasoso e dióxido de cloro, estes diferem-se, no método de aplicação, nos resultados obtidos, e dessa forma na maneira de aplicação dos mesmos que tendem a se adaptar as mais diversificadas realidades socioeconômicas. Quanto aos diversos tipos de produtos aplicados podemos citar, o cloro gasoso que possui alta toxicidade podendo causar danos à saúde do trabalhado e devido ao risco requer especialização da mão-de-obra usada na operação, porém como ponto positivo possui um alto poder antimicrobiano com o adendo de possuir baixo custo (HENRIMAR, 2019). Já o Dióxido de cloro tem excelente recomendação por não formar ácido hipocloroso, e assim não viabilizar a formação de trihalometanos como subprodutos, bem como possuir um maior controle microbiológico quando confrontado com demais agentes antimicrobianos (ALMEIDA, 2008). No Brasil o uso da cloração é altamente difundido inclusive sendo utilizado na UFRN, através do uso de pastilhas de hipoclorito de cálcio, dissolvido em água, através do método de arraste da bomba, a cloração atualmente está presente em mais de 90% das estações de tratamento de água do país, utilizado amplamente por todas as prestadoras de serviços de abastecimento de água (TRATA BRASIL, 2019). A sua capacidade desinfetante com residual e baixo custo torna a mesma a mais atrativa para todos os gestores correlacionados com o assunto. O cloro tem enorme capacidade oxidativa para com os microrganismos patogênicos presentes na água. Essa combinação traz a seguinte reação química: Cl + H2O → HOCl + H+ + Cl- A reação acima traz o que acontece com a adição do cloro, ou seja, a formação do ácido hipocloroso, além de moléculas de hidrogênio (H) e cloro residual (Cl), produz também o ácido hipocloroso, que é o principal agente desinfetante na reação e ajuda a destruir microrganismos patogênicos que por ventura permaneçam vivos na água, tem assim sua ação residual que é tão vital no processo de desinfecção da água, tornando-a potável para a população (HIDROGERON, 2019). Entretanto, a cloração também apresenta algumas desvantagens comparativas, pois trata-se um composto tóxico e corrosivo, por exemplo, quando em presença de matéria orgânica 16 na água a ser desinfectada a cloração pode originar compostos danosos à saúde humana denominados de Trihalometanos (ALMEIDA, 2008). 3.4.1. CLORAÇÃO POR GERADOR IN LOCO A cloração por Gerador in loco consiste na produção de hipoclorito de sódio, por eletrólise de salmoura. De acordo com Henrimar (2019), está técnica pode proporcionar excelente custo benefício, pois o produto da desinfecção é gerado no local de tratamento, com um gasto mínimo, viabilizando baixos custos de operação e manutenção e garantindo com eficiência longos períodos de abastecimento de água potável para grandes populações. A seguir é apresentada uma imagem ilustrativa, acerca do que seria na prática um Gerador de Hipoclorito de Sódio. Figura 1. Esquema de Gerador de Hipoclorito de Sódio Fonte: (GRUPO HIDROGERON, 2018) Está técnica atualmente tem sido bem aceita, e utilizada com sucesso em algumas importantes cidades brasileiras, tais como a cidade de São Carlos/SP. Neste município, com a implantação do Gerador de Cloro o prestador de serviço de abastecimento de água relatou significativa melhoria na qualidade do tratamento da água e ao mesmo tempo teve uma 17 redução de custos direto da ordem de 37,57%, sem contar os custos com manutenção de dosadoras para a aplicação do Hipoclorito (GRUPO HIDROGERON, 2018). 3.4.2. CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS ELETROMAGNÉTICAS Bombas eletromagnéticas, normalmente tem a função em atuar no controle quantitativo da dissolução de cloro na água, permitindo a potabilidade da mesma, a aplicação e a definição da quantidade de cloro a ser dissolvido na água fica no encargo do operador que normalmente não necessita de nenhuma capacitação especial, pois o manual de instrução do equipamento já fornece toda a informação necessária para a operacionalização do mesmo (HIDROGERON, 2019). Das muitas vantagens que existem no uso de tal método o ajuste eletrônico da vazão e o expurgo manual ou automático da água são os principais a serem apontados, o controle necessário para utilizar cloro como residual na rede de distribuição se torna extremamente mais eficaz com o uso desta bomba (GRUPO EMEC, 2019). No Brasil este método é bastante disseminado tanto na prevenção de torres de resfriamento, tratamento de águas, piscinas e dosagem de produtos químicos no setor industrial. É normalmente acompanhado por instrumentos analisadores da qualidade da água que possam de maneira automatizada regular o sistema da bomba dosadora eletromagnética (GRUPO EMEC, 2019). O seu uso no Brasil é normalmente associado a disseminação de cloro no formato líquido, umavez que a mesma só é capaz de trabalhar e dosar subprodutos líquidos, para tal caso a Estação de Tratamento de Água utilize um sistema de dosagem sólido, necessita-se a diluição antecipada do produto, quando for utilizado em tal mecanismo, algo que hodiernamente é utilizado em estações menores que atendem a populações de menor escala, e portanto que permitem com segurança a diluição prévia(GRUPO EMEC, 2019). O grande empecilho no uso de tal mecanismo de desinfecção é a necessidade da aquisição de analisadores químicos em parceria a técnica para averiguar e garantir a melhor funcionalidade da mesma. Na figura a seguir observar-se um modelo realístico de uma bomba dosadora eletromagnética. https://www.emecbrasil.com.br/instrumentos.html 18 Figura 2. Bomba Dosadora Eletromagnética Fonte: (GRUPO EMEC, 2019) 3.4.3. CLORAÇÃO COM AUXÍLIO DE BOMBAS DOSADORAS POR MOTOR A PASSO A bomba dosadora quando acionada por um motor de passo, caracteriza-se por ser controlada por um microprocessador que garante uma dosagem precisa e fluída. Este sistema de cloração tem sua utilização de bombas dosadoras por motor a passo, que diferem do motor eletromagnético pois a tecnologia envolvida na execução da mesma no método de controle e disseminação do produto são completamente distintas, normalmente sendo as de motor a passo mais eficientes. A posição e a velocidade do diafragma são controladas pelo microprocessador durante o ciclo inteiro de descarga/sucção, há uma redução na velocidade da sucção permitindo um expurgo melhor para os líquidos viscosos (GRUPO EMEC, 2019). Tal modelo controla a dosagem da maneira mais precisa possível e libera a dissolução de cloro na água destinada a abastecimento através da tubulação que foi destinada. É o sistema mais moderno e eficiente em atividade no Brasil, algumas ETA já utilizam tal sistema, entretanto a necessidade de readequação do sistema eletromagnético para o de motor a passo tem sido gradual, o grande empecilho é a necessidade de aquisição de cloro em formato de pastilhas ou diluídos em meio líquido que normalmente são mais custosos que outros métodos, entretanto por ser extremamente eficiente quanto a dosagem, pois tem uma grande precisão na dosagem e por conseguinte geram grande economia, e sem dúvida consegue ter a capacidade adaptativa necessária para qualquer planta de empreendimentos a ser implantada(GRUNDFOS, 2019). 19 Se visualizarmos um cenário de readequação ou implementação de tal sistema de desinfecção, o mesmo se apresenta de maneira muito menos traumática do ponto de vista logístico, pois haverá uma menor interrupção do fluxo de água para funcionários e alunos, gerando transtornos mínimos e bem mais fáceis de se trabalhar (GRUNDFOS, 2019). A figura a seguir apresenta de maneira uma bomba dosadora por motor a passo, obtida através do mesmo grupo empresarial que forneceu imagens da Bomba Dosadora Eletromagnética, assim visualmente podemos comparar ambos os designs e layouts acerca das duas diferentes bombas dosadoras, a seguinte se demonstra um pouco mais intuitiva sob o ponto de vista do operador voltado a sua mecanização, a mesma se apresenta bem mais autoexplicativa em seu layout visível. Figura 3. Bomba Dosadora Por Motor A Passo Fonte: (GRUPO EMEC, 2020) 3.4.4. CLORAÇÃO POR CLORO GASOSO O cloro gasoso tende a ser extremamente eficiente no processo de desinfecção da água pois o mesmo é um oxidante capaz de reagir com diversas substâncias alterando as propriedades de diversos microrganismos patogênicos, além de substancias orgânicas ou inorgânicas. O ácido hipocloroso (HClO) é o composto mais utilizado nas Estações de Tratamento de Água Brasileiras, e a sua dissociação está sempre correlacionada com o pH da água. O qual tem em sua composição uma rápida dissolução em meio aquoso por arraste e naturalmente é controlado por intermédio de bombas dosadoras de cloro gasoso, normalmente a grande desvantagem de tal tipo de cloração são os riscos inerentes a operacionalização de tal 20 produto de desinfecção que é altamente tóxico e necessita de um treinamento prévio (PORTAL DO TRATAMENTO DE ÁGUA, 2019). Salienta-se que a água que não é totalmente livre de poluição ou que em sua composição natural carrega matéria orgânica, apresenta um sério problema para a utilização deste método desinfectivo, pois quando matéria orgânica entra em contato com o cloro favorece a formação de trihalometanos, que de acordo com órgãos governamentais tem sido correlacionado como cancerígenos (FLUID FEEDER, 2020). No entanto, esta situação pode ser controlada desde que haja a remoção da matéria orgânica antes que o cloro entre em contato com a água, procedimento que é realizado durante as etapas de coagulação, floculação, decantação e filtração nos tratamentos convencionais, como o caso da UFRN a mesma não possui qualquer tipo de tratamento convencional, é necessário se ter alerta para qualquer utilização desta técnica de desinfecção . Por fim enfatiza-se a interrelação existente entre equações químicas representadas por pK’, pH as quais refletem o efeito bruto dos processos químicos e termoquímicos no processo de oxirredução do cloro gasoso usado na desinfecção de águas naturais subterrâneas. Logo estudos indicam que há uma grande influência do pH da água sobretudo nestas reações de oxirredução, para quando o ácido hipocloroso muda lentamente e de maneira espontânea para íon cloreto, de tal maneira que o pH cai com a redução desse ácido para cloreto e, portanto, é importante observar a necessidade de corretores de acidez posteriormente a possivelmente serem aplicados na água (AGOSTINHO et al., 2009). A seguir há um esquema ilustrativo do sistema de desinfecção por cloro gasoso de uma Estação de Tratamento de Água, esta esquematização compreende uma das possíveis possibilidades de layouts capazes de suprir a demanda da UFRN. 21 Figura 4. Esquema de Cloração Gasoso Fonte: (FLUID FEEDER, 2020). 4 METODOLOGIA O presente trabalho trata-se de um estudo experimental, de aspecto analístico e qualitativo de literaturas, relatórios e pesquisadores da área com foco principal de obter informações substanciais para a proposição de alternativas a desinfecção do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no período compreendido entre agosto de 2019 a novembro de 2020. Os 44 periódicos entre artigos e livros retirados para a execução deste trabalho de conclusão de curso foram selecionados dos seguintes bancos de dados: Periódicos Capes(1 artigo), Guia PMBOK®(1 Livro), Google Scholar(20 Artigos/Livros), SciElo(4 Artigos) e busca manual(18 Artigos/Livros). Os critérios definidos para a escolha dos artigos incluíram textos completos, abordagem específica para sistemas de abastecimento de água, bem como, a normatização vigente por lei adotada em todo o país, idioma em língua portuguesa, e período de busca dos últimos 10 anos. Os artigos que não atenderam aos critérios de inclusão foram excluídos do presente estudo. Os descritores utilizados foram: Alternativas a Desinfecção OR Cloração em ETA OR Ozonização OR Cloradores UV OR Estação de Tratamento em Universidade. 22 4.1 ÁREA DE ESTUDO A água do campus central foi analisada laboratorialmente, obtida in loco por técnicos habilitados do NUPPRAR (Núcleo de Processamento Primário e Reuso de Água Produzida e Resíduos), em relatórios quanto a saída do poço esta água apresenta características muito positivas e de qualidade singular, como podemos ver nas análises dos Anexos A, B, C, D, E, logo fica-se apenas obrigatório o uso de um sistema de desinfecção da água para potabilidade humana conforme definido na Portaria de Consolidação N° 5 devido ao fato das características atenderem a normatização vigente, conforme obrigatoriedade constante na referida Portaria. Ao abordamos aspectos quantitativosde população a ser atendida pela água tratada para abastecimento humano tem-se alguns dados relevantes. O número de funcionários atualmente vinculados a UFRN é de cerca de 6.300 (UFRN, 2019), e a população estimada que compreende visitantes, docentes, funcionários e discentes é de aproximadamente 38.000 pessoas. A demanda local de água é suprida através de 6 poços de captação de água subterrâneos em atividade no presente momento com a projeção de construção de mais 2 para os próximos anos. A vazão destes poços é variável em razão das características inconstantes do consumo de água no Campus Central pois em períodos sazonais como férias e feriados nacionais o consumo é drasticamente reduzido, dessa forma a necessidade da automatização é reforçada, pois o desconhecimento da vazão atual de água solicitada é cada vez mais urgente, existe uma estimativa não confiável meramente aproximada que aponta um consumo de 1.000m³/dia segundo funcionários que atuam no departamento de meio ambiente do setor de infraestrutura da UFRN. Abaixo há uma imagem do Campus Central da UFRN obtida pelo Google Earth com marcações em X dos poços de captação de água subterrâneos bem como os reservatórios que estão na mesma localização. 23 Fonte: Autor A seguir é apresentado um esquema com os dados de consumo de cloro considerando a população estimada do campus e, conforme normativos vigentes, o per capita de 50L/pessoa.dia. Figura 5 Mapeamento dos Poços da UFRN 24 Tabela 1. Dimensionamento Teórico da Quantidade de Desinfetante Requerido no Sistema Atual Fonte: Próprio Autor (2019) Com base nesta imagem posta fica claro que sem a devida automatização do sistema o gasto exponencial com os baldes de hipoclorito de cálcio que a UFRN pratica e a falta de controle permitirão danos à saúde humana e ainda prejuízos econômicos, entender isto permitirá a mudança e a adaptação a uma tecnologia efetivamente mais adequada. Segundo o Químico Chefe de Tratamento de Água, Marcos Benati em Hidrogeron (2018) “Tivemos uma redução de custos direta da ordem de 37,57%, sem contar os custos com manutenção de dosadoras para a aplicação do Hipoclorito. Outro custo importante foi redução de 50% na aplicação da barrilha como agente alcalinizante”, não obstante em Hidrogeron (2018) outro depoimento serve de base para comparar os gastos com os do campus central da UFRN , “O funcionamento do Gerador de Cloro Hidrogeron é excelente, ultrapassou nossas expectativas. Quatro meses após a implantação da tecnologia, a Cesama 25 conseguiu economizar mais de 60% com custo de cloração e reduzir o consumo de alcalinizantes. Ao todo, a economia com cloração e desinfecção por ETA ultrapassou 75%” , afirma o diretor da Cesama, Márcio Azevedo (HIDROGERON, 2018). Os Poços hoje em dia atuam de forma simples onde a água após captada no manancial subterrâneo submetida ao processo de desinfecção através da aplicação, através de cloradores mecânicos, de hipoclorito de cálcio em formato sólido, que atua com sua diluição conduzida por arraste da água através de um sistema de armazenamento mecânico que simplesmente libera continuamente o produto desinfetante, sem mecanização ou controle (Figura 5). Figura 6 - Clorador mecânico usado na desinfecção do Campus Central. Fonte: Autor As condições atuais de conservação do sistema de captação e tratamento não são adequadas, apresentando condições insalubres aos funcionários envolvidos na operação e manutenção do sistema, em razão do péssimo estado de conservação observado. Isto, deve-se ao fato de a manutenção ser realizada esporadicamente e o técnico responsável pela operação/manutenção do sistema, ter sido treinado apenas para operação do sistema e não para a manutenção dos equipamentos (Figura 6). Ademais, pode-se observar que há visivelmente uma imprecisão inata ao sistema adotado, pois o mesmo se dá sem nenhuma automatização das dosagens aplicadas e, portanto, não há registro histórico ou qualquer compilação de informações. 26 Figura 7 - Situação Atual do Sistema Desinfetante da UFRN Fonte: Autor Após tratamento a á água é encaminhada para 6 reservatórios em operação. A condução da água desinfetada para o reservatório elevado ocorre através de tubulação de PVC, no momento do contato da água com o Clorador de hipoclorito de cálcio, e posteriormente corre a rede de distribuição onde seguirá por gravidade para os diversos pontos de consumo situados ao longo do Campus Central da UFRN. Todos os reservatórios são do tipo elevados e tem em sua composição estrutural PVC na parte interna e concreto armado na parte externa, encontrando-se localizados ao lado dos poços de captação, de maneira a economizar custos e riscos inerentes a longas tubulações (Figura 7). 27 Figura 7 -Reservatório Do Setor 1 do Campus Central da UFRN Fonte: CAMPUS VIRTUAL (2019) 4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para atender os objetivos propostos no presente trabalho foram abordadas múltiplas opções de desinfecções, as quais foram comparadas ponderando-se criteriosamente aspectos financeiros (referentes a implantação e operação do SAA), técnicos e estruturais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, visando-se a capacidade adaptativa da infraestrutura do campus central, e considerando a necessidade de adequar-se a difícil realidade enfrentada neste órgão público. O presente item foi divido em V fases, conforme descrito a seguir: - Fase I: Revisão de literatura científica especializada para apontar vantagens e desvantagens de cada método de desinfecção; - Fase II: Estudo aprofundado dos processos de desinfecção observados como alternativas analisando os métodos mais viáveis tecnicamente para a aplicação no âmbito da área de estudo. - Fase III: Elaboração das análises de risco através de ferramentas de sistemas de gestão integrada focados na gestão de riscos inerentes as atividades, observando múltiplos 28 artigos e estudos semelhantes em estações de tratamento distintas para cada método selecionado; - Fase IV: Definição dos pesos dos atributos a serem imputados dentro das matrizes comparativas; - Fase V: Elucubração Plena da matriz GUT e escolha da alternativa, através de um juízo de valor do autor e comparando as alternativas, levando-se assim a tomada de decisão de forma mais adequada de desinfecção. Para o presente projeto definiu-se como fase inicial I que o estudo de viabilidade técnica compreenderia de maneira geral uma conceituação inicial ampla levando em consideração aspectos distintos e prévios bem como a maior parte das vantagens e desvantagens de cada processo de desinfecção apontado, levando em consideração os subtipos e os derivados da cloração, previamente realizou-se uma descrição técnica, baseada na literatura da área, de pontos positivos e de fragilidades das mais conhecidas alternativas de desinfecção, apontando através de tabelas esquemáticas, não somente isto como se utilizou como referência estudos de conceituações dos diferentes mecanismos abordando a historicidade destes o contexto e a razão do uso dos mesmos para as mais distintas realidades. A segunda fase compreendeu a triagem daqueles que foram previamente conceituados utilizando juízo de valor e não obstante aplicando ainda uma série de verificações preliminares como análises de riscos, análises de eficiência técnica e por último análises financeiras, triangulando as informações introdutórias buscou-se extrair aquela(s) técnicas de desinfecção que se mostrassem mais interessantes para a adoção como alternativa. Para a etapa de análise de riscos foi realizado um estudo que reuniu, de maneira geral, e prévia, alguns riscos a implementação das alternativas, como por exemplo, o estudo através de matriz de risco acerca da inoperacionalidade dos equipamentos, um exemplo que ocorre por venturaem algumas estações é quando da ocorrência de descargas elétricas causando interrupção na concessionária local no fornecimento de energia, estes riscos foram obtidos e assistidos utilizando como mecanismo de comparação as Matrizes de Riscos, conhecida como, Matriz PMBOK, esta última seguindo o Guia PMBOK® Sexta edição P.395. (VIANA VARGAS, et al., 2018). Por fim foi realizado a última etapa de análise que foi a de caráter financeiro, com o levantamento de cotações e valores para as diferentes técnicas que foram triadas, juntando múltiplas questões como a disponibilidade de insumos e o gasto em geral que Universidade teria com a adoção de quaisquer destas técnicas de desinfecção, os valores levantados são 29 aqueles praticados atualmente por diversas empresas da área de tratamento de água para abastecimento humano. Posteriormente a estas tabelas e análises que nortearam inicialmente as opções a desinfecção local, tendo em vista esta etapa inicial de conceituação realizou-se uma atribuição de pesos organizados em uma matriz de GUT, que se trata de uma matriz de gravidade, urgência e tendência que busca auxiliar e trazer dados importantes e vitais para possíveis parâmetros de escolha, entre as distintas alternativas levantadas e explicitadas previamente, selecionou-se aquelas que se expressaram habilmente capacitadas, dentro da realidade praticada na UFRN tanto financeira como social e humana, que muitas vezes se distingue de outras instituições e empresas, principalmente porque a definição de importância é variável e tende a ser muito diferente de empresa para empresa, logo a escolha no caso da UFRN se pauta muito pelo fator econômico como pela falta de material humano então o peso dado a estes fatores é, sem dúvida, maior e a influência em uma futura tomada de decisão tende a ser muito mais significativa quando analisada sob um conjunto maior de fatores, devido a isso para a realização da tabela buscou-se auxílio de profissionais internos e externos a instituição para tomar como base as escolhas de peso que seriam imputadas em cada variável que no fim resultaram na escolha das alternativas mais consideráveis. Esta matriz também serviu de auxílio para a triagem, pois reforçou o embasamento técnico da conceituação previamente feita, demonstrando qual a escolha será sugerida de maneira conclusiva neste artigo científico. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES As Fases I e II que são preliminares e fundamentais para que tenhamos o máximo de segurança e assertividade na proposição de alternativas a desinfecção da água bruta do campus central da UFRN, logo ao levantarmos os 20 artigos que são os dados da literatura técnica específica em desinfecção obtemos as seguintes tabelas que apresentam uma síntese das vantagens e desvantagens das tecnologias de desinfecção estudadas. Fase I listagem e estudo primário das alternativas a desinfecção do campus central Lista 1. Lista de Alternativas Propostas Para a Desinfecção do Campus Central Lista de Alternativas Avaliadas Ozonização Radiação Ultravioleta 30 Cloração Gerador de Cloro In Loco Geradores de Cloro Gás Bombas Dosadoras Eletromagnéticas Bombas Dosadoras Por Motor á Passo Fonte: Autor (2020) Tabela 2 -Vantagens e Desvantagens da Cloração. VANTAGENS DESVANTAGENS Cloro residual pode ser monitorado Possível Produção de trihalometanos e outros subprodutos Relativamente barato É necessário um longo tempo de contato quando comparado a outros desinfetantes químicos Tecnologia bem estruturada e de fácil implantação A baixa doses, é menos efetivo na inativação de vírus, cistos e coliformes totais. Auxilia no controle de odor, cor e sabor Óxidos de ferro, magnésio e outros componentes inorgânicos consome o desinfetante Oxida vários componentes orgânicos que também consome o desinfetante VANTAGENS DESVANTAGENS Não Permite Formação de Subprodutos Custo Alta Eficiência Necessidade de Reestruturação de Infraestrutura Não é Tóxico Para os Empregados Uso de Grandes Áreas Não Necessita de Transporte Necessita de Adição de Desinfetante Residual Rápida Ação de Descontaminação Tabela 4. Vantagens e Desvantagens da Ozonização Vantagens Desvantagens Não Permite Formação de Subprodutos Custo Alta Eficiência Curta Meia Vida Auto Decomposição em Oxigênio Baixa Solubilidade Em Água Necessita de Adição de Desinfetante Residual Fonte: Autor Ao estudarmos a aplicação no âmbito da área de estudo, observando a topografia local e acima de tudo as características físico-químicas presentes na água atualmente captada na 31 UFRN (anexos A, B, C, D e E), podemos observar que qualquer método ou tecnologia poderia ser adaptável a realidade local, entretanto o que recorrentemente acontece é a impossibilidade financeira e acima de tudo operacional de determinadas técnicas de desinfecção. Ademais tecnologias que ainda são protótipos e que não são seguramente comprovadas e levadas a pesquisa em exaustão, foram desconsideradas, pois são incapazes de satisfazer todos os critérios de segurança necessários. Estudando-se assim na fase II a água do campus central analisada laboratorialmente justamente para se obter as características físico-químicas, obtida in loco por técnicos habilitados, foi-se constatado nos relatórios quanto a saída do poço apresenta características muito positivas e de qualidade singular, como podemos ver nas análises dos Anexos A, B, C, D, E, e compararmos com a tabela abaixo Tabela 5 – Tabela padrão de Pré-Desinfecção Tratamento de água VMP (Valor Máximo Permissível) Desinfecção (Águas Subterrâneas) 1,0 uT em 95% das Amostras Filtração rápida 0,5 uT em 95% das Amostras Filtração lenta 1,0 uT em 95% das Amostras Fonte: Ministério da Saúde (2017) Pode ocorrer ainda a presença de microorganismos patogênicos por falta de contato mínimo muitas vezes correlacionado com o aumento da vazão e da necessidade de uma determinada área do campus de maior demanda, o que torna o sistema deficiente pois o controle de disseminação do cloro é realizado de forma manual, este é o empecilho mais recorrente pois a automatização do processo atual tornaria o mesmo mais eficiente e até mais econômico tendo em vista o gasto que naturalmente está sendo praticado na tentativa de manter os parâmetros estabelecidos por norma e pela ineficiência que tem o sistema atual, observando também que é um sistema que tem apresentado algumas deficiências de maneira geral nos relatórios obtidos no controle de coliformes na saída da água para distribuição a população do campus. Quando aprofundamos na fase III, na qual há o estudo da análise de riscos inerentes a cada uma das tecnologias estudadas na Lista 1 como alternativas temos a criação de análises de risco, através de ferramentas de sistemas de gestão integrada aliados há um histórico de gestão de riscos inerentes as atividades, observando múltiplos artigos e estudos semelhantes em estações de tratamento distintas para que cada método selecionado seja amplamente dissecado para resguardar vidas e o meio ambiente. 32 Além disso pode-se ter um plano de ação configurativo e adaptável destinado a enfrentar tais possíveis adversidades para a alternativa de desinfecção selecionada, como no ilustrado na Figura 8 e nos Apêndices A, B, D, C, E. Ao analisar tais matrizes de risco consegue-se compreender quais as principais falhas operacionais que por ventura podem ocorrer se houver uma decisão por tal tecnologia além do que a necessidade de se ter um estudo técnico com profissionais de Segurança no Trabalho que possam abranger o maior número de riscos possíveis permitirá se ter ações de caráter preventivo e corretivo, que são fundamentais na implantação de um mecanismo de desinfecção novo, uma vez que irá assegurar ao operador e a equipe do campus uma maior tranquilidade durante a operacionalidade.Por fim neste presente trabalho houve uma sugestão de tecnologia, motivada dentre muitos fatores com a análise de risco que obtivesse menores problemas, tais como grau de severidade e impacto menor, e acima de tudo com probabilidades reduzidas de que ocorressem. Dessa maneira a UFRN teria um maior alívio ao destinar recursos humanos e financeiros a sugestão proposta a desinfecção. Figura 8. Exemplo Utilizado de Análise de Risco de Análise de Risco de Bombas Dosadoras Por Motor A Passo Bombas Dosadoras Por Motor A Passo 33 Fonte: Autor 34 As Fases IV, V e VI foram organizadas de uma maneira conjunta os pesos e atributos foram definidos como consta na Tabela 6, e o juízo de valor bem como estudos semelhantes de matriz de Gravidade, Urgência e Tendência nortearam tal definição. Estas informações foram compiladas e organizadas analisando as características financeiras e os custos correlacionados com os diferentes métodos de desinfecção, comparou- se todas para a formação de dados que embasaram, a Tabela 7, que é a Matriz GUT, onde está matriz, bem como a escolha por uma das alternativas a desinfecção do campus central de forma objetiva e assertiva. Tabela 6. Definição de Pesos Fonte: Próprio Autor 35 Tabela 6: Matriz GUT Aspectos Abordados Técnicas de Desinfecção Teor de Residual na Rede de Abastecime nto Acessibilida de Da Manutençã o Cust o Probabilida de de Falha Risco á Saúde do Operad or Recursos Necessári os Eficiênc ia Resulta do Final Peso X Nota (Σ) Peso (Importância) 5 3 5 2 1 5 3 -- Cloração Manual (Método Atual) 2 4 3 1 2 3 2 62 Ozonização 1 2 3 4 1 3 2 56 Radiação Ultravioleta 1 3 1 3 5 4 4 62 Gerador In loco (Salmoura) 5 5 4 4 5 4 3 102 Bombas Dosadoras Eletromagnéti cas 5 3 3 3 5 3 3 84 Bombas Dosadoras Motor de Passo 5 5 4 5 5 3 5 105 Desinfecção Por Cloro Gás (Terceirização ) 4 3 5 3 2 4 4 94 Fonte: Próprio Autor Para a realização da matriz GUT leva-se em consideração que a linha de Pesos foi determinada como o grau de importância definido para cada um dos aspectos considerados no estudo desta matriz sendo esta importância definida pelo Departamento de Meio Ambiente do Setor de Infraestrutura da UFRN. Dessa forma fica evidente que Residual de Cloro na Rede de Abastecimento, Custo e Recursos Necessários tem uma maior relevância para a realidade do Campus Central do que a Probabilidade de Falhas da Técnica, por exemplo, tendo em vista que o Campus Central possui 6 poços e, portanto, a falha de um não compromete de forma crítica o abastecimento total do campus. Com isso analisando com base na Matriz GUT realizada podemos separar cada uma das técnicas em pontuações que forneceram dados substanciais para a sugestão de uma técnica. 1. Cloração Manual (Método Atual): Esta Técnica atualmente é a utilizada para a Desinfecção do campus central, a mesma tem o teor de residual de cloro na rede de abastecimento baixo, o que tem ocasionado presença de microrganismos na água. É um sistema de baixa eficiência e controle, o custo acaba sendo razoável uma vez que 36 sua baixa eficiência permite baixo uso do produto desinfetante, sua probabilidade de falha acaba sendo altíssima por ser mecânica e sem controle. Por sua vez, o risco a saúde do operador é relativamente baixo uma vez que o uso do produto desinfetante é em formato sólido, não tóxico, apesar da vulnerabilidade no fato da injeção do cloro ser de forma manual, por fim o Resultado Final demonstra que esta técnica tem um “Score” baixo em comparação com outras tecnologias o que demonstra não ser o método adequado para a situação atual. 2. Ozonização: Incialmente podemos constatar que o Teor Residual necessário para a rede de abastecimento terá que ser aplicado de outra forma além desta técnica de desinfecção, o que indica uma negativa característica desta tecnologia, não obstante o risco a saúde do trabalhador é levado em consideração e com isso o Resultado Final acaba sendo o pior entre todas as tecnologias analisadas. 3. Radiação Ultravioleta: Analisando a incapacidade de produzir Teor Residual para a rede de abastecimento, a radiação UV, assim como a ozonização necessita de aplicação de cloro como residual o que por si dificulta sobremaneira a adoção desta técnica. Ademais o custo de implementação é elevado tanto na fase de construção como na fase de operação, o que derruba o seu Resultado Final, tornando esta alternativa inviável. 4. Gerador In Loco (Salmoura): Como alternativa seu Teor de Residual na Rede de Abastecimento é excelente pois mantém alta desinfecção na rede, como observado durante o referencial teórico. Sua Acessibilidade da Manutenção também é superior em comparação com as demais técnicas e apesar do Custo de Implementação ser relativamente alto, o custo de operação de todas as alternativas é a menor o que justifica o seu ótimo custo-benefício, quanto a Probabilidade de Falha, Risco à Saúde do Operador e Recursos Necessários os valores são similares o que demonstra equilíbrio tanto na segurança como na disponibilidade da matéria prima, quanto a Eficiência é o ponto fraco da alternativa, pois algumas estações de tratamento de água que fazem uso desta técnica, tem apontado que o produto desinfetante gerado tem causado danos (incrustação) as estruturas de abastecimento, e a comprovação cientifica de sua eficiência ainda é muito prematura, tornando necessário a realização de um estudo mais aprofundado a distintas realidades climáticas. No geral o Resultado Final demonstra que esta alternativa é excelente e pode ser uma segunda opção para o tratamento da água a ser distribuída na UFRN. 37 5. Bombas Dosadoras Eletromagnéticas: Analisando a Matriz GUT, a alternativa em questão possui Teor de Residual na Rede de Abastecimento e Risco à Saúde do Operador com notas bem elevadas tendo em vista que sua operacionalização é simples, bem como sua manutenção, e devido ao fato do produto desinfetante ser o cloro líquido e o equipamento possuir pleno controle na disseminação deste produto ao longo da rede de distribuição. Entretanto os demais aspectos abordados tiveram notas regulares que no geral foram incapazes de elevar tal técnica ao patamar de principal alternativa, isto porque sua eficiência está conectada a rotineira manutenção, pois o equipamento tem como ponto negativo a descalibração e o custo assim eleva-se sensivelmente quando comparado com outras técnicas que não necessitam de tal acompanhamento. Dessa maneira o Resultado Final de tal técnica de desinfecção obtém um valor mediano e pode ser considerado ainda que de forma remota uma alternativa emergencial. 6. Bombas Dosadoras Motor de Passo : A alternativa em questão pode ser considerada a tecnologia mais moderna e atualmente adotada em ETA no Brasil, quando comparada com as demais técnicas de desinfecção a mesma apresenta vantagem em quase todos os aspectos com exceção dos Recursos Necessários que por se assemelhar com a técnica de desinfecção por bombas dosadoras eletromagnéticas utiliza o mesmo produto, o cloro liquido, que possui uma certa dificuldade de ser comprado e normalmente necessita de diluição, o que torna um ponto dificultador, podemos colocar que esta alternativa de desinfecção é o aprimoramento da anterior. Com isso torna-se assertivo admitir que tal tecnologia é a sugestão mais concreta baseada acima de tudo no Resultado Final que a aponta acima de todas as demais em comparativo. 7. Desinfecção Por Cloro Gás (Terceirização): Está que foi a última alternativa apontada para o processo de desinfecção do campus central já é utilizada na desinfecção da Estação de Tratamento de Esgoto do Campus e com isso existe ainda a possibilidade de ocorrer a extensão do vínculo com aempresa terceirizada responsável pela desinfecção atual, o custo de tal técnica é inigualável, além do fato da terceirização permitir uma série de benefícios, entretanto está tecnologia não pode ser apontada como alternativa principal pois o Risco à Saúde do Operador é altíssimo o que torna bastante desvantajoso sob o ponto de vista social e ambiental. De forma geral o Resultado Final reflete uma leve desvantagem quando comparada com a técnica anterior, mas que ainda é bastante válida como segunda opção e a 38 depender do estudo financeiro, logístico e administrativo da UFRN pode ser a alternativa selecionada. Deste modo houve assim a proposição da alternativa a desinfecção orientada a utilização de Bombas Dosadoras de Motor a Passo, está técnica se mostrou a mais eficiente de maneira geral em todos os estudos e pesquisas realizadas, a sua pontuação na Matriz GUT permitiu o maior resultado comparativo e não obstante tal tecnologia já se encontra em utilização e tem sua eficácia comprovada, obviamente que uma licitação deverá acontecer para a melhor escolha da representante possível, mas analisando sob o estudo que foi realizado ao longo de todo o trabalho de conclusão de curso, está técnica que utiliza como produto o cloro em formato líquido se mostrou a mais vantajosa. Por fim destaca-se ainda que em caso de dificuldade na seleção de tal tecnologia por algum motivo externo, ainda há duas técnicas de desinfecção que obtiveram bons resultados a Desinfecção por Cloro Gás e Gerador de Cloro (Salmoura) foram competitivamente bem vantajosas quando comparadas com as demais, ambas as técnicas se mostraram também bastante interessantes como 2ª Opção e 3ª Opção, tendo em vista que é proveitoso ter alternativas auxiliares para quaisquer eventualidades. 5.CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma vez que atualmente o Campus Central da UFRN apresenta em seu método de desinfecção desacordo com o padrão de potabilidade para coliformes termotolerantes. Portanto, faz-se necessário ajustes no método atual ou alteração da desinfecção vigente para a melhoria na qualidade da água distribuída do Campus. Os resultados obtidos foram alcançados com a utilização de Matriz de Gravidade x Urgência x Tendência, e considerando também múltiplos aspectos com análise de risco e financeira, comparando de maneira sintetizada as diferentes de forma assertiva e de fácil replicação. Estes resultados permitem concluir que existe uma forte recomendação na alteração do sistema atual de desinfecção da água adotado pelo Campus Central da UFRN pelo sistema de cloração por Bombas Dosadoras de Motor de Passo ou Gerador In Loco (Salmoura), ambos são capazes de atender a demanda populacional do campus e possuem gastos baixos quanto a manutenção, ademais ambas as técnicas são capazes de se adaptar a realidade social e financeira do campus, e também é capaz de se desenvolver tecnologicamente ao longo dos anos tornando- se assim uma alternativa de vida útil longa. 39 Este trabalho tem por guia a experiência prática do autor no Departamento de Infraestrutura da UFRN e, portanto, o mesmo utilizou-se da realidade tácita financeira e humana que vive atualmente a Universidade Federal do Rio Grande do Norte bem como munindo-se de conhecimentos de sistemas de gestão integrada e administrativa que sustentam uma melhor tomada de decisão. Por fim o presente trabalho de conclusão de curso pretende colaborar de forma parceira com demais estudos científicos focados em sistemas de desinfecção ao abastecimento de águas em Universidades no Brasil e no Mundo, dado que a desinfecção é um processo obrigatório e imprescindível para o abastecimento de água para consumo humano, sejam as estações de tratamento convencional ou de captação subterrânea, o desenvolvimento de novos estudos permitiu a evolução continua dessa etapa. 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Comitê Brasileiro de Construção Civil. NBR 12244/2006. Construção de poço para captação de água subterrânea, Rio de Janeiro, RJ, p. 1-10, 1989. AGOSTINHO, L. C. L. et al. MODELAGEM TERMOQUÍMICA DA DESINFECÇÃO POR CLORO GASOSO. TECNO-LÓGICA, Campina Grande – PB, ano 2, v. 13, n. 2, p. 86-92, 9 nov. 2009. DOI http://dx.doi.org/10.17058/tecnolog.v13i2.991. AGUIAR, ALEX M.S et al. 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DF. 44 APÊNDICES APÊNDICE A Análise de Risco de Bomba Dosadora Eletromagnética C o d Sever idade Descri ção Probab ilidade Imp acto Desc rição Cate goria Ação Desc rição da Ação Respo nsável Prev isão Sta tus Come ntários 1 12 Equipa mento Descali brado 4 - Alta 3 - Mé dia -- Técn ica Preve ntiva -- ---- -- -- -- 2 6 Pane Elétric a 2 - Baixa 3 - Mé dia -- Exte rna Corre tiva -- -- -- -- -- 3 15 Colmat ação de Dutos 3 - Médio 5 - Gra ve -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 4 10 Quebra de Compo nentes Interno s 2 - Baixa 5 - Gra ve -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 5 9 Falha do Operad or 3 - Médio 3 - Mé dia -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 6 3 Falha Operac ional 3 - Médio 1 - Lev e -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- APÊNDICE B Análise de Risco da Ozonização C o d Sever idade Descri ção Probab ilidade Imp acto Desc rição Cate goria Ação Desc rição da Ação Respo nsável Prev isão Sta tus Come ntários 1 12 Hiper Dosage m 4 - Alta 3 - Mé dia -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 2 2 Falha Operac ional 2 - Baixa 1 - Lev e -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 3 10 Perda de Eficiên 2 - Baixa 5 - Gra ve -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 45 cia Geral 4 10 Quebra de Compo nentes Interno s 2 - Baixa 5 - Gra ve -- Técn ica Corre tiva -- -- -- -- -- APÊNDICE C Análise de Risco da Radiação Ultravioleta C o d Sever idade Descriç ão Probab ilidade Imp acto Desc rição Cate goria Ação Desc rição da Ação Respo nsável Prev isão Sta tus Come ntários 1 Falha Operac ional 2 - Baixa 1 - Lev e -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 2 Queim a de Lâmpa das de Mercúr io 2 - Baixa 3 - Mé dia -- Técn ica Corre tiva -- -- -- -- -- 3 Perda de Eficiên cia de Equipa mentos 3 - Média -- Técn ica Corre tiva -- -- -- -- -- 4 Quebra de Compo nentes Interno s 2 - Baixa 5 - Gra ve -- Técn ica Corre tiva -- -- -- -- -- 5 Pane Elétrica 3 - Média 3 - Mé dia -- Exte rna Corre tiva -- -- -- -- -- APÊNDICE D Análise de Risco de Desinfecção Por Cloro Gás C o d Sever idade Descriç ão Probab ilidade Imp acto Desc rição Cate goria Ação Desc rição da Ação Respo nsável Prev isão Sta tus Come ntários 46 1 1 Equipa mento Defeitu oso 1 - Leve 1 - Lev e -- Técn ica Corre tiva -- -- -- -- -- 2 3 Falha Operaci onal 3 - Média 1 - Lev e -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 3 15 Contam inação dos Operad ores 3 - Média 5 - Gra ve -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 4 10 Dosage m Excessi va 2 - Baixa 5 - Gra ve -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 5 25 Presenç a de Matéria Orgâni ca 5 - Grave 5 - Gra ve -- Exte rna Corre tiva -- -- -- -- -- APÊNDICE E Análisede Risco da Desinfecção Por Gerador in Loco C o d Sever idade Descriç ão Probab ilidade Imp acto Desc rição Cate goria Ação Desc rição da Ação Respo nsável Prev isão Sta tus Come ntários 1 6 Equipa mento Descali brado 2 - Baixa 3 - Mé dia -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 2 6 Pane Elétrica 2 - Baixa 3 - Mé dia -- Exte rna Corre tiva -- -- -- -- -- 3 9 Uso Excessi vo de Sal 3 - Média 3 - Mé dia -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 4 5 Manute nção Neglige nciada 1 - Leve 5 - Gra ve -- Técn ica Preve ntiva -- -- -- -- -- 5 3 Falha Operaci onal 1 - Leve 3 - Mé dia -- Técn ica Corre tiva -- -- -- -- -- 47 ANEXOS Anexo A Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) 48 Anexo B 49 Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) Anexo C 50 Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) Anexo D 51 Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017) Anexo E Fonte: (CENTRAL ANALÍTICA, 2017)