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ARTIGOS 218 A 229, CÓDIGO PENAL

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DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL 
PROF. RENATA MACEDO DE SOUZA
ARTIGOS 218 A 229, CÓDIGO PENAL 
INDUÇÃO DE MENOR DE CATORZE ANOS A SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM OU
MEDIAÇÃO DE VULNERÁVEL PARA SERVIR À LASCÍVIA DE OUTREM ou CORRUPÇÃO DE 
MENOR
ART. 218, CÓDIGO PENAL.
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa; SUJEITO PASSIVO: a pessoa menor de 14 anos;
OBJETO JURÍDICO: a proteção à liberdade sexual
OBJETO MATERIAL: a pessoa menor de 14 anos induzida à satisfação da lascívia de outrem;
TIPICIDADE OBJETIVA: Podem ser usados vários meios , como palavras, publicações,
representações, fotografias, exibições lascivas e obscenas, desde que idôneos à persuasão.
Também ocorre por intermédio da prática de qualquer ação que objetive o prazer sexual,
abrangendo a própria conjunção carnal ou ato libidinoso. O agente busca persuadir e convencer a
vítima a satisfazer a lascívia de outrem, visando incutir em seu espírito hábitos e práticas sensuais.
TIPO SUBJETIVO: o dolo.
CONSUMAÇÃO: com o induzimento da vítima a satisfazer a lascívia de outrem;
TENTATIVA: admissível, mas de difícil configuração.
AÇÃO PENAL: ação pública incondicionada
SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE – ART.
218-A, CP
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa; SUJEITO PASSIVO: pessoa do gênero masculino ou feminino,
desde que menor de catorze anos;
BEM JURÍDICO PROTEGIDO: a liberdade, dignidade sexual em sentido amplo dos menores de
catorze anos;
TIPO OBJETIVO: tipifica-se a conduta daquele que pratica na presença de menor de 14 anos ou induz
que esse menor presencie a prática de qualquer ato que vise à satisfação sexual alheia ou própria.
Busca o agente despertar na vítima o desejo ou libido, não é necessário a prática com a vítima, basta
que o sujeito passivo presencie qualquer ação de cunho sexual.
TIPO SUBJETIVO: o dolo;
CONSUMAÇÃO: com a prática ou com o induzimento do menor a presenciar a conjunção carnal ou
outro ato libidinoso.
TENTATIVA: é admissível.
OBSERVAÇÕES:
• Os termos presença e presenciar não significam proximidade física, podendo o
delito ser praticado por meio da internet, por filme pornográfico ou outro meio
permissivo para atingir a captação das imagens pelo menor;
• O crime em estudo não se confunde com o crime previsto no art. 241-D, da Lei
n.º 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Nesta figura, o acesso da
criança ao material pornográfico destina-se a convencê-la a com o agente
praticar qualquer ato libidinoso;
• O tipo penal apresenta somente núcleo induzir descrito no tipo penal, por
interpretação extensiva, deve-se incluir a instigação e o auxílio, formas
similares de participação.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE 
CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU DE VULNERÁVEL –ART. 218-B, CÓDIGO PENAL.
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa;
SUJEITO PASSIVO: indivíduo do gênero masculino ou feminino, desde que vulnerável;
BEM JURÍDICO PROTEGIDO: a liberdade, dignidade sexual em sentido amplo dos menores de
catorze anos;
TIPO OBJETIVO: a conduta do sujeito ativo não é somente em levar a vítima a submeter-se à
prostituição como também a praticar outros atos que, apesar de não serem típicos da prostituição,
fomentam o desejo de terceiro, como despir-se sob a forma de strip tease, servir bebidas utilizando
trajes provocantes, etc. Incide nas mesmas penas do artigo em estudo quem pratica conjunção
carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 anos e maior de 14 anos na situação descrita
no caput, bem como o proprietário, o gerente ou responsável pelo local.
TIPO SUBJETIVO: o dolo ,consistente no especial fim de satisfazer a lascívia alheia.
CONSUMAÇÃO: nas modalidades de induzir, atrair e facilitar, quando a
vítima se insere no estado de prostituição, não sendo necessário o
efetivo comércio do corpo, bastando a prática de atos inequívocos nesse
sentido.
Nas modalidades impedir ou dificultar dá-se a consumação quando a
vítima, após se conscientizar da necessidade de cessar a atividade, é
impedida ou dificultada pelo agente de concretizar o abandono e
continua a se prostituir.
TENTATIVA: é admissível;
AÇÃO PENAL: ação pública incondicionada.
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO OU DE CENA DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, 
DE CENA DE SEXO OU DE PORNOGRAFIA – ART. 218-C, CÓDIGO PENAL.
SUJEITO ATIVO: pode ser praticado por qualquer pessoa (homem ou mulher).
O agente que divulgou o vídeo não precisa ter sido o mesmo indivíduo que participou ou
filmou o ato. Se for a mesma pessoa, poderá haver concurso de crimes.
Ex: imagine que o indivíduo praticou o estupro e filmou o ato. Em seguida, ele divulgou o
vídeo na web. Neste caso, ele terá praticado dois delitos em concurso material: estupro e o
crime do art. 218-C do CP.
SUJEITO PASSIVO: A vítima deste crime é a pessoa que aparece na fotografia ou no vídeo.
O delito pode ser praticado contra qualquer pessoa (homem ou mulher).
BEM JURÍDICO PROTEGIDO: a liberdade, dignidade sexual.
TIPO OBJETIVO: o agente divulga uma fotografia ou vídeo que contém uma cena
de estupro (relação sexual sem consentimento) ou uma cena que faça apologia
ou induza a prática de estupro. Ex: agente divulga na internet vídeo no qual um
homem mantém relação sexual com uma mulher que, por estar completamente
embriagada, não tinha o necessário discernimento para a prática do ato nem
podia oferecer resistência.
Na segunda parte do tipo em comento, Aqui não tem nada a ver com estupro,
mas o agente divulga uma fotografia ou vídeo que contém uma cena de sexo
(consensual), nudez ou pornografia. A divulgação é feita sem o consentimento da
pessoa que aparece na fotografia ou vídeo. Ex: Isabela e Ricardo são namorados
e costumam filmar alguns atos sexuais que praticam. Isabela termina o
relacionamento e Ricardo, como forma de vingança, divulga os vídeos em um site
pornográfico na internet.
TIPO SUBJETIVO: na forma dolosa;
CONSUMAÇÃO: ocorre no momento em que o agente pratica
qualquer dos verbos ali descritos, ou seja, oferece, troca,
disponibiliza, transmite, vende, expõe à venda, distribui, publica
ou divulga.
TENTATIVA: na teoria, é possível. Isso porque se trata de
crime plurissubsistente.
Crime plurissubsistente é aquele no qual a execução pode ser
fracionada em vários atos.
AÇÃO PENAL: ação penal pública incondicionada.
OBSERVAÇÕES
• Para a configuração do art. 218-C do CP não interessa a forma como o agente obteve a fotografia ou vídeo.
Haverá o delito tanto no caso em que o agente recebeu a mídia da própria vítima, ex: mulher enviou ao seu
então namorado uma fotografia sua despida; como também na hipótese em que o sujeito a obteve
clandestinamente, ex: invadiu o computador da vítima e dali extraiu o vídeo.
• Vale ressaltar, no entanto, que se o agente obteve a mídia invadindo um dispositivo informático e depois
repassou as fotografias/vídeos, neste caso ele responderá por dois delitos em concurso material (art. 154-A e
art. 218-C do CP).
• "Se o ato não constitui crime mais grave“: há uma subsidiariedade expressa no preceito secundário do art. 218-
C do CP. Isso significa que, se a conduta praticada puder se enquadrar em um delito mais grave, não será o
crime do art. 218-C do CP.
• Pessoas que recebem a fotografia ou vídeo não cometem o crime: esta conduta de receber a fotografia/vídeo e
salvá-lo não se amolda em nenhum dos núcleos do tipo que são os seguintes: "oferecer, trocar, disponibilizar,
transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar". Vale ressaltar, no entanto, que se um dos
membros do grupo incentivou que o ex-namorado enviasse as fotos/vídeos, ele poderá responder pelo crime na
qualidade de partícipe.
Diferença entre o art. 218-C do CP e os arts. 241 e 241-A do ECA
•Se a cena de sexo explícito ou pornográfica envolver criança ou adolescente: a situação se 
enquadrará nos arts. 241 e 241-Ado ECA.
• Se a cena de sexo explícito ou pornográfica envolver adulto: o crime será o do art. 218-C do CP.
Desse modo, quandoo art. 218-C fala em fotografia ou vídeo que contenha cena "de estupro de 
vulnerável", o que ele está se referindo é à situação prevista no §1º do art. 217-A do CP:
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que,
por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Em suma:
•Se a cena envolve vulnerável que seja criança ou adolescente, a situação se enquadrará nos arts. 
241 e 241-A do ECA.
• Se a cena envolve vulnerável que não seja criança ou adolescente, o crime será o do art. 218-C do
CP.
CAPÍTULO V - DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU 
OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
MEDIAÇÃO PARA SERVIR A LASCÍVIA DE OUTREM –ART. 227, CÓDIGO PENAL
BEM JURIDICO TUTELADO: a liberdade sexual e integridade física das pessoas;
SUJEITOS:Ativo – qualquer pessoa, que não o destinatário do lenocínio; passivo – qualquer pessoa.
TIPO OBJETIVO: trata do lenocínio simples que consiste em induzir alguém a satisfazer a lascívia
de outrem. Induzir é persuadir, aliciar, levar a vítima a satisfazer a lascívia alheia: o sujeito ativo,
também conhecido como proxeneta, convence o ofendido, por qualquer meio, a submeter-se ou a
praticar atos de libidinagem com terceira pessoa. Lascívia, elemento normativo extrajurídico do tipo
de injusto, é sinônimo de sensualidade e luxúria.
Proxenetismo, engloba as condutas de mediação para servir à lascívia de outrem, favorecimento à
prostituição e manutenção de casas de prostituição, o sujeito ativo é conhecido como proxeneta.
TIPO SUBJETIVO: o dolo é o elemento do injusto, consistente de satisfazer a lascívia de outrem, pela indução
do sujeito passivo à corrupção e o elemento subjetivo do injusto.
CONSUMAÇÃO: ocorre com a prática do ato libidinoso, que conduz à satisfação da lascívia alheia. Logo,
quando a vítima vem a praticar, de modo efetivo, os atos libidinosos com o destinatário do lenocínio,
independentemente de que este venha a alcançar a ejaculação ou orgasmo. Não deve ser afastada a hipótese
de a vítima praticar esses atos com o próprio agente, desde que contemplados pelo terceiro.
TENTATIVA: quando a vítima, apesar de plenamente convencida pelo proxeneta a satisfazer a lascívia alheia,
não concretiza o ato libidinoso, por circunstâncias alheias a vontade do agente e do próprio terceiro.
FORMAS QUALIFICADAS: Art. 227, § 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou
se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a
quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda; 2º - Se o crime é cometido com
emprego de violência, grave ameaça ou fraude; § 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
também multa, neste último conhecido como lenocínio mercenário ou questuário.
AÇÃO PENAL: ação pública incondicionada.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL – ART. 228, CÓDIGO
PENAL.
BEM JURÍDICO TUTELADO: a liberdade sexual e integridade física das pessoas, acompanhada do especial
interesse de obstaculizar o incentivo e a proliferação da prostituição, reveste-se das características da
indeterminação do número de pessoas e da habitualidade da prática dos atos de libidinagem.
SUJEITOS: Ativo e passivo – qualquer pessoa;
TIPO OBJETIVO: o agente, neste tipo penal em análise, vai além e convence o sujeito passivo a se enveredar
pelo grau máximo da corrupção moral sexual, entregando-se à prostituição. Na ação de induzir, o agente
ardilosamente vai enfraquecendo os freios inibitórios da vítima, persuadi-la a praticar a atividade. No ato de atrair,
vemos similitude com a ação de induzir, enriquecida apenas do detalhe de que neste caso o agente já se
encontra no ambiente ou meio da prostituição. Na conduta de impedir que alguém abandone a prostituição, o
proxeneta impele ação obstativa à recuperação moral da vítima, pelo notório interesse que tem em continuar a
explorá-la, utilizando vários métodos persuasivos, como a argumentação de débitos impagáveis.
Prostituição, elemento normativo extrajurídico, consiste n o exercício habitual do comercio do próprio corpo para
satisfação sexual de número indeterminado de pessoas.
TIPO SUBJETIVO: o dolo com o fim especial de satisfazer a lascívia alheia através de quaisquer
ações descritas no tipo.
CONSUMAÇÃO: nas modalidades de induzir, atrair e facilitar, quando a vítima se insere no estado de
prostituição. Nas modalidades impedir ou dificultar dá-se a consumação quando a vítima, após se
conscientizar da necessidade de cessar a atividade, é impedida ou dificultada pelo agente de
concretizar o abandono e continua a se prostituir.
TENTATIVA: nas três primeiras condutas, pode-se configurar quando, apesar dos esforços do agente,
a vítima não se insere no estado de prostituição. Nas últimas, quando, apesar da ação do agente, a
vítima efetivamente abandona a atividade.
FORMAS QUALIFICADAS: Art. 228, § 1º - Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão,
enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu,
por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; § 2º - Se o crime, é cometido com
emprego de violência, grave ameaça ou fraude; § 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-
se também multa.
AÇÃO PENAL: ação penal pública incondicionada.
ESTABELECIMENTO PARA EXPLORAÇÃO SEXUAL –ART. 229, CÓDIGO PENAL
Não trata a lei de qualquer local destinado a encontros para fins libidinosos, como antes da
modificação trazida pela Lei n.º 12.015/2009, mas apenas aquelas casas nas quais existam
pessoas que sejam de fato vítima de exploração sexual.
BEM JURÍDICO TUTELADO: o interesse social, no especial para evitar o fomento e
disseminação de todas as formas de lenocínio. Indiretamente, protege-se a liberdade sexual
em sentido amplo.
SUJEITOS:
Ativo – qualquer pessoa; 
Passivo – a coletividade como um todo, além das prostitutas que moram no
estabelecimento ou que a ele se dirigem. As pessoas do gênero masculino também podem
aparecer como vítimas.
TIPO OBJETIVO: o núcleo do tipo, expresso pelo verbo manter, que significa conservar,
sustentar, prover, no sentido de continuidade, exige o requisito da habitualidade, o que
pressupõe atividade reiterada para a caracterização do crime, podendo o agente ser preso
em flagrante delito. Não é necessária qualquer finalidade especial de lucro.
O estabelecimento onde ocorra exploração sexual é elemento normativo extrajurídico, é o
local ou qualquer espaço no qual alguém permaneça à espera dos clientes, bem como
moradia, à qual a pessoa apenas comparece em horário determinado para prática sexual.
TIPO SUBJETIVO: o dolo, consistente na consciência e vontade deliberadas de manter o
estabelecimento em que ocorra a exploração sexual.
CONSUMAÇÃO: ocorre com a manutenção do estabelecimento em que se promove a
exploração sexual, habitualidade.
TENTATIVA: inadmissível, crime habitual.
AÇÃO PENAL: ação pública incondicionada.

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