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PAPER INFANCIA E SUAS LINGUAGENS

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11
A PINTURA COMO FORMA DE LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Celeste Valente dos Santos ¹
Mirtes Jad Saraiva de Macedo Bogea¹
Rita de Cassia Fontoura Sarmento ¹
Rosiane Ayres ¹
Roseane Santos e Silva¹
Elizangela Barros ²
	
RESUMO
Esta produção acadêmica tem como tema “A pintura como forma de linguagem na educação infantil”. De acordo com a temática nossos objetivos são compreender os benefícios da pintura na educação infantil, discutir a pintura como processo de linguagem na educação infantil e expor a pintura como processo de ensino e aprendizagem. Esta produção acadêmica tem por finalidade apresentar de que forma a criança se expressa, a criança se utiliza de variadas formas de interação e linguagem que podem ser físicas ou orais, no entanto este trabalho delimitou uma forma dessas linguagens, a importância da pintura como forma de linguagem na educação infantil. Este trabalho encontra-se numa estrutura de pesquisa bibliográfica. A pintura na Educação Infantil tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança, pelas possibilidades de proporcionar uma diversidade criativa, através de atividades nas quais elas possam descobrir várias formas de se expressar pela arte, construindo conceitos e ideias sobre o pintar. 
Palavras-chave: Infância e suas linguagens. Pintura. Educação Infantil. 
1.	INTRODUÇÃO
Este trabalho está voltado para uma reflexão acerca das diferentes formas de linguagens da criança que necessita serem estimuladas dentro de sala de aula, quando se fala em educação infantil, o entendimento em relação a suas expressões é bem mais complexo, a criança nesta fase se relaciona e se comunica de maneira rudimentar, gestos, barulhos, comportamentos, fazem com que ela tente de alguma forma expor algo que naquele momento seria de seu interesse. Nesse viés, o presente trabalho que, possui como tema geral: infância e suas linguagens, delimita-se como tema especifico “a pintura como forma de linguagem na educação infantil”.
Quando as crianças começam a explorar seus talentos e especialidades, uma das áreas em que alguns podem se destacar é a pintura. Mesmo que a pintura possa não ser a xícara de chá de todas as crianças, com certeza tem benefícios que o aluno pode ter, como a comunicação. A pintura ajuda as crianças a adquirir a coordenação óculo-manual, uma habilidade importante em sua idade. Isso é desenvolvido enquanto elas aprendem a pintar as partes que veem. A pintura ajuda a criança a desenvolver habilidades de mobilidade. Seus músculos das mãos estão sendo usados, o que lhes permite um escopo de desenvolvimento mental e físico. A pintura ajuda as crianças a adquirir habilidades sobre como se concentrar em detalhes triviais, pintar em uma tela ou em um pedaço de papel requer habilidades de pintura variadas.
De acordo com a temática nossos objetivos são compreender os benefícios da pintura na educação infantil, discutir a pintura como processo de linguagem na educação infantil e expor a pintura como processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, vale ressaltar a pesquisa qualitativa como forma de evidenciar os interesses sociais, através de abordagens dotadas de técnicas voltadas para a construção da realidade.
Esta pesquisa foi baseada em levantamentos de artigos, livros e textos de origem física e digital como por exemplo o material de metodologia cientifica fornecido pela instituição, nesta pesquisa buscamos fontes teóricas em autores que foram de suma importância para este desenvolvimento teórico. Esta pesquisa se realizará através da abordagem qualitativa, a qual defende uma visão holística dos fenômenos, isto é, que leve em conta todos os componentes de uma situação em suas interações e influências recíprocas, tendo como base os métodos não probabilístico, exploratório e dialético, visando obter resultados que buscam a compreensão desta realidade a fim de contribuir com posteriores pesquisas a serem realizadas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A EXPRESSÃO ARTÍSTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação infantil é muito importante para o desenvolvimento educacional pleno das crianças, uma vez que é tida como a preparação para o ingresso ao ensino regular. Sendo assim, neste momento cabe às pedagogas permitirem as crianças que experimentem um modo de aprendizado diferenciado, mais pautado em atividades recreativas, lúdicas, que permitam que as crianças desenvolvam suas habilidades de um modo descompromissado, desconstruído. (MORAIS, 2016).
Não há como contestar a contribuição expressiva da ludicidade no desenvolvimento de recursos cognitivos e afetivos, que favorecem o raciocínio, a decisão, a criatividade. Ao conviver com os momentos de brincadeiras de caráter significativo, o aluno socializa-se emotivamente e afetivamente e utiliza-se de potencial que já lhe pertence e que só precisa ser instigado para sua execução. O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para o aluno, sendo sua prática favorável ao bem-estar físico e mental. A participação do aluno em jogos e brincadeiras contribui para a formação de atitudes sociais, através da qual ele cultiva a responsabilidade, a iniciativa pessoal e grupal, além de fazê-lo entender o momento certo de fortalecer suas ações e de conter suas reações, frente à atividade lúdica que está participando. A atividade lúdica em sala de aula é favorável também para o aluno desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, já que através de jogos e brincadeiras que ele aperfeiçoa a atenção, a afetividade, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades intuitivas e psicomotoras (COSTA, 2019, p. 39-40).
Assim sendo, o teatro e a dramatização são muito interessantes para que haja o desenvolvimento da personalidade, a formação da inteligência, vida emocional e socialização das crianças, pois, as expressões artísticas permitem as crianças aliarem à percepção do real o mundo imaginário, a fantasia e a possibilidade de se transformarem em qualquer personagem, capacidade essa que dialeticamente colabora para o amadurecimento da psique infantil e seja percebida no dia a dia escolar e social das crianças .
Independente de qual seja o objetivo para a instauração de um processo de Drama, é importante frisar que a essência desse trabalho encontra‐se no ato do participante experimentar estar em “outro” tempo e espaço, vivenciando diferentes papeis dentro do contexto ficcional criado; e, neste sentido, Drama e Teatro possuem a mesma essência, a experiência dramática de fazer de conta. Assim como o Teatro, o Drama pode ser considerado uma arte dramática, ainda que não seja uma arte voltada à comunicação com uma plateia externa ao processo (PEREIRA, 2014, p.05).
O teatro na educação infantil deve ser uma nova área de conhecimento, assim como, uma conquista do saber conhecer e interagir contextualizando o que foi aprendido, mas de uma forma descompromissada, baseada no brincar e na brincadeira (ALMEIDA, 2018).
O brincar na vida das crianças é fundamental para o desenvolvimento e deve ser pauta indispensável na educação infantil, por meio das brincadeiras as crianças aprendem espontaneamente, se expressam e adquirem conhecimento sem se dar conta, sem a responsabilidade de atingir algum patamar de ensino aprendizagem. Por se sentirem mais livres, as crianças então se expressam mais e melhor seus medos, desejos e experiências (POZAS, 2020).
Segundo Vygotsky (2004) o jogo ou a brincadeira é a atividade principal de relacionamento da criança com a realidade no período pré‐escolar, em torno de 03 a 06 anos. 
Na idade pré‐escolar, surgem necessidades específicas, impulsos específicos que são muito importantes para o desenvolvimento da criança e que conduzem diretamente à brincadeira. Isso ocorre porque, na criança dessa idade, emerge uma série de tendências irrealizáveis, de desejos não‐ realizáveis imediatamente (POZAS, 2020).
No proceder da construção da linguagem teatral, o aluno estabelece uma relação de trabalho com os demais participantes, unindo a imaginação, prática e observação de regras. Por isso, a experiênciacom teatro na escola amplia a capacidade dos alunos de dialogar, negociar, tolerar e conviver com as diferenças. 
Uma maneira de introduzir o teatro já na educação infantil é propor caminhadas imaginativas ou jogos de expressão, como imitar um som de um animal, fazer mímicas, improvisar um diálogo, dar continuidade ao texto do amigo, tudo isso usando gestos e falas, utilizando da entonação da voz para representar alegria, medo suspense, oportunizando a criatividade e o dinamismo em aprender de maneira atrativa. Todos os jogos que trabalham com a imaginação e criatividade são de fundamental importância às descobertas infantis (PEREIRA, 2005).
A atividade livre permite à criança imaginar e assim, há o desenvolvimento de sua iniciativa própria frente as condicionantes do “real”, onde há a expressão de desejos e sentimentos, aprendendo as regras sociais, interagindo com o meio e com as pessoas (VYGOTSKY, 2004, p. 25). 
Assim, surge a importância de se trabalhar o teatro na educação infantil, por ser um meio pelo qual a criança se expressará seus sentimentos, podendo usar de sua criatividade e a enfrentar seus problemas aprendendo a conviver em grupo. O importante é que eles saibam que a expressão dramática necessita ser valorizada e incluída com as atividades para o desenvolvimento infantil. 
A função da educação escolar é trabalhar com dúvidas, conflitos e angústias dos alunos, descobrindo o melhor caminho para chegar até eles, sem assustá-los ou feri-los, numa real interação, assim sendo o teatro é uma ótima alternativa de “educar sem que a criança perceba” (ALMEIDA, 2018).
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1997), o teatro tem um papel importante como proposta educacional, especialmente, cumpre não somente a função integradora, mas também oportuniza ao aluno uma apropriação crítica e construtiva de conteúdos sociais e culturais importantes para sua formação social (BRASIL, 1997).
O teatro então já vem sendo trabalhado a um tempo como uma prática educativa, ocupando espaço nas políticas nacionais de educação na área linguagens artísticas a ser trabalhada dentro da disciplina Arte no currículo escolar. 
Através do teatro o aluno desenvolve sua criticidade, autoestima e autoimagem de um modo prazeroso e gratificante (MORAIS, 2016), haja vista que para se realizar a dramatização cabe aos alunos uma interpretação, que gera confiança, sensibilidade e capacidade de expressão mais aguçadas, pois, faz-se necessário que elas transpareçam através das expressões faciais e corporais para com o público, mas também diz a respeito a socialização e trabalho em grupo, condições essas que colaboram para o desenvolvimento do processo educativo ministrado pela pedagoga (GRANERO, 2011).
Ao pedagogo que leciona para com a educação infantil cabe a função de mediar atividades que envolvam as crianças no processo educativo, em brincadeiras que explorem as situações imaginárias, a fantasia, o lúdico, o divertido, haja vista que nesta faixa etária é assim que as crianças se desenvolvem, assimilando o real ao inventado (MORAIS, 2016).
Para Vygotsky (2004), durante a primeira infância as crianças aprendem muito através do faz de conta, assim, o teatro se enquadra nesta expressão, cujo objetivo é o ensino das artes.
Nas palavras de Japiassu (2001, p. 24) “A concepção pedagógica essencialista, não é a formação de artistas, mas o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas complexas formas humanas de expressão que movimentam processos afetivos, cognitivos e psicomotores”.
Assim sendo, o teatro contribui para o desenvolvimento dos alunos de uma forma muito importante, ajudando-lhes no desenvolvimento de potencialidades pessoais, da sua expressividade, da socialização, oralidade e comunicação, assim como colabora para que os conhecimentos sejam adquiridos da melhor forma possível, permitindo ainda que haja uma construção cultural tanto no valor estético como educativo (MORAIS, 2016).
As expressões artísticas são ótimas aliadas à educação formal pois permitem às crianças aprenderem com liberdade, de forma leve, sem obrigatoriedade, deste modo as crianças não percebem diretamente que nas situações e histórias encenadas e dramatizadas estão alocados significados e aprendizagens voltadas ao ensino regular, uma vez que as intervenções pedagógicas se dão de um modo divertido, articulado e disfarçado, colaborando assim para que os alunos libertem potencialidades, expressando seus sentimentos, emoções, aflições e sensações, Quando o educando interpreta um personagem ou dramatiza uma situação, revela uma parte de si mesmo, mostrando como se sente, pensa e vê o mundo (MORAIS, 2016).
O teatro precisa ser levado à sala de aula como arte, assumindo o seu papel como obra de arte. Através dele, a criança vai se deparar com uma das mais antigas manifestações culturais, e diante dessa manifestação cultural, aprenderá e verá que o teatro discute sempre as questões existenciais do homem no mundo. É dentro dessa perspectiva que o teatro tem a sua função estética, catártica, questionadora, transformadora, política e social – uma obra de arte enquanto atividade artística que expressa o homem e os seus sentimentos (ARCOVERDE, 2008, p. 09).
Para Santos (2012) o teatro deve ser entendido como um recurso pedagógico muito expressivo para ser trabalhado na educação infantil por que colabora para que as crianças através de suas experiências possam se estabelecer no mundo, pois, a capacidade de dramatização contribui para que elas cresçam de forma integral sob os aspectos sociais, psicológicos, familiares, acadêmicos, enfim, de forma global. 
A criança por natureza se expressa artisticamente, assim sendo a dramatização faz parte do ser infantil, de forma espontânea, pois, para que ela se adapte ao meio ela precisa ser dinâmica, onde assume em cada situação uma feição, para sempre sentir-se integrada ao meio, de uma forma harmoniosa (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997 apud SANTOS, 2012). 
O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da possibilidade que as crianças tem de realizar atividades artísticas através da arte, pois, à medida que se faz uso da imaginação, da fantasia e do brincar a criança passa a compreender melhor como se dá as relações sociais estabelecidas, sabendo melhor lidar com os conflitos, uma vez que há a assimilação de papeis sociais que fazem parte de cultura. A partir dessa experiência as crianças passam a interpretar melhor a realidade, passam a construir hipóteses, elaborar soluções para problemas, enriquecendo suas personalidades. A brincadeira cabível à dramatização de histórias permite a elas que os sentimentos sejam explorados e o domínio da coordenação motora e aquisição de novas linguagens torna-se possível (MORAIS, 2016).
É nessa perspectiva que a concepção de teatro na educação infantil deve acontecer. As atividades teatrais, mais especificamente, o jogo dramático, são atividades orientadas, que dão oportunidade à criança para vivenciar situações que possibilitam a construção do conhecimento e o desenvolvimento de uma expressão ampla, verbal, gestual, criadora. Viver uma história, imitar, fantasiar na imaginação e na realidade, refletir-se na própria ação, dividir, esperar e reconhecer a ação de um companheiro ou um grupo, tudo isso faz parte do campo de experiências dos jogos dramáticos, imprescindíveis para essa faixa etária.
Deste modo compreende-se quão importante e promissor é o uso das expressões artísticas, mais especificamente o teatro para o processo de ensino aprendizagem das crianças já desde a educação infantil.
2.2	A PINTURA COMO FORMA DE LINGUAGEM DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
A pintura tem sido tradicionalmente uma parte importante dos programas da primeira infância. Professores, direcionados para educação infantil, acreditam que as crianças pequenas deveriam estar envolvidas tanto em fazer sua própria arte quanto em apreciar a arte de outros. Para os docentes, as atividades artísticas são importantes, não porque permitem que os professores reconhecessem crianças com habilidadesincomuns, mas porque encorajavam o "desenvolvimento completo e multifacetado" de cada criança.
Pintar com crianças pequenas não só ajuda no desenvolvimento criativo, mas também estimula o cérebro. Estimular o cérebro das crianças também pode ajudar outras áreas de seu desenvolvimento. Ao configurar uma atividade de pintura para crianças pequenas, pare e pense em quais áreas do desenvolvimento infantil ela pode estar ajudando.
A maioria das crianças gostam de uma boa experiência de pintura bagunçada, isso permitirá que elas se expressem livremente e desenvolvam sua criatividade. As crianças pequenas usarão seus corpos para se movimentar explorando à medida que avançam, enquanto as crianças não móveis precisarão de mais apoio para garantir que possam acessar todos os recursos. A pintura pode fornecer às crianças uma grande quantidade de aprendizado, isso pode ser desenvolver sua pegada de pinça fina ou aprender sobre a mistura de cores. As oportunidades são infinitas, portanto, a pintura deve ser acessível às crianças durante toda a semana.
Pintar não precisa ser apenas sentar à mesa com pincel e tinta, ser criativo e oferecer às crianças de diferentes maneiras, a pintura em larga escala é ótima para desenvolver essas habilidades sociais. Coloque uma grande folha de plástico no chão e coloque os recursos de pintura no chão. As crianças vão gostar livremente de rolar no papel fazendo essas marcas importantes. A pintura é muito mais uma experiência sensorial tátil e, para algumas crianças, fazer bagunça pode ser angustiante, no entanto, uma grande parte das crianças vai adorar uma boa e velha sessão bagunçada.
A pintura é uma ótima maneira de as crianças comunicarem seus pensamentos verbalmente ou nas marcas que fazem. Muitas oportunidades podem surgir de uma atividade de pintura levando a trocas de conversas, que é uma forma de os adultos ouvirem e fazerem perguntas. As crianças muitas vezes mostram seus sentimentos através de suas marcas em vez de falar com os adultos, nessas ocasiões, os praticantes precisam respeitar isso e fazer perguntas de maneira tátil e não as questionar demais.
É importante que os professores na educação infantil tenham confiança nas experiências que estão a oferecer às crianças. Não se trata de profissionais pensando que precisam ser ótimos em pintura, trata-se de oferecer às crianças as ferramentas e recursos para permitir que desenvolvam as habilidades necessárias e desenvolvam o que sabem. O papel do praticante é apoiar a aprendizagem das crianças e ajudá-las a atingir todo o seu potencial que, pode ser uma forma de linguagem.
É indiscutível que a pintura seja uma forma de comunicação, expressão que toma forma em cores e texturas. Pintar é algo que transcende o tempo, nossos antepassados, por meio das pinturas rupestres, mostram-nos como seria sua vida em tempos passados, é notório que, a maior parte dos ensinamentos de tempos antigos, como antigo Egito, Sumérios, idade da pedra, é um resultado de comunicações entre o ontem e o hoje por meio de pinturas.
Nas crianças, é cristalino perceber que, antes de saber falar, a criança já consegue se expressar com pinturas. Podemos perceber, como exemplo de um desenho de uma bola, que a criança tem um sentimento por algum objeto, lugar ou pessoa.
As artes visuais abrangem uma ampla gama de modos visuais que as crianças utilizam para expressar, comunicar, mediar seu pensamento, envolver-se em exploração estética e pesquisa. O que se define como artes visuais é moldado por valores culturais e sociais. Alguns exemplos comuns incluem pintura, trabalho em barro, escultura, colagem, tecelagem, construção, fotografia, arte vestível, escultura, impressão e coisas efêmeras, embora existam muitos outros modos de expressão e exploração visual.
Pensar nas artes visuais na educação infantil pode inicialmente evocar a imagem de uma criança em pé em um cavalete, pincel grosso e grosso na mão com tinta acrílica brilhante espalhando-se rapidamente pela página. No entanto, a pesquisa mostrou que as artes visuais são um domínio rico através do qual as crianças pequenas podem explorar e representar suas experiências, pensar e aprofundar suas teorias de trabalho e desenvolver seu pensamento criativo. É por meio das artes visuais que as crianças aprendem sobre os sistemas simbólicos de representação e comunicação valorizados por suas comunidades.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Nesta seção apresentamos o caminho metodológico da pesquisa de abordagem qualitativa, a pesquisa exploratória e pesquisa bibliográfica. Nesta produção acadêmica abordamos a temática contação de histórias na educação infantil.
 Figura 01.
 Foto por: google/ acesso em 31/10/2022.
A pintura é de suma importância para a vida da criança, é na expressão que a criança realiza suas primeiras comunicações, desenvolve habilidades e se torna mais afetivo.
A metodologia do trabalho tem por base abordagem qualitativa, na qual, de acordo com Teixeira (2014, p. 136), “o pesquisador procura reduzir a distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e a ação, usando a lógica da compreensão dos fenômenos pela sua descrição e interpretação”.
O cunho deste trabalho caracteriza-se na pesquisa exploratória para iniciar as questões investigativas do tema pesquisa, tendo por objetivo.
Proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que "estimulem a compreensão" (SELLTIZ et al., 1967, p. 63).
Os levantamentos bibliográficos dos estudos fundamentam a discussão teórica em torno do objeto de investigação. De acordo com o Gil (2002, p. 61), o levantamento bibliográfico precisa “determinar uma mudança nos propósitos iniciais da pesquisa, já que o contato com o material já produzido sobre o assunto poderá deixar claro para o aluno as dificuldades para tratá-lo adequadamente”.
A pesquisa bibliográfica, como qualquer outra modalidade de pesquisa, desenvolve-se ao longo de uma série de etapas. Seu número, assim como seu encadeamento, depende de muitos fatores, tais como a natureza do problema, o nível de conhecimentos que o pesquisador dispõe sobre o assunto, o grau de precisão que se pretende conferir à pesquisa etc. Assim, qualquer tentativa de apresentar um modelo para desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica deverá ser entendida como arbitrária. Tanto é que os modelos apresentados pelos autores que tratam desse assunto diferem significativamente entre si (GIL, 2002, p. 59).
Para Gonçalves (2005, p. 9), “a sua finalidade é conhecer as diferentes contribuições cientificas sobre o assunto que se pretende estudar. O objetivo é, também, revisitar a literatura existente”, seja pelos livros ou capítulos de livros.
4.	RESULTADOS E DISCUSSÃO
As múltiplas linguagens da criança acontecem de diversas formas, diversas maneiras de comunicação, a criança se comunica através da imaginação, por meio da ideia, da criatividade, da ludicidade, por meio da dança.
Em nossa pesquisa, não conseguimos atingir os nossos objetivos, pois a pintura e seus efeitos psicológicos são uma área muito extensa, sabemos que temos muito que refletir sobre muitos aspectos. Na escola a pintura é bem aceita pelos docentes, mas, para planejar uma aula o professor deve adequar os conteúdos ao ambiente do aluno, no caso da pintura, pode trazer a pintura livre, deixar os alunos pintarem aquilo que mais gostam, como sua família.
A linguagem da criança na educação infantil ainda é baseada em aspectos primitivos, ela se expressa pela fala, pelo gesto,pelas expressões faciais, a dança pode ser uma forma de linguagem efetiva, principalmente nos aspectos emocionais, além da linguagem.
Nesse sentido, é de extrema necessidade para os educadores, considerar o fator emocional na aprendizagem e na formação dos alunos. A teoria da inteligência emocional surge sob a luz de um conhecimento mais amplo em torno das emoções. Fundamenta-se na ciência moderna, em seus métodos de investigação e na tecnologia, desenvolvendo-se a partir dos conceitos rudimentares sobre a emoção. 
5.	CONCLUSÃO
Este trabalho trouxe à tona o campo teórico que responde aos objetivos da pesquisa, de certa forma, as indagações e a minha curiosidade epistemológica em compreender como a pintura contribuí significativamente nas formas de linguagem das crianças na educação infantil, evidenciando que esse tipo de estratégia pedagógica adotada pelos professores faz com que as crianças se expressem de forma lúdica, abstrata e significativa no ato de criar, organizar e expressar. 
Ao longo da pesquisa as questões levantadas com o referencial adotado para discussão teórica do objeto em investigação, direcionou-me para os objetivos a serem respondidos ao longo do trabalho, com a discussão das múltiplas linguagens e as danças. Notei que as atividades lúdicas influenciam nas situações de aprendizagem das crianças, proporcionando formas outras de ensinar na educação infantil e também que a dança é a forma mais comum da criança se expressar dentro da escola. 
A partir do referencial teórico analisado nesta pesquisa, pudemos constatar que os autores elencados na discussão do tema, as danças são recursos pedagógicos de uma potencialidade enriquecedora nas situações de aprendizagem na educação Infantil e de estudo das linguagens da criança, uma vez que a ludicidade e dinamismo da pintura atraem as crianças, o que é novo para ela no contexto escolar. 
Como foi apresentado ao longo do trabalho, utilizar a pintura deve ser um recurso pedagógico presente na prática do professor da educação Infantil, sendo possível favorecer aos alunos momentos significativos de aprendizagem por meio de situações lúdicas, contribuindo para o desenvolvimento integral da criança. 
Espero que este trabalho fomente as discussões teóricas da pintura como facilitador de linguagens da criança e que os professores tornem mais significativo o processo educativo em sala de aula, utilizando novas estratégias de ensino a partir da dança e dinamismo nos conteúdos curriculares.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim et al. O Ensino contemporâneo da arte na educação infantil por meio de brincadeiras e faz de conta. Brincar, criar e inovar: refletindo o currículo e as práticas educativas na educação infantil, 2018. Disponível em: https://livroaberto.ufpa.br/jspui/bitstream/prefix/673/1/CapitulodeLivro_EnsinoContemporaneoArte.pdf. Acesso em 29 out. 2020.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. 1997. MEC. Disponível em: portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf. Acesso em 30 out. 2020.
COSTA, Rosinaldo Santos da. Canto de Muro e teatro de sombras: uma experiência em sala de aula. 2019. Dissertação de Mestrado. Brasil. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/28447/1/CantoMuroteatro_Costa_2019.pdf. Acesso em 29 out. 2020.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p. 2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf&Itemid=30192. Acesso em 29 out. 2020.
GRANERO, V. V. Como usar o teatro na sala de aula? São Paulo: Contexto, 2011.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002. 
GONÇALVES. Hortência de Abreu. Manual de Metodologia da pesquisa. São Paulo: Acercam 2005.
HISTÓRIA Dramatizada. 2008. Pra Gente Miúda. Disponível em: https://www.pragentemiuda.org/2008/05/histria-dramatizada.html. Acesso em 29 out. 2020.
JAPIASSU, R. Metodologia Do Ensino De Teatro. Campinas: Papirus, 2001.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
MORAIS, Elineide Lemos Da Costa. O Teatro Na Escola De Educação Infantil: A Experiência Do Centro Educacional Pingo De Gente Em Gurupi-TO.47 f. Trabalho de Conclusão de Curso, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins. Gurupi- TO, 2016. Disponível em: http://www.ifto.edu.br/gurupi/campus-gurupi/ensino/biblioteca/acervo/trabalhos-de-conclusao-de-curso/licenciatura-em-artes-cenicas/2016/2016-tcc-elineide-lemos.pdf. Acesso em 29 out. 2020.
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TEIXEIRA, Elizabeth. OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. Metodologias e técnicas de pesquisa em Educação. Belém, EDUEPA, 2010.
VYGOTSKY, L. S. Psicologia Pedagógica. 8 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
1 Acadêmico de Licenciatura em Pedagogia (UNIASSELVI) 2022.
2 Tutora externa da turma. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PEDAGOGIA). - Prática Interdisciplinar - A infância e suas linguagens 25/10/2022.

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