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1 Exercícios e orientações para o desenvolvimento de habilidades de raciocínio lógico e de leitura e interpretação de textos Material do Aluno (PARA USO NO 1º SEMESTRE DE 2023) Obra de Nicola Bolaffi. Nome: RA: Turma: APRESENTAÇÃO 2 Questão 16. Assunto/tema. Economia: descontos e promoções. Na chamada “black friday”, é comum vermos anúncios como o mostrado na figura a seguir. Disponível em <https://blog200porcento.com/50-desconto-na-segunda-unidade-toysrus-5939196>. Acesso em 27 set. 2021. Com base nessa situação, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. Se o cliente comprar a segunda unidade de um produto que custe R$300,00, pagará o equivalente a R$225,00 por unidade. PORQUE II. O cliente terá 50% de desconto no valor total a ser pago. Assinale a alternativa correta. A. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. B. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. C. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. D. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. E. As asserções I e II são falsas. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar um anúncio de desconto. • Realizar cálculos matemáticos, com percentuais e valores absolutos. Questão 17. Assunto/tema. Comportamento: confronto entre opinião e fato. 3 Leia os quadrinhos a seguir. Disponível em <https://www.umsabadoqualquer.com>. Acesso em 2 dez. 2018 (com adaptações). Os quadrinhos apresentados A. trazem evidências científicas de que o café causa agitação em quem o consome. B. incentivam a valorização das crenças em detrimento dos fatos. C. apontam o diálogo como solução para a desinformação. D. desvalorizam os saberes populares. E. criticam o predomínio de crenças e opiniões pessoais sobre evidências científicas. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar um texto na forma de quadrinhos. • Compreender a crítica relativa à prevalência da opinião sobre os fatos. Questão 18. Assunto/tema. Literatura e sociedade: desastre ambiental. Em 29.01.2019, o Jornal O Globo publicou matéria sobre poemas de Carlos Drummond de Andrade, hoje considerados proféticos, frente às tragédias resultantes do rompimento das barragens de rejeitos de mineração em Mariana e em Brumadinho, ambas cidades mineiras. Conforme a matéria, “Lira itabirana” (transcrito a seguir), o poema de Drummond que mais tem circulado nas redes sociais depois da tragédia de Brumadinho, foi divulgado inicialmente em um pequeno jornal mineiro em 1984, em Itabira, cidade natal do poeta. I 4 O Rio? É doce. A Vale? Amarga. Ai, antes fosse Mais leve a carga. II Entre estatais E multinacionais, Quantos ais! III A dívida interna. A dívida externa A dívida eterna. IV Quantas toneladas exportamos De ferro? Quantas lágrimas disfarçamos Sem berro? Disponível em <https://oglobo.globo.com/cultura/livros/brumadinho-conheca-historia-por-tras-de-poema-em-que-drummond-critica-vale- 23410546>. Acesso em 29 jan. 2019. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Em “Lira itabirana”, Drummond ressalta o contraste entre a água doce dos rios e o sabor amargo conferido a esse recurso natural pelo ferro extraído pela empresa Vale do Rio Doce. II. Em “Lira itabirana”, Drummond concorda que a exportação do ferro, embora provoque danos à natureza, paga as dívidas interna e externa do país. III. “Lira itabirana” trata da relação do poeta com o problema da destruição da natureza, provocada pela atividade de mineração. Assinale a alternativa certa. A. Apenas a afirmativa III é correta. B. Apenas a afirmativa II é correta. C. Apenas a afirmativa I é correta. D. Todas as afirmativas são corretas. E. Nenhuma afirmativa é correta. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar texto com linguagem poética. • Relacionar o texto lido a recentes desastres ambientais. Questão 19. Assunto/tema. Língua e linguagem: características e diferenças. 5 Leia o texto a seguir. — Mas o que é a língua? Para nós, ela não se confunde com a linguagem; é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. Tomada em seu todo, a linguagem é multiforme e heteróclita; o cavaleiro de diferentes domínios, ao mesmo tempo física, fisiológica e psíquica, ela pertence, além disso, ao domínio individual e ao domínio social; não se deixa classificar em nenhuma categoria de fatos humanos, pois não se sabe como inferir sua unidade. A língua, ao contrário, é um todo por si e um princípio de classificação. Desde que lhe demos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma ordem natural num conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação. A esse princípio de classificação, poder-se-ia objetar que o exercício da linguagem repousa numa faculdade que nos é dada pela Natureza, ao passo que a língua constitui algo adquirido e convencional, que deveria subordinar-se ao instinto natural em vez de adiantar-se a ele. SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. De acordo com o texto, a língua não é uma linguagem, pois é um fenômeno social e convencional. II. Segundo o autor, a língua, com suas dimensões físicas, fisiológicas e psíquicas, é subordinada a um instinto natural; essas características não permitem que a língua seja classificada como um fato social. III. Para o autor, a língua, entendida como um sistema estruturado e convencional, ocupa o primeiro lugar entre os fatos de linguagem. Assinale a alternativa certa. A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas a afirmativa III é correta. C. Apenas as afirmativas I e III são corretas. D. Apenas a afirmativa II é correta. E. Todas as afirmativas são corretas. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar texto com linguagem acadêmica. • Compreender e distinguir os conceitos de língua e linguagem. Questão 20. Assunto/tema. Políticas públicas: inclusão digital. Leia a charge a seguir. 6 Disponível em <http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/>. Acesso em 15 jul. 2018. Com base na leitura, assinale a alternativa correta. A. A charge mostra como o acesso às novas tecnologias é importante e muda as condições de vida dos cidadãos. B. A charge tem por objetivo criticar a inclusão digital, pois algumas pessoas não têm preparo suficiente para usar as novas tecnologias. C. A charge propõe a reflexão sobre a prioridade das necessidades na definição das políticas públicas. D. A charge visa a enaltecer as políticas governamentais de inclusão digital, pois elas atingem até comunidades do sertão. E. A charge denuncia o consumismo, que faz as famílias pobres adquirirem bens desnecessários. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar charge, prestando atenção na complementação entre linguagem verbal e linguagem não verbal. • Conhecer a realidade brasileira e as desigualdades regionais. Questão 21. Assunto/tema. Educação: anos de estudo dos brasileiros. Considere o gráfico a seguir, que mostra a distribuição dos brasileiros maiores de 25 anos de acordo com os anos de estudo em 2007 e em 2015. 7 Disponível em <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/educacao/anos-de-estudo.html>. Acesso em 10 out. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. I.Os dados do gráfico mostram que não houve variação no número de pessoas maiores de 25 anos com 8 a 10 anos de estudos no período de 2007 a 2015. II. De acordo com os dados, observa-se tendência de aumento nos anos de estudo das pessoas maiores de 25 anos no período de 2007 a 2015. III. Pelos dados, infere-se que pouco mais de 10% da população brasileira havia concluído o ensino superior em 2015. É correto o que se afirma em A. I, II e III. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas. D. I e III, apenas. E. II, apenas. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar gráficos. • Distinguir números absolutos e relativos. • Conhecer a estrutura dos cursos e suas durações na realidade brasileira. Questão 22. 8 Assunto/tema. Sociedade: preconceito contra nordestinos. Leia os quadrinhos de Laerte e um trecho do artigo de Elder Pereira. Preconceito contra nordestinos mostra um Brasil que não é cordial Elder Pereira Apesar de existir o senso comum de que o nosso país é cordial, a verdade é que não é. O xenofobismo contra os nordestinos nos últimos tempos tem tomado conta da mídia de uma forma tão relevante e criminosa que hoje os xenofóbicos não fazem a menor questão de esconder seus preconceitos. A xenofobia é um medo incontrolável do desconhecido. Ela pode ser caracterizada como um preconceito ou como um transtorno psiquiátrico. Depende muito do contexto em que ela estiver sendo utilizada. No caso de nós, nordestinos, é uma forma de preconceito e racismo. Não é tão difícil encontrar brasileiros que entendam que os habitantes do Nordeste são uma sub-raça ou, em última análise, um povo miserável sob todos os aspectos, inclusive desinformado. Aversão e discriminação a pessoas de outras raças, culturas, crenças e grupos é crime. O xenofóbico se julga diferente e a partir disso desenvolve preconceito contra quem sua mente doentia achar que deve. Afinal, quem não tem um parente ou amigo nordestino? Disponível em <https://consultorelder.jusbrasil.com.br/artigos/231687919/preconceito-contra-nordestinos-mostra-um-brasil-que-nao-e- cordial>. Acesso em 18 out. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Nos quadrinhos, a xenofobia é reforçada, pois o personagem nordestino deseja expropriar as riquezas das cidades para as quais migra. II. De acordo com o autor do artigo, a xenofobia é um transtorno psiquiátrico, que só atinge as mentes doentias de quem não têm amigos ou parentes nordestinos. III. Os quadrinhos reconhecem o valor do trabalho dos migrantes nas grandes metrópoles, mostrando que, sem ele, a cidade perde o seu concreto. IV. Os quadrinhos, ao apresentar a linguagem típica do Nordeste, pregam o preconceito, ao contrário do artigo, que critica qualquer discriminação. É correto o que se afirma somente em A. I e IV. B. II e III. C. I, II e IV. D. II, III e IV. E. III. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar quadrinhos e artigo. https://consultorelder.jusbrasil.com.br/ 9 • Relacionar textos sobre preconceito e xenofobia. Questão 23. Assunto/tema. Sociedade contemporânea: consciência no consumo e avaliação crítica de descontos e comparação de promoções. Leia o anúncio a seguir. De acordo com as informações dadas, analise as afirmativas. I. O desconto percentual dado ao “Cliente mais” no quilo da banana é maior do que o dado no quilo da manga. II. Quanto mais manga o “Cliente mais” compra, mais desconto percentual ele recebe. III. Para receber cerca de R$2,00 de desconto, o “Cliente mais” precisa comprar cerca de 4kg de banana. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar um texto na forma de anúncio de descontos na compra de frutas. • Realizar cálculos de percentuais. • Comparar descontos percentuais dados a dois tipos de mercadorias (banana e manga). • Verificar que o percentual de desconto não depende da quantidade adquirida. Questão 24. Assunto/tema: Meio ambiente: consumo consciente e preservação ambiental. Observe o anúncio a seguir. 10 Disponível em <http://commktbra.blogspot.com.br/2009/11/5-propagandas-de-sustentabilidade-para.html>. Acesso em 23 out. 2017. Observação. A parte inferior do mapa é verde e a parte superior do mapa é preta. Podemos afirmar que a figura A. apresenta uma associação entre o desmatamento e o consumo de toalhas de papel na América do Sul. B. enaltece as políticas de produção de petróleo na América do Sul. C. faz uma crítica ao alto custo de produção de papel na América do Sul. D. mostra que o desmatamento na América do Sul vem avançando independentemente do uso de árvores como matéria-prima para a produção de celulose. E. realiza campanha pelo fim da produção de papel na América do Sul. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Interpretar um texto com linguagem não verbal. • Reconhecer causas de problemas ambientais. Questão 25. Assunto/tema. Educação: desempenho dos estudantes brasileiros. Leia o texto a seguir. Quando você vai à escola, o que aprende? Estudo do Banco Mundial revela que as falhas nos sistemas de ensino estão aprofundando as desigualdades e propõe medidas para melhorá-los As sensações de fracasso e impotência acompanham milhões de estudantes de países em desenvolvimento que não sabem ler, escrever ou fazer uma operação de aritmética, mesmo após vários 11 anos de escolarização. Além de nascerem em desvantagem devido à pobreza, ao gênero ou a uma deficiência, eles chegam à idade adulta sem as aptidões mais básicas para a vida. Alguns dados do mais recente Relatório de Desenvolvimento Global (WDR 2018, na sigla em inglês), do Banco Mundial, revelam as disparidades que existem entre estudantes ricos e pobres. A seguir, estão algumas das principais conclusões. • A Base de Dados Mundial sobre Qualidade da Educação, atualizada recentemente, sugere que, nos países de renda média e de renda baixa, mais de 60% das crianças avaliadas não conseguiram alcançar habilidades mínimas em matemática e leitura. Já nos ricos, quase todas as crianças ultrapassaram esse nível. • As estatísticas não levam em conta 260 milhões de crianças que, por motivos de conflito, discriminação, deficiência e outros obstáculos, não estão matriculadas nos ensinos fundamental ou médio. Segundo o documento, a crise global de aprendizagem não apenas impede esses jovens de terem salários maiores (...), mas também aprofunda as diferenças entre ricos e pobres. É possível reverter essa tendência? Segundo o WDR 2018, sim, mas é preciso um trabalho extenso para melhorar todos os fatores ligados à aprendizagem. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/25/internacional/1508886607_063266.html?rel=str_articulo>. Acesso em 08 nov. 2017 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. O gráfico mostra que, nos países da América Latina e no Caribe, os alunos de renda alta apresentam percentual de acertos acima de 70% nas avaliações de leitura. II. O texto aponta que há analfabetismo funcional de estudantes com vários anos de escolarização. III. Segundo o texto, a diferença na qualidade de educação entre pobres e ricos aprofunda a desigualdade social. IV. De acordo com o gráfico, das regiões elencadas, a África Subsaariana apresenta o maior percentual de alunos que não alcançaram bom desempenho nas avaliações de matemática e de leitura. É correto o que se afirma somente em 12 A. I e III. B. II, III e IV. C. I, II e III. D. II e III. E. I, II e IV. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão.• Interpretar um texto jornalístico. • Compreender corretamente as informações apresentadas em um gráfico de barras. • Estabelecer relações entre qualidade de ensino e diferenças sociais. Questão 26. Assunto/tema. Sociedade: desigualdades de gênero. Leia o texto e os quadrinhos a seguir. O papel da mulher mudou radicalmente nas sociedades mais desenvolvidas durante as últimas quatro décadas. Mas ainda há muito a fazer. E o apoio dos homens é fundamental para conseguir a tão esperada igualdade. A palavra “empoderar” aplica-se perfeitamente à mulher do século XXI. Ela, que se adapta a qualquer papel na sociedade, mudou nos últimos 40 anos, em parte devido à sua progressiva incorporação ao mercado de trabalho. Desde então, a incessante luta pela igualdade salarial e para ocupar posições de poder empresarial e institucional, bem como a conciliação trabalhista e as medidas de ação afirmativa configuraram um papel feminino mais ativo. Mesmo assim, as estatísticas mostram que isso não é suficiente. Nenhum país alcançou a igualdade de gênero. E mesmo os mais igualitários oferecem menos oportunidades para as mulheres. Um dado significativo: 44% dos europeus continuam pensando que o papel mais importante da mulher é cuidar da casa e da família. Essa é a opinião de 44% das mulheres e de 43% dos homens. A mesma porcentagem afirma que a função mais importante do homem é ganhar dinheiro. Elas continuam ganhando muito menos. Portanto, esses dados revelam que ambos os gêneros têm um longo caminho pela frente até alcançar a verdadeira igualdade. RAMIREZ, P. El País semanal. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/27/eps/1511812441_406375.htm>. Acesso em 08 dez. 2017 (com adaptações). Disponível em <http://soacomomusica.blogspot.com.br/>. Acesso em 24 jan. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. 13 I. De acordo com o texto, mais de 40% de mulheres e homens europeus mantêm arraigados valores tradicionais da sociedade, pois consideram que o trabalho doméstico é função feminina. II. Os quadrinhos têm o objetivo de mostrar que homens e mulheres exercem as mesmas funções hoje em dia, contrariando o que afirma o texto. III. As desigualdades de gênero ocorrem apenas em países subdesenvolvidos, como no Brasil, em que até o idioma é pobre para expressar a condição feminina, como evidenciam os quadrinhos. IV. O objetivo dos quadrinhos é apontar que o uso da linguagem é ideológico e reflete as desigualdades presentes na sociedade. Assinale a alternativa certa. A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas a afirmativa I é correta. C. Apenas as afirmativas I e IV são corretas. D. Apenas as afirmativas III e IV são corretas. E. Apenas as afirmativas I e II são corretas. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Interpretar quadrinhos. • Interpretar um texto jornalístico. • Associar dois textos diferentes que tratam das diferenças de gênero. Questão 27. Assunto/tema. Sociedade e tecnologia: exclusão digital. Leia o fragmento de texto e a charge. Exclusão digital Pierre Lévy, filósofo francês, pensador da área de tecnologia e sociedade, afirmou que “toda nova tecnologia cria seus excluídos”. Com essa afirmação, ele não está atacando a tecnologia, mas quer lembrar que, por exemplo, antes dos telefones, não existiam pessoas sem telefone, do mesmo modo que, antes de se inventar a escrita, não existiam analfabetos. Com relação ao uso da mídia como via de acesso para aquisição e concretização da cidadania, percebe- se a existência de algumas iniciativas, no entanto, essas iniciativas ainda são pouco abrangentes quando se considera toda a potencialidade que poderia ser explorada nesse sentido. Disponível em <https://www.infoescola.com/sociologia/exclusao-digital/>. Acesso em 13 nov. 2017 (com adaptações). 14 Disponível em <http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/>. Acesso em 29 jan. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Para Lévy, a tecnologia é ruim para a sociedade, pois sempre cria excluídos, como se vê na charge. II. O objetivo da charge é mostrar que a internet e as redes sociais fazem parte do cotidiano de todos e são ferramentas importantes para estimular a imaginação. III. A charge ilustra o fato de uma parcela da população estar excluída do acesso à tecnologia atual, fato também mencionado por Lévy. IV. A charge e o texto concluem que a inclusão digital é necessária para a construção da cidadania e que a eliminação da exclusão é uma questão de tempo, pois foi assim com outras tecnologias, como o telefone e a escrita, por exemplo. É correto o que se afirma somente em A. I e III. B. II e IV. C. III. D. II, III e IV. E. I, II e III. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Relacionar texto informativo e charge. • Compreender posicionamento de autores sobre exclusão digital. Questão 28. Assunto/tema. Sociedade: trabalho escravo. Leia o trecho do texto de Natalia Suzuki e Thiago Casteli e observe a figura a seguir. Trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/programa-escravo-nem-pensar-disponibiliza-material-para-trabalho-em-sala-de-aula/ http://www.cartaeducacao.com.br/agenda/programa-escravo-nem-pensar-faz-formacao-sobre-trabalho-escravo-e-imigracao/ 15 escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas às de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração. Quem é o trabalhador escravo? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura de oportunidades de trabalho. O trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil. No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental. Disponível em <http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/>. Acesso em 13 dez. 2017 (com adaptações). Disponível em<https://www.youtube.com/watch?v=i5rdHZvekXY>. Acesso em 13 dez. 2017. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. A figura visa a denunciar, por meio dos produtos selecionados, os setores da indústria que mais se valem do trabalho escravo. II. Em 2016, segundo o texto, havia 50 mil trabalhadores no Brasil em condições de escravidão. III. O texto sugere uma relação entre a falta de instrução e a sujeição a condições que caracterizam o trabalho escravo. É correto o que se afirma somente em A. I e II. B. II e III. C. I e III. D. II. E. III. Justificativa. http://www.cartaeducacao.com.br/agenda/programa-escravo-nem-pensar-faz-formacao-sobre-trabalho-escravo-e-imigracao/ http://escravonempensar.org.br/wp-content/uploads/2013/03/livro_escravo_nem_pensar_baixa_final.pdf 16 Habilidades e competências requeridas pela questão. • Relacionar texto informativo e cartaz. • Compreender dados da realidade brasileira sobre trabalho escravo. Questão 29. Assunto/tema. Sociedade: pós-verdade. Leia a charge e o trecho do ensaio a seguir. Disponível em <http://angloguarulhos.com.br/temas-pos-verdade-e-manipulacao-das-redes-sociais/>. Acesso em 05 fev. 2018. Observação. No primeiro quadrinho, vê-se uma caricatura do filósofo René Descartes (1596 - 1650) e a frase conhecida como a máxima do seu pensamento. No campo das pós-verdades; ou quando o verde também é azul Eduardo Marks de Marques Até meados de novembro de 2016, se alguém me falasse em “pós-verdade”, talvez a minha referência mental imediata fosse ao trabalho realizado pelo Ministério da Verdade na Inglaterra (já nem tão) distópica criada por George Orwell em seu romance 1984. Esse ministério era responsável por promover ações de propaganda para a manutenção do partido no poder e, talvez mais sintomaticamente para os tempos em que vivemos, rever e reescrever a história para que ela sempre estivesse alinhada aos interesses presentes do poder. Para mim, “pós-verdade” era isso: transformar o passado a partir dos alinhamentos ideológicos do presente. No entanto, com a nomeação do termo como a palavra do ano pelos lexicógrafos do Oxford Dictionaries, me vi obrigado a rever uma série de posições. Conforme a definição, “pós-verdade” (...) denota circunstâncias nas quais os fatos objetivos são menos importantes em moldar a opinião pública do que apelos emocionais e crenças individuais. Ao ler tal definição, fiquei duplamente surpreso; primeiramente, porque ela consegue (...) resumir bem os últimos anos, ao menos no Ocidente. Quem frequenta as redes sociais como eu não consegue mais ignorar não só a polarização maniqueísta pela qual a sociedade está passando, mas também (e, quiçá, como sua causa e consequência ao mesmo tempo) essa tentativa voraz de transformar vivências e opiniões pessoais em experiência universal e senso comum. A pós-verdade surge para dar nome a essa prática humana assustadora, não para entendê-la e, eventualmente, domesticá-la, mas, sim, para validá-la. A pós-verdade é meta-pós-verdade em sua essência. Estamos perdendo a habilidade de refletir criticamente sobre a realidade que nos circunda e essa tentativa constante de transformar ontologia em epistemologia de forma direta é sua consequência mais maligna especialmente porque ela vem acompanhada de um complexo de Deus (...). Na língua japonesa, o kanji 青 pode referir-se ao mesmo tempo às cores azul e verde. O contexto faz com que saibamos a qual delas o ideograma aponta em determinado momento. A aceitação da 17 polissemia faz com que haja harmonia em seu uso. Será que conseguiremos chegar a um estágio em que superemos as pós-verdades e consigamos voltar a conviver com dúvidas? Disponível em <https://revistacult.uol.com.br/home/no-campo-das-pos-verdades-ou-quando-o-verde-tambem-e-azul/>. Acesso em 08 fev. 2018 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. A charge valoriza a evolução do pensamento humano e a superação das ideias cartesianas, promovidas pelo acesso à informação que temos atualmente. II. A charge e o texto indicam que a pós-verdade é marcada pela supressão da razão e da reflexão, substituídas pela mera crença. III. De acordo com o texto, na era da pós-verdade, opiniões e crenças pessoais tendem a ser divulgadas como verdades universais e alimentam o senso comum. IV. O autor espera que a pós-verdade seja superada e, assim, as pessoas reaprendam, por meio da razão, a separar o azul do verde, eliminando dúvidas e divergências. É correto o que se afirma somente em A. I e II. B. I e III. C. II e III. D. III e IV. E. II e IV. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Associar charge e artigo de opinião. • Relacionar textos que abordam a pós-verdade. Questão 30. Assunto/tema. Sociedade brasileira: mapa da fome. Leia a notícia e a charge a seguir. Brasil em perigo de voltar a cair no mapa da fome da ONU Depois de uma década de bonança, o Brasil volta a sofrer declínio social e econômico, podendo retroceder para o chamado mapa da fome das Nações Unidas. O Banco Mundial estima que cerca de 28,6 milhões de brasileiros deixaram de viver abaixo do limiar de pobreza, fixado nos 140 reais (37,13 euros) mensais. No entanto, desde o início de 2016 e até ao final deste ano, a mesma entidade prevê que entre 2,5 milhões a 3,6 milhões de brasileiros tenham voltado a cair na pobreza. Um desses casos é o de Leticia Miranda, brasileira de 28 anos. Entrevistada pela Associated Press, essa mãe de um menino de oito anos recordou a “vida maravilhosa” que chegou a ter e que se tornou uma “tristeza” após perder há seis meses o trabalho que tinha de distribuir jornais. Leticia ganhava 500 reais (132,6 euros) mensais, o que lhe permitia pagar um pequeno apartamento num bairro pobre do Rio de Janeiro. Agora, vive num edifício abandonado ao lado de centenas de outras pessoas nas mesmas condições de pobreza. “Eu tinha trabalho. Uma vizinha aqui era uma boa amiga onde trabalhava. Ela foi despedida e eu também logo a seguir. Ela sabia que eu pagava aluguel onde vivia e já não podia pagar. Ela me disse para vir para cá”, contou. 18 Leticia Miranda quer deixar o local onde encontrou um teto sem pagar aluguel, mas também sem vidros nas janelas, mas não tem para onde ir. “Tenho enviado candidaturas para trabalhos, fiz duas entrevistas, mas até agora não consegui nada”, lamenta. Professor na faculdade de economia Ibmec, no Rio de Janeiro, Daniel Sousa alerta para o corte dos apoios sociais em curso. “Quando se colocam recursos nas mãos de pessoas com um rendimento tão baixo acaba-se por conseguir um impacto multiplicador na criação de emprego e dinamização da economia em regiões do interior e da periferia (…). Mas sem dúvida, cortando-os, acabamos por ter um impacto recessivo ainda maior em regiões com uma fragilidade social mais aguda”, afirmou. O corte dos apoios resulta das políticas do governo federal e deverá agravar-se no próximo ano. O economista Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e consultor da Action Aid Brasil, contou ao Estadão ter analisado a proposta de orçamento do governo para 2018 e agravou as preocupações. “Muitos cortes previstos têm um impacto direto no agravamento da situação de pobreza. Como exemplo, citaria a redução de 92 por cento das verbas do programa de cisternas no semiárido e de 99 por cento dos recursos voltados para a aquisição de alimentos da agricultura familiar para distribuição em áreas carentes. Medidas como essas levam-nos à situação de fome”, sublinha. O Brasil deixou de figurar em 2014 no mapa da fome da ONU, quando se constatou que menos de 5% da população estavam em situação de vulnerabilidade extrema. Mas um relatório assinado por 40 ONGs e entregue em julho à ONU alerta para o aumento da fome no Brasil como consequência do agravamento do desemprego, doavanço da pobreza, do corte de beneficiários do programa Bolsa Família e do congelamento de investimento público. Tudo conjugado, com 14 milhões de desempregados atualmente, e o Brasil poderá voltar a cair muito em breve no mapa da fome da ONU. Disponível em <http://pt.euronews.com/2017/10/24/brasil-em-perigo-de-voltar-a-cair-no-mapa-da-fome-da-onu>. Acesso em 25 out. 2017 (com adaptações). Disponível em <http://wilmarx.blogspot.com.br/2008/02/>. Acesso em 25 out. 2017. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. O desemprego e os cortes em projetos sociais são apontados como fatores que geram o aumento da fome no Brasil. II. Os discursos da charge e do texto são antagônicos, pois a figura mostra que há preocupação dos governantes em combater o problema da fome no Brasil. III. O cenário de mais brasileiros em situação de miséria é atribuído, no texto, à bonança dos últimos anos. É correto o que se afirma em A. I, II e III. B. I e II, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, apenas. Justificativa. 19 Habilidades e competências requeridas pela questão. • Associar charge e texto informativo. • Ter noções de realidade política, econômica e social do Brasil. Questão 31. Assunto/tema. Meio ambiente: necessidade de preservação das florestas. Analise o anúncio divulgado pela WWF, ONG dedicada à conservação da natureza, há alguns anos. Texto traduzido: “Antes que seja tarde demais”. Disponível em <https://br.pinterest.com/pin/218072806928416329/>. Acesso em 29 ago. 2017. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A imagem remete aos pulmões humanos e procura conscientizar o leitor de que o fumo pode trazer várias doenças respiratórias. II. O anúncio vale-se da metáfora bastante usada de que florestas são o pulmão do mundo. A floresta amazônica, por exemplo, é conhecida por esse título. III. A parte verbal do anúncio chama a atenção para a urgência de medidas de proteção ambiental. IV. O anúncio tem por objetivo mostrar que, apesar do desmatamento, a maior parte das florestas está preservada, pois só uma parte de um pulmão está afetada. V. O anúncio avisa ao leitor que o processo de desmatamento é irreversível. É correto o que se afirma apenas em A. I, II e III. B. II e III. C. II, III, IV e V. D. IV e V. E. I, II, III e IV. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar texto na forma de anúncio divulgado pela ONG WWF. • Analisar a metáfora presente na composição de uma imagem. 20 • Associar corretamente afirmativas à mensagem de anúncio divulgado pela ONG WWF. Questão 32. Assunto/tema. Sociedade: representatividade. Leia os quadrinhos de Junião e o texto de Fabiana Pinto. Disponível em <http://donaisaura.com.br/tag/black-friday/>. Acesso em 29 nov. 2017. Infância e representatividade negra “Se como sou não é mostrado, é porque isso só pode ser ruim, né, tia?” Certa vez, ouvi isso de uma criança, uma criança de 9 ou 10 anos, negra, em um colégio municipal da Baixada Fluminense, próximo a uma comunidade daqui, enquanto conversávamos sobre desenhos e novelas. Tenho um enorme fascínio por crianças, afinal elas parecem ter a fórmula para descomplicar e conseguir discutir o que nós, jovens e adultos, perdemos horas e horas analisando. Aquilo que eu vejo não é aquilo que eu sou e, se ninguém quer me mostrar, o que sou só pode ser ruim. Essa talvez seja a conclusão a que eu, ou você ou qualquer criança negra algum dia chegou mesmo de forma inconsciente ao ligar a TV e deparar com desenhos, novelas, séries em que a única cor mostrada é a branca. A super- heroína é branca, a mulher que manda em todo mundo é branca, a boneca que me vendem é branca, todas as coisas boas que me mostram estão em um papel de cor branca. Caramba! Eu devo ser ruim! Eu quero ser branca igual àquela moça da TV também! Minha geração cresceu com esses pensamentos enraizados, somos uma geração de crianças que apenas depois de muito tempo aprenderam a construir sua própria identidade, só após muito sofrimento aprenderam a não querer mudar a si mesmas. Ainda que eu abra meu Facebook e veja notícias como a de Matias, o menino de 4 anos, cuja mãe, Jaciana, tive a felicidade de conhecer e sei que é uma jovem historiadora, militante, negra e consciente… Durante entrevistas, ela contou que levou o filho a lojas de brinquedos e prometeu lhe comprar um presente, com a condição de que o menino encontrasse um brinquedo parecido com ele. Felizmente, esse exercício de procura teve um final feliz, resultou na linda imagem que todos vimos. Mas nem sempre é assim, há alguns meses talvez essa criança saísse sem nada nas mãos. Em um relato, Jaciana ainda disse: “Eu não esperava que houvesse essa repercussão, quando postei aquela imagem… Deveria ser apenas a foto de uma criança com um brinquedo”. Mas, ao contrário do que a trupe dos “Não sou racista… eu não vejo cor” costuma dizer, criança tem cor e brinquedos também e todos enxergamos isso. E talvez a maioria das pessoas não saiba, mas quando o que vemos não parece conosco, isso dói. Dói de um jeito que faz com que desejemos não ser nós mesmos, desejamos ser diferentes. A verdade é que não quero ser o moleque de rua, o escravo, o bandido, a empregada, a babá, a mulher que samba nua. Não quero. Eu quero ser a empresária, aquela moça que dá ordens, a advogada que resolve o caso, o cara que dirige o carro legal (o que é o dono do carro, não o motorista). Algumas pessoas consideram esse pensamento exagerado por não compreenderem o poder da mídia sobre nós. Quando você escolhe prestar vestibular para medicina, quando opta por aquele celular novo, quando decide vestir a sua camiseta azul, nenhuma dessas escolhas veio só de você, tudo o que você é ou aspira a ser é moldado por uma sociedade desde seu nascimento. Mas alguns moldes não cabem a todos. Geralmente, os moldes “bons” não cabem em crianças negras e pobres. E então, elas acabam se moldando no que dá ou no que são ensinadas a aceitar. Disponível em <http://www.revistacapitolina.com.br/infancia-representatividade-negra/>. Acesso em 29 nov. 2017 (com adaptações). 21 Com base na leitura, analise as afirmativas. I. O texto e os quadrinhos apontam que a questão da representatividade negra tem ganhado evidência na sociedade. II. Os objetivos dos quadrinhos são criticar a Black Friday e apontar o preconceito embutido no uso do adjetivo “black”. III. Segundo o texto, crianças negras têm necessidade de se sentirem representadas como heróis e heroínas, e essa representação é importante para a construção da identidade delas. É correto o que se afirma somente em A. I e II. B. I e III. C. II e III. D. I. E. III. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Associar artigo e quadrinhos. • Ter noções das desigualdades raciais no Brasil. Questão 33. Assunto/tema. Educação: desempenho dos alunos brasileiros da Educação Básica em exame internacional de Matemática. O Pisa, exame internacional desenvolvido e aplicado pela Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), avalia o letramento dos estudantes na faixa dos 15 anos nas áreas de Matemática, Ciências e Leitura. Os resultados do Pisa são apresentados de acordo com a escala de desempenho da tabela a seguir, que mostra seis níveis de proficiência em função da pontuação obtida. Escala de desempenho dos participantes do Pisa. Nível Pontuação 1 De 358 a 420 pontos 2 De 420 a 482 pontos 3 De 482 a 545 pontos 4 De 545 a 607 pontos 5 De 607 a 669 pontos 6 Acima de 669 pontos Alunos com menos de 358 pontos são classificados como “abaixo do nível 1”, pois não conseguem compreender nem os enunciados mais simples do exame. A periodicidade do Pisa é trienal e ele já foi aplicado em 2000, 2003, 2006, 2009, 2012 e 2015. No gráfico a seguir, estãoindicadas as pontuações em Matemática de alguns países que participaram de todas as edições do Pisa, incluindo o Brasil. 22 Pontuações de alguns países em Matemática em várias edições do Pisa. Com base nos dados fornecidos, analise as afirmativas. I. O Brasil já apresentou, no Pisa, resultados em Matemática classificados como “abaixo do nível 1”, em escala de 1 a 6. II. Embora os resultados em Matemática do Brasil e do México, nas diversas edições do Pisa, nunca tenham superado o nível 1, em escala de 1 a 6, esses países sempre mantiveram crescimentos de pontuações. III. A Polônia apresentou significativo crescimento de pontuações em Matemática no Pisa de 2009 para 2012, mas, ainda assim, nunca superou o desempenho da China (Hong Kong). É correto o que se afirma em A. I, II e III. B. II e III, apenas. C. I e III, apenas. D. I, apenas E. III, apenas Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar gráficos de pontuações (notas) em função do tempo. • Associar dados presentes em gráficos a uma escala de níveis fornecida em tabela. • Avaliar crescimentos e decrescimentos de resultados de alunos da Educação Básica de diversos países em exame internacional de desempenho. Questão 34. Assunto/tema. Avaliação crítica de situações: modos diferentes de se ver uma circunstância. Leia a charge a seguir. 23 Disponível em <https://charges.uol.com.br/emails-comentados/2017/05/02/desabafo-da-semana>. Acesso em 09 out. 2017. A charge A. retrata um jogo infantil semelhante à “amarelinha”, mas adaptado aos adultos. B. ilustra o isolamento em que as pessoas vivem atualmente. C. faz uma crítica à falta de convergência de opiniões entre as pessoas. D. apresenta uma situação em que o correto e o incorreto dependem do ponto de vista. E. defende a livre manifestação de ideias ideologicamente distintas. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar texto na forma de charge. • Interpretar alternativas e fazer correta associação à mensagem de uma charge. • Verificar a possibilidade de existência de mais de um ponto de vista. Questão 35. Assunto/tema. Cidadania: análise de tabela e avaliação correta de desempenhos em concurso de redação. Clara, que estuda em um colégio localizado na região Nordeste, participou de um concurso nacional de redação, em que as notas poderiam variar de 0 a 1.000 pontos. Terminada a competição, o instituto organizador enviou aos participantes seus boletins de desempenho e Clara recebeu a tabela a seguir. Nota mínima no país Nota máxima no país Nota média no país Nota máxima na região Nordeste Nota da Clara 327 pontos 879 pontos 513 pontos 862 pontos 862 pontos De acordo com a situação exposta, analise as afirmativas. I. Clara foi a participante mais bem classificada na região Nordeste e foi a única nessa condição. II. A nota média no país não poderia ter sido 513 pontos, pois a média da nota mínima (327 pontos) e da nota máxima (879 pontos) é 603 pontos. III. Houve alguma região em que a nota máxima superou 862 pontos. https://charges.uol.com.br/emails-comentados/2017/05/02/desabafo-da-semana 24 É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. II, apenas. C. III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar dados apresentados na forma de tabela. • Comparar valores de notas em redação. • Compreender o significado de valor médio (nota média em redação). Questão 36. Assunto/tema. Desenvolvimento pessoal: impacto da leitura no indivíduo e transformação do modo de ver a realidade. Considere a charge a seguir e assinale a alternativa que melhor a interpreta. Disponível em <https://www.facebook.com/DepositoDeCartuns/photos/a.141674892627444.26560.141672549294345>. Acesso em 02 jul. 2017. A. Hoje em dia, as pessoas não querem ler, gostam apenas de aparelhos eletrônicos. B. Na vida, a pessoa precisa ter luz própria para achar seu caminho. C. A leitura transforma o modo como vemos as coisas. D. O livro impresso é um objeto arcaico, que oferece um modo de leitura pouco atraente. E. As pessoas andam nas trevas até absorverem mensagens de caráter religioso, que iluminam seus caminhos. Justificativa. Habilidades e competências requeridas pela questão. • Ler e interpretar texto na forma de charge que aborda efeitos da leitura. • Interpretar alternativas e fazer correta associação à mensagem de uma charge.
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