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FÍSICA I PRÉ-VESTIBULAR 283SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA INTRODUÇÃO Chegamos agora à segunda parte do estudo da força entre duas superfícies em contato, é o caso de levarmos em conta que exista atrito (não haver, é uma imaginação para facilitar a primeira parte do nosso estudo), entre as superfícies que estão em contato. Levando em conta que exista atrito, a força de contato entre estas duas superfícies nunca será perpendicular (normal) às superfícies que estão em contato. Sempre haverá um ângulo de inclinação entre a força de contato e as superfícies. Devido a isso é comum decompor a força de contato em duas componentes. Vejamos: Um corpo em repouso sobre um plano inclinado. Como ele está em repouso, ele se encontra em equilíbrio. ( R = 0 , 1ª Lei de Newton) Como sobre ele só atuam duas forças: a força da Terra sobre o corpo P (Peso) e a força de contato do plano sobre o corpo F , podemos garantir que elas se anulam, para que tenhamos R = 0. A representação dessas forças será: Observe que F não é perpendicular ao plano inclinado, por isso é feita a decomposição desta força em duas componentes ortogonais (perpendiculares): • Veja que no capítulo anterior (sem atrito) a força de contato entre as superfícies era realmente uma força. • Observe que a “Força de Atrito” realmente não é uma força, mas sim uma componente de uma força de contato por ela não ser perpendicular ao contato. PROEXPLICA INFORMAÇÕES SOBRE A COMPONENTE FORÇA DE ATRITO • Só aparece quando há movimento ou tendência ao movimento relativo entre as superfícies em contato. • É sempre contrária ao movimento ou à tendência ao movimento relativo entre as superfícies em contato. • A força de atrito deve ser representada entre as superfícies em contato. Exemplos: 1) Corpo arrastado sobre superfície rugosa: 2) O pé de uma pessoa no momento que ela dá uma passada: • Enquanto não há movimento relativo entre as superfícies em contato, a força de atrito entre elas é variável, denomina- se força de atrito estático e assume valores desde 0 até um valor máximo: força de atrito máxima. • A força de atrito máxima possui uma expressão para seu cálculo: max eFat N= µ Onde: µe é o coeficiente de atrito estático entre as superfícies em contato; N é o valor da normal. • Vencido o atrito estático, o corpo se move, passando a agir agora a força de atrito cinético (ou dinâmico). Essa força tem valor aproximadamente constante e calculado pela expressão: ccinFat N= µ Onde: µc (ou µd) é o coeficiente de atrito cinético (ou dinâmico) entre as superfícies em contato: • Como µc < µe, Fatcin < Fatmax • A força de atrito independe da área das superfícies em contato. Ainda que essa propriedade não seja intuitiva, ela, assim como as demais são obtidas experimentalmente. Essa afirmação leva a discussão, os pneus extralargos que são instalados em alguns carros não fornecem, pelo fato da largura, um atrito maior com o asfalto que os pneus mais estreitos. Pneus mais largos distribuem mais o peso o que gera menor pressão na região de contato, reduzindo o desgaste do pneu e aumentando seu tempo de vida útil. Concluímos que a distância de frenagem não depende da largura do pneu, mas da sua rugosidade, por isso nas vistorias é observado se o pneu está “careca”, liso devido ao desgaste, pois esse é o fator determinante para distância de frenagem. PRÉ-VESTIBULAR284 FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO O atrito cinético entre sólidos não depende da velocidade relativa entre as superfícies. PROEXPLICA O gráfico a seguir mostra como varia com boa aproximação a componente força de atrito entre duas superfícies em função da força motora (força que tende a mover o corpo). FORÇA DE RESISTÊNCIA NOS FLUIDOS Nos fluidos (líquidos e gases) também encontramos uma força de resistência e essa força de resistência dos fluidos é proporcional à velocidade com que o corpo se move dentro deles. Lembre-se do caso do paraquedista que inicia sua queda com velocidade inicial nula, e, conforme sua velocidade vai aumentando, aumenta a força de resistência do ar, até que ele caia com velocidade constante (Limite 1). No início da queda a força Peso é maior que a força de resistência e o paraquedista cai acelerado (força resultante aponta para baixo). Com o aumento da velocidade, a força de resistência se iguala ao Peso, nesse momento a força resultante passa a ser zero e a velocidade de queda constante. Ao abrir o paraquedas, a área de contato entre o conjunto (paraquedista + paraquedas) e o ar aumenta, fazendo com que a força de resistência se torne maior que a força Peso e o movimento seja retardado. A velocidade então decresce, a força de resistência diminui e se iguala novamente à força Peso. Finalmente o paraquedista atinge uma velocidade constante (Limite 2), bem menor que a atingida no início da queda, até concluir sua aterrissagem. No início resistP F> (Movimento acelerado) (Limite 1) No início resistP F= (Velocidade constante) resistF P> (Movimento Retardado) (Limite 2) resistF P= (Velocidade constante) FORÇA ELÁSTICA Lei de Hooke Consideremos uma mola de comprimento L0. Caso estiquemos ou comprimamos esta mola até que ela atinja um tamanho L, teremos uma força elástica no sentido contrário ao da força que estamos realizando. Esta força é proporcional à deformação da mola. Nas figuras abaixo, verificamos que a deformação é representada pela letra x e é a diferença entre L e L0. 0x L L= − A lei de Hooke expressa a força elástica: ELF k x= ⋅ Chamamos k de constante elástica e depende da natureza de cada mola. Sua unidade, no SI, é N/m. Cuidado, pois mkgN kgs² equivale a m m s² ⋅ → = É comum chamar a força que é feita na mola de força elástica, mas força elástica é a força que é feita pela mola. Esta confusão acontece por elas formarem um par ação-reação, logo, têm o mesmo módulo, mas têm sentidos opostos. PROEXPLICA k xtgθ = x N tg kθ= PRÉ-VESTIBULAR 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA 285 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 01. (PUCRS) Sobre uma caixa de massa 120 kg, atua uma força horizontal constante F de intensidade 600 N. A caixa encontra-se sobre uma superfície horizontal em um local no qual a aceleração gravitacional é 10 m/s2. Para que a aceleração da caixa seja constante, com módulo igual a 2 m/ s2, e tenha a mesma orientação da força F, o coefi ciente de atrito cinético entre a superfície e a caixa deve ser de a) 0,1 b) 0,2 c) 0,3 d) 0,4 e) 0,5 Resposta: C Diagrama de corpo livre: Aplicando-se a segunda lei de Newton: Fres = m · a F – Fat = m · a ⇒ F – µ · N = m · a Como o deslocamento é horizontal, o módulo da força normal é igual ao peso, devido à inexistência de forças extras na vertical. F = µ · P = m · a ⇒ F – µ · m · g = m · a Isolando o coefi ciente de atrito cinético e substituindo os valores fornecidos, fi camos com: 2 2 F -m a 600 N-120 kg 2 m s 0,3 m g 120 kg 10 m s × × µ = ⇒µ = ⇒µ = × × EXERCÍCIO RESOLVIDO 02. Um carro, deslocando-se em uma pista horizontal à velocidade de 72 km/h, freia bruscamente e trava por completo suas rodas. Nessa condição, o coefi ciente de atrito das rodas com o solo é 0,8. A que distância do ponto inicial de frenagem o carro para por completo? Considere: g = 10 m/s2. a) 13 m b) 25 m c) 50 m d) 100 m e) 225 m Resposta: B A força resultante sobre o veículo é a força de atrito e seu módulo é dado por: horizontal at atF N F m g= µ ⋅ → = µ ⋅ ⋅ P N Obs: Nesse caso: N = P ⇒ N = mg Sendo assim, a aceleração em módulo será: atF m ga g m m µ ⋅ ⋅ = = = µ ⋅ Como a aceleração é contrária ao movimento a = –µ · g Usando a equação de Torricelli: v2 = v0 2 + 2 · a · ∆s Então, a distância percorrida ∆S fi ca: 02 = 202 + 2 · (- µ · g) · ∆S ⇒ 02 = 400 + 2 · (- 0,8 · 10) ∆S ⇒ - 400 = - 16 ∆S ⇒ 16 ∆S = 400 ⇒ 400S 16 ∆ = ⇒ ∆S = 25 metros Dividimos a velocidade inicial por 3,6 para transformara unidade de Km/h para m/s. 0 72 mV 20 3,6 s = = ⇒ V0 = 20 m/s PROTREINO EXERCÍCIOS Considere para as questões de 01 a 05: g = 10 m/s². 01. Um bloco de massa 2 kg sofre uma força horizontal de 25 N de intensidade e desliza em um plano horizontal com atrito, conforme imagem abaixo: Considerando o coefi ciente de atrito cinético entre as superfícies de contato igual a 0,85 calcule a aceleração do bloco. 02. Um bloco de 5 kg desliza em um plano horizontal com atrito, conforme imagem abaixo: Sabendo que a aceleração do bloco é de 1,5 m/s² e que o coefi ciente de atrito cinético é 0,2 calcule o módulo da força F. 03. Dois blocos A e B de mesma densidade e massas 6 kg e 4 kg, respectivamente, estão apoiados em um plano horizontal rugoso. Os coefi cientes de atrito estático e cinético são, respectivamente, µe = 0,2 e µc = 0,1. Calcule o módulo da força F para que: a) os blocos fi quem na iminência do movimento; b) os blocos deslizem com aceleração de 3 m/s². PRÉ-VESTIBULAR286 FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 04. Um bloco conectado a uma mola, de constante elástica K= 200 N/m, se encontra em equilíbrio estático (repouso) sobre a influência da força F em um plano horizontal e rugoso. A força F possui módulo 50 N e puxa o bloco que estende a mola em 10 cm. Aplicando seus conhecimentos sobre a força elástica e atrito apresente a direção, sentido e módulo da força de atrito. 05. Um bloco de massa 20 kg conectado a uma mola, de constante elástica K = 800 N/m, está em equilíbrio estático conforme imagem abaixo: Calcule a deformação da mola, em centímetros. PROPOSTOS EXERCÍCIOS 01. (ENEM) O curling é um dos esportes de inverno mais antigos e tradicionais. No jogo, dois times com quatro pessoas têm de deslizar pedras de granito sobre uma área marcada de gelo e tentar colocá- las o mais próximo possível do centro. A pista de curling é feita para ser o mais nivelada possível, para não interferir no decorrer do jogo. Após o lançamento, membros da equipe varrem (com vassouras especiais) o gelo imediatamente à frente da pedra, porém sem tocá-la. Isso é fundamental para o decorrer da partida, pois influi diretamente na distância percorrida e na direção do movimento da pedra. Em um lançamento retilíneo, sem a interferência dos varredores, verifica-se que o módulo da desaceleração da pedra é superior se comparado à desaceleração da mesma pedra lançada com a ação dos varredores. A menor desaceleração da pedra de granito ocorre porque a ação dos varredores diminui o módulo da a) força motriz sobre a pedra. b) força de atrito cinético sobre a pedra. c) força peso paralela ao movimento da pedra. d) força de arrasto do ar que atua sobre a pedra. e) força de reação normal que a superfície exerce sobre a pedra. 02. (ENEM) Um carrinho de brinquedo funciona por fricção. Ao ser forçado a girar suas rodas para trás, contra uma superfície rugosa, uma mola acumula energia potencial elástica. Ao soltar o brinquedo, ele se movimenta sozinho para frente e sem deslizar. Quando o carrinho se movimenta sozinho, sem deslizar, a energia potencial elástica é convertida em energia cinética pela ação da força de atrito a) dinâmico na roda, devido ao eixo. b) estático na roda, devido à superfície rugosa. c) estático na superfície rugosa, devido à roda. d) dinâmico na superfície rugosa, devido à roda. e) dinâmico na roda, devido à superfície rugosa. 03. (ENEM) Em dias de chuva ocorrem muitos acidentes no trânsito, e uma das causas é a aquaplanagem, ou seja, a perda de contato do veículo com o solo pela existência de uma camada de água entre o pneu e o solo, deixando o veículo incontrolável. Nesta situação, a perda do controle do carro está relacionada com redução de qual força? a) Atrito. b) Tração. c) Normal. d) Centrípeta. e) Gravitacional. 04. (UNESP) Na linha de produção de uma fábrica, uma esteira rolante movimenta-se no sentido indicado na figura 1, e com velocidade constante, transportando caixas de um setor a outro. Para fazer uma inspeção, um funcionário detém uma das caixas, mantendo-a parada diante de si por alguns segundos, mas ainda apoiada na esteira que continua rolando, conforme a figura 2. No intervalo de tempo em que a esteira continua rolando com velocidade constante e a caixa é mantida parada em relação ao funcionário (figura 2), a resultante das forças aplicadas pela esteira sobre a caixa está corretamente representada na alternativa a) c) e) b) d) 05. (UECE) Um automóvel percorre uma pista circular horizontal e plana em um autódromo. Em um dado instante, as rodas travam (param de girar) completamente, e o carro passa a deslizar sob a ação da gravidade, da normal e da força de atrito dinâmica. Suponha que o raio da pista seja suficientemente grande para que o carro possa ser tratado como uma massa puntiforme. Pode-se afirmar corretamente que, imediatamente após o travamento das rodas, o vetor força de atrito sobre o carro tem PRÉ-VESTIBULAR 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA 287 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO a) a mesma direção e o mesmo sentido que o vetor velocidade do carro. b) direção perpendicular à trajetória circular do autódromo e aponta para o centro. c) direção perpendicular à trajetória circular do autódromo e normal à superfície da pista. d) a mesma direção e sentido contrário ao vetor velocidade do carro. 06. (UECE) O caminhar humano, de modo simplificado, acontece pela ação de três forças sobre o corpo: peso, normal e atrito com o solo. De modo simplificado, as forças peso e atrito sobre o corpo são, respectivamente, a) vertical para cima e horizontal com sentido contrário ao deslocamento. b) vertical para cima e horizontal com mesmo sentido do deslocamento. c) vertical para baixo e horizontal com mesmo sentido do deslocamento. d) vertical para baixo e horizontal com sentido contrário ao deslocamento. 07. (UEPB) Um jovem aluno de física, atendendo ao pedido de sua mãe para alterar a posição de alguns móveis da residência, começou empurrando o guarda-roupa do seu quarto, que tem 200 kg de massa. A força que ele empregou, de intensidade F, horizontal, paralela à superfície sobre a qual o guarda-roupa deslizaria, se mostrou insuficiente para deslocar o móvel. O estudante solicitou a ajuda do seu irmão e, desta vez, somando à sua força uma outra força igual, foi possível a mudança pretendida. O estudante, desejando compreender a situação-problema vivida, levou-a para sala de aula, a qual foi tema de discussão. Para compreendê-la, o professor apresentou aos estudantes um gráfico, abaixo, que relacionava as intensidades da força de atrito (fe, estático, e fc, cinético) com as intensidades das forças aplicadas ao objeto deslizante. Com base nas informações apresentadas no gráfico e na situação vivida pelos irmãos, em casa, é correto afirmar que a) o valor da força de atrito estático é sempre maior do que o valor da força de atrito cinético entre as duas mesmas superfícies. b) a força de atrito estático entre o guarda-roupa e o chão é sempre numericamente igual ao peso do guarda-roupa. c) a força de intensidade F, exercida inicialmente pelo estudante, foi inferior ao valor da força de atrito cinético entre o guarda- roupa e o chão. d) a força resultante da ação dos dois irmãos conseguiu deslocar o guarda-roupa porque foi superior ao valor máximo da força de atrito estático entre o guarda-roupa e o chão. e) a força resultante da ação dos dois irmãos conseguiu deslocar o guarda-roupa porque foi superior à intensidade da força de atrito cinético entre o guarda-roupa e o chão. 08. (ENEM) Em um dia sem vento, ao saltar de um avião, um paraquedista cai verticalmente até atingir a velocidade limite. No instante em que o paraquedas é aberto (instante TA), ocorre a diminuição de sua velocidade de queda. Algum tempo após a abertura do paraquedas, ele passa a ter velocidade de quedaconstante, que possibilita sua aterrissagem em segurança. Que gráfico representa a força resultante sobre o paraquedista, durante o seu movimento de queda? a) d) b) e) c) 09. (ENEM) Com um dedo, um garoto pressiona contra a parede duas moedas, de R$ 0,10 e R$ 1,00, uma sobre a outra, mantendo- as paradas. Em contato com o dedo estás a moeda de R$ 0,10 e contra a parede está a de R$ 1,00. O peso da moeda de R$ 0,10 é 0,05 N e o da de R$ 1,00 é 0,009 N. A força de atrito exercida pela parece é suficiente para impedir que as moedas caiam. Qual é a força de atrito entre a parede e a moeda de R$ 1,00? a) 0,04 N b) 0,05 N c) 0,07 N d) 0,09 N e) 0,14 N 10. (UNICAMP) Acidentes de trânsito causam milhares de mortes todos os anos nas estradas do país. Pneus desgastados (“carecas”), freios em péssimas condições e excesso de velocidade são fatores que contribuem para elevar o número de acidentes de trânsito. O sistema de freios ABS (do alemão “Antiblockier-Bremssystem”) impede o travamento das rodas do veículo, de forma que elas não deslizem no chão, o que leva a um menor desgaste do pneu. Não havendo deslizamento, a distância percorrida pelo veículo até a parada completa é reduzida, pois a força de atrito aplicada pelo chão nas rodas é estática, e seu valor máximo é sempre maior que a força de atrito cinético. O coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista é μe = 0,80 e o cinético vale μc = 0,60. Sendo g = 10 m/s2 e a massa do carro m = 1200 kg, o módulo da força de atrito estático máxima e a da força de atrito cinético são, respectivamente, iguais a a) 1200 N e 12000 N. b) 12000 N e 120 N. c) 20000 N e 15000 N. d) 9600 N e 7200 N. 11. (ENEM) Num sistema de freio convencional, as rodas do carro travam e os pneus derrapam no solo, caso a força exercida sobre o pedal seja muito intensa. O sistema ABS evita o travamento das rodas, mantendo a força de atrito no seu valor estático máximo, sem derrapagem. O coeficiente de atrito estático da borracha PRÉ-VESTIBULAR288 FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO em contato com o concreto vale μe = 1,0 e o coeficiente de atrito cinético para o mesmo par de materiais é μc = 0,75. Dois carros, com velocidades iniciais iguais a 108 km/h, iniciam a frenagem numa estrada perfeitamente horizontal de concreto no mesmo ponto. O carro 1 tem sistema ABS e utiliza a força de atrito estática máxima para a frenagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira que a força de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10 m/s2. As distâncias, medidas a partir do ponto em que iniciam a frenagem, que os carros 1 (d1) e 2 (d2) percorrem até parar são, respectivamente, a) d1 = 45 m e d2 = 60 m b) d1 = 60 m e d2 = 45 m c) d1 = 90 m e d2 = 120 m d) d1 = 5,8 x10 2 m e d2 = 7,8 x10 2 m e) d1 = 7,8 x10 2 m e d2 = 5,8 x10 2 m 12. (ACAFE) Em uma mola fixa no teto (situação 1) prende-se o imã 1 de massa 0,3 kg que sofre a ação da força magnética do imã 2 (situação 2). A mola possui constante elástica igual a 150 N/m e o sistema se mantém em equilíbrio. Desprezando-se a massa da mola, adotando g = 10 m/s2 e considerando a massa do imã 2 o dobro da massa do imã 1, a alternativa correta que indica o módulo da força magnética, em newtons, que o imã 2 exerce sobre o imã 1 é: a) 4,5 b) 3,0 c) 2,5 d) 1,5 13. (EEAR) Uma mola está suspensa verticalmente próxima à superfície terrestre, onde a aceleração da gravidade pode ser adotada como 10 m/s2. Na extremidade livre da mola é colocada uma cestinha de massa desprezível, que será preenchida com bolinhas de gude, de 15 g cada. Ao acrescentar bolinhas à cesta, verifica-se que a mola sofre uma elongação proporcional ao peso aplicado. Sabendo-se que a mola tem uma constante elástica k = 9,0 N/m, quantas bolinhas é preciso acrescentar à cesta para que a mola estique exatamente 5 cm? a) 1 b) 3 c) 5 d) 10 14. (IFSUL) Com o objetivo de estudar as características de uma mola ideal e o comportamento de um sistema oscilatório, um pesquisador montou o aparato experimental, ilustrado na figura ao lado. O aparato é constituído por uma mola ideal, presa em uma parede fixa horizontal, um bloco de massa 100 g e uma régua graduada em centímetros. Inicialmente a mola está no seu comprimento normal, ou seja, com uma extremidade livre e sem estar deformada. Após, o pesquisador coloca na extremidade livre da mola o bloco e abaixa o sistema vagarosamente até ficar em equilíbrio. A figura mostra a mola antes e depois do corpo ser pendurado na extremidade livre e a régua como o referencial. Com isso, o pesquisador determinou a constante elástica da mola e a frequência angular de oscilação que o sistema terá quando for colocado a oscilar em movimento harmônico simples. Considerando que a gravidade no local é igual a 10 m/s2, os valores determinados são, aproximadamente, iguais a a) 1,00 N/ m e 3,16 rad/s b) 2,90 N/ m e 5,38 rad/s c) 4,00 N/ m e 6,32 rad/s d) 40,0 N/ m e 0,63 rad/s 15. (UNESP) O equipamento representado na figura foi montado com o objetivo de determinar a constante elástica de uma mola ideal. O recipiente R, de massa desprezível, contém água; na sua parte inferior, há uma torneira T que, quando aberta, permite que a água escoe lentamente com vazão constante e caia dentro de outro recipiente B, inicialmente vazio (sem água), que repousa sobre uma balança. A torneira é aberta no instante t = 0 e os gráficos representam, em um mesmo intervalo de tempo (t’), como variam o comprimento L da mola (gráfico 1), a partir da configuração inicial de equilíbrio, e a indicação da balança (gráfico 2). Analisando as informações, desprezando as forças entre a água que cair no recipiente B e o recipiente R e considerando g = 10 m/s2, é correto concluir que a constante elástica k da mola, em N/m, é igual a a) 120 b) 80 c) 100 d) 140 e) 60 16. (EPCAR) Na situação da figura a seguir, os blocos A e B têm massas mA = 3,0 kg e mB = 1,0 kg O atrito entre o bloco A e o plano horizontal de apoio é desprezível, e o coeficiente de atrito estático entre B e A vale μe = 0,4. O bloco A está preso numa mola ideal, inicialmente não deformada, de constante elástica K = 160 N/m que, por sua vez, está presa ao suporte S. PRÉ-VESTIBULAR 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA 289 FÍSICA I SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO O conjunto formado pelos dois blocos pode ser movimentado produzindo uma deformação na mola e, quando solto, a mola produzirá certa aceleração nesse conjunto. Desconsiderando a resistência do ar, para que B não escorregue sobre A, a deformação máxima que a mola pode experimentar, em cm, vale a) 3,0 b) 4,0 c) 10 d) 16 17. (UNESP) As fi guras 1 e 2 representam dois esquemas experimentais utilizados para a determinação do coefi ciente de atrito estático entre um bloco B e uma tábua plana, horizontal. No esquema da fi gura 1, um aluno exerceu uma força horizontal F no fi o A e mediu o valor 2,0 cm para a deformação da mola, quando a força F atingiu seu máximo valor possível, imediatamente antes que o bloco B se movesse. Para determinar a massa do bloco B, este foi suspenso verticalmente, com o fi o A fi xo no teto, conforme indicado na fi gura 2, e o aluno mediu a deformação da mola igual a 10,0 cm, quando o sistema estava em equilíbrio. Nas condições descritas, desprezando a resistência do ar, o coefi ciente de atrito entre o bloco e a tábua vale a) 0,1. b) 0,2. c) 0,3. d) 0,4. e) 0,5. 18. (MACKENZIE) Um corpo de massa m está apoiado sobre a superfície vertical de um carro de massa M, como mostra a fi gura acima. O coefi ciente de atrito estático entre a superfície do carro e a do corpo é μ. Sendo g o módulo da aceleração da gravidade, a menor aceleração (a) que o carro deve ter para que o corpo de massa m não escorregue é a) m ga M ≥ ⋅ µ b) M ga m ≥ ⋅ µ c) ga ≥ µ d) m M ga m + ≥ ⋅ µ e) m ga b m M ≥ ⋅ + µ 19. (MACKENZIE) Um balde de 400 g é suspenso por um fi o idealque tem uma extremidade presa a um bloco de massa 12 kg. O conjunto está em repouso, quando se abre a torneira, que proporciona uma vazão de água (ρ = 1 kg/L), constante é igual a 0,2 L/s. Sabendo-se que o coefi ciente de atrito estático entre o bloco e a superfície horizontal que o suporta μe = 0,4 e que a polia é ideal, esse bloco iniciará seu deslocamento no instante imediatamente após Dado: g =10 m/s2 a) 22 s b) 20 s c) 18 s d) 16 s e) 14 s 20. (EPCAR) Uma esfera, de dimensões desprezíveis, sob ação de um campo gravitacional constante, está inicialmente equilibrada na vertical por uma mola. A mola é ideal e se encontra com uma deformação x, conforme ilustrado na fi gura 1. Figura 1 O sistema esfera-mola é posto, em seguida, a deslizar sobre uma superfície horizontal, com velocidade constante, conforme indicado na fi gura 2. Nessa situação, quando o ângulo de inclinação da mola é θ, em relação à horizontal, sua deformação é y. Figura 2 Considere: - Aceleração da gravidade: g = 10 m/s2; - Calor específi co da água: c = 1,0 cal/g oC; - sen 45 cos 45 2 2.° = ° = Nessas condições, o coefi ciente de atrito cinético entre a esfera e a superfície horizontal vale a) cosx sen y θ − θ b) x y c) x sen x y cos θ + θ d) y cos x sen θ θ APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. (UFPR) Um objeto de massa m está deslizando sobre uma superfície horizontal, sendo puxado por um agente que produz uma força F também horizontal, de módulo F constante, como mostra a fi gura a seguir. O bloco tem uma aceleração a constante (de módulo α). Há atrito entre o bloco e a superfície, e o coefi ciente de atrito cinético vale µc. O movimento é analisado por um observador inercial. O módulo da aceleração gravitacional no local vale g. Considerando as informações acima, obtenha uma expressão algébrica para o coefi ciente de atrito cinético µc em termos das grandezas apresentadas. PRÉ-VESTIBULAR290 FÍSICA I 12 FORÇA DE ATRITO E ELÁSTICA SISTEMA PRODÍGIO DE ENSINO 02. (UEL) Analise as figuras a seguir. Um astronauta chegou a um planeta desconhecido, e deseja medir a aceleração da gravidade local. Para isso, ele conta com um sistema massa-mola como o da figura 1. Esse sistema foi calibrado na Terra (g = 10 m/s²), e a relação entre a distensão da mola e a massa pendurada em sua extremidade é mostrada no gráfico da figura 2. Devido à aceleração da gravidade do planeta, quando o astronauta pendurou uma massa de 10 gramas, a mola distendeu 1,5 cm. A partir dessas informações, responda aos itens a seguir. a) Determine a constante elástica da mola na unidade de N/m. Justifique sua resposta, apresentando os cálculos envolvidos na resolução deste item. b) Determine a aceleração da gravidade do planeta de destino do astronauta, em m/s². Justifique sua resposta, apresentando os cálculos envolvidos na resolução deste item. 03. (FMJ) A figura mostra uma mola ideal, de constante elástica k = 100 N/m, com uma extremidade fixa numa parede e a outra encostada a um bloco de massa m = 5 kg, apoiado sobre uma superfície plana e horizontal. O coeficiente de atrito estático e o coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a superfície de apoio são iguais a 0,5 e 0,4, respectivamente. a) Determine a compressão máxima da mola, em metros, que mantém o bloco em equilíbrio estático. b) Considerando a resistência do ar desprezível e que o bloco tenha partido do repouso quando a mola estava comprimida de 0,50 m, calcule a velocidade do bloco, em m/s, no instante em que ele perde contato com a mola. 04. (UFPE) Considere dois blocos empilhados, A e B, de massas mA = 1,0 kg e mB = 2,0 kg. Com a aplicação de uma força horizontal F sobre o bloco A, o conjunto move-se sem ocorrer deslizamento entre os blocos. O coeficiente de atrito estático entre as superfícies dos blocos A e B é igual a 0,60, e não há atrito entre o bloco B e a superfície horizontal. Determine o valor máximo do módulo da força F, em newtons, para que não ocorra deslizamento entre os blocos. 05. (UNESP) Dois corpos, A e B, atados por um cabo, com massas mA = 1 kg e mB = 2,5 kg, respectivamente, deslizam sem atrito no solo horizontal sob ação de uma força, também horizontal, de 12 N aplicada em B. Sobre este corpo, há um terceiro corpo, C, com massa mC = 0,5 kg, que se desloca com B, sem deslizar sobre ele. A figura ilustra a situação descrita Calcule a força exercida sobre o corpo C. GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. B 02. B 03. A 04. C 05. D 06. C 07. D 08. B 09. E 10. D 11. A 12. D 13. B 14. C 15. A 16. C 17. B 18. C 19. A 20. A EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. − ⋅α µ = ⋅c F m m g 02. a) k = 10 N/m b) gx = 15 m/s² 03. a) x = 0,25 m b) v = 1 m/s 04. Fmax = 9 N 05. 1) Peso de C, aplicado pela Terra, com módulo 5,0 N. 2) Força aplicada pelo corpo B com módulo 5,2 N tendo uma componente de atrito com módulo 1,5 N (resultante) e uma componente normal com módulo 5,0 N.