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AULA 02 – CENÁRIOS: CARACTERIZAÇÃO E APLICAÇÕES PROF. Chico Alberto Cenários Empresariais Capítulo 1 – Planejamento com Cenários: Caracterização e Aplicações. O que são Cenários? QUANDO SE PENSA EM CENÁRIO... Lembre de... Político Ambiental Social Tecnológico Econômico Legal 1. INTRODUÇÃO • O empresário e as incertezas. • Cenários trata da busca de antevisão (antecipação), dos resultados das ações e escolhas das empresas e das pessoas de negócios. • A construção de Cenários é a busca de “futuros possíveis”, ou seja, as configurações do ambiente de negócios no futuro. 1. INTRODUÇÃO • Vamos fazer algumas analogias sobre Cenários: b) Imagine você no trânsito - Começou a chover! - Houve um acidente! - Uma obra iniciou! 2. CENÁRIOS E PREVISÃO • Reserva de Petróleo 2. CENÁRIOS E PREVISÃO Análise - Característica do solo - Riscos inerentes a perfuração do solo - Dificuldades técnicas do Projetos Previsão - Poço entrará em operação de 18 a 20 meses - Custo de extração: US$ 48 barril - Margem de lucro: 20% (US$ 9,60) - Preço “alvo” mínimo: US$ 57,60 A empresa contrata um estudo de Cenários dos preços do petróleo para os próximos 10 anos. Você investiria neste projeto? 2. CENÁRIOS E PREVISÃO Resultados: 1º Cenário (base): Economia mundial acelera progressivamente e os combustíveis fósseis são muito lentamente por fontes alternativas. Preço do Barril: US$ 110,00 (média do período) substituídos 2º Cenário (estresse): Uma nova crise financeira gera forte recessão mundial e a recuperação econômica e muito lenta. Preço do Barril: US$ 63,00 (média do período) pessimista ao extremo (2º Cenário), mostrou que o projeto resistirá com boa folga em termos de lucratividade. Preço-alvo mínimo:US$ 57,00 Preço cenário pessimista:US$ 63,00 • Logo, podemos concluir que o objetivo de Cenários não é saber o preço real do barril do petróleo, mas estimar a existência de rentabilidade no horizonte do projeto. 2. CENÁRIOS E PREVISÃO • Quanto ao horizonte temporal da análise de Cenários, não é possível estabelecer uma regra única, haja vista que as atividades empresariais possuem características diferentes. Indústria da Construção Civil Indústria Eletrônica 3. CENÁRIOS E TENDÊNCIAS • Sem um objetivo claro e um conhecimento das forças (exemplo: chuva) que atuam sobre o ambiente no qual nossa ação se desenvolve, o exercício de Cenários não faz sentido! • É a ação das forças (tendências) sobre o mundo dos negócios que modifica as regras do jogo, isto é, as características do ambiente empresarial ao longo do tempo. • Professor, qual a diferença entre Cenários e Tendências? estará atuando no futuro dentro de certas hipóteses sobre como serão as regras do jogo. • Tendências: São as forças que pressionam e alteram esse mesmo ambiente em uma dinâmica que, muitas vezes, já se esboça no presente. Posição Atual Posição Desejada Ideia de Negócio Recursos / Competências Ambiente Atual 4. ELEMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Cenário 2 4. ELEMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Elementos de incerteza: - Novos Players - Novas Tendências - Rupturas Monitoramento e Alinhamento Cenário-base Cenário 3 4. ELEMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS • Após o exercício de Cenários, espera-se que a empresa adote as ações necessárias para atingir a posição desejada (cenário-base) no horizonte temporal definido. • À medida que o tempo passa, dado que não existem “bolas de cristal”, é essencial o monitoramento da evolução do ambiente, dos gaps e do avanço em direção as metas. • As empresas algumas vezes se deparam com cenários alternativos mais prováveis de acontecerem, ou mesmo outros cenários surgem, devido a novos elementos no ambiente empresarial. 4. ELEMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS • O processo de monitoramento e alinhamento é típico dos exercícios de cenarização macroeconômica. - Buscar acesso a recursos para importações quando o câmbio está em baixa. - Uma crise internacional pode gerar um movimento de alta no câmbio, de maneira que ações corretivas devem ser realizadas. - Lançamento de produtos em fase de expansão do mercado. • Elementos macroeconômicos são o maior exemplo de forças ambientais de amplo impacto, as quais tendem a afetar todas as empresas e profissionais a um só tempo. 5. USOS E LIMITES • As Organizações estão interessadas em discutir projetos específicos, de maneira que utilizam exercícios de “cenarização” para apoiar a decisão sobre produtos e serviços, riscos do empreendimento, capacidade de resistir a situações ambientais críticas, etc. • As empresas sabem que não basta analisar somente as tendências de seu ambiente de operação, mas também as forças do macroambiente. 5. USOS E LIMITES • Definidos com clareza o escopo da análise e o horizonte temporal, o planejamento com cenários podem então ser usado como parte do processo de decisão das empresas e profissionais. • Entretanto, se fizermos uma busca no passado, relativo a exercícios de cenarização, encontraremos afirmações estranhas, diretrizes de negócios que deveriam ter levado algumas empresas ao fracasso, etc. • Vejamos algumas afirmações interessantes! 5. USOS E LIMITES “O mercado mundial não terá lugar para mais do que cinco computadores nas próximas décadas” (Thomas Watson, presidente da IBM, 1952). “Ninguém precisará de mais do que 640 Kbites de memória em seu computador” (Bill Gates, presidente da Microsoft, 1981). 5. USOS E LIMITES “O telefone celular não tem qualquer possibilidade de se tornar popular nem de atrair milhões de usuários” (Consultorias sobre o produto da AT&T, 1983). “Por volta do ano 2000 poderemos transmitir mais de 30 mil ligações telefônicas simultâneas num única fibra óptica” (Charles Kuen Kao, 1979). O que há de errado nestas afirmações? 5. USOS E LIMITES • Elas foram feitas em determinados contextos e serviram para nortear a ação de pessoas e empresas. • IBM: Não foi utilizado como dogma. Os computadores eram com válvulas e enormes, pois usavam muitas salas. • Microsoft: A meta era massificar os PCs, mas as memórias eram muito caras. • AT&T: Os celulares eram “tijolos” em que você deveria carregar uma maleta. • Fibras óticas: As tecnologias de geração, compactação e transmissão de dados foram aperfeiçoadas. 5. USOS E LIMITES • A lição que extraímos das afirmações é que todo exercício de cenários deve ser com horizonte temporal definido. • Cada empresa e cada profissional devem estrar prontos para corrigir rumos e fazer novas escolhas na medida que o ambiente empresarial vai mudando. 6. SEIS MEGATENDÊNCIAS GLOBAIS 1.Constituição de padrões globais de consumo - Tecnologia da informação permite consultas em qualquer parte do mundo. - Busca de fornecedores. - Call Centers americanos na Índia. - Preferências dos consumidores podem ser condicionadas a fatores e culturas regionais. 2.Valorização crescente de experiências individualizadas de consumo - Aprofundamento da customização. 6. SEIS MEGATENDÊNCIAS GLOBAIS 3.Mobilidade Social - Principalmente nos Países emergentes, com destaque atual para a Índia. - Essa tendência tem diversos impactos no atendimento das necessidades das pessoas. 4.Instabilidade Financeira - Os mecanismos de controle são da II Guerra Mundial. - Crises sucessivas 6. SEIS MEGATENDÊNCIAS GLOBAIS 5.Crescimento dos segmentos intensivos em serviços e conhecimento - Países desenvolvidos estão “expulsando” as atividades industriais mais tradicionais. - Priorização de serviços mais dinâmicos e que necessitam de maior conteúdo de conhecimento (Ex: Showbiz) 6.Questão Ambiental - Nível do mar - Desastres - Bens e Serviços Diferenciados - Temperatura 6. SEIS MEGATENDÊNCIAS GLOBAIS • Todas estas megatendências (megatrends) são mudanças em curso, cujos impactos sobre o ambiente macrodas empresas precisam ser projetados, contribuindo para o alinhamento de suasações estratégicas. • O estudo dessas tendências precisa ser complementado com outras mais específicas, e que dizem respeito ao ambiente de operação de cada empresa, profissional ou projeto. 7. TÉCNICA ORTOGONAL DE CENÁRIOS • Método para compreender melhor o vetor resultante das tendências em ação, em dado ambiente empresarial. • A técnica ortogonal busca analisar tendências com impactos em princípios incertos e de caráter oposto, de forma organizada em eixos cartesianos, no intuito de identificar quatro cenários básicos. (futuros possíveis). Incerteza 1 Incerteza 2 Incerteza 2 Incerteza 1 7. TÉCNICA ORTOGONAL DE CENÁRIOS Vamos para exemplos empresariais!!!
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