Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMACOLOGIA SEMANA 3 ANTI INFLAMATORIOS Os cincos sinais da inflamação são calor, inchaço, rubor (vermelhidão), dor e perda de função. Não necessariamente o paciente vai ter todos esses sinais. Essa resposta inflamatória é importante, para que se possa agir contra o agente causador da inflamação. Tem o lado positivo e negativo. Na cascata de inflamação, o corpo identifica o processo inflamatório e a fosfolipase A2, libera ácido araquidônico da membrana celular para o citoplasma. Com isso, geram-se dois produtos: cicloxigenase (COX) e lipoxigenase (LOX). COX dão origem as prostoglandinas e tromboxane – evitam a formação de trombos. Além disso tem as prostaciclinas. O produto da lipoxigenase – leucotrieno, lipoxina. COX I – ação anti-inflamatória COX 2 - ação anti-inflamatória COX 3 – ação no Sistema Nervoso Central Paracetamol não é anti-inflamatório, é considerado um analgésico, apesar de agir na cicloxigenase 3. PGH2 – se transforma em três tipos PGE2, PGF2, PGD2. A desregulação desses fatores pode gerar problemas de saúde em diversos níveis. Todo anti-inflamatório vai ter os três “A” = AAA = Anti-inflamatório, Antipirético/Antitérmico e Analgésico. O ibuprofeno, apesar de ser anti-inflamatório, é mais usado para agir como antitérmico e analgésico. Os anti-inflamatórios normalmente bloqueiam a cicloxigenase. Os AINEs – Anti-inflamatórios não esteroidais inibem as duas cicloxigenase, a I e II. Afetando a produção de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano. O ibuprofeno age no termostato do hipotálamo. Eles inibem as prostaglandinas de PGE2. Quanto mais prostaglandinas, mais inflamação e febre. Sem cicloxigenase, sem produção de prostaglandinas. Os analgésicos reduzem a dor, agindo nas fibras nervosas, impedindo que elas sejam estimuladas. O efeito anti-inflamatório gera inibição da COX 1 e COX2. Mas, não ocorre de forma rápida. Primeiro reduz a COX1, com a diminuição de prostaglandinas, e depois ocorrerá de COX2. O efeito é tardio, e é isso que segura o efeito do remédio no corpo. COX1 ação rápida e COX2 ação mais prolongada. Os inibidores de COX2 prometiam que os pacientes não teriam efeitos gastrointestinais. Reduziam o efeito antitrombótico. Para pacientes com risco cardiovascular, usa-se os AINEs junto com um protetor estomacal. • Ibuprofeno – antitérmico, analgésico e anti-inflamatório. • Naproxeno, alivia na dor, inflamação e febre. • Piroxicam – antitérmico, analgésico. Eles agem normalmente mais na COX1, do que na COX2. GLICOCORTICOIDES Os glicocorticoides são um tipo de hormônio esteroide produzido naturalmente pelo corpo humano na glândula adrenal. Um dos glicocorticoides mais conhecidos é o cortisol. Eles têm a capacidade de regular uma variedade de processos fisiológicos, incluindo o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, a regulação da pressão arterial, a resposta inflamatória e a supressão do sistema imunológico. O cortisol é produzido nas glândulas adrenais em resposta à estimulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. O hipotálamo libera o hormônio liberador de corticotropina (CRH), que estimula a hipófise a liberar o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). O ACTH viaja até as glândulas adrenais, estimulando a produção e liberação de cortisol. A produção de cortisol é regulada por um sistema de feedback negativo, onde altos níveis de cortisol inibem a produção de CRH e ACTH. Os glicocorticoides têm ação anti-inflamatória e são muito utilizados em doenças crônicas. Além da produção natural, os glicocorticoides também podem ser administrados como medicamentos. Eles têm propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras, tornando-os úteis no tratamento de várias condições médicas, como doenças autoimunes, alergias, asma, artrite, doenças inflamatórias intestinais, entre outras. A administração de medicamentos glicocorticoides por muito tempo, pode ocasionar a diminuição na produção do glicocorticoide endógeno. No entanto, essa diminuição é reversível, por isso é importante fazer o desmame de maneira correta. Os efeitos mais comuns no uso dos glicocorticoides são a redução das moléculas pró- inflamatórias, fatores de adesão, inibição de algumas cicloxigenases, aumento de algumas proteínas, redução das prostaglandinas e leucotrienos a partir da inibição do ácido araquidônico. Os glicocorticoides têm a capacidade de regular uma variedade de processos fisiológicos, incluindo o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, a regulação da pressão arterial, a resposta inflamatória e a supressão do sistema imunológico. O uso prolongado pode gerar diabetes, aumento do colesterol LDL, pode afetar diretamente no crescimento e nos índices de cálcio, pode gerar osteoporose e osteopenia. Glicocorticoides podem ter ação curta, intermediaria e ação longa. Os glicocorticoides de ação curta têm um efeito rápido, mas sua ação é de curta duração. Glicocorticoides de ação intermediária têm uma duração de ação intermediária, exemplos: prednisona e metilprednisolona. Glicocorticoides de ação longa têm uma duração de ação prolongada, exemplos: dexametasona, betametasona. Pacientes que usam glicocorticoides frequentemente podem ter diversas reações adversas, como a síndrome de Cushing, supressão do sistema imunológico, ganho de peso, osteoporose, hipertensão e etc. A síndrome de Cushing é uma condição em que o corpo é exposto a níveis excessivos de cortisol. Isso pode ocorrer devido ao uso prolongado de glicocorticoides ou a uma produção aumentada de cortisol pelo organismo. Os sintomas incluem ganho de peso, obesidade central, hipertensão arterial, fragilidade da pele e alterações no rosto e pescoço, como a face de lua cheia. O tratamento geralmente envolve a redução da exposição ao cortisol, seja por meio da diminuição da dose de glicocorticoide ou do tratamento da causa subjacente da produção excessiva de cortisol. Outra síndrome que pode ocorrer é a insuficiência adrenal ou doença de Addison, na qual as glândulas adrenais não produzem cortisol em quantidade suficiente devido a danos ou disfunções nessas glândulas.
Compartilhar