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Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Biológicas Núcleo de Saúde Ambiental Laboratório de Parasitologia Humana
Estudo de Caso 06
RADC, 39 anos vinda de Pau Brasil, atualmente residindo em Ilhéus-BA, apresentou-se na USF Teotônio Vilela III para retorno com o médico com resultado de exames de sangue e urina. Foi diagnosticada anemia microcítica/hipocrômica e eosinofilia. Após nova solicitação de exame parasitológico de três amostras no LAPAR, um bolsista de extensão foi capaz de observar objeto (Figura A – aumento de 25) já na 1ª amostra processada pelo método Mariano & Carvalho. Outro estagiário voluntário foi capaz de observar na 2ª amostra vários outros objetos que mediam 125 micrômetros de comprimento por 62 micrômetros de largura como mostra a Figura B.
Figura A	Figura B
Questões
1) Considerando todas as informações fornecidas, qual o resultado que você digitaria no laudo parasitológico?
Foram encontrados larvas de Trichuris trichiura e ovos de Ancilostomideos.
2) No caso da Figura A, quais critérios morfológicos você utilizou para concluir o diagnóstico? Justifique
Os adultos de Trichuris trichiura apresentam forma semelhante a um “chicote”, sendo a região anterior fina e alongada e a posterior curta e mais dilatada.
3) No caso da Figura B, quais critérios morfológicos você utilizou para concluir o diagnóstico? Justifique
Os ovos de Ancilostomideos possuem forma ovalada, casca fina e transparente e um espaço largo e claro entre a casca e o conteúdo dos ovos, semelhante a imagem.
4) O pedido de exames expedido pelo médico tem significado clínico? Justifique
Sim, devido ao fato da paciente apresentar um quadro de eosinofilia que é característica de infecção parasitaria por helmintos.
5) Descreva o ciclo parasitológico do(s) agente(s) etiológico(s) e destaque sua transmissão, prevalência, sinais e sintomas, e tratamento.
Trichuris trichiura
O ciclo de vida do Trichuris trichiura pode ser resumido da seguinte forma: um indivíduo infectado libera milhares de ovos do parasito a cada evacuação. Se as fezes entrarem em contato com o solo, os ovos encontram um local propício para amadurecer. Após cerca de 2 ou 3 semanas, os ovos passam a conter um embrião do verme capaz de infectar quem consumir alimentos ou água contaminada.
Sintomas e sinais: Em geral, somente os indivíduos com os intestinos infestados com centenas de parasitos é que desenvolvem sintomas de tricuríase. Nestes casos, o quadro clínico mais comum é de diarreia crônica, que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue misturado às fezes. Distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia são outros sinais e sintomas possíveis. Um sinal físico comum é o baqueteamento digital, que é um alargamento da ponta dos dedos e da unha. Também pode ocorrer prolapso retal.
Transmissão:  ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os ovos embrionados do parasito.
Tratamento: Mebendazol 100 mg, 2 vezes por dia por 3 dias, Albendazol 400 mg, 1 vez por dia por 3 dias e Nitazoxanida, 500 mg 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral.
Prevalência: A prevalência é muito alta, com cerca de 700 milhões de portadores no mundo, na grande maioria crianças. No Brasil, os estados com maior prevalência são os das regõeso Norte e Nordeste.
Ancilostomídeo (Ancylostoma duodenale)
Ciclo de vida: As formas adultas dos vermes vivem no intestino delgado da pessoa infectada, onde machos e fêmeas copulam e dão origem aos ovos que são eliminados com as fezes. Caso as fezes entrem em contato com o solo e encontrem condições adequadas, como elevada umidade e temperatura, os ovos eclodem e liberam pequenas larvas. Estas podem viver até 7 dias no ambiente, quando amadurecem e são capazes de infectar um hospedeiro.
Sinais e sintomas: irritação na pele, no local de entrada do verme no corpo, fraqueza, desânimo, perda de peso e lesões pulmonares, anemia, pele amarelada, hemorragia.
Transmissão: a transmissão pode ocorrer através do contato direto das larvas com a pele humana, principalmente na região dos pés, pernas, nádegas e mãos. Um exemplo comum de contaminação é andar descalço em um solo contaminado. Os trabalhadores rurais e crianças que brincam na terra podem ser facilmente contaminados.
Tratamento:  albendazol, mebendazol ou pamoato de pirantel, tomado por via oral.
Prevalência: estimativa de 740 milhões de casos no mundo. No Brasil, há uma prevalência maior na região nordeste e em segundo lugar na região centro-oeste.

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