Análise econométrica dos sistemas econômicos deflacionários e inflacionários para tomadas de decisões contábeis

@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Análise econométrica dos sistemas econômicos deflacionários e inflacionários para tomadas de decisões contábeis INTRODUÇÃO

A contabilidade consiste no estudo do patrimônio, das variações que ocasionam impactos na sociedade, bem como na formação do patrimônio, também chamada de aziendas, composta de bens, direitos e obrigações. A contabilidade é uma ciência que estuda e interpreta as mutações do patrimônio da entidade e registra os fenômenos que os afeta. Por meio da contabilidade é possível evidenciar a geração de riqueza de uma Entidade e seus reflexos na economia.

A contabilidade alcança sua finalidade através do registro e análise de todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do patrimônio administrativo, vinculado à entidade, com o fim de assegurar seu controle e fornecer a seus administradores as informações necessárias à ação administrativa, bem como a seus proprietários e demais pessoas relacionadas, as informações sobre o estado patrimonial e o resultado das atividades desenvolvidas pela entidade para alcançar os seus fins. Por sua vez, os indicadores econômicos representam um conjunto de dados ou informações que acompanham a economia e servem de bússola para evidenciar as variações macro e microeconômicas de determinado país.

A apreciação cambial é o aumento do valor da moeda doméstica em relação à moeda estrangeira, e se diferencia da apreciação da taxa cambial. Na apreciação cambial o valor da taxa (preço da moeda estrangeira) cai e a moeda local sofre uma apreciação. Assim, as exportações tornam-se mais caras e perdem competitividade no mercado internacional, ao passo que as importações se tornam mais baratas. Consequentemente, as empresas nacionais reduzem o seu volume de vendas, o que gera menos cash flow empresarial, menos receitas fiscais, redução do volume da produção, aumento da capacidade ociosa e do desemprego. A apetência pelas importações pode provocar danos à estrutura produtiva interna, criando uma dependência estrutural dos produtos do mercado externo.

Por fim, os indicadores financeiros são parâmetros que agregam e geram informações sobre os demonstrativos das entidades diante disso ele fornece informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade eles se divide em três categorias: indicadores financeiros de rentabilidade; indicadores financeiros de endividamento e indicadores financeiros de liquidez.

DESENVOLVIMENTO

Dentro da Ciência Econômica há um conjunto de ferramentas chamadas de econometria, as quais utilizam de métodos matemáticos e estatísticos que servem de fundamento para diversas teorias sobre economia e finanças. Os métodos utilizados se baseiam em ferramentas oferecidas pela estatística e a matemática, como distribuições de probabilidade e modelos de equações. Estes, por sua vez, permitem a análise e quantificação dos modelos estudados. Os estudos de econometria iniciaram-se com economistas como Simon Kuznets, Lawrence Klein e Ragnar Frisch, ainda nos anos 1920, e lhes renderam o Prêmio Nobel de Economia.

O objetivo da metodologia econométrica é submeter os dados reais a testes estatísticos. Um exemplo disto seria analisar se o aumento de gastos de uma população está relacionado com um aumento da renda. Um dos métodos mais utilizados e que partem muitos estudos em econometria básica, é o da regressão linear, no qual os dados estatísticos apresentam a tendência para uma economia. Com isso em mente, a utilização de modelos estatísticos serve para projetar cenários futuros para auxiliar os detentores de informações ou os administradores na tomada de decisões.

Esses cenários econômicos futuros podem ser inflacionários ou deflacionários. De acordo com Gremaud, Vasconcellos e Toneto Junior (2006), os cenários inflacionários possuem duas variações: inflação de demanda e inflação de custos. A Inflação de demanda ocorre quando o aumento da demanda não acompanha a oferta, ou seja, quando a quantidade disponível de produção não consegue contemplar o excesso de demanda.

Já a inflação de custo é provocada pela diminuição da oferta, ocasionada pelo aumento de salários, matérias-primas, insumos, elevação de taxas, entre outros. As consequências trazidas por esses tipos de inflação abarcam tanto as distorções na alocação de recursos quanto a falta de incentivos para investir.

A deflação pode ser definida como a degradação generalizada dos preços dos produtos e serviços, ocasionando, a longo prazo, a recessão econômica. Um exemplo desse fenômeno foi registrado Brasil nos meses de abril e maio de 2020, período em que foi identificado uma deflação de -0,31% e -0,38%, respectivamente, segundo dados da inflação oficial do Brasil - IPCA. Outro exemplo válido é a crise na zona do euro em 2008 nos países europeus. Nesse período, o Banco Central Europeu promoveu constantes descidas em sua taxa de juros oficial, chegando ao nível zero.

Vale destacar que os preços de uma economia são medidos constantemente de acordo com uma quantidade fixa de bens e serviços adquiridos pelos consumidores. Para um período, a média de todos os preços forma um nível geral. No próximo período, a análise dos mesmos produtos indica se o nível de preços aumentou ou diminuiu. Se estiver menor que antes, houve uma deflação. Quando uma deflação acontece, grande parte dos preços da economia estão em queda ao mesmo tempo. Esse efeito pode ser comum durante crises econômicas, em que existem reduções generalizadas na procura de bens e serviços na economia e as empresas baixam os seus preços.

Na economia, a deflação pode ser persistente e os preços continuarem a cair enquanto as empresas não conseguirem vender os seus estoques. Este conceito está mais ligado aos ciclos econômicos.

Por fim, a hiperinflação é indicada por fatores como preços, juros e salários vinculados a um índice de preços e inflação acumulada ao longo de três anos de cerca de 100% ou mais em um ambiente hiperinflacionário. As demonstrações financeiras, incluindo informações comparativas, devem ser expressas em unidades da moeda funcional corrente no final do período de relatório.

Este projeto de pesquisa tem o objetivo de estudar os impactos que os cenários inflacionários e deflacionários podem causar no corpo empresarial e investidor. Também serão analisados de que forma os cálculos e modelos econométricos podem ajudar na elaboração de planos de investimento, e como a formação de preço do produto ou serviço pode sofrer impactos ocasionados pelas oscilações na economia.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa inicialmente bibliográfica, em que serão coletados dados a partir de artigos e trabalhos científicos sobre o tema em estudo. Posteriormente, o trabalho terá o caráter misto ou quali-quantitativo, a partir da análise subjetiva do tema em estudo, combinada com a verificação gráfica de dados brutos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARALDI, Paulo. IFRS, contabilidade criativa e fraudes. 1ª ed. 2018.

CATHARINO, Alex. A Escola Austríaca de Economia entre a Tradição e a Inovação. MisesJournal. 2013.

HOFFMANN, Rodolfo. Análise de regressão \u2013 Uma introdução à Economia. Portal de livros abertos da USP. São Paulo. DOI 10.11606/9788592105709. 2016. Disponível em: http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/view/73/64/310 . Acesso em 11 mai. 2022.

IFRS. IFRS 7 Financial Instruments: Disclosures. 2022. Disponível em: https://www.ifrs.org/issued-standards/list-of-standards/ifrs-7-financial-instruments-disclosures.html/content/dam/ifrs/publications/html-standards/english/2022/issued/ifrs7/ . Acesso em 11 abr. 2022.

LEITE. José Carlos L. Métodos Econométricos para Valoração Contingente.

MAIA. Alexandre Gori. Econometria: conceitos e aplicações. 1ª ed. São Paulo: Saint Paul. 2017.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a economia política. 1ª ed. 2017.

Análise econométrica dos sistemas econômicos deflacionários e inflacionários para tomadas de decisões contábeis

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