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Mylena Lopes cruz Matrícula: 201901124158 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30° VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP Processo n°…. Zílio, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade …, inscrito no CPF …, com endereço eletrônico em …, telefone …, residente e domiciliado em…, vem por meio de seu advogado regulamente constituído apresentar IMPUGNAÇÃO A EXECUÇÃO nos termos do art. 525 do CPC, em face de Deustêmio, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade …, inscrito no CPF …, com endereço eletrônico em …, telefone …, residente e domiciliado em…, pelos fatos e fundamentos a seguir: 1) Dos fatos: O exequente propôs ação de execução contra o executado, em razão de uma sentença condenatória estrangeira homologada pelo STJ. Ocorre que, o objeto da penhora não é propriedade do executado, e sim da empresa em que labora, no intuito de viabilizar o exercício da sua função. Além disso, os cálculos elaborados pelo exequente estão em desconformidade com o disposto na sentença. É a síntese do necessário. 2) Fundamentos: 2.1 – Preliminarmente: a) Da incompetência absoluta do juízo: De acordo com o disposto no Art. 515, VIII do CPC, a sentença estrangeira homologada pelo STJ é titulo executivo judicial hábil para forçar a execução. No entanto, de acordo com o art. 109, X, da CF/88 compete à Justica Federal processar e julgar a execução de sentença estrangeira após a homologação, de modo que o rito escolhido pelo exequente encontra-se incorreto. Dessa forma, em razão da competência funcional, a ação deve ser distribuída na Vara Federal. 2.2 – Do mérito: a) Da nulidade da penhora - Art. 525 §1, VI - CPC In casu, houve a constrição do veículo de terceiro, propriedade da empresa no qual o executado é empregado, restando claro a penhora indevida que deve ser revogada. Art. 525 §1, VI do CPC – Na impugnação, o executado poderá alegar: V – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções. b) Do excesso de execução – Art. 525, §1, V do CPC. É possível perceber a ocorrência do excesso de execução, de modo que os cálculos elaborados pelo exequente mostram-se em desconformidade com o disposto na sentença. Com isso, a apresentação da planilha anexa gera o cumprimento do disposto no art. 525 §4 do CPC, indicando o valor que o executado entende devido. 2.3 – Doutrina: Fonte: Direito processual civil / Marcus Vinicius rios Gonçalves : coord. Pedro Lenza. – 13. Ed. – São paulo : SaraivaJur, 2022. (Coleção Esquematizado) Pág 906 – “A forma de defesa do executado é a impugnação” Pág 908 - “O rol de defesas alegáveis esta no art. 525 §1, do CPC. São elas: Falta ou nulidade de citação, se, na fase de conhecimento, o processo correu a revelia, Ilegitimidade de parte, Inexeqüibilidade do título ou da obrigação, inexigibilidade decorrente de declaração de inconstitucionalidade, penhora incorreta ou avaliação errônea, excesso de execução ou cumulação indevidas de execuções…” Pág 917 – “A peculiaridade no cumprimento desses tipos de sentença é que não terá havido fase de conhecimento antecedente na esfera cível. Nem anterior citação do devedor. Será indispensável que ele seja citado, embora se trate de execução fundada em titulo judicial. (…) Ainda que essa execução possa constituir um novo processo, já que não há nenhum outro precedente, a execução far-se-á na forma do art. 523 e ss do CPC.” 2.4 – Da Jurisprudência: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXCESSO DE EXECUÇÃO COMPROVADO. De acordo com o artigo 917, §2º, inciso I, do Código de Processo Civil, há excesso de execução quando o exequente pleiteia quantia superior à do título. Tendo o embargante comprovado a sua ocorrência, deve ser decotado do saldo devedor executável o valor efetivamente adimplido. (Acórdão 1107725, 20171310004503APC, Relator: ESDRAS NEVES, 6ª TURMA CÍVEL, data de julgamento: 4/7/2018, publicado no DJE: 12/7/2018. Pág.: 229/242) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Fase de cumprimento de sentença. Impugnação do devedor. Excesso de execução. Termo "a quo" dos juros e correção monetária. Erro de cálculo não preclui. Erro de penhora. Imóvel doado aos filhos do devedor. Penhora que não pode recair sobre bem de terceiro. Recurso provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2218649-68.2018.8.26.0000; Relator (a): Silveira Paulilo; Órgão Julgador: 21ª Câmara de Direito Privado; Foro de Piracicaba - 1ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 19/03/2019; Data de Registro: 19/03/2019) 3) Dos Pedidos: I. A intimação do impugnado, para que, querendo, apresente resposta a esta impugnação; II. O declínio da competência para o juizo competente, a Justiça Federal; III. A revogação da penhora realizada, uma vez que o bem é propriedade de terceiro; IV. A procedência desta impugnação, reconhecendo-se como correto o valor apontado pelo impugnante e não o apontado pelo impugnado; V. A condenação do impugnado ao pagamento de custas e honorários. 4) Das provas: Todas admitidas em direito nos termos do art. 369 do CPC. Nesses termos, Pede deferimento. Local, Data, OAB
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