Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DEGENERAÇÃO GORDUROSA OU ESTEATOSE Desenvolvido por: André Geraldo Lino Da Cunha; Graziela Mendes Lima; Joice Gleiciane Do Nascimento; Luana Pimenta De Carvalho; Micheli Aparecida Barbosa Alves. Prof. Orientador: Reane Fonseca Martins Os termos esteatose e degeneração gordurosa descrevem acúmulos anormais de triglicérides dentro das células parenquimatosas. A lesão é comum no fígado, no epitélio tubular renal e no miocárdio, mas pode ser encontrada também em músculos esqueléticos e no pâncreas. CONCEITO Figura 1 - Fígado Figura 2 - Miocárdio Figura 3 - Músculos esqueléticos Figura 4 - Pâncreas A Esteatose pode ser provocada por agressões muito diversas. A lesão aparece todas as vezes que um grande agente interfere no metabolismo de ácidos graxos da célula, aumentando sua captação ou síntese ou dificultando sua utilização, seu transporte ou sua excreção. A Esteatose é causada por agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos. A lesão é mais bem conhecida no fígado. ETIOLOGIA PATOGÊN ESE Em condições normais, os hepatócitos retiram da circulação ácidos graxos e triglicerídeos provenientes da absorção intestinal e da lipólise no tecido adiposo. Nas células hepáticas, ácidos graxos são utilizados para: (1) produção de colesterol e seus ésteres; (2) síntese de lipídeos complexos (fosfolipídeos e esfingolipídeos) ou de glicerídeos (mono, di ou triglicerídeos); (3) geração de energia por meio da β- oxidação até acetil CoA e da formação de corpos cetônicos. PATOGÊNESE Os ácidos graxos circulantes penetram nos hepatócitos e são utilizados para a produção de energia (β-oxidação) nas mitocôndrias e para a síntese de colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos no retículo endoplasmático liso. No complexo de Golgi, estes lipídeos associam-se a lipoproteínas. Contidas proteínas e em complexos formam vesículas, as transportadas no lipoproteínas são citoplasma por microtúbulos (MT) e microfilamentos (MF) e excretadas nos sinusóides. Figura 5 - Captação e destino de ácidos graxos em hepatócitos. PATOGÊNESE No etilismo, há aumento de radicais livres, acetaldeído e acetil- CoA e redução de NAD. Radicais livres causam lesão mitocondrial, reduzindo a β-oxidação de gorduras. Radicais livres e acetaldeídos interferem no transporte de lipoproteínas no citosol, por afetarem microtúbulos e microfilamentos. Figura 6 - Mecanismos patogenéticos da esteatose hepática no alcoolismo. PATOGÊN ESE No fígado, o excesso de ácidos graxos induz aumento da oxidação de ácidos graxos no REL e em peroxissomos. Com isso, ocorre aumento de radicais livres, que alteram proteínas do citoesqueleto e dificultam o transporte de lipoproteínas, favorecendo o acúmulo de triglicerídeos no citosol, os quais estão com síntese aumentada. A esteatose pode evoluir para a esteato-hepatite, que, além do acúmulo de gorduras nos hepatócitos, apresenta corpúsculos de Mallory-Denk, degeneração hidrópica e fibrose, podendo evoluir para cirrose hepática. MO RFO PAT OL OG IA A esteatose, também conhecida como degeneração gordurosa, é uma alteração morfológica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura dentro dos hepatócitos, as células do fígado. Ao microscópio óptico, as células hepáticas afetadas pela esteatose apresentam um aspecto vacuolado, com uma aparência clara, devido ao acúmulo de lipídios no citoplasma. Ao microscópio eletrônico, é possível observar que as gotículas lipídicas são constituídas principalmente de triglicerídeos, colesterol e ésteres de colesterol, envolvidos por uma fina camada de proteínas. Em casos graves, pode ocorrer uma inflamação no fígado, conhecida como esteato-hepatite, e até mesmo fibrose e cirrose hepática. Sinais são manifestações as que outros conseguem notar SINAIS E SINTOMAS Sintomas são as queixas do paciente em relação ao que está sentindo. A esteatose hepática muitas vezes ela vem sem sintomas, levando o indivíduo a não buscar tratamento, porém ela pode vir acompanhada de cansaço, dor , fraqueza, perdas apetite, e hepatomegalia. SINAIS E SINTOMAS Quando o caso clínico está avançado caracterizado por inflamação e fibrose, os sintomas serão mais graves, como: Icterícia: Aumento da bilirrubina , a pessoa aparenta olhos e pele com cor amarelada. Ascite: acúmulo anormal de líquido dentro do abdome. Hepatomegalia: Aumento do tamanho do fígado. Brasileiro Filho, Geraldo Bogliolo, patologia/Geraldo Brasileiro Filho. – 9. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. il. Kumar, V., Abbas, A. K., & Aster, J. C. (Eds.). (2020). Robbins e Cotran - Patologia: Bases Patológicas das Doenças (10a ed.). Elsevier. PARISE, Edilson Roberto. Esteatose hepática. Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: <http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/publicacoes/atheros2002/07%20-%20Esteatose%20Hepatica.pdf>. Acesso em: 12/04/2023. <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/esteatose-hepatica/sintomas> Acesso em: 12/04/2023 Figura 1 – Figado. Retirado de: Mitos e verdades sobre a saúde do fígado. Disponível em <https://gastrooncologia.com.br/wp-content/uploads/2020/12/Design-sem-nome-49.jpg>. Acesso em 14 de maio de 2023. Figura 2 – Miocardio. Retirado de: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Miocárdio"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/miocardio.htm. Acesso em 14 de maio de 2023. Figura 3 – Músculos esqueléticos. Retirado de: SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sistema muscular"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-muscular.htm. Acesso em 14 de maio de 2023 Figura 4 – Pâncreas. Retirado de: VARELLA, Mariana. “PÂNCREAS”. Portal Drauzio Varella. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/corpo- humano/pancreas>. Acesso em 14 de maio de 2023 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/publicacoes/atheros2002/07%20-%20Esteatose%20Hepatica.pdf http://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/esteatose-hepatica/sintomas
Compartilhar