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A3- Marketing Digital (Os direitos do usuário em relação à privacidade de seus dados)

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A privacidade de quem navega na rede
No mundo digital contemporâneo a internet desempenha um papel fundamental na obtenção de informações dos usuários. A coleta de dados pessoais está presente em diversos momentos do nosso dia a dia, como nas consultas médicas, serviços bancários, interações nas redes sociais e no uso de dispositivos.
Esses dados são importantes principalmente para as equipes de marketing e vendas, dependendo das fontes disponíveis e das estratégias de coleta utilizadas, por fornecem informações valiosas sobre o público-alvo e permitirem a criação de estratégias mais personalizadas e assertivas. Alguns exemplos de dados comuns aos quais podem ter acesso são dados demográficos, de comportamento e da navegação na web, dados de mídia social e e-mail marketing, dados de campanhas de publicidade, entre outros.
Com base nesses dados, as equipes podem segmentar o mercado e seu público, criar conteúdo relevante, direcionar anúncios específicos, personalizar ofertas e comunicações, otimizar campanhas e avaliar desempenho, prever tendências e demandas. Além de ajudar a identificar leads qualificados, entender as necessidades dos clientes, acompanhar o progresso do funil de vendas e personalizar abordagens para aumentar as taxas de conversão.
Podemos destacar também, algumas vantagens para os usuários pelo armazenamento desses dados, como serviços online que podem oferecer uma experiência personalizada e adaptada às preferências individuais, receber conteúdos relevantes, sugestões que sejam mais adequadas aos seus interesses como recomendações de produtos e ofertas, tornando a experiência mais satisfatória. Esses insights permitem que as empresas, façam melhorias nos serviços oferecidos, seja em termos de usabilidade, funcionalidades ou até mesmo no desenvolvimento de novos recursos e produtos que atendam às demandas dos usuários. 
Os buscadores e motores de busca acumulam uma quantidade significativa de dados dos usuários ao longo do tempo, o que permite que os resultados sejam cada vez mais precisos e relevantes, pelo histórico de pesquisas e avaliações, preferências e interações anteriores que são considerados para fornecer respostas mais úteis e direcionadas. Dessa forma, os usuários economizam tempo ao encontrar o que procuram com maior eficiência e informação útil. 
Mas é importante ressaltar que o armazenamento de dados deve ser realizado de forma ética e respeitando a privacidade dos usuários. Eles têm o direito de saber quais dados estão sendo coletados, como são utilizados e de terem opções para gerenciar suas preferências de privacidade. Portanto, é essencial que as empresas adotem políticas transparentes e mecanismos de consentimento adequados para garantir a confiança e a segurança dos usuários. 
Os direitos do usuário em relação à privacidade de seus dados podem variar de acordo com a legislação de cada país. No entanto, existem diretrizes gerais que são amplamente reconhecidas e que são fundamentais para proteger a privacidade dos usuários. Alguns direitos comuns são: 
 
Consentimento informado
Os usuários têm o direito de receber informações claras e detalhadas sobre quais dados estão sendo coletados, como serão utilizados e com quem serão compartilhados. Eles devem ter a oportunidade de dar um consentimento informado e voluntário para o processamento de seus dados pessoais. 
 
Acesso aos dados pessoais
Os usuários têm o direito de solicitar acesso aos seus dados pessoais que estão sendo armazenados e processados por uma organização. Isso inclui o direito de saber quais informações estão sendo coletadas, a finalidade da coleta, a duração do armazenamento e se estão sendo compartilhadas com terceiros. 
 
Retificação e exclusão de dados
Os usuários têm o direito de corrigir informações incorretas ou desatualizadas que estão armazenadas sobre eles. Além disso, eles têm o direito de solicitar a exclusão de seus dados pessoais quando não forem mais necessários para a finalidade original da coleta, ou quando o consentimento for retirado. 
 
Portabilidade de dados
Em alguns casos, os usuários têm o direito de receber seus dados pessoais em um formato estruturado e de uso comum, para que possam transmiti-los a outro controlador de dados, se desejarem. 
 
Notificação de violações de dados
Caso ocorra uma violação de segurança que possa resultar em riscos para os usuários, eles têm o direito de serem notificados prontamente pelas organizações responsáveis para que possam tomar as medidas necessárias para proteger seus interesses. 
As políticas e regulamentações em relação aos direitos do usuário e a proteção de dados no Brasil é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em setembro de 2020. A lei prevê princípios, direitos e obrigações em relação ao tratamento de dados pessoais. A responsabilidade é das organizações e empresas de garantir o cumprimento das regulamentações aplicáveis e respeitar os direitos dos usuários em relação à coleta, armazenamento e comercialização de dados pessoais. 
O comércio de dados é a prática de comprar e vender informações pessoais coletadas de usuários, essas informações podem incluir dados demográficos, preferências de compra, histórico de navegação, atividades online, entre outros. Ele ocorre principalmente entre empresas que buscam obter insights valiosos para direcionar suas campanhas de marketing e melhorar suas estratégias comerciais. No entanto, existem algumas irregularidades e preocupações associadas a este comércio, incluindo: 
 
Falta de transparência
Muitas vezes, os usuários não estão cientes de que seus dados estão sendo comercializados e como eles estão sendo usados e a falta de transparência nas políticas de privacidade e nos acordos de compartilhamento de dados, pode resultar em uma violação da privacidade do usuário. 
 
Consentimento inadequado
Em alguns casos, o consentimento para a coleta e compartilhamento de dados pode ser obtido de maneira enganosa ou pouco clara, que pode levar a uma exploração indevida dos dados pessoais dos usuários. 
 
Vazamento de dados
O comércio de dados aumenta o risco de vazamento de informações pessoais, quanto mais dados são compartilhados entre diferentes empresas, maior é a probabilidade de ocorrerem violações de segurança que expõem dados sensíveis dos usuários. 
Fora o comércio de dados podemos ver outros casos em diferentes contextos, como já ocorreu no Brasil em 2021.
O perito em crimes digitais Wanderson Castilho falou sobre o ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, em uma entrevista à CNN.
“Este ano, infelizmente, o Brasil ficou no topo de vazamento de informação, de invasões, no mundo todo. Tivemos nesse ano de 2021 mais de 227 milhões de dados de brasileiros expostos, estamos com uma péssima imagem em relação a isso. Tivemos quatro grandes invasões em sistemas expondo os dados brasileiros, esse novo ataque do Ministério da Saúde colocou uma preocupação maior ainda”, disse o especialista.
 
Uso indevido dos dados
Quando os dados são vendidos, há o risco de serem utilizados para finalidades não autorizadas ou que violem a privacidade do usuário. Isso pode incluir o direcionamento de anúncios intrusivos, a criação de perfis discriminatórios ou a divulgação não autorizada dos dados para terceiros. 
Um exemplo recente que aconteceu no Brasil foi a condenação feita pelo juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos do Tribunal de Justiça do Maranhão, para a empresa Facebook Serviços Online do Brasil Ltda ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 500 a cada usuário diretamente atingido pelo vazamento de dados pessoais ocorrido em 2021. No Brasil, 8,064 milhões de pessoas tiveram informações sensíveis expostas pela empresa.
Infelizmente, esses incidentes destacam a importância de considerar a amplitude da coleta de dados pessoais em diferentes contextos, garantir que sua utilização seja realizada com o devido respeito à privacidade e segurança dos indivíduos, de proteger e regulamentar adequadamente o tratamento dos dadospessoais dos cidadãos, a fim de evitar violações de privacidade e garantir a segurança das informações.
Contudo os usuários podem tomar algumas medidas para proteger seus dados e se precaver de forma mais consciente, como:
1.Conhecer as políticas de privacidade
2.Gerenciar as configurações de privacidade em seus dispositivos e aplicativos
3.Optar por serviços e plataformas que tenham políticas claras e transparentes sobre como tratam seus dados
4.Considerar utilizar ferramentas como bloqueadores de rastreamento para ajudar a proteger a privacidade online
5.Estar ciente de que suas informações podem ser comercializadas, vazadas e utilizadas para fins prejudiciais, e basear suas decisões e buscar informações antes de compartilhar seus dados
 6.Apoiar as iniciativas e regulamentações que buscam proteger os direitos dos usuários e fortalecer a privacidade e segurança dos dados pessoais

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