Código de Ética da Psicologia

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Código de Ética da Psicologia: Orientações e Reflexões
Abril 2023
Por que um Código de Ética Profissional?
“Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.”
1- Práticas a serem aplicadas
2- Atendimento de demandas
3- Relações estabelecidas 
Os padrões estabelecidos pelo código de ética visam proporcionar reflexões nos sujeitos que atuam em determinado contexto, de forma que haja não somente um domínio técnico, mas um entendimento sobre o bom uso a se fazer dessa técnica.
Concepção de homem e sociedade
Efetivação dos direitos humanos
Importância de acompanhar o fluxo social
Importância do reconhecimento e fortalecimento da categoria
Código de ética da Psicologia  Última versão em 2005
O exercício de uma profissão remete à livre iniciativa, doutrina que defende a liberdade do sujeito de exercer sua “iniciativa econômica”, sem interferência do Estado, considerando aquilo que considera mais funcional e lucrativo.
No entanto, não se pode exercer qualquer atividade de qualquer forma. Considerando que aqui estamos falando sobre o exercício profissional, o exercício desta depende de uma formação, do seguimento dos preceitos da profissão e, caso necessário, da vinculação a um Órgão fiscalizador. 
Os órgãos de fiscalização de classe são considerados autarquias, mas especificamente, autarquias corporativas, ou seja, foram criadas com a finalidade de organizar e fiscalizar o exercício das profissões regulamentadas.
Sendo autarquias integram a estrutura da Administração Federal, ainda que de forma indireta, sofrem auditoria do Tribunal de Contas da União, e se o psicólogo inscrito no CRP não quitar suas contribuições poderá sofrer uma execução fiscal.
Deve atuar com base na legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, orientando e fiscalizando o exercício da profissão de Psicólogo e zelando pela preservação dos princípios de ética e disciplina da classe.
Princípios Fundamentais do Código de Ética da Psicologia:
1- Respeitar e promover a liberdade
2- Promover saúde e qualidade de vida
3- Exercitar a responsabilidade social
4- Universalizar o acesso da população às informações
5- Rejeitar situações nas quais a psicologia esteja sendo aviltada
6- Eliminar opressão, exploração e violência
7- Analisar criticamente a realidade
8- Aprimorar-se continuamente
Código de Ética: Aplicações e Sanções
Se temos como um dos princípios a legalidade, então falamos sobre uma liberdade na atuação profissional, desde que dentro dos preceitos legalmente estabelecidos.
As sanções devem atender ao princípio da legalidade, ou seja, para que um Conselho profissional possa advertir alguém, por exemplo, ele deve ter uma autorização prevista em lei para tal.
Para que seja aplicada a sanção deve estar previamente definida, de modo claro e preciso, em uma norma que já esteja em vigor no momento de sua aplicação.
A questão é: Estas sanções estão claramente estabelecidas no nosso código de ética profissional?
E, na ausência de uma clareza no estabelecimento, como elas devem ser aplicadas?
O que pode o conselho, nas suas instâncias regional ou federal, fazer nesse momento?
Considerando e analisando alguns artigos do Código de ética da psicologia:
O psicólogo deve informar o seu nome completo e número de inscrição no CRP (art.20, “A”) Por que?
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado: f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;
Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente: c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
Percebemos que é vedada a prestação ou vinculação de serviços cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão (CFP).
Se não é possível a prática, também não é possível a sua divulgação.
A polêmica dessa questão está no fato de que ela abrange muitas práticas como coaching, regressão a vidas passadas, terapias alternativas, etc. 
Qual uso podemos fazer destas?
Possíveis questões éticas:
1- Como assegurar o bem estar do sujeito em contextos de trabalho desafiadores?
2- Como podemos manejar o lugar de sujeito profissional X pessoa X sujeito político?
3- Como podemos atuar de forma ética em equipes multidisciplinares?
4- Como manejar crenças pessoais X conhecimento profissional?
5- Quais são as atribuições exclusivas aos profissionais de psicologia no ambiente de trabalho?