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2_Desempenho da Economia Brasileira

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Desempenho da Economia Brasileira
Exercício de 
2014
Desempenho da Economia Brasileira
O Produto Interno Bruto do país em 2014 foi de R$ 5,5 trilhões, com crescimento de somente 0,1% em relação a 
2013. O valor do PIB per capita teve variação negativa real de 0,7%, passando a registrar o valor de R$ 27.229,00. 
Em dólares, o PIB per capita foi de US$ 11,6 mil.
Produto Interno Bruto – 2002 a 2014
R$ trilhões
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3,7 3,7 4,0 4,1 4,2 4,5 4,7 4,7 5,1 5,3 5,4 5,51 5,52 
3,1 
1,2 
5,7 
3,1 
4,0 
6,0 
5,0 
-0,2 
7,6 
3,9 
1,8 
2,7 
0,1 
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Taxas Reais de Crescimento - em %PIB - em valores de 2014
Fonte: IBGE. Nota: PIB em valores constantes de 2014
A despesa de consumo das famílias em 2014 cresceu 0,9%, influenciada pela elevação real de 4,1% da massa 
salarial e pelo acréscimo nominal de 5,8% do crédito livre às famílias. 
A taxa de investimento alcançou 19,7% do PIB em 2014, índice inferior aos 20,5% registrados em 2013. A 
Formação Bruta de Capital Fixo também registrou queda, da ordem de 4,4%, em função da redução da produção 
interna de máquinas e equipamentos, da importação de bens de capital e do baixo desempenho da construção 
civil. 
Quanto à política fiscal, a despesa primária e a receita primária líquida como proporção do PIB obtiveram pequenas 
variações percentuais em relação ao exercício anterior. No âmbito do governo central, a receita primária, líquida 
de transferências, alcançou R$ 1.013,87 bilhões, equivalentes a 18,4% do PIB, contra 19,2% em 2013. Quanto à 
despesa primária, o montante foi ampliado, alcançando R$ 1.031,09 bilhões, ou 18,7% do PIB, contra 17,7% no 
ano anterior.
A balança comercial apresentou déficit de US$ 3,96 bilhões em 2014, valor inferior ao superávit de US$ 2,6 
bilhões em 2013, e menor ainda se comparado ao superávit de US$ 19,4 bilhões em 2012. As exportações em 
2014, no total de US$ 225,1 bilhões, sofreram retração de 7% em valor, pela média diária, se comparadas a 
2013. Considerando-se os índices de preço, a retração foi de 5,3%. A quantidade exportada em volume sofreu 
redução de 1,8% em relação a 2013. As importações em 2014 sofreram decréscimo de 4,5%, comparadas a 2013, 
considerando a média diária, passando de US$ 239.748 milhões para US$ 229.060 milhões.
A conta “Transações Correntes” em 2014 resultou no valor deficitário de US$ 91,3 bilhões (em 2013 o déficit 
registrado foi de US$ 81,4 bilhões), devido ao déficit comercial, bem como aos déficits de serviços (US$ 48,9 
bilhões) e de rendas (US$ 40,3 bilhões). 
Leia mais sobre este assunto nos itens 2.1 e 2.2 do Relatório, em www.tcu.gov.br/contasdogoverno
As reservas internacionais, pelo conceito de liquidez, atingiram US$ 374,0 bilhões em 2014, com variação negativa 
de 0,46% sobre o exercício anterior. 
Encerrado o exercício de 2014, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador utilizado 
para aferição do cumprimento da meta, alcançou 6,41% a.a., valor 1,91 p.p. acima do centro da meta e 0,09 
p.p. abaixo do limite superior. Cumprida, portanto, a meta de inflação para 2014, situando-se acima do índice de 
5,91% a.a. realizado em 2013.
O Banco Central persegue a meta inflacionária de 4,5% a.a. com uma banda de 2,0% desde 2006. A inflação 
medida pelo IPCA superou o centro da meta em 2008 (5,90% a.a.), 2010 (5,91% a.a.), 2011 (6,50% a.a.), 2012 
(5,84% a.a.), 2013 (5,91% a.a.), e 2014 (6,41% a.a.), conforme gráfico apresentado a seguir. Nesse contexto, a 
Autoridade Monetária tem se mostrado relativamente tolerante a taxas de inflação mais elevadas, apesar de as 
taxas ainda não terem superado o limite superior de 6,5% a.a. 
Evolução do IPCA – 2013 e 2014 (%)
 1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
Jan Feb Mar Abr Mai Jun
IPCA 2013 IPCA 2014
Jul Ago Set Out Nov Dez
Fonte: IBGE
Quanto à taxa básica de juros (Selic), após um período de relativa queda, entre agosto de 2011 (12,50% a.a.) 
e fevereiro de 2013 (7,25% a.a.), retomou-se uma política monetária mais restritiva, visando evitar pressões 
inflacionárias. Dessa forma, a taxa Selic encerrou 2014 com tendência de alta, no patamar de 11,75% a.a.
Por sua vez, a taxa de risco-país atingiu 318 pontos em 2014, índice mais elevado para o Brasil nos últimos cinco anos. 
As operações de crédito do sistema financeiro, com recursos livres e direcionados (provenientes de depósitos 
compulsórios e programas governamentais), alcançaram R$ 3,02 trilhões em 2014, ou 54,65% do PIB. Em 2013, 
o volume foi de R$ 2,71 trilhões (52,57% do PIB). 
A taxa de crescimento do emprego formal, a exemplo de 2012 e 2013, continuou a sofrer redução em relação 
ao exercício anterior e atingiu apenas 0,98% em 2014. Os rendimentos médios reais mensais entre 2009 e 2014, 
a preços de dezembro do último exercício, registram constante elevação na renda do trabalhador. O rendimento 
médio real de dezembro de 2014 (R$ 2.705,63) foi superior ao verificado em dezembro de 2013 (R$ 2.650,75).

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