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AULA 9 Teoria do Crime COMPLETO

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Prof. Graziela Maria Casas Blanco –
TEORIA DO CRIME
Sistema dualista/binário
Infração penal Crime ou delito
Contravenção penal
CRIME
Tipo de pena 
privativa imposta. 
Reclusão/detenção/
e/ou multa (art. 33 
do CP).
Tipo de ação penal
Privada/pública 
incond./cond.(art.10
0 do CP)
CONTRAVENÇÃO
Tipo de pena 
privativa imposta. 
Prisão simples ou 
multa (Art. 6º LCP).
Tipo de ação penal
Pública 
incondicionada (art. 
Art. 17 da LCP)
CRIME
Punibilidade da 
tentativa
È punível nos termos 
do art. 14 do CP
Extraterritorialidade 
da lei penal
Pune crime cometido 
fora do Brasil (art. 7º 
do CP). 
CONTRAVENÇÃO
Punibilidade da 
tentativa
Não é punível a 
tentativa (art. 4º LCP). 
Extraterritorialidade 
da lei penal
A lei brasileira só é
aplicável à contravenção
praticada no território
nacional (art. 2 da LCP).
CRIME
Competência 
para julgamento
Competência 
estadual/federal
Limites de pena
40 anos 
(art. art. 75 do CP)
CONTRAVENÇÃO
Competência para 
julgamento
é de competência
exclusiva da estadual,
salvo foro por
prerrogativa de função.
Limites de pena 
5 anos (art. 10 da 
LCP)
Art. 77 CP. A execução da pena privativa de
liberdade, não superior a 2 anos, poderá ser
suspensa, por 2 a 4 anos, desde que:
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e
personalidade do agente, bem como os motivos e as
circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista
no art. 44 deste Código.
CRIME
Período de 
prova no 
sursi
Cabe pelo 
prazo de 2 a 
4 anos (art. 
77)
CONTRAVENÇÃO
Período de 
prova no 
sursi
Cabe pelo 
período de 1 a 
3 anos (art. 11 
da LCP).
• AÇÃO HUMANA
Pode ser positiva ou negativa.
Animais não podem ser
agentes de crimes.
TEORIAS DA AÇÃO:
• Teoria Causalista (Beling e
von Liszt) – elemento
antropológico/mecanicista
(movimento corpóreo mecânico)
• Teoria Finalista
(Hans Welsel) – elemento
psicológico/final (movimento
corpóreo com finalidade)
• Teoria Social (Jeschek e
Wessels) – elemento
sociológico (movimento corpóreo
com finalidade socialmente relevante)
• FATO TÍPICO
Conduta = quando o
comportamento humano
se ajusta ao modelo legal
contido na lei penal.
Resultado = é a modificação
do mundo exterior.
Nexo Causal = é a relação
entre a conduta e o
resultado alcançado.
Tipicidade = é a perfeita
adequação da conduta e
resultado à definição legal
do delito.
PARA OCORRER UM CRIME É PRECISO:
• Conceito Material:
Crime é a violação de
um bem jurídico
penalmente tutelado
(protegido).
• Conceito Formal:
Crime é toda ação ou
omissão proibida pela
lei, sob a ameaça de
pena.
• Conceito Analítico:
Crime é toda ação ou
omissão humana
voluntária típica e
antijurídica, funcionando
a culpabilidade como
pressuposto para a
imposição da pena, e a
punibilidade como
consequência jurídica do
crime.
Conceito formal: crime pode ser
definido como todo fato humano
que, propositada ou
descuidadamente, lesa ou expõe a
perigo bens jurídicos considerados
fundamentais para a existência da
coletividade e da paz social.
Conceito material: mera
subsunção da
conduta ao tipo legal e,
portanto, considera-se infração
penal tudo aquilo que o
legislador descrever como tal,
pouco importando o seu
conteúdo.
O conceito analítico leva
em consideração os
elementos que compõe a
estrutura infração penal,
prevalecendo: fato típico,
ilícito e culpável.
Antijuricidade: é a relação de
contrariedade entre o fato típico e o
ordenamento jurídico; a conduta descrita
em norma penal incriminadora será ilícita ou
antijurídica quando não for expressamente
declarada lícita.
Ocorre quando o agente não agir
acobertado por uma causa excludente de
antijuridicidade, ou de ilicitude (art. 23, CP).
Culpabilidade: é a reprovação da ordem
jurídica em face de estar ligado o homem a
um fato típico e antijurídico;
Diz respeito à consciência jurídica do agente
em relação ao delito.
Elementos da Culpabilidade:
IMPUTABILIDADE
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Punibilidade: entendida como
aplicabilidade da pena, é uma
consequência jurídica do crime e não o
seu elemento constitutivo; a pena não é
um momento precursor do iter criminis,
mas o efeito jurídico do comportamento
típico e ilícito, sendo culpado o sujeito.
Sujeito ativo do crime: é quem pratica o
fato descrito na norma penal
incriminadora;
Sujeito passivo do crime: é o titular do
interesse cuja ofensa constitui a essência
do crime. Podem ser pessoa física ou
jurídica ou mesmo a coletividade, família
nos crimes vagos.
Sujeito passivo constante ou formal: é
o Estado titular do mandamento proibitivo
lesado pela conduta do sujeito ativo, é
vitima formal de todo ou qualquer crime.
MORTO
NÃO É TITULAR DE DIREITO, NÃO É
SUJEITO PASSIVO DE CRIME.
NO ENTANTO, PUNE-SE DELITOS
CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS
(Art. 209 A 212 do CP) sujeito passivo - a
coletividade. Art. 138, §2º, CP – calúnia
ao morto) sujeito passivo a família
ANIMAIS
NÃO SÃO VÍTIMAS DE CRIME E SIM
OBJETO MATERIAL DO DELITO.
NOS CRIMES DE FURTO E DANO O
SUJEITO PASSIVO É O DONO DO
ANIMAL, JÁ EM CRIMES AMBIENTAIS É
A COLETIVIDADE.
Capacidade penal: é o conjunto das
condições exigidas para que um sujeito
possa tornar-se titular de direitos ou
obrigações no campo de Direito Penal.
CF arts. 173, § 5º e 225, § 3º-
responsabilidade penal da pessoa jurídica.
Lei 9.605/98“Art. 3º “As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por
decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse
ou benefício da sua entidade.”
Incapacidade penal: ocorre nos casos
em que não há qualidade de pessoa
humana viva e quando a lei penal não se
aplique a determinada classe de pessoas.
Objeto do delito: é aquilo contra que se
dirige a conduta humana que o constitui;
para que seja determinado, é necessário
que se verifique o que o comportamento
humano visa;
objeto jurídico do crime e o bem ou
interesse que a norma penal tutela;
objeto material é a pessoa ou coisa sobre
que recai a conduta do sujeito ativo.
Elementos do Tipo Penal
• TIPO: é o conjunto dos
elementos descritivos do
crime contidos na lei
penal.
• ELEMENTO OBJETIVO:
Descreve a conduta do
agente. (Ex.Art 171-
fraude/erro)
• ELEMENTO SUBJETIVO
Descreve a intenção, ou
o desígnio, do agente (Ex.
Art. 171 – vontade obter
vantagem)
• ELEMENTO NORMATIVO:
Descreve a situação do
agente.
Consiste em expressões
que fazem referência ao
injusto, e necessitam de
uma juízo de valor por
parte do magistrado ou
aplicador da lei.
HOMICIDIO -
121
FURTO - 155 PECULATO - 312 FALSO TESTEMUNHO -
342 
SUJEITO 
ATIVO
PESSOA 
FISICA CAPAZ 
COM 18 ANOS 
PESSOA FISICA 
CAPAZ COM 18 
ANOS 
FUNCIONÁRIO 
PÚBLICO
SÓ TESTEMUNHA,
PERITO, CONTADOR OU 
INTÉRPREDE
SUJEITO 
PASSIVO 
CONSTANTE
ESTADO ESTADO ESTADO ESTADO
SUJEITO 
PASSIVO 
EVENTUAL 
PESSOA 
MORTA 
PESSOA FISICA
OU JURIDICA 
DESFALCADA 
ESTADO E 
EVENTUAL 
PARTICULAR
LESADO 
ESTADO E EVENTUAL 
PARTICULAR LESADO 
OBJETO 
MATERIAL
OBJETO 
JURÍDICO
VIDA
COISA 
SUBTRAÍDA
PATRIMÔNIO
DINHEIRO VALO OU 
QUALQUER OUTRO 
BEM MÓVEL
EM ESPECIAL A 
REGULARIDADE 
DAS ATIVIDADE E A 
MORALIDADE DA 
ADM PÚBLICA 
NÃO TEM
O PRESTÍGIO DA ADM. 
DA JUSTIÇA
• Quanto à ação do
agente:
CRIME COMISSIVO
CRIME OMISSIVO
PRÓPRIO
CRIME COMISSIVO
POR OMISSÃO
• Quanto à lesividade
do bem jurídico:
CRIME DE DANO
CRIME DE PERIGO:
CONCRETO
ABSTRATO
• Quanto ao resultado:
CRIME MATERIAL
CRIME FORMAL
CRIME DE MERA 
CONDUTA
Para Memorizar: com 
resultado, com 
resultado antecipado
e sem resultado.
• Quanto ao momento 
do crime:
CRIME INSTANTÂNEO
CRIME PERMANENTECRIME INST. DE EFEITO 
PERMANENTE 
(bigamia)
CRIME A PRAZO (arts. 129, 
§ 1º, I; 148, § 1º, III e 169, 
p.ú., II, CP.)
• Quanto à intenção
do agente:
CRIME DOLOSO
CRIME CULPOSO
CRIME
PRETERDOLOSO
Dolo antecedente e
culpa consequente
• Quanto à
consumação do
crime:
CRIME CONSUMADO
CRIME TENTADO
CRIME FALHO ou
tentativa perfeita ou
acabada
CRIME IMPOSSÍVEL
• Diferencie o Crime 
Progressivo da Progressão 
Criminosa
• Diferencie o Crime de forma 
livre (arts. 121 e 147, CP)
daquele de forma vinculada 
(arts. 130 e 213 CP, conj. carnal)
• Diferencie os Crimes 
Transeuntes (não deixam 
vestígios) dos Não Transeuntes 
(deixam vestígios)
• Diferencie o Crime habitual
(prática reiterada de atos que 
revelam estilo de vida: 
curandeirismo - art. 284, CP) do 
profissional (cometido com 
finalidade lucrativa, como 
rufianismo - art. 230, CP).
• Quanto ao número de 
agentes exigidos:
CRIME UNISSUBJETIVO (único 
agente)
CRIME PLURISSUBJETIVO 
(vários agentes)
• Quanto ao número de 
atos executórios:
CRIME UNISSUBSISTENTE 
(único ato executório)
CRIME PLURISSUBSISTENTE 
(dois ou mais atos executórios)
CRIME MONO-OFENSIVO = 
ofensa a bem jurídico único (furto)
PLURIOFENSIVO = ofensa a dois ou 
mais bens jurídicos (latrocínio)
• Quanto á gravidade 
do crime:
CRIME SIMPLES
CRIME QUALIFICADO
CRIME PRIVILEGIADO
O QUE É CRIME 
REMETIDO? Art. 
304, CP.
• Quanto ao agente 
que o pratica:
CRIME COMUM
CRIME PRÓPRIO
CRIME DE MÃO 
PRÓPRIA
CRIME FUNCIONAL
(Exige que o agente seja 
funcionário público: no 
exercício da função ou em 
decorrência dela)
• Quanto ao local do
crime:
CRIME À DISTÂNCIA
(conduta e resultado
desenvolvem-se em
países distintos – art. 6º,
CP e art. 70, §§ 1º, 2º,
CPP)
CRIME PLURILOCAL
(conduta e resultado
desenvolvem-se em
comarcas distintas do
Brasil)
• Quanto à ação
penal:
CRIME DE AÇÃO
PENAL PÚBLICA
INCONDICIONADA
CRIME DE AÇÃO
PENAL PÚBLICA
CONDICIONADFA
CRIME DE AÇÃO
PENAL PRIVADA
• Quanto à 
especialidade:
CRIME MILITAR
CRIME AMBIENTAL
CRIME DE TRÂNSITO
CRIME FALIMENTAR
CRIME ELEITORAL
CRIME HEDIONDO
CRIME CONTRA A 
CRIANÇA E O 
ADOLESCENTE
CRIME CONTRA A 
ECONOMIA 
POPULAR
CRIME CONTRA O 
CONSUMIDOR etc.
Crime doloso: previsão legal art. 18,
I do CP: “doloso, quando o agente
quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo”.
É a vontade livre e consciente de
realizar ou aceitar realizar a
conduta prevista do tipo penal
incriminador.
Crime Culposo - previsto no art. 18,
II do CP: “culposo, quando o
agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou
imperícia.”
Consiste numa conduta voluntária
que realiza um fato ilícito não
querido ou aceito pelo agente.
Crime comum
São os delitos que 
podem ser cometidos 
por qualquer pessoa. 
Ex: homicídio, roubo, 
falsificação.
Crime próprio
São os crimes que exigem sujeito ativo
especial ou qualificado, isto é, somente
podem ser praticados por determinadas
pessoas.
Qualidade de fato: mulher no ato aborto.
Qualidade de direito: referentes à lei,
funcionário público, testemunha.
Admite a participação e a coautoria
Crimes de mão própria ou de atuação
pessoal
:
Só podem ser cometidos pelo sujeito
em pessoa, não havendo coautoria,
somente participação. São crimes
próprios que exigem sujeito ativo
qualificado. Ex. reingresso de
estrangeiro (art.338 do Cód. Penal),
falso testemunho, falsa perícia (art.
342 do Cód. Penal), infanticídio (art.
123 do CP). Só admite a participação.
Crime de dano
Consumam-se com a
necessária e efetiva lesão
do bem jurídico tutelado.
Ex: homicídio, furto, dano.
Crime de perigo
A consumação se dá com a
simples possibilidade de dano (art.
273 do Código Penal -
falsificação,corrupção, adulteração ou
alteração de produtos destinados a
fins terapêuticos ou medicinais; art.
132 do Código Penal - perigo de vida).
Crime de perigo
CLASSIFICAM-SE EM :
a - crime de perigo concreto: quando a lei exige
uma situação de efetivo perigo; Ex: crime de
maus-tratos (art. 136).
b - crime de perigo abstrato: a situação de
perigo é presumida. Ex: associação
criminosa(art.288 do Cód. Penal);
Subdividem-se os crimes de perigo em crimes
de perigo concreto e crimes de perigo
abstrato, diferenciando-se um do outro porque
naqueles há a necessidade da demonstração
da situação de risco sofrida pelo bem jurídico
penal protegido, o que somente pode ser
reconhecível por uma valoração subjetiva da
probabilidade de superveniência de um dano.
Por outro lado, no crime de perigo abstrato, há
uma presunção legal do perigo, que, por isso,
não precisa ser provado
Crime material
Crime só se consuma com a
produção do resultado
naturalístico, com a morte no
homicídio, subtração para o
furto.
Crime formal
O tipo não exige a produção do resultado para
a consumação do crime, embora seja possível
sua ocorrência.
O resultado naturalístico é irrelevante para que
a infração penal se consume.
Ex. ameaça, extorsão mediante sequestro. São
também chamados de incongruentes, de
consumação antecipada ou evento naturalístico
cortado..
Crime de mera conduta 
Não existem nenhum resultado que
provoque modificação do mundo
concreto.
Ex.: violação de domicílio (art. 150 do
Cód. Penal), desobediência (art. 330 do
Cód. Penal).
Portar droga (art. 33 da Lei 11;343/06).
Crime comissivo
É o praticado por meio de
ação.
Ex.: homicídio, lesão corporal
Crime omissivo
É o praticado por meio de uma
omissão.
Ex. art.135 do Cód. Penal - deixar
de prestar assistência.
Classifica-se próprio e
impróprio
Crime omissivo próprio 
Não existe dever jurídico de 
agir. O agente não responde 
pelo resultado, mas apenas 
por sua conduta omissiva 
(art. 135 a 269 do Cód. Penal).
Crime omissivo impróprio ou
comissivo por omissão
O omitente tem o dever jurídico de agir, de evitar o
resultado- art. 13,§ 2o do Cód. Penal.
Ex.: mãe que deixa de amamentar o filho, fazendo
com que ele morra de inanição dever-jurídico);
salva - vidas que, na posição de garantidor deixa o
banhista morrer afogado:
Ambos podem responder por homicídio e não por
simples omissão de socorro.
Crime de conduta mista
Em que o tipo legal descreve uma fase
inicial ativa e uma fase final omissiva.
Ex: apropriação de coisa achada (art.
169.§ único do Código Penal).
Crime instantâneo
Consuma-se em um dado
instante, em continuidade
no tempo.
Ex.: homicídio.
Crime permanentes
O momento consumativo se alonga,
prolonga no tempo e o bem jurídico
é continuadamente agredido –
Ex. sequestro - art. 148 do Cód.
Penal.
A cessação da situação ilícita
depende apenas da vontade do
agente.
Crime instantâneo de efeito
permanente
Consuma-se em dado
instante, mas seus efeitos
se perpetuam no tempo
independe da vontade do
agente (homicídio).
Crime a prazo
A consumação depende
de um determinado lapso
(tempo), art. 129, § 1o , I
do Cód. Penal - lesão
corporal por mais de 30
dias.
Crime principal: existe
independentemente de outros
(furto).
Crime acessório: depende de
outro crime para existir
(receptação, favorecimento
pessoal, lavagem de dinheiro).
Crime complexo
Resulta da fusão de dois ou mais tipos
penais.
Ex.
latrocínio= roubo + homicídio; Art
157§3º
estupro qualificado pelo resultado=
estupro+ morte; Art 213§2º
extorsão mediante sequestro=
extorsão + sequestro. Art 159
Crime putativo
Imaginário ou
erroneamente suposto: o
agente pensa que cometeu
um crime, mas, na
verdade, realizou um
irrelevante penal.
Crime putativo
Delito putativo por erro de
tipo, que é o crime
impossível pela
impropriedade absoluta do
objeto, como no caso da
mulher que ingere substância
abortiva, pensando estar
grávida;
Crime putativo
Delito putativo por erro de
proibição, quando o agente pensa
estar cometendo algo injusto, mas
pratica uma conduta perfeitamente
normal, como é o caso do boxeador
que, após nocautear seu oponente,
pensa ter cometido algo ilícito;
Crime putativo
Delito putativo por obra do agente
provocador, conhecido também
como delitode ensaio, delito de
experiência ou delito de flagrante
preparado, no qual não existe
crime por parte do agente induzido,
ante a ausência de espontaneidade
(Súmula 145 do STF).
Súmula 145 do STF
Preparação do Flagrante pela
Polícia que Torna a
Consumação Impossível
“Não há crime, quando a
preparação do flagrante pela
polícia torna impossível a
sua consumação”.
Crime falho 
É o nome que se dá a tentativa
perfeita ou acabada em que se
esgota a atividade executória sem
que tenha produzido o resultado.
Ex: atirador que descarrega sua
arma de fogo sem atingir a vítima.
Crime unissubsistente: é o que se
perfaz com um único ato.
Ex. injuria verbal. Não admite
tentativa.
Crime plurissubsistente: é aquele que
exige mais de um ato para sua
realização.
Ex: estelionato, art. 171 do Cód. Penal.
Crime vago
É aquele que tem por sujeito
passivo entidade sem
personalidade jurídica, como
a família, o público, a
sociedade etc.
Ex. ato obsceno, art. 233 do
Cód. Penal.
Crime de ação múltipla ou 
conteúdo variado
É aquele em que o tipo penal
descreve várias modalidades de
realização do crime.
Ex. tráfico de drogas, art. 33°,
da Lei 11.343/06;
induzimento ou auxílio ao
suicídio, art. 122 do CP).
Crime habitual e profissional
É o praticado por uma reiteração de atos
que revelam um estilo de vida do agente.
Consuma-se com a habitualidade da
conduta.
Ex.: curandeirismo. Art 284
Quando o agente pratica as ações com
intenção de lucro, fala-se em crime
profissional.
Ex.: rufianismo. Art 230
Crime funcional 
É o cometido por funcionário público.
Crime funcional próprio - que só pode ser
cometido por funcionário público. Art 312
Crime funcional impróprio - é o que pode
ser cometido também pelo particular, mas
com outro nome jurídico.
Ex: apropriação indébita (praticado por
particular), peculato (praticado por
funcionário público).
Crime a distância 
A execução do crime dá-se em
um país e o resultado em outro.
Crime de injúria escrita em carta
de São Paulo e remetida para
Londres.
Teoria da ubiquidade.
Delito transeunte: Transeunte é o
que não deixa vestígios.
Ex. calúnia, injuria, desacato,
cometido verbalmente.
Delito não transeunte: é o que deixa
vestígios.
Ex.: homicídio, lesão corporal.
Exige exame de corpo de delito

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