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Fichamento do livro Teoria Pura do Direito

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Fichamento do livro: Teoria Pura do Direito
	Resumo 
	01
	Docente: 
	Curso: Direito 
	 Período: º
	Professor: 
	
	Ficha Bibliográfica
	FALCON, Francisco José Calazans. Iluminismo. 3. ed. São Paulo: Editora Ática S.A,1991.
	
	Hans Kelsen Foi um dos produtores literários mais profícuos de seu tempo, tendo publicado cerca de quatrocentos livros e artigos, destacando-se a Teoria Pura do Direito pela difusão e influência alcançada.
É considerado o principal representante da chamada Escola Positivista do Direito.
Kelsen dá valor apenas ao conteúdo normativo. A função da ciência jurídica teoriza, “é descrever a ordem jurídica, não legitimá-la”.
A Teoria Pura do Direito deitou suas raízes na filosofia de Immanuel Kant e não em princípios metafísicos da doutrina jurídica, sendo focada na Crítica da Razão Pura e, mais, precisamente, na lógica transcendental. Suas origens kantianas estão reconhecidamente confessas no capítulo III que se refere à categoria do dever, considerado como categoria da lógica transcendental.
 
Nesse particular, estabeleceu um paralelo entre a imputação e a causalidade, sendo essa, uma categoria transcendental, um princípio gnosiológico que permite compreender a realidade virtual.
 
Kelsen rejeitando a inspiração kantiana da doutrina do direito natural, afirmou que a Teoria Pura do Direito refere-se ao direito positivo[2], vendo no “dever”, de Solen, uma categoria lógica das ciências normativas.
 
	
	CONSIDERAÇÕES
A Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen, fundamenta-se na possibilidade de encontrar na realidade, um aspecto que seja puramente jurídico e, como tal, suscetível de ser objeto da ciência jurídica. Daí o nome de Teoria Pura, que poderia chamar-se também Teoria do Direito Puro.
A diferença, para Kelsen, entre o Direito e outros sistemas de normas, é que, no Direito, a reação à violação de uma norma será por meio de um ato de força que seja socialmente organizado.
Esse ato de força pode ser de uma maneira centralizada como nos Estados modernos, ou descentralizada como sucedia nas ordens jurídicas primitivas.
Kelsen parte, então, para o centro de sua Teoria Pura, a questão do fundamento de validade, dentro do que ele chamou de "Dinâmica Jurídica".
Um sistema de normas é dinâmico quando umas normas fundamentam-se em outras em virtude de uma delegação de autoridade das normas superiores para as inferiores, determinando o modo como serão produzidas, e não o seu conteúdo
	1. DIREITO E NATUREZA
“A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo - do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial. É teoria geral do Direito, não interpretação de particulares normas jurídicas, nacionais ou internacionais. Contudo, fornece uma teoria da interpretação.“(01)
O direito positivo busca uma teoria geral, focada em um único objeto, o Direito em si, excluindo tudo aquilo que não pertence ao próprio objeto ,baseando-se nas indagações do que é e como é o direito. Por tratar-se de uma ciência jurídica e não uma política do direito.
As ciências sociais, tanto quanto as da natureza possuem atos jurídicos de direito, claro que cada uma delas é varia conforme tempo e espaço, em que cada ato, desprende em uma manifestação externa de conduta no ponto de vista do direito para cada fato uma significação jurídica.
No sentido subjetivo, o ato de conduta humana, não pode ser apreendida por meio dos sentidos, sendo declarada pela auto-explicação, expressada em palavras escritas ou faladas. Subjetivamente a explicação jurídica depende do conhecimento no material, como uma declaração.
Na interpretação objetiva, o ato esta ligada a situação de nexo causal, ou seja, é determinado pela lei da causalidade, a causa e efeito, o resultado que dará significação a interpretação. 
Dessa forma a interpretação é dada racionalmente, uma vez que, depende de um esforço mental que estabeleça a compreensão do ato. Para determinar se será ilícito ou licito, a causalidade que determinara de acordo com o resultado.
“[...] Uma norma jurídica é considerada como objetivamente válida apenas quando a conduta humana que ela regula lhe corresponde efetivamente, pelo menos numa certa medida. Uma norma que nunca e em parte alguma é aplicada e respeitada, isto é, uma norma que - como costuma dizer-se - não é eficaz em uma certa medida, não será considerada como norma válida (vigente). [...]”.(p. 12).
A validade é a qualidade da norma que conecta a conduta ao ordenamento, quando obedecidas as condições formais e materiais do ato para sua produção, automaticamente se integra ao sistema.
O ato possui a vontade, é caracterizado pelo sentido de dever ser (o interesse da maioria), qualquer situação adversa ao ato de vontade constitui um dever de ser, a norma intencionalmente é dirigida a conduta de outrem que perca o sentido de ser da vontade, ou seja, a norma é aplicada de forma abstrata (erga omnes), indo contra a pretensão de um suposto agente. 
 A validade da norma no seu sentido subjetivo ocorre quando é delegado poder a alguém para que aplique a mesma. Ela surge quando a comunidade interessada decide que tal costume de conduta repetitiva seja ordenado, para que todos se comportem da mesma maneira. Já o sentido objetivo é a vinculação da norma ao individuo que comete a conduta adversa ao desejo de comportamento pela maioria.
A conduta humana apenas pode ser regulada pela norma. Demais fatores dependem da relação direta com a conduta humana para serem contemplados normativamente.
Uma conduta humana é prevista no ordenamento de forma positiva e negativa. Positiva quando, desde logo é prevista em um ordenamento positivo, havendo a realização do ato. Negativa quando, evidenciado pela omissão (abstenção do ato).
O “juízo” judicial, é mais uma norma, qual cabe a interpretação do ato. Nele sera admitida uma afirmação como verdadeira, ou uma vinculação entre duas ideias. “[...] O juízo que afirma que algo é adequado ao fim pode, conforme o caráter subjetivo ou objetivo do fim, ser um juízo de valor[footnoteRef:1] subjetivo ou objetivo. Um tal juízo de valor, porém, é apenas possível com base numa visualização da relação causal que existe entre os fatos a considerar como meio e como fim.[...]” (p. 25). Assim o juízo é uma ordem social que institui sanções de uma ordem moral. [1: 
] 
As sanções de caráter transcendentes refere-se ao ordenamento a qual a conduta esta submetida. Socialmente imanente ocorre quando executada a conduta de tal ordenamento dentro da sociedade.
Uma ordem normativa esta fundamentada na base da norma fundamental (origem do costume), retirando a validade de todas as normas pertencentes a essa ordem. Uma norma singular esta vinculada a uma determinada norma jurídica, fundindo sua validade na norma fundamental, quais regulam a conduta humana.
As ordens coativas são instrumentos de regulação dos atos indesejados, de atos nocivos a outrem, devido a uma conduta humana.
Os atos e coações, são instituídos como sanções na ordem jurídica, sendo a reação contra a conduta indesejada do individuo. O monopólio de coação da comunidade jurídica, caracteriza o desejo da maioria, em que decidiram sobre os pressupostos de tal conduta prevendo qual a coação será aplicada, com a intenção de que o individuo transgressor seja punido, sem que venha a sofrer sanções por ato de força da parte lesada.
Surge então a ideia de segurança coletiva, instituída pelo monopólio de coerção, caracterizando uma forma de paz, contrariando qualquer ato que empregue a força física, ou principio da auto defesa.
O direito também pressupõe uma ordem coativa. Ao mesmo tempo que a norma coercitiva pune conduta indesejada, ela impondo obediência. Enquanto uma norma prevê determinada conduta como certa ou incorreta, outra norma possui o caráter punitivo, caso não seja observada a regra da primeira. Contudo, o direito possui sentido amplo, não se restringindo a coercitividade. 
	2. DIREITO E MORAL
O direito não pretende ser a essência da natureza humana, visto que não poderia subsistir só no contexto natural. Ele é parte de um conjuntode atributos da natureza humana. Pode ser entendido moral e ética. Moral quando descreve condutas e ética quando disciplina essas condutas.
 Uma norma moral visa à contrariedade ao senso egoístico do indivíduo, ou seja, mostra ao indivíduo que sua vontade deve ser contida frente à norma moral. A atitude de obedercer a norma o tonar disciplinado, logo com correção ética. O contrário desta intenção normativa moral se tornaria um ato ilícito.
O direito em sua essência é moral, devendo ser justo, por si só constituindo um valor moral. Sendo assim, o direito, justo. Permitindo criar o senso de justiça. Aplicando a justiça será satisfeita a vontade de todos (pelo menos da maioria).
Ressalta-se que não existe uma moral absoluta, desta forma, o valor moral é relativo, dependente do ponto de vista das normas sociais, o conteúdo moral, determinará os fundamentos que caracterizaram a justiça.
Sendo a essência do direito o carater moral, isso não quer dizer que o direito deva ser moral. Pressupõe-se a existência de uma única moral absoluta, cuja validade da ordem juridica independe dessa moral absoluta.
Como o critério apreciativo da moral é relativo, quando avaliado tal conduta como imoral ou correta, o julgamento pode ser aplicado por entendimento adverso de outro sistema moral.
O direito positivo interferirá quando existir um dirieto moralmente bom ou mal, exigindo que seja feita separação do direito da moral e a ciência juridica do senso ético. Isso quer dizer que um norma juridica pode ser valida ainda que contrarie à ordem moral. A ideia da existencia de um única moral, com vários sistemas morais diferentes uns dos outros, significa que uma ordem juridica positiva pode corresponder preceitos morais de um determinado grupo, comunidade ou camada a qual esteja submetida.
Verifica-se, que é feita uma rejeição pela teoria pura do direito, quanto a ideis de que o mesmo é submetido a sua própria essência moral, pelo simples fato de aceitar a exixtência de uma moral absoluta, conduz a legitimação de uma ordem coercitiva própria, sendo essa o direito.
	3. DIREITO E CIÊNCIA
A ciência jurídica e humana tem por objetos as normas jurídicas. Pela ótica do direito é forma pela qual a ciência jurídica aprende seu objeto jurídico.
Na regulação das normas há a teoria estática, cujo objeto é o direito como sistema de normas em vigor, e uma dinâmica do direito em que o objeto é o processo jurídico de produção e aplicação do direito, sua movimentação.
A ciência jurídica cabe a interpretação normativa dos fatos de uma conduta humana. Distingue-se das normas jurídicas produzidas pelos órgãos jurídicos, quais cabe a aplicação e observância do direito.
Assim, as normas não são juízos, são as imperativos de permissão e atribuições de poder ou competência.
A natureza é definida como objeto de determinação de sistema de elementos que estão ligados pelo nexo causal. Objeto descrito pelas leis naturais, cabendo a ciência descrição e aplicação dos princípios deste objeto. Já a sociedade é uma ordem normativa de conduta humana, mesmo que a ciência descreva e explique as condutas, o objeto será a conduta/ato dos homens em face um dos outros, qualificando assim uma ciência social.
A sociedade fica entendida como ordem normativa da conduta dos homens entre si. Contrapondo a ciência natural. 
Também na conduta dos homens se aplica outro principio, denominado imputação, ou seja, toda aplicação da lei em face de uma conduta antijurídica praticada por um individuo. A convivência em grupo, pré determina a existência de uma conduta boa, injusta ou má. Existindo uma sociedade, nasce consigo a consciência de que essa convivência precisa de normas que regulem as condutas entre os indivíduos que a compõe, manipulando uma paz e equilíbrio, com ordens seguidas de uma autoridade supra-humana, ideia advinda de normas mais antigas da humanidade.
A emancipação da interpretação da natureza, resultou na ciência moderna. A desvinculação do principio da imputação em que más condutas eram punidas e as boas premiadas, para o principio da causalidade, trouxe ao conhecimento do homem que as relações entre as coisas, são determinadas independente da vontade humana, com resultados bons ou ruins, passando a serem determinadas por normas.
A ciência jurídica passa a determinar a conexão entre os elementos do seu objeto. O principio da causalidade qual diz que o individuo deve ser e poderá ser. Já a imputação afirma que é, ou seja, aquele descreve a ação, já esse deve receber conforme agiu, se bem é premiado, se agiu mal, deve ser punido.
Uma simplificação da distinção entre causalidade e imputação, consiste em que toda a causa concreta, pressupõe numa outra causa; e todo o efeito concreto, deve ser considerado como causa um outro efeito. 
O homem tem vontade livre, conduto responde por suas ações, boas ou ruins.
A ciência em si é composta de ideologias, contudo, o direito positivo deve manter-se distante de ideologias, devendo nascer da verdade.
	4. ESTÁTICA JURÍDICA
Distingue-se duas espécies de atos coercitivos:
Sanções – contra uma omissão e ou omissão determinada pela ordem jurídica, surgindo assim as penas e a execução;
Coações – espécie de constrangimento e a obrigação de fazer sobre alguém, sem caráter punitivo. O poder do estão em obrigar um individuo acometido por doença grave, por exemplo, a ficar internado.
A ação e a omissão, já estão pré determinadas pela ordem jurídica, delimitando o que é licito e ilícito, bem como a sanção. Estando ligados a um ato de coação como consequências.
A conduta determina que o individuo haja de tal maneira, conforme prescrita pela ordem social, a inobservância a norma social, contrariando a vontade da maioria, acarretará em sanções.
O dever jurídico esta juridicamente ligado a obrigação de cumprir com determinada conduta, pela força do direito, é o dever ser. Para condutas oposta, está prescrita sansões coercitivas.
A responsabilidade também se vincula a conduta de outrem, isso quer dizer, que somos pré determinados a uma conduta de dever ser, a nossa própria conduta, quando se tratando de conduta praticada por outrem, não respondemos a essa. Porém, existe a responsabilidade coletiva, quando a ação tem relação com demais indivíduos de um mesmo grupo, como exemplo a família.
A responsabilidade se divide em suas espécies:
Culpa: quando tal conduta é proibida, e o individuo que a prática ignora intencionalmente.
Resultado: um delito de omissão, dependente da vontade que institui a responsabilidade pelo resultado.
A Estática Jurídica, nada mais é que o estudo do Direito enquanto um sistema dado de normas, ao contrário da dinâmica que estuda a formação da norma.
5. DINÂMICA JURÍDICA
Dado o direito como ordem normativa. O fundamento de validade de uma norma só pode ser validade de outra norma, uma vez, que só é possível fundamentar algo, desde que já tenha uma previsão. Essa será automaticamente a norma superior a outra.
“O fundamento de validade de uma norma apenas pode ser a validade de uma outra norma. Uma norma que representa o fundamento de validade de uma outra norma é figurativamente designada como norma superior, por confronto com uma norma que é, em relação a ela, a norma inferior” (pág. 215).
O fundamento humano pode ser determinado por uma autoridade humana ou supra-humana. No exemplo dos Dez Mandamentos, são fundamentação para as ordens de Deus.
A norma fundamental deve ser a ultima e superior, sendo assim, pressuposta e não posta no ordenamento. O fundamento da mesma não é posto em questão, já que ele serve como fundamento para o resto, caso contrário dependeria de uma norma mais elevada. Ela serve como fonte comum para todas as demais normas do ordenamento, ligadas direta ou indiretamente.
Segundo a natureza do fundamento de validade, pode ser distinto por dois diferentes sistemas de normas. Um tipo estático e um tipo dinâmico.
No ordenamento estático, a conduta dos indivíduos é determinada por força do seu conteúdo, que pode ser subsumido, assim como do particular para o geral.
O sistema dinâmico é caracterizadopelo fato de uma norma fundamental pressuposta não ter por conteúdo senão a instituição de um fato produtor de normas, a atribuição do poder a uma autoridade legisladora, em regra a determinação de como deve ser criadas as normas gerais e individuais com ordenamento fundamentado sobre esta norma.
A norma fundamental limita-se a fixar uma regra em conformidade com a qual dever ser criada as normas deste sistema, delegada numa autoridade legisladora.
Caso estejam as normas em nível hierárquicos diferentes a superior vence e a inferior é taxada como invalida. Caso sejam de mesmo nível, prevalece a norma mais recente.
Confusões também são passiveis de ocorrências entre duas decisões judiciais. “ O conflito é resolvido pelo fato de órgão executivo ter a faculdade de escolher entre observar uma ou outra das decisões, ou seja, efetivar ou não efetivar pena ou a execução civil, observar uma ou outra das normas individuais”(p. 231).
Entre uma norma que determina a criação de outra e a norma criada não cabe contradição, pois a norma criada tem o seu fundamento de validade na norma superior. O principio de que a norma de uma ordem jurídica é válida até a sua validade terminar, “no entanto, só é aplicável a uma ordem jurídica estadual com uma limitação muito importante: no caso de revolução, não encontra aplicação alguma. Uma revolução no sentido amplo da palavra, compreendendo também o golpe de Estado, é toda modificação ilegítima da Constituição, isto é, toda modificação da Constituição, ou a sua substituição por outra, não operadas segundo as determinações da mesma Constituição” (pág. 233).
O conteúdo destas normas em suma permanecem o mesmo. Os atos que surgem com o sentido subjetivo de criar ou aplicar normas jurídicas já não mais são pensados sob a pressuposição da antiga norma fundamental, mas sob a pressuposição da nova norma fundamental.
Surgindo aqui a aplicação do chamado principio da efetividade. Já o principio da legitimidade é limitado pelo principio da efetividade. Nessa limitação a solução proposta pela Teoria Pura do Direito, consiste assim como a norma de dever-ser, como sentido do ato-de-ser que a põe, se não identifica com este ato, assim a validade de dever-ser de uma norma jurídica se não idêntica com a sua eficácia da ordem do ser; a eficácia da ordem jurídica como um todo a eficácia de uma norma jurídica singular são-tal como o ato que estabelece a norma – condição da validade. Tal eficácia é condição no sentido de que uma ordem jurídica como um todo e uma norma jurídica singular já não são consideradas como válidas quando cessam de ser eficazes.
A dinâmica jurídica em Kelsen demonstra uma estrutura escalonada das normas. Começa pelo processo de criação, passa para transformação/estudo, após é feita a validação da norma.
	6. DIREITO E ESTADO
Se o indivíduo, portador dos direitos e deveres jurídicos considerados, fala-se de uma pessoa física; Outras entidades portadoras dos direitos e deveres jurídicos em questão, fala-se de pessoas jurídicas (Exemplo Empresas).
Tanto a pessoa jurídica, quanto a pessoa física, são construções da ciência jurídica. Assim ela é mais filho do Direito do que da realidade social. Quando se diz que a ordem jurídica confere a um indivíduo personalidade jurídica, isso apenas significa que a ordem jurídica torna a conduta de um indivíduo conteúdo de deveres e direitos. Ë a ciência jurídica que exprime a unidade destes deveres e direitos no conceito - diferente do conceito de homem – de pessoa física, conceito do qual não pode servir, como conceito auxiliar, na descrição do Direito, mas do qual se tem a necessariamente de nos servir, pois a situação criada pela ordem jurídica também pode ser descrita sem recorrer a ele.
Quando uma norma provém de uma autoridade, que tenha capacidade legal para isso, isto é, tem competência para estabelecer estas normas válidas por ter uma norma que confira esse poder de fixar normas ou criá-las, essas normas irão ser válidas. Pois, a autoridade através da norma que estabelece seu poder legislativo e tem a competência para exercer esse poder, será a ela submetida também, além, dos indivíduos que devem obediência às m normas por ela fixadas.
Kelsen define pessoa jurídica, não apenas como um homem detentor de direitos e deveres, mas, uma pessoa como um conjunto de normas. Em relação a pessoa jurídica a denomina como auxiliares de direito subjetivo e dever jurídico.
Na pessoa jurídica é preciso determinar os direitos subjetivos como normas que incidem sobre o comportamento do individuo, e o dever jurídico um reflexo de uma norma, aqui então caberia ignorar os direitos subjetivos.
Assim a pessoa jurídica seria um complexo de normas, composta essas normas por um vínculo à conduta de um mesmo individuo ou corporação. 
A corporação entendida como uma comunidade de indivíduos a que a ordem jurídica estabelece direitos e deveres. "Como os deveres e direitos apenas podem ter por conteúdo a conduta humana, a ordem jurídica pode conferir direitos somente a indivíduos". 
Dessa forma uma corporação é criada por alguns indivíduos, sendo um conjunto de normas/regras de conduta determinadas pelos indivíduos que a compõe.
Uma constituição em sentido material é um conjunto de normas que regulam a produção de normas. A validade de uma corporação decorre de uma constituição.
A relação jurídica é a relação entre normas ou entre ações humanas determinadas pelas mesma normas, ou seja, é uma relação entre pessoas jurídicas (inclui aqui a pessoa física em latu senso).
	7. O ESTADO E O DIREITO INTERNACIONAL
O Direito internacional é - de acordo com a habitual determinação do seu conceito - um complexo de normas que regulam a conduta recíproca dos Estados - que são os sujeitos específicos do Direito internacional.
o chamado Direito internacional é Direito se é uma ordem coercitiva da conduta humana, pressuposta como soberana; se liga aos fatos por ele definidos como pressupostos atos de coerção por ele determinados como conseqüências e, portanto, pode ser descrito em proposições jurídicas, da mesma forma que o Direito estadual.
Direito Internacional primitivo - O Direito internacional distingue-se do direito estadual, pelo fato de não instituir, pelo menos enquanto Direito internacional geral vinculante em relação a todos os Estados, quaisquer órgãos funcionando segundo o princípio da divisão do trabalho para a criação e aplicação das suas normas. Encontra-se ainda num estádio de grande descentralização.
O direito internacional, percorre uma evolução já conquistada pelo estadual, ultrapassando barreiras como o costume.
Construção escalonada do Direito Internacional - O Direito internacional consta de normas que originariamente foram criadas através de atos de Estados - quer dizer, dos órgãos para o efeito competentes segundo as ordens jurídicas dos Estados singulares - para regulamentação de relações interestaduais, atos esses que operaram tal efeito pela via do costume. São estas as normas do Direito internacional geral - geral porque impõe deveres e atribui direitos a todos os Estados. o Direito internacional produzido pela via dos tratados internacionais - se apóia sobre uma norma do Direito internacional geral consuetudinário, sobre uma norma do estrato ou camada relativamente mais elevada, é mister que, como já anteriormente frisamos, valha como norma fundamental pressuposta do Direito internacional uma norma que institua como fato gerador de Direito o costume constituído pela conduta recíproca dos Estados.
Imposição de obrigações e atribuição de direitos, pelo Direito internacional, de forma simplesmente mediata - O Direito internacional impõe deveres e confere direitos aos Estados. A imposição de deveres e a atribuição de direitos ao Estado pelo Direito internacional têm o mesmo caráter que a imposição de obrigações e a atribuição de direitos a uma corporação pela ordem jurídica do Estado singular. O Estado é uma pessoa jurídica e as normas do Direito internacional, através das quais são impostas obrigações e são atribuídosdireitos aos Estados enquanto tais, são normas imperfeitas, normas carecidas de complementação. Elas apenas determinam o elemento material e não o elemento pessoal da conduta humana que necessariamente têm por conteúdo. Apenas determinam o que deve ser feito ou omitido, mas não quem, isto é, que indivíduo humano, tem de realizar a atuação ou omissão previstas. O Direito internacional deixa à ordem jurídica de cada Estado a determinação deste indivíduo.
Direito internacional e direito Estadual
Do que especialmente se trata, ao determinar a relação existente entre Direito estadual e Direito internacional, é da questão de saber se podem existir conflitos insolúveis entre os dois sistemas de normas. Somente quando esta questão tenha de ser respondida afirmativamente é que fica excluída a unidade do Direito estadual e do Direito internacional. Neste caso, sim, só é efetivamente possível uma construção dualista ou pluralista das relações entre Direito estadual e Direito internacional. Mas, em tal hipótese, também não se pode falar de uma validade simultânea de ambos. É o que mostra o confronto com as relações entre o Direito e a Moral. Aqui, são de fato 231 possíveis tais conflitos, como sucede, por exemplo, quando uma determinada ordem moral proíbe a morte de um homem, seja em que circunstâncias for, e uma ordem jurídica positiva estatui a pena de morte e confere ao governo poder para recorrer à guerra sob os pressupostos determinados pelo Direito internacional. Em tais casos, quem considera o Direito como um sistema de normas válidas tem de desasatender a Moral, e quem considere a Moral como um sistema de normas válidas tem de desatender do Direito. Exprimimos isto dizendo: do ponto de vista da Moral a pena de morte e a guerra são proibidas, do ponto de vista do Direito uma e outra são prescritas ou permitidas. Com isto, porém, nada mais se diz senão que não há qualquer ponto de vista do qual a Moral e o Direito possam ser vistos simultaneamente como ordens normativas válidas. “Ninguém pode servir a dois senhores”.
A concepção de que o Direito estadual e o Direito internacional são ordens jurídicas distintas uma da outra e independentes uma da outra na sua validade é essencialmente baseada na existência de conflitos insolúveis entre os dois. Uma análise mais aprofundada mostra, porém, que o que se considera como conflito entre normas do Direito internacional e normas de um Direito estadual não é de forma alguma um conflito de normas, que tal situação pode ser descrita em proposições jurídicas que de modo algum se contradizem logicamente. Um conflito dessa espécie é visto principalmente no fato de uma lei do Estado poder estar em contradição com um tratado de Direito internacional.
A oposição entre Direito internacional e Direito estadual baseia-se na diferença de dois sistemas 244 de referência diversos. Um está solidamente vinculado com a ordem jurídica do nosso próprio Estado, o outro com a ordem jurídica internacional. Os dois sistemas são igualmente corretos e igualmente justificados. É impossível, com base numa consideração de ciência jurídica, decidir jurídico-cientificamente por um deles. A ciência jurídica apenas pode apresentar as duas e verificar que um ou outro dos sistemas de referência tem de ser aceito quando se pretenda definir a relação entre Direito internacional e Direito estadual. A própria decisão por um deles, essa situa-se fora da ciência jurídica. Ela apenas pode ser determinada por outras considerações que não as científicas - por considerações políticas.
	8. A INTERPRETAÇÃO
A interpretação acompanha o processo de aplicação do direto, depende de uma operação mental, por meio da qual o órgão jurídico fixa uma definição, ou melhor o sentido das normas quis serão aplicadas.
A interpretação deve ser dada sobre o conteúdo emanado, individualmente, deduzido da norma geral, na medida em que forem aplicadas.
Os indivíduos e as ciências jurídicas, também precisam compreender o sentido das normas, dessa forma distingue-se duas interpretações: a) a interpretação feita pelo órgão aplicador do direito, autêntica; b) a interpretação feita por uma pessoa privada ou pela ciência jurídica, não autêntica.
Relativa Indeterminação do Ato de Aplicação do Direito – há uma relação de determinação ou vinculação entre uma norma de escalão superior e outra inferior da ordem jurídica, ou seja, a norma superior determina o processo de produção da inferior, refletindo no seu conteúdo e/ou ato de execução. Contudo, a norma superior não pode determinar todas as direções que a norma inferior tomará. Assim a um quadro a ser preenchido o órgão superior (A) dará comandos para a norma inferior (B), esse decidirá por conceitos próprios como aplicar a norma no individuo (C).
Indeterminação Intencional do Ato de Aplicação do Direito - Todo ato jurídico, seja ele de criação jurídica ou de pura execução, é, em parte, determinado pelo direito e, em parte, indeterminado. A indeterminação pode se dar por ato intencional ou por fato condicionado. O escalonamento do ordenamento jurídico, faz om que a norma superior opere, sendo a norma superior o resultado de sua aplicação.
Indeterminação Não-Intencional do Ato de Aplicação do Direito – a Indeterminação também pode ser por ato não intencional, como consequência da estruturação da norma. Isso ocorre, quando o sentido verbal da norma abre espaço para indeterminadas significações; quando o aplicador da norma presume que há discrepância, total ou parcial, entre o sentido verbal da norma ou quando simultaneamente duas normas de mesma escalonagem se contradizem total ou parcialmente. O aplicador/interprete, deverá procurar guarida e outras fontes que não a expressão verbal.
O Direito a Aplicar Como Uma Moldura Dentro da Qual há Várias Possibilidades de Aplicação – sendo os casos de indeterminação ou não de normas inferior, existe várias possibilidade de determinação: a) no sentido de corresponder a uma das várias significações possíveis, b) no sentido de corresponder à vontade do legislador ou à expressão por ele escolhida, c) no sentido de corresponder entre uma das normas que se contradizem ou d) no sentido de decidir como se as normas contraditórias se anulassem mutuamente. A interpretação fixando o sentido do objeto a ser interpretado, o resultado dessa interpretação é a fixação da moldura qual representa o direito a interpretar e o conhecimento das possibilidade que existem dentro dessa moldura, ou seja, a interpretação não está presa a uma única solução, por mais que apenas uma se torne direito positivo, ainda poderá surgir ou existir várias outras solução de igual peso. A jurisprudência é um exemplo, qual desenvolve métodos de interpretação, distintos a lei que fornece uma única interpretação ajustada para qualquer situação. Uma única interpretação demonstra como que o aplicador do direito tivesse apenas uma punica escolha. Dizer que uma sentença é fundada em lei significa que ela se contém na moldura que a lei representa, uma norma “’individual”, mas que pode ser produzida dentro de uma moldura de norma geral.
Os Chamados Métodos de Interpretação – havendo várias possibilidade de significações verbais, não existe um método que diga que apenas uma e qual é a classificada como de direito positivo. O método aplicado conduz a um resultado possível, não como único correto. Em vista do direito positivo, o teor verbal ou a vontade do legislador possuem mesmo peso. A necessidade interpretativa da norma é possível porque a lacunas em aberto, não evidenciando a decisão sobre qual interesse vale mais, sim conduzindo a uma decisão de posição relativa do interesse. Assim fica compreensivo o famoso ditado, cada cabeça uma sentença. 
Ato de conhecimento – aquilo que é anterior a toda experiência, o conhecimento se dá a partir do que a norma está dizendo e qual objeto atinge.
Ato de vontade – é o ato de vontade que distingue a interpretação realizada pelo aplicador do direito de outras interpretações. A interpretação feita pelo órgão que aplica o direito é autêntica, ou seja,ela assume forma de lei, criando direito para todos os casos iguais.
A interpretação científica em sentido das normas jurídicas é pura determinação cognoscitiva (operação de conhecimento), assim, não é criação jurídica. Estabelecendo possíveis significações de uma norma jurídica. Ela não decide qual a possibilidade sera utilizada, deixando em decisão do órgão aplicador do direito. 
A interpretação jurídico-científica deve evitar a ficção da única interpretação correta, ficção que só presta à jurisprudência tradicional consolidar o ideal de segurança jurídica. Ela deve demonstrar ao legislador ou contratante uma formulação inequívoca e de maior segurança jurídica.

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