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Controle e Prevenção da Poluição do Solo

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Objetivos
Módulo 1
Solo: poluição e danos decorrentes
Identificar as fontes e os tipos de poluição do solo, bem como
os danos causados à saúde e ao meio ambiente.
Acessar módulo
Módulo 2
Prevenção da poluição do solo
Descrever as técnicas e métodos de prevenção e controle da
poluição do solo.
Controle e
Prevenção da
Poluição do Solo
Profª. Vanessa Riccioppo de Moraes
Descrição
O controle e prevenção da poluição do solo a
partir do entendimento de suas fontes e
tipologias, danos, requisitos legais, técnicas
e métodos relacionados.
Propósito
Conhecer a fonte e as características dos
aspectos ambientais relacionados, além das
melhores formas de prevenção e controle da
poluição, a fim de atender aos requisitos
legais e mitigar os impactos ambientais, é de
suma importância para uma eficiente
atuação profissional e melhoria da qualidade
de vida da sociedade como um todo.
d
Acessar módulo
1
A poluição do solo causa uma série de danos ao meio ambiente na
medida em que afeta o desenvolvimento da fauna e da flora,
podendo até contaminar águas subterrâneas e águas superficiais
usadas para abastecimento de cidades e ambientes rurais.
Quando se trata de solo, é importante ressaltar que falaremos aqui
tanto de poluição quanto de contaminação. Assim, vamos começar
entendendo a diferença entre esses dois conceitos que se
confundem.
Veremos que o solo impacta diretamente na água, por serem
compartimentos ambientais integrados. Dessa forma, nos módulos
a seguir, quando tratarmos de qualidade e poluição de solo,
poderemos tratar também de água subterrânea. É importante
percebermos que a poluição do solo pode causar severos danos à
saúde, por isso, existem técnicas e métodos empregados no
controle e prevenção desse tipo de poluição, como vamos
conhecer.
Introdução
Solo: poluição e danos decorrentes
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as fontes e os tipos de poluição do solo, bem como os danos à saúde e ao meio
ambiente.
d
O solo
Entenderemos neste tópico a importância de se identificar as fontes e
ter consciência dos danos causados pela poluição do solo, por meio de
sua caracterização e levantamento dos principais danos causados por
tipologia de poluição, assim como os requisitos legais aplicáveis ao
tema. Mas, antes, cabe uma importante pergunta:
Você sabe o que é o solo?
De acordo com a CETESB (2021):
O solo é um meio complexo e heterogêneo,
produto de alteração do remanejamento e da
organização do material original (rocha, sedimento
ou outro solo), sob a ação da vida, da atmosfera e
das trocas de energia que aí se manifestam, e
constituído por quantidades variáveis de minerais,
matéria orgânica, água da zona não saturada e
saturada, ar e organismos vivos, incluindo plantas,
bactérias, fungos, protozoários, invertebrados e
outros animais.
(CETESB, 2021)
Ainda, de acordo com o órgão ambiental paulista, o solo possui como
funções:
Sustentar a vida e o “habitat” para pessoas, animais, plantas e
outros organismos.
Manter o ciclo da água e dos nutrientes.
Proteger a água subterrânea.
Manter o patrimônio histórico, natural e cultural.
Conservar as reservas minerais e de matérias-primas.
Produzir alimentos.
d
Ser meio para manutenção da atividade socioeconômica.
Agora que sabemos o que é o solo, vamos compreender a diferença
entre poluição e contaminação.
Pode se dizer que contaminação é a “introdução de um agente
indesejável (contaminante) em um meio previamente não contaminado.
Assim, a contaminação ambiental só é definida como poluição quando
atinge níveis que causam efeitos deletérios na saúde humana, ou efeitos
prejudiciais nos organismos vivos” (adaptado de ACIESP, 1987, apud
3CETESB, 2021).
Ainda, a concepção jurídica de poluição de acordo com o art. 3°, inciso
III, da Lei n° 6.938/81, diz que poluição “Consiste na degradação da
qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou
indiretamente:
1. Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
2. Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
3. Afetem desfavoravelmente a biota;
4. Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
5. Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos”.
d
Solo contaminado por despejos industriais.
No Brasil e no mundo, há uma série de procedimentos para a proteção
da qualidade do solo e das águas subterrâneas, como também para
gerenciamento de áreas contaminadas. Essas práticas atuam de forma
preventiva desde o controle de áreas com potencial de contaminação,
onde ocorre o lançamento de efluentes ou resíduos no solo, por
exemplo, como parte de sistemas de tratamento ou disposição final, até
mesmo na remediação de locais já contaminados ou poluídos.
Quando abordamos contaminação e poluição do solo, por
que também falamos das águas?
Relação entre solo e água.
Não ha como falar de solo sem se falar de
água. O ciclo da água depende do solo e
assim há uma conexão entre esses dois
recursos naturais.
 1 de 2 
Poluição do solo
Abordamos até aqui a definição do solo bem como as definições de
poluição e contaminação. Agora aprenderemos sobre a poluição do solo
em detalhes, as fontes e tipos de poluição do solo, os danos que causa
Resumindo
Contaminação não necessariamente gera poluição. Ou seja,
apenas a contaminação, cujos contaminantes estejam em
desacordo com os padrões ambientais e/ou causem efeitos
adversos ao meio ambiente, é considerada poluição.

 
d
à saúde e ao ambiente, entre outros. Mas antes, é importante
respondermos a uma pergunta:
O que caracteriza a poluição do solo?
Quando cavamos um buraco na praia, a uma distância da água, ou
próximo à margem de um rio, o que acontece? A uma certa
profundidade começa a aparecer água e o buraco começa a encher. Isso
ocorre porque a água se movimenta dentro do solo. Essa passagem da
água através do solo faz com que parasitas, microrganismos e outras
partículas de impurezas em suspensão fiquem retidas no solo. Dessa
forma, o solo atua como filtro, porém de capacidade limitada.
Dependendo do volume de entrada de poluentes atmosféricos,
defensivos agrícolas, fertilizantes, resíduos sólidos de origem industrial,
urbana, de natureza tóxica ou radioativa, pode haver alteração da
qualidade do solo por efeito cumulativo.
Fontes de poluição, como pesticidas, agrotóxicos e resíduos.
De forma simplificada, podemos caracterizar o solo como uma mistura
complexa de componentes minerais, orgânicos, ar e água. Dependendo
das características da rocha matriz que origina os componentes
minerais e da entrada de outros componentes, os diferentes solos vão
apresentar características distintas, entretanto, ainda naturais.
Qualquer alteração ocorrida em sua composição
original e natural, derivada do acréscimo de outros
componentes, especialmente químicos, como
substâncias tóxicas, elementos radiativos e
microrganismos patogênicos, configura um solo como
poluído.
d
A poluição dos solos é motivo de grande preocupação, pois é dele que
sai a base dos produtos alimentícios humanos, cuja contaminação, a
partir da absorção e fixação de elementos poluentes, pode trazer
grandes prejuízos à saúde. Somado a isso, pode provocar distúrbios
significativos ao meio ambiente.
Discussões entre especialistas e pesquisadores ainda buscam a plena
compreensão sobre a poluição dos solos e como abordá-la, uma vez
que há fortes questões políticas envolvidas. Essas questões são
cruciais, pois é através do solo que ocorre a ciclagem de nutrientes,
como carbono, nitrogênio e fósforo, além do próprio ciclo da água, que
impactam diretamente a produção de vegetais e animais e podem sofrer
consequências irreversíveis se não forem tratados de forma adequada.
Ilustração demonstrando o ciclo da água.
Fontes e tipos de poluição dos
solos
Historicamente, o solo vem sendo utilizado como local de recepção de
poluentes e contaminantes nos âmbitos local e regional:
Âmbito local
O soloé usado como depósito de resíduos, seja por estocagem
ou processamento de substâncias químicas; por disposição de
resíduos e efluentes, derramamentos ou vazamentos.
Âmbito regional
d
O despejo de resíduos no solo tem por consequência a
Com todo esse aporte de poluentes para o solo, ocorre o escoamento
constante por infiltração, alcançando os reservatórios subterrâneos de
águas, podendo trazer prejuízos para as populações que venham a
utilizar essa água.
Observe na imagem a seguir as fontes de poluição do solo e como elas
migram.
Resumo das principais fontes de poluição do solo e sua migração.
Quando as partículas poluentes ou contaminantes atingem o solo,
podem ocorrer as seguintes situações:
As partículas podem ser absorvidas;
As partículas podem ser levadas pelo vento;
As partículas podem ser arrastadas pela superfície do solo e
escoadas para outros corpos d’água superficiais;
Pode ocorrer a lixiviação pelas águas que se infiltram, alcançando
as camadas mais internas do solo e atingindo as águas
subterrâneas.
Ao atingirem as águas subterrâneas, as partículas poluentes serão
levadas para outras áreas pelo fluxo constante que existe nessas águas.
Saiba mais
Dentre os químicos mais comuns na poluição dos solos,
temos os hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados (como
o chumbo, cádmio, mercúrio, cromo e arsênio), pesticidas e
solventes.

d
Os contaminantes, que podem vir a ser poluentes, entram em contato
com o solo a partir de diferentes fontes, como:
Salinização do solo
Um outro exemplo, embora menos discutido, de fonte de contaminação
do solo é o processo de salinização. Esse processo pode ser resultado
de características ambientais – logo, sendo uma salinização natural –
ou de ação antrópica, especialmente em áreas agrícolas.
Nas regiões tropicais, em condições de clima quente e seco ocorre alta
taxa de evaporação e transpiração, ao mesmo tempo em que as chuvas
são escassas, resultando no aumento da concentração de sais solúveis
no solo. Consequentemente, ocorre a elevação do potencial osmótico
do solo, dificultando a absorção de água e nutrientes pelas plantas,
levando a déficits no seu desenvolvimento, do ponto de vista visual
diagnosticado por meio de distúrbios foliares, principalmente.
Como consequências da salinização dos solos, podemos observar o
comprometimento da dinâmica de organização espacial da espécie
Uso de fertilizantes e defensivos agrícolas 
Poluição de origem urbana 
Desastres ambientais 
Processos produtivos 
Exemplo
Entre as características naturais que causam a salinização,
podemos citar: o escoamento de sedimentos contendo sais
para áreas não salinas e as taxas elevadas de
evapotranspiração. Entre as ações humanas que levam à
salinização do solo, podemos citar: uso de águas com alto teor
de sais, irrigação sem um sistema de drenagem eficiente e
aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes que
contenham altos teores de sais.

d
cultivada, com redução da produção agrícola, além de deslocamentos
de populações em condições naturais. Uma consequência mais crítica é
a desertificação, que vem sendo observada, inclusive no Brasil.
Área agrícola arruinada devido ao nível de salinização do solo.
De acordo com a CETESB (2021), os parâmetros de controle e
monitoramento utilizados para solos são a determinação de
substâncias orgânicas e inorgânicas (metais) para comparação com
valores estabelecidos pela Res. CONAMA 420/09, como porcentagem
de sódio trocável – PST (%) e a porcentagem de potássio trocável em
análises de fertilidade de solos para fins agrícolas.
Mas a salinização pode ser considerada uma poluição dependendo dos
efeitos adversos, alguns deles citados acima, e ainda pode ser
ocasionada pelo homem conforme sua atividade. Em áreas irrigadas, é
comum o surgimento de solos afetados por sais, causado
principalmente pelo manejo inadequado da irrigação e de outras
práticas, de modo que importantes extensões de terras férteis e
agricultáveis vêm cada vez mais tornando-se salinas no mundo inteiro.
Existe contaminação de solo
em ambiente marinho?
Vamos pensar fora da caixinha? Que tal sair do óbvio que é a poluição
do solo em ambientes rurais e industriais e refletir num tema complexo
que é a contaminação no ambiente marinho? Neste vídeo, a especialista
mostrará como ocorre a poluição no solo marinho, conforme os tipos de
impactos ambientais, as garantias contratuais e se elas são suficientes
para sanar os danos.

d
Legislação relacionada à
poluição do solo
São muitas normas, tanto instrumentos legais como técnicos, que
regem a questão da contaminação e poluição dos solos e, por
consequência, da água subterrânea. Aqui vamos falar das principais
normas para que vocês possam explorar mais em seus estudos.
Além de existir uma série de legislações aplicáveis para cada tipo de
unidade/atividade específica e por estado da federação – por exemplo,
o Decreto n° 59.263/2013 de São Paulo que regulamenta a Lei n°
13.577/2009, a qual dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a
proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas
–, podemos citar como referência os critérios e diretrizes estabelecidos
nas seguintes normas de âmbito nacional e internacional (destaque
para as normas em negrito):
Resolução CONAMA n° 23/96 que regulamenta a
importação e uso de resíduos perigosos.
Resolução CONAMA nº 420, de 28 de dezembro de 2009,
que dispõe sobre critérios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto à presença de substâncias
químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento
bi t l d á t i d b tâ i
d
ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas (alterada pela
Resolução CONAMA nº 460/2013 – altera o prazo do art.
8º, e acrescenta novo parágrafo).
Lei n° 12.305/10 e seu Decreto regulamentador n° 7.404/10,
que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
ABNT NBR 15.515 – Passivo ambiental em solo e água
subterrânea
Parte 1: avaliação ambiental preliminar, que estabelece os
procedimentos mínimos para avaliação ambiental
preliminar de passivo ambiental, visando à identificação de
indícios de contaminação de solo e água subterrânea,
emitido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Parte 2: investigação confirmatória.
Parte 3: investigação detalhada.
ABNT NBR 15.492 – Sondagem de reconhecimento para fins
de qualidade ambiental – Procedimento.
ABNT NBR 15.495 – Poços de monitoramento de águas
subterrâneas em aquíferos granulares
Parte 1: projeto e construção.
Parte 2: desenvolvimento.
ABNT NBR 15.847 – Amostragem de água subterrânea em
poços de monitoramento – Métodos de purga.
ABNT NBR 16.210 – Modelo conceitual no gerenciamento de
áreas contaminadas.
Procedimento.
Manual de gerenciamento de áreas contaminadas
d
Adiante, retomaremos as ABNTs destacadas acima, pois são base da
prevenção e controle da contaminação e poluição dos solos, além de
requisitos de licenciamento ambiental para atividades específicas, como
postos de gasolina, por exemplo, e requisitos de auditorias como Due
Diligences.
Requisitos de licenciamento
ambiental e poluição do solo
Dentro do planejamento de um empreendimento, na fase de
licenciamento prévio, tanto a partir do Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e dos Estudos Ambientais Simplificados (EAS), em ordem
decrescente de complexidade e detalhamento, que podem ser
fundamentados por outros estudos específicos, como a Análise de
Riscos (EAR), já se tem uma noção dos passivos e riscos presentes na
área onde se pretende instalar, além dos riscos futuros aos quais se
deve prevenir, controlar e já ter listadas medidas mitigadoras e
compensatórias.
ABNT NBR 16.434 – Amostragem de resíduos sólidos, solos
e sedimentos – Análise de compostos orgânicos voláteis
(COVs) – Procedimento.
ABNT NBR 16.435 – Controle da qualidade na amostragem
para fins de investigação de áreas contaminadas –
Procedimento.
ASTM E 1527-13 StandardPractice for Environmental Site
Assessments: Phase I Environmental Site Assessment
Process (Padrão para realização de avaliações ambientais –
Fase 1: processo de avaliação ambiental), emitido pelo
órgão estadunidense American Society for Testing and
Material. Alguns componentes específicos desta norma,
incluindo a obtenção de registros específicos sobre as
propriedades, não são aplicáveis em países fora dos Estados
Unidos, de forma que, aqui no Brasil, não seguimos
integralmente os requisitos da norma, apesar da mesma ser
muito utilizada.
d
Com base nesses estudos, os empreendimentos devem estabelecer os
controles necessários à prevenção e redução da poluição; quando não
for possível, devem determinar a compensação. Normalmente, dentro
do Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento, são propostos
planos e programas que devem atender as condicionantes específicas
sobre o tema poluição, as quais respondem aos requisitos legais (em
sua maioria descritos no item acima). Além disso, preveem controles e
monitoramentos tanto para a fase de obras/implantação, quanto para a
fase de operação do empreendimento. Em cada etapa,
equipamentos/fontes diversas são acionadas e utilizadas, sendo as
atividades de controle e monitoramento específicas para cada fase/tipo
de fontes.
Esses planos e programas viabilizam o constante monitoramento da
qualidade dos recursos naturais, como o solo e a água aqui estudados,
na região do empreendimento, com o objetivo de identificar possíveis
extrapolações aos limites previstos em legislação (vide item anterior).
Indicam, assim, a eficiência dos controles aplicados ou a necessidade
de melhoria e aprimoramento destes, de forma a proteger o meio
ambiente e a saúde humana dos efeitos da poluição do solo.
A Resolução CONAMA nº 420/2009 recomenda aos órgãos
competentes tornar públicas em seus portais informações sobre as
áreas cadastradas, classificadas de acordo com a etapa do
Gerenciamento de Áreas Contaminadas: Área Contaminada sob
Investigação (AI), Área Contaminada sob Intervenção (ACI), Áreas em
Processo de Monitoramento para reabilitação (AMR) e Área Reabilitada
para Uso Declarado (AR). Vejamos abaixo alguns exemplos de aplicação
prática pelos estados.
d
Danos à saúde e ao ambiente
causados pela poluição do
solo
Entre as maiores consequências da presença de contaminantes do solo
no meio ambiente estão: a redução da fertilidade do solo, erosão,
desertificação, diminuição da vegetação, liberação de gases poluentes,
contaminação de alimentos e a disseminação de doenças e problemas
de saúde diversos entre a população.
Danos à saúde
Vamos agora relacionar as fontes e tipos de poluição dos solos com os
possíveis exemplos de danos à saúde:
Uso de fertilizantes e
defensivos agrícolas
Os defensivos agrícolas (inseticidas,
herbicidas etc.) são utilizados para
combater pragas que atuam em
plantações. Essas substâncias são
absorvidas pelo solo, contaminam as
plantações e são inseridas nas cadeias
alimentares presentes no local, o que inclui
os alimentos que chegam à nossa mesa.
Ou seja, esses contaminantes são
incorporados à nossa cadeia alimentar,
causando em curto prazo mal-estar e em
Exemplos práticos: gerenciamento de áreas contaminadas
pelos estados da federação 
 
d
médio e longo prazos reações ainda
desconhecidas.
 1 de 4 
Danos ao ambiente
A poluição do solo provoca sérios problemas ambientais e entre os
principais danos ao meio ambiente causados pela poluição dos solos
estão:
Redução de fertilidade do solo;
Aumento de sua erodibilidade;
Perda de nutrientes;
Desequilíbrio ecológico;
Aumento da salinidade;
Redução da vegetação;
Problemas de saúde pública;
Liberação de gases poluentes;
Entupimento de encanamentos;
Contaminação de alimentos;
Desertificação.
Vamos agora relacionar as fontes e tipos de poluição dos solos com os
possíveis exemplos de danos ambientais:
Uso de fertilizantes e defensivos agrícolas
(herbicidas e inseticidas):
Como consequência do uso de fertilizantes e defensores agrícolas, não
somente as plantações podem ser prejudicadas como também os
corpos hídricos. Além disso, essas substâncias são absorvidas pelo
solo, contaminam as plantações e são inseridas nas cadeias
alimentares presentes no local. Outra consequência é a redução da
fertilidade do solo contaminado.
Resíduos perigosos
d
Como já dito anteriormente, os resíduos perigosos depositados no solo
também constituem um sério problema de poluição. Esses resíduos
apresentam riscos à saúde dos seres humanos e ao meio ambiente.
A falta de uma gestão eficiente dos resíduos sólidos e dos efluentes faz
com que as substâncias nocivas presentes no lixo e efluente doméstico,
industrial e rural entrem em contato com a natureza e causem
contaminação e mortandade de fauna e flora, além de contaminar o
lençol freático.
Lançamento de resíduos a céu aberto e poluição do solo e água.
Desastres ambientais
O solo pode ficar contaminado por muitos anos e nunca mais se torna
utilizável ou habitável a depender do tipo de desastre. As formas de
desastres naturais também podem alterar todo um equilíbrio ecológico
de fauna e flora.
Processos produtivos industriais
Em processos produtivos de indústrias, é muito comum ocorrer
migração da poluição do solo para águas subterrâneas e córregos/rios,
o que também pode alterar todo um equilíbrio ecológico de fauna e
flora.
Vem que eu te explico!

d
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
A diferença entre poluição e contaminação
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Salinização do solo
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Danos à saúde causados pela poluição do solo

Vamos praticar alguns
conceitos?
Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
d
Questão 1
O solo vem sendo cada vez mais impactado por poluentes e
contaminantes. Dentre as fontes de poluição do solo, podemos
destacar:
Questão 2
Na Política Nacional do Meio Ambiente, poluição é a degradação da
qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
A Os minerais e as rochas
B Os agrotóxicos
C A vegetação sob o solo
D Os reservatórios subterrâneos de água
E Os adubos orgânicos
Responder
A
Podem melhorar a saúde, a segurança e o bem-
estar da população.
B
Criem condições favoráveis às atividades sociais
e econômicas.
C Afetem favoravelmente a biota.
D
Melhorem as condições estéticas ou sanitárias
do meio ambiente
d
2
Requisitos de gestão,
licenciamento e auditorias
E
Lancem matérias ou energia em desacordo com
os padrões ambientais estabelecidos.
Responder

Prevenção da poluição do solo
Ao final deste módulo, vocês será capaz de descrever as técnicas e métodos de prevenção e controle da poluição do solo.
d
ambientais
Vejamos o que diz a Resolução 420/2009 do CONAMA (art. 3°), acerca
da proteção do solo:
A proteção do solo deve ser realizada de maneira
preventiva, a fim de garantir a manutenção da sua
funcionalidade ou, de maneira corretiva, visando
restaurar sua qualidade ou recuperá-la de forma
compatível com os usos previstos
(CONAMA, 2009)
Assim, basicamente as técnicas e métodos de prevenção e controle da
poluição do solo seguem os requisitos técnicos e legais apresentados
na Resolução CONAMA n° 420/09 e as normas ABNT/NBRs.
Como vimos, os métodos de prevenção e controle da poluição são
muito fruto dos requisitos de gestão, licenciamento e auditorias
ambientais.
Um dos procedimentos técnico-jurídicos é a Due Diligence Ambiental,
que se aplica para identificação e avaliação dos riscos legais e
ambientais, tanto nos processos de aquisição de imóveis, quanto de
fusão de empresas. Por esse procedimento, são analisados
documentos relativos ao empreendimento, assim como é feita uma
análise ambiental.
Essa análise criteriosa possibilita a identificação de problemas
ambientais que não seriam identificados por meio de outros métodos.Além disso, para realizar a identificação e diagnóstico ambientais do
empreendimento, deve-se empregar o processo de investigação de
passivos ambientais, empregando legislação e normas específicas para
tal.
d
Essas técnicas e diagnósticos consistem basicamente em diferentes
fases possíveis de investigação: análise preliminar, investigação
confirmatória, investigação detalhada, análise de risco à saúde humana,
análise de risco ecológico, estudos de background e monitoramento.
Além disso, emprega técnicas aplicáveis de correção, remediação,
reabilitação ou, de maneira mais ampla, de intervenção ambiental.
Ferramentas de suporte
Para a melhor escolha dentre as técnicas e medidas preventivas e de
controle, existem ferramentas de suporte como é o caso do Guia de
Orientação para a Seleção de Tecnologias – GOST, disponibilizado pelo
portal do governo Canadense. Ela consiste em um questionário que,
após seu completo preenchimento, disponibiliza uma lista de
tecnologias aplicáveis à reabilitação de áreas contaminadas.
Outra ferramenta encontra‐se no Programa de Inovação Tecnológica, da
USEPA, no campo de Informações de Tratamento de Sítios
Contaminados ou simplesmente Clu‐in. Nesse ambiente, há uma
ferramenta de suporte à decisão (DST – Decision Support Tools),
desenvolvida pelo Federal Remediation Technologies Roundtable – FRTR,
que auxilia no processo de tomada de decisão, também a partir da
utilização de uma matriz de decisão, a qual indica as técnicas mais
adequadas para a intervenção sobre a área possivelmente contaminada
e/ou poluída em relação ao solo.
O uso dessas duas ferramentas, por exemplo, possibilita a realização de
uma triagem das alternativas tecnológicas de intervenção, pois são
muitos os custos para intervenção sobre eventuais passivos e sua
estimativa só é realizada a partir do conhecimento detalhado da
natureza, extensão e abrangência do passivo, bem como da(s)
tecnologia(s) efetivamente aplicável (is).
E por isso é melhor prevenir do que remediar, certo ?
d
O assunto é muito denso e técnico, além disso, toda a parte de
diagnóstico e intervenção exige especialização e prática.
Técnicas de intervenção para
remediação de contaminação
do solo
A seguir, veja alguns exemplos de técnicas de intervenção para
remediação de contaminação de solo por mineração:
Recuperação ou atenuação natural
monitorada (NMR)
Atenuação natural monitorada inclui uma variedade de processos
físicos, químicos e biológicos, sob condições favoráveis, reduzindo a
massa, a toxicidade, mobilidade, volume e concentração de
contaminantes no solo e em águas subterrâneas. Os custos totais
podem ser baixos e a biodegradação natural pode resultar na destruição
completa dos contaminantes in situ. Pode ser utilizada conjuntamente
ou como continuação de outras medidas corretivas ativas.
Escavação e/ou dragagem e
disposição de solos, sedimentos ou
Exemplo
No caso das atividades de mineração, em seu licenciamento
ambiental prévio, já é requerido que o empreendedor apresente
um plano de desmobilização e uso futuro, incluindo a previsão
das técnicas a serem utilizadas para descomissionamento,
reabilitação, monitoramentos e seus custos. Além disso, esse
valor já deve ser provisionado para que, no futuro, não restem
passivos ambientais para a sociedade.

d
lamas
Essa é a técnica que pressupõe a remoção dos materiais contaminados
para fora da área impactada, seja para um aterro de resíduos externo à
unidade, seja para uma estrutura (preexistente ou não) de disposição de
resíduos interna à unidade, por meio de
escavação/carregamento/transporte mecânicos ou através de
dragagem.
Remoção de resíduos de mineração por dragagem.
Bombeamento e tratamento/controle
hidráulico (pump and treat)
Trata‐se da técnica de extração das águas subterrâneas por
bombeamento e posterior tratamento ex situ, em planta de tratamento
ativo ou em sistema de tratamento passivo.
Esquema de sistema de bombeamento e tratamento.
d
Capeamento e cobertura de
engenharia
O capeamento in situ envolve o recobrimento de material limpo sobre os
sedimentos ou solos contaminados. O revestimento pode ser composto
de sedimento limpo, areia ou cascalho, e pode incluir um design mais
elaborado, utilizando geotêxteis, geomembranas e algumas camadas
especializadas de diferentes composições e funções. Essa tecnologia
baseia‐se na premissa geralmente aceita de que a maioria dos
contaminantes em sedimentos e solos tende a ser adsorvida sobre a
fase sólida. Ao confinar os materiais, os contaminantes também são
isolados.
Cobertura de um geotêxtil como proteção contra a contaminação tóxica do solo. Aplicação de
solo limpo com a escavadeira.
O capeamento in situ reduz significativamente a exposição de
organismos a contaminantes e o risco associado à exposição ao isolar
o material contaminado e minimizar os processos de transporte de água
intersticial, que são os meios principais de exposição.
Barreiras físicas
Estas são técnicas in situ que se caracterizam pela redução da
mobilidade dos contaminantes na matriz do solo ou no transporte dos
contaminantes nas águas, mediante os seguintes mecanismos: redução
da infiltração no meio contaminado por meio do uso de barreiras;
redução da infiltração por meio da modificação da permeabilidade da
matriz contaminada; e controle do fluxo dos contaminantes nas águas
para permitir a coleta e o tratamento.
d
Barreira física para retenção de sedimentos e poluentes na água.
Barreiras reativas permeáveis
Técnica que vem sendo utilizada na intervenção sobre plumas de
contaminação no lençol freático. O princípio dessa tecnologia consiste
na colocação de um material reativo no subsolo; a pluma de água
subterrânea contaminada flui por esse material, promovendo reações
que atenuam a carga de contaminante. Essas barreiras promovem a
passagem das águas subterrâneas através de porções reativas que
possibilitam a remediação, por processos físicos, químicos e/ou
biológicos, de solos contaminados principalmente com compostos
organoclorados e metais. É realizada uma escavação no terreno até a
profundidade desejada, preenchendo‐o com um reaterro de material
reativo, até a profundidade do nível d’água.
Esquema de funcionamento de barreira reativa permeável.
Dica

d
Solidi�cação / estabilização
Técnica que promove o isolamento de contaminantes (metais, por
exemplo), mas não a sua remoção. Trata‐se da imobilização física ou
química dos contaminantes, por meio da introdução de material que
pode provocar a solidificação ou pode causar uma reação química ou
modificação do pH; como resultado da aplicação, tem‐se a imobilização
dos contaminantes. É considerado um processo simples e de custo
baixo por utilizar equipamentos convencionais e facilmente disponíveis,
contudo, o processo exige um longo período de monitoramento para a
certificação de que, de fato, não ocorra a reversão do processo e a
consequente liberação dos contaminantes.
Passivação ou recobrimento de
paredes de minas
Consiste no recobrimento de paredes que apresentam potencial de
geração de drenagem ácida de rocha (ARD) com polímeros ou outras
substâncias normalmente patenteadas pelas empresas que aplicam a
técnica. Embora não seja de ampla aplicação em campo e em larga
escala, é uma das poucas opções para minimização da geração ARD
nesse tipo de situação.
Fitorremediação
Uma alternativa à escavação e reaterro é a instalação de
poços de injeção de solução reativa, que em conjunto atuam
como uma barreira. A água subterrânea passa pela barreira
reativa e o resultado é a redução das concentrações dos
contaminantes no meio aquoso.
d
Etapas da fitorremediação direta.
A fitorremediação se refere ao uso de plantas na descontaminação de
solos, principalmente com metais pesados e poluentes orgânicos,
reduzindo seus teores a níveis seguros para a saúde humana. Essa
prática também contribui para a melhoria das características físicas,
químicas e biológicas das áreasem que ela é aplicada. Na
fitorremediação, os vegetais podem atuar de forma direta ou indireta na
redução e/ou remoção dos contaminantes.
Na remediação direta, os compostos são absorvidos e acumulados ou
metabolizados nos tecidos, por meio da mineralização deles. Na forma
indireta, os vegetais extraem contaminantes das águas subterrâneas,
quando propiciam meio favorável ao aumento da atividade microbiana
que, por sua vez, permite a degradação do contaminante.
Técnicas e métodos de
prevenção da poluição do
solo
Como já abordado nesse conteúdo, é melhor prevenir do que remediar.
E como prevenir?
Adotando todas as medidas de redução no uso de químicos e
aplicação do controle necessário a evitar acidentes com

d
Procedimentos para
identi�cação e diagnóstico de
áreas contaminadas
Assim, vamos a alguns métodos, todos eles baseados nos requisitos
legais e técnicos:
A avaliação ambiental preliminar (AAP ou fase I) é realizada de forma a
identificar potenciais impactos ambientais no solo, águas subterrâneas
e/ou superficiais na propriedade ou áreas circunvizinhas, tendo como
base observações visuais e o levantamento de informações históricas
referentes às atividades executadas no local, que envolvam
principalmente estocagem, transferência, uso, tratamento ou disposição
de resíduos, efluentes e produtos químicos.
De forma geral e resumida, uma avaliação fase I é dividida em:
A – Veri�cação de dados históricos /
bibliográ�cos
Levantamento de informações históricas disponíveis relacionadas à
propriedade ou atividade, incluindo fotografias aéreas, plantas históricas
e registros disponíveis no momento da avaliação, com intuito de definir
o uso histórico do terreno e identificar atividades que possam ter
impactado o solo, água subterrânea e água superficial sob a
propriedade.
produtos químicos, atender a todos os requisitos legais e
técnicos que evitem esse tipo de poluição. O diagnóstico
precoce também evita que uma possível contaminação vire
poluição e gere consequências à saúde e ao ambiente.
d
Nessa verificação, normalmente também são consideradas as
informações históricas disponíveis relacionadas à utilização dos
terrenos adjacentes à propriedade, em um raio de até 300m, a fim de
identificar potenciais impactos originados nas mesmas que possam
impactar a área objeto da avaliação.
Dentro dessa verificação histórica, há a avaliação de documentos, cujo
objetivo é obter e revisar informações que possam auxiliar na
identificação das questões ambientais relevantes. Os documentos
geralmente avaliados incluem:
Relatórios de avaliações e investigações ambientais anteriores;
Relatórios de auditorias de conformidade ambiental;
Licenças/autorizações ambientais (de instalação/operação,
outorgas etc.);
Registro de tanques de armazenamento aéreos (AST) e
subterrâneos (UST);
Plantas topográficas antigas e atuais (escala entre 1:500 e
1:2.000);
Projetos de terraplenagem, rede de efluentes e drenagem pluvial;
Notificações, correspondências e outros documentos de caráter
ambiental, problemas, violações ou leis ambientais;
Registros, relatórios e informações quanto à utilização pretérita da
área;
Informações relacionadas à geração de resíduos e lançamento de
efluentes;
Consultas informais aos órgãos públicos.
Qual a importância desse levantamento?
Muitas substâncias potencialmente perigosas podem estar presentes
em um local, embora geralmente suas concentrações sejam baixas. Os
valores orientadores para as concentrações de substâncias estão
estabelecidos na Resolução CONAMA nº 420/2009, que deve ser usada
como parâmetro para comparar os teores encontrados no local com o
que é determinado como regular para a qualidade do solo. Em geral, as
substâncias se acumulam nas áreas onde foram processadas,
estocadas ou utilizadas, sem terem sofrido os devidos processos de
eliminação ou descarte. Essa é uma informação que deve ser trazida
durante os levantamentos do histórico do local.
d
B – Visita de reconhecimento
Trabalho de campo em que ocorrem entrevistas com representantes da
propriedade/atividade, para a obtenção de informações de caráter
ambiental, incluindo questões relativas à disposição de resíduos e
tratamento de efluentes, entre outras.
Essa etapa também envolverá a obtenção de informações quanto ao
uso atual dos terrenos adjacentes (conforme já mencionado no item
acima).
Durante a visita, também há observação visual do terreno e das
instalações, com intuito de levantar informações, tanto históricas
quanto atuais, relacionadas à utilização e/ou armazenamento de
combustíveis, substâncias químicas especiais,
estocagem/tratamento/disposição de resíduos, vazamentos de
produtos perigosos e efluentes, que possam ter alterado as condições
de solo, águas subterrâneas e/ou corpos d’água adjacentes.
No intuito de finalizar o reconhecimento da área, podem ser agendadas
visitas a órgãos competentes avaliados como aplicáveis ou mesmo
verificações on-line nesses órgãos, a fim de obter informações
necessárias ao desenvolvimento do trabalho. Assim, também são
levantadas informações sobre licenças aplicáveis e/ou eventuais
restrições de uso do local em função da localização do imóvel.
Comentário
Nesse sentido, como já abordado no módulo 1, no item
Gerenciamento de áreas contaminadas pelos estados da
federação, os cadastros de áreas contaminadas e reabilitadas
estaduais são ferramentas de prevenção à poluição do solo.

d
C – Elaboração de relatório técnico
Dentro do escopo da AAP, são identificadas Áreas de Interesse
Ambiental, classificadas conforme critérios da norma ABNT NBR
15.515-1, cujas definições são apresentadas a seguir:
Área com Potencial de Contaminação (AP):
Área onde estão sendo desenvolvidas ou onde foram
desenvolvidas atividades com potencial de contaminação que,
por suas características, podem acumular quantidades ou
concentrações de contaminantes em condições que a torne
contaminada.
Área Suspeita de Contaminação (AS):
Área na qual, após a realização de uma avaliação preliminar,
foram observados indícios de contaminação.
Área Contaminada (AC):
Área onde as concentrações de substâncias químicas de
interesse estão acima de um valor de referência vigente na
região, no país ou, na ausência desse, aquele
internacionalmente aceito, que indica a existência de um risco
potencial à segurança, à saúde humana ou ao meio ambiente.
Todas as informações obtidas nas atividades descritas servirão de base
para a elaboração de um relatório técnico compilando todas as análises
acima e como recomendação final a proposição de uma eventual
avaliação ambiental confirmatória (fase II), se considerada necessária.
Também pode-se recomendar a realização de campanha de coleta de
amostras de solo que podem contemplar a execução de sondagens,
além de análises químicas das amostras de solo com ênfase para
hidrocarbonetos, compostos orgânicos voláteis e metais. No geral,
essas análises confirmatórias visam verificar a ocorrência da alteração
da qualidade do solo da propriedade/atividade avaliada, em função de
incidentes ocorridos no passado.
d
A qualquer indício ou suspeita de contaminação, recomenda-se a
avaliação ambiental confirmatória (fase II), etapa do processo de
identificação de áreas contaminadas que tem como objetivo principal
confirmar ou não a existência de substâncias de origem antrópica nas
áreas suspeitas, no solo ou nas águas subterrâneas, em concentrações
acima dos valores de investigação (vide Res. CONAMA 420/09).
Isso também vale para a investigação detalhada (ABNT NBR 15.515-3 –
Parte 3), etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas,
que consiste no levantamento e interpretação de dados da área
contaminada que está sob investigação. Ela tem o objetivo de
compreender como ocorreu a dinâmica da contaminação nos
ambientes físicos atingidos, bem como de identificar os cenários
específicos de uso e ocupação do solo, bem como quais são os
receptores de risco que estãoenvolvidos, os caminhos que a exposição
percorre e quais são as vias por onde os riscos ingressam.
Dependendo do grau de contaminação, tipo e concentração de
poluentes, além do uso que é realizado na área, entre outros fatores, é
realizada uma avaliação de risco à saúde humana. Essa avaliação de
risco é um processo pelo qual são identificados, avaliados e
quantificados os riscos à saúde humana ou a bem de relevante
interesse ambiental a ser protegido. Então, nem sempre esse tipo de
avaliação é necessário ou demandado pelo órgão ambiental
competente.
Atenção
Conforme descrito no Item 3 da Norma ABNT NBR 15.515-1,
uma avaliação preliminar pode não esgotar as possibilidades
de encontrar todas as fontes de contaminação, não eliminando
totalmente as incertezas relacionadas à existência de
potenciais passivos ou riscos ambientais na área de interesse.
Dessa forma, assume-se que qualquer resultado de uma
avaliação ambiental preliminar não deva ser interpretado como
uma garantia absoluta de que certa propriedade/atividade
apresenta ou não impactos ambientais resultantes de sua
atividade atual ou pretérita.

d
Técnicas e métodos de
controle da poluição do solo
A necessidade e os tipos de tratamento de recuperação de uma área
contaminada são vários e vão depender dos contaminantes
identificados na área contaminada. Por isso, na hora de tratar um local
contaminado, o primeiro passo deve ser a realização de avaliação
preliminar e investigações como abordado anteriormente. A partir disso,
fica mais fácil escolher as melhores técnicas de intervenção e
remediação, como, por exemplo:
Monitoramento da
contaminação –
caracterização geoquímica
No geral, o monitoramento da contaminação é realizado após ações de
intervenção e remediação, e ainda dá base à análise de risco à saúde
humana no tempo.
Assim se faz o monitoramento, para que se certifique de que a
contaminação foi extinta de vez ou está controlada/estável ou, ainda,
que as ações tomadas não surtiram efeito e novas ações precisam ser
realizadas. Isso porque a contaminação, se não extinta, pode se
movimentar e migrar/se espalhar, aumentando ainda mais os estragos e
gerando riscos à saúde de pessoas antes não expostas.
Lavagem do solo 
Solidificação 
Biorremediação 
Fitorremediação 
Remoção 
d
Análise de solo pra monitoramento.
Monitoramento da
contaminação na água
subterrânea
O processo de monitoramento da contaminação na água subterrânea se
divide em:

Monitoramento de fase livre
Quando se tem “ocorrência de substância ou produto imiscível,
em fase separada da água”.

Monitoramento da fase dissolvida
Quando se tem ocorrência de substância constituída pela
dissolução de compostos polares e por uma fração
Mas se há passivo, este não deveria ser remediado 100%? 
d
emulsionada que possui maior mobilidade, movimentando-se
junto com a água subterrânea.
O monitoramento da contaminação na água subterrânea é realizado por
análises químicas de amostras da água por meio de poços de
monitoramento e poços de extração de água (se houver). Nessas
amostras, são analisadas substâncias químicas de interesse (SQI),
como, por exemplo, compostos orgânicos voláteis (VOC), compostos
orgânicos semivoláteis (SVOC), hidrocarbonetos totais de petróleo
(TPH), pesticidas organoclorados, PCB e metais.
A análise da água subterrânea dos poços de extração de água e
cacimba inclui parâmetros considerados essenciais para avaliar a
potabilidade da água para consumo humano, tais como coliformes
totais, cor e turbidez.
Monitoramento da
contaminação residual do
solo (fase retida)
Quando se tem ocorrência de substância que se apresenta na forma de
uma fina película, envolvendo partículas de solo, e que compreende a
fração retida por adsorção e por formação de filme superficial.
Esses monitoramentos são realizados por meio de sondagens com
coleta de amostras de solo para análises químicas. Nas amostras de
solo também são analisadas as concentrações das substâncias
químicas de interesse (SQI) para verificação se alguma substância se
apresenta acima dos valores de investigação na água subterrânea,
adotando os padrões da Resolução CONAMA n° 420/09.
As amostras de solo podem ser coletadas por liners, de forma a
fornecer um perfil de toda a sondagem. As amostras devem ser
caracterizadas em campo. A caracterização das amostras deve incluir a
descrição do solo e sua caracterização de acordo com o Sistema
Unificado de Caracterização dos Solos (SUCS). A profundidade das
amostras de solo também deverá ser anotada durante o processo de
Atenção
Dependendo dos fatos apurados no monitoramento, podem
ser requeridas instalações de poços com diferentes
profundidades, para assim formar um sistema multinível.

d
caracterização. Todas as informações mencionadas deverão ser
apresentadas em um boletim de sondagem.
As amostras de solo das sondagens, quando submetidas à medição de
compostos orgânicos voláteis (VOCs) em campo, devem utilizar um
equipamento PID (photoionization detector), além da verificação visual
de indícios de contaminação. Baseado nas observações táteis e visuais,
e a partir dos resultados das leituras de VOC, as amostras de solo com
maior evidência de contaminação são selecionadas para envio ao
laboratório para análises químicas. Caso não sejam observadas
evidências de contaminação, a amostra localizada diretamente acima
do nível d’água é selecionada para envio ao laboratório para análises
químicas.
A Resolução CONAMA 420/09 traz especificidades quanto à coleta para
áreas submetidas a aplicação de produtos agrotóxicos e fertilizantes,
por exemplo. Então, para mais detalhes, é muito importante que
explorem mais as normas, principalmente essa resolução.
Postos de combustíveis e a
contaminação de solo
Recomendação
O acondicionamento e identificação das amostras deve ser
realizado com todos os cuidados para envio ao laboratório.
Recomenda-se o preenchimento de cadeias de custódia para
acompanhamento das amostras até o laboratório.


d
Neste vídeo, falaremos do setor mais conhecido no Brasil com histórico
de passivo ambiental por contaminação do solo, você sabe qual é?
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo
que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Barreiras reativas permeáveis
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Veri�cação de dados históricos / bibliográ�cos
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Medidas de intervenção e remediação

d

Vamos praticar alguns
conceitos?
Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
d
Questão 1
Sabemos que, em se tratando de poluição dos solos, é melhor
prevenir do que remediar, certo? Nesse contexto, qual dos exemplos
abaixo se caracteriza como técnica de intervenção para remediação
de contaminação de solo por mineração?
Questão 2
Qual tipo de monitoramento se enquadra no monitoramento de
contaminação do solo?
A Recuperação artesanal
B Erosão de solos, sedimentos ou lamas
C Barreiras humanas
D Monitoramento da contaminação
E Fitorremediação
Responder
A Monitoramento da fase presa.
B Monitoramento da pluma de dispersão do ar.
C Monitoramento da fase solta.
D
Monitoramento da contaminação na fauna
silvestre.
d
Considerações �nais
Agora já podemos dizer que sabemos identificar possíveis fontes e
danos da poluição do solo, além de conseguirmos nomear as principais
técnicas e métodos empregados no controle e prevenção desse tipo de
poluição tão peculiar.
Por meio da caracterização da poluição do solo em todos os seus
aspectos, além do levantamento dos principais requisitos legais e
técnicos aplicáveis ao tema, é importante que cada indivíduo reveja
suas atitudes individuais e explore mais. Assim, você, futuro
profissional, também passa a ter uma base para se tornar um
profissional de meio ambiente capaz de identificar, analisar e propor as
medidas mais eficientes de prevenção e controle da poluição do solo.
Podcast
Antesde encerrarmos, a especialista apresenta uma reflexão
sobre a gestão dos resíduos e como evitar a poluição dos
solos.
00:00 00:00
1x
E Monitoramento da fase dissolvida.
Responder



d
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03031/index.html
Referências
BRASIL. LEI Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências. Consultado na Internet em: 06 out.
2021.
CETESB, 2021. Áreas contaminadas. 2021. Consultado na Internet em:
27 out. 2021.
CETESB, 2021. Poluição. 2021. Consultado na Internet em: 27 out. 2021.
CETESB, 2021. Qualidade do solo. 2021. Consultado na Internet em: 27
out. 2021.
CETESB, 2021. Salinização. 2021. Consultado na Internet em: 27 out.
2021.
CONAMA. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009 – Dispõe
sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias
em decorrência de atividades antrópicas. Consultado na Internet em: 06
out. 2021.
FAVAS, P. J. C.; VARUN, M.; D’SOUZA, R.; MANOJ, S. P. Phytoremediation
of Soils Contaminated with Metals and Metalloids at Mining Areas:
Potential of Native Flora. Environmental Risk Assessment of Soil
Contamination, 2014, p. 485 - 517.
POWELL, R. et al. Economic Analysis of the Implementation of
Permeable Reactive Barriers for Remediation of Contaminated Ground
Water. United States Environmental Protection Agency – EPA. 2002.
UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY – EPA.
Groundwater Pump and Treat Systems: Summary of Selected Cost and
Performance Information at Superfund-financed Sites. 2001.
Explore +
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo apresentado,
pesquise:
As Resoluções CONAMA e as normas ABNT/NBR, para saber mais
acerca dos muitos requisitos legais e técnicos relacionados ao
conteúdo.
O Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas de São Paulo
(CETESB), em sua terceira edição, que teve início ainda nos anos
1990 como um dos produtos do Projeto de Cooperação Técnica
CETESB/GTZ, órgão do governo alemão, que permitiu o suporte
necessário para a capacitação do corpo técnico da CETESB, com
vistas a estabelecer a metodologia para a identificação, o
gerenciamento e a reabilitação de áreas contaminadas.
A versão georreferenciada do Cadastro de Áreas Contaminadas e
Reabilitadas Identificadas no Estado do Rio de Janeiro pelo portal
GeoInea, o que possibilita a integração com outros dados
d
ambientais, assim como o download do mapa, no site do INEA. Por
ser um portal interativo, você precisa habilitar a camada que queira
ver de acordo com o conteúdo (neste caso, a camada: Cadastro de
Áreas Contaminadas e Reabilitadas no ERJ – 5ª edição).
O conteúdo da ABNT NBR 15.515 – Passivo ambiental em solo e
água subterrânea – Parte 2: investigação confirmatória. Isso
também vale para a Investigação Detalhada (ABNT NBR 15.515-3 –
Parte 3), para saber mais acerca da investigação de indícios ou
suspeita de contaminação, a partir da avaliação ambiental
confirmatória (Fase II).
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d
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