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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
CAMPUS BINACIONAL DO OIAPOQUE
DISCIPLINA: DIREITO FLORESTAL
DIEGO WILLIAN DENIUR MORAES 
JAIRO MACHADO SOUZA
JOSÉ VIRLANDIO PEREIRA SILVA
SALMO DA SILVA SANTOS
PRINCIPAIS CENÁRIOS DO DIREITO FLORESTAL
Oiapoque/AP
Dezembro-2019
DIEGO WILLIAN DENIUR MORAES 
JAIRO MACHADO SOUZA
JOSÉ VIRLANDIO PEREIRA SILVA
SALMO DA SILVA SANTOS
PRINCIPAIS CENÁRIOS DO DIREITO FLORESTAL
Produção de trabalho acadêmico, entregue a Prof.ª Gleyce Kelly como avaliação final da disciplina Direito Florestal.
Oiapoque/AP
Dezembro-2019
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO.......................................................................................
	
	1.1 Sistema nacional de unidade de conservação.................................
	
	1.2 Política nacional de recursos hídricos .............................................
	
	1.3 Política de florestas plantadas...........................................................
	
	1.4 Leis relacionadas ao uso de fogo......................................................
	
	1.5 Impactos ambientais............................................................................
	
	1.6 Fauna silvestre......................................................................................
	
	2 CONCLUSÃO.........................................................................................
	
	 REFERÊNCIAS.....................................................................................
	
 
1. INTRODUÇÃO 
Na medida em que cresce a degradação irracional ao meio ambiente, em especial o natural, afetando negativamente a qualidade de vida das pessoas e colocando em risco as futuras gerações, torna-se crucial a maior e eficaz tutela dos recursos ambientais pelo Poder Público e por toda a coletividade. Nesse sentido, em especial a partir dos anos 60 do século passado, os países começaram a editar normas jurídicas mais rígidas para a proteção do meio ambiente. No Brasil, pode-se citar, por exemplo, a promulgação do antigo Código Florestal, editado por meio da Lei 4.771/1965, assim como a Lei 6.938/1981, que aprovou a Política Nacional do Meio Ambiente. Mundialmente, o marco foi a Conferência de Estocolmo (Suécia), ocorrida em 1972, promovida pela ONU, com a participação de 113 países, onde se deu um alerta mundial sobre os riscos à existência humana trazidos pela degradação excessiva, em que pese à postura retrógrada do Brasil à época, que buscava o desenvolvimento econômico de todo modo, pois de maneira irresponsável se pregava a preferência por um desenvolvimento econômico a qualquer custo ambiental (“riqueza suja”) do que uma “pobreza limpa”.
Entrementes, apesar do crescente esforço de alguns visionários, apenas existem vestígios de uma nova visão ético-ambiental, que precisa ser implantada progressivamente.
1.1 Sistema nacional de unidade de conservação
A Lei nº 9.985/2000 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e regulamentou os incisos I, II, III e VII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal. O art. 225, § 1º, III, da CF dispõe que compete ao Poder Público “definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção”. Entre os espaços territoriais ambientalmente protegidos destacam-se sem dúvida as unidades de conservação, delimitações de áreas que devem ser especialmente protegidas, com um regime jurídico específico de proteção e administração, de acordo com as características de cada unidade. Pela leitura constitucional, a criação de unidades de conservação constitui obrigação do Poder Público, de forma a garantir a salvaguarda da norma-matriz do art. 225 da Constituição Federal: o meio ambiente ecologicamente equilibrado. É que esses espaços, por excelência, contribuem para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território brasileiro e nas suas águas jurisdicionais; a proteção das espécies ameaçadas de extinção; a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; pesquisas científicas; proteção às populações tradicionais, entre outros importantes objetivos.
A Lei nº 9.985/2000 (Lei do SNUC) sistematizou o conjunto de unidades de conservação que se encontravam em legislações esparsas, criando novas espécies e definindo-as em um sistema que se compõe de dois grupos fundamentais (proteção integral e uso sustentável), com unidades reunidas de acordo com os seus objetivos de preservação ou conservação ambiental.
Denomina-se Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) porque a gestão de unidades de conservação incluiu todos os entes federativos, cada qual com a criação e gestão de unidades em seu respectivo âmbito. Nos termos da Lei nº 9.985/2000, “o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais” (art. 3º). De acordo com o art. 6º da Lei nº 9.985/2000, a estrutura do SNUC apresenta a seguinte configuração: Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional de Meio Ambiente; Órgão central: Ministério do Meio Ambiente; Órgãos executores: Instituto Chico Mendes e Ibama, em caráter supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação.
O SNUC tem os seguintes objetivos: contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;
valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico;
proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. Por seu turno, o SNUC será regido por diretrizes que: assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam representadas amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, hábitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, salvaguardando o patrimônio biológico existente; assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao envolvimento da sociedade no estabelecimento e na revisão da política nacional de unidades de conservação; assegurem a participação efetiva das populações locais na criação, implantação e gestão das unidades de conservação; busquem o apoio e a cooperação de organizações não governamentais, de organizações privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas científicas, práticas de educação ambiental, atividades de lazer e de turismo ecológico, monitoramento, manutenção e outras atividades de gestão das unidades de conservação; incentivem as populações locais e as organizações privadas a estabelecerem e administrarem unidades de conservação dentro do sistema nacional; assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidadeeconômica das unidades de conservação; permitam o uso das unidades de conservação para a conservação in situ de populações das variantes genéticas selvagens dos animais e plantas domesticados e recursos genéticos silvestres; assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades de conservação sejam feitos de forma integrada com as políticas de administração das terras e águas circundantes, considerando as condições e necessidades sociais e econômicas locais; considerem as condições e necessidades das populações locais no desenvolvimento e adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos naturais; garantam às populações tradicionais cuja subsistência dependa da utilização de recursos naturais existentes no interior das unidades de conservação meios de subsistência alternativos ou a justa indenização pelos recursos perdidos; garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros necessários para que, uma vez criadas, as unidades de conservação possam ser geridas de forma eficaz e atender aos seus objetivos; busquem conferir às unidades de conservação, nos casos possíveis e respeitadas as conveniências da administração, autonomia administrativa e financeira; e busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto integrado de unidades de conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas respectivas zonas de amortecimento e corredores ecológicos, integrando as diferentes atividades de preservação da natureza, uso sustentável dos recursos naturais e restauração e recuperação dos ecossistemas.
1.2 Política nacional de recursos hídricos
A Política Nacional de Recursos Hídricos assenta-se em fundamentos que norteiam toda a gestão e proteção dos recursos hídricos, a saber: I – a água é um bem de domínio público; (…). Ao se considerar a água um bem de domínio público, o legislador afastou a incidência de águas particulares. Como bem de domínio público, é aplicável às águas o regime de bem de uso comum do povo – conforme a leitura do caput do art. 225 da CF. II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; (…). Trata-se do reconhecimento do caráter finito dos recursos hídricos. É necessário qualificá-la como um bem econômico, para que dê ao usuário uma dimensão de sua importância, a fim de que se evite o chamado “custo zero”, que nada mais é do que a ausência de valoração, que conduz à hiperexploração dos recursos hídricos e, por consequência, à sua escassez. III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; (…). Nota-se a clara definição de prioridades no uso dos recursos hídricos: o consumo humano e saciar a sede dos animais. IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; (…). Entende-se por uso múltiplo a otimização do uso das águas. A título de exemplo, entre as possibilidades de uso destacam-se o consumo e o abastecimento humano, como insumo agrícola ou industrial, para a pesca e a navegação, dentre outros. V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; (…). O conceito de bacia hidrográfica encontra-se afeto aos domínios da geografia. Com efeito, pode se definir uma bacia hidrográfica como uma área de drenagem de um curso d’água ou lago. Com esse fundamento, nota-se que a definição de uma bacia hidrográfica não se atém ao sistema federativo tradicional (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Por essa razão, na formação de um Comitê de Bacia Hidrográfica, órgão responsável pela gestão da bacia hidrográfica, é necessária a participação de todos os atores envolvidos, como o setor público, usuários, entidades da sociedade civil etc. VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades; (…). Esse fundamento procura consubstanciar a participação de todos os atores envolvidos nos processos de discussão, formulação e execução das políticas públicas para os recursos hídricos. Constitui manifestação do princípio da participação.
O art. 2º da Lei consigna os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I – assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; (…). Esse objetivo é decorrência do princípio da solidariedade intergeracional. Como prescreve o caput do art. 225, impõe se ao Poder Público e à coletividade o dever de preservar e defender o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. No mesmo sentido, a disponibilidade de água deve atender às exigências de uso da geração em curso sem que isso represente comprometimento das necessárias disponibilidades para as gerações vindouras, ou seja, nossos filhos, netos etc. II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; (…). Para se efetivar o princípio do desenvolvimento sustentável, é imperativo articular o uso racional e integrado dos recursos hídricos. Além disso, esse objetivo inclui como forma de utilização dos recursos hídricos o transporte aquaviário, através de hidrovias, que é um significativo meio de transporte com vistas ao desenvolvimento sustentável. III – a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais; (…). Além dos eventos de origem natural, esse objetivo da Política Nacional de Recursos Hídricos se preocupa com a gravidade dos eventos hidrológicos decorrentes de ação antrópica. É a constatação de que os desastres sobre ecossistemas naturais vulneráveis conduzem a uma série de prejuízos de natureza econômica, social e ambiental. Em exemplo, enumeram-se as recorrentes enchentes, secas e erosões. Para tanto, para obstar esses fenômenos, o objetivo em discussão prevê o agir antecipadamente, a prevenção como medida para impedir a ocorrência desses eventos e as consequências para o meio ambiente e, em última análise, ao ser humano.
1.3 Política de florestas plantadas
DECRETO Nº 8.375, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014 Define a Política Agrícola para Florestas Plantadas. Art. 2º Consideram-se florestas plantadas, para efeito deste Decreto, as florestas compostas predominantemente por árvores que resultam de semeadura ou plantio, cultivadas com enfoque econômico e com fins comerciais. Art. 4º São objetivos da Política Agrícola para Florestas Plantadas: I - aumentar a produção e a produtividade das florestas plantadas; II - promover a utilização do potencial produtivo de bens e serviços econômicos das florestas plantadas; III - contribuir para a diminuição da pressão sobre as florestas nativas; IV - melhorar a renda e a qualidade de vida no meio rural, notadamente em pequenas e médias propriedades rurais; e V - estimular a integração entre produtores rurais e agroindústrias que utilizem madeira como matéria-prima. Art. 5º Para a execução da Política Agrícola para Florestas Plantadas, serão utilizados, entre outros, os instrumentos e as ações previstos na Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991. Art. 6º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordenará o planejamento, a implementação e a avaliação da Política Agrícola para Florestas Plantadas e promoverá a sua integração às demais políticas e setores da economia. Art. 7º O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento elaborará o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas - PNDF, com horizonte de dez anos a ser atualizado periodicamente, tendo o seguinte conteúdo mínimo: I - diagnóstico da situação do setor de florestas plantadas, incluindo seu inventário florestal; II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; e III - metas de produção florestal e ações para seu alcance. Parágrafo único. O PNDF será submetido a consulta pública.
PORTARIA Nº 1191 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014 Cria, noâmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Comissão Setorial de Florestas Plantadas – CSFP/MAPA, com as seguintes atribuições: I - propor e avaliar medidas para o cumprimento dos princípios e os objetivos da política agrícola para florestas plantadas referentes as suas atividades de produção, processamento e comercialização dos produtos, subprodutos, derivados, serviços e insumos; II - analisar e emitir parecer técnico sobre as demandas do setor que envolvam órgãos do MAPA; e III - propor ações para aperfeiçoar conhecimentos e competências sobre o setor perante o MAPA. Membros: I - Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA: II - Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo - SDC: III - Secretaria de Política Agrícola - SPA; IV - Secretaria de Produção e Agroenergia - SPAE; e V - Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio - SRI; - A CSFP/MAPA será coordenada pelo representante da Secretaria de Politica Agrícola.
1.4 Leis relacionadas ao uso de fogo
No Brasil, o uso do fogo em regra é proibido, mas há casos específicos previstos em lei em que é permitido tal prática. O código florestal brasileiro (lei 12.651/12) traz um reforço na proibição do uso do fogo na vegetação e permitindo somente em três situações especificadas no artigo 38 e seguintes incisos da lei supra mencionada:
I — em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do SISNAMA, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle; II — emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo; III — atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do SISNAMA. (grifo nosso)
Quando não autorizada, a prática de queimadas constitui crime com previsão no artigo 41 da lei de crimes ambientais (lei 9.605/98).
1.5 Impactos ambientais
O ser humano causa impactos ambientais desde o momento em que obteve conhecimento de como alterar as características do ambiente em que se encontrava a seu favor, deixando de depender das condições pré estabelecidas na natureza e tornando o meio em que vivia cada vez mais favorável à sua ocupação e sobrevivência; no entanto, sem deixar de causar uma série de influências no ambiente.
A Resolução do CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986, da Política Nacional do Meio Ambiente, define como impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais.
O legislador dando cumprimento ao princípio da prevenção previsto no artigo 225 da nossa Constituição Federal, instituiu instrumentos para efetivação na lei de política nacional do meio ambiente, (lei 6.938/81) como a Avaliação de impactos ambientais prevista no art. 9º, III, sendo o conjunto de estudos preliminares ambientais, abrangendo todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.
Outro instrumentos é o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA), tão importante quanto o zoneamento para a proteção do ambiente. O EPIA nada mais é do que a avaliação, mediante estudos realizados por uma equipe técnica multidisciplinar, da área onde o postulante pretende instalar a indústria ou exercer atividade causadora de significativa degradação ambiental, procurando ressaltar os aspectos negativos e/ou positivos dessa intervenção humana. (SIRVINSKAS, 2015)
Exigir-se-á o EPIA quando a atividade for potencialmente causadora de significativa degradação ambiental. Entende-se por significativa degradação ambiental toda modificação ou alteração substancial e negativa do meio ambiente, causando prejuízos extensos à flora, à fauna, às águas, ao ar e à saúde humana, sendo ao final produzido um relatório de impacto ambiental.
1.6 Fauna silvestre 
Na legislação brasileira, a Constituição Federal (artigo 225, § 1º, inciso VII), ao cuidar da proteção da fauna, dispõe que incumbe ao Poder Público “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade” Percebe-se, pela leitura desse dispositivo que não foi utilizada nenhuma classificação para fauna, ou seja, a proteção constitucional é ampla, abrangendo todas as espécies animais. 
Segundo Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2013), “a Constituição Federal, ao prescrever a incumbência do Poder Público e da coletividade de proteger a fauna, fez de forma ampla, não restringindo a tutela à fauna silvestre somente.”
A proteção da fauna silvestre está disciplinada na Lei 5.197/67, denominada Lei de Proteção à fauna, define fauna silvestre no artigo 1º como sendo “os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.”
O legislador ordinário, ao disciplinar a proteção da fauna na Lei 5.167/67 e na
Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), não faz distinção entre s tios de fauna, o que nos leva a crer que sendo o animal silvestre ele está protegido pelas leis citadas, independentemente dele ser oriundo do território brasileiro ou não. 
2 CONCLUSÃO 
Importante salientar que a preocupação com as gerações futuras, para que elas possam, além de nós, também desfrutar de um meio ambiente equilibrado, começou a ser muito discutida pelo mundo, oportunidade em que se criou uma consciência social para o desenvolvimento sustentável. Assim, o crescimento econômico desenfreado e seus reflexos no meio ambiente são pontos bastante discutidos no meio internacional, como forma de sensibilizar os países para que eles usem a consciência ambiental em seus projetos econômicos para que haja um equilíbrio.
Evidencia-se, portanto, que o meio ambiente tem uma importância singular no direito brasileiro e, também, para a espécie humana, uma vez que proporciona uma qualidade de vida singular, haja vista a diversidade de riquezas naturais indispensáveis ao homem. Portanto, nada mais justo que haja uma proteção jurídica mais rígida, com a finalidade de resguardar todos os seres humanos.
A proteção do meio ambiente não é uma atividade que deve ser exercida apenas por um país, mas, por todos. Deste modo, necessário se faz a efetivação de um Direito Internacional Ambiental forte, para que seja resguardado esse bem de importância impar para toda a sociedade. 
Referências
BRASIL. Lei 5.197/67. Lei de Proteção à Fauna, Brasília, 3 Janeiro 1967.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de Agosto de 1981. Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, Brasília, DF, 31 Agosto 1981.
BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 9.605/98. Lei de crimes ambientais, Brasília,12 Feverreiro 1998.
BRASIL. Lei n. 12.651/2012. Código Florestal, Brasília, 25 maio 2012.
FIORILLO, C. A. P. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 14ª. ed. São paulo: Saraiva, 2013.
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 13ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/camaras-setoriais-tematicas/documentos/camaras-setoriais/florestas-plantadas/anos-anteriores/politica-agricola-para-florestas-plantadas-26.pdf
ANTUNES, Pau lo de Bessa. Política nacional do meio ambiente: comentários à Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2005.______.Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2012. ARAGÃO, Alexandra.
Direito Constitucional do Ambiente da União Europeia. In: CANOTILHO, José Joaquim Gomes; LEITE, José Rubens Morato. Direito constitucional ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007.
Direito ambiental / Fabiano Melo Gonçalves de Oliveira. – 2. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017.
Direito ambiental esquematizado / Frederico Augusto Di Trindade Amado. – 5.ª ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo : MÉTODO, 2014.

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