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Liberdade Provisória: Princípios e Casos

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27/05/2023, 13:09 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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MÓDULO 2
2. Mecanismos Legais para Restabelecimento da Liberdade.
2.1. Liberdade Provisória.
A liberdade provisória é o instituto jurídico de direito processual que garante em determinadas hipóteses que
o réu aguarde o julgamento do processo em liberdade. Pode ela ser com ou sem a prestação de fiança.
A previsão constitucional do instituto está no art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, que preconiza:
"ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança."
 
2.2. Princípios Norteadores do Instituto.
Os princípios encerram um norte a ser seguido pelo aplicador do direito. Traçam verdadeiros vetores de
interpretação, a fim de que se possa aplicar corretamente a lei ao caso concreto.
Em sede de liberdade provisória ganha destaque o princípio da legalidade, através do qual "ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
Nesse sentido, se a lei não determina que a pessoa seja presa, terá a mesma o direito de permanecer em
liberdade. Note-se que a prisão é medida excepcional. Assim, a regra é a liberdade; a exceção é a prisão,
que somente terá lugar quando a lei expressamente a prever.
Também merece atenção, o princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, inciso LIV).
Para que seja realizada a tão esperada justiça é necessário que sejam respeitadas várias regras de
natureza principiológica e de natureza normativa. Exatamente nesta premissa se encontra o “devido
processo legal”.
 Nas palavras do prof. Fernando Capez:
“Consiste em assegurar à pessoa o direito de não ser privada de sua
liberdade e de seus bens, sem a garantia de um processo desenvolvido
na forma que estabelece a lei (due processo of law – CF, art. 5., LIV). No
âmbito processual garante ao acusado a plenitude de defesa,
compreendendo o direito de ser ouvido, de ser informado pessoalmente
de todos os atos processuais, de ter acesso à defesa técnica, de ter a
oportunidade de se manifestar sempre depois da acusação e em todas
as oportunidades, à publicidade e motivação das decisões, ressalvadas
exceções legais, de ser julgado perante o juiz competente, ao duplo
grau de jurisdição, à revisão criminal e à imutabilidade das decisões
favoráveis transitadas em julgado.”[1]
 
 Em verdade, o princípio ora estudado recebe realce ao se mostrar como compilação de todos os outros
princípios.
 Nesse sentido, anote-se a lição:
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/19
 “O devido processo legal, por óbvio, relaciona-se com uma série de
direitos e garantias constitucionais, tais como presunção de inocência,
duplo grau de jurisdição, direito de ser citado e de ser intimado de todas
as decisões que comportem recurso, ampla defesa, contraditório,
publicidade, Juiz natural, imparcialidade do Julgador, direito às vias
recursais, proibição da reformatio in pejus, respeito à coisa julgada (ne
bis in idem), proibição de provas colhidas ilicitamente, motivação das
sentenças, celeridade processual, retroatividade da lei penal benigna,
dignidade humana, integridade física, liberdade e igualdade.”[2]
 
 Finalmente, a liberdade provisória tem como norte o princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º,
inciso LVII).
 A regra é que o réu somente seja considerado culpado após um devido processo legal onde são apurados
elementos formadores da convicção do juiz. No caso de dúvida, deve o réu ser absolvido (princípio do “favor
rei”).
 Assim, uma pessoa, mesmo que condenada, somente poderá ser considerada culpada após a
constatação de não existir mais recurso hábil contra a decisão (seja em sede de primeira instância ou de
instâncias superiores), ocasião em que poderá ser lançado o nome do réu no rol dos culpados. Nesse
sentido o princípio da presunção de inocência (ou da não culpabilidade) subsiste durante todo o processo e
tem o objetivo de garantir o ônus da prova à acusação até a declaração final de responsabilidade penal
através de sentença condenatória, da qual não caibam mais recursos.
Ora, se uma pessoa é presumidamente inocente, a regra é que ela seja mantida em liberdade até o final
do processo.
 
2.3. Casos em que o Agente se Livra Solto.
A doutrina sempre classificou a Liberdade provisória em Obrigatória, Permitida e Vedada.
A Liberdade provisória obrigatória é aquela em que o réu tem o direito de liberdade sem a obrigação do
pagamento de fiança ou vinculação ao cumprimento de uma condição imposta pelo Juiz. A esta possibilidade,
se dá o nome de "Livrar-se solto".
As hipóteses legais são:
1) Infrações penais em que não se cominam pena privativa de liberdade, art. 283, §1º, do CPP.
2) Infrações de menor potencial ofensivo, quando a parte se compromete a comparecer no Juizado, art. 69
Lei 9.099/95.
A liberdade provisória permitida é a que não é obrigatória, ou seja, aquela na qual o juiz tem a opção de
concedê-la ou não. Aqui, existe a importância do critério do juiz, conforme artigo 321, do CPP.
Finalmente, (apesar da discordância desta modalidade por parte da doutrina), a liberdade provisória vedada
ou proibida é aquela que não pode ser concedida pelas seguintes razões:
1) Caso seja cabível a prisão preventiva;
2) Caso seja expressamente proibida por lei a sua concessão
 
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2.4. Relaxamento da Prisão em Flagrante.
Uma vez realizada a prisão em flagrante, os autos deverão ser encaminhados ao Juiz de direito para a análise
do caso concreto em 24 horas (CPP, art. 306, § 1º).
Caso entenda que a prisão não encontra fundamento legal, deverá realizar o seu relaxamento imediatamente,
conforme determina o artigo 310, I, do Código de Processo Penal.
Cumpre consignar que a autoridade policial (delegado) não tem o poder de relaxar a prisão. Poderá não
formalizar o auto de prisão em flagrante se entender que não é o caso liberando o conduzido imediatamente,
mas uma vez realizado o auto, somente o juiz de direito tem o poder acima informado.
 
2.5. Conversão da Prisão Temporária em Preventiva.
Como anteriormente se disse, a prisão temporária tem natureza de medida cautelar e somente ocorre
durante o inquérito policial. O seu prazo é bastante pequeno (5 ou 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período
dependendo da hipótese) e no mais das vezes insuficiente para o encerramento das investigações
preliminares.
Nesse sentido, é comum pedir e o juiz conceder a prisão preventiva (se presentes os requisitos legais) antes
do término da prisão temporária, a fim de que o investigado continue preso, operando-se a devida conversão.
Outra hipótese é a do término da investigação preliminar. Caso o Ministério Público entenda cabível, poderá
pedir a conversão na própria denúncia (ou anteriormente através de peça distinta) a fim de que o indiciado
continue preso. 
 
2.6. A Liberdade Provisória com ou sem Vinculação.
A liberdade provisória será decretada pelo juiz sem a vinculação de qualquer condição a ser cumprida nos
casos de infrações penais em que não se cominam pena privativa de liberdade, art. 283, §1º, do CPP, e
infrações de menor potencial ofensivo, quando a parte se compromete a comparecer no Juizado, art. 69, Lei
9.099/95.
A outra possibilidade é a da concessão da liberdade provisória com a vinculação do cumprimento de
determinada condição.
Essa condição poderá ser a imposição das medidas cautelares previstas no artigo 319, do CPP ou a
estipulação de fiança (prestação de caução).
No que se refere às medidas cautelares do CPP, somente o juiz tem o condão de determiná-las. Já a fiança
poderá ser fixada pela autoridade policial ou pelo juiz conforme adiante se verá.
A autoridadepolicial somente poderá conceder fiança para os crimes cuja pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 anos, no valor de 1 a 100 salários mínimos. Nos demais casos, a fiança será decidida
pelo juiz. Para os crimes com pena máxima acima de 4 anos o valor da fiança será de 10 a 200 salários
mínimos. A fiança pode ser aumentada, reduzida ou dispensada, dependendo da hipótese (CPP, art. 322 c/c
art. 325).
Cumpre esclarecer que existem crimes que são inafiançáveis:
a) crime de racismo;
b) crimes hediondos;
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c) crime de tortura;
d) crime de tráfico de drogas;
e) crime de terrorismo;
f) crimes praticados por grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
 
2.7. A Revogação da Prisão Preventiva.
No curso da investigação criminal ou do próprio processo, caso o juiz entenda que desapareceram os
requisitos para a concessão da prisão preventiva, deverá (a lei fala "poderá") revogá-la, conforme determina
o artigo 316, do CPP.
Note-se que é caso de discricionariedade regrada. Se ausente o motivo para que a prisão subsista, abre-se ao
investigado/processado o direito à liberdade, desafiando habeas corpus.
 
 2.8 Das medidas cautelares diversa da prisão
A Constituição Federal estabelece o princípio da presunção de inocência, que,
garante que a lberdade é a regra, sendo a prisão uma medida excepcional. Por
isto, a Lei 12.403/11 estabeleceu medidas cautelares diversas da prisão que estão
dispostas no artigo 319, do Código de Processo Penal, que devem ser aplicadas
sempre que adequadas e necessárias, nos termos do artigo 282, do Código de
Processo Penal. Senão vejamos:
 
 Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a: 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e,
nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições
pessoais do indiciado ou acusado. 
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. 
§ 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou,
quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou
mediante requerimento do Ministério Público. (alteração pacote anticrime)
§ 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao
receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para
se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e
das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de
perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos
do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. (alteração pacote
anticrime)
§ 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz,
mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante,
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poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. (alteração
pacote anticrime)
§ 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (alteração pacote anticrime)
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma
fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada. (alteração pacote anticrime)
 
Importante destacar as alterações realizadas pelo pacote antecrime.
Primeiramente, ressaltando a adoção do sistema acusatório, o juiz não poderá, de
ofício, decretar medidas cautelares diversa da prisão no curso da
instrução processual. Assim, o juiz somente poderá estabelece-la após provocação
da autoridade policial ou das partes. No mesmo sentido, a verificação do
descumprimento e imposição de medidas mais rígidas depende de provocação das
partes.
O parágrafo 3º, ressaltavada quando urgente a imposição da medida cautelar,
manteve o direito ao contraditório, antes do juiz decidir sobre a questão.
Em relação ao parágrafo 5º, a alteração dispõe sobre a possibilidade de alterar a
medida cautelar, seja para torná-la mais rigdosa ou revogá-la, visto que, por ser
uma medida provisória, deve ser reexaminada casa haja alteração de seus
fundamentos, seja para agravar ou melhorar a situação do réu.
O artigo 283, do Código de Processo Penal, também alterou sua redação, a fim de
simplificar seu entendimento. Desta forma, fica claro, que, a prisão de um pessoa
somente poderá ocorrer em duas situações, quais sejam, em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. 
O artigo 287, do Código de Processo Penal, foi também alterado pelo pacote
anticrime, a fim de estabelece na lei a resliação da audiência e custódia em caso
de infração inafiançável. No mesmo sentido, o artigo 310, dispondo, que, após o
recebimento do auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de 24 horas, o juiz
deverá realizar audiência de custódia, na presença do acusado, seu advogado e
Ministério Público. 
 
 
2-A. Considerações preliminares sobre a prova penal.
 
Conforme ensina José Frederico Marques "no complexo dos atos processuais que integram a instância penal
condenatória, dá-se o nome de atos de instrução àqueles destinados a recolher os elementos necessários
para a decisão da lide."[3] Assim, dentro de um processo, é necessário que se produzam elementos que
possam sustentar e fornecer elementos para que o juiz possa proferir uma decisão acerca da questão que as
partes discutem em um processo, chegando-se a uma definição. A produção desses elementos é o que chama
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de atos de instrução, sendo que referido autor os divide em atos de prova e alegações, consistindo os
primeiros no conjunto de atos processuais que têm por objeto recolher as provas com que deve ser decidido o
litígio, enquanto que alegações consistiriam na apresentação de argumentos sobre o direito debatido, bem
como sobre os fatos colhidos através da prova.
 As provas vêm disciplinadas no Titulo VII, do Livro I, do Código de Processo Penal (artigos 155 a 250).
 2-A.1. Conceito de prova.
Prova é o instrumento de que se vale a parte, dentro de um processo, para demonstrar a legitimidade de sua
argumentação de modo a obter uma sentença favorável do juiz. 
Segundo José Frederico Marques, é o "elemento instrumental para que as partes influam na convicção do juiz,
e o meio de que este se serve para averiguar sobre os fatos em que as partes fundamentam suas alegações"
[4].
 
Finalidade da prova
A finalidade da prova é convencer o magistrado da verdade dos fatos que estão sob sua análise, propiciando a
formação de sua convicção.
 
Objeto da prova
É o fato, a coisa, o acontecimento que pretende se demonstrar no processo.
Alguns autores dividem o objeto da prova em dois: objeto abstrato e objeto concreto. O objeto abstrato seria
aquilo que se pode provar em termos gerais, enquanto que objeto concreto refere-se tão-somente àquilo que
somente pode se provar em relação a determinado processo.
Em regra, somente os fatos constituem o objeto de prova no processo, eximindo-seas partes de provarem o
direito, em decorrência do princípio juri novit curia (o juiz conhece o direito). Excetuam-se as normas
consuetudinárias, estrangeiras, estaduais (desde que de outro ente da federação), municipais e as elaboradas
por autarquias ou outras pessoas de direito público.
Alguns fatos não são objeto de prova, em decorrência de sua própria natureza, como se sucede com os fatos
notórios, os fatos impossíveis, os fatos que possuem presunção legal ou absoluta e os fatos impertinentes ou
irrelevantes ao deslinde do processo.
Devemos lembrar que no processo penal não existe a figura do fato incontroverso, como ocorre no processo
civil, pois aquele se orienta pela busca da verdade real, também chamada de verdade material ou
substancial, e não pela verdade formal, devendo todos os fatos ser comprovados, ainda que as partes deles
não divirjam.
 
2-A.2. Classificação das provas.
Frederico Marques classifica as provas em históricas ou críticas e em pessoais ou reais.
Prova histórica – é um fato representativo de outro fato, tal como o testemunho.
Prova crítica – ao contrário da histórica, não possui função representativa, mas meramente indicativa. É o
caso dos indícios.
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Prova pessoal ou subjetiva – é aquela cujo objeto central é constituído por uma pessoa.
Prova real ou objetiva – é aquele cujo objeto central é uma coisa ou bem exterior ao indivíduo.
 
Denílson Feitoza elabora uma classificação mais complexa, dividindo-a com relação: a) ao objeto; b) sujeito
ou fonte; c) forma ou aparência; d) valor ou efeito.
Com relação ao objeto ela se subdivide em:
1. Direta – diz respeito diretamente ao fato probando.
2. Indireta – diz respeito indiretamente ao fato probando.
 
Com relação ao sujeito ou fonte ela se subdivide em:
1. Prova pessoal ou subjetiva – é aquela cujo objeto central é constituído por uma pessoa.
2. Prova real ou objetiva – é aquele cujo objeto central é uma coisa ou bem exterior ao indivíduo.
 
Com relação à forma ou aparência ela se subdivide em:
1.Testemunhal – é obtida através de uma testemunha
2. Documental – é aquela obtida através de documento
3. Material – é aquela obtida através de exames, vistorias, corpo de delito, etc.
 
Com relação ao valor ou efeito ela se subdivide em:
1. Plena – aquela que sugere um juízo de certeza
2. Não-plena – aquela que sugere apenas um juízo de probabilidade ou de credibilidade
 
As provas ainda podem ser classificadas com relação à sua previsão legal, subdividindo-se em:
Provas nominadas ou meios legais de prova – são aquelas previstas em lei.
Provas inominadas – são aquelas que não possuem previsão legal.
 
As provas legais são:
Exame de corpo de delito e perícias em geral
Interrogatório do acusado
Confissão
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Perguntas ao ofendido
Testemunhas
Reconhecimento de pessoas e coisas
Acareação
Documentos
Indícios
Busca e apreensão
 
 2-A.3. As fases do procedimento probatório.
 
Lastreado em lição de Jaime Guasp, José Frederico Marques observa que o procedimento probatório “é o
conjunto de todas as atividades levadas a efeito, no processo, para a prática das provas”[5].
Segue o autor: “Uma vez iniciada a instrução, há que se distinguir e discriminar, no esquema genérico do
procedimento probatório, os diversos momentos em que ele se desenvolve, e que são os
seguintes: proposição da prova, admissão da prova e execução ou produção da prova”[6].
O momento para proposição e produção de provas sofreu alterações com o advento das Leis nos 11.690/08 e
11.719/08. De acordo com a segunda lei, o acusado deverá indicar as provas que pretende produzir no
momento da apresentação da resposta à acusação, de acordo com o disposto nos artigo 396 e 396-A do
Código de Processo Penal. O momento para a proposição de prova pela acusação permanece o mesmo,
ressalvado as duas partes o requerimento de diligências em decorrência de necessidade apurada na instrução,
após a realização da audiência de instrução e julgamento, conforme previsto no artigo 402, do diploma
processual penal.
A Lei nº 11.719/08 introduziu o princípio da concentração, adotado no processo civil, pelo qual todas as
provas devem ser produzidas em uma única audiência de instrução de julgamento, prevista no artigo 400, do
Código de Processo Penal.
Exceção ao principio da concentração está previsto no artigo 156, I, do Código de Processo Penal, pelo qual o
juiz poderá ordenar, de ofício, a produção de provas consideradas urgentes e relevantes mesmo antes de
iniciada a ação penal. Ressalte-se, contudo, que é de constitucionalidade duvidosa tal mudança trazida pela
Lei nº 11.690/08, uma vez que confere verdadeiro poder inquisitivo ao magistrado, que pode determinar a
produção de prova mesmo antes de existir uma ação penal.
 
[1] In Curso de Processo Penal, São Paulo, Saraiva, Ed. 18ª., p. 79.
[2] TOURINHO FILHO, Fernando da Costa, Manual de Processo Penal, São Paulo, Ed. Saraiva, 7ª. Ed., p. 26.
[3] MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal, vol. II, rev. atual. por Eduardo Reale
Ferrari. 2ª. ed., Campinas: Millenium, 2000, pág. 325.
[4] Op.cit., pág. 330.
[5] MARQUES, José Frederico. Elementos de Direito Processual Penal, vol. II, rev. atual. por Eduardo Reale
Ferrari. 2ª. ed., Campinas: Millenium, 2000, pág. 364.
27/05/2023, 13:09 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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[6] Idem, ibidem
 
Exercício 1:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Os princípios da legalidade, do devido processo legal e da presunção de
inocência norteiam a liberdade provisória.
II – É hipótese de liberdade provisória obrigatória: Infrações penais em que não
se cominam pena privativa de liberdade.
III – É hipótese de liberdade provisória obrigatória: Infrações de menor potencial
ofensivo, quando a parte se compromete a comparecer no Juizado.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 2:
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Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – a autoridade policial (delegado) tem o poder de relaxar a prisão.
II – a liberdade provisória vedada ou proibida é aquela que não pode ser
concedida caso seja cabível a prisão preventiva;
III – a liberdade provisória vedada ou proibida é aquela que não pode ser
concedida caso seja expressamente proibida por lei a sua concessão. 
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações II e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 3:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
I – dependendo do caso concreto, a fiança pode ser fixada pela autoridade policial
ou pelo juiz.
II – o juiz somente poderá conceder fiança para os crimes cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 4 anos, no valor de 1 a 100 salários
mínimos.
III – para os crimes com pena máxima acima de 4 anos o valor da fiança será de
10 a 200 salários mínimos.
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A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações I e III estão corretas.
C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 4:
Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta:
 São crimes inafiançáveis:
I – crime de racismo, crimes hediondos, crime de tortura;
II – crime de trafico de drogas e crime de terrorismo;
III – crime de peculato e crimes praticados por grupos armados contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.
A)
As afirmações I e II estão corretas.
B)
As afirmações I e III estão corretas.
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C)
Somente a afirmação III está correta.
D)
Todas as afirmações estão corretas.
E)
Todas as afirmações estão incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 5:
Assinale a alternativa correta:
A)
As provas vêm disciplinadas no código penal;
B)
As provas colhidas no processo sevem para formar a convicção das partes;
C)
A finalidade da prova é convencer o magistrado da verdade dos fatos que estão
sob sua análise, propiciando a formação de sua convicção;
D)
Através das provas não se demonstra a legitimidade da argumentação feita, mas
sim uma suposição;
E)
N.d.a.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 6:
Assinale a alternativa correta:
A)
Via de regra, o objeto da prova é o direito que se pretende demonstrar;
B)
O objeto abstrato refere-se tão somente àquilo que só pode se provar em relação
a determinado processo;
C)
O objeto concreto seria aquilo que se pode provar em termos gerais;
D)
Os fatos que possuem presunção legal ou absoluta devem ser provados;
E)
N.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 7:
Assinale a alternativa correta:
A)
Assim como no processo civil, no processo penal existe a figura do fato
incontroverso;
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B)
Prova subjetiva é aquela cujo objeto central é constituído por uma pessoa; Prova
real ou objetiva é aquela cujo objeto central é uma coisa ou bem exterior ao
indivíduo;
C)
Prova material é aquela obtida através de testemunhas ou documentos;
D)
Provas inominadas são aquelas que possuem previsão legal;
E)
N.d.a.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 8:
Assinale a alternativa correta:
A)
A Prova histórica não possui função representativa, mas meramente indicativa;
B)
A Prova crítica se relaciona a um fato representativo de outro fato;
C)
Conforme regra processual, o acusado deverá indicar as provas que pretende
produzir no momento da apresentação da resposta à acusação;
D)
O juiz não poderá em nenhuma hipótese produzir provas de ofício, pois isso
violaria o princípio da inércia do Poder Judiciário;
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E)
O Código de Processo Penal adotou quantos às provas o princípio da
desconcentração.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
Exercício 9:
Quanto à forma, a prova penal classifica-se em:
A)
direta ou indireta;
B)
pessoal ou real;
C)
testemunhal, documental e material;
D)
lícita, ilícita, legítima e ilegítima;
E)
nenhuma das alternativas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 10:
Assinale a alternativa correta:
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I - Provas são os meios legalmente permitidos para a demonstração da veracidade
de fatos alegados em juízo.
II – Prova real é aquela cujo objeto central é uma coisa ou bem exterior ao
indivíduo.
III - Provas nominadas são aquelas que possuem somente um tipo de
nomenclatura.
A)
Somente a alternativa I está correta
B)
Somente a alternativa III está correta
C)
As alternativas I e II estão corretas
D)
As alternativas I e III estão incorretas
E)
Todas as alternativas estão incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 11:
Considere as assertivas e assinale a alternativa correta:
I – As provas diretas fundam-se no testemunho daquele que presenciou
pessoalmente a situação em que ocorreu o fato a ser provado ou em
comprovação evidente.
II - As provas diretas fundam-se em fato diverso, exigindo raciocínio para chegar-
se a uma conclusão.
III - As provas indiretas fundam-se em fato diverso, exigindo raciocínio para
chegar-se a uma conclusão.
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IV - As provas indiretas fundam-se no testemunho daquele que presenciou
pessoalmente a situação em que ocorreu o fato a ser provado ou em
comprovação evidente.
A)
Somente a alternativa I está correta
B)
Somente a alternativa II está correta
C)
As alternativas I e III estão corretas
D)
As alternativas II e III estão incorretas
E)
Todas as alternativas estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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Exercício 12:
Considere as assertivas e assinale a alternativa correta:
I – A prova material é aquela obtida através de testemunhas.
II – Somente se admite a prova nominada no Brasil.
III – A confissão não é um meio de prova no Brasil.
A)
Somente a alternativa I está correta
B)
Somente a alternativa II está correta
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C)
As alternativas I e III estão corretas
D)
As alternativas I, II e III estão incorretas
E)
As alternativas I, II e III estão corretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 13:
Sobre prisão preventiva, é correto afirmar que:
A)
É medida cautelar protelatória dos atos processuais regulares
B)
É medida impositiva em delitos punidos com pena de reclusão superior a 08 (oito)
anos
C)
O despacho que a decretar ou a revogar será, necessariamente, fundamentado.
D)
Não poderá ser decretada com fundamento na garantia da ordem econômica
E)
Se for decretada pelo Juiz da Causa, não cabe revisão ex officio
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 14:
Dentro de 24 horas depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o
auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o
autuado não informe o nome de seu Advogado, cópia integral para
A)
DefensoriaPública
B)
o Ministério Público
C)
a Procuradoria-Geral do Estado
D)
a Ordem dos Advogados do Brasil
E)
A Procuradoria-Geral da União
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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