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Farmacologia Aplicada Curso: Farmácia • Anatomia do Sistema Respiratório: • Funções do Sistema Respiratório: - Trocas gasosas: fornecer o oxigênio necessário para as reações metabólicas e remover o gás carbônico (ventilação pulmonar); - Regular o equilíbrio ácido-básico; - Realização do condicionamento do ar: umidificação, aquecimento, filtração e defesa conta infecções. • Doenças respiratórias: Desordens que afetam os órgãos do sistema respiratório e, portanto, prejudicam o seu funcionamento. Dados de 2018: - Doenças respiratórias crônicas: são responsáveis por quatro milhões de mortes no mundo; - No Brasil, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ocuparam o terceiro lugar no que diz respeito à mortalidade (8,2 e 10% das internações pelo SUS). Doenças respiratórias: Vias aéreas superiores: - Gripe e resfriado; - Rinite; - Sinusite; - Tosse; - Faringite. Vias aéreas inferiores: - Bronquite; - Asma; - Pneumonia; - Enfisema pulmonar; - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) GRIPE E RESFRIADO • Gripe: infecção das vias aéreas superiores causada pelo vírus Influenza; • Resfriado: infecção das vias aéreas superiores causada por diversos tipos de vírus, principalmente pelo Rhinovírus. As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais fortes nos casos de gripe, além do tempo de instalação http://denismiranda123.blogspot.com/2016/04/voce-sabe-diferenca-entre.html http://denismiranda123.blogspot.com/2016/04/voce-sabe-diferenca-entre.html GRIPE E RESFRIADO Possíveis complicações: • Gripe: deficiência no sistema imunológico e pneumonia; • Resfriado: otite, sinusite, bronquite ou outras doenças mais graves Tratamento: a prevenção é o melhor remédio! Medidas não-farmacológicas: - Evitar ambientes fechados; - Realizar exercícios ao ar livre; - Lavar as fossas nasais com soro fisiológico. GRIPE E RESFRIADO Tratamento farmacológico: • Antigripais; • Anti-histamínicos; • Descongestionantes nasais; • Emolientes/lubrificantes de mucosa; • Analgésicos e antitérmicos; • Mucolíticos, antitussígenos e expectorantes; • Vitamina C; *Vacinação anual contra a gripe GRIPE E RESFRIADO Analgésicos, antitérmicos e anti- inflamatórios: AINES • Mais comuns: Paracetamol, dipirona, ibuprofeno, ácido acetilsalicílico GRIPE E RESFRIADO GRIPE E RESFRIADO Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios: AINES • Efeito antipirético/antitérmico: redução da temperatura corporal, bloqueio da formação de PGs e bloqueio da resposta no SNC à IL-1; • Efeito analgésico: inibição da ação sensibilizante das PGs; • Efeito sobre as plaquetas: inibição da síntese de tromboxanos -> inibição da agregação plaquetária e prolonga o tempo de sangramento GRIPE E RESFRIADO Anti-histamínicos • Mais comuns: Loratadina, Desloratadina Bromoferinamina, clorferinamina, dexclorferinamina, hidroxizina • Histamina: molécula sintetizada a partir do aminoácido histidina, estocada em vesículas/grânulos e liberada por diferentes células humanas a partir de um estímulo. É um potente mediador de numerosas reações biológicas GRIPE E RESFRIADO Anti-histamínicos: GRIPE E RESFRIADO Anti-histamínicos: Receptores H1 Ação: contração do músculo liso brônquico nos seres humanos Nos pulmões, ao provocar broncoconstrição, provoca manifestações clínicas semelhantes às da asma GRIPE E RESFRIADO Anti-histamínicos • Agem bloqueando a ação da histamina, diminuindo a secreção brônquica; • Mais comuns: Loratadina, Desloratadina Bromoferinamina, clorferinamina, dexclorferinamina, hidroxizina; • Principais efeitos adversos: sonolência, boca seca, retenção urinária, visão turva e constipação GRIPE E RESFRIADO Anti-histamínicos • 1ª geração: lipofílicos, baixo PM, ultrapassam a barreira hematoencefálica (efeitos no SNC -> ações dopaminérgicas, seratoninérgicas e colinérgicas); • 2ª geração: lipofóbicos, não ultrapassam a barreira hematoencefálica (fexofenadina) ou ultrapassam menos de 30% (cetirizina); favorável risco/benefício. GRIPE E RESFRIADO Anti-histamínicos • Causam sedação: Difenidramina, prometazina, meclizina; • Sedação leve/moderada: cetirizina, clorferinamina; • Não causam sedação: loratadina, desloratadina, fexofenadina e fenindamina. GRIPE E RESFRIADO Descongestionante nasal • Mais comuns: nafazolina, fenoxazolina, oximetazolina; • Utilizados para diminuir a resistência da passagem do ar; • Mecanismo de ação: simpaticomiméticos vasoconstrictores Os simpaticomiméticos ativam os receptores α1 adrenérgicos, que estão ligados à proteína G Liberação de DAG e IP3 Aumento da disponibilidade de Ca+2 Contração muscular Local de ação: vasos sanguíneos nos sinus nasais GRIPE E RESFRIADO Descongestionante nasal • Resultados: vasos contraem → o fluxo de sangue diminui → o edema da mucosa regride → a produção de muco baixa → a respiração volta ao normal; • Usos: gotas ou spray (menos efeitos adversos sistêmicos) • Reações locais: ardência, ressecamento da mucosa, congestão nasal de rebote • Uso com muita frequência: insônia e palpitações GRIPE E RESFRIADO Descongestionante nasal • Reações mais graves: - Sensação de alívio passageira, o nariz volta a entupir e o intervalo das administrações diminui: DEPENDÊNCIA; - Se o fármaco atinge o sistema cardiovascular, pode representar uma sobrecarga para o coração: arritmia cardíaca, taquicardia, hipertensão arterial, trombose, tonturas e dor de cabeça GRIPE E RESFRIADO Associações GRIPE E RESFRIADO Associações GRIPE E RESFRIADO Expectorantes e mucolíticos • Mais comuns: Acetilcisteína, ambroxol, carbocisteína, guaifenesina • Mecanismos de ação: - Facilitam a expectoração do muco (secreções respiratórias), por provocarem alterações físicos- químicas; - Quebra/lise de ligações das cadeias peptídicas das proteínas que constituem o muco, liberando-o com mais facilidade; - Auxiliam o sistema mucociliar. GRIPE E RESFRIADO Antitussígeno • Mais comuns: Clobutinol • Mecanismo de ação: - Antitussígenos opioides: atuam no centro da tosse, no SNC. Exemplos: codeína (Ação: alívio da tosse; Efeitos adversos: descoordenação motora, anestesia parcial). Uso: na tosse não produtiva. - Antitussígenos não-opioides: atuam nos brônquios, diminuindo a tosse. Exemplos: clobutinol, dropropizina (Ação: alívio da tosse). Uso: na tosse não produtiva. RINITE • Inflamação aguda ou crônica na membrana da mucosa do nariz decorrente de microrganismos (vírus, bactérias, fungos) ou de alérgenos (poeira, pólen); • Sintomas: quantidade excessiva de muco, congestão nasal e corrimento do nariz RINITE RINITE RINITE Tratamento farmacológico: • Cromoglicato dissódico e cetotifeno: indicados por impedir a liberação de mediadores a partir de mastócitos/basófilos; • Anti-histamínicos; • Corticoides inalatórios ou tópicos (nasais): budesonida, beclometasona, fluticasona. RINITE • Imunoterapia; • Vacina específica para cada tipo de alérgeno. SINUSITE • Inflamação de vias aéreas superiores (seios paranasais), associada a algum processo infeccioso (mediado por bactéria, vírus ou fungo), a alergia ou a inalação de poluentes; • Associada a rinite, asma, bronquite, faringite e amigdalite. Seios paranasais: grupo de cavidades aeradas que se abrem dentro do nariz e se desenvolvem nos ossos da face SINUSITE Tipos: • Infecciosa; • Alérgica; • Traumática Sintomas: • Dor de cabeça forte; • Obstrução nasal; • Febre; • Coriza; • Espirros SINUSITE Tratamento: • Anti-histamínicos; • Corticoide; • Descongestionante nasal; • Antimicrobiano; • Analgésicos; • Antitérmicos. • Cirurgia* • Tratamento não-farmacológico • Antimicrobianos: - Especialmente antibióticos; - Amoxicilina (associada ou não ao ácido clavulânico); - Claritromicina ou azitromicina TOSSE • Movimento de contração sinérgica e convulsiva dos músculos expiratórios torácicos e abdominais; • Mecanismo de defesa das vias aéreas, para limpar a árvore brônquica eeliminar partículas estranhas (poluentes, microrganismos) e secreções. • Causas: - Infecção; - Doenças respiratórias; - Farmacológica. TOSSE TOSSE TOSSE TOSSE • Tratamento: - Antitussígenos de ação central: agem deprimindo o centro bulbar, controlando o reflexo da tosse. Usados para tosses secas e improdutivas; - Expectorantes: estimulam a eliminação do muco. Ação irritante na mucosa brônquica, para facilitar a expulsão da secreção; - Mucolíticos: liquefazem o muco. TOSSE • Tratamento: FARINGITE • Infecção respiratória caracterizada pela inflamação da faringe; • Causas comuns: uso excessivo da voz, queimadura, boca muito seca ou dormir com a boca aberta. FARINGITE • Tratamento: - Analgésico; - Antitérmico; - Anti-inflamatório; - Antihistamínico; - Antimicrobiano. BRONQUITE • Inflamação da mucosa da árvore brônquica; • Principais causas: microbiana (vírus ou bactéria), podendo durar dias ou semanas (aguda) ou de 3 meses acima (crônica); • População abaixo de 30 anos: fumo BRONQUITE Principais sintomas: • Tosse; • Expectoração; • Falta de ar; • Pernas e pés inchados (oxigenação) Tratamento: • Corticoides; • Broncodilatadores; • Mucolíticos; • Expectorantes; • Antibióticos* ASMA • É uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns em todo o mundo; • Síndrome complexa, com diferentes fenótipos clínicos em adultos e em crianças; • Variedade de apresentações clínicas e de evolução; • Classificada segundo os fatores desencadeadores de sintomas, a gravidade e frequência dos sintomas, ou de acordo com a resposta aos tratamentos disponíveis. As vias aéreas são hiperresponsivas e contraem-se facilmente em resposta a uma ampla gama de estímulos. ASMA • Permeabilidade vascular aumentada; • Edema; • Inflamação da parede respiratória; • Aumento da produção de muco ASMA Tratamento não farmacológico: • Reconhecer os sinais de descontrole da doença; • Evitar fatores desencadeantes, como mudanças bruscas de temperatura, exercícios físicos extenuantes, emoções intensas; • Manter o ambiente limpo e ventilado, evitar o acúmulo de poeira; • Vida saudável. ASMA Tratamento farmacológico: • Imunoterapia (Omalizumabe); • Medicamentos: que inibem a contração do músculo liso e que previnem ou revertem a inflamação Montelucaste e zafirlucaste reduzem eventos pró-inflamatórios ASMA Tratamento farmacológico: • Agonistas beta-adrenérgicos: são as drogas broncodilatadoras mais eficientes no tratamento da crise de broncoespasmo; - Divididas em catecolaminas (isoproterenol e adrenalina) e resorcinois (terbutalina, enoterol, salbutamol, salmeterol e formoterol) Diminuição da PA e taquicardia Também por via inalatória ASMA Tratamento farmacológico: • Corticosteroides: - Principal medicamento utilizado no tratamento de manutenção, profilático e anti-inflamatório; - Via oral ou inalatoria; - são altamente lipofílicos, penetram rapidamente nas células das vias respiratórias e se ligam a receptores localizados no citosol; - Redução na produção de prostaglantidas e leucotrienos. Principais: Ação curta: • Cortisol Ação intermediária: • Prednisona; • Prednisolona; • Metilprednisolona; • Triamcinolona Ação longa • Betametasona; • Dexametasona PNEUMONIA • Infecção que se instala nos pulmões, podendo acometer a região dos alvéolos pulmonares ou interstícios; • Basicamente, é provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante no espaço alveolar; • Fatores de risco: - Fumo: provoca reação inflamatória; - Álcool: interfere no sistema imunológico; - Ar-condicionado: deixa o ar muito seco; - Resfriados mal cuidados; - Mudanças bruscas de temperatura. • Tratamento: antibióticos ENFISEMA • Irritação respiratória crônica, de lenta evolução; • Quase sempre causada pelo fumo; • Outros agentes causadores: poeira, poluentes, vapores químicos. Destruição do tecido por onde passavam os vasos ↓ Os alvéolos transformam- se em grandes sacos cheios de ar que dificultam o contato do ar com o sangue ENFISEMA Sintomas: • Respiração ofegante com chiado; • Tosse; • Sensação de sufocamento; • Falta de ar que se agrava. Tratamento: • Corticosteroides; • Broncodilatadores; • Oxigênio DOENÇA OBSTRUTIVA PULMONAR CRÔNICA (DPOC) • Grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração; • É prevenível e tratável; • Obstrução progressiva; • Principal causa: inalação de partículas e gases tóxicos, que causam uma resposta inflamatória anormal; • Lesões aos pulmões causadas pela DPOC são irreversíveis. DOENÇA OBSTRUTIVA PULMONAR CRÔNICA (DPOC) DOENÇA OBSTRUTIVA PULMONAR CRÔNICA (DPOC)
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