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na manipulação magistral de fitoterápicos Prof. MSc. Lincoln Cardoso http://www.farmacosophia.com.br/ Lincoln Cardoso • Farmacêutico – Habilitação em Indústria • Mestre em Ciências Farmacêuticas • Especialista em Manipulação Magistral Alopática • 26 anos de experiência profissional em Farmácia • 15 anos de experiência docente em Farmácia • Professor de Farmacotécnica, Farmacognosia e Farmacologia • Professor de pós-graduação em Farmácia Clínica • Diretor do canal e da e-Escola Farmacosophia • Entusiasta da farmácia magistral e dos serviços clínicos farmacêuticos Este curso não indica preferência por nenhuma classe terapêutica, fármaco, medicamento ou conduta clínica. Seu único e essencial objetivo é a exposição de informações e conhecimentos técnicos e científicos, sem detrimento a nenhuma linha de interesses, princípios profissionais, empresa, marca ou produto. Os casos práticos apresentados e comentados neste curso são todos hipotéticos e todos os personagens apresentados são fictícios, de modo que qualquer semelhança com pessoas ou casos da vida real é mera coincidência. O PROBLEMA1 FATOR DE CORREÇÃO2 MARCADORES FITOQUÍMICOS3 CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO4 5 CASOS PRÁTICOS REAIS na manipulação magistral de fitoterápicos Prof. MSc. Lincoln Cardoso - 1 - O PROBLEMA http://www.farmacosophia.com.br/ Priscila Farmacêutica magistral Muito interessada pelos fitoterápicos magistrais Comprometida com a qualidade Dra. Clarisse Lispector MÉDICA NEUROLOGISTA CRM-BA 00.000 Rua da Lagoa Pequena, 02 Bairro Riacho Fundo, Feira de Santana – BA Tel.: (75) 0110-9009 Bacopa monnieri -------- 120 mg Excipiente qsp --------- 1 cápsula Mande 60 cápsulas Tome 1 cap 2 vezes ao dia, até o retorno em 30 dias. Para o Sr. Ariano Vilar Suassuna Feira de Santana, 12/11/2020 Devo, ou não, aplicar Fator de Correção na manipulação desse extrato? Extrato seco das partes aéreas de Bacopa monnieri (L.) Wettstein – Plantaginaceae, padronizado em 30% de bacosídeos IFAV DISPONÍVEL NA FARMÁCIA As doses terapêuticas são estabelecidas em função do extrato seco padronizado em 30% de bacosídeos. 150 mg a 300 mg do extrato por dia se aplica Fc na manipulação desse extrato, em relação à dose prescrita. 120 mg 2x dia Dr. Joaquim Maria Machado de Assis MÉDICO ENDOCRINOLOGISTA CRM-RJ 00.000 Rua do Ouvidor, 116 | Centro, Rio de Janeiro– RJ Tel.: (21) 1331-7667 Isoflavonas (de Glycine max) --- 50 mg Excipiente qsp -------------- 1 cápsula Mande 90 cápsulas Tome 1 cap 1 x ao dia, durante 3 meses. Para a Sra. Ignez Magdalena A. de Lima Rio de Janeiro, 08/04/2021 Devo, ou não, aplicar Fator de Correção na manipulação desse extrato? Extrato seco das sementes de Glycine max (L.) Merr. – Fabaceae – padronizado em, no mínimo, 40% de isoflavonas totais. IFAV DISPONÍVEL NA FARMÁCIA A prescrição requer 50 mg de isoflavonas totais (da soja) por cada cápsula, e não do respectivo extrato seco (IFAV). Deve ser aplicado Fc na manipulação desse IFAV, para perfazer a dose correta do marcador fitoquímico ativo por cada dose unitária (cápsula). Dra. Raquel de Queiroz CLÍNICA GERAL CRM-SP 00.000 Passagem do Assentamento, 13 – Vila de S. Leopoldo Ribeirão Preto – SP | Tel.: (16) 0550-9999 Castanha-da-índia, ext. seco padronizado em 20% de escina ------------------------ 200 mg Excipiente qsp --------------------- 1 cápsula Mande 90 cápsulas. Tome 1 cap 3 x ao dia, durante 30 dias. Para o Sr. Graciliano Ramos de Oliveira Ribeirão Preto, 12/06/2020 Devo, ou não, aplicar Fator de Correção na manipulação desse extrato? Extrato seco das sementes de Aesculus hippocastanum L. – Sapindaceae – padronizado em 7,5% de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina anidra. IFAV DISPONÍVEL NA FARMÁCIA O extrato de referência (prescrito) deve estar padronizado em 20%. E o extrato disponível está padronizado em 7,5%. De acordo com a prescrição, cada dose unitária deve conter, no mínimo, 40 mg de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina anidra. Deve ser aplicado Fc para intercambiar o extrato seco requerido na prescrição, pelo extrato seco disponível na farmácia e, assim, estabelecer a equivalência terapêutica entre ambos. Na aplicação de Fc Erro no aviamento e nos cálculos do orçamento. Erro de preço: prejuízo ou inflação Erro farmacotécnico: pesagem Erro no controle de qualidade Não conformidade: infração sanitária Redução ou perda do efeito terapêutico Risco à saúde do paciente Extrato seco de Bacopa monnieri (L.) Wettstein padronizado em 30% de bacosídeos 3,33 3,33 vezes mais IFAV 3,33 vezes mais caro 3,33 vezes mais PA 3,33 vezes mais efeito 3,33 vezes mais tóxico? 50 mg do extrato seco de Glycine max padronizado em, no mínimo, 40% de isoflavonas totais 20 mg de isoflavonas totais por dose Risco à saúde do paciente Descrédito junto ao médico Desconfiança na Fitoterapia Ineficácia terapêutica Castanha-da-índia Aesculus hippocastanum L. 250 mg a 312 mg do extrato seco padronizado em, no mínimo, 20% de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina, 2 vezes ao dia. Cerca de 100 mg a 125 mg de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina, por dia. 200 mg do extrato seco padronizado a 7,5% 200 mg do extrato seco a 20% = 40 mg de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina = 120 mg por dia (com 3 doses diárias). • 15 mg de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina, por dose unitária. • 45 mg por dia (com 3 doses ao dia). EXTRATO NATIVO ou GENUÍNO EXTRATO PADRONIZADO OUTROS EXTRATOS EXTRATO QUANTIFICADO EXTRATO SECO na manipulação magistral de fitoterápicos Prof. MSc. Lincoln Cardoso - 2 - FATOR DE CORREÇÃO http://www.farmacosophia.com.br/ Reginaldo Farmacêutico magistral, responsável pelas conferências das OM Muito aplicado e atencioso aos cálculos farmacêuticos usados na manipulação Dedica atenção especial na aplicação de Fatores de Correção nos fitoterápicos Número que compõe, ou é usado em uma multiplicação, para a obtenção de um resultado (produto): a ordem dos fatores não altera o produto. Fc Correção da massa a ser pesada de um IFAV, para que cada dose unitária do medicamento manipulado contenha a quantidade exata, ou faixa estabelecida, do marcador fitoquímico, baseada no teor ou na RDE. Efeito terapêutico Valor aplicado para corrigir a massa de um IFAV a ser pesado na manipulação magistral, nos casos de: dose expressa em marcador f itoquímico ativo; diluição farmacotécnica; intercambialidade entre extratos equivalentes com diferentes teores do mesmo marcador; e compensação do teor de água. Essas correções são feitas com base nos dados descritos nos certif icados de análise de cada lote de IFAV, e nas diluições feitas na própria farmácia. FATOR DE CORREÇÃO DE IFAV DETERMINAÇÃO DO FATOR DE CORREÇÃO EM FUNÇÃO DE UMA CONCENTRAÇÃO OU TEOR DE 100% 100% Fc = T% Fc = X Onde: Fc: fator de correção T%: teor do IFAV disponível DETERMINAÇÃO DO FATOR DE CORREÇÃO EM FUNÇÃO DE UMA CONCENTRAÇÃO OU TEOR MENOR QUE 100% R% Fc = T% Fc = Y Onde: Fc: fator de correção R%: teor do IFAV de referência T%: teor do IFAV disponível m t Fcm r Massa teóricaMassa real Fator de correção Dra. Clarisse Lispector MÉDICA NEUROLOGISTA CRM-BA 00.000 Rua da Lagoa Pequena, 02 Bairro Riacho Fundo, Feira de Santana – BA Tel.: (75) 0110-9009 Rutina ------------------------- 60 mg Excipiente qsp --------------- 1 cápsula Mande 120 cápsulas Tome 1 cap 2 vezes ao dia, durante 2 meses. Para o Sr. Eurípedes Waldick Soriano Feira de Santana, 22/09/2020 Reginaldo IFAV disponível Extrato seco dos frutos de Dimorphandra mollis Benth. padronizado em, no mínimo, 70% de rutina CERTIFICADO DE ANÁLISE: Teor de rutina = 86% Deve ser aplicado Fc Fc = 100% 86% Fc = 100% T% Fc = 1,16 m r = m t · Fc m r = 7,2 g · 1,16 m r = 8,352 g na manipulação magistral de fitoterápicos Prof. MSc. Lincoln Cardoso - 3 - MARCADORESFITOQUÍMICOS http://www.farmacosophia.com.br/ Matricaria chamomilla L. A droga vegetal consiste de capítulos florais secos de Matricaria chamomilla L., contendo, no mínimo, 0,4% de óleo volátil, e, no mínimo, 0,25% de apigenina- 7-O-glucosídeo. Flavonoides Ác. fenólicos Matricaria chamomilla L. COMPOSTOS FENÓLICOS NÃO VOLÁTEIS ÓLEO ESSENCIAL OOH OH O OH OH O-RUTINOSE rutina O OOH OH OH OH canferol O OOH OH OH OH OH OH miricetina O OH OH OH OH O OH quercetina OH OO OH O CH3CH3 ácido siríngico OH OH OH OH O ácido gálico H OHO H OH OH ácido cafeico Terpenoides CH3 CH3 CH3 CH3 OH CH3 CH3 H CH3 camazuleno -bisabolol • Mais de 120 compostos identificados: ▪ 28 terpenoides ▪ 36 flavonoides ▪ 52 outros compostos apigenina-7-O- glicosídeo O OOH O OH O OH OH OH OH MARCADOR FITOQUÍMICO Constituinte – ou grupo de constituintes – quimicamente def inido, presente em plantas medicinais, drogas vegetais, derivados vegetais e f itoterápicos, que são utilizados para f ins de controle de qualidade, podendo ou não apresentar atividade terapêutica. IFAV FITOCOMPLEXO EFEITO TERAPÊUTICO MARCADOR FITOQUÍMICO PLANTA MEDICINAL IFAV FITOTERÁPICO FITOCOMPLEXO Dose expressa em função da massa do derivado vegetal Cápsulas contendo 320 mg de extrato seco de Sambucus nigra, padronizado em 2% de antocianidinas totais Dose expressa em relação ao marcador fitoquímico ativo Cápsulas contendo 6,4 mg de antocianidinas totais de Sambucus nigra marcador fitoquímico Extrato seco vegetal Vânia Melissa, droga vegetal em pó Folhas secas de Melissa officinalis L., contendo, no mínimo, 4,0% de derivados hidroxicinâmicos totais e, no mínimo, 2,0% de ácido rosmarínico e, no mínimo, 0,6% de óleo volátil. Ginco, extrato seco (EGb-761) Extrato seco quantificado das folhas de Ginkgo biloga L. contendo de 22 a 27% de flavonoides glicosídicos e de 5 a 7% de terpenolactonas (2,8 a 3,4% de ginkolídeos A, B e C, e 2,6 a 3,2% de bilobalídeo). Evodia, extrato seco Extrato seco padronizado dos frutos de Evodia rutaecarpa Benth. contendo, no mínimo, 30% de evodiamina. Maracujá, extrato seco Extrato seco padronizado das folhas de Passiflora incarnata L. contendo, no mínimo, 2,0% de flavonoides totais, expressos em vitexina. As prescrições nem sempre indicam as informações completas e corretas sobre os IFAV, de modo a permitir a sua correta identificação, sem dúvidas, no ato do aviamento. PADRONIZAÇÃO BASEADA EM CRITÉRIOS PARA IFAV E FITOTERÁPICOS MAGISTRAIS Padronizou todos os IFAV usados na manipulação de fitoterápicos Definiu todos os padrões de marcadores fitoquímicos dos IFAV Orientou os prescritores quanto ao modo correto de prescrição Capsici® Extrato seco patenteado da espécie Capsicum annuum L. padronizado em, no mínimo, 40% de capsinoides totais, expressos como capsiate. 15 mg do extrato seco 6 mg de capsiate? O O O OH CH 3 CH 3 CH 3 6 mg de capsinoides totais, expressos como capsiate Viela do Porto, 22 – Bairro da Penha Rio de Janeiro-RJ| Tel.: (21) 1234-5678 Dr. Euclides R. P. da Cunha CLÍNICO GERAL CRM-RJ 00.000 Para a Sra. Clara Francisca Gonçalves Pinheiro Capsiate -------------- 6 mg Excipiente qsp ---- 1 cápsula Mande 90 cápsulas Tome 1 cápsula às 11 h, diariamente, por 90 dias. Rio de Janeiro, 12/10/2020 Viela do Porto, 22 – Bairro da Penha Rio de Janeiro-RJ| Tel.: (21) 1234-5678 Dr. Euclides R. P. da Cunha CLÍNICO GERAL CRM-RJ 00.000 Para a Sra. Clara Francisca Gonçalves Pinheiro Capsinoides totais, expressos em capsiate (de Capsicum annuum) -------------- 6 mg Excipiente qsp ------------------ 1 cápsula Mande 90 cápsulas Tome 1 cápsula às 11 h, diariamente, por 90 dias. Rio de Janeiro, 12/10/2020 HPLC chromatograms of aqueous extracts of Passiflora edulis fo. edulis (A) and Passiflora edulis fo. flavicarpa (B) leaves 7.5 mg/ml. UV = 345 nm. (A) 1, 4, 5 and 7 = luteolin derivatives, 2 = vitexin-2- O-rhamnoside, 3 = luteolina-7-O-glucoside, 6 = apigenin derivative. (B) 1 and 6 = luteolin derivatives, 2 = vicenin-2, 3 = apigenin deriva-tive, 4 = isoorientin, 5 = 6,8-di-C-glycosylchrysin, 7 = isovitexin. Rev. Bras. Farmacogn. 25(5):499-505, set. 2015. DOI: 10.1016/j.bjp.2015.06.007 http://dx.doi.org/10.1016/j.bjp.2015.06.007 Passiflora incarnata L. Extrato seco padronizado em, no mínimo, 2,0% de flavonoides totais, expressos como vitexina. O OH O OH OH O OH OH OH OH Em Passiflora incarnata L. • Determina-se o teor de flavonoides totais expressos em vitexina, pelos tempos de retenção relativos e fatores de conversão entre cada flavonoide identificado e a vitexina. • Esse fator deve ser considerado para a conversão do fator resposta (área) para cada um dos picos no valor correspondente à vitexina, na mesma concentração. • Os valores transformados deverão ser utilizados, então, para a determinação da concentração dos flavonoides totais expressos em vitexina. • Devem ser calculadas, separadamente, as concentrações de cada flavonoide na amostra. • Calcula-se o conteúdo de flavonoides totais, expressos em vitexina, como a soma da porcentagem de cada flavonoide relevante na amostra. A droga vegetal consiste de folíolos secos de Senna alexandrina Mill. (syn. Cassia acutifolia Delile, Cassia angustifolia Vahl, Cassia senna L.) contendo, no mínimo, 2,5% de derivados hidroxiantracênicos expressos em senosídeo B, e 0,6% de senosídeo B (C42H38O20; 862,74) e 0,5% de senosídeo A (C42H38O20; 862,74). CASTANHA-DA-ÍNDIA Aesculus hippocastanum L. Droga vegetal em pó contendo, no mínimo, 3,0% de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina anidra. Extrato seco padronizado em, no mínimo, 7,5% de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina anidra. Extrato seco padronizado em, no mínimo, 20% de glicosídeos triterpênicos, calculados como escina anidra. SAPONINAS TRITERPÊNICAS ESCINA (aescina) -escina -escina criptoescina Mistura de mais de 30 glicosídeos diferentes derivados da aglicona triterpênica protoaescigenina, e de barringtogenol C FLAVONOIDES QUERCETINA CANFEROL DERIVADOS GLICOSÍDICOS OH H CH3 H CH3 H CH3 CH3 H CH3 CH2OH H OH OH H CH3CH3 R H R = H: barringtogenol C R = OH: protoaescigenina CASTANHA-DA-ÍNDIA Aesculus hippocastanum L. “Os marcadores fitoquímicos constituem o critério técnico fundamental para a decisão quanto à aplicação de Fatores de Correção na manipulação de medicamentos fitoterápicos”. na manipulação magistral de fitoterápicos Prof. MSc. Lincoln Cardoso - 4 - CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO http://www.farmacosophia.com.br/ Sempre devemos aplicar fator de correção em extratos secos vegetais? NÃO!! André Normatizar e padronizar a aplicação de Fc na manipulação de fitoterápicos Cumprir à legislação sanitária e às Boas Práticas de Manipulação Garantir a reprodutibilidade da qualidade dos fitoterápicos magistrais ? Literatura técnica Fabricante ou fornecedor Legislação Farmacopeia Grupo de WhatsApp APLICAÇÃO DE FATORES DE CORREÇÃO BASEADA EM CRITÉRIOS “Os extratos secos vegetais são IFAV cujas doses terapêuticas devem ser estabelecidas em função do próprio extrato, e não em relação ao marcador fitoquímico”. Extrato seco de Gymnema sylvestre padronizado em 70% a 75% de ácido gimnêmico Extrato seco de Cyanotis vaga padronizado em 70% de - ecdisterona Extrato seco de Garcinia cambogia padronizado em 50% de ácido hidroxicítrico Extrato seco de Cinnamomum verum padronizado em 40% de polifenóis totais Extrato seco de Camellia sinensis padronizado em 95% de polifenois totais Extrato seco de Boswellia serrata padronizado em 45% de ácidos boswélicos totais Extrato seco de Bacopa monnieri padronizado em 30% de bacosídeos totais Extrato seco de Astragalus membranaceus padronizado em 70% de polissacarídeos totais Extrato seco de Asparagus racemosus padronizado em 20% de saponinas totaisExtrato seco aquoso de Withania somnifera padronizado em 5% de witanolídeos totais (Ashwagandha KSM-66) Extrato seco de Andrographis paniculata padronizado em 10% de andrografolídeos totais Extrato seco de Rhodiola rosea padronizado em 3% de salidrosídeos *Esses IFAV devem ser prescritos em doses relativas à massa do próprio extrato seco vegetal. EXTRATOS PADRONIZADOS Substância marcadora é responsável pelo efeito farmacológico. A quantidade do marcador ativo pode ser ajustada: mistura de lotes diferentes ou diluição com excipientes. EXTRATOS QUANTIFICADOS Substância marcadora está relacionada com o efeito farmacológico. Mistura de diferentes lotes, mas sem diluição com excipientes. Apresentam uma faixa de teor do marcador fitoquímico ativo. OUTROS EXTRATOS Não se conhece exatamente a substância (ou grupo) responsável pelo efeito farmacológico. É escolhido um marcador fitoquímico analítico. O extrato não pode ser modificado ou ajustado. Derivados vegetais ajustados a um conteúdo def inido de um ou mais constituintes responsáveis pela atividade terapêutica. O ajuste do conteúdo é obtido pela adição de excipientes inertes ou pela mistura de outros lotes de extrato. ExtratoS padronizadoS Correspondem àqueles ajustados para uma faixa de conteúdo de um ou mais marcadores ativos, onde o ajuste da faixa de conteúdo é obtido pela mistura de lotes de extrato. Extratos QUANTIFICADOS Correspondem àqueles extratos não ajustados a um conteúdo específ ico de constituintes. São def inidos essencialmente pelos parâmetros de seu processo de fabricação, como por exemplo a qualidade da droga vegetal, seleção do líquido extrator e condições de extração; bem como suas especif icações. Os marcadores não necessariamente apresentam atividade terapêutica estabelecida, sendo considerados marcadores analíticos. O teor dos marcadores não deverá ser inferior ao valor mínimo indicado na monograf ia. OUTROS EXTRATOS EXTRATOS VEGETAIS CR IT É R IOS PAR A A AP L ICAÇÃO DE FATOR E S DE COR R E ÇÃO DOSES EXPRESSAS EM MARCADOR FITOQUÍMICO ATIVO PERMUTAÇÃO DE UM EXTRATO POR OUTRO EQUIVALENTE DILUIÇÕES FARMACOTÉCNICAS DO FORNECEDOR OU DA FARMÁCIA COMPENSAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA (PERDA POR DESSECAÇÃO) DOSES EXPRESSAS EM MARCADOR FITOQUÍMICO ATIVO As doses prescritas devem ser expressas, preferencialmente, em relação ao extrato seco vegetal, e não em relação ao marcador fitoquímico ativo. Caso sejam expressas em relação ao marcador fitoquímico ativo, as doses devem ser verificadas, no sentido de constatar se estão dentro das faixas terapêuticas. Deve ser verificado se a massa do extrato seco a ser pesada é viável para a preparação da forma farmacêutica, de acordo com a quantidade e sistema posológico prescritos. Deve ser determinado o fator de correção que será aplicado no cálculo de ajuste da massa de extrato seco que realmente será pesada na manipulação. Capsiate (de Capsicum annuum) --- 6 mg Excipiente qsp ------------------ 1 cápsula Prepare 60 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula ao dia, durante dois meses. A dose unitária, aqui prescrita por cada cápsula, não se refere ao extrato seco padronizado de Capsicum annuum L. Capsiate (de Capsicum annuum) --- 6 mg Excipiente qsp ------------------ 1 cápsula Prepare 60 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula ao dia, durante dois meses. Dose unitária prescrita em relação ao marcador fitoquímico ativo O O O OH CH 3 CH 3 CH 3 capsiate Neste caso, não será usada a substância fitoquímica capsiate, isolada, uma vez que não está disponível no mercado. Mas sim, um extrato seco de Capsicum annuum L. padronizado em 40% de capsinoides totais, expressos como capsiate, de modo a perfazer a quantidade requerida desse marcador fitoquímico ativo em cada dose unitária (cápsula). Ou seja, deve ser usado um extrato comercial, como o Capsici, ou um outro extrato seco padronizado equivalente disponível. DOSES EXPRESSAS EM MARCADOR FITOQUÍMICO ATIVO Verificar o teor real do extrato seco de partida, no Certificado de Análises (X%) Determinar o Fator de Correção (Fc) que será usado nos cálculos Aplicar o Fc na massa a ser pesada do extrato seco usado Fc= 100% X% DOSES EXPRESSAS EM MARCADOR FITOQUÍMICO ATIVO IFAV disponível Capsici® → Extrato seco de Capsicum annuum L. padronizado em 40% de capsinoides totais, expressos como capsiate. Onde: Fc: fator de correção X%: teor percentual de marcador fitoquímico ativo do extrato disponível Fc= 100% X% Fc= 100% 40% Fc= DOSES EXPRESSAS EM MARCADOR FITOQUÍMICO ATIVO Capsiate (de Capsicum annuum) --- 6 mg Excipiente qsp ------------------ 1 cápsula Prepare 60 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula ao dia, durante dois meses. m = 0,36 g x 2,5 m = 6 mg x 60 cápsulas m = 360 mg = 0,36 g m = 0,9 g ÷ 1000 DOSES EXPRESSAS EM MARCADOR FITOQUÍMICO ATIVO Será necessário pesar 0,9 g do extrato seco de Capsicum annuum L. padronizado em 40% de capsinoides, expressos em capsiate, (Capsici) para manipular 60 cápsulas contendo a dose unitária de 15 mg do extrato por dose unitária, o que equivale a 6 mg do marcador fitoquímico ativo por cada cápsula. PERMUTAÇÃO DE UM EXTRATO POR OUTRO EQUIVALENTE Esse critério se aplica na intercambialidade de extratos secos padronizados equivalentes, porém com diferentes teores do marcador fitoquímico ativo. Os extratos a serem permutados devem ter sido preparados a partir da mesma espécie botânica e do mesmo farmacógeno. Ambos os extratos devem ter sido produzidos com o mesmo solvente de extração, ou sistema de solventes. Ambos os extratos secos devem conter os mesmos excipientes ou adjuvantes farmacotécnicos empregados na sua fabricação e padronização. Nesse exemplo, a dose unitária prescrita por cada cápsula, se refere ao extrato seco de Gymnema sylvestre (Retz.) R. Br., padronizado em 75% de ácidos gimnêmicos. Gymnema sylvestre, ext. seco 75% --- 320 mg Excipiente qsp ----------------------- 1 cápsula Prepare 120 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula 2x ao dia, durante 60 dias. Gymnema sylvestre Extrato seco padronizado em 25% de ácidos gimnêmicos Gymnema sylvestre Extrato seco padronizado em 75% de ácidos gimnêmicos PERMUTAÇÃO DE UM EXTRATO POR OUTRO EQUIVALENTE Verificar o teor de ambos os extratos a serem permutados entre si, nos Certificados de Análises. Determinar o Fator de Correção (Fc) que será usado nos cálculos Aplicar o Fc na massa a ser pesada do extrato seco disponível Fc= TER% TED% PERMUTAÇÃO DE UM EXTRATO POR OUTRO EQUIVALENTE IFAV disponível Extrato seco de Gymnema sylvestre (Retz.) R. Br., padronizado em 25% de ácidos gimnêmicos. Onde: Fc: fator de correção TER%: teor percentual de marcador fitoquímico ativo do extrato de referência TED%: teor percentual de marcador fitoquímico ativo do extrato disponível Fc= 75% 25% Fc=Fc= TER% TED% PERMUTAÇÃO DE UM EXTRATO POR OUTRO EQUIVALENTE m = 38,4 g x 3,0 m = 320 mg x 120 cápsulas m = 38400 mg = 38,4 g m = 115,2 g ÷ 1000 Gymnema sylvestre, ext. seco 75% --- 320 mg Excipiente qsp ----------------------- 1 cápsula Prepare 120 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula 2x ao dia, durante 60 dias. PERMUTAÇÃO DE UM EXTRATO POR OUTRO EQUIVALENTE Será necessário pesar 115,2 g do extrato seco de Gymnema sylvestre (Retz.) R. Br., padronizado em 25% de ácidos gimnêmicos para manipular 120 cápsulas contendo a dose unitária de 960 mg desse extrato por dose unitária, o que equivale a 320 mg por dose do extrato seco padronizado a 75%. DILUIÇÕES FARMACOTÉCNICAS DO FORNECEDOR OU FARMÁCIA As doses prescritas devem ser expressas, preferencialmente, em relação ao extrato seco vegetal padronizado. Mas também pode ser feita em relação ao marcador fitoquímico. A diluição pode ser originária do fabricante, principalmente em casos de extratos purificados e constituintes fitoquímicos isolados (ex.: licopeno, asiaticosídeo, aloína). A diluição pode ser feita na própria farmácia, como medida farmacotécnicapara a preservação do IFAV, principalmente contra umidade (ex.: ext. seco de hipérico). Deve ser determinado o fator de correção que será aplicado no cálculo de ajuste da massa do extrato seco diluído a ser usado, em relação ao extrato seco sem diluição. Hipérico, ext. seco 0,3% -------- 300 mg Excipiente qsp ------------------ 1 cápsula Prepare 90 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula ao dia, durante 3 meses. A dose unitária, aqui prescrita por cada cápsula, se refere ao extrato seco de Hypericum perforatum L. padronizado em 0,3% de hipericinas totais, expressas em hipericina. Hypericum perforatum Extrato seco padronizado em 0,3% de hipericinas totais, expressas em hipericina INSUMO DILUÍDO 50% (p/p) DILUIÇÃO REALIZADA PELA PRÓPRIA FARMÁCIA DILUIÇÕES FARMACOTÉCNICAS DO FORNECEDOR OU FARMÁCIA Verificar o % de diluição aplicado ao extrato original, no procedimento de diluição. Determinar o Fator de Correção (Fc) que será usado nos cálculos Aplicar o Fc na massa a ser pesada do extrato seco diluído Fc= 100% D% DILUIÇÕES FARMACOTÉCNICAS DO FORNECEDOR OU FARMÁCIA IFAV disponível Extrato seco de Hypericum perforatum L. padronizado em 0,3% de hipericinas totais, expressas em hipericina, diluído a 50%. Onde: Fc: fator de correção D%: percentual da diluição do extrato seco diluído, em relação ao IFAV original Fc= 100% 50% Fc=Fc= 100% D% DILUIÇÕES FARMACOTÉCNICAS DO FORNECEDOR OU FARMÁCIA m = 27 g x 2,0 m = 300 mg x 90 cápsulas m = 27000 mg = 27 g m = 54 g ÷ 1000 Hipérico, ext. seco 0,3% -------- 300 mg Excipiente qsp ------------------ 1 cápsula Prepare 90 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula ao dia, durante 3 meses. DILUIÇÕES FARMACOTÉCNICAS DO FORNECEDOR OU FARMÁCIA Será necessário pesar 54 g do extrato seco de Hypericum perforatum L. padronizado em 0,3% de hipericinas totais, expressas em hipericina, diluído a 50%, para manipular 90 cápsulas contendo 600 mg desse extrato diluído por cada cápsula, o que equivale a 300 mg por dose do extrato seco padronizado não diluído. COMPENSAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA, EM RELAÇÃO AO RESÍDUO SECO Esse critério se aplica apenas quando o teor do extrato seco for estabelecido em relação ao resíduo seco, de acordo com a especificação (farmacopeica ou do fabricante). É recomendável aplicar fator de correção da umidade nos casos em que o teor de água livre for maior do que 2% (p/p), de acordo com o Certificado de Análise. Por vezes, pode ser necessário aplicar fator de correção para compensação da água e, juntamente, também para o ajuste do teor de marcador fitoquímico. Devem ser observados os valores referentes ao teor de água e do marcador fitoquímico no Certificado de Análise, para cada lote avaliado. Não é recomendável que os extratos secos vegetais apresentem perda por dessecação maior do que 5,0%. A dose unitária prescrita para cada cápsula se refere ao extrato seco de Echinacea purpurea (L.) Moench, padronizado em 4,0% de fenóis totais, calculados como a soma dos ácidos caftárico, chicórico e clorogênico (USP-43). Echinacea purpurea, ext. seco 4,0% ------- 200 mg Excipiente qsp ----------------------------- 1 cápsula Prepare 90 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula 3x ao dia, durante 30 dias. Extrato seco de Echinacea purpurea (L.) Moench Não deve conter menos do que 4,0% de fenóis totais, calculados como a soma de ácido caftárico, ácido chicórico e ácido clorogênico, em relação à base seca. E contém pelo menos 0,025% de isobutilamidas do ácido dodecatetraenóico, calculado em função da base seca. Ficha de Especificação ✓Umidade: 4,12% (p/p) Certificado de Análise Extrato seco de Echinacea purpurea (L.) Moench COMPENSAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA, EM RELAÇÃO AO RESÍDUO SECO Verificar se o teor de água (perda por dessecação) é informado em relação ao resíduo seco do extrato Verificar se o teor de água (perda por dessecação) é maior do que 2,0% (p/p) Determinar o Fc, e aplica-lo na massa a ser pesada do extrato seco Fc= 100% 100% - X% água COMPENSAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA, EM RELAÇÃO AO RESÍDUO SECO IFAV disponível Extrato seco de Echinacea purpurea (L.) Moench, padronizado em 4,0% de fenóis totais, com 4,12% (p/p) de umidade (perda por dessecação). Onde: Fc: fator de correção X% água: percentual de água no extrato seco, conforme o Certificado de Análise Fc = 100% 100% - X% água Fc = 100% 100% - 4,12% Fc = COMPENSAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA, EM RELAÇÃO AO RESÍDUO SECO m = 18 g x 1,04 m = 200 mg x 90 cápsulas m = 18000 mg = 18 g m = 18,72 g ÷ 1000 Echinacea purpurea, ext. seco 4,0% ----- 200 mg Excipiente qsp --------------------------- 1 cápsula Prepare 90 cápsulas f.s.a. Tome 1 cápsula 3x ao dia, durante 30 dias. Variação de + 4% COMPENSAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA, EM RELAÇÃO AO RESÍDUO SECO Será necessário pesar 18,72 g do extrato seco de Echinacea purpurea (L.) Moench, padronizado em 4,0% de fenóis totais, para manipular 90 cápsulas contendo, cada uma, 200 mg desse extrato seco, de modo a garantir a quantidade correta de marcador fitoquímico ativo em cada dose, conforme a prescrição. na manipulação magistral de fitoterápicos Prof. MSc. Lincoln Cardoso - 4 - CASOS PRÁTICOS http://www.farmacosophia.com.br/ Dra. Raquel de Queiroz CLÍNICA GERAL CRM-SP 00.000 Passagem do Assentamento, 13 – Vila de S. Leopoldo Ribeirão Preto – SP | Tel.: (16) 0550-9999 Castanha-da-índia, ext. seco padronizado em 20% de escina ------------------------ 200 mg Excipiente qsp --------------------- 1 cápsula Mande 90 cápsulas. Tome 1 cap 3 x ao dia, durante 30 dias. Para o Sr. Graciliano Ramos de Oliveira Ribeirão Preto, 12/06/2020 Paciente: Francisca da Silva Médico(a): Dra. Anita Garibaldi– CRM-RS 00.000 Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum), extrato seco padronizado em 7,5% - 534 mg. Equivalente a 200 mg de extrato seco padronizado a 20%; Excipiente qsp 1 cápsula. Posologia: Tome 1 cápsula 3 vezes ao dia, diariamente, durante 30 dias. Contém: 90 cápsulas OM nº: 43210-Y Manip.: 18/06/2020 Venc.: 20/12/2020 FA R M Á C IA S A N T O G R A L C N P J 07 .7 07 .0 70 /0 00 7- 00 A v. d a S au da de , 0 1, C en tr o, P or to A le gr e- R S C E P 1 0. 01 0- 11 | T el .: (5 1) 9 00 9- 09 90 F ar m . R es p. : M ar qu ês d e R ab ic ó| C R F -R S 0 .0 00 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO Garcinia cambogia (Gaertn.) Desr. Extrato seco padronizado entre 50% e 60% de ácido hidroxicítricoIFAV • As doses posológicas devem ser prescritas em função do IFAV. • Não devem ser prescritas doses em função do marcador fitoquímico. • Não se aplica Fc na sua manipulação. SILIMARINA Extrato seco dos frutos de Silybum marianum (L.) Gaertn., refinado e padronizado entre 30% e 65% de silimarina, expressa como silibinina. IFAV • As doses posológicas devem ser prescritas em função de silimarina. • Não devem ser prescritas doses em relação à silibinina. • Sim, deve ser aplicado Fc para ajuste da dose em função de silimarina. SILIMARINA OOH OH O OH H H OH O OH OH OCH3 H H OOH OH O OH H H H H OH O H O H OCH3 OH Soma dos conteúdos de ambos (C25H22O10; 482,4): 20 a 45%, em relação ao total de silimarina. O O O OH OH OH O OH OCH3 OH O O O OH OH OH O OH OCH3 OH silibina A (silibinina A) silibina B (silibinina B)silidianina silicristina Soma dos conteúdos de ambos (C25H22O10; 482,4): 40 a 65%, em relação ao total de silimarina. OOH OH O OH O O OH OH O CH3 isossilibina A OOH OH O OH O O OH OH O CH3 isossilibina B Soma dos conteúdos de ambos (C25H22O10; 482,4): 10 a 20%, em relação ao total de silimarina. ASIATICOSÍDEOS Extrato seco das parts aéreas de Centella asiatica (L.) Urban., purificado e padronizado em, no mínimo, 30% de saponinas triterpênicas totais, sendo no mínimo 10% de asiaticosídeo. IFAV • Aplica-se Fc para doses expressas em relação às saponinas triterpênicas totais (asiaticosídeos). • Ou aplica-se Fc pare dosesexpressas em relação a asiaticosídeo. • Deve ser a feita interpretação crítica e atenciosa da prescrição e do Certificado de Análise do lote. Saponinas triterpênicas totais de Centella asiatica CH3 CH3 H CH3 CH3 OH OH CH3 CH2OH CH3 R1 OH O R2 R1 = H; R2 = OH: ácido asiático R1 = OH; R2 = OH: ácido madecássico R1 = H; R2 = rha-glic-glic: asiaticosídeo R1 = OH; R2 = rha-glic-glic: madecassosídeo ÁCIDO ASIÁTICO ÁCIDO MADECÁSSICO ASIATICOSÍDEO MADECASSOSÍDEO ALOÍNA Extrato seco aquoso das folhas de Aloe vera (L.) Burm. f., purificado e padronizado em, no mínimo, 20% de derivados hidroxiantracênicos, expressos como aloína. IFAV • As doses devem ser prescritas em função do marcador fitoquímico ativo: derivados hidroxiantracênicos, expressos como aloína. • Aplica-se Fc para doses expressas em relação aos derivados hidroxiantracênicos, expressos como aloína: 10 – 30 mg por dia. 50% 50%Aloína A Aloína B DERIVADOS HIDROXIANTRACÊNICOS TOTAIS DE Aloe vera OH O OH O H H H OH OH H OH CH2OH H CH2 OH OH O OH O H H H OH OH H OH CH2OH H CH2 OH IsobarbaloínaBarbaloína LUTEÍNA Extrato seco das flores de Tagetes erecta L., purificado e padronizado em, no mínimo, 10% de luteína.IFAV • As doses devem ser prescritas em função do marcador fitoquímico ativo luteína. • Aplica-se Fc para doses expressas em relação à luteína: 5 a 20 mg por dia. Derivado vegetal Extrato seco dos rizomas de Piper methysticum G. Forst (Piperaceae), padronizado em 30% ou 70% de kavalactonas (kavapironas) totais. O O O H H CH 3 kavaína metisticina O O O O O H H CH 3 O O O CH 3 di-hidrokavaína O O O O O CH 3 di-hidrometisticina O O O H H CH 3 O CH 3 yangonina O O O H H CH 3 demetoxiyangonina 60 mg a 210 mg ao dia de kavalactonas totais (kavapironas) Realizados empregando o extrato seco padronizado em 70% nos modelos clínicos experimentais Doses seguras e eficazes extrato disponível 60 mg a 210 mg ao dia de kavalactonas totais (kavapironas) Kava-kava, ext. seco 30% -------- 300 mg Prepare 120 cápsulas. Tome 1 cápsula via oral, a cada 12 horas, durante 60 dias. Kava-kava (Piper methysticum), extrato seco a 30% de kavalactonas ------------------- 300 mg Excipiente qsp ------------------------ 01 cápsula Prepare 120 cápsulas. Tome 1 cápsula a cada 12 horas, durante 60 dias. 180 mg de kavalactonas por dia. Kava-kava (Piper methysticum), extrato seco a 70% de kavalactonas ------------------- 300 mg Excipiente qsp ------------------------ 01 cápsula Prepare 120 cápsulas. Tome 1 cápsula a cada 12 horas, durante 60 dias. 420 mg de kavalactonas por dia. Kava-kava (Piper methysticum), extrato seco a 70% de kavalactonas ------------------- 300 mg Excipiente qsp ------------------------ 01 cápsula Prepare 60 cápsulas. Tome 1 cápsula ao dia, durante 60 dias. 210 mg de kavalactonas por dia. Kava-kava 300 mg ---------- 120 cápsulas Tome 1 cápsula via oral, a cada 12 horas, durante 60 dias. Ext. 30% 1 dose 90 mg de kavalactonas 180 mg/dia Ext. 70% 1 dose 210 mg de kavalactonas 420 mg/dia Kava-kava 100 mg ---------- 60 cápsulas Tome 1 cápsula por dia, durante 60 dias. Ext. 30% 1 dose 30 mg de kavalactonas 30 mg/dia Ext. 70% 1 dose 70 mg de kavalactonas 70 mg/dia Kava-kava 100 mg ---------- 120 cápsulas Tome 1 cápsula via oral, a cada 12 horas, durante 60 dias. Ext. 30% 1 dose 30 mg de kavalactonas 60 mg/dia Ext. 70% 1 dose 70 mg de kavalactonas 140 mg/dia Prescrição: Kawa Kawa ..............100 mg/cápsula Substância disponível: extrato de Kawa Kawa, com 30% de kawalactonas. Substância referência (para cálculo do fator): extrato de Kawa Kawa, com 70% de kawalactonas. Fc = 70 30 Fc = 2,33 dosek = 233 mg Kava-kava 100 mg ---------- ? cápsulas Posologia? dosek = 100 mg · 2,33 70 mg de kavalactonas totais por cápsula Considerando que será usado o extrato padronizado em 30% Kava-kava 300 mg ---------- 30 cápsulas Tome 1 cápsula ao dia. dosek = 699 mg dosek = 300 mg · 2,33 209,7 mg de kavalactonas Kavalactonas (de Piper methysticum) ------------- 100 mg Excipiente qsp ----------------------------------- 01 cápsula Prepare 30 cápsulas. Tome 1 cápsula por dia. 100% 30% Fc = Fc = 3,33 DROGA VEGETAL Planta seca, rasurada ou em pó, que contém os constituintes fitoquímicos de ação farmacológica, responsáveis por seus efeitos terapêuticos, e que constitui matéria-prima bruta de interesse farmacêutico. Preparação de extratos e tinturas Manipulação de fitoterápicos em cápsulas duras PROCESSO EXTRATIVO POR PERCOLAÇÃO EXTRATO FLUIDO Solução extrativa com RDE 1:1 (100%) TINTURA Solução extrativa com RDE 1:5 (20%) TINTURA Solução extrativa com RDE 1:10 (10%) PROCESSO EXTRATIVO POR PERCOLAÇÃO • Teor de marcador fitoquímica na droga vegetal: X% (p/p) • Teor de marcador fitoquímico na tintura 1:5 (20% p/v): Y% (p/p) Deve ser verificado o teor (%) do marcador fitoquímico na respectiva monografia. Neste caso, a RDE também pode ser informada. A tintura pode ser especificada apenas pela RDE, omitindo-se o teor (%) de marcador fitoquímico. Neste caso, pode se considerar apenas a RDE, em relação à droga seca. VALERIANA, tintura Valerianae tinctura A tintura é obtida a partir dos órgãos subterrâneos (raízes, rizomas e estolões), secos, de Valeriana officinalis L., contendo, no mínimo, 0,015% (p/p) de ácidos sesquiterpênicos totais, expressos em ácido valerênico (C15H22O2, 234,34). A tintura é preparada a 20% (p/v), pela maceração ou percolação, utilizando álcool etílico a 70% (v/v) como líquido extrator. VALERIANA, rizoma e raiz Valerianae rhizoma et radix A droga vegetal consiste dos órgãos subterrâneos (raízes, rizomas e estolões), secos, inteiros ou fragmentados, de Valeriana officinalis L., contendo, no mínimo, 0,3% de óleos essenciais e, no mínimo, 0,17% de ácidos sesquiterpênicos totais, expressos em ácido valerênico (C15H22O2, 234,34). 100 mg 0,17 mg 100 mg 0,015 mg 5 x 0,015 mg = 0,075 mg BOLDO, folha Boldus folium A droga vegetal consiste de folhas secas de Peumus boldus Molina, contendo, no mínimo, 0,1% de alcaloides totais expressos em boldina (C19H21NO4 327,37). BOLDO, tintura Boldus tinctura A tintura é obtida a partir de folhas secas de Peumus boldus Molina, contendo, no mínimo, 0,01% de alcaloides totais expressos em boldina. A tintura é preparada a 10% (p/v), por percolação ou maceração, utilizando álcool etílico a 60% (v/v) como líquido extrator. 100 mg 0,1 mg 100 mg 0,01 mg 10 x 0,01 mg = 0,1 mg Dra. Clarisse Lispector MÉDICA NEUROLOGISTA CRM-BA 00.000 Rua da Lagoa Pequena, 02 Bairro Riacho Fundo, Feira de Santana – BA Tel.: (75) 0110-9009 Passiflora ---------- 200 mg Camomila ---------- 150 mg Valeriana ----------- 80 mg Melissa ------------- 80 mg Tome 1 dose à noite, 40 min antes de deitar. Para o Sr. Mário de Miranda Quintana Feira de Santana, 18/11/2020 Para manipular essa formulação na forma de solução oral, empregando as respectivas tinturas, estas devem conter teor de marcador fitoquímico ativo proporcional à droga vegetal, de acordo com a RDE. DROGA VEGETAL DOSE TINTURA RDE % (droga) REFER. Passiflora (Passiflora incarnata) 200 mg 1:8 12,5% FFFB 2 Camomila (Matricaria chamomilla) 150 mg 1:10 10% FB 6 Valeriana (Valeriana officinalis) 80 mg 1:5 20% FB 6 Melissa (Melissa officinalis) 80 mg 1:5 20% FFFB 2 O primeiro e principal critério para decidir sobre aplicar, ou não, fator de Fc em IFAV é o !! Neste sentido, o critério técnico sempre deve se basear na terapêutica do IFAV, que deve conter a quantidade suficiente do marcador fitoquímico ativo para exercer o efeito terapêutico esperado. Informação do fornecedor Regra pronta de livro ou manual Dica de post de internet Dica de grupo (WhatsApp ou Telegram) www.farmacosophia.com.br proflincoln@farmacosophia.com.br http://www.farmacosophia.com.br/ http://www.farmacosophia.com.br/