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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
FINANCEIRO
Precatórios
Livro Eletrônico
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
Natalia Riche
Sumário
Precatórios ..................................................................................................................................................................................4
1. Conceituando o Tema .......................................................................................................................................................4
2. Prazo para Apresentação (§ 5º) ...............................................................................................................................5
3. Rito de Apreciação ............................................................................................................................................................6
4. Possibilidade de Sequestro (§ 6º) ..........................................................................................................................7
5. Crime de Responsabilidade (§ 7º) ..........................................................................................................................7
6. Normas Relevantes sobre Precatórios ..............................................................................................................9
7. Alcance ....................................................................................................................................................................................10
8. Regra Geral dos Precatórios ...................................................................................................................................12
9. Precatório Alimentar (§ 1º)........................................................................................................................................12
10. Superpreferência (§ 2º) ..............................................................................................................................................13
11. Requisições de Pequeno Valor (§ 3) ..................................................................................................................16
12. Complementação ou Suplementação de Precatórios (§ 8º) ...........................................................20
13. Compensação de Precatórios (§ 9º) ................................................................................................................24
14. Oferta de Créditos pelo Credor (§ 11) ..............................................................................................................26
15. Juros de Mora ..................................................................................................................................................................27
16. Correção Monetária.....................................................................................................................................................36
17. Cessão de Precatórios (§§ 13 e 14) ...................................................................................................................38
18. Amortização de Dívidas ............................................................................................................................................39
19. O Art. 78 do ADCT ........................................................................................................................................................40
20. Análise da EC n. 94/2016 ........................................................................................................................................42
20. Análise da EC n. 99/2017 (Atualizado com a EC n. 109/2021) e com a EC n. 113/2021 . 44
22. Outras Alterações Promovidas pela Emenda Constitucional n. 113/2021 ............................52
23. Alterações Promovidas pela Emenda Constitucional n. 114/2021 .............................................55
24. Pagamento de Precatórios do FUNDEF (EC n. 114/2021) .................................................................61
Jurisprudência ........................................................................................................................................................................63
Resumo .......................................................................................................................................................................................75
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
Natalia Riche
Questões de Concurso ......................................................................................................................................................94
Gabarito ....................................................................................................................................................................................107
Gabarito Comentado ........................................................................................................................................................108
Referências .............................................................................................................................................................................137
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
Natalia Riche
PRECATÓRIOS
Nas aulas anteriores falamos detalhadamente sobre as despesas públicas.
Hoje vamos falar de uma das espécies de despesas: os precatórios.
Devido à incidência cada vez maior desse tema nas provas, reservei uma aula para estudar-
mos todos os detalhes separadamente.
1. ConCeituando o tema
Vamos iniciar pelo conceito de precatório, que se desmembra em três partes principais. 
Trata-se de um ato que decorre do reconhecimento judicial de um crédito perante uma pessoa 
jurídica de direito público; por decisão transitada em julgado.
Em outras palavras, haverá uma requisição formal de pagamento por meio da qual o Judi-
ciário comunica o Poder Executivo a fim de que seja incluída no orçamento a verba necessária 
para o pagamento do credor.
Nessa última definição podemos perceber claramente que o objetivo é a satisfação do 
crédito devido pela Fazenda Pública, reconhecido por decisão judicial definitiva.
Vale lembrar que a origem dos pagamentos pode ser diversa: despesas empenhadas e li-
quidadas; empenhadas e estornadas (empenhos por estimativa); empenhadas e anuladas (por 
vícios etc.) ou não empenhadas.
Vamos conferir o que diz o caput do “famoso” art. 100 da Constituição Federal:
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação 
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas 
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
Duas observações relevantes: o artigo determina que os pagamentos serão feitos exclu-
sivamente na ordem cronológica e que fica vedada a especificação de pessoas ou casos nas 
dotações orçamentárias.
O que isso significa?
Imagine que você tem um crédito com a Fazenda Pública, o Executivo incluirá no orçamen-
to a verba necessária, mas não haverá designação (individualização)do seu nome ou do seu 
caso específico no orçamento.
E por que o pagamento da Fazenda Pública é feito de modo diverso?
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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Lembre-se que nossa legislação veda a penhora de bens públicos. Assim, o único meio de 
cumprimento de decisões condenatórias que envolvam pagamento de dinheiro por parte do 
Estado serão os precatórios ou RPVs.
Além disso, o regime do art. 100 garante a impessoalidade e a isonomia no pagamento dos 
débitos fazendários.
2. Prazo Para aPresentação (§ 5º)
Nos termos do § 5º do art. 100, a solicitação de pagamento deverá ser realizada até 2 de 
abril de cada ano, sendo que os precatórios recebidos até essa data serão pagos até o final do 
próximo exercício, com atualização monetária do valor. 
Esse prazo é fruto da alteração promovida pela EC 114/21. 
Exemplo: se você tem um crédito com a Fazenda Pública no ano de 2021, poderá receber até 
o final de 2022 (desde que tenha apresentado até 2 de abril de 2021).
Caso a apresentação seja feita após esse período, o pagamento será feito somente em 2023.
Veja que com a alteração promovida, o precatório apresentado no dia 3 de abril somente 
terá o seu valor incluído no orçamento do ano subsequente ao seguinte (portanto, poderá ser 
pago em 33 meses). Essa polêmica alteração tem sido apontada como uma forma indireta 
de calote.
Confira a previsão constitucional:
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de verba necessária ao 
pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado constantes de precató-
rios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguin-
te, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 114, de 2021) 
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Precatórios
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001. (VUNESP/CÂMARA DE MAUÁ – SP/PROCURADOR LEGISLATIVO/2019/ADAPTADA) é 
obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária 
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de 
precatórios judiciários apresentados até 31 de julho, fazendo-se o pagamento até o final do 
exercício seguinte.
Já vimos que a data de apresentação era até 1 de julho e passou a ser até 2 de abril, após mo-
dificação pela EC n. 114/2021 (art.100 § 5º)
Errado.
3. rito de aPreCiação
O rito dos precatórios ocorre da seguinte forma:
• O juiz da execução solicita ao presidente do tribunal o pagamento do crédito decorrente 
de sentença transitada em julgado.
• O Presidente do tribunal requisita o pagamento ao poder Executivo (ofício requisitório).
• O Poder Executivo inclui o pagamento no projeto de LOA, desde que requerido até 2 de 
abril.
• O Tribunal fará o pagamento até o final do exercício seguinte.
• A liberação das verbas ocorrerá em nome do presidente do Tribunal, que, por sua vez, 
encaminha os recursos ao juiz da execução.
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Precatórios
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Para facilitar a compreensão, confira o esquema abaixo:
4. Possibilidade de sequestro (§ 6º)
Outra previsão interessante consta do § 6. Trata-se da possibilidade de sequestro caso 
não seja alocado no orçamento o valor para pagamento do crédito ou ainda no caso de não ser 
observada a ordem de preferência prevista nos §§ 1º e 2. Veja:
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder 
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o paga-
mento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimen-
to de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação 
do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
5. Crime de resPonsabilidade (§ 7º)
Já no § 7 existe a previsão de crime de responsabilidade caso o Presidente do Tribunal, por 
ação ou omissão, acabe frustrando ou retardando o pagamento. Vamos conferir?
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar 
frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, 
também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 62, de 
2009).
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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• A atuação do Presidente do Tribunal nesse caso é apenas administrativa e não judicial.
• É incabível recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de preca-
tório (Súmula n. 733/STF);
• Antes do pagamento, o Presidente do Tribunal, de ofício ou a requerimento das partes, 
poderá revisar as contas elaboradas para aferir o valor dos precatórios. (Lei n. 9.494/97, 
art. 1º-E).
(VUNESP/CÂMARA DE ORLÂNDIA – SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018/ADAPTADA) Cabe re-
curso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios.
A Súmula n. 733 do STF dispõe que não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida 
no processamento de precatórios.
Errado.
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Precatórios
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6. normas relevantes sobre PreCatórios
Em destaque seguem outros dispositivos interessantes acerca dos precatórios:
CPC
Art. 535, § 3º Não impugnada a execução ou rejeitadas as arguições da executada:
I – expedir-se-á, por intermédio do presidente do tribunal competente, precatório em favor do exe-
quente, observando-se o disposto na Constituição Federal;
II – por ordem do juiz, dirigida à autoridade na pessoa de quem o ente público foi citado para o 
processo, o pagamento de obrigação de pequeno valor será realizado no prazo de 2 (dois) meses 
contado da entrega da requisição, mediante depósito na agência de banco oficial mais próxima da 
residência do exequente.
Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor em-
bargos em 30 (trinta) dias.
§ 1º Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-á preca-
tório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 
da Constituição Federal.
A Lei n. 13.463/2017 prevê o cancelamentoe a restituição aos cofres públicos de todos os 
precatórios e RPVs que não tenham sido sacados no prazo de até 2 anos.
Jurisprudência relevante:
• está sujeito ao regime de precatórios para o pagamento de dívidas da Fazenda Pública, 
mesmo aquelas relativas às pendências acumuladas no período entre a impetração do 
mandado de segurança e a concessão da ordem.
JURISPRUDÊNCIA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL. MANDADO DE SEGU-
RANÇA. VALORES DEVIDOS ENTRE A DATA DA IMPETRAÇÃO E A IMPLEMENTAÇÃO 
DA ORDEM CONCESSIVA. SUBMISSÃO AO REGIME DE PRECATÓRIOS. REPERCUSSÃO 
GERAL RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. (STF-RE 889173 RG, DJ 
em 09/05/15).
• Não é coberta pela coisa julgada material a disposição da sentença que, por erro, dis-
pensa expedição de precatório em execução contra a Fazenda Pública.
JURISPRUDÊNCIA 
[…]Fazenda pública. Ação de desapropriação. Decisão. Enunciado decisório. Disposição 
sobre procedimento ou rito por adotar na execução. Dispensa errônea da expedição de 
precatório. Ofensa ao art. 100 da Constituição Federal. Alegação em embargos à execu-
ção. Correção a qualquer tempo. Admissibilidade. Matéria não coberta pela coisa julgada 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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material. Recurso extraordinário conhecido e provido. Não é coberta pela coisa julgada 
material e, como tal, pode ser corrigida a qualquer tempo, a disposição da sentença que, 
por erro, dispensando expedição de precatório em execução contra a Fazenda Pública, 
determina outro procedimento ou rito por adotar no processo executivo.(STF – RE: 470480 
CE, DJ em 28/11/06)
7. alCanCe
O regime de precatórios abrange os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, 
Estaduais, Distritais e municipais (administração direta).
Casos específicos:
• Autarquias e fundações: o Supremo Tribunal Federal entende que também gozam desse 
benefício, pois prestam serviços públicos.
• Empresas públicas e sociedades de economia mista: o Supremo Tribunal Federal enten-
de que estão sujeitas ao regime de precatórios desde que explorem serviços públicos 
típicos de estado.
Por outro lado, não será aplicado às empresas públicas e sociedades controladas pelo Es-
tado (dependentes) que possuam finalidade lucrativa ou concorrencial.
JURISPRUDÊNCIA 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS 
E TELÉGRAFOS. IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS, RENDAS E SERVIÇOS. RECEP-
ÇÃO DO ART. 12 DO DECRETO-LEI n. 509/69. EXECUÇÃO. OBSERVÂNCIA DO REGIME DE 
PRECATÓRIO. APLICAÇÃO DO ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1. À empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pessoa jurídica equiparada à Fazenda 
Pública, é aplicável o privilégio da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços. 
Recepção do art. 12 do Decreto-lei n. 509/69 e não incidência da restrição contida no art. 
173, § 1º, da Constituição Federal, que submete a empresa pública, a sociedade de eco-
nomia mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao regime próprio das 
empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.
2. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta serviço público da 
competência da União Federal e por ela mantido. Execução. Observância ao regime de 
precatório, sob pena de vulneração do disposto no art. 100 da Constituição Federal. 
Recurso extraordinário conhecido e provido (STF-RE 220906-9-DF,DJ em 14/11/02).
FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR FORÇA 
DE DECISÃO JUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO. ART. 100 DA 
CONSTITUIÇÃO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL 
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA. Os privilégios da Fazenda Pública são 
inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades em regime de 
concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. Por-
tanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Eletronorte não pode se 
beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas decorrentes de decisões 
judiciais (art. 100 da Constituição). Recurso extraordinário ao qual se nega provimento 
(STF- RE599628/DF, DJ em 14/10/11)
[…]Assim, é aplicável o regime dos precatórios às empresas públicas e sociedades de 
economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não con-
correncial. (STF-ADPF 387-DJ em 23/03/17)
Empresa de assistência técnica e extensão do Ceará (EMATERCE) […] Embora constitu-
ída sob a forma de empresa pública, a EMATERCE desempenha atividade de Estado, em 
regime de exclusividade e sem finalidade de lucro, sendo inteiramente dependente do 
repasse de recursos públicos. Por não explorar atividade econômica em sentido estrito, 
sujeita-se, a cobrança dos débitos por ela devidos em virtude de condenação judicial, 
ao regime de precatórios (art. 100 da Constituição da República).(STF-ADPF 437 DJ em 
05/10/20)
São inconstitucionais os pronunciamentos judiciais que determinam bloqueios e outros 
atos de constrição sobre bens e valores da Companhia de Saneamento Ambiental do Dis-
trito Federal (Caesb) para o pagamento de verbas trabalhistas. (STF/ADPF 890 MC-Ref/
DJ em 26/11/21 Informativo 1039)
• Conselhos de fiscalização: o STF entende pela inaplicabilidade do regime de precató-
rios.
JURISPRUDÊNCIA 
EXECUÇÃO – CONSELHOS – ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO – DÉBITOS – DECISÃO JUDI-
CIAL. A execução de débito de Conselho de Fiscalização não se submete ao sistema de 
precatório.(STF-RE 938837, DJ em 22/09/17)
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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8. regra geral dos PreCatórios
O art. 100 sofreu inúmeras alterações. Uma delas foi trazida pela EC n. 94/2016 (alteração 
do § 2º e inclusão de novos parágrafos).
Em regra, aplica-se o que já falamos acerca do procedimento para pagamento dos preca-
tórios, ou seja, serão encaminhados pelo juiz da execução ao presidente do Tribunal, a quem 
cabe requisitar referida verba, apresentando um comunicado à Fazenda Pública, obedecendo 
o prazo para pagamento do § 5.
9. PreCatório alimentar (§ 1º)
Trata-se de uma espécie de precatório que será pago com preferência em relação 
aos demais.
Quais débitos são considerados alimentares?
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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Confira:
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aquelesdecorrentes de salários, vencimen-
tos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por 
morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transita-
da em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles 
referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 62, de 2009).
Embora os débitos de natureza alimentícia não precisem aguardar a ordem cronológica de 
precatório judicial ordinário, há necessidade de expedir precatório (Súmula n 655/STF).
Portanto, eles fogem somente à ordem regular de pagamento, mas continuam submetidos ao 
regime de precatórios.
10. suPerPreferênCia (§ 2º)
O § 2º trata de um grupo de preferência, que terá prioridade sobre o § 1º (são os super-
preferentes).
Vale ressaltar que o § 2º depende do § 1º (existe uma superpreferência dentro dos 
preferentes).
Dessa forma, dentre os precatórios alimentares, serão pagos primeiramente aqueles que 
pertencerem aos titulares, originários ou por sucessão hereditária que se enquadrem em uma 
das situações abaixo:
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Precatórios
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§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, te-
nham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com defici-
ência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, 
até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido 
o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apre-
sentação do precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
Repare que o pagamento preferencial nesse caso será feito somente em relação ao valor 
do triplo fixado em lei para os RPVs, sendo admitido o fracionamento para esse fim.
EXEMPLO
O valor das RPVs no âmbito federal é de 60 salários mínimos.
João é maior de 60 anos e tem um precatório de natureza alimentícia para ser recebido no 
valor de 300 salários mínimos.
É possível o fracionamento desse valor, a fim de que ele receba 180 salários mínimos (3x o 
valor da RPV) como superpreferente, nos termos do § 2.
O valor que ultrapassar essa determinação será pago na ordem cronológica de apresentação.
Ressalto o entendimento do STF de que para fins de aplicação do § 2º considera-se qual-
quer tipo de sucessão, não somente a hereditária. Dessa forma, a cessão do crédito não irá 
alterar a natureza preferencial do crédito.
Veja como fica a ordem de preferência entre precatórios comuns, alimentares e super-
preferentes:
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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É inconstitucional a expressão na data da expedição do precatório (que constava no § 2º) 
determinando que aqueles que completam 60 anos ou contraem doença grave, mesmo após 
a expedição do precatório, serão abrangidos pela preferência (STF-ADI /DF-DJ em 25/09/14)
Não contraria o disposto no art. 100, § 2º, da Constituição o pagamento de mais de um preca-
tório dentro da sistemática da “superpreferência” estabelecida no referido dispositivo, a um só 
credor e no mesmo exercício orçamentário[…].(STF- RE 964.577 AgR, DJ em 19/12/17).
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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11. requisições de Pequeno valor (§ 3)
O § 3º do art. 100 busca dar maior agilidade aos pagamentos de pequeno valor (RPVs). 
Desse modo, as RPVs não se subordinam à regra geral vista anteriormente, já que o pagamen-
to ocorrerá logo após o trânsito em julgado da decisão. Veja:
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos 
pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas 
devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado
Quanto aos valores, o § 4º determina que poderão ser fixados, por leis próprias e que po-
derão ser distintos para cada entidade de direito público, observando-se as diferentes capaci-
dades econômicas.
Entretanto, o § 4º exige que o valor mínimo seja igual ao valor do maior benefício do regi-
me geral de previdência social.
No caso da União, o art. 17, § 1º da Lei n. 10.259/2002 estabeleceu o valor igual ou inferior 
a 60 salários mínimos.
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Precatórios
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No que se refere aos estados e municípios, o art. 87 do ADCT estipula as seguintes regras, 
enquanto não houver lei própria elaborada pelos entes:
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. deste Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a 
publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto 
no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório 
judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 37, de 2002)
I – quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; (Incluído pela 
Emenda Constitucional n. 37, de 2002)
II – trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucio-
nal n. 37, de 2002)
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o pagamento far-
-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte exequente a renúncia ao crédito do 
valor excedente, para que possa optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma previs-
ta no § 3º do art. 100. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 37, de 2002)
Veja que o parágrafo único permite que o credor renuncie ao valor excedente para se en-
quadrar no regime das RPVs.
Vamos dar um exemplo aplicando o valor de 40 salários mínimos definido no art. 
87,I do ADCT:
Obs.: � João tem um crédito de 100 salários mínimos para ser recebido. Ele poderá optar por 
receber 40 salários mínimos em RPV, mas para isso terá que renunciar ao valor exce-
dente (60 salários mínimos).
(FAUEL/PREFEITURA DE JANDAIA DO SUL – PR//ASSESSOR JURÍDICO/2019) Conforme a 
Constituição da República, são considerados de pequeno valor, para fins de submissão ou não 
ao regime de precatório os débitos que tenham valor igual ou inferior a trinta salários mínimos, 
perante a Fazenda dos Municípios.
Nos termos do art.87, II do ADCT:
Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a 
publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto 
no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório 
judiciário, que tenham valor igual ou inferior a:
II – trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios.
Certo.
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Precatórios
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Jurisprudência relevante:
• O STF entende que os Estados-membros podem editar leis reduzindo a quantia consi-
derada como de pequeno valor, para fins de RPV, prevista no art.87 do ADCT da CF/1988 
(STF- ADI n. 4332/RO, DJ em 07/03/18)
• Cada ente poderá estabelecer o seu limite de RPV, a ser pago em até 60 dias (STF/708)
JURISPRUDÊNCIA 
Os entes federados são competentes para estabelecer, por meio de leis próprias e segundo 
a sua capacidade econômica, o valor máximo das respectivas obrigações de pequeno 
valor, não podendo tal valor ser inferior àquele do maior benefício do regime geral de 
previdência social (art. 100, §§ 3º e 4º, da Constituição Federal, na redação da Emenda 
Constitucional 62/2009). […] A aferição da capacidade econômica do ente federado, para 
fins de delimitação do teto para o pagamento de seus débitos por meio de requisição de 
pequeno valor, não se esgota na verificação do quantum da receita do Estado, mercê de 
esta quantia não refletir, por si só, os graus de endividamento e de litigiosidade do ente 
federado (STF-ADI 5.100, DJ em 14/05/20)
A autonomia expressamente reconhecida na Constituição de 1988 e na jurisprudência 
do Supremo Tribunal Federal aos estados-membros para dispor sobre obrigações de 
pequeno valor restringe-se à fixação do valor referencial. Pretender ampliar o sentido 
da jurisprudência e do que está posto nos §§ 3º e 4º do art. 100 da Constituição, de 
modo a afirmar a competência legislativa do estado-membro para estabelecer também 
o prazo para pagamento das RPV, é passo demasiadamente largo. (STF-ADI 5534-DJ em 
12/02/21)
Tema 28 (Repercussão Geral – RE 1205530 – Min. Marco Aurélio, DJ em 05/06/20): Surge 
constitucional expedição de precatório ou requisição de pequeno valor para pagamento 
da parte incontroversa e autônoma do pronunciamento judicial transitada em julgado 
observada a importância total executada para efeitos de dimensionamento como obriga-
ção de pequeno valor.
No caso de ações que possuam vários litisconsortes, será observado o valor individual 
devido a cada um deles e não o valor total da ação, para fins de enquadramento no proce-
dimento da RPV (STJ-RESP 1257935-DJ em 18/10/12)
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. 
EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA PROPOSTA 
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. PAGAMENTO POR MEIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO 
VALOR – RPV. INEXISTÊNCIA DO FRACIONAMENTO DE QUE TRATA O § 8º DO ART. 100 
DA CONSTITUIÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL CONFIGURADA. REAFIRMAÇÃO DA JURIS-
PRUDÊNCIA.
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Precatórios
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1. Não viola o art. 100, § 8º, da Constituição Federal a execução individual de sentença 
condenatória genérica proferida contra a Fazenda Pública em ação coletiva visando 
à tutela de direitos individuais Homogêneos (STF- ARE 925754 RG / PR-julgado em 
17/12/15)
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO 
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO SOBRE A PARCELA INCON-
TROVERSA. POSSIBILIDADE. IMPROVIMENTO.
1. “1. Em exame embargos de divergência apresentados com o objetivo de impugnar 
acórdão segundo o qual é possível a expedição de precatório referente à parte incontro-
versa da dívida, ainda que a executada seja a Fazenda Pública.
2. A consolidada jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça expressa o enten-
dimento de que, segundo o estabelecido no art. 739, § 2º, do CPC, é possível a expedi-
ção de precatório sobre a parcela incontroversa da dívida (posto que não embargada), 
mesmo na hipótese de a União (Fazenda Pública) ocupar o pólo passivo na ação de exe-
cução. […] (STJ – AgRg no Ag 1185426 RJ 2009/0083596-8, Relator: Ministro HAMILTON 
CARVALHIDO, Data de Julgamento: 18/05/2010, T1 – PRIMEIRA TURMA, Data de Publi-
cação: DJe 04/06/2010)
(CESPE/PGE/PERNAMBUCO/PROCURADOR/2018/ADAPTADA) Quando da impugnação par-
cial feita pela fazenda pública, deve-se aguardar o trânsito em julgado da discussão acerca da 
parcela controvertida para iniciar-se a execução da parcela incontroversa.
Pois como vimos, o STJ admite a execução da parcela incontroversa antes do trânsito em jul-
gado da discussão acerca da parcela controvertida.
Errado.
E se ocorrer a alteração do teto do RPV após o trânsito em julgado da ação?
Nesse caso, o STF entendeu que a lei disciplinadora da submissão de crédito ao sistema 
de execução via precatório possui natureza material e processual, sendo inaplicável a situação 
jurídica constituída em data que a anteceda. Tema 792 (Repercussão Geral – RE 729107 DJ 
em 08/06/20)
Pela decisão, não se aplica o valor reduzido dos RPVs aos processos em que já houve 
trânsito em julgado, pois isso configuraria retroatividade e violação da segurança jurídica em 
desfavor dos credores.
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Precatórios
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12. ComPlementação ou suPlementação de PreCatórios (§ 8º)
Antes de adentrarmos no assunto, vamos entender em que consiste a complementação e 
a suplementação de precatórios:
• Complementação: a dívida não foi inteiramente paga.
• Suplementação: houve pagamento integral, mas é necessária a quitação de juros e cor-
reção monetária.
De acordo com o STF, nos casos de complementação, será expedido um novo precatório a fim 
de que a Fazenda Pública faça o pagamento, sendo desnecessária nova citação.
Pois bem, o § 8veda a expedição de precatórios complementares ou suplementares de va-
lor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de 
enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º (que trata das RPVs).
EXEMPLO
No âmbito federal o RPV é de 60 salários mínimos.
O valor discutido em um determinado caso é de 80 salários mínimos, sendo que o valor incon-
troverso é de 40 salários mínimos.
Não é possível expedir RPV do valor incontroverso, pois o valor total discutido nos autos é 
maior que 60 salários mínimos.
Conclusão: para fins de expedição de RPV observa-se o total do valor discutido (80) e não 
somente o valor incontroverso (40).
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(VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP/PROCURADOR/2019/ADAPTADA) É 
admitido, para fins de pagamento com preferência, o fracionamento do débito, assim como a 
emissão de precatório complementar ou suplementar, de maneira a resultar em débitos consi-
derados como de pequeno valor pela legislação.
Pois afirma exatamente o contrário do que está previsto no § 8:
É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem 
como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento 
de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.
Errado.
Análise de casos específicos:
I – Débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 anos de idade ou mais, se-
jam portadores de doença ou com deficiência (§ 2º):
Poderão fracionar para que sejam pagos com preferência sobre todos os demais débitos, 
até o valor limite já estudado (triplo do definido em lei para RPV’S).
Lembre-se que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório 
alimentar.
II – Possibilidade de fracionamento de honorários de natureza alimentar:
JURISPRUDÊNCIA 
Súmula Vinculante n. 47: Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou des-
tacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza ali-
mentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno 
valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. ALEGADO FRACIONAMENTO DE EXECUÇÃO 
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA DE ESTADO-MEMBRO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR, A QUAL NÃO SE CONFUNDE COM O DÉBITO PRIN-
CIPAL. AUSÊNCIA DE CARÁTER ACESSÓRIO. TITULARES DIVERSOS. POSSIBILIDADE DE 
PAGAMENTO AUTÔNOMO. REQUERIMENTO DESVINCULADO DA EXPEDIÇÃO DO OFÍCIO 
REQUISITÓRIO PRINCIPAL. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL DE REPARTIÇÃO DE EXECUÇÃO 
PARA FRAUDAR O PAGAMENTO POR PRECATÓRIO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 100, § 8º 
(ORIGINARIAMENTE § 4º), DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. RECURSO AO QUAL SE 
NEGA SEGUIMENTO.(STF-RE 564132/RS, DJ em 27/03/18)
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Precatórios
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III – Impossibilidade de fracionamento de honorários contratuais:
A SV 47 garante o fracionamento de execução contra a Fazenda Pública para pagamento 
do valor correspondente aos honorários advocatícios de sucumbência, entretanto não asse-
gura o direito à expedição de RPV em separado para o pagamento de honorários contratuais.
JURISPRUDÊNCIA 
Agravo regimental no recurso extraordinário. Processual Civil. Honorários advocatícios 
contratuais. Fracionamento para pagamento por RPV ou precatório. Impossibilidade. 
Súmula Vinculante n. 47. Inaplicabilidade. Precedentes.
1. A jurisprudência da Corte é firme no sentido de que a Súmula Vinculante n. 47 não 
alcança os honorários contratuais resultantes do contrato firmado entre advogado e 
cliente, não abrangendo aquele que não fez parte do acordo.
2. O Supremo Tribunal Federal já assentou a inviabilidade de expedição de RPV ou de 
precatório para pagamento de honorários contratuais dissociados do principal a ser 
requisitado, à luz do art. 100, § 8º, da Constituição Federal.
3. Agravo regimental não provido. (STF- RE 1.094.439- DJ em 19/03/18)
IV – Impossibilidade de fracionamento de honorários em ação coletiva contra a Fazen-
da Pública:
Não é possível fracionar o crédito de honorários advocatícios em litisconsórcio ativo facul-
tativo simples em execução contra a Fazenda Pública por frustrar o regime do precatório.
A quantia devida a título de honorários advocatícios é uma só, fixada de forma global, pois 
se trata de um único processo, e, portanto, consiste em título a ser executado de forma una e 
indivisível.
No caso, discutiu-se a possibilidade de execução fracionada contra a Fazenda Pública de 
honorários advocatícios fixados em ação proposta em regime de litisconsórcio ativo facultati-
vo. Com o trânsito em julgado da sentença, foram promovidas tantas execuções quantos eram 
os litisconsortes. Considerado o valor de cada execução, postulou-se o pagamento por meio 
de Requisição de Pequeno Valor (RPV). […]No entanto, para o Colegiado, os honorários su-
cumbenciais não se confundem com o crédito dos patrocinados. Inexiste, aqui, a pluralidade 
de autores, de titulares do crédito, ou seja, não há litisconsórcio. A quantia devida a título de 
honorários advocatícios é uma só, fixada de forma global, e consiste em título a ser executado 
de forma una e indivisível. O fato de o patrono ter atuado em causa plúrima não torna plúrimo 
também o seu crédito. A verba advocatícia é única, visto ser calculada sobre o montante total 
devido, ainda que esse consista na soma de vários créditos unitários. Como se trata de credor 
e devedor único, não há como parcelar o débito, sob pena de gerar desequilíbrio e frustração do 
que está determinado no art. 100 (1) da Constituição Federal (CF), prejudicando-se a Fazenda. 
A verba honorária goza de autonomia em relação ao crédito principal, podendo ser destacada 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
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do montante da execução. Assim, o fracionamento dessa parcela caracteriza, indubitavelmen-
te, hipótese vedada pelo art. 100, § 8º (2), da CF. (STF- RE 91926RS- DJ em 07/02/2019) V 
– Possibilidade de pagamento singularizado dos valores devidos a partes integrantes litis-
consórcio facultativo simples:
JURISPRUDÊNCIA 
REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. VEDAÇÃO 
CONSTITUCIONAL DE FRACIONAMENTO DE EXECUÇÃO PARA FRAUDAR O PAGAMENTO 
POR PRECATÓRIO. ART. 100, § 8º (ORIGINARIAMENTE § 4º), DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA. LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO SIMPLES. CONSIDERAÇÃO INDIVIDUAL 
DOS LITISCONSORTES: CONSTITUCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL 
SE NEGA PROVIMENTO.
1. Ausência de prequestionamento quanto à alegação de inconstitucionalidade da RESO-
LUÇÃO n. 199/2005 do Tribunal de Justiça de São Paulo e quanto ao fracionamento dos 
honorários advocatícios. Incidência das Súmulas 282 e 356.
2. A execução ou o pagamento singularizado dos valores devidos a partes integrantes 
de litisconsórcio facultativo simples não contrariam o § 8º (originariamente § 4º) do art. 
100 da Constituição da República. A forma de pagamento, por requisição de pequeno 
valor ou precatório, dependerá dos valores isoladamente considerados.
3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento (STF-RE 568645/SP DJ em 24/09/09)
VI – Impossibilidade do fracionamento para pagamento de custas por meio de RPV
JURISPRUDÊNCIA 
É incabível o fracionamento do valor de precatório em execução de sentença contra a 
Fazenda Pública, com o objetivo de se efetuar o pagamento de custas processuais por 
meio de requisição de pequeno valor – RPV. A execução das verbas acessórias não seria 
autônoma, devendo ser apreciada em conjunto com a condenação principal. Assim, a 
execução das custas processuais não poderia ser feita de modo independente e deveria 
ocorrerem conjunto com a do precatório que diz respeito ao total do crédito. (STF-RE 
544479/RS-DJ em 27/07/07)
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13. ComPensação de PreCatórios (§ 9º)
Os §§ 9º e 10 do art. 100 tratavam da possibilidade de compensação de ofício a ser re-
alizada pela Fazenda Pública, inclusive com o abatimento de parcelas vincendas de dívidas 
do credor.
Entretanto, o STF suspendeu esses dispositivos por entender que essa compensação au-
tomática violaria o princípio da isonomia dando tratamento privilegiado ao credor fazendário.
Confira a antiga previsão dos §§ 9º e 10:
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles de-
verá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos 
ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, in-
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Precatórios
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cluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa 
em virtude de contestação administrativa ou judicial.(Incluído pela Emenda Constitucional n. 62, de 
2009). (Vide ADI n. 4425)
§ 10 Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para 
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os 
débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 62, de 2009). (Vide ADI n. 4425)
Segue o julgado sobre o tema:
JURISPRUDÊNCIA 
DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA MEDIANTE 
PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL n. 62/2009. INCONSTITUCIONALIDADE 
FORMAL NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE INTERSTÍCIO CONSTITUCIONAL 
MÍNIMO ENTRE OS DOIS TURNOS DE VOTAÇÃO DE EMENDAS À LEI MAIOR (CF, ART. 60, 
§ 2º). CONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE “SUPERPREFERÊNCIA” A CREDO-
RES DE VERBAS ALIMENTÍCIAS QUANDO IDOSOS OU PORTADORES DE DOENÇA GRAVE. 
RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À PROPORCIONALIDADE. INVALIDADE 
JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA LIMITAÇÃO DA PREFERÊNCIA A IDOSOS QUE COM-
PLETEM 60 (SESSENTA) ANOS ATÉ A EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. DISCRIMINAÇÃO 
ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA (CF, ART. 5º). INCONSTITUCIONALIDADE DA SIS-
TEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE DÉBITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS EM PRO-
VEITO EXCLUSIVO DA FAZENDA PÚBLICA. EMBARAÇO À EFETIVIDADE DA JURISDIÇÃO 
(CF, ART. 5º, XXXV), DESRESPEITO À COISA JULGADA MATERIAL (CF, ART. 5º XXXVI), 
OFENSA À SEPARAÇÃO DOS PODERES (CF, ART. 2º) E ULTRAJE À ISONOMIA ENTRE O 
ESTADO E O PARTICULAR (CF, ART. 1º, CAPUT, C/C ART. 5º, CAPUT). (STF-ADI n. 4.357/
DF- DJ em 04/08/15)
A Emenda Constitucional 113/21 trouxe nova redação para o § 9º. Veja:
§ 9º Sem que haja interrupção no pagamento do precatório e mediante comunicação da Fazenda 
Pública ao Tribunal, o valor correspondente aos eventuais débitos inscritos em dívida ativa contra o 
credor do requisitório e seus substituídos deverá ser depositado à conta do juízo responsável pela 
ação de cobrança, que decidirá pelo seu destino definitivo.
Conclusão: a compensação não pode mais ser realizada de ofício pela Fazenda Pública. 
Entretanto, a nova redação do §9 permite que o juízo da Fazenda Pública examine a compen-
sação de créditos de modo mais abrangente (podendo reconhecer eventuais elementos que 
possam afetar o montante ou a existência da dívida, como prescrição, decadência, anistia etc)
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Essa vedação também se aplica no caso de RPVs.
14. oferta de Créditos Pelo Credor (§ 11)
De acordo com o § 11, alterado pela EC 113/21, o credor poderá ofertar créditos líquidos e 
certos que originalmente lhe são próprios ou adquiridos de terceiros reconhecidos pelo ente 
federativo ou por decisão judicial transitada em julgado para:
• quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo 
devedor, inclusive em transação resolutiva de litígio, e, subsidiariamente, débitos com a 
administração autárquica e fundacional do mesmo ente;
• compra de imóveis públicos de propriedade do mesmo ente disponibilizados para venda;
• pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais espécies de con-
cessão negocial promovidas pelo mesmo ente;
• aquisição, inclusive minoritária, de participação societária, disponibilizada para venda, 
do respectivo ente federativo; ou
• compra de direitos, disponibilizados para cessão, do respectivo ente federativo, inclusi-
ve, no caso da União, da antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente 
em óleo em contratos de partilha de petróleo.
Essa faculdade também poderá ser utilizada em relação a precatórios expedidos contra Esta-
dos e Municípios, entretanto, isso dependerá de leis dos respectivos entes.
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15. Juros de mora
JURISPRUDÊNCIA 
TEMA 1.037 (Repercussão Geral – RE 1169289-DJ em 15/06/20): O enunciado da Súmula 
Vinculante n. 17 não foi afetado pela superveniência da Emenda Constitucional 62/2009, 
de modo que não incidem juros de mora no período de que trata o § 5º do art. 100 da 
Constituição. Havendo o inadimplemento pelo ente público devedor, a fluência dos juros 
inicia-se após o ‘período de graça’.
Vale relembrar o disposto no § 5 (citado no julgado acima):
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de verba necessária ao 
pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado constantes de precató-
rios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguin-
te, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 114, de 2021)
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Qual a origem da discussão contida no tema 1037?
Para entender o enunciado do Tema 1037 é importante quevocê tenha conhecimento do 
histórico que antecedeu a discussão.
Bom, havia uma controvérsia acerca do momento de atualização dos valores diante das 
redações (aparentemente conflitantes), da SV 17 e do § 12 do art. 100 da CF:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula vinculante n. 17: durante o período previsto no parágrafo 1 do art. 100 da Consti-
tuição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
Nos termos da súmula, portanto, no período compreendido entre a expedição do precatório 
e o término do exercício subsequente, a Fazenda Pública não estará em mora.
Redação do § 12 (EC n. 62/2009): a atualização de valores de requisitórios, após sua ex-
pedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice 
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da 
mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de 
poupança ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
Alguns entendiam que ocorreu a revogação tácita da Súmula Vinculante n. 17 e que o § 12 
eliminaria a isenção dos juros de mora nela prevista.
Como ressaltei no início desse tópico, a questão foi resolvida no julgamento do Tema 1.037 
(Repercussão Geral – RE 1adct 289-DJ em 15/06/20).
Vale destacar outros questionamentos que surgiram acerca da redação do § 12 (objeto da 
ADI n. 4.357).
• O critério de atualização dos precatórios pelo índice oficial de remuneração básica da 
caderneta de poupança foi considerado inconstitucional pelo STF.
• Restou assentado que os precatórios tributários deveriam seguir os mesmos critérios 
pelos quais a Fazenda Pública corrige seus créditos. (No caso da União, usamos a taxa 
Selic)
• O Tribunal declarou inconstitucional a expressão independente de sua natureza, tendo 
em vista que possibilitava que os precatórios de natureza tributária também fossem 
corrigidos pelo índice da caderneta de poupança, enquanto os juros de mora incidentes 
sobre os créditos tributários são corrigidos pela SELIC, causando prejuízo ao contribuin-
te e ferindo a isonomia.
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Na modulação de efeitos efetuada pelo STF, foram determinadas regras diferentes a de-
pender da data de expedição dos precatórios (tendo como marco inicial a data de conclusão 
do julgamento da questão de ordem (25.03.2015). Confira:
• manter a vigência do regime especial de pagamento de precatórios instituído pela Emen-
da Constitucional n. 62/2009 por 5 (cinco) exercícios financeiros a contar de primeiro de 
janeiro de 2016.
• confere-se eficácia prospectiva à declaração de inconstitucionalidade dos seguintes as-
pectos da ADI, fixando como marco inicial a data de conclusão do julgamento da presen-
te questão de ordem (25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios expedidos ou 
pagos até esta data, a saber:
− fica mantida a aplicação do índice oficial de remuneração básica da caderneta de 
poupança (TR), nos termos da Emenda Constitucional n. 62/2009, até 25.03.2015, 
data após a qual:
 ◦ os créditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo Índice de Preços ao Consu-
midor Amplo Especial (IPCA-E)
 ◦ os precatórios tributários deverão observar os mesmos critérios pelos quais a Fa-
zenda Pública corrige seus créditos tributários; e
 ◦ ficam resguardados os precatórios expedidos, no âmbito da administração pública 
federal, com base nos arts. 27 das Leis n. 12.919/2013 e n. 13.080/2015, que fixam 
o IPCA-E como índice de correção monetária
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Veja as principais decisões sobre o tema:
JURISPRUDÊNCIA 
DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA MEDIANTE 
PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL n. 62/2009. INCONSTITUCIONALIDADE 
FORMAL NÃO CONFIGURADA. INEXISTÊNCIA DE INTERSTÍCIO CONSTITUCIONAL 
MÍNIMO ENTRE OS DOIS TURNOS DE VOTAÇÃO DE EMENDAS À LEI MAIOR (CF, ART. 
60, § 2º). CONSTITUCIONALIDADE DA SISTEMÁTICA DE “SUPERPREFERÊNCIA” A CRE-
DORES DE VERBAS ALIMENTÍCIAS QUANDO IDOSOS OU PORTADORES DE DOENÇA 
GRAVE. RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E À PROPORCIONALIDADE. INVA-
LIDADE JURÍDICO-CONSTITUCIONAL DA LIMITAÇÃO DA PREFERÊNCIA A IDOSOS QUE 
COMPLETEM 60 (SESSENTA) ANOS ATÉ A EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. DISCRIMINA-
ÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA (CF, ART. 5º). INCONSTITUCIONALIDADE DA 
SISTEMÁTICA DE COMPENSAÇÃO DE DÉBITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS EM PRO-
VEITO EXCLUSIVO DA FAZENDA PÚBLICA. […]INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZA-
ÇÃO DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS 
JUROS MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS, QUANDO ORIUN-
DOS DE RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO 
À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CF, ART. 5º, CAPUT). 
INCONSTITUCIONALIDADE DO REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO. OFENSA À CLÁU-
SULA CONSTITUCIONAL DO ESTADO DE DIREITO (CF, ART. 1º, CAPUT), AO PRINCÍPIO 
DA SEPARAÇÃO DE PODERES (CF, ART. 2º), AO POSTULADO DA ISONOMIA (CF, ART. 5º, 
CAPUT), À GARANTIA DO ACESSO À JUSTIÇA E A EFETIVIDADE DA TUTELA JURISDI-
CIONAL (CF, ART. 5º, XXXV) E AO DIREITO ADQUIRIDO E À COISA JULGADA (CF, ART. 5º, 
XXXVI). PEDIDO JULGADO PROCEDENTE EM PARTE. […]
2. Os precatórios devidos a titulares idosos ou que sejam portadores de doença grave 
devem submeter-se ao pagamento prioritário, até certo limite, posto metodologia que 
promove, com razoabilidade, a dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e a proporcio-
nalidade (CF, art. 5º, LIV), situando-se dentro da margem de conformação do legislador 
constituinte para operacionalização da novel preferência subjetiva criada pela Emenda 
Constitucional n. 62/2009.
3. A expressão “na data de expedição do precatório”, contida no art. 100, § 2º, da CF, com 
redação dada pela EC n. 62/2009, enquanto baliza temporal para a aplicação da prefe-
rência no pagamento de idosos, ultraja a isonomia (CF, art. 5º, caput) entre os cidadãos 
credores da Fazenda Pública, na medida em que discrimina, sem qualquer fundamento, 
aqueles que venham a alcançar a idade de sessenta anos não na data da expedição 
do precatório, mas sim posteriormente, enquanto pendente este e ainda não ocorrido o 
pagamento.
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4. A compensação dos débitos da Fazenda Pública inscritos em precatórios, previsto nos 
§§ 9º e 10 do art. 100 da Constituição Federal, incluídos pela EC n. 62/2009, embaraça 
a efetividade da jurisdição (CF, art. 5º, XXXV), desrespeita a coisa julgada material (CF, 
art. 5º, XXXVI), vulnera a Separação dos Poderes (CF, art. 2º) e ofende a isonomia entre o 
Poder Público e o particular (CF, art. 5º, caput), cânone essencial do Estado Democrático 
de Direito (CF, art. 1º, caput).
5. O direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º, XXII) resta violado nas hipóteses em 
que a atualização monetária dos débitos fazendários inscritos emprecatórios perfaz-se 
segundo o índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, na medida em que 
este referencial é manifestamente incapaz de preservar o valor real do crédito de que é 
titular o cidadão. É que a inflação, fenômeno tipicamente econômico-monetário, mostra-
-se insuscetível de captação apriorística (ex ante), de modo que o meio escolhido pelo 
legislador constituinte (remuneração da caderneta de poupança) é inidôneo a promover 
o fim a que se destina (traduzir a inflação do período).
6. A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em pre-
catórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o princípio 
constitucional da isonomia (CF, art. 5º, caput) ao incidir sobre débitos estatais de natu-
reza tributária, pela discriminação em detrimento da parte processual privada que, salvo 
expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora tributária à taxa de 
1% ao mês em favor do Estado (ex vi do art. 161, § 1º, CTN). Declaração de inconstitucio-
nalidade parcial sem redução da expressão “independentemente de sua natureza”, con-
tida no art. 100, § 12, da CF, incluído pela EC n. 62/2009, para determinar que, quanto aos 
precatórios de natureza tributária, sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes 
sobre todo e qualquer crédito tributário.
7. O art. 1º-F da Lei n. 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009, ao reproduzir 
as regras da EC n. 62/2009 quanto à atualização monetária e à fixação de juros morató-
rios de créditos inscritos em precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que 
inquinam o art. 100, § 12, da CF, razão pela qual se revela inconstitucional por arrasta-
mento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra.
8. O regime “especial” de pagamento de precatórios para Estados e Municípios criado pela 
EC n. 62/2009, ao veicular nova moratória na quitação dos débitos judiciais da Fazenda 
Pública e ao impor o contingenciamento de recursos para esse fim, viola a cláusula cons-
titucional do Estado de Direito (CF, art. 1º, caput), o princípio da Separação de Poderes 
(CF, art. 2º), o postulado da isonomia (CF, art. 5º), a garantia do acesso à justiça e a efeti-
vidade da tutela jurisdicional (CF, art. 5º, XXXV), o direito adquirido e à coisa julgada (CF, 
art. 5º, XXXVI).
9. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado procedente em parte. (STF-ADI 
n. 4.357/DF- DJ em 14/03/13)
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QUESTÃO DE ORDEM. MODULAÇÃO TEMPORAL DOS EFEITOS DE DECISÃO DECLA-
RATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE (LEI N. 9.868/1999, ART. 27). POSSIBILIDADE. 
NECESSIDADE DE ACOMODAÇÃO OTIMIZADA DE VALORES CONSTITUCIONAIS CON-
FLITANTES. PRECEDENTES DO STF. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA 
MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL n. 62/2009. EXISTÊNCIA DE 
RAZÕES DE SEGURANÇA JURÍDICA QUE JUSTIFICAM A MANUTENÇÃO TEMPORÁRIA 
DO REGIME ESPECIAL NOS TERMOS EM QUE DECIDIDO PELO PLENÁRIO DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL.
1. A modulação temporal das decisões em controle judicial de constitucionalidade decorre 
diretamente da Carta de 1988 ao consubstanciar instrumento voltado à acomodação oti-
mizada entre o princípio da nulidade das leis inconstitucionais e outros valores constitu-
cionais relevantes, notadamente a segurança jurídica e a proteção da confiança legítima, 
além de encontrar lastro também no plano infraconstitucional (Lei n. 9.868/1999, art. 27). 
Precedentes do STF: ADI n. 2.240; ADI n. 2.501; ADI n. 2.904; ADI n. 2.907; ADI n. 3.022; 
ADI n. 3.315; ADI n. 3.316; ADI n. 3.430; ADI n. 3.458; ADI n. 3.489; ADI n. 3.660; ADI n. 
3.682; ADI n. 3.689; ADI n. 3.819; ADI n. 4.001; ADI n. 4.009; ADI n. 4.029.
2. In casu, modulam-se os efeitos das decisões declaratórias de inconstitucionalidade 
proferidas nas ADIs n. 4.357 e 4.425 para manter a vigência do regime especial de paga-
mento de precatórios instituído pela Emenda Constitucional n. 62/2009 por 5 (cinco) 
exercícios financeiros a contar de primeiro de janeiro de 2016.
3. Confere-se eficácia prospectiva à declaração de inconstitucionalidade dos seguintes 
aspectos da ADI, fixando como marco inicial a data de conclusão do julgamento da pre-
sente questão de ordem (25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios expedidos 
ou pagos até esta data, a saber:
(i) fica mantida a aplicação do índice oficial de remuneração básica da caderneta de pou-
pança (TR), nos termos da Emenda Constitucional n. 62/2009, até 25.03.2015, data após 
a qual (a) os créditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo Índice de Preços ao 
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) e (b) os precatórios tributários deverão observar 
os mesmos critérios pelos quais a Fazenda Pública corrige seus créditos tributários; e
(ii) ficam resguardados os precatórios expedidos, no âmbito da administração pública 
federal, com base nos arts. 27 das Leis n. 12.919/2013 e n. 13.080/2015, que fixam o 
IPCA-E como índice de correção monetária.
4. Quanto às formas alternativas de pagamento previstas no regime especial:
(i) consideram-se válidas as compensações, os leilões e os pagamentos à vista por ordem 
crescente de crédito previstos na Emenda Constitucional n. 62/2009, desde que realiza-
dos até 25.03.2015, data a partir da qual não será possível a quitação de precatórios por 
tais modalidades;
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(ii) fica mantida a possibilidade de realização de acordos diretos, observada a ordem de 
preferência dos credores e de acordo com lei própria da entidade devedora, com redução 
máxima de 40% do valor do crédito atualizado.
5. Durante o período fixado no item 2 acima, ficam mantidas
(i) a vinculação de percentuais mínimos da receita corrente líquida ao pagamento dos 
precatórios (art. 97, § 10, do ADCT) e
(ii) as sanções para o caso de não liberação tempestiva dos recursos destinados ao paga-
mento de precatórios (art. 97, § 10, do ADCT).
6. Delega-se competência ao Conselho Nacional de Justiça para que considere a apre-
sentação de proposta normativa que discipline
(i) a utilização compulsória de 50% dos recursos da conta de depósitos judiciais tributá-
rios para o pagamento de precatórios e
(ii) a possibilidade de compensação de precatórios vencidos, próprios ou de terceiros, 
com o estoque de créditos inscritos em dívida ativa até 25.03.2015, por opção do credor 
do precatório.
7. Atribui-se competência ao Conselho Nacional de Justiça para que monitore e supervi-
sione o pagamento dos precatórios pelos entes públicos na forma da presente decisão. 
(STF-ADI n. 4.357/DF- 04/08/15)
DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORA-
TÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. ART. 
1º-F DA LEI n. 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI n. 11.960/2009. IMPOSSI-
BILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA 
DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO DIREITO 
FUNDAMENTAL DE PROPRIEDADE (CRFB, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO MANIFESTA 
ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO 
DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS MORATÓRIOS 
DE CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA, QUANDO ORIUNDAS DE RELA-
ÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA EVIOLAÇÃO À ISONO-
MIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CRFB, ART. 5º, CAPUT). RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. O princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput), no seu núcleo essencial, 
revela que o art. 1º-F da Lei n. 9.494/97, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, 
na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda 
Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, 
os quais devem observar os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remu-
nera seu crédito; nas hipóteses de relação jurídica diversa da tributária, a fixação dos 
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitu-
cional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto legal supramencionado.
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2. O direito fundamental de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII) repugna o disposto no art. 
1º-F da Lei n. 9.494/97, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, porquanto a atuali-
zação monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração 
oficial da caderneta de poupança não se qualifica como medida adequada a capturar a 
variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
3. A correção monetária tem como escopo preservar o poder aquisitivo da moeda diante 
da sua desvalorização nominal provocada pela inflação. É que a moeda fiduciária, 
enquanto instrumento de troca, só tem valor na medida em que capaz de ser transfor-
mada em bens e serviços. A inflação, por representar o aumento persistente e generali-
zado do nível de preços, distorce, no tempo, a correspondência entre valores real e nomi-
nal (cf. MANKIW, N.G. Macroeconomia. Rio de Janeiro, LTC 2010, p. 94; DORNBUSH, R.; 
FISCHER, S. e STARTZ, R. Macroeconomia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2009, p. 10; 
BLANCHARD, O. Macroeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2006, p. 29).
4. A correção monetária e a inflação, posto fenômenos econômicos conexos, exigem, 
por imperativo de adequação lógica, que os instrumentos destinados a realizar a primeira 
sejam capazes de capturar a segunda, razão pela qual os índices de correção monetária 
devem consubstanciar autênticos índices de preços.
5. Recurso extraordinário parcialmente provido (STF- RE 870947- DJ em 20/09/17)
O STF decidiu que o entendimento que afastou a caracterização dos juros de mora será 
aplicado mesmo nas sentenças com trânsito em julgado. Veja:
JURISPRUDÊNCIA 
Esta Corte já assentou que a “condenação ao pagamento de juros moratórios firmada na 
sentença com trânsito em julgado não impede a incidência da jurisprudência deste STF, 
que afastou a caracterização da mora no prazo constitucional para pagamento de preca-
tórios” (AI 850.091 AgR, rel. min. Cármen Lúcia) (RE 489.521 DJ em 15/09/17).
Alterações promovidas pela EC n. 113/2021 
O cenário delineado acima sofreu uma importante alteração pela Emenda Constitucional 
113/21.Vamos conferir os artigos 3º e 5º:
Art. 3º Nas discussões e nas condenações que envolvam a Fazenda Pública, independentemente 
de sua natureza e para fins de atualização monetária, de remuneração do capital e de compensa-
ção da mora, inclusive do precatório, haverá a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, 
do índice da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulado 
mensalmente.
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(...) Art. 5º As alterações relativas ao regime de pagamento dos precatórios aplicam-se a todos os 
requisitórios já expedidos, inclusive no orçamento fiscal e da seguridade social do exercício de 
2022.
(...) Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
Como podemos interpretar essas disposições?
Em primeiro lugar, veja que a Emenda faz menção às ações de qualquer natureza que 
envolvam a Fazenda Pública,portanto, estão incluídas as ações previdenciárias, cíveis, tribu-
tárias etc.
Em um segundo momento, a Emenda dispõe que estão abrangidos os processos em cur-
so, as condenações não transitadas em julgado, as condenações transitadas em julgado e os 
precatórios já expedidos.
Por fim, ela determina que todas as taxas serão substituídas pela SELIC a partir da data de 
sua publicação, ou seja, 09/12/21.
Em resumo, a partir de 09/12/21 aplica-se a SELIC para tudo!
A questão da prova pode abranger período anterior à publicação da Emenda. Nesse caso, os 
índices a serem utilizados seguem o esquema abaixo, a depender da data:
Ações previdenciárias: Ações tributárias: Ações cíveis:
Até 03/2006: IGP-DI
De 04/2006 a 06/2009: INPC
De 07/2009 até a EC 113/21 
(09/12/21): IPCA-E (nos casos de 
BPC e LOAS) e INPC para o restan-
te dos benefícios previdenciários.
A partir da EC 113/21 (09/12/21): 
SELIC
a SELIC é mantida.
Até a EC 113/21 (09/12/21): IPCA-
-E para correção e TR para juros.
A partir da EC 113/21 (09/12/21): 
SELIC
Por fim, é importante ressaltar que a EC 113/21 (que está sendo chamada de nova emen-
da do calote) já deu início a uma série de debates. Nesse sentido, destaco a ADIN 7047/21, 
por meio da qual o PDT questiona a fixação da SELIC como índice de correção e remunera-
ção, alegando que há violação ao direito fundamental à propriedade (já que a taxa não repõe 
perdas inflacionárias).
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Precatórios
DIREITO FINANCEIRO
Natalia Riche
16. Correção monetária
Em relação à correção monetária, também se aplica o disposto acima, acerca da EC 113/21.
Além disso, vale lembrar que o pagamento será realizado, com inclusão de correção mone-
tária, devida no período entre a data da elaboração do cálculo da RPV e da sua expedição para 
pagamento. 
JURISPRUDÊNCIA 
CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. CORREÇÃO MONE-
TÁRIA E JUROS DE MORA. APURAÇÃO ENTRE A DATA DE REALIZAÇÃO DA CONTA DOS 
VALORES DEVIDOS E A EXPEDIÇÃO DA RPV. RELEVÂNCIA DO LAPSO TEMPORAL. CABI-
MENTO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA QUANTO AO CABIMENTO DA APLICA-
ÇÃO DE CORREÇÃO MONETÁRIA.
1. “O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CONHECENDO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, 
JULGARÁ A CAUSA, APLICANDO O DIREITO À ESPÉCIE” (Súmula n. 456/STF). Aplicabili-
dade ao recurso extraordinário em exame.
2. É devida correção monetária no período compreendido entre a data de elaboração do 
cálculo da requisição de pequeno valor – RPV e sua expedição para pagamento. Recurso 
extraordinário conhecido, ao qual se dá parcial provimento, para cassar o acórdão-recor-
rido, de modo que o TJ/RS possa dar continuidade ao julgamento para definir qual é o 
índice de correção monetária aplicável em âmbito estadual. (STF-ARE 638195/RS. DJ em 
13/12/13)
Tema 450 (Repercussão Geral – ARE 638195 – DJ em 29/05/13): É devida correção 
monetária noperíodo compreendido entre a data de elaboração do cálculo da requisição 
de pequeno valor (RPV) e sua expedição para pagamento

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