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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL – UCS CURSO DE DIREITO – PRÁTICA JURÍDICA III PROFESSORA DOUTORA ANDRÉA ALDROVANDI AVALIAÇÃO PARCIAL: MEMORAIS E SUSTENTAÇÃO ORAL (PESO 2,0) CASO 1 Rutinha Lima, empresária, residente e domiciliada à Rua R, n. 12, em Bento Gonçalves, RS, casou-se com Carlitos Minfo, comerciário, pelo regime da Comunhão Universal de Bens, após namoro de 1 ano à distância. Da união não nasceram filhos. Logo após o casamento civil, Carlitos revelou aos amigos da noiva que o casamento ocorreu apenas por interesse financeiro, e que, em breve pediria o divórcio, pois inclusive já tinha outro relacionamento. Carlitos, inclusive tinha outra identidade, pois ele também possuía documentos com outro nome, RG e outro CPF. Rutinha, que é proprietária de bens avaliados em R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais), temendo ter que partilhar seu patrimônio com Carlitos, ajuizou contra ele, Ação Anulatória de Casamento sob o fundamento de erro essencial (artigos 1.550, I e 1.557, I, CC) para o desfazimento do seu casamento e preservação do seu patrimônio. A autora juntou com a inicial documentos comprobatórios de suas alegações, além de ata notarial que descreve a conversa doo réu com um amigo sobre a o motivo do casamento por interesse financeiro e documentos que comprovam a existência de identidade e CPF ativos distintos do réu (evento 1). Alegou o preenchimento dos requisitos da anulatória, pois desconhecida o real motivo e identidade do nubente antes do casamento. A ação foi proposta quando o casamento completava 2 anos e 8 meses. Carlitos contestou a ação, alegou prescrição em prejudicial de mérito, pois teria recebido a citação após o prazo de 3 anos, previsto para a propositura da Ação Anulatória, nos termos do artigo 1.560, III, CC. O réu contestou a ação, alegando que os fatos narrados são inverídicos e que a causa do pedido de anulação é a insuportabilidade de manutenção da vida comum, evidenciada especialmente após o segundo ano de casamento, quando o réu descobriu ser infértil (juntou exame médico – evento 35). Além de contestar, o réu apresentou reconvenção, com pedido de dissolução de casamento pelo divórcio e consequente partilha de todos os bens, inclusive do direito de usufruto que a autora exerce sobre dois imóveis urbanos e todos os aluguéis recebidos em razão do usufruto, os quais foram depositados em aplicação da autora junto ao Banco do Brasil (juntou matrículas dos imóveis – evento 35). Rutinha, por sua vez, contestou a reconvenção e refutou a prejudicial de prescrição, sob o argumento que o prazo decadencial (e não prescricional) de 3 anos foi observado, pois a ação foi proposta antes do seu termo final, e a citação válida retroage à propositura da ação para efeito de interrupção da decadência (artigo 240, §§1º e 4º, CPC). No mérito, a autora/reconvinda aduz que o pedido de divórcio com partilha devem ser julgados prejudicados em razão da anulatória requerida. Pelo princípio da eventualidade, pediu a improcedência do pedido de partilha do usufruto dos bens imóveis, pois trata-se de direito personalíssimo, inalienável e, que, portanto, é incomunicável e não pode ser objeto de partilha, mesmo no regime de comunhão universal (artigo 1.393, CC). Realizada a instrução, foram ouvidos dois informantes, um para cada parte, que confirmaram as teses das partes (evento 56). Apresentados memoriais, o processo seguiu para julgamento. A ação foi julgada procedente (evento 90). A controvérsia acerca da decadência foi afastada pelo Juízo, que acolheu a tese da autora/reconvinda sobre o marco interruptivo decadencial que retroage da citação ao ajuizamento da ação. A anulatória foi julgada procedente, pois segundo análise do Juízo, a prova dos autos comprovou a existência de vício de consentimento (erro essencial) que maculou o vínculo de casamento na sua formação. Por consequência, extinguiu a reconvenção, afastando o pedido de divórcio e partilha, por impossibilidade jurídica do pedido. O réu foi condenado aos ônus sucumbenciais. Inconformado, Carlitos interpôs Recurso de Apelação, que foi recebido no seu duplo efeito pelo Relator Desembargador João x, da 8ª Câmara Cível do TJRS (Apelação n. 500123456780007). Intimada, Rutinha apresentou contrarrazões. Após os devidos trâmites, foi designado julgamento do feito e as partes foram intimadas. Com base nos fatos narrados no relatório acima, elabore os MEMORIAIS que serão entregues até 13 de junho e que servirão de base para a sustentação oral ou sustentação dos argumentos, que será realizada em aula, em 20 de junho. Peça escrita (PESO 1,0) até 13 de junho Sustentação Oral (PESO 1,0) até 20 de junho Prova (PESO 2,0) 27 de Junho
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