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SISTEMA DE ENSINO AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II Livro Eletrônico 2 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Sumário Lei de Responsabilidade Fiscal – Parte II .........................................................................................................3 1. LRF – Parte II .................................................................................................................................................................3 1.1. Dívida Pública e Endividamento ......................................................................................................................3 1.2. Restos a Pagar ........................................................................................................................................................12 1.3. Gestão Patrimonial ...............................................................................................................................................13 1.4. Transparência, Controle e Avaliação .........................................................................................................15 1.5. Decreto Legislativo n. 6/2020 ...................................................................................................................... 24 2. Emenda Constitucional n. 109/2021 .............................................................................................................25 Resumo ............................................................................................................................................................................... 28 Mapa Mental ....................................................................................................................................................................30 Questões de Concurso ................................................................................................................................................31 Gabarito ..............................................................................................................................................................................40 Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................41 Referências .......................................................................................................................................................................54 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – PARTE II Vamos para nossa segunda aula! Além das questões dos assuntos dessa aula, trouxemos mais outras sobre os temas da aula passada, inclusive de 2021, para que você possa testar e consolidar o seu conhecimento acerca da LRF! Ao final da aula iremos tecer alguns comentários acerca dos reflexos da pandemia para fins de observância das normas da LRF, em especial ao que se refere ao Decreto Legislativo n. 6, de 20/3/20, que reconheceu, para os fins do art. 65 da Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública pelo Congresso Nacional. Além disso, traremos um pequeno resumo sobre as disposições introduzidas pela Emenda Constitucional n. 109/2021, arts. 167-A a 167-G da CF/88, tratando entre outros assuntos so- bre gatilhos para controle dos gastos públicos. Ah, não se esqueça de avaliar esta aula. O seu feedback é muito importante para o aprimo- ramento constante deste trabalho. 1. LRF – PaRte II 1.1. DívIDa PúbLIca e enDIvIDamento O Estado possui duas formas de financiar suas atividades, a primeira é por meio das recei- tas públicas e a outra forma é por meio do crédito público (criação de recursos). O crédito pú- blico surge do endividamento do Estado, que capta esses recursos de terceiros, devendo ao final da operação remunerar seus credores com juros. Essa captação de recursos é feita por meio de empréstimo público. Os em- préstimos públicos podem ser classificados em internos e externos, os primei- ros são obtidos em territórios nacional, enquanto os segundos advêm de insti- tuições internacionais. O empréstimo público envolve a emissão e a dívida pública. Primeiramente, na emissão, o Estado faz o lançamento do empréstimo, apresentando suas con- dições. A emissão pode ser direta, se o Estado contrai a obrigação diretamente, ou indireta, se a captação é deixada a cargo de terceiros. Com a obtenção do empréstimo, é constituída a dívida pública, que pode ser federal, estadual ou municipal, depen- dendo de qual ente federado foi o favorecido da operação. Dívida Flutuante ou Administrativa: Compromisso exigível cujo pagamento independe de autorização orçamentária. São exemplos: restos a pagar, operações de crédito por antecipa- ção de receita e depósitos. Dívida Consolidada ou Fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou trata- dos e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze me- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro ses. A dívida fundada/consolidada compreende também as operações de crédito com prazo inferior a 12 meses que constaram no orçamento. O limite da dívida da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios será definido em proposta do Presidente ao Senado Federal, em percentuais da Receita Corrente Líquida. Exemplo: dívida com exigibilidade superior a 12 meses, títulos de responsabilidade do BA- CEN, operações de crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas estejam previstas na LOA, e precatórios judiciais não pagos no exercício em que foram incluídos no orçamento. O não pagamento, durante 2 anos consecutivos, da dívida fundada é motivo para intervenção federal e estadual. Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, in- clusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. O limite da dívida federal será definido em proposta do Presidente ao Congresso Nacional (projeto de lei). Já os limites glo- bais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios será definido pelo Senado Federal (resolução). Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, so- mado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária. O refinanciamento deverá constar, de forma separada, na lei orçamentária e nas de crédito adicional. Diferente da dívida mobiliária é a dívida contratual: são contratos de empréstimos/financia- mentos com organismos multilaterais, agências governamentais ou credores privados. Operações de Crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação e outro (ou das suas entidades), para financiar despesas correntes e refinanciar dívidas contraídas junto a outros Entes. Cabe ao Senado Federal dispor sobre condições e limites globais das operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como, autorizar sua contratação. Operações de Crédito por Antecipação de Receita: Somente podem ser realizadas a partir do décimo dia útil do mês, devem ser integralmente liquidadas até 10 de dezembro e deve incidir, sobre elas, apenas taxa de juros da operação prefixada ou indexada à taxa básica finan- ceira. Além disso, ficam proibidas no último ano de mandato do Chefe do Executivo e enquanto O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro houver operação semelhante ainda não resgatada. Esse tipo de operação se destina a cobrir insuficiência de caixa. Vejamos excerto da LRF sobre operações de crédito: Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à reali- zação de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles contro- ladas, direta ou indiretamente. § 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técni- cos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da opera- ção e o atendimento das seguintes condições: I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica; II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exce- to no caso de operações por antecipação de receita; III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal; IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo; V – atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição; VI – observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar. O inciso III do artigo 167 da CF, mencionado acima, trata da regra de ouro (total das despe- sas de capital devem ser maior ou igual ao total das operações de crédito): Art. 167. São vedados: III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressal- vadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprova- dos pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; Concessão de Garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratu- al assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. Cabe ao Senado Federal dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno. A LRF trouxe uma obrigação importante para a LOA. Veja: “§1º Todas as despesas relati- vas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.”. Retomando a questão das operações de crédito dos entes, importante tratar das garantias e contragarantias. Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os li- mites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal e as normas emitidas pelo Ministério da Economia acerca da classificação de capacidade de pagamento dos mutuários. (Redação dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art167iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp178.htm#art16 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp178.htm#art16 6 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro § 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativa- mente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte: I – não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente; II – a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Muni- cípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e prove- nientes de transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida. § 2º No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a ins- tituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1º, as exigências legais para o recebimento de transferências voluntárias. § 3º (VETADO) § 4º (VETADO) § 5º É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal. § 6º É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controla- das e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. § 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de garantia por: I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas condições; II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei. § 8º Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada: I – por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às insti- tuições financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente; II – pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controla- das, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação. § 9º Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento. § 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida. § 11. A alteração da metodologia utilizada para fins de classificação da capacidade de pagamento de Estados e Municípios deverá ser precedida de consulta pública, assegurada a manifestação dos entes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 001. (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019) A União, após análise da Secretariado Tesouro Nacional, concedeu garantia para viabilizar operação de crédito que beneficiará o estado de Rondônia. De acordo com a LRF, nessa situação hipotética, a União a) tem a faculdade de exigir contragarantia do referido estado, podendo haver a vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas. b) tem a faculdade de exigir contragarantia do referido estado, desde que não haja vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas. c) deverá exigir contragarantia do referido estado, desde que não haja vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas. d) deverá exigir contragarantia do referido estado, podendo haver a vinculação de receitas tri- butárias diretamente arrecadadas. e) não poderá exigir contragarantia do referido estado por expressa disposição legal. A contragarantia precisa ser exigida. Veja: “Art. 40. § 1º A garantia estará condicionada ao ofe- recimento de contragarantia...”. E a vinculação de receitas tributárias, pode ou não? Pode. Veja: Art. 40 § 1º II – a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais... Letra d. E se uma operação de crédito infringir a LRF? Ela será considerada nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros. Por fim, a LRF traz algumas vedações relacionadas a operações de crédito. Vamos conhecê-las: Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federa- ção que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gera- dor ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição; II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou in- diretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornece- dor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. 002. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/FISCAL DE SERVIÇOS MUNICIPAIS/2019) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, fica a cargo do (da) a) Tribunal de Contas da União. b) Ministério Público. c) Ministério da Fazenda. d) Advocacia Geral da União. e) Câmara de Deputados. Isso é papel do Ministério da Fazenda, hoje o Ministério da Economia. Letra c. 003. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/FISCAL DE SERVIÇOS MUNICIPAIS/2019) A Lei de Responsabilidade Fiscal trata de vedações relacionadas às operações de crédito. As opções a seguir indicam vedações, com exceção de uma. Assinale-a. a) Operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. b) Compra no mercado de títulos da dívida pública por instituição financeira controlada, para atender investimentos de seus clientes. c) Captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição, cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido. d) Assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. e) Recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro A letra b traz uma opção que não é vedada. Letra b. 004. (FGV/AL-RO/ADVOGADO/2018) O Estado ABC pretende contratar operação de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), instituição financeira internacional. Diante desse quadro e à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000), analise as afir- mativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. ( ) � Em caso de oferta de garantia pela União, a contragarantia exigida pelo ente federal ao Estado não poderá consistir em receitas tributárias diretamente arrecadadas. ( ) � Tal operação de crédito dependerá de prévia e expressa autorização inserida no texto da lei orçamentária estadual, em créditos adicionais ou em lei estadual específica. ( ) � Será necessária autorização do Senado Federal para esta contratação. As afirmativas são, respectivamente, a) V – V – V. b) F – V – V. c) F – F – V. d) V – F – V. e) V -V – F. A única assertiva falsa é a primeira, já que a contragarantia poderá consistir em receitas tribu- tárias diretamente arrecadadas. Letra b. 005. (FGV/MPE-AL/GESTÃO PÚBLICA/2018) Dentre as normas impostas pela Lei de Res- ponsabilidade Fiscal, uma delas ficou conhecida como “regra de ouro”, devido à sua essencia- lidade. De acordo com essa norma, fica vedada a) a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital. b) a criação de cargos públicos, após as despesas com pessoal excederem limite prudencial. c) a concessão de garantia correspondente a compromisso de obrigação financeira sem o oferecimento de uma contragarantia superior. d) a realização de operação de antecipação de receitas orçamentárias para o atendimento de insuficiência de caixa. e) a amortização da dívida pública mobiliária por meio da utilização do superávit orçamentário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Regra de ouro é o montante de operação de crédito não ultrapassar o montante de despesas de capital. Em outras palavras: eu não posso pegar dinheiro emprestado para financiar despesas correntes. Na linguagem do orçamento familiar: não se faz financiamento ou empréstimo para fazer com- pras no supermercado. Pelo menos não deveria. Letra a. 1.1.1. Limite da Dívida e sua Recondução Os limites da dívida consolidada, da concessão de garantias e da contratação de opera- ções de crédito são definidos em percentuais da Receita Corrente Líquida. A apuração do li-mite da dívida será feita quadrimestralmente, constada o descumprimento do limite da dívida fundada, o ente terá que reconduzi-la ao limite em três quadrimestres, sendo que pelo menos 25% no primeiro. Enquanto a dívida estiver acima do patamar estabelecido, o ente não poderá realizar ope- ração de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvadas as para pagamento de dívidas mobiliárias. Redação dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021. Além disso, nesse período o ente deverá obter resultado primário necessário à recondu- ção da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho/contin- genciamento. Caso o ente não reconduza a dívida no prazo previsto, ficará impedido de receber transfe- rências voluntárias enquanto perdurar o excesso. 006. (FCC/TJ-MA/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Considere as afirmativas abaixo, rela- tivas às transferências voluntárias e à destinação de recursos ao setor privado, na forma disci- plinada pela Constituição Federal e pela Lei de Responsabilidade Fiscal: I – A destinação de recursos públicos para subvenção de entidades privadas com fins lucrati- vos depende de autorização em lei e deve atender às condições estabelecidas na Lei de Dire- trizes Orçamentárias e estar prevista no Orçamento ou em créditos adicionais. II – Os Estados que extrapolarem o limite de endividamento fixado pelo Senado Federal e não procederem à recondução a tais limites no prazo fixado pela LRF ficam proibidos de receber transferências voluntárias da União. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro III – Os Municípios que ultrapassarem o limite máximo de gastos com despesa de pessoal fixado na LRF ficam impedidos de receber o produto da participação em impostos estaduais nos percentuais fixados na Constituição Federal. Está correto o que se afirma APENAS em a) I. b) II e III. c) I e III. d) I e II. e) II. O único erro está na assertiva III, pois não há essa previsão na LRF. Os impedimentos são os seguintes: Recebimento de transferências voluntárias Obtenção de garantia de outro ente Contratação de operações de crédito, salvo se for pagamento da dívida mobiliária ou que vi- sem à redução de despesa com pessoal. Letra d. 007. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO/ECONOMIA/2019) Com o objeti- vo de ampliar o controle sobre o endividamento dos entes públicos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabeleceu uma série de disposições para auxiliar na identificação e no controle da dívida pública. O item a seguir que se equipara às operações de crédito é o(a): a) mútuo financeiro; b) confissão de dívida; c) arrendamento financeiro; d) aquisição financiada de bens; e) recebimento antecipado de valores. A confissão de dívida se equipara. Letra b. 008. (FCC/PGE-GO/PROCURADOR DO ESTADO SUBSTITUTO/2021) Considere que o Esta- do de Goiás pretenda contratar operação de crédito com instituição financeira multilateral, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que contará com garantia da União junto ao financiador, tendo esta exigido a prestação de contragarantia do Estado, proveniente do pro- duto da arrecadação de ICMS e do fluxo de recebíveis oriundos do Fundo de Participação dos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Estados (FPE). Na condição de Procurador do Estado encarregado da referia análise, caberia concluir, com base nas disposições constitucionais e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) aplicáveis à espécie, que a) a operação tal como apresentada não é juridicamente viável, considerando que não é pos- sível o oferecimento de garantia incidente sobre a receita oriunda da participação do Estado no FPE, eis que caracteriza vinculação de receita orçamentária futura, vedada pela Constitui- ção Federal. b) a garantia a ser prestada pela União junto ao financiador esbarra em vedação expressa da LRF, eis que caracteriza financiamento indireto a entes subnacionais, somente sendo juridica- mente viável em situações extraordinárias previstas na Constituição Federal, na forma introdu- zida pela EC n. 93/2016. c) a referida operação prescinde da observância dos limites de endividamento do Estado, eis que contragarantida pela União, somente sendo juridicamente viável se os recursos forem apli- cados em despesas de capital ou na cobertura de déficit do regime próprio de previdência do ente tomador. d) somente será admissível a prestação de contragarantia do Estado à União se este tiver ex- trapolado seu limite de endividamento fixado em Resolução do Senado Federal, necessitando, assim, utilizar-se subsidiariamente do limite de garantia estabelecido para a União. e) a operação afigura-se viável em tese, devendo observar o limite de endividamento do Estado, contar com autorização legislativa e, na hipótese de configurar operação de crédito externo, ser submetida à aprovação específica do Senado Federal. Essa é uma operação viável, desde que observe os limites de endividamento, conte com auto- rização legislativa e seja submetida à aprovação específica do Senado no caso de operação de crédito externo. Letra e. 009. (QUADRIX/CRO-GO/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2019) Quanto à dívida pública e à dívida ativa, julgue o item. As operações de crédito por antecipação de receita são classificadas como dívida flutuante. Perfeito!! São espécie de dívida flutuante. Letra c. 1.2. Restos a PagaR De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, os titulares de Poderes não poderão con- trair obrigação de despesa, nos dois últimos quadrimestres do seu mandato, que não possa O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro ser cumprida integralmente nesse período, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito. A ideia aqui é que o gestor não entregue uma “bomba” para o futuro gestor, ainda mais se for de partido diferente do anterior. 1.3. gestão PatRImonIaL 1.3.1. Das Disponibilidades de Caixa As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Particularmente quanto às disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. Sendo vedada a aplicação dessas disponibilidades em: I – títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis re- lativos às empresascontroladas pelo respectivo ente da Federação; II – empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas controladas. 1.3.2. Preservação do Patrimônio Público A LRF deixa claro que não pode pegar o recurso (receita de capital) oriundo da alienação de bens e direitos do patrimônio público para financiar despesa corrente. Mas há exceção: caso lei preveja a destinação para os regimes de previdência social. A lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequada- mente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimô- nio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias – LDO. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do PLDO, relatório com as informações necessárias ao cumprimento dessa disposição, ao qual será dada ampla divulgação. 010. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/FISCAL DE SERVIÇOS MUNICIPAIS/2019) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, é vedada a aplicação da receita de capital deri- vada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada, por lei, ao (à) a) pagamento dos salários de servidores públicos. b) auxílio alimentação de servidores públicos. c) regime de previdência social de servidores públicos. d) manutenção de patrimônio público. e) amortização da dívida pública. A exceção refere-se ao regime de previdência: Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que inte- gram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Letra c. 011. (FCC/SPPREV/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/2019) Considere que o Es- tado esteja enfrentando dificuldade financeira, em função da queda de arrecadação de im- postos, para honrar suas obrigações perante a SPPREV em relação à insuficiência financeira dos Regimes Previdenciários Próprios dos Servidores – RPPS administrados pela Autarquia. Aventou-se, como forma de obtenção de receita extraordinária para cobertura de tal déficit, a possibilidade de alienação de imóveis de propriedade do Estado e a destinação do produto da venda à tal finalidade. De acordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF (Lei Complementar n. 101/2000), tal destinação a figura-se juridicamente a) viável, se tal destinação constar de lei, configurando exceção à regra que veda aplicação de receita de capital a despesas correntes (de pessoal e custeio). b) inviável, por configurar violação à denominada “regra de ouro”, que proíbe cobertura de quaisquer despesas correntes com recursos provenientes da alienação de bens de capital. c) viável, desde que adotado o modelo de capitalização e o produto da alienação dos imóveis seja destinado a fundo de previdência complementar constituído para tal finalidade. d) viável apenas para cobertura das contribuições correntes do Estado ao RPPS, vedada a des- tinação para cobertura de insuficiências financeiras ou atuariais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro e) inviável, eis que a LRF admite, como exceção à denominada “regra de ouro”, a destinação de receitas de capital apenas para cobertura de obrigações do Estado junto à União, incluídas aquelas perante o Regime Geral de Previdência Social. A previdência é uma exceção à regra de uso de recursos de alienação de bens em despesas correntes. Letra a. 1.4. tRansPaRêncIa, contRoLe e avaLIação São instrumentos de transparência da gestão fiscal: os planos, orçamentos e leis de dire- trizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Re- sumido da Execução Orçamentária (RREO); o Relatório de Gestão Fiscal (RGF); e as versões simplificadas desses documentos. A transparência será assegurada também mediante: • Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os proces- sos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; • Acesso, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentá- ria e financeira (Despesas e Receitas), em meios eletrônicos de acesso público. − Despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do pro- cesso, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiá- ria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; − Receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclu- sive referente a recursos extraordinários. ◦ Sistema (informatizado) integrado de administração financeira e controle para to- dos os Entes da Federação, com padrão de qualidade estabelecido pelo Poder Exe- cutivo da União. 012. (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019) De acordo com a LRF, as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e pró- prio dos servidores públicos do estado de Rondônia podem ser aplicadas em a) títulos da dívida pública estadual. b) ações de empresas públicas controladas pelo estado de Rondônia. c) ações de empresas públicas controladas pela União. d) empréstimos aos próprios segurados. e) empréstimos ao Poder Público mediante aquisição de títulos mobiliários. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Ações de empresas controladas pelo ente (estado de Rondônia) não pode. Mas controladas pela União pode. Letra c. 013. (FGV/IMBEL/ANALISTA ESPECIALIZADO/ANALISTA DE ORÇAMENTO/2021) Os pla- nos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias, as prestações de contas e o respectivo parecer prévio, o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fis- cal, assim como suas versões simplificadas, representam instrumentos de transparência da gestão fiscal. Com relação a outros meios que asseguram a transparência, analise as afirma- tivas a seguir. I – O incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os proces- sos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos. II – A liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrôni- cos de acesso público. III – A adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda ao pa- drão mínimo de qualidade estabelecido. Está correto o que se afirma em a) I, somente. b) II, somente. c) III, somente. d) I e II, somente. e) I, II e III. Todasas assertivas correspondem a mecanismos para assegurar a transparência da ges- tão fiscal. Letra e. 1.4.1. Escrituração e Consolidação das Contas A escrituração das contas pública observará as normas de contabilidade pública e o seguinte: Disponibilidade de caixa sob registro próprio. Recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obri- gatória identificados e escriturados de forma individualizada; Regime de competência para despesas e, complementarmente, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Demonstrações contábeis: conterão transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente. No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intragovernamentais; Receitas e despesas previdenciárias: demonstrativos financeiros e orçamentários específicos; Operações de crédito, inscrições em Restos a Pagar e demais formas de financiamento ou assun- ção de compromissos: deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; Demonstração das variações patrimoniais: destaque à origem e ao destino dos recursos provenien- tes da alienação de ativos. Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a edição de normas gerais para consolidação das contas públicas. Essa competência da STN será mantida até que seja instituído conselho de gestão fiscal, composto por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade. Esse Conselho até hoje não foi criado, permanecendo as atribuições com a STN! O Poder Executivo da União promoverá, até 30 de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público. Não cumprido o prazo acima, o Ente da Federação fica impedido de: Receber transferências voluntárias Contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. Prazo para envio das contas ao Poder Executivo da União Municípios: 30 de abril Estados: 31 de maio O prazo visto acima e as restrições impostas sofrerão alteração a partir do exercício de 2022, visto que que essa alteração específica feita pela LC n. 178/2021 começará a valer apenas no próximo exercício. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Art. 51. [...] § 1º Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União até 30 de abril. § 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja re- gularizada, que o Poder ou órgão referido no art. 20 receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária. (NR). 1.4.2. Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) O Poder Executivo publicará esse relatório, abrangendo todos os Poderes + Ministério Pú- blico, devendo ser apresentado em até 30 dias do encerramento do BIMESTRE (municípios com menos de 50 mil habitantes podem apresentar em até 30 dias do encerramento do SE- MESTRE), contendo: • Balanço Orçamentário (BO): − Receitas por fonte (realizadas e a realizar, bem como previsão atualizada); − Despesas por grupo de natureza (dotação do exercício, despesa liquidada e saldo). • Demonstrativo das Receitas e Despesas com o mesmo detalhamento do BO, com a execução no bimestre, mais as despesas por função e subfunção; • Demonstrativo da receita corrente líquida, receitas e despesas previdenciárias, resulta- do nominal e primário, despesas com juros e restos a pagar; • Demonstrativo das operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, das projeções atuariais dos regimes previdenciários, da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos (apenas no último bimestre do ano!!!). 014. (FGV/TCE-PI/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2021) Uma das contribuições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para a gestão fiscal responsável foi a definição de instrumen- tos de transparência, aos quais deve ser dada ampla divulgação. Dentre as informações a seguir, considera-se facultativa sob a perspectiva da gestão fiscal: a) lançamento e recebimento de receitas pelas unidades gestoras; b) parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas; c) prestação de contas anual do ente; d) relatório de acompanhamento de obras em andamento; e) relatório resumido da execução orçamentária. Esse acompanhamento de obras não é citado no tópico sobre transparência, o que demonstra o seu caráter facultativo. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 015. (QUADRIX/CRM-PR/CONTADOR/2018) Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal e às demais regras relacionadas à despesa e à receita públicas, julgue o item. A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas cabe ao órgão de contabili- dade de cada ente da Federação. Essa edição cabe ao Tesouro Nacional. Letra e. 016. (QUADRIX/CRB-6ª/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2019) No que se refere à aprovação, à execução e à alteração dos orçamentos, julgue o item. Relatórios resumidos da execução orçamentária devem ser publicados, a cada bimestre, pelo Poder Executivo. Isso! Em até 30 dias após o encerramento de cada bimestre tem que ter. Letra c. 1.4.3. Relatório de Gestão Fiscal (RGF) Deve ser apresentado em até 30 dias do encerramento do QUADRIMESTRE (municípios com menos de 50 mil habitantes podem apresentar em até 30 dias do encerramento do SE- MESTRE), contendo: • Comparativo com os limites de despesa total com pessoal (distinguindo a com inativos e pensionistas), da dívida consolidada e mobiliária, da concessão de garantias e das operações de crédito (inclusive por antecipação de receita). Obrigatório apenas para o Poder Executivo, salvo com relação à despesa com pessoal; • Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites. Obrigatório para todos os poderes; • Demonstrativos do montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro e da ins- crição em Restos a Pagar (apenas no último quadrimestre do ano!!!). Obrigatório para todos os poderes! Cada Poder é responsável pela publicação do relatório, que deverá ser assinado pelo Titular do Poder e pelos responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno. Com exceção do Poder Executivo, os relatórios dos demais poderes conterão apenas: • informações acerca de despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pen- sionistas; • documento com indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassa-do qualquer dos limites; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro • documento com demonstrativos, no último quadrimestre: − do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; − da inscrição em Restos a Pagar; − do cumprimento da liquidação de operação de crédito por ARO e da não realização de ARO no último ano de mandato. O descumprimento do prazo de publicação do RGF e do RREO impedirá, até que a situação seja regularizada, o recebimento de transferências voluntárias e contratação operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. 017. (FGV/MPE-AL/AUDITOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) O Relatório de Gestão Fiscal é um dos instrumentos definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal para transparência da gestão fiscal e deve ser emitido ao final de cada quadrimestre. O relatório deve conter um comparativo com os limites estabelecidos na Lei dos montantes listados a seguir, à exceção de um. Assinale-o. a) Concessão de garantias. b) Dívida consolidada e mobiliária. c) Contingências potenciais. d) Operações de crédito, inclusive por antecipação de receita. e) Despesa total com pessoal, destacando a com inativos e pensionistas. No Anexo de Riscos Fiscais da LDO costa a avaliação de passivos contingentes. No Relatório de Gestão Fiscal, não há nada disso. Letra c. 018. (CESPE/TC-DF/2021) O relatório resumido da execução orçamentária pode ser utilizado para identificar se as operações de crédito por antecipação orçamentária, realizadas em deter- minado exercício, atendem aos limites previstos na LRF. É no RGF que a gente visualiza comparativo com os limites das operações de crédito (inclusive por antecipação de receita). Há também documento com demonstrativo, no último quadrimes- tre do cumprimento da liquidação de operação de crédito por ARO e da não realização de ARO no último ano de mandato. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 1.4.4. Fiscalização O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento da LRF, con- sideradas as normas de padronização metodológica editadas pelo Conselho de Gestão Fiscal (Atenção! A disposição em destaque foi recentemente acrescentada pela LC n. 178/2021), com ênfase no que se refere a: I – atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias; II – limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Res- tos a Pagar; III – medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite; IV – providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mo- biliária aos respectivos limites; V – destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as da LRF; VI – cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. Cabe aos Tribunais de Contas • Alertar os Poderes ou órgão ao constatarem: − Que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de re- sultado primário ou nominal; − Que os montantes da despesa com pessoal, das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% dos respectivos limites (LIMITE DE ALERTA); − Que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei; − Fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária. • Acompanhar o cumprimento: − Da imposição ao Banco Central do Brasil de apenas poder comprar diretamente tí- tulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiverem vencendo na sua carteira, sendo que essa compra deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão público; − Da vedação ao Tesouro Nacional de adquirir títulos da dívida pública federal, existen- tes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária. 019. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR II/ADMINISTRA- ÇÃO/2017) Com referência à Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as afirmativas a seguir. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro I – O Relatório de Gestão Fiscal deve ser emitido ao final de cada bimestre, contendo compa- rativos com os limites estabelecidos pela LRF. II – No último ano de mandato do Executivo é proibido realizar operação de crédito por anteci- pação de receita. III – No último ano de seu mandato é vedado ao titular de Poder contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. Vamos aos erros. I – Errada. Cada quadrimestre. III – Errada. Nos últimos dois quadrimestres. Letra b. 1.4.5. Prestação de Contas As prestações de contas dos dirigentes dos poderes da União, como instrumentos de transparência, controle e fiscalização, são objeto de um único parecer prévio do Tribunal de Contas da União, embora este contemple a gestão e o desempenho dos três poderes da União e do Ministério Público da União. Essa é uma questão bastante controversa, ainda mais para fins de concurso público. As- sim que a LRF foi publicada, alguns partidos de esquerda entraram no Supremo Tribunal Fe- deral com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade de vários dispositivos da lei. Vários dos questionamentos ainda estão em discussão. Com relação ao tema da prestação de contas, está suspensa liminarmente a eficácia do trecho que ora estudamos da LRF. Assim, a Prestação de Contas do Presidente da República, que deveria envolver todos os Poderes, está restrita atualmente às contas do Poder Executivo. Os Tribunais de Contas não poderão entrar em recesso caso haja contas de Poder penden- tes de parecer prévio. O Tribunal de Contas emitirá o parecer conclusivo em até 60 dias do recebimento das contas (salvo se outro prazo estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis or- gânicas municipais), sendo dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas. No caso de Municípios que não sejam capitais e com menos de 200 mil habitantes, poderão emitir o parecer em até 180 dias! 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(FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/CONTADOR/2019) Em relação à Transparência, Controle e Fiscalização abordados nos Artigos 48 a 59 da Lei Complementar n. 101/2000, está correto o que se encontra em: a) Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias, as prestações de contas e o res- pectivo parecer prévio são documentos relacionados à transparência da gestão fiscal e terão ampla divulgação de acesso público. b) A transparência será assegurada mediante liberação ao pleno conhecimento e acompanha- mento da sociedade, no mês subsequente, de informações relevantes relacionadas à execu- ção orçamentária e financeira. c) A consolidação nacional e por esfera de governo, referente às contas dos entes da Fede- ração relacionadas ao exercício anterior, será promovida pelo poder Executivo da União até 31de março. d) Será emitido pelos Tribunais de Contas, após noventa dias do recebimento, um parecer pré- vio conclusivo sobre as contas; diferentes prazos podem ser estabelecidos nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais. e) As normas estabelecidas na Lei Complementar n. 101/2000 serão fiscalizadas direta e ex- clusivamente pelo Poder Legislativo. Vamos aos erros. a) Certa. b) Errada. É em tempo real. c) Errada. É 31/6. d) Errada. Sessenta dias. e) Errada. TCU, controle interno e Ministério Público também participam da fiscalização. Letra a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 1.5. DecReto LegIsLatIvo n. 6/2020 O Decreto Legislativo n. 6, de 20/3/20, reconheceu a ocorrência do estado de calamidade pública, nos termos da solicitação do Presidente da República encaminhada por meio da Men- sagem n. 93, de 18 de março de 2020. A referida Mensagem solicitou o reconhecimento de estado de calamidade, tendo em vista a declaração da pandemia da COVID-19 pela Organização Mundial da Saúde. De acordo o art. 65 da LC 101/2000, na ocorrência de calamidade reconhecida pelo Con- gresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Esta- dos e Municípios, enquanto perdurar a situação: • Serão suspensas a contagem de prazos e disposições abaixo (ou seja, o ente estará provisoriamente dispensado do seu cumprimento): − Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão, ultrapassar os limites, o percen- tual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes; − Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subse- quentes. • Serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho nas situações em que se verifica, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal. Além dessas disposições, constantes do texto original da LRF, foram introduzidas algumas inovações pela LC 173/2020: • Na ocorrência de calamidade pública, serão dispensados os limites, condições e demais restrições aplicáveis aos entes, bem como sua verificação, para: − contratação e aditamento de operações de crédito; − concessão de garantias; − contratação entre entes da Federação; − recebimento de transferências voluntárias. • Serão dispensados os limites e afastadas as vedações e sanções relacionadas a opera- ções de crédito e geração de restos a pagar, bem como será dispensado o cumprimento do disposto no parágrafo único do art. 8º da LRF (Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação), desde que os recursos arrecadados sejam destinados ao combate à cala- midade pública; • serão afastadas as condições e as vedações previstas nos arts. 14, 16 e 17 da LRF (ade- quação orçamentária em situações de aumento de despesa ou redução de receita), des- de que o incentivo ou benefício e a criação ou o aumento da despesa sejam destinados ao combate à calamidade pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 2. emenDa constItucIonaL n. 109/2021 Dentre outras alterações feitas pela Emenda Constitucional n. 109/2021, vistas nessa aula e nas anteriores, nesse ponto iremos fazer um pequeno apanhado geral das disposições intro- duzidas, divididas por tópicos. Tópico Disposição Constitucional Fortalecimento da sustentabilidade da dívida pública como - preceito constitucional; - previsão de edição de Lei Complementar; - inclusão na LDO e LOA. Art. 163. Lei complementar disporá sobre: VIII – sustentabilidade da dívida, especificando: a) indicadores de sua apuração; b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação; d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida. Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida. Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Gatilho para ajuste fiscal com apuração bimestral (regra dos 95%). Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, aplicar os seguintes mecanismos de ajuste fiscal: § 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente. O conteúdodeste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Tópico Disposição Constitucional Medidas de contenção. I – vedação da: a) concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração; b) criação de cargo, emprego ou função; c) alteração de estrutura de carreira; d) admissão ou contratação de pessoal; Ressalvas: 1 a 4 (reposições e contratação temporária) e) realização de concurso público; f) criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza; g) criação de despesa obrigatória; h) adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação; i) criação ou expansão de programas e linhas de financiamento; j) concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. Adotar as medidas não suspende a necessidade do cumprimento de metas fiscais. Art. 167-A § 6º As disposições de que trata este artigo: II – não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas. Caso não adote as medidas... Art. 167-A § 7º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas previstas nos seus incisos tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de acordo com declaração do respectivo Tribunal de Contas, é vedada: I – a concessão de garantias ao ente envolvido; II – a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Federação. É possível adotar as medidas de ajuste fiscal com gatilho entre 85% e 95%, mediante apreciação do Poder Legislativo. Art. 167-A § 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da receita corrente, sem exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as medidas nele indicadas podem ser, no todo ou em parte, implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com vigência imediata, facultado aos demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos. § 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de urgência, à apreciação do Poder Legislativo. Vedação à criação de Fundos Públicos. Art. 167. São vedados: XIV – a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro Tópico Disposição Constitucional Desvinculação de receita de Fundos e fortalecimento do princípio da unidade de tesouraria. Art. 168. § 1º É vedada a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses duodecimais. § 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput deste artigo deve ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor deduzido das primeiras parcelas duodecimais do exercício seguinte. Art. 5º [...] o superávit financeiro das fontes de recursos dos fundos públicos do Poder Executivo, apurados ao final de cada exercício, poderá ser destinado à amortização da dívida pública do respectivo ente. § 1º Se o ente não tiver dívida pública a amortizar, o superávit financeiro das fontes de recursos dos fundos públicos do Poder Executivo será de livre aplicação. § 2º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos fundos públicos de fomento e desenvolvimento regionais, operados por instituição financeira de caráter regional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro RESUMO • Dívida Pública; Dívida Pública dívida pública consolidada ou fundada montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; dívida pública mobiliária dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios; operação de crédito compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; concessão de garantia compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada; refinanciamento da dívida mobiliária emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária. • Transparência da Gestão Fiscal; Transparência da Gestão Fiscal Instrumentos de transparência da gestão fiscal os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro • Escrituração e Consolidação das Contas. Não cumprido o prazo acima, o Ente da Federação fica impedido de: Receber transferências voluntárias Contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. Prazo para envio das contas ao Poder Executivo da União Municípios: 30 de abril Estados: 31 de maio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratoresà responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro MAPA MENTAL O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro QUESTÕES DE CONCURSO 001. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/QUALQUER NÍVEL SUPERIOR/2017) A Lei n. 4.320/1964 define Restos a Pagar como despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro de cada exercício financeiro. Informações acerca dessas despesas podem ser acompanhadas a partir dos relatórios fiscais, conforme disposto na LRF. Acerca das informações fiscais dos restos a pagar, analise as afirmativas a seguir: I – O Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão é um anexo do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) divulgado em todos os bimestres. II – O Demonstrativo dos Restos a Pagar é um anexo do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) divul- gado apenas no terceiro quadrimestre. III – As versões simplificadas tanto do RREO quanto do RGF apresentam informações sobre restos a pagar. IV – No último ano de mandato, a LRF veda a inscrição de despesas em restos a pagar. Está correto somente o que se afirma em: a) I e II; b) I, II e III; c) II e III; d) II, III e IV; e) III e IV. 002. (FCC/ALESE/ANALISTA LEGISLATIVO/PROCESSO LEGISLATIVO/2018) Suponha que um Estado, enfrentando severa queda de arrecadação de impostos e dificuldade de pagar sua folha de pessoal ativo, pretenda alienar parcela de seu patrimônio imobiliário, que apresenta ociosidade em relação às efetivas necessidades de afetação para finalidades públicas. Com o produto da alienação dos imóveis, pretende obter receita extraordinária destinada às referidas despesas de pessoal, além de outras de custeio em geral e também para investimentos em infraestrutura. De acordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, tal pretensão afigura-se juridicamente a) inviável, de acordo com a denominada “regra de ouro”, que impede a aplicação de receita extraordinária em despesas ordinárias de custeio e investimento. b) parcialmente viável, apenas em relação à aplicação da receita obtida com a alienação dos imóveis em investimentos, sendo vedada a destinação para despesas de pessoal e cus- teio em geral. c) parcialmente viável, apenas em relação às despesas de pessoal, que possuem precedência, dado o seu caráter alimentar, em relação às demais despesas de custeio e investimento. d) viável, importando, contudo, imputação do valor correspondente ao limite de endividamento do Estado, eis que se estaria usando fonte extraordinária para pagamento de despesas ordiná- rias, o que se equipara a operação de crédito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro e) inviável, pois, de acordo com a denominada “regra de ouro”, o produto de alienação de imó- veis somente pode ser destinado para cobertura de déficit atuarial de regime de previdência próprio dos Estados. 003. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2017) Dentre as informações que devem ser geradas e disponibilizadas pelo Poder Legislativo em todos os entes governamentais está o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), previsto na LRF. Considerando as disposições legais e normativas para elaboração do RGF, é correto afirmar que: a) no primeiro e segundo quadrimestre, as assembleias legislativas publicarão somente o de- monstrativo da despesa com pessoal e o demonstrativo simplificado do RGF; b) no último quadrimestre, as informações fiscais do Poder Legislativo são publicadas apenas de forma consolidada com o Poder Executivo; c) o anexo relativo ao demonstrativo da dívida consolidada será publicado pelos órgãos do Poder Legislativo apenas no último quadrimestre; d) o anexo relativo ao demonstrativo da despesa com pessoal dos órgãos do Poder Legislativo será publicado em todos os quadrimestres; e) o controle do limite de despesa com pessoal da assembleia legislativa e do tribunal de con- tas é realizado de forma consolidada. 004. (FGV/TRT-12ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) Entre os instru- mentos de transparência fiscal previstos no art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), órgãos do Poder Judiciário divulgarão obrigatoriamente: a) planos e diretrizes orçamentárias; b) parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas; c) realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão do or- çamento do órgão; d) Relatório de Gestão Fiscal; e) Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 005. (CESPE/EBSERH/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ADMINISTRAÇÃO/2018) As informa- ções pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira de todos os entes da Fede- ração devem ser divulgadas em meios eletrônicos de acesso público. 006. (CESPE/PREFEITURA DE BOA VISTA-RR/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Para que empresa pública municipal possa realizar operação de crédito interno com a União, o Senado Federal deverá verificar se o empréstimo pretendido observa os limites e as condições fixadas em âmbito nacional por essa casa legislativa para tal espécie de negócio jurídico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para CAROLINA VALLE AMORIM - 03439948013, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 55www.grancursosonline.com.br Lei Complementar n. 101/2000 – Parte II AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 007. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/ADMINISTRAÇÃO/2018) A Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF) compreende diversos dispositivos que são considerados instrumentos de transparência. Com o advento da Lei Com- plementar n.º 131/2009 (Lei da Transparência), outros dispositivos de gestão fiscal foram in- cluídos na LRF como instrumentos de transparência, entre eles a) a divulgação extensiva de relatórios de prestação de contas e respectivo parecer prévio por meio de produtos impressos e eletrônicos de acesso público. b) o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas durante o processo de elaboração e discussão de planos, de lei de diretrizes orçamentárias e de orçamentos. c) a publicação de relatório resumido da execução orçamentária em período imediatamente posterior ao ano fiscal em questão. d) a divulgação extensiva de planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias por meio de produtos impressos e eletrônicos de acesso público. e) a publicação de relatório de gestão fiscal em período imediatamente posterior ao ano fiscal em questão. 008. (FCC/DPE-AM/ANALISTA EM GESTÃO ESPECIALIZADO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2018) De acordo com a Lei n. 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF, a) as contas anualmente prestadas pela Defensoria Pública do Estado devem ser juntadas àquelas do Chefe do Poder Executivo para receber parecer prévio em separado do respectivo Tribunal de Contas. b) o incentivo à participação popular na elaboração do orçamento não está entre suas disposições.
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