AMBIENTE LOGISTICO LATICINIOS PORTO ALEGRE - 2023

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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL 
 
ADMINISTRAÇÃO 
 
DIEGO MOREIRA PINTO – RGM 24220426 
GREGORI DA SILVA PEREIRA – RGM 24222968 
LUDMILA PEREIRA N. BAIA – RGM 33201609 
MARIA LUANA DE A. BRITO – RGM 24091316 
SANDY FALCAI LUIZ – RGM 23122161 
SANDRA CLAUDIA FIORINI MOREIRA – RGM 24219797 
 
 
 
 
 
PROJETO MULTIDISCIPLINAR - AMBIENTE LOGISTICO 
LATICINIOS PORTO ALEGRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
2023 
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL 
ADMINISTRAÇÃO 
 
 
DIEGO MOREIRA PINTO – RGM 24220426 
GREGORI DA SILVA PEREIRA – RGM 24222968 
LUDMILA PEREIRA N. BAIA – RGM 33201609 
MARIA LUANA DE A. BRITO – RGM 24091316 
SANDY FALCAI LUIZ – RGM 23122161 
SANDRA CLAUDIA FIORINI MOREIRA – RGM 24219797 
 
 
 
 
 
PROJETO MULTIDISCIPLINAR - AMBIENTE LOGISTICO 
LATICINIOS PORTO ALEGRE 
 
 
Trabalho de projeto apresentado ao curso de 
Administração, como parte de requisitos para a 
conclusão da disciplina projeto Multidisciplinar – 
ambiente logístico – 2023 sob orientação dos 
professores tutores Prof. Jean Carlos, Cavaleiro, 
Marcio Francisco. 
 
 
 
 
2023 
 
RESUMO 
 
O presente estudo tem por finalidade relacionar o aprendizado teórico 
associado a pratica da empresa na qual aborda a pesquisa. A laticínios Porto alegre, 
que esta no mercado há mais de 30 anos, dando inicio no interior de Minas Gerais, 
região sudeste do Brasil. Atualmente conta com 4 unidades industriais que juntas 
tem capacidade de processamento de 1 milhão de litro de leite por dia. 
Será apresentado toda logística empresarial, descrevendo a história, ramo 
de atuação, filiais, linha de produção, fornecedores, estocagem, pinking, transporte e 
analise SWOT. 
Palavra chaves: Administração, Ambiente logístico, Estoque, Produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------------- 5 
2 A EMPRESA----------------------------------------------------------------------------------------- 6 
2.1 Denominação e forma de constituição ------------------------------------------------- 7 
2.2 Dados e fatos da organização ------------------------------------------------------------- 7 
2.3 Natureza e ramo de atuação ---------------------------------------------------------------- 7 
2.4 Porte da Empresa ----------------------------------------------------------------------------- 8 
2.5 Relação Filiais ---------------------------------------------------------------------------------- 8 
2.6 Numero de funcionários --------------------------------------------------------------------- 8 
2.7 Produtos ------------------------------------------------------------------------------------------ 9 
2.8 Fornecedores ------------------------------------------------------------------------------------ 9 
2.9 Mercados e segmentos ---------------------------------------------------------------------- 9 
3 OPERAÇÕES DA EMPRESA ------------------------------------------------------------------ 12 
3.1 Compras ------------------------------------------------------------------------------------------ 12 
3.2 Organização do estoque --------------------------------------------------------------------- 14 
3.3 Picking --------------------------------------------------------------------------------------------- 16 
3.4 Transporte ---------------------------------------------------------------------------------------- 17 
3.5 Analise SWOT------------------------------------------------------------------------------------ 18 
4 CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------------------- 20 
5 REFERENCIAS------------------------------------------------------------------------------------- 21
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente projeto pretende apresentar e relatar uma parte da história da 
empresa Laticínios Porto Alegre, empresa essa que possui uma grande história de 
sucesso, mas também de grandes desafios. 
Tudo começa na Fazenda Porto Alegre no interior de Minas Gerais, onde 
através da produção de leite surgiu o desejo de fabricar queijos e consequentemente 
aumentar a receita da família. 
A partir da venda dos queijos e a alta demanda houve a necessidade de 
expansão e consequentemente a Fazenda Porto Alegre se transforma na Laticínios 
Porto Alegre. 
Já com a empresa consolidada se faz necessário o aumento da cartela de 
produtos e também a expansão geográfica para atender outros estados do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2 EMPRESA 
Tudo começou na fazenda Porto Alegre no interior de Minas Gerais, onde 
através da produção de leite surgiu o desejo de fabricar queijo para aumento da 
renda familiar. 
Após um período de testes do queijo, deu-se inicio a venda do mesmo na 
cidade, e o sucesso foi tão grande que a produção precisou ser ampliada, então veio 
a necessidade de um novo espaço com mais estrutura e contratação de mão de 
obra deixando assim a Fazenda Porto Alegre para a Laticínios Porto Alegre. 
Já instalada na cidade de Ponte Nova em Minas Gerais a empresa ganhou 
muito prestigio e apoio local para o seu desenvolvimento e crescimento, gerando 
assim empregabilidade para o município como também produtos de excelente 
qualidade. No ano de 2006 surgiu a oportunidade para abertura de uma nova 
unidade na cidade de Mutum também em Minas Gerais. Juntamente com essa 
unidade foi realizada a abertura da cartela de produtos, onde foram desenvolvidas 
novas produções também de derivação láctea como o soro de leite em pó, produto 
esse vendido para empresas nacionais e internacionais. 
Em 2011 a unidade sede passa por grandes ampliações e modernizações 
em seus processos, duplicando sua capacidade e se tornando a líder nacional em 
produção de soro e líder estadual na produção de queijo. 
A Laticínios Porto Alegre chegou a um patamar elevado nacionalmente e 
muito bem vista por grandes investidores internacionais, com isso no ano de 2017 foi 
firmada a joint venture entre a Porto Alegre e Emmi uma das maiores companhias 
de laticínios da Europa. Neste mesmo ano foi Aberto o primeiro Centro de 
Distribuição na cidade de Contagem na região metropolitana de Belo Horizonte. 
Com processos de fabricação e administrativos já bem definidos a empresa 
começa um grande processo de expansão para várias cidades como também um 
grande aumento na variedade de produtos como iogurtes e cream cheese. Trazendo 
consigo o desejo de atender ainda mais territórios nacionais, vem também grandes 
oportunidades de negócios com produtores locais. 
 
7 
 
2.1 Denominação e Forma de Constituição 
Laticínios Porto Alegre Indústria e Comércio S/A, natureza jurídica anônima 
fechada ativa desde 03 de novembro de 1991. 
 
2.2 Dados e Fatos da Organização 
 Nesse tópico iremos destacar alguns dados da empresa Laticínios Porto 
Alegre, empresa na qual é produtora de laticínios e derivados, responsável por um 
grande espaço na economia e desenvolvimento no mercado mineiro e também em 
outras regiões do Brasil. Dados recentes da empresa Porto Alegre sobre expansões 
e do total de unidades industriais que juntas tem a capacidade de processamento de 
mais de 1 milhão de litros de leite por dia, com três unidades localizadas em Minas 
Gerais, nos municípios de Ponte Nova onde fica localizada a sua (Matriz), Mutum e 
Antônio Carlos com as demais filias, localizadas no estado do Rio de Janeiro no 
município de Valença. Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, 
está localizado o centro de distribuição da Porto Alegre e o escritório onde atuam as 
equipes de marketing e comercial, a empresa tem em média 1.465 funcionários em 
todas as suas unidades. A companhia possui ainda 4 postos de captação de leite, 
localizados nos municípios de Muriaé, Rio Pomba, São Gotardo, em Minas Gerais, e 
Dores do Rio Preto, no Espírito Santo, transformando – se assim em uma líder no 
segmentode produção de laticínios. 
 
2.3 Natureza e Ramos de Atuação 
 A origem da empresa Porto Alegre começa numa fazenda com uma 
pequena produção de queijos em um pequeno cômodo na fazenda da família, que 
era produtora de leite no município de Rio Doce. Com o passar dos anos foi 
expandido e aperfeiçoando seus produtos tornando - se assim reconhecida 
mundialmente e premiada pela qualidade de seus produtos. Além do ramo da 
atuação prevalecer sobre a característica da tradição do campo na produção dos 
seus laticínios, os produtos foram sendo desenvolvidos a cada necessidade que 
surgia criando assim vários tipos de queijos, bebidas lácteas, cream cheese, leites, 
8 
 
linhas light, linhas tradicionais, zero lactose, food servisse e linha soro, leite em pó 
entre outros, produzidos com a mais alta tecnologia do ramo, garantindo qualidade a 
mesa de seus consumidores. 
 
 2.4 Porte da Empresa 
 Atualmente a Porto Alegre, movimenta grandemente a economia industrial da 
região, por meio da ampliação da rede de produtos rurais, contratação de 
fornecedores de suprimentos e prestadores de serviços locais, a empresa se 
enquadra como grande porte, sendo responsável por grande parcela do 
desenvolvimento econômico dos municípios onde se instala. 
 
2.5 Relações das Filiais 
 
Atualmente, a laticínios Porto Alegre conta com cinco unidades industriais 
que, juntas, têm capacidade de processamento de mais de 1 milhão de litros de 
leite por dia. Sendo Três unidades localizadas em Minas Gerais, nos municípios de 
Ponte Nova (Matriz), Mutum e Antônio Carlos, uma localizada no estado do Rio de 
Janeiro, no município de Valença e a última está localizada no estado do Espírito 
Santo no município de Rio Novo do Sul. 
Em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, está localizado o 
seu Centro de Distribuição e setores administrativos onde atuam as equipes de 
Marketing e Comercial. 
A empresa também possui, 5 postos de captação de leite, localizados nos 
municípios de Muriaé, Rio Pomba, São Gotardo, São Gonçalo do Pará e Campo 
Belo em Minas Gerais. 
 
2.6 Número de Funcionários 
 
Com as grandes expansões da empresa durante os anos, até 2016 eram mil 
empregados, e até o momento calcula-se que a empresa chegará a 1.600 
funcionários 
9 
 
 
2.7 Produtos 
 
A linha de produtos Laticínios Porto Alegre, trabalha com uma variedade de 
produtos da qual possuem o leite como principal elemento em sua composição. 
Entre estes se enquadram o leite fluído pasteurizado ou esterilizado, o leite 
desnatado, a manteiga, o creme de leite, os queijos, a ricota, o requeijão, o iogurte, 
os doces e as bebidas lácteas. 
A presença do leite na dieta alimentar tem papel importante como fonte de 
proteínas e minerais essências para o crescimento e manutenção da vida. 
 
2.8 Fornecedores 
 
O principal produto que é o leite, era fabricado na própria fazenda da família. 
No início a produção era de 1.500 litros de leite por dia, da qual a família fazia 
muçarela e leite de barriga. Após três anos, o laticínio transferiu-se da fazenda para 
a cidade. 
A empresa também investiu para gerar crescimento econômico para a região 
e movimentar o setor produtivo, com novas oportunidades de negócios com 
fornecedores locais. 
 
2.9 Mercados e segmentos 
 
O mercado global de laticínios é segmentado com base no tipo de produto 
(leite, queijo, manteiga, sobremesas lácteas, iogurte e outros tipos de produtos), 
canal de distribuição (supermercados/hipermercados, lojas de conveniência, 
varejistas especializados e outros canais de distribuição) e geografia. 
“Após 4 anos de altas consecutivas na produção leiteira, o setor apresentou 
dois anos de quedas significativas e estima-se que o Brasil encerre o ano com 
queda de 4,4% na produção formal”, relata a pesquisadora da Embrapa Gado de 
Leite Kennya Siqueira. “A cadeia produtiva do leite sofreu sérios impactos pelos 
acontecimentos globais em 2022, intensificando as dificuldades já apresentadas em 
2021”, completa. Se, por um lado, a vacinação contra a covid-19 acenava para a 
volta da normalidade e a retomada da economia; por outro, logo no 1º trimestre de 
10 
 
2022, o conflito entre Rússia e Ucrânia valorizou as commodities agrícolas e o 
petróleo. 
Grandes produtores de grãos, fertilizantes e petróleo, os países em conflito 
impediram que a economia global se recuperasse dos anos de pandemia e criaram 
as condições para aumentos recordes dos custos de produção de leite no Brasil, 
além do aumento da inflação e da queda da renda do brasileiro, segundo detalha a 
cientista. Especialistas do Cileite (Centro de Inteligência do Leite da Embrapa) 
fizeram um balanço do período recente e traçam perspectivas para o setor em 2023. 
O ano de 2021 já terminara com dificuldades para o setor, com queda no 
volume de produção do leite inspecionado, elevando a importação de lácteos em 
21,5% no ano posterior. Nos dois últimos anos, o ICPLeite (Índice do Custo de 
Produção do Leite) divulgado pela Embrapa registrou crescimento de 62%. A partir 
do segundo semestre, esse índice iniciou uma lenta retração e, em novembro, o 
ICPLeite apresentou queda de 1,7%, influenciado principalmente pela retração de 
4,5% do custo do alimento concentrado para as vacas. Ainda assim, o cenário foi de 
piora na rentabilidade do produtor ao longo do 2º semestre de 2022, pois o preço 
recebido por eles caiu de um pico de R$ 3,53 por litro de leite, em agosto, para cerca 
de R$ 2,50, em dezembro. 
O impacto também foi sentido pelo consumidor; segundo estimativa da 
Embrapa, o consumo anual de leite por habitante foi reduzido de 170,3 litros para 
163 litros. Em meados do ano, os lácteos atingiram preços recordes. O bolsista de 
economia Ygor Guimarães, que atua no Núcleo de Desenvolvimento Econômico da 
Cadeia Produtiva do Leite da Embrapa, lembra que, em agosto, a inflação do “leite e 
derivados” chegou a 40,2%, sendo um dos itens que mais influenciou a elevação do 
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). “O alto custo para 
alimentar as vacas e a queda na produção durante a entressafra do leite penalizou o 
consumidor”, aponta o pesquisador do Núcleo Samuel Oliveira. “Podemos afirmar 
que o Brasil passou por uma crise de oferta de leite”, completa Oliveira. Isso fez com 
que os compostos lácteos ganhassem espaço como alternativas mais acessíveis 
para suprir parte da demanda, não sem despertar polêmica. 
No entanto, o 4º trimestre do ano representou algum alívio para os 
consumidores. Na 1ª quinzena de dezembro, o litro do leite UHT no atacado estava 
11 
 
cotado a R$ 3,82 (queda de 40,5% desde o final de julho). Já o quilo da muçarela 
era vendido pela indústria a R$ 28,27 (queda de 34,8%). O leite spot (leite 
comercializado entre laticínios) teve a maior deflação; o litro do produto foi cotado 
em Minas Gerais a R$ 2,34, o que representa um recuo de 43% em relação a julho. 
Estimativas históricas sugerem que as festas de fim de ano são positivas para a 
indústria, que intensificam suas vendas. Estima-se crescimento próximo de 30% em 
relação à média de venda do ano, principalmente para leite condensado e creme de 
leite. 
As perspectivas para o setor, para o pesquisador da Embrapa Glauco 
Carvalho, embora o ano que começa ainda traga muitos componentes de incertezas 
internas e externas, o mercado brasileiro está se reequilibrando em termos de oferta 
e demanda. Segundo ele, com a recuperação do mercado de trabalho e melhorias 
do emprego e renda, espera-se alguma melhoria no consumo de leite e derivados. 
Outro fator positivo é a produção brasileira elevada de grãos na safra 
2022/2023, contribuindo para uma menor pressão nos custos de alimentação das 
vacas, sobretudo concentrados à base de milho e soja. “Mas é um ano de muita 
incerteza ainda, em função da mudança de governo e das diretrizes que serão 
adotadas, principalmente na área fiscal,que tem impacto direto sobre taxa de juros e 
câmbio”, diz Carvalho. 
No âmbito externo, o analista Lorildo Stock espera que os preços dos 
fertilizantes recuem com uma solução para a guerra Rússia-Ucrânia. Porém, o 
cenário de inflação e o baixo crescimento previsto para as grandes economias 
(Estados Unidos, União Europeia e China) podem refletir negativamente na 
retomada da economia brasileira. “A desaceleração da economia mundial poderá 
gerar algum impacto negativo, ainda que modesto, no segmento lácteo”, avalia 
Stock. Carvalho complementa, dizendo que a forte valorização das commodities 
agrícolas e não agrícolas, nos últimos dois anos, ajudou na recuperação do PIB 
(Produto Interno Bruto) brasileiro. Esse não é o cenário para 2023. 
 
 
12 
 
3 OPERAÇÕES DA EMPRESA 
3.1 Compras 
Para Carr e Smeltzer (1997 e 2000), o conhecimento dos mercados 
fornecedores, as habilidades de compras, a busca por alternativas de fornecimento e 
a disponibilidade dos recursos para o processo de compra, fazem com que a área 
de compras exerça um papel estratégico dentro das empresas. Como afirmam Carr 
e Pearson (1999), qualquer ganho obtido pela empresa na compra de materiais, 
impacta diretamente no seu resultado. 
O setor de compras é a área responsável por adquirir os insumos, bens e 
produtos essenciais para o funcionamento da empresa. 
Porém, este processo não é tão simples quanto parece, já que estamos 
falando do ponto de partida para que os fluxos da empresa funcionem até a chegada 
do produto ao consumidor final. 
Na Laticínios Porto Alegre o setor funciona por meio de um processo de 
compras, que deve ser seguido antes e depois da aquisição de qualquer produto. 
Basicamente, as rotinas do setor de compras acontecem desta seguinte 
forma: 
Primeiro, os demais departamentos da empresa solicitam ao setor de 
compras a aquisição de um determinado item, seja para a fabricação de produtos ou 
para o uso dentro da organização. 
Em seguida, o setor de compras avalia as reais necessidades de tais itens 
para garantir que o gasto seja feito de forma consciente e sem prejudicar o 
orçamento da empresa. 
Depois, é acionado seus fornecedores cadastrados e homologados ou então 
caso seja preciso é buscado o desenvolvimento de novos fornecedores para coletar 
preços e comparar. O objetivo é garantir as melhores condições de compra, sem 
abrir mão da qualidade. 
13 
 
É mantido os dados da empresa, dos seus produtos e serviços e dos 
fornecedores atualizados. Também é importante acompanhar as quantidades de 
produtos disponíveis em estoque. 
Recebimento e análise dos pedidos de compras: 
Os demais departamentos da empresa fazem as solicitações de compras. 
Solicitação de aprovação: 
As solicitações são encaminhadas aos gestores das áreas para que 
aprovem a necessidade de compra dos itens solicitados. 
Após essa aprovação o setor de compras inicia o processo de cotações para 
efetuar determinada compra. 
Cotações com fornecedores: 
A partir daí começa a busca pelos melhores fornecedores, que oferecem 
produtos de qualidade e por boas condições de compra. 
Sendo realizado cotações com diferentes empresas para encontrar aquela 
que melhor atenda às necessidades da empresa. 
Escolha dos fornecedores: 
Após a cotação, é escolhido o melhor fornecedor de acordo com o preço, 
qualidade do produto, prazo de entrega e frete. 
É optado pela empresa que oferece preços baixos, mas que ao mesmo 
tempo fornece produtos com a qualidade necessária para atender o seu público-
alvo. 
Negociação: 
Após ter escolhido entre diferentes propostas, é negociado para garantir as 
melhores condições, aplicando algumas técnicas de compras no momento da 
negociação com os fornecedores. 
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Emissão de pedido de compra e pagamento: 
Ao final das negociações, é enviado o pedido de compra ao fornecedor 
escolhido, com detalhes sobre os produtos e quantidades que serão adquiridos. Em 
seguida, solicitado a emissão de fatura para pagamento. 
Recebimento e atualização de estoque: 
Assim que os produtos chegam na empresa, é conferido a mercadoria 
adquirida para certificar que o pedido foi entregue corretamente e se não há avarias. 
Caso tudo esteja de acordo com os protocolos da empresa, é só direcionar 
os itens para seus respectivos setores para que sejam guardados corretamente e 
atualizado o estoque. 
Acompanhamento de pós-compra: 
Com o recebimento dos pedidos, chega o momento de salvar o histórico da 
compra. 
É anotado as perspectivas em relação ao negócio efetuado, por exemplo, se 
a entrega foi feita dentro do prazo ou se a qualidade estava de acordo com o 
esperado. Essa etapa ajudará nas futuras negociações! 
Manter as rotinas do setor de compras bem definidas é essencial para o 
sucesso, já que elas impactam diretamente na lucratividade de um negócio. 
 
3.2 Organização do estoque 
A organização dos estoques de uma empresa é um fator primordial, pois 
segundo Viana (2000), estoques ajudam a maximizar o atendimento aos clientes 
protegendo a empresa de qualquer surpresa que possa ocorrer em meio aos 
processos do marketing ou vendas. O autor também afirma que em qualquer 
empresa, os estoques representam componentes extremamente significativos, seja 
sob aspectos econômicos financeiros ou operacionais críticos. 
15 
 
Conforme afirma Moreira (1993), os estoques são quaisquer quantidades de 
bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de 
tempo; constituem estoques tanto os produtos acabados que aguardam venda ou 
despacho, como matérias primas e componentes que aguardam utilização na 
produção. 
É fundamental ter uma boa gestão de estoques. Atualmente, existem 
diversos softwares e ferramentas que auxiliam esse gerenciamento. 
De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2009), as várias razões para o 
desequilíbrio entre a taxa de fornecimento e de demanda em diferentes pontos de 
qualquer operação leva a diferentes tipos de estoque. Há quatro tipos de estoque: 
estoque isolador, estoque de ciclo, estoque de antecipação e estoque de canal. 
A empresa Laticínios Porto Alegre utiliza o tipo de estoque isolador ou 
estoque de segurança: que tem o propósito de compensar as incertezas referentes 
ao fornecimento e demanda. 
A sua gestão de estoque é realizada através de estratégias que são feitas 
entre departamento comercial, PCP (programação e controle de produção) e 
estoque, levando em consideração as expectativas que o departamento comercial 
tem para vender dentro do mês e a capacidade de produção da empresa. A principal 
ferramenta para o gerenciamento de estoque está no sistema Datasul que é um 
sistema integrado de gestão empresarial, desenvolvido pela TOTVS S/A (o ERP 
está integrado ao Business Integrator e abrange todo o processo produtivo), que traz 
muitas informações para tomadas de decisão. 
Foram informados também alguns pontos realizados pela empresa em sua 
gestão de estoque, sendo. 
Classificar e cadastrar para manter o estoque organizado: 
É classificado adequadamente todos os seus itens de estoque, dessa forma, 
fica muito mais fácil dispor as peças no estoque, além de ser mais fácil para 
encontrar o que está sendo pedido, após é realizado o cadastro de todos os 
produtos que foram classificados. Registrado tudo que entra no estoque para manter 
16 
 
a organização do mesmo, com o objetivo de compreender tudo que sai e se há 
alguma diferença na quantidade de produtos que deveriam estar estocados. 
Realizar inventário: 
O inventário é essencial para descobrir se os dados que foram coletados 
anteriormente estão batendo com a realidade, garantindo um controle muito maior. 
Seu inventário é realizado mensalmente no intuito de evitar prejuízos tais 
como a perda de uma venda pela falta da disponibilidade do produto. 
Girar o estoque: 
Uma gestão de estoque eficiente deve considerar o giro. Ele é uma 
ferramenta de gestão que irá ajudar de formasistemática o ritmo e frequência que o 
estoque é abastecido, observando quesitos importantes como tempo de 
permanência de um produto. 
Girar de maneira inteligente e programada evita perdas desastrosas de 
produtos que podem ser danificados ou deteriorados pelo tempo parado nas 
prateleiras do estoque. 
Estabelecer uma quantidade mínima e máxima: 
Definido uma quantidade mínima e máxima para cada produto. Dessa forma, 
obtém muito mais controle, além de conhecer a quantidade máxima exata para cada 
mês. 
Quantidade máxima: o número de itens que o estoque deve ter, levando em 
conta aspectos como custo de armazenamento, investimento, espaço físico e giro 
mensal. Quantidade mínima: é o número de produtos reservados para casos de 
extrema necessidade de demanda, como em períodos sazonais. Ao atingirem a 
margem mínima, os produtos precisam ser repostos. 
De acordo com as informações obtidas, os controles de estoque da empresa 
são considerados como de suma importância para os resultados das áreas e 
consequentemente da empresa como um todo. É imprescindível que se trabalhe 
17 
 
com controles atualizados e precisos, sempre buscando redução de erros e ajustes 
necessários de imediato. 
 
3.3 Picking 
Há 4 modalidades de sistema de picking na logística (discreto, zona, lote e 
por onda), cada uma possui sua estratégia. 
No Laticínios Porto Alegre atualmente é utilizado o sistema Picking por lote. 
No picking por lote, o operador aguarda até que uma certa quantidade de 
produtos se acumule para dar início a coleta. Assim, ele soma a quantidade de cada 
produto para fazer a distribuição dos mesmos. 
Quando os itens possuem uma baixa diversidade, isso faz com que a 
produtividade do aumente. Por outro lado, isso pode fazer com que a quantidade de 
erros também aumente. 
 
3.4 Transporte 
O transporte é responsável pela movimentação de materiais e produtos 
acabados, ou seja, assegura o fluxo físico dos produtos entre as empresas. O 
transporte é fundamental, pois há a necessidade de escoamento de produtos. 
O transporte pode ser realizado de várias formas e com diferentes veículos, 
caracterizando-se por frota própria ou contratada, de acordo com a seleção, que 
depende de vários aspectos. 
Algumas decisões sobre transporte estão relacionadas a: definição de 
roteiros, manutenção da frota, definição do tipo de veículo, entre outras. Alguns 
desses problemas podem ser resolvidos utilizando-se técnicas matemáticas e 
softwares comerciais. As duas funções principais do transporte são: movimentação e 
armazenagem de produtos, e seus princípios norteadores são a economia de escala 
e a economia de distância. 
18 
 
O transporte utilizado pela empresa é o rodoviário, sendo organizado através 
de frota própria (comprada). 
A principal função do transporte no suprimento físico da empresa é de 
movimentação de produtos, ou seja, coleta do leite das fazendas ou postos de coleta 
para as fábricas. Os recursos utilizados durante a movimentação ou coleta do leite 
são os temporais, financeiros e ambientais. 
O transporte interno das fábricas e do centro de distribuição ocorre através 
da utilização de docas móveis, empilhadeiras e esteiras transportadoras, que 
permitem uma otimização no processo de transferência das cargas dos caminhões 
para o estoque. 
O gerenciamento das operações de transporte é norteado a economia de 
escala e a economia de distância. A empresa utiliza um software de roteirização, 
para otimizar os custos de transportes, considerando no problema de roteamento 
somente os produtores que possuem tanques de resfriamento em suas 
propriedades. 
O roteamento de veículos é todo feito através de software especializado, 
onde com auxílio de GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento 
Global) é possível acompanhar e rastrear todos os caminhões e definir sua 
localização. A rota é definida a fim de que o caminhão preencha 90% de sua 
capacidade máxima, se por um motivo ou outro a quantidade transportada pelo 
caminhão fica abaixo desse valor, o software redistribui as rotas, para satisfazer a 
essa restrição. 
Os principais componentes que influenciam nas transações de transporte 
são o grande varejo e o consumidor final. 
O modal rodoviário é o único utilizado no primeiro percurso ou suprimento 
físico. A frota utilizada neste percurso é composta por 35 carrocerias e 23 cavalos, 
onde a carroceria corresponde ao lugar onde o leite coletado fica armazenado. 
Uma estratégia da empresa na questão da coleta do primeiro percurso é 
com relação às cooperativas regionais, ou seja, a empresa vem procurando coletar o 
19 
 
leite do produtor e levá-lo diretamente para a fábrica sem passar pela cooperativa, 
apesar do produtor estar associado à mesma. 
No transporte do suprimento físico também é realizado por frota própria. 
O percurso com maior número de problemas é o primeiro, pois depende de 
diversos fatores externos que não se pode controlar, como clima, acidentes e outros. 
. 
3.5. Analise SWOT 
A Matriz SWOT representa o inventário que se levanta sobre as forças e 
fraquezas que compõem o ambiente interno e externo da organização. O nome 
SWOT é um acrônimo de quatro termos em inglês: Strengths (Forças); Weaknesses 
(Fraquezas); Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). (SOUZA; RICCI, 
2013). 
O modelo oferece a possibilidade de análise de todas as vantagens ou 
pontos positivos que a empresa apresenta e suas influências diretas. Em seguida, 
faz-se a análise do ambiente externo, das ameaças e oportunidades no entorno da 
empresa, ou seja, de seu mercado e de seu ambiente global. 
As forças externas no macroambiente (economia, política sociocultural, 
demografia, tecnologia) e as forças internas (clientes, concorrentes, distribuidores e 
fornecedores) afetam diretamente a capacidade de a empresa gerar lucratividade, 
devendo-se, pois, analisar as oportunidade e possíveis ameaças. Estas forças são 
inconstantes, sofrendo mudanças temporais que devem ser acompanhadas. Neste 
sentido, a análise SWOT é um instrumento de avaliação dessas forças, fraquezas, 
oportunidades e ameaças na monitoração dos ambientes interno e externo 
(KOTLER; KELLER, 2006). 
Tais fatores são assim definidos pelos referidos autores: 
Forças: pontos fortes da organização; quais as vantagens sobre os 
concorrentes, tanto em retenção de clientes, quanto em ofertas de produtos 
diferenciados. 
20 
 
Fraquezas: as fraquezas da organização devem ser avaliadas pelo 
empreendedor quanto aos procedimentos que necessitam ser melhorados em 
relação ao concorrente. 
Oportunidades: aponta fatores no sentido de a organização poder se 
expandir dentro de seu nicho de mercado, novas tendências em seu ramo. 
Ameaças: importante saber quais são elas para se precaver de surpresas 
quanto aos concorrentes e demanda dos clientes/consumidores; observar os 
avanços tecnológicos que podem afetar a organização (KOTLER; KELLER, 2006). 
A partir das informações levantadas com o gestor e clientes foi possível 
identificar os pontos fortes e fracos e as ameaças e oportunidades, em seguida foi 
realizado a matriz SWOT apresentada no Quadro abaixo. 
Quadro – Matriz SWOT da empresa em estudo
 
 
 
 
 
 
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4 CONCLUSÃO 
 
Ao longo deste trabalho, buscou-se estudar em profundidade as 
características operacionais e logísticas da empresa laticínios Porto Alegre. 
No que diz respeito às características do mercado no qual a companhia está 
inserida, pode-se observar que se trata de um segmento extremamente cíclico e 
competitivo, mas também muito extenso. 
Atualmente a empresa em questão movimenta fortemente a economia 
industrial da região devido empregabilidade, contratação de fornecedores de 
suprimentos e prestadores de serviços locais, sendo empresa de grande porte, 
responsável por grande parcela do desenvolvimento econômico dos municípios 
onde se instala. 
A empresa possui 4 unidadesindustriais mais os postos de coleta, contando 
com 1.465 colaboradores. Há mais 30 anos no mercado desenvolvendo produtos 
como leites e derivados. Produzindo alimentos seguros e com os mais altos padrões 
de qualidade mantendo assim a confiabilidade e satisfação de seus clientes. 
Com base em nossos estudos realizamos A análise SWOT, na gestão de 
empresas deve ser utilizada para conhecer o seu potencial estratégico. Ela permite 
um conhecimento aprofundado das potencialidades e dos limites do produto. 
Conseguimos detectar qualidade, vulnerabilidades, e oportunidades da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 REFERÊNCIAS 
 
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Método e Metodologia na Pesquisa 
Científica. São Caetano do Sul: Difusão, 2004. 
HITT, M.A.; IRELAND, R.D.; HOSKISSON, R.E. Administração estratégica. São 
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. 
PODER360, https://www.poder360.com.br/brasil/mercado-de-laticinios-espera-
recuperacao-em-2023. 
AGENDOR, https://www.agendor.com.br/blog/matriz-swot-como-fazer 
APREPRO, https://aprepro.org.br/conbrepro/2020