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ESTO006-17 Materiais e Suas Propriedades Erika Fernanda Prados erika.prados@ufabc.edu.br Eletronegatividade Maior “facilidade” em ceder elétrons = CÁTIONS Maior facilidade em ganhar elétrons = ÂNIONS “Poder que um átomo tem de atrair elétrons para si” As ligações entre átomos podem ser classificadas quanto a suas intensidades em: Ligações primárias, ou fortes, dependem da diferença do caráter eletronegativo (A ⊖ ), ou eletropositivo (C ⊕ ), dos elementos envolvidos e são: ➢ Ligação iônica (C ⊕ + A ⊖ C ⊕ ≠ A ⊖ e a diferença > 1,7); ➢ Ligação covalente (A ⊖ + A ⊖ A ⊖ ≅ A ⊖ e a diferença entre eles está entre 0,3 e 1,7); ➢ Ligação metálica (C ⊕ + C ⊕ ). Ligações químicas Ligações secundárias, ou fracas, dão origem a atrações entre uma molécula qualquer e suas vizinhas e as principais são: ➢ Interações dipolo-dipolo; ➢ Pontes de hidrogênio; ➢ Forças de dispersão de London; ➢ Forças de van der Waals. Propriedades importantes, como o ponto de fusão e solubilidade, são influenciadas pelas forças eletrostáticas secundárias que atuam entre as moléculas. Ligações químicas Ligação Primária Iônica ➢ Envolve a transferência de elétrons de um átomo para outro. ➢ A ligação é não-direcional (atração eletrostática estende-se igualmente em todas direções). ➢ Grande diferença de eletronegatividade entre os elementos. Ligação Primária Iônica Representação esquemática da formação de íons Na+ e Cl– Representação Esquemática da ligação iônica no cloreto de sódio (NaCl) Exemplos de Ligação Iônica Doa Elétrons Recebe Elétrons ➢ Ligação Predominante em Materiais Cerâmicos Ligação Primária Covalente ➢ Envolve o compartilhamento de um par de elétrons entre dois átomo e a força de ligação depende da sobreposição entre eles. ➢ A ligação resultante é altamente direcional. ➢ Menor diferença de eletronegatividade entre os elementos do que aquela observada em ligações iônicas. Ex.: Molécula de Hidrogênio Aumento do caráter iônico Aumento do caráter covalente Ligações covalente s não iônicas Ligações covalente s polares Ligações iônicas 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 Diferença em eletronegatividade F2 HBr HF Na ⊕ F ⊖ r F = 4 ; r Br = 2,8; r H = 2,1 ; r Na = 0,9 = 0 = 0,7 = 1,9 = 3,1 Ligação Iônico-Covalente Ligação Primária Metálica ➢ Os metais possuem de 1 a 3 três elétrons de valência. ➢ Resulta do compartilhamento de um número variável de elétrons com um número variável de átomos. ➢ Os elétrons de valência passam a se comportar como elétrons “livres”. ➢ A ligação resultante é não-direcional. ➢ Apresentam a mesma probabilidade de se associar a um grande número de átomos vizinhos, formando uma “nuvem eletrônica” de baixa densidade. Ilustração esquemática da ligação metálica ➢ Uma força de atração fraca entre átomos ou moléculas não polares causada por mudanças temporárias no momento de dipolo (µ); esta atração vista como dipolos elétricos. ➢ A mudança de µ tem origem no breve deslocamento dos elétrons para um lado do átomo ou molécula, criando um deslocamento similar nos átomos ou moléculas adjacentes ➢ A atração é muito mais fraca que uma ligação primária. ➢ As forças de van der Waals são forças intermoleculares que promove a coesão nos estados líquido e sólido da matéria. ➢ É importante em propriedades tais como tensão superficial, ponto de ebulição e efeito capilar. Ligação Secundária de Van der Waals ➢ Interações dipolares: 1. Dipolo induzido ⟺ Dipolo induzido 2. Dipolo induzido ⟺Molécula polar (com dipolo permanente) 3. Molécula polar ⟺Molécula polar Dipolos Elétricos Núcleo Nuvem eletrônica Átomo eletricamente simétrico Dipolo atômico + - + H⎯Cl -≪≪≪ + H⎯Cl - PVC +- ⟿⟿ ⟿⟿ +- Ponte de Hidrogênio ➢ É um caso especial de ligação entre moléculas polares. ➢ É o tipo de ligação secundária mais forte. ➢ Ocorre entre moléculas em que o H está ligado covalentemente ao flúor (r F = 4) (como no HF), ao oxigênio (r O = 3,5) (como na H2O) ou ao nitrogênio (r N = 3) (por exemplo, NH3). + - + - + + - - - FORÇAS E ENERGIAS DE LIGAÇÃO ➢ Conhecer as forças interatômicas que ligam os átomos em uma molécula, ajudam o entendimento de muitas das propriedades físicas dos materiais. ➢ As forças são de dois tipo e suas grandezas dependem da separação ou distância interatômica (r). Distância interatômica F o rç a A tr a ti v a R e p u ls iv a Muito próximo – cada átomo exerce força no outro Muito longe – interação desprezível Forças interatômicas ➢ Atrativa (FA): depende do tipo de ligação que existe entre os dois átomos. ➢ Repulsiva (FR): tem a sua origem na interação entre as nuvens eletrônicas carregadas negativamente dos dois átomos. A força líquida (FL) entre dois átomos é: FL = FR + FA A energia (E) também é função da separação interatômica. E e F estão relacionadas matematicamente: 𝐸𝐿 = 𝐹𝐿𝑑𝑟 = 𝑟 ∞ 𝐹𝐴 𝑟 ∞ 𝑑𝑟 + 𝐹𝐵𝑑𝑟 𝑟 ∞ = 𝐸𝐴 + 𝐸𝑅 Energia de Ligação Energia Repulsiva ER Energia Atrativa EA Energia EN Separação Interatômica r E n er g ia P o te n ci al A ta çã o R ep u lç ão (a) A dependência das forças repulsiva, atrativa e resultante em relação à separação interatômica para dois átomos isolados. (b) A dependência das energias potencial repulsiva, atrativa e resultante em relação à separação interatômica para dois átomos isolados CLASSIFICAÇÃO DOSMATERIAIS SEGUNDO O TIPO DE LIGAÇÃO Tetraedro do tipo de material: correlação de cada classificação de material (metais, cerâmicas, polímeros etc.) com seu(s) tipo(s) de ligação. • O módulo de elasticidade pode ser associado à derivada da curva F(r) no ponto r = r0; quanto maior for o valor da derivada, maior será o módulo de elasticidade. • O material a apresenta maior rigidez do que o material b. r0 r0 Módulo de Elasticidade r0 = ponto onde forças de atração e repulsão são iguais RELAÇÃO ENTRE ALGUMAS PROPRIEDADES E AS CURVAS DE FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO 32 Ligação Forte Ligação Fraca F o rç a Distância Coeficiente de Expansão Térmica (a) Gráfico da energia potencial em função da distância interatômica, demonstrando o aumento na separação interatômica com a elevação da temperatura. No aquecimento, a separação interatômica aumenta de r0 para r1, para r2, e assim por diante. (b) Para uma curva da energia potencial em função da distância interatômica com formato simétrico, não existe nenhum aumento na separação interatômica por causa de uma elevação da temperatura (isto é, r1 = r2 = r3) • Um “poço” profundo profundo e estreito (elevadas energias de ligação) está relacionado a um baixo coeficiente de expansão térmica. Obs.: IAE = interatomic energy (Energia interatômica) Coeficiente de Expansão Térmica 33 Espaço de equilíbrio entre os átomos Espaço de equilíbrio após aquecimento A energia é aumentada de ∆IAE Espaço aumenta após aquecimento quando a energia é aumentada de ∆IAE (maior separação indica maios expansão térmica) Separação ➢ Materiais que apresentam grandes energias de ligação (ou seja, poços de potencial profundos) também apresentam temperaturas de fusão e de ebulição elevadas. 34 Pontos de Fusão e Ebulição BIBLIOGRAFIA ✓ D., CALLISTER Jr., W., RETHWISCH, G. Ciência e Engenharia de Materiais - Uma Introdução, 9ª edição. LTC, 07/2016. VitalBook file. Capítulo 2: Estrutura Atômica e Ligação Interatômica 24
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