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Aula 03
Militares dos Estados, DF e Territórios – Art. 42
O art. 42 trata dos militares, quando nós falamos em militares é importante destacar que existem dois grupos de militares: militares dos Estados, DF e Territórios e militares da União (que são os membros das forças armadas: marinha, aeronáutica e exército). No geral todos vão seguir o mesmo regime jurídico, praticamente o regime jurídico é igual, entretanto a CF os colocou em lugares diferentes. Militar dos Estados, DF e Territórios está no art. 42 e os militares da União está no art. 142. 
Art. 42 - Hierarquia e disciplina é o que a doutrina chama de pilares da carreira militar. Os militares dos Estados, DF e territórios são quem? Os policiais militares e os membros do corpo de bombeiro militar. Atualmente não existem territórios federais, mas se for criado algum território ele terá polícia militar e corpo de bombeiro militar.
§1 – Essa lei é de iniciativa do governador. Cuidado: PM e CBM do DF são organizadas e mantidas pela União, mas são subordinadas ao governador do DF. O art. 142 é o que trata dos militares federais. Cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142 §3, inc. X, a gente vai falar disso mais na frente. Aí vem e diz assim: sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. Cuidado, é lei específica estadual que vai cuidar de ingresso, direitos, deveres, estabilidade.
§2 – sobre os pensionistas, nos traz que se aplica o que for fixado em lei específica (lei específica não é LC, é uma LO que cuida de um único tema). Então sobre pensionista é uma LO que cuida só desse tema.
§3 – foi incluído pela EC 101/2019: Então cuidado, sempre se entendeu que os militares se submetem a um regime de dedicação integral, exclusiva da própria atividade. Então o cara pode ser convocado 24h, 36h por dia, o militar estava ali a disposição. Aí essa EC vem e traz uma importante alteração, diz assim: aplica-se aos militares dos Es, DF e T o disposto no art. 37, inc. XVI, com prevalência da atividade militar. O que está nesse art. É a possibilidade de acumulação de cargos. Autorizou o militar a acumular cargo, por ex. um de militar e um de professor. Mas prestem atenção no detalhe, é com prevalência da atividade militar. O que isso quer dizer é que o militar pode ocupar 2 cargos e a atividade militar é que tem que ter preponderância. Ex.: ocupar o cargo de militar com o cargo de professor, e aí a carga horária de professor é tão grande que atrapalha o exercício da atividade militar. Isso não pode. A prevalência na balança tem que ser a carreira militar. 
Então o 42 acabou, é isso aqui. Mas eu vou fazer ainda comentários sobre os demais arts. Que ele cita.
Art. 14 §8 – Aplica-se aos militares o que está nesse art. Então o é vedado ao militar tanto a filiação a sindicato quanto a filiação partidária. Quando o art. Fala que militar alistável, que dizer que ele não é conscrito, ou seja, não está no serviço militar obrigatório, ele é um militar de carreira. O conscrito é aquele que presta serviço militar obrigatório e é inelegível e inalistável. O militar que é alistável pode se eleger, mas tem que preencher algumas condições: Se ele tem menos de 10 anos de serviço, vai ter que se afastar da atividade (esse afastamento aqui não é uma licença não, é pedir para sair, pedir baixa, para poder concorrer a cargo eletivo, e detalhe, se ele não for eleito perdeu o direito). Então se ele conta menos de 10, se afasta. Mas se ele conta mais de 10 anos, aí ele será agregado pela autoridade superior, esse agregado é como se fosse licença. E se ele for eleito, no ato da diplomação ele passa para a inatividade. Então cuidado que não é no ato da posse e sim no ato da diplomação (o cara é eleito, ai vem a diplomação e depois vem a posse). 
STF: proíbe greve para TODOS da segurança pública, aumentando a restrição. Mas a sindicalização é permitida aos agentes de segurança pública civis e vedada aos militares.
Diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta que o candidato foi efetivamente eleito pelo povo e, por isso, está apto a tomar posse no cargo.
Então essas são as regrinhas básicas aplicáveis aos militares.
Art. 40 §9 – É o que trata do regime de previdência e ele diz que o tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
Tempo de contribuição – aposentadoria
Tempo de serviço – disponibilidade
A ideia é a seguinte: vamos supor que a pessoa é um servidor público civil municipal e ai ele foi aprovado num concurso para carreira militar. Veja que ele contribuiu para o RPPS do Município e agora ele foi para o Estado. Então esse art. Nos traz que o tempo que ele contribuiu lá no município será contado para conceção de aposentadoria. O tempo que ele serviu lá será contado para disponibilidade.
Art. 142 §2 – O 142 cuida dos militares federais, só que como o regime é muito parecido, várias das regras do 142 se aplica aos militares estaduais. Esse dispositivo diz que não cabe HC em relação a punição disciplinar militar. Essa é a regra.
Agora cuidado, o STF tem entendido que é possível o cabimento de HC para discutir a legalidade de punição disciplinar militar. Ex.: Se o cara recebeu uma punição disciplinar que era uma punição que não podia ser aplicada disciplinarmente ou a autoridade que aplicou era incompetente. Então é possível se discutir a legalidade de uma punição disciplinar por meio de HC.
Suponha que no Estatuto da Polícia Militar há a determinação de que só um oficial poderá aplicar punição. Em uma situação, um cabo (que é praça) aplica a punição de prisão. Nesse caso, só o oficial poderia aplicar. Então, o pressuposto de legalidade da prisão está sendo atacado, logo cabe HC; para discutir o mérito da punição, não cabe.
• No caso do mérito, não cabe HC, de acordo com a CF. (Segundo o artigo 142 da CF) • No caso de pressupostos da legalidade não se aplica o que está na CF, cabe HC, de acordo com o STF.
142 §3 – Traz o regime jurídico básico dos militares federais, só que o art. 42 traz que essas regras também são aplicáveis aos militares dos Estados.
I - Enquanto que lá a patente é conferida pelo Governador, aqui é pelo PR.
II – Aqui é diferente para os militares federais, pois o militar federal pode acumular o cargo de militar apenas com o cargo de profissional de saúde. Aqui a regra é que se a pessoa é militar e toma posse de um cargo público civil permanente deve ir para reserva (tipo aposentado), com exceção se for um cargo de saúde.
A EC 101/2019 para o militar estadual ampliou mais ainda, porque lá diz que o militar do Estado pode exercer o 37, XVI inteiro. 2 de professor, 1 de professor com o 1 de técnico ou científico e 2 de profissional de saúde.
III – se a pessoa é militar da ativa e vai ocupar um cargo temporário, ele ficará agregado e somente poderá permanecer nessa atividade até 2 anos. Passou de 2 anos ele vai para reserva.
Então resumindo: eu sou militar federal e assumi um cargo público civil permanente, regra: irei para reserva. Exceção: se for um cargo de saúde aí eu posso ficar com os dois. Mas no caso de militar estadual poderá exercer qualquer um dos cargos cumuláveis. Se for um militar da ativa e ocupo um cargo em comissão por exemplo só posso ficar até 2 anos, passou 2 anos, vou para reserva. Cuidado: no caso de mandato eleitoral, a regra é a dor art. 42 §8 (menos de 10 se afasta e mais de 10 anos é agregado e se for eleito no ato da diplomação passa para a inatividade).
IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve, não há exceção.
Essas disposições valem para o militar estadual.
V e VI ler.
VII – então se o militar for condenado a uma PPL superior a 2 anos perderá o posto ou patente.
VIII – fazer uma leitura desses incisos depois.
X – La no art. 42 diz que lei estadual específica vai cuidar do art. 142, §3, x, que é este aqui. Aqui é uma lei federal e lá é uma lei estadual. (ler) Então aqui é uma lei federal de inciativa do PR e lá é uma lei específica estadual deinciativa do governador.
Aqui eu trouxe alguns dispositivos do Art. 7, porque lembra que fala que aplica-se aos militares alguns dispositivos do art. 7. Então eu trouxe aqui e depois vocês façam a leitura completa.
Trouxe aqui uma decisão do Supremo em uma SV. Então veja que a CF diz que em regra nenhum trabalho pode ganhar menor que um salário mínimo, só que o Supremo por meio dessa SV diz que o conscrito pode receber menor que um trabalho mínimo e isso não viola a CF. é só lembrar que o conscrito não é um empregado, não é um trabalhador, ele está prestando um serviço militar obrigatório, prestando uma obrigação legal a todos imposta.
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Justiça militar da União. Cuidado que existe a Justiça militar da União e a Justiça militar dos Estados (nesse caso julga PM E CBM, estes não são julgados na justiça militar da União). Quem é julgado aqui é o pessoal da marinha, exército e aeronáutica (forças armadas) e inclusive pessoas civis quando cometerem crime militar. Quem disciplina os crimes militares não é a CF e sim a legislação.
(LER)
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
A competência da JM está prevista na lei, temos o Código penal militar, código de processo penal militar.
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Não há na CF a previsão de competência da Justiça Estadual, porque a Justiça Estadual tem natureza residual. Só é de competência dela o que não for da Justiça Federal, nem da Justiça do Trabalho, nem da Justiça Eleitoral, nem da Justiça Militar, nem dos Tribunais Superiores. A regra geral, no entanto, é a dos processos tramitarem na Justiça Estadual (Vara de Família, Vara Cível, Juizados Especiais, Tribunal do Júri, Vara Criminal, Vara de Fazenda Pública). Atenção para a LOJ – Lei de Organização Judiciária Cada estado faz a sua LOJ com a iniciativa do respectivo Tribunal de Justiça. Quem manda o projeto de lei de organização judiciária para o TJ é o próprio TJ. O TJ envia para a Assembleia Legislativa por ser uma lei. No âmbito do DF, o Congresso Nacional é que aprova a LOJ (sendo então uma lei federal).
A representação de inconstitucionalidade é a ADI Estadual. No âmbito federal (STF), o ADI é apresentado com várias ferramentas: ADI / ADO / ADC / ADPF / ADI Interventiva.
Embora a CF disponha somente da ADI Estadual, podem haver ADO, ADC e ADPF estaduais de acordo com a jurisprudência.
O TJ dos estados e o TJDF, então, podem fazer controle concentrado nas seguintes situações: – No caso dos estados: questionamento de leis estaduais e municipais frente à CF; – No caso do DF: questionamento a LODF e Lei Distrital frente à CF. Na esfera municipal, se uma lei municipal viola a Lei Orgânica Municipal, existe controle de legalidade. No ano de 2017/2018, o STF decidiu que quando a norma da CF for uma NRO (Norma de Repetição Obrigatória), caberá ADI no TJ.
A Criação do TJM é opcional, com a ressalva de se ter pelo menos 20 mil integrantes, sendo PM e Bombeiros.
Nem todo crime de militar contra civil vai a Júri. A competência do Júri é para julgar crimes dolosos contra a vida. Se um militar (PM ou Bombeiro) matar um civil e o crime for doloso, ele não vai ser julgado na Justiça Militar, mas sim no Júri popular. Se for crime culposo, o crime é militar. E se for um militar das Forças Armadas (da União)? Os artigos que tratam dessa matéria são os 122 ao 124. Não interessa se for crime doloso ou culposo.
Conselho de Justiça é órgão colegiado.
As Câmaras Regionais e a Justiça Itinerante são criadas para chegar mais perto do cidadão.
Diante de conflitos fundiários, o TJ pode criar varas fundiárias específicas.

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