Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A ABNT NBR 6457:2016 descreve dois processos de preparação das amostras para ensaios de caracterização de solos. Um processo com secagem prévia da amostra até o teor de umidade higroscópica e outro sem secagem previa (apenas para amostras com no máximo 10% de material retido na peneira de 0,42 mm) PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS Primeiramente é feita a secagem da amostra ao ar, até próximo ao teor de umidade higroscópico. Então, é necessário desmanchar os torrões, evitando a quebra dos grãos, e fazer a homogeneização da amostra; Após isso é feita a redução da quantidade de material até a obtenção de uma amostra representativa em quantidade suficiente para a realização dos ensaios de limites de liquidez e limites de plasticidade; Em seguida, tomamos uma fração da amostra e passamos na peneira 0,42 mm de modo a obter 200 gramas de material passante; PREPARO DAS AMOSTRAS COM SECAGEM PRÉVIA Determinação do limite de liquidez e do limite de plasticidade RESUMO | MECÂNICA DOS SOLOS I ENSAIOS: DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE CONSISTÊNCIA Lembre-se! O teor de umidade higroscópico é o valor de umidade do solo no qual ele se encontra em equilíbrio com a quantidade de água presente na atmosfera ao redor dele. Embalamos a amostra a ser ensaiada para o transporte até o laboratório de modo a evitar a perda de umidade; Em seguida é feito, assim como no primeiro processo, o destorroamento e a homogeneização da mistura. Então, separa-se uma quantidade de material de forma a obter uma amostra representativa e que seja suficiente para a realização dos dois ensaios; PREPARO DAS AMOSTRAS SEM SECAGEM PRÉVIASECAGEM PRÉVIA Tomamos uma fração da amostra equivalente a aproximadamente 200 gramas de material seco e fazemos a remoção de conchas, raizes, gravetos e outros elementos que possam atrapalhar a amostra. DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ Colocar a amostra do ensaio em uma cápsula de porcelana, adicionar água destilada em pequenos incrementos, amassando e revolvendo, vigorosa e continuamente com auxílio de uma espátula de forma a obter uma pasta homogênea (processo feito por 15 a 30 minutos). Transferir parte da mistura para a concha do aparelho de Casagrande, moldando-a de forma que na parte central a espessura seja da ordem de 10 mm. PASSO A PASSO Aparelho de Casagrande Dividir a massa de solo em 2 partes passando o cinzel através da mesma; Golpear a concha contra a base de ebonite, deixando-a cair em queda livre, girando a manivela à razão e 2 voltas por segundo. Anotar o número de golpes necessário para que as bordas inferiores da ranhura se unam numa extensão de 13 mm Transferir imediatamente uma pequena quantidade do material de junto das bordas que se uniram para uma cápsula para determinar a umidade; Transferir o restante da massa para a cápsula de porcelana. Lavar e enxugar o cinzel. Adicionar água destilada à amostra e homogeneizar durante pelo menos 3 minutos, amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com auxílio da espátula; Repetir as operações anteriores, obtendo o segundo ponto do ensaio Repetir todo o procedimento de modo a obter pelo menos mais 3 pontos de ensaio, cobrindo o intervalo de 35 a 15 golpes. (Totalizando 5 pontos) Obs.: Cada repetição do ensaio gera um par de valores constituído pela umidade (w) e pelo no golpes para fechamento da ranhura. Convencionou-se, que o valor inteiro mais próximo do teor de umidade correspondente a 25 golpes, necessários para fechar a ranhura, é o limite de liquidez do solo (LL). No gráfico acima temos: LL SOLO A = 73% e LL SOLO B = 93% Obs.: O resultado obtido deve ser expresso em porcentagem, aproximado para o inteiro mais próximo, deve ser indicado o processo de preparação da mostra (com ou sem secagem prévia ao ar) e na impossibilidade de se conseguir a abertura da ranhura ou o seu fechamento com mais de 25 golpes, considerar a amostra como não apresentando limite de liquidez (NL). ABNT NBR 6459:2016 Com os resultados obtidos, construÍmos o gráfico de fluência do solo no qual tem-se nas ordenadas (em escala logarítmica) o números de golpes e nas abscissas (em escala aritmética) os teores de umidade correspondentes. RESULTADO DO LIMITE DE LIQUIDEZ O ensaio inicia-se rolando, sobre a face esmerilhada da placa de vidro, uma amostra de solo com um teor de umidade inicial próximo do limite de liquidez, até que, duas condições sejam, simultaneamente, alcançadas: 1ª: massa de solo tenha diâmetro igual ao do cilindro padrão; 2ª: ocorra início de fissuras; Se as duas condição não forem alcançadas ao mesmo tempo, refaz o ensaio com mais ou menos umidade até que consiga atendê-las; O teor de umidade que satisfizer as duas condições acima será o limite de plasticidade do solo (LP), devendo-se fazer pelo menos 3 determinações e tirar a média (nenhum valor pode diferir em mais que 5% da média). PASSO A PASSO DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE PLASTICIDADE O limite de plasticidade é determinado pelo cálculo do teor de umidade para o qual o solo começa a apresentar fissuras quando se tenta moldar com ele um cilindro de 3 mm de diâmetro e com 10 cm de comprimento. Obs.: Resultado é satisfatório quando os valores de umidade obtidos, nenhum deles diferir de mais que 5% da média; deve ser expresso em porcentagem, aproximado para o inteiro mais próximo; deve ser indicado o processo de preparação da mostra (com ou sem secagem prévia ao ar); na impossibilidade de se obter cilindro de 3 mm de diâmetro, considerar a amostra como não apresentando limite de plasticidade (NP). ATENÇÃO: O ensaio para obtenção do limite de contração foi cancelado em 2014 porque seu método utilizava mercúrio, que é tóxico. Por isso ele não será apresentado aqui. REFERÊNCIAS DE ESTUDOS: Notas de aula do professor Bruno de Queiroz - UFV
Compartilhar