Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MORFOLOGIA VEGETAL Maiara de Souza Nunes Ávila maiarasna@ufam.edu.br Universidade Federal do Amazonas ICET-Itacoatiara Curso Agronomia ITA-048 ANATOMIA E MORFOLOGIA VEGETAL MORFOLOGIA VEGETAL Ramo da botânica que estuda as formas e estruturas das plantas,servindo de base para outras ciências, como a sistemática e a fisiologia vegetal. MORFOLOGIA VEGETAL Teofrasto de Ereso - “Pai da Botânica” • Primeira descrição completa de várias plantas •‘pericarpo’ Linnaeus (1751) •Philosophia botanica - lançou as bases da morfologia moderna •Divisão em partes vegetativas e reprodutivas • A transição e a conquista do ambiente terrestre • Impermeabilização dos tecidos • Aparecimento dos estômatos • Sustentação da estruturas corpóreas • Direcionamento de orgãos fotossintéticos e adsortivos Transformações na anatomia e morfologia ao longo da evolução Transformações evolutivas da morfologia DICOTOMIA AR/ TERRA • Sistema axial aéreo • Sistema absortivo/ fixador: desenvolvimento da capa mucilaginosa protetora, a coifa • Integração entre os dois sistemas: xilema e floema • Teloma Teloma- conjunto de eixos que se ramificava continuamente. • Sobrecrescimento – padrão de crescimento • Planificação – otimizar a captação de luz • Expansões achatadas – megáfilos • Coalescimento- fusão, estrutura membranóide sustentada por uma rede de ramos vascularizados Transformações evolutivas na morfologia ORGÃOS VEGETATIVOS RAIZ CAULE FOLHA • Responsável pela absorção de água e nutrientes minerais. • Fixação do vegetal ao substrato. • Condução do material absorvido. • Acúmulo de reservas nutritivas RAIZ RAIZ •COIFA •MERISTEMA APICAL DA RAIZ •ZONA DE ALARGAMENTO •ZONA PELÍFERA •ZONA DE SUBEROSA OU DE RAMIFICAÇÃO •COLO OU COLETO RAIZ CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES QUANTO À ORIGEM ❖ NORMAIS ❖ADVENTÍCIAS CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES Quanto ao hábitat: ❖ Aéreas ❖Aquáticas ❖Subterrâneas CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES QUANTO AO HABITAT: AÉREAS 1. CINTURAS OU ESTRANGULADORAS: ADVENTÍCIAS. Ex: mata-pau 2. GRAMPIFORMES OU ADERENTES: ADVENTÍCIAS EM FORMA DE GRAMPOS. Ex: hera RAÍZES AÉREAS 3. RESPIRATÓRIAS OU PNEUMATÓFOROS: Geotropismo negativo 4. SUGADORAS OU HAUSTÓRIOS: adventícias com orgãos de contato (apressórios), haustórios. HOLOPARASITA: ❖ Dependem totalmente do hospedeiro para sobreviver. ❖ Fixam-se ao floema. ❖ Ex: cipó-chumbo Hemiparasitas: ❖ Dependem parcialmente do hospedeiro para sobreviver. ❖ Fixam-se ao xilema e floema. ❖ Ex: erva-de-passarinho haustórios RAÍZES AÉREAS 5. SUPORTES OU FÚLCREAS: brotam para o solo. Fixação. 6. TABULARES OU SAPOPEMAS Atingem grande desenvolvimento, sendo parte aérea e parte subterrânea. • Se desenvolvem na água. RAÍZES AQUÁTICAS 1. AXIAL OU PIVOTANTE 2. FASCICULADA RAÍZES SUBTERRÂNEAS 3. TUBEROSAS 3.1. AXIAL TUBEROSA RAÍZES SUBTERRÂNEAS 3.2 Adventícia tuberosa 3.3 Secundária tuberosa RAÍZES SUBTERRÂNEAS ❖Modificações das raízes normais, como consequência de suas funções ou por influência de fatores externos ambientais. ❖Raízes Aéreas ❖Raízes Tuberosas ADAPTAÇÕES DAS RAÍZES FUNÇÕES: ✓ Transporte da seiva bruta e elaborada ✓ Sustentação ✓ Armazenamento de substâncias CAULE ORIGEM • MERISTEMA APICAL CAULINAR CAULE PARTE CONSTITUINTE DO EMBRIÃO QUE DESENVOLVE O SISTEMA AÉREO - Plúmula = 1ª gema apical possui as células meristemáticas. • MAC apresenta o promeristema, organizado em duas regiões: túnica e corpo. CAULE • Meristema Apical Caulinar, quando em crescimento ativo, origina os PRIMÓRDIOS FOLIARES (diferenciarão em folhas) • Meristema Apical Caulinar origina as GEMAS AXILARES são idênticas ao ápice caulinar. As gemas axilares podem desenvolver em ramos caulinares ou florais. CAULE • REGIÕES CAULE Gema apical Gemas axilares Nós Entrenós GEMAS ✓ Regiões meristemáticas protegidas por primórdios foliares ou por escamas localizadas em diversos pontos do caule. ✓ GEMAS TERMINAIS OU APICAIS ✓ GEMAS LATERAIS OU AXILARES ✓GEMAS ATIVAS E INATIVAS ✓ São estimuladas por hormônios vegetais auxina. AÉREOS 1. ERETOS • TRONCO: Caule robusto, lenhoso, bem desenvolvido na parte inferior e ramificado na parte superior CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO HABITAT CAULES AÉREOS ERETOS ESTIPE: Caule não ramificado com folhas no ápice COLMO: cilíndrico, nós e entrenós bem marcados, podendo ser oco ou cheio. CAULES AÉREOS ERETOS CAULES AÉREOS ERETOS HASTE: herbáceo ou fracamente lenhificado, clorofilado. ESCAPO: que sai do rizoma, bulbo e sutenta uma inflorescência. CAULES AÉREOS RASTEJANTES (VOLÚVEIS) Caules pouco resistentes que crescem paralelos ao chão. CAULES AÉREOS TREPADORES VOLÚVEIS TREPADORES ✓ Enroscam-se num suporte: em espiral ✓SINISTRORSOS ✓DEXTRORSOS ✓Ex: jibóia VOLÚVEIS, TREPADORES SARMENTOSOS: fixam-e a um suporte. Ex: chuchu, uva – gavinhas Ex: raízes adventícias grampiformes - hera CAULES AÉREOS TREPADORES ESTOLÃO OU ESTOLHO Caules do tipo rastejante que possuem gemas de espaço em espaço, que emitem raízes fasciculadas, rosetas foliares e podem originar novas plantas. Pode também ser subterrâneo ou aquático. Ex: aguapé, morango CAULES SUBTERRÂNEOS 1. RIZOMAS: geralmente horizontal, emitindo de espaço em espaço, brotos aéreos, floríferos, possuem nó, entrenós, gemas e escamas, pode emitir raízes Ramo caulinar 2. TUBÉRCULO: caule ovóide, com gemas , dotado de reservas nutritivas, como amido, etc. * Pode ser áereo, ex: cará CAULES SUBTERRÂNEOS CAULES SUBTERRÂNEOS 3. BULBO – o caule é um eixo cônico, chamado prato, com gemas, rodeado de catáfilos, com acúmulo de reservas e raízes adventícias. 3.1. BULBO SÓLIDO OU CHEIO – prato mais desenvolvido do que folhas, revestido por catáfilos semelhantes a uma casca. Ex: açafrão. 3.2. BULBO ESCAMOSO – folhas (escamas) mais desenvolvidas que o prato, imbricadas, rodeando- o. LIRIO 3.3. BULBO TUNICADO – folhas (túnicas ou escamas) mais desenvolvidas do que o prato, as túnicas concêntricas envolvem o prato e as tunicas internas. 3.4. BULBO COMPOSTO tulipa narciso amarilis Gladíolos ATENÇÃO!!! CAULES SUBTERRÂNEOS • CAULOBULBO OU PSEUDOBULBO – dilatação bulbosa das bases caulinares e foliares adjacentes. • Ex: orquídeas CAULES AQUÁTICOS QUANTO A RAMIFICAÇÃO MONOPOIDAL Gema terminal persistente SIMPOIDAL A gema principal tem curta duração sendo substituída por outra. Sem eixo principal e ramificações com crescimento limitado Em dicásio: duas gemas laterais crescem mais do que a gema principal e assim por diante. 1. ERVA:pouco ou nenhuma lenhificação 2. SUBARBUSTO: até 1 m de altura, base lenhosa, ramos tenros. 3. ARBUSTO: até 5m, lenhoso na base, ramificado 4. ARVORETA: até 5 m. 5. ÁRVORE: sup a 5m, tronco nítido e copa. 6. LIANA: pode atingir muitos m de comprimento QUANTO AO DESENVOLVIMENTO 1. HERBÁCEO 2. SUBLENHOSO 3. LENHOSO QUANTO A CONSISTÊNCIA QUANTO A FORMA 1. CILÍNDRICO: palmeiras 2. CÔNICO: árvores 3. ACHATADO: cipó, cactos 4. ANGULOSO: tiririca 5. ESTRIADO: cactos BARRIGUDO: baobá SULCADO: cipó-do-rego 1. CLADÓDIOS OU FILOCLÁDIOS 2. ESPINHOS 3. GAVINHAS 4. RASTEJANTES 5. TREPADORES 6. SUBTERRÂNEOS * ACÚLEOS ADAPTAÇÕES DO CAULE DIFERENÇAS RAÍZES X CAULE Diferenças embrionárias Diferenças morfológicas Diferenças fisiológicas RAIZ CAULE ORIGEM: Radícula do embrião Gêmula do Caulículo Presença de coifa Ausência da coifa Sem gemas terminais e laterais Com gemas terminais e laterais Região com pelos absorventes Sem região com pelos absorventes Sem folhas, flores e frutos Com folhas, flores e frutos Corpo sem divisão em nós e entrenós Corpo dividido em nós e entrenós Geotropismo positivo Geotropismo negativo Fototropismo negativoFototropismo negativo Absorção da seiva Condução da seiva Responsável pela fixação da planta no solo Responsável pela sustentação de todos os elementos provenientes da gêmula. DIFERENÇAS ENTRE RAIZ E CAULE Orgão responsável pela captação de luz solar e realização da fotossíntese. Local de trocas gasosas, CO2, O2, vapor de água FOLHA ❖ Importante para o metabolismo da planta; ❖Para a purificação do ar; ❖Uso alimentar e medicinal e industrial ; ❖É uma expansão lateral do caule; ❖Orgão laminar com simetria bilateral e crescimento limitado. ❖É clorofilado. ❖Forma-se a partir da inserção nodal. FOLHA ❖REGIÕES ❖LIMBO ❖PECÍOLOS ❖BAINHA ❖ESTÍPULAS * Folhas sésseis FOLHA NOMENCLATURA FOLIAR ❖ FOLHA INCOMPLETA ❖ FOLHA PECIOLADA ❖ FOLHA AMPLEXICAULE: serralha ❖ FOLHA PERFOLIADA: Specularia ❖ FOLHA ADUNADA: Barbasco ❖ FOLHA INVAGINANTE FOLHA FENESTRADA FOLHA SÉSSIL – sem pecíolo FILÓDIO: pecíolo achatado e dilatado em limbo ausente. Acacia HETEROFILIA: eucalipto NOMENCLATURA FOLIAR ❖ PECÍOLULO ❖ PSEUDOCAULE ❖ PULVINO OU PULVÍNULO – porção espessada da base foliar que provoca movimentos ❖ Classificação das Folhas ❖ Quanto à filotaxia; ❖ Quanto à integridade do limbo; ❖ Quanto à nervação; ❖ Quanto à forma; ❖ Quanto à margem do limbo; ❖ Quanto à consistência FOLHA 1. Folhas uninérveas 2. Folhas paralelinérveas 3. Folhas peninérveas 4. Folhas palminérveas QUANTO À NERVAÇÃO Língua de vaca mamona Folhas peltinérveas Folhas curvinérveas • CARNOSA OU SUCULENTA • CORIÁCEA • HERBÁCEA • MEMBRANÁCEA: escamas de rizomas de espada-de-são- jorge QUANTO À CONSISTÊNCIA • GLABRA • PILOSA • LISA • RUGOSA QUANTO À SUPERFÍCIE QUANTO À FORMA COMP. MAIOR QUE 2 X A LARG; Mais larga no meio Cilíndrica, estreitando-se para o ápice pontiagudo. Falciforme – plana e encurvada Oblonga –mais longa que larga, bordos paralelos, comprimento 3 a 4 x maior que a larg. Orbicular linear Estreita e comprida, bordos paralelos ou quase, comprimento acima de 4x a larg. QUANTO AO BORDO DO LIMBO QUANTO AO BORDO DO LIMBO MAMOEIRO BICO-DE- PAPAGAIO Fido ou fendido Secto ou cortado QUANTO AO ÁPICE DO LIMBO EUCALIPTO ESPIRRADEIRA CARDEAL CARURU VINCA BUXO BUXO CARRAPICHO QUANTO À BASE DO LIMBO BOTÃO DE OURO ESPIRRADEIRA SERRALHA BRINCO-DE- PRINCESA CARDEAL VIOLETA, CAPEBA Mikania sp. Centella asiatica tinhorão cardeal FOLHAS COMPOSTAS UNIFOLIOLADAS BIFOLIOLADA TRIFOLIOLADA Penada – folíolos saindo dos dois lados do pecíolo principal Palmaticomposta\ digitada • Disposição das folhas no caule: ❖Alternas uma folha por nó ❖Opostas – par de folhas por nó. ❖Opostas dísticas pares superpostos em dois planos; ❖Opostas cruzadas – se cruzam em ângulo reto FILOTAXIA ❖ Verticiladas: 3 ou mais folhas em cada nó. ❖ Rosuladas\ rosetadas – folhas no ápice ou base, muito juntas, parece que estão no mesmo nó. ❖ Geminadas – par de folhas por nó no mesmo ponto.juá- de-sapo ❖ Fasciculadas – 3 ou mais folhas no mesmo nó, no mesmo ponto, reunida em feixes. Pinus FILOTAXIA • Tem uma organização menor do que as folhas normais. ❖ Catáfilos – Aclorofiladas, simples e scamiformes, situadas nas partes inferiores. ❖ Escamas orgão foliáceo de forma e consistência semelhante a de animais. Caules subterrâneos ❖ Cotilédones ❖ Hipsófilos – situadas entre as folhas e flores. FOLHAS REDUZIDAS ❖ Estípula –apêndices foliares ❖ Estipelas ❖ Lígula - apêndice membranoso, entre o limbo e bainha. ❖Ócrea – estípulas membranosas e concrescentes, circunda o caule como uma bainha. FOLHAS REDUZIDAS ❖Modificações das folhas normais para desenvolverem uma função ou por uma exigência do meio físico. ❖ Folhas insetívoras: ❖ Ascídios – metamorfose total ou parcial, para que aprisione animais e secreta um suco digestivo. ❖ Utrículos –pequenas vesículas adaptadas à pequena deglutição de animais aquáticos. FOLHAS MODIFICADAS ❖Espinhos ❖Gavinhas ❖Reservantes - bulbos ❖Brácteas ❖Espata FOLHAS MODIFICADAS Slide 1: MORFOLOGIA VEGETAL Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60: DIFERENÇAS RAÍZES X CAULE Diferenças embrionárias Diferenças morfológicas Diferenças fisiológicas Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91
Compartilhar