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ESTUDO DA MARCHA HUMANA DEFINIÇÃO Forma de locomoção no qual o corpo ereto e em movimento é apoiado primeiro por uma das pernas e depois pela outra. Constitui-se de movimentos automatizados que variam de pessoa a pessoa de acordo com a altura, biotipo, estado emocional, uso de calçados, gestação, patologias além de outros fatores. Importância do estudo da marcha: identificar prováveis lesões músculo-esqueleticas, alterações nos padrões motores por uma patologia possibilitar um tratamento global automatização das aquisições motoras Permitir avançõs na ciência Métodos de estudo da marcha Cinemática estuda os deslocamentos do corpo de forma tridimensional. Cinética analisa o torque de cada articulação diante da força de reação ao solo e da gravidade Estudo qualitativo e quantitativo: Simetria da passada e a harmonia dos passos Passo: deslocamento de um pé Passada ou ciclo da marcha: dois passos, um direito e um esquerdo Dimensões: distância e tempo Comprimento do passo: distância entre o apoio do calcanhar de cada um dos pés. Comprimento da passada é o espaço entre o segundo toque do mesmo calcanhar no solo. Critérios para avaliação: paciente deve estar semi-despido pedir para andar numa velocidade normal uma vez que uma marcha lenta costuma mascarar desvios ou acentua-los Observar: desvios, incoordenação, dor, fraqueza, presença de patologias neurológicas Analisar: presença de deformidades, assimetrias, alinhamento corporal Registrar em formulário específico que sirva como base para o acompanhamento da evolução CICLO DA MARCHA Começa com o contato inicial e termina com o próximo contato inicial da mesma extremidade. É dividido em 2 ciclos: APOIO ou ACOMODAÇÃO BALANÇO ou OSCILAÇÃO O apoio constitui 60% do ciclo da marcha e corresponde ao tempo em que o pé está em contato com o chão. Fase de Apoio: contato inicial ou apoio do calcanhar (1º) Aplanamento do pé (resposta à carga ou pé plano) (2º) e apoio médio (2º) apoio terminal ou elevação do calcanhar (3º) pré-balanço ou elevação dos artelhos, impulso. Fase de Oscilação Oscilação inicial ou aceleração Oscilação intermediária Oscilação final ou desaceleração MOVIMENTOS NO PLANO FRONTAL Obliqüidade pélvica: a pelve deprime-se no lado da perna em apoio absorvendo o choque e ajustando o comprimento do membro. Abdução do quadril: No momento do apoio médio o quadril é abdução para promover a estabilização lateral MOVIMENTOS NO PLANO TRANVERSAL Rotação pélvica: no momento do toque do calcanhar Rotação femoral: rotação interna no desprendimento do pé até o desprendimento do é oposto. A rotação externa acontece na desaceleração até o toque do calcanhar. Rotação do pé: rotação externa até o desprendimento do calcanhar e no balanço inicial. Rotação interna no balanço terminal MOVIMENTOS NO PLANO SAGITAL Pelves: retroversão no contato inicial e anteversão no desprendimento do pé. Quadril: flexão no lado que avança e extensão no membro contralateral Joelho: para cada flexão/extensão do quadril o joelho fará 2 flexões/extensões. A primeira flexão na fase de apoio para absorver o choque, auxiliar a transferência de peso e ajuste do comprimento do membro e a segunda flexão inicia-se para liberar a passagem do pé no balanço inicial até o balanço médio. Tornozelo: dividida em 4 etapas: planti-flexão no toque do calcanhar até apoio médio. Neutralização do pé. Inicia-se a dorsoflexão com a anteriorização da tíbia a grande ação dos músculos da panturrilha freando este movimento. Na quarta etapa, o tornozelo ainda em dorsoflexão é mantido pêlos músculos pré-tibiais ajustando o pé na fase de balanço. Ações musculares: CONTATO INICIAL apoio do calcanhar, ante-pé elevado A posição do pé e o apoio do calcanhar promovem o primeiro pivô de rolamento do tornozelo. Movimentos: flexão de quadril, joelho neutro (extensão), tornozelo neutro. Músculos importantes: tibial anterior, extensor longo do hálux, quadríceps, excêntrica dos extensores de quadril (glúteo, isquiotibiais). RESPOSTA DE CARGA aplainamento do ante-pé O peso é totalmente transferido para o membro de apoio, aplainamento do ante-pé. Movimentos: flexão de quadril, 10 a 15 graus de flexão de joelho (ação excêntrica do quadríceps), flexão plantar. Músculos importantes: contração excêntrica do tibial anterior, extensor longo do hálux, quadríceps (contração), extensores de quadril (concêntricos). contração de quadríceps: paciente fica em leve ângulo de flexão plantar. joelho e quadril em leve flexão. quando tem resposta de carga o outro membro está na fase de balanço - glúteo forte momento que avança o corpo para frente Ocorre a ação de pivô de rolamento do tornozelo, para avançar o membro sobre o pé estacionado (anteriorização da tíbia). Toda a região plantar do pé permanece em contato com o solo, anteriorizandoa tíbia. Movimentos: quadril neutro, extensão de joelho e dorsiflexão. Músculos importantes: ação excêntrica do tríceps sural para controlar a velocidade da dorsiflexão, concêntrica dos extensores do quadril. avança o corpo para frente e retirada do calcâneo Avanço do corpo para frente do pé. Movimentos: extensão de quadril, extensão de joelho, flexão plantar (desprendimento do calcâneo). Músculos importantes: gastrocnêmios, sóleo, flexor longo do hálux, isquiotibiais. •quadril e joelhos em extensão. •tornozelo em flexão plantar. •tríceps sural age concentricamente, quem age muito é o quadríceps. BALANÇO INICIAL momento em que tira o pé do chão inicia o movimento de dorsiflexão, porém com o tornozelo neutro, se mantiver o tornozelo em flexão plantar, o paciente arrasta o pé no chão. Movimentos: quadril flete 20°, flexão de 60° de joelho, tornozelo está neutro, pois parte da flexão plantar para a dorsiflexão. Músculos importantes: flexores dorsais do tornozelo, isquiotibiais, quadríceps (concêntrico e excêntrico). BALANÇO FINAL movimento anterior a apoiar o pé no chão logo depois do balanço final temos o contato inicial. Movimentos: diminuição da flexão de quadril, extensão de joelho, tornozelo neutro. Músculos importantes: quadríceps, tibial anterior, extensor longo do hálux e excêntrica de isquiotibiais e glúteo máximo. AÇÃO MUSCULAR GERAL HALL, S.J.Biomecanica Básica.4ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2005. KAPANDJI, I. A. Fisiologia articular : esquemas comentados de mecanica humana, v.2: membro inferior: o quadril - o joelho - o tornozelo - o pe - a abobada plantar. 5.ed Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Maloine; Panamericana, 2000 KONIN, Jeff G. Cinesiologia pratica para fisioterapeutas . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Lab, 2006 HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades, Rio de Janeiro: Atheneu, 2007 REFERÊNCIAS
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