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BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Ossos do quadril Cintura pélvica A cintura pélvica consiste em três ossos: -ílio/ilíaco, -ísquio, -púbis. A cintura pélvica, apesar de alguma semelhança com a cintura escapular, não apresenta a mesma mobilidade articular. Cintura Pélvica - ílio/ilíaco, -ísquio, -púbis. Cintura Pélvica ílio/ilíaco ísquio púbis É fechada posteriormente pelo sacro e anteriormente pela sínfise púbica. Cintura Pélvica - Sacro-ilíaca - Sínfise púbica. Anfiartroses (articulações semimóveis cujas superfícies ósseas estão unidas por tecido fibrocartilaginoso e por ligamentos periféricos). Os movimentos da pelve contribuem com os movimentos do tronco e dos membros inferiores. Seus movimentos são: 1.Inclinação anterior. 2.Inclinação posterior. 3.Inclinação lateral. 4.Rotação. Cintura Pélvica MOVIMENTOS DA PELVE EM RELAÇÃO AO QUADRIL ▪ Quando as espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS) se deslocam anteriormente no plano sagital, ocorre a flexão dos quadris. A EIAS é usada como ponto de referência para os movimentos e orientação espacial do quadril. MOVIMENTOS DA PELVE EM RELAÇÃO AO QUADRIL ▪ Quando a pelve se move anteriormente, acontece o movimento de anteversão da pelve. O tronco pode acompanhar essa flexão ou não. ANTEVERSÃO MOVIMENTOS DA PELVE EM RELAÇÃO AO QUADRIL ▪Inversamente, quando as EIAS se deslocam posteriormente, acontece a extensão do quadril, que pode estar relacionado ou não com a extensão do tronco. Esse movimento denomina-se retroversão da pelve. RETROVERSÃO Como chamamos os movimentos coordenados entre o úmero e a escápula? Ritmo escapuloumeral. Como chamamos os movimentos coordenados entre o quadril, pelve e coluna lombar? Ritmo lombopélvico. Movimentos pélvicos Assim como os movimentos envolvendo a articulação do ombro estão associados aos movimentos da cintura escapular, os movimentos do quadril estão associados aos movimentos da pelve e da coluna vertebral, cujo objetivo é aumentar as amplitudes de movimento global. E a combinação coordenada de movimentos dessas articulações é denominada ritmo lombopélvico. 12 Quadril FÊMUR *Posteriormente ligamento isquiofemoral Quadril MOVIMENTOS DA PELVE MOVIMENTOS DA LOMBAR MOVIMENTOS DO QUADRIL DIREITO MOVIMENTOS DO QUADRIL ESQUERDO Anteversão Extensão Flexão Flexão Retroversão Flexão Extensão Extensão Inclinação lateral D Inclinação lateral E Abdução Adução Inclinação lateral E Inclinação lateral D Adução Abdução Rotação direita Rotação esquerda Rotação medial Rotação lateral Rotação esquerda Rotação direita Rotação lateral Rotação medial MOVIMENTOS DA PELVE EM RELAÇÃO AO QUADRIL Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Articulações quadril coxofemoral 19 É uma articulação do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo. A verdadeira articulação do quadril, onde ocorrem os principais movimentos desta região é a Coxo-Femoral, onde ocorre a união entre o acetábulo (acidente ósseo do osso pélvico) e a cabeça do Fêmur. Quadril 20 Sínfise Púbica Classificação: Sínfise – anfiartrose Movimentos permitidos: mobilidade bidimensional e rotação de uns poucos milímetros em conjunto com a deformação da pelve quando na sustentação de carga 21 Sacro-ilíaca Classificação: articulação plana (deslizamentos bilaterais: diartrose) Movimentos permitidos: deslizamento do sacro sobre a pelve em conjunto com a deformação da pelve durante a sustentação de carga 22 Coxo-femoral Classificação: Esferóide Movimentos permitidos: flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna e rotação externa do quadril 23 24 Ângulo Q (quadríceps) 25 Ângulo Q • Definição: “Trata-se do ângulo formado pela interseção de duas linhas que se cruzam no centro da patela. Uma linha direcionada da EIAS ao centro da patela e outra da tuberosidade anterior da tíbia (TAT) ao centro da patela.” (Almeida et al. 2016) Quadril 13° Quadril 18° Quais as consequências do aumento do ângulo Q? • Quanto maior o ângulo Q, maiores são as forças de lateralização da patela, que: • Aumentam a pressão retropatelar entre a faceta lateral e o côndilo femoral lateral. (Almeida et al. 2016) 10° de aumento no ângulo Q = aumento de 45% de estresse mecânico na articulação patelofemoral. Relembrando osteocinematica • Planos e eixos: • Sagital – latero-lateral • Coronal- Antero-posterior • Transverso - Longitudinal • Movimentos em cada plano: • Flexão/extensão • Abdução/adução • Rotações externa e interna 30 31 32 A) Quando a superfície que se move é convexa: o deslizamento ocorre na direção oposta desse movimento. B) Quando a superfície que se move é côncava: o deslizamento ocorre na mesma direção desse movimento. Regra do côncavo-convexo 33 Regra do côncavo-convexo Movimentos em cada plano: Flexão/extensão Abdução/adução Rotações externa e interna Deslizamentos?? 34 Regra do côncavo-convexo Movimento: Flexão – anterior Deslizamento? Posterior 35 Regra do côncavo-convexo Movimento: Extensão – posterior Deslizamento? Anterior 36 Regra do côncavo-convexo Movimento: Abdução – lateral/superior Deslizamento? Inferior 37 Regra do côncavo-convexo Movimento: Adução – lateral/superior Deslizamento? Inferior 38 Regra do côncavo-convexo Movimento: Rotação interna– anterior Deslizamento? Posterior 39 Regra do côncavo-convexo Movimento: Rotação externa– posterior Deslizamento? Anterior Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Músculos quadril FLEXÃO PLANO SAGITAL ? Iliopsoas Músculo (ou grupo muscular) definido pelo junção dos tendões de 3 outros músculos: Ilíaco e Psoas Maior e Menor. Origem: Psoas (12ª vértebra torácica e todas as lombares); Ilíaco (Ílio e Sacro). Inserção: Trocânter menor do fêmur. 46 Iliopsoas 46 Ação: flexão do quadril (Psoas e o Ilíaco). Importância clínica* - Principal flexor do quadril na marcha; - Pode exercer influência na lombar e no quadril. Reto Femoral Músculo bipenado que compõe o quadríceps. Origem: Espinha ilíaca ântero-inferior Inserção: Patela? Ação: Quadril – Flexão e abdução; Joelho – Extensão. Sartório Músculo fusiforme mais longo do corpo humano. Origem: Espinha ilíaca ântero-superior. Inserção: Tuberosidade da Tíbia. Ação: Quadril - Flexão, abdução e rotação externa; Joelho - *Pode atuar como flexor ou extensor dependendo do sujeito. Mesa Flexora Quadril Extensores de quadril PLANO SAGITAL EXTENSÃO Raciocínio rápido 52 Justifique a diferença de amplitude de movimento entre as duas imagens. Glúteo Máximo Origem: Ílio, sacro e cóccix. Inserção: Linha áspera e o trato íliotibial da fáscia lata. Ação: Extensão, rotação externa e abdução. * Na marcha está ativado no toque do calcanhar (contato inicial). Bíceps Femoral Músculo fusiforme, assemelha- se ao bíceps braquial. Origem: Porção longa - tuberosidade do ísquio; Porção curta – linha áspera do fêmur. Inserção: Côndilo lateral da tíbia e cabeça da fíbula. Ação: Quadril - Extensão e rotação externa; Joelho – Flexão e rotação externa. Bíceps Femoral Semitendinoso Seu nome deriva da existência de um longo tendão. Origem: Tuberosidade do ísquio, por meio de um tendão comum ao bíceps femoral. Inserção: Parte superior da superfície medial da tíbia. Ação: Quadril – Extensão e rotação interna; Joelho – Flexão e rotação interna. Semimembranoso Também é denominado semimembranoso. Origem: Tuberosidade do ísquio. Inserção: Face posterior do côndilo medial da tíbia. Ação: Quadril – Extensão e rotação interna; Joelho – Flexão e rotação interna. Curiosidades clínicas • Os posteriores de coxa (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) são os principais responsáveis pela insuficiência passivadurante o movimento de flexão do quadril com o joelho em extensão. • Músculos que apresentam frequentemente encurtamento adaptativo. 59 Extensão Quadril Mesa Glútea Extensão do Quadril com Joelho Estendido ABDUÇÃO PLANO FRONTAL Glúteo Médio Proporciona o contorno do quadril. Origem: Ílio. Inserção: Trocânter maior. Ação: Anterior – Flexão e rotação interna; Posterior – Extensão e rotação externa; Ambas - Abdução. Glúteo Médio • Importância clínica: - Principal estabilizador do quadril; - “deltoide do quadril”. - Insuficiência desse músculo pode causar: - “sinal de trendelenburg” +; - Aumento do valgo dinâmico no joelho. 66 Teste de trendelenburg 67 Valgo dinâmico 68 Normal Aumentado Tensor da Fáscia Lata Origem: Crísta ilíaca. Inserção: Trato íliotibial da fáscia lata da coxa – côndilo lateral da tíbia. Ação: Rotação interna, flexão e abdução. Glúteo Mínimo Localizado abaixo do glúteo máximo. Origem: Ílio. Inserção: Trocânter maior. Ação: Anterior – Rotação interna e flexão; Posterior – Extensão e rotação externa; Ambas - Abdução. Cadeira Abdutora Abdução no Solo ADUÇÃO PLANO FRONTAL Cadeira Adutora ROTAÇÃO MEDIAL E ROTAÇÃO LATERAL ▪ Ocorrem no plano transverso e ao redor do eixo longitudinal. ▪A rotação lateral e medial acontecem quando o trocanter maior do fêmur é dirigido posterior e anteriormente, respectivamente. ▪A amplitude de rotação lateral do quadril é de 60° e a de rotação medial é de 30°. Quadril Ou Rotação externa Rotadores laterais Rotadores Externos Obturador externo Origem: Porções posteriores da pelve. Inserção: Trocânter maior do fêmur. Ação: Rotação externa; Quadril em 90º - Extensão horizontal. Sartório Músculo fusiforme mais longo do corpo humano. Origem: Espinha ilíaca ântero-superior. Inserção: Tuberosidade da Tíbia. Ação: Quadril - Flexão, abdução e rotação lateral; Joelho - *Pode atuar como flexor ou extensor dependendo do sujeito. Pectíneo Origem: Púbis. Inserção: Trocânter menor. Ação: Flexão, adução e rotação lateral. Glúteo Máximo Origem: Ílio, sacro e cóccix. Inserção: Linha áspera e o trato íliotibial da fáscia lata. Ação: Extensão, rotação externa e abdução. * Na marcha permanece praticamente silencioso. Ou Rotação interna Rotadores mediais Glúteo Médio Proporciona o contorno do quadril. Origem: Ílio. Inserção: Trocânter maior. Ação: Anterior – Flexão e rotação interna; Posterior – Extensão e rotação externa; Ambas - Abdução. Tensor da Fáscia Lata Origem: Crísta ilíaca. Inserção: Trato íliotibial da fáscia lata da coxa – côndilo lateral da tíbia. Ação: Rotação interna, flexão e abdução. Glúteo Mínimo Localizado abaixo do glúteo máximo. Origem: Ílio. Inserção: Trocânter maior. Ação: Anterior – Rotação interna e flexão; Posterior – Extensão e rotação externa; Ambas - Abdução. Grácil Origem: Sínfise púbica. Inserção: Superfície medial do da tíbia, abaixo do côndilo. Ação: Quadril – Adução, rotação interna e flexão; Joelho – Flexão e rotação interna. QUADRIL: TRÊS PLANOS DE MOVIMENTO PLANO SAGITAL PLANO FRONTAL PLANO TRANSVERSO EXTENSÃO ABDUÇÃO ROTAÇÃO MEDIAL FLEXÃO ADUÇÃO ROTAÇÃO LATERAL 20°/ 120° 40°/25° 35°/45° Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Fases da Marcha Resposta à carga Fases da Marcha • Fase de Apoio: tem início com o contato do calcanhar no solo. – Representa aproximadamente 60% da marcha; – O percentual da fase de apoio aumenta quando a marcha é mais lenta. – Essa fase é subdividida em: • Resposta à carga/apoio inicial; • Apoio médio; • Apoio terminal; Fases da Marcha • Fase de Apoio: As principais funções dessa subfase são: – Apoio; – Equilíbrio: manutenção da postura ereta sobre a base de apoio; – Propulsão: geração de energia mecânica permitindo o movimento adequado de propulsão do corpo. – Absorção de energia mecânica: tanto para absorção do impacto quanto para diminuir a velocidade de propulsão do corpo à frente. Fases da Marcha • Fase de Apoio: Cinemática – Essa fase começa com o apoio do calcanhar; – Depois, o pé assume uma posição plana na resposta à carga pela contração excêntrica dos tibiais anteriores, a tíbia gira em torno do pé fixo e o joelho se flexiona levemente; – Em seguida, há a extensão do quadril e do joelho e dorsiflexão do tornozelo, a medida que o corpo se move para frente sobre o pé fixo no solo; – O movimento para frente do tronco sobre o quadril causa rot interna do quadril até completo suporte do peso corporal, quando há rot externa do quadril. Fases da Marcha • Fase de Apoio: Cinemática – A adução excessiva dos quadris é evitada pelos Glúteos médios; – Perto do momento de fazer pré balanço, o joelho começa a flexionar e o calcanhar é retirado do chão. Esse é o momento de maior extensão do quadril; – A extensão de quadril parece ser uma etapa importante no processo de propulsão; – Os flexores de quadril encontram-se alongados, facilitando a oscliação para frente da perna; – Na fase de apoio, a pelve faz o movimento de depressão. Fases da Marcha • Fase de balanço: se inicia com a elevação e retirada dos dedos do pé do solo. – Representa aproximadamente 40% da marcha. – Balaço inicial; – Balanço médio e – Balanço terminal. • OBS: Cada perna está ora na fase de apoio, ora na de balanço alternadamente. Fases da Marcha • Fase de balanço: As principais funções dessa subfase são: – Retirar o pé do chão; – Levá-lo à frente; – Preparar o pé para o seu pouso sobre o solo. – O pé se move numa curva suave e controlada desde a retirada dos dedos até o apoio do calcanhar. Fases da Marcha • Fase de balanço: cinemática – Ocorre retirada dos dedos do pé do solo, com flexão plantar, flexão do joelho e quadril estendido; – Quadril e joelho se flexionam; – Depois o quadril permanece flexionado, o joelho é estendido e o tornozelo faz dorsi flexão; – No final do balanço, os flexores de joelho também estão ativos para desacelerar o movimento da perna; Fases da Marcha • Fase de balanço: cinemática • Nessa fase, a pelve faz o movimento de elevação; • A velocidade da marcha depende da eficiência do balanço, pois o tamanho da passada depende do quão longe o pé pode ser movido à frente durante essa fase. Fases da Marcha • Duplo apoio: momento em que ambos os pés estão em contato com o solo. Ocorre dentro da fase de apoio de uma perna e do pré balanço de outra. – Essa fase é critica para transferência de peso de um membro para o outro e no controle do equilíbrio e da postura do tronco superior. – Com o aumento da velocidade da marcha, a fase de duplo apoio diminui chegando a se extinguir quando o indivíduo corre (chamada de vôo livre). Rotação do tronco na marcha Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Ossos do joelho Fêmur Patela Tíbia e fíbula 105 O joelho é a maior e uma das mais complexas articulações do corpo humano. JOELHO Ossos: - Fêmur; Tíbia; Fíbula; Patela. Articulações: - Tibiofemoral; - Patelofemoral. OSSOS DO JOELHO A Patela Qual a importância da patela para articulação do joelho? FUNÇÕES DA PATELA • Proteger a região anterior do joelho de traumas; • Reduzir a fricção entre o tendão quadricipital e o fêmur; • Aumenta cerca de 50% a vantagem mecânica do mecanismo extensor do joelho. OS PRINCIPAIS LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO OS LIGAMENTOS DO JOELHO O joelho é a articulação do membro inferior mais sujeita a lesões, tanto por traumas diretos quanto por forças indiretas, as chamadas torções. Os ligamentos são as estruturas principais responsáveis pela sua estabilidade. Principais ligamentos do joelho: - Colateral lateral; - Colateral medial; - Cruzado anterior; - Cruzado posterior. LIGAMENTOS DO JOELHO - É o ligamento mais lesionado do joelho; - Responsável por evitar a translação anterior excessiva da tíbia em relação ao fêmur e a rotaçãomedial da tíbia; - Principal estabilizador do joelho; - Lesão comum em atletas de futebol, basquete, dentre outros esportes dinâmicos de contato direto. LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA) MECANISMO CLÁSSICO DE LESÃO - LCA • CCF; • Trauma em valgo; • Rotação do fêmur sobre a tíbia. • Hiperextensão de joelho. MECANISMO CLÁSSICO DE LESÃO - LCA - São mais robustos, porém mais curtos e menos oblíquos em sua direção quando comparados ao LCA. - Inserem-se na fossa intercondilar posterior da tíbia e na extremidade posterior do menisco lateral e dirigem-se para frente e medialmente, para se fixar na parte anterior da face medial do côndilo medial do fêmur. - O LCP é estirado durante a flexão da articulação joelho. Impede o movimento de deslizamento posterior da tíbia ou o deslocamento anterior do fêmur (“gaveta posterior”). - Mecanismo de lesão: queda com o joelho em flexão máxima. LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR (LCP) MECANISMO DE LESÃO DO LCP LESÃO DE LCP – SINAL DA QUEDA POSTERIOR Geralmente em lesões grau III GRAUS DE LESÃO LIGAMENTAR LIGAMENTOS COLATERAIS • Ligamento Colateral medial - Insere-se no côndilo medial do fêmur e no côndilo medial da tíbia. É intimamente aderente ao menisco medial. Impede o movimento de afastamento dos côndilos mediais do fêmur e tíbia (bocejo medial). • Ligamento Colateral lateral - É inserido no côndilo lateral do fêmur e na cabeça da fíbula. Não se insere no menisco lateral. Impede o movimento de afastamento dos côndilos laterais do fêmur e tíbia (bocejo lateral). MECANISMO DE LESÃO – LIGAMENTO COLATERAL LATERAL ▪ LCA e LCP: Controlam o deslocamento anterior e posterior do joelho; ▪ CM e CL impedem o movimento Lateral e medial do Joelho; ▪ Meniscos amortecem os impactos e auxiliam na estabilidade. LIGAMENTO E TENDÃO PATELAR • O ligamento patelar, também chamado de tendão patelar, é a continuação do tendão do quadríceps femoral abaixo da patela . Um lado é inserido no ligamento patelar e o outro na tuberosidade da tíbia. • O tendão patelar juntamente com o tendão quadríceps estão envolvidos no movimento de extensão da perna quando o músculo quadríceps se contrai. MENISCOS • Os meniscos são cartilagens com o formato aproximado da letra “c” que se situam no meio do joelho, atuando como amortecedores de impacto. • Cada joelho tem dois meniscos, um do lado medial e outro do lado lateral • Sem os meniscos, o impactos suportado pelo joelho atingiria diretamente a cartilagem que reveste os ossos, levando a um desgaste precoce (artrose), podendo gerar dor e limitação dos movimentos. • Os meniscos são vulneráveis aos movimentos rotacionais, como as torções decorrentes da prática de esportes como o futebol, basquete e voleibol. MENISCOS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE OS MENISCOS • O menisco medial é mais lesionado que o lateral: - Menos mobilidade; - Fixação no LCA, LCM e no semimembranoso. • Ambos os meniscos possuem pouca vascularização na periferia – parte externa; • Avascularizado na parte interna. CURIOSIDADE CLÍNICA A lesão simultânea do LCA, LCM e MM é conhecida como : “tríade maligna”. Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Articulações joelho ARTICULAÇÕES DO JOELHO • Tibiofemoral: Dobradiça estabilizada pelos ligamentos cruzados e colaterais. - Participa dos movimentos de FLEXÃO e EXTENSÃO do joelho. • Patelofemoral: a patela é um osso sesamóide “dentro” do tendão patelar. Sendo assim: - Quando o joelho se flexiona, a patela desce e medializa (deslizamento inferior e medial). - Quando o joelho se estende, a patela sobe e lateraliza (deslizamento superior e lateral). ALINHAMENTO DO JOELHO • Joelho valgo ou genovalgo: joelhos projetados para dentro da linha média, geralmente com coxas paralelas e maléolos afastados; • Joelho varo ou genovaro: joelhos projetados para fora da linha média, geralmente com coxas afastadas e maléolos próximos; • Joelho recurvato ou geno recurvato: joelhos em hiperextensão, projetados posteriormente a linha média; • Joelho flexo ou geno flexo: Joelhos em semiflexão, projetados anteriormente a linha média. ALINHAMENTO DO JOELHO Qual é “melhor”??? ALINHAMENTO DO JOELHO Vista Anterior Joelho valgo Joelho varo ALINHAMENTO DO JOELHO Valgo: aumento do estresse compressivo no compartimento lateral. Varo: aumento do estresse compressivo no compartimento medial. ALINHAMENTO DO JOELHO Valgo ou Varo???? ARTROCINEMÁTICA DO JOELHO A) Quando a superfície que se move é convexa: o deslizamento ocorre na direção oposta desse movimento. B) Quando a superfície que se move é côncava: o deslizamento ocorre na mesma direção desse movimento. REGRA DO CÔNCAVO-CONVEXO Articulação do joelho: Artrocinemática Articulação gínglimo (em dobradiça) entre o fêmur e a tíbia e plana entre o fêmur e a patela). Parte convexa: côndilos do fêmur (medial é o mais longo e contribui para o mecanismo de travamento do joelho). Parte côncava: platôs tibiais (local onde ficam os meniscos). Pela regra: Quando a tíbia se move em flexão (cadeia aberta), o platô tibial (côncavo) desliza posteriormente e gira medialmente. Quando a tíbia se move em extensão (cadeia aberta), o platô tibial (côncavo) desliza anteriormente e gira lateralmente. 145 Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Músculos de joelho 149 Esses músculos compõem o QUADRÍCEPS Reto Femoral 150 Músculo bipenado que compõe o quadríceps. Origem: Espinha ilíaca ântero-inferior e uma região acima do acetábulo. Inserção: Patela. Ação: Quadril – Flexão e abdução; Joelho – Extensão. Vasto Lateral 151 Origem: Base do trocânter maior. Inserção: Patela. Ação: Extensão do joelho. 152 Vasto Medial Origem: Linha áspera. Inserção: Patela. Ação: Extensão. 153 Vasto Intermédio Origem: Face anterior e lateral do fêmur. Inserção: Patela. Ação: Extensão. Flexores do Joelho Bíceps, e os semi são chamados de ISQUIOTIBIAIS Bíceps Femoral 156 Músculo fusiforme, assemelha-se ao bíceps braquial. Origem: Porção longa - tuberosidade do ísquio; Porção curta – linha áspera do fêmur. Inserção: Côndilo lateral da tíbia e cabeça da fíbula. Ação: Quadril - Extensão e rotação externa; Joelho – Flexão e rotação externa Semitendíneo 157 Seu nome deriva da existência de um longo tendão. Origem: Tuberosidade do ísquio, por meio de um tendão comum ao bíceps femoral. Inserção: Parte superior da superfície medial da tíbia. Ação: Quadril – Extensão e rotação interna; Joelho – Flexão e rotação interna. Semimembranáceo 158 Também é denominado semimembranoso. Origem: Tuberosidade do ísquio. Inserção: Face posterior do côndilo medial da tíbia. Ação: Quadril – Extensão e rotação interna; Joelho – Flexão e rotação interna. Poplíteo 159 Origem: Face lateral do côndilo lateral do fêmur. Inserção: Face medial posterior da tíbia. Ação: Flexão. Gastrocnêmio 160 Origem: Côndilo medial e lateral do fêmur. Inserção: Calcâneo. Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo. MÚSCULOS DO JOELHO Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Músculos na marcha Fases da Marcha Resposta à carga Atividade Muscular - Os músculos parecem agir por períodos relativamente curtos de tempo na marcha. - Assim, durante longos intervalos do ciclo, o membro é movido para frente por inércia. - Na marcha, os músculos agem para iniciar o movimento e depois para freá-lo. - Assim, pode-se dizer que a marcha é uma atividade mais reativa do que ativa. Atividade Muscular TIBIAL ANTERIOR: Excentricamente controla a descida do pé na resposta à carga; Roda a perna à frente sobre o tornozelo; No início do apoio médio, é responsável pela progressão à frente do corpo/perna sobre o pé (com auxílio da atividade excêntrica da panturrilha que evitam o falseio da perna para frente). PANTURRILHA: Principal geração de potênciana marcha. Ocorre contração concêntrica antes dos dedos saírem do solo para o balanço. Empurra o corpo para frente e para cima. Atividade Muscular QUADRÍCEPS: No início da fase de apoio fica ativo para evitar que a perna “falseie” em flexão; Também auxilia a mover a coxa à frente sobre a perna ajudando na progressão à frente do corpo sobre o pé; No meio da fase de apoio, apesar de o joeçho estar estendido, não necessáriamente isso se deve à ação do quadríceps. Atividade Muscular ISQUIOTIBIAIS Flexão do joelho concêntrica durante o balanço e freada (contração excêntrica) do movimento no final do balanço, precedendo o apoio. GLÚTEO MÉDIO e MÁXIMO: Fases de apoio; FLEXORES DE QUADRIL: Final da fase de apoio e início da fase de balanço – trazem o corpo para frente; Atividade Muscular Ação Muscular Geral Conceitos Cinemáticos • Velocidade da marcha – Velocidade média do deslocamento à frente. – É medida em m/s ou cm/s • Cadência - É o número de passos dados em uma unidade de tempo (passos por minuto). - Normalmente varia de 101 a 122 passos/min em homens com variação de 6 a 11 passos para mulheres. Conceitos Cinemáticos • Velocidade da marcha – Velocidade média do deslocamento à frente. – É medida em m/s ou cm/s • Cadência - É o número de passos dados em uma unidade de tempo (passos por minuto). - Normalmente varia de 101 a 122 passos/min em homens com variação de 6 a 11 passos para mulheres. • Passo x Passada - Comprimento do passo: é medido desde o contato do calcanhar de uma perna até o contato do calcanhar da outra perna. - Comprimento da passada: é medido a partir do contato do calcanhar de uma perna até o proximo contao do colcanhar desa mesma perna. • Centro de gravidade - O centro de gravidade é deslocado duas vezes na direção vertical, do contato do calcanhar de um pé para o contato do calcanhar subsequente do mesmo pé. - O CG também é deslocado lateralmente no plano horizontal em uma curva senoidal suave, cujo ápice move-se para a direita e para esquerda em relação à perna de apoio. - O CG nunca ultrapassa o pé durante a progressão à frente, indicando que, exceto durante o duplo apoio, A MARCHA É UM MOVIMENTO INSTÁVEL POR DEFINIÇÃO. Marchas patológicas • Ceifante • Festinada • Parieto-espástica • Atáxica • Tabética • Escarvante • Geriátrica • Em estrela Marchas patológicas • Ceifante • Festinada • Parieto-espástica • Atáxica • Tabética • Escarvante • Geriátrica • Em estrela Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Ossos do tornozelo Tornozelo e pé Mediopé: ossos do tarso Falanges Metatarsos Calcâneo Retropé – Mediopé – Antepé Tornozelo e pé Tornozelo Tornozelo: ligamentos Tornozelo: ligamentos Pé ➢Funções: ✓Receber o peso do corpo; ✓Promover equilíbrio; ✓Promover movimento; ✓Ajuste a qualquer superfície. Pé – Arcos Plantares ➢São arcos formados pelos pontos de apoio do pé; ➢São importantes para a distribuição de peso de forma adequada na planta do pé. ✓Arco Longitudinal Medial ✓Arco Longitudinal Lateral ✓Arco Transverso Pé – Arcos Plantares Arco Longitudinal Medial Pé – Arcos Plantares Arco Longitudinal Lateral Pé – Arcos Plantares Arco Transverso NORMAL / NEUTRO PLANO CAVO Pé ➢28 Ossos ➢34 articulações ➢ 107 ligamentos ➢Retropé ➢Mediopé ➢Antepé Metatarsos Pé Pé Articulações do Pé ART. TARSOMETATÁRSICA ART. SUBTALAR (TALOCALCÂNEA) ART. MEDIOTÁRSICA (TRANSVERSA DO PÉ) ART. METATARSOFALANGEANA ART. INTERFALANGEANA Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Articulações tornozelo e pé Articulação tibiofibular distal ▪ Articulação do tipo fibroso ou sindesmose. ▪ Dividida em proximal e distal. ▪ Ambas possuem um ligamento tibiofibular anterior e tibiofibular posterior. Proximal Distal Articulação Tibiofibular inferior ✓Permite um “pequeno”movimento de deslizamento que é essencial para Dorsiflexão e Flexão Plantar. Articulação tíbio-társica ou Talocrural (tornozelo) • É formada pela extremidade inferior da tíbia e seu maléolo medial, o maléolo lateral da fíbula e o corpo do tálus. • Tipo: gínglimo ou dobradiça, sendo uniaxial e permitindo apenas movimentos no plano sagital: ▪ Há muita confusão a respeito da terminologia dos movimentos da articulação do tornozelo. ▪ Ocorre aparente discrepância porque diminuir um ângulo frequentemente associa-se com flexão, enquanto que aumentá-lo é associado com extensão. ▪ Trazer o pé para cima para “dobrar o tornozelo” parece ter a conotação de flexão, enquanto que apontar o pé para baixo para “retificar o tornozelo” conota extensão. ▪ Porém, a terminologia hoje usada é a Dorsiflexão para os movimentos de extensão do tornozelo e Flexão Plantar para os movimentos de flexão Articulação do Tornozelo ➢Articulação Talocrural ou tíbiotarsica ✓movimentos: Dorsiflexão (0-20º) e Flexão Plantar (0-45º), através do eixo látero-lateral no plano sagital. Para medir os graus de amplitude de movimento do tornozelo, principalmente para dorsiflexão, o joelho deve estar flexionado. Com o joelho fletido, o tornozelo pode ser dorsifletido cerca de 20º, já com o joelho estendido , essa amplitude diminui para 15º, isso devido a maior ou menor tensão do músculo gastrocnêmio (insuficiência passiva). Tipos de Pisadas Vista Perfil Vista Posterior Análise estática Vs Análise dinâmica Aticulações do tornozelo Articulações do Pé ART. TARSOMETATÁRSICA ART. SUBTALAR (TALOCALCÂNEA) ART. MEDIOTÁRSICA (TRANSVERSA DO PÉ) ART. METATARSOFALANGEANA ART. INTERFALANGEANA Articulação do Retropé Articulação subtalar (talocalcânea) Pé: Articulações subtalar (talocalcânea) •Articulação sinovial plana localizada entre a face interior do tálus e a face superior do calcâneo. Pé: Articulações subtalar (talocalcânea) •O tálus também se articula com o navicular, e a articulação talonavicular é envolvida nos movimentos atribuídos à articulação subtalar (talocalcaneonavicular). •Permite essencialmente dois movimentos: inversão do pé (a planta do pé é virada medial mente) e eversão do pé (a planta do pé é virada lateralmente). Articulação Subtalar - Retropé ➢Eversão: mov. no plano frontal que a borda lateral do pé move- se em direção a perna. 5º normal ➢Inversão: mov. No plano frontal que a borda medial do pé move- se em direção a perna. 5º normal ➢Abdução artelhos apontando para fora, 10º normal ➢Adução artelhos apontando para dentro, 20º normal ➢Pronação: associação dos mov. de eversão do calcâneo, abdução e dorsiflexão. ➢Supinação: associação dos mov. de inversão, adução e flexão plantar ➢ Pronação: associação dos mov. de eversão do calcâneo, abdução e dorsiflexão. ➢ Supinação: associação dos mov. de inversão do calcâneo, adução e flexão plantar ATRODESE SUBTALAR Quais movimentos ficam restritos? Fusão da articulação subtalar Articulação do Mediopé Articulações - Mediopé ➢Estruturas ósseas: ✓Navicular, Cubóide, 1º,2º,3º Cuneiformes ➢Articulação Mediotársica (Chopart) ➢Trabalha em conjunto com a subtalar pela proximidade (movimento da subtalar resulta na alteração da posição mediotarsal, pela art. Talonavicular e pelo compartimento da cápsula articular). Articulações - Mediopé ✓Talocalcaneonavicular: sinovial, 3 graus de movimento, realiza deslizamento e rotação. ✓Cuneonavicular: sinovial, plana, movimento de leve deslizamento e rotação. ✓Cuboideonavicular: fibrosa, com movimento de leve deslizamento e rotação. ✓Intercuneiforme: sinovial, plana, com movimento de leve deslizamento e rotação. ✓Cuneocubóide: sinovial, plana, com movimento de rápido deslizamento e rotação. ✓Calcaneocubóide: sela, o deslizamento e a rotação ocorrem em conjunto. ✓Tarsometatársica: não - axial, permite somente o movimento de deslizamento. Resumo dos movimentos do pé Eixo Transversal XX’ - Movimentos de flexão e extensão. Eixo Longitudinal da Perna Y –Movimentos de ADD e ABD. Eixo Longitudinal do Pé Z – Movimentos de supinação e pronação. Articulação do Antepé Articulações MTF ➢Formadas pelos ossos metatársicos e falanges; ➢Função: manter o arco metatársico transverso, longitudinal e flexibilidade do primeiro metatarso; ➢Orientação perpendicular ao eixo vertical do calcanhar; ➢Lado medial mais alto = supinação; ➢Lado medial abaixo do plano neutro = pronação; ✓Movimentos de flexão, extensão, adução e abdução; ✓Função primária: apoio sobre os dedos Articulações Interfalangeanas ➢Classificação ✓Sinovial ✓Dobradiça – Gínglimo ✓Movimentos (Flexão-Extensão) ✓Graus 0-20 Articulações Interfalangeanas ➢Articulações interfalangeanas ▪ Do 2º ao 5º dedos ✓Interfalangeana proximal, média e distal ▪ Hálux ✓Interfalangeana proximal e distal Articulações Interfalangeanas ➢Movimentos das interfalangeanas: ✓Flexão das IFP ▪ Flexor longo e curto dos dedos ✓Flexão das IFD ▪ Flexor longo dos dedos ✓Flexão do Hálux ▪ Flexor longo e curto do hálux Articulações Interfalangeanas ➢Movimentos das interfalangeanas: ✓Extensão das IFP ▪ Lumbricais e Extensor longo e curto dos dedos ✓Extensão das IFD ▪ Lumbricais e Extensor longo dos dedos ✓Extensão do Hálux ▪ Extensor longo e curto do hálux Hálux Valgo ou “Joanete” articulação metatarsofa- lângeana do hálux • Hereditariedade: 60% - 70% das pessoas com joanetes têm história familiar da doença; • Doenças reumáticas: artrite reumatoide, gota, lúpus; • Anatomia óssea anormal dos pés, fragilidade de ligamentos e tendões, pé chato, dedão do pé maior do que o segundo dedo; • Sapatos de salto alto, bico fino ou muito apertados. Desalinhamento entre os ossos e articulações dos dedos dos pés. Causas: Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Músculos tornozelo e pé O tornozelo exerce uma função primordial na locomoção do ser humano. Além de sustentar o peso corporal do indivíduo, deve adaptar-se para absorver forças e acomodar-se frente a superfícies irregulares. Com essa quantidade de tensão, é importante que haja um grande sistema de apoio muscular, ajudando os ligamentos a estabilizar a articulação. Vários músculos apoiam o tornozelo e o sistema esquelético do pé inteiro. Eles são responsáveis pela atividade normal do tornozelo e por sua estabilização ativa. Dois tipos musculares atuam sobre o pé e o tornozelo: os músculos extrínsecos e os músculos intrínsecos. Músculos Extrínsecos são aqueles que se fixam em outros ossos que aqueles do pé: tíbia, fíbula e fêmur (para o gastrôcnemio). Todos terminam nos ossos do pé. São todos poliarticulares, atuando sobre o tornozelo e o pé. Seus tendões se arqueiam quando passam anterior ou posteriormente ao tornozelo. Subdividem-se em 3 grandes grupos: os anteriores, os laterais e os posteriores. Músculos intrínsecos são os mais curtos, só se fixam nos ossos do pé, sobretudo do lado plantar. Formam, em parte, a massa muscular da planta do pé. TORNOZELO Três músculos longos encontram-se situados na região da anterior da perna. São eles: Tibial Anterior, extensor longo da hálux, extensor longo dos dedos e fibular terceiro. Mm Extrínsecos do pé/região anterior Origem: Côndilo lateral da tíbia e ½ proximal da face lateral da tíbia e membrana interóssea Inserção: Cuneiforme medial e base do 1º metatarsal Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1) Ação: Flexão dorsal e inversão do pé Obs: músculo extremamente importante para a marcha. TIBIAL ANTERIOR Lesão do Nervo Fibular Nervo Fibular Pé normal “Pé caído” (incapacidade de realizar dorsiflexão) Origem: 2/4 intermediários da fíbula e membrana interóssea. Inserção: Falange distal do hálux . Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1). Ação: Extensão do hálux, flexão dorsal e inversão do pé. EXTENSOR LONGO DO HÁLUX: Origem: Côndilo lateral da tíbia, ¾ proximais da fíbula e membrana interóssea Inserção: Falange média e distal do 2º ao 5º dedos Inervação: Nervo Fibular Profundo (L4 - S1) Ação: Extensão da MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos EXTENSOR LONGO DOS DEDOS Na região lateral da perna encontram-se dois músculos que se fixam na face lateral da fíbula. São eles: Fibular Longo e Fibular Curto. Músculos frequentemente acometidos por tendinopatias. Músculos Extrínsecos do pé / região lateral Origem: Cabeça, 2/3 proximais da superfície lateral da fíbula e côndilo lateral da tíbia Inserção: 1º metatarsal e cuneiforme medial Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4 - S1) Ação: Flexão plantar e eversão do pé FIBULAR LONGO Origem: 2/3 distais da face lateral da fíbula Inserção: Base do 5º metatarsal Inervação: Nervo Fibular Superficial (L4 - S1) Ação: Flexão plantar e eversão do pé FIBULAR CURTO O grupo posterior dos músculos da perna é o mais importante. Consta de duas camadas. A camada mais profunda constitui-se três músculos situados um ao lado do outro nas faces posteriores da tíbia e da fíbula. São eles: Flexor longo dos dedos, Tibial Posterior e Flexor longo do Hálux. Músculos Extrínsecos do pé / região posterior Origem: Face posterior da tíbia Inserção: Falanges distais do 2º ao 5º dedo Inervação: Nervo Tibial (L5 - S1) Ação: Flexão plantar e inversão do tornozelo, flexão da MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos FLEXOR LONGO DOS DEDOS: Origem: Face posterior da tíbia e 2/3 proximais da fíbula e membrana interóssea Inserção: 3 cuneiformes (medial , médio e lateral), cubóide, navicular e base do 2º ao 4º metatarsais Inervação: Nervo Tibial (L5 e S1) Ação: Flexão plantar e inversão do pé. Insuficiência do tibial posterior: pé plano unilateral + retropé pronado. TIBIAL POSTERIOR Insuficiência do tibial posterior Origem: 2/3 distais da face posterior da fíbula e membrana interóssea Inserção: Falange distal do hálux Inervação: Nervo Tibial (L5 - S2) Ação: Flexão do hálux, flexão plantar e inversão do tornozelo FLEXOR LONGO DO HÁLUX: Origem: Côndilo lateral do fêmur Inserção: Calcâneo Inervação: Nervo Tibial (L4 - S1) Ação: Auxilia o tríceps sural PLANTAR Origem: 1/3 intermédio da face medial da tíbia e cabeça da fíbula Inserção: Calcâneo (tendão dos gastrocnêmios) Inervação: Nervo Tibial ( L5 - S1) Ação: Flexão plantar do tornozelo SÓLEO Origem: Côndilo medial e lateral do fêmur Inserção: Calcâneo Inervação: Nervo Tibial (S1 - S2) Ação: Flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo GASTROCNÊMIO Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro BIOMECÂNICA Rodrigo Ribeiro Análises de marcha • A biomecânica é uma ciência multidisciplinar que estuda os movimentos humanos a partir dos estudos em anatomia, fisiologia e mecânica, sendo responsável pela investigação e análise física dos sistemas biológicos, compreendendo assim os efeitos das forças mecânicas exercidas sobre o corpo humano, sendo em movimentos de trabalho, esporte ou mesmo diários. Sendo esta uma ciência dentre as ciências, tem como principais objetivos descrever, analisar e avaliar o movimento humano. • Quando se fala em biomecânica, é de grande importância ter alguns conceitos muito claros para que o entendimento e os objetivos sejam sempre mais aprofundados. Dentre os conceitos principais, podemos citar: • Massa: quantidade de matéria que compõe o corpo ou objeto, mensurado em Kg; • Inércia: tendência de um corpo em manter-se no estado atual, com a velocidade constante, podendo este apresentar movimento ou apenas manter-se estático; • Força: impulso ou tração agindo sobre o corpo, definida como produto da massa de um corpo pela aceleração do corpo, resultando assim na aplicação da força (F=m.a), apresentando-se em Newton (N); • Centro de gravidade: ponto onde a massa da matéria encontra-se em equilíbrio, distribuindo as cargas em todas as direções, respondendo assim às forças externas; • Volume: quantidade de espaço ocupado por um corpo, apresentando sempre três dimensões (largura, altura, profundidade); • Torque: também denominado como momento angularde uma força específica. Consiste no produto da força vezes a distância perpendicular, desde a linha de ação até o eixo de movimento; • A partir do entendimento dos conceitos básicos voltados à biomecânica, compreendem-se os objetivos que envolvem o entendimento do funcionamento do sistema locomotor, otimizar a performance de movimento tanto desportiva quanto funcional e diminuir a incidência de lesões, com a visão clínica de prevenção e reabilitação. Por se tratar de uma ciência que estuda o movimento de forma ampla, realizam-se análises de movimento afim de poder entender o mecanismo de lesão de cada indivíduo, podendo ser analisados da seguinte forma: • Qualitativa: análise realizada a partir da natureza da atividade, sem que haja aferições. Utilizada normalmente de forma inicial para entender os padrões de movimento que são apresentados anterior e posterior às possíveis intervenções; • Quantitativa: análise realizada envolvendo padrões comparativos, bem como mensurações para que os dados sejam confrontados, levando em consideração os padrões de “normalidade” de movimento. Consiste na análise mais utilizada em processos de pesquisa, uma vez que os dados acabam sendo mais fidedignos. • A biomecânica ramifica-se em amplos aspectos que a tornam mais específicas em seus estudos: • Biomecânica estática: estuda os corpos em equilíbrio; consiste em movimento constante; • Biomecânica dinâmica: estuda os corpos sujeitos à aceleração; • Cinemática: descreve os movimentos, podendo ser lineares ou angulares, a partir da posição, velocidade e aceleração; • Cinética: estuda as causas do movimento, podendo estes serem lineares (especificamente relacionado à força aplicada) ou angulares (especificamente relacionado ao torque) • As variáveis cinemáticas incluem posição, deslocamento, tempo, velocidade e aceleração. A cinética é o estudo das forças que produzem o movimento. A reunião dessas se dá por meio de coleta de dados. Em geral temos três categorias de coleta de dados biomecânicos: captura de dados do movimento, sistemas de mensuração de forças e mensuração da atividade muscular. • A captura de dados do movimento pode se basear em sistemas de vídeo, sistemas eletromagnéticos ou na eletrogoniometria. Nos estudos cinemáticos as medidas da posição e tempo são utilizadas para calcular os derivados aceleração e velocidade. Os dados cinemáticos podem ser lineares, angulares ou ambos. Os sistemas de mensuração de força são coletados com uso de transdutores de força que convertem pressão, estresse ou energia num sinal digital. A atividade muscular é mensurada através da eletromiografia, que mensura os sinais elétricos gerados pelo músculo ativo e fornece informações sobre o estado de contração do musculo. • Uma possibilidade simples de avaliação na área da biomecânica consiste na antropometria. Esta é caracterizada por oferecer informações a respeito das dimensões corporais convencionais, assim como as proporções, dimensões e distribuição das massas corporais. Cinemetria • Já a cinemetria é utilizada para que sejam mensurados parâmetros cinemáticos de movimento, onde os métodos da técnica buscam avaliar a posição, orientação, velocidade e aceleração. Nesse método utilizam-se câmeras de vídeo para que sejam registrados os movimentos e posteriormente sejam avaliadas e calculadas as variáveis cinemáticas de interesse do avaliador. • Quantos mais câmeras capturarem os marcadores mais preciso é o cálculo. A capacidade de observar o movimento quadro a quadro também traz uma vantagem para analisar o movimento em tempo real. Para isso pode-se usar a fotografia com câmeras de acionamento automático, ou aplicativos de telefone celular. Dinamometria • A dinamometria envolve todos os tipos de medidas de força e pressão. As forças normalmente mensuradas são as forças externas, sendo denominadas como forças de reação aquelas em que ocorre a transmissão entre o corpo e o ambiente. Para que possam ser registrados os dados para avaliação utiliza-se uma plataforma de força que mede a força de reação do solo e o ponto exato de aplicação da força exercida. Dados cinéticos são então coletados com dinamômetros ou transdutores de força. • Diferentemente, a eletromiografia trabalha com registros elétricos das atividades que se associam às contrações musculares. Os eletrodos utilizados mensuram a atividade elétrica da musculatura. Softwares 263 SAPO apecs https://biomec.paginas.ufsc.br/?page_id=198 Obrigado @prof.rodrigo.ribeiro
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