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BACTERIOLOGIA - AULA 04/04 MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIBACTERIANOS E MECANISMOS DE RESISTÊNCIA Essência da quimioterapia antimicrobiana Toxicidade seletiva – tóxico para o micro-organismo sem afetar o seu hospedeiro. Matar ou inibir o microrganismo sem afetar o hospedeiro. (Não pode causar dano para quem está ingerindo). Todo fármaco precisa ser devidamente administrado para que não cause toxicidade para quem ingere. Atuação do ATB na célula bacteriana Todo fármaco antibacteriano tem duas características: • Bactericida – morte bacteriana. São aqueles que matam a bactéria. • Bacteriostáticos – inibe o crescimento bacteriano. Impede que ela se divida, ou seja impede que a infecção avance, mas ele não mata a bactéria, normalmente contém uma menor quantidade química. “Algumas drogas, tipicamente bacteriostáticas, podem ser bactericidas para determinada espécie de bactérias.” Antibacteriano X Célula bacteriana Locais de ação - está diretamente relacionado com a estrutura da bactéria. • Parede bacteriana (estrutura e biossíntese) • Membrana citoplasmática (estrutura e função) • Síntese de proteínas (nos poliribossomos) • Síntese de ácidos nucléicos ANTIBACTERIANOS QUE ATUAM EM PAREDE CELULAR Antimicrobianos que atuem em parede celular impedem a formação da mesma. Fármacos que atuam na inibição da parede celular não permitem a agregação proteica fazendo com que essa célula se rompa. Na ação de B-lactâmicos a parede celular não é formada. (não permitem a agregação de proteínas no momento da divisão celular) então as bactérias se dividem em um momento chamado de divisão binária. ANTIBACTERIANOS QUE ATUAM NÍVEL DA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA A intercalação das moléculas do antibiótico na membrana plasmática provoca sua desorganização, com a saída dos componentes celulares e morte da bactéria. Polimiccinas são as mais comuns. O fármaco se liga aos receptores de membrana de forma irreversível. Ocupa de forma irreversível receptores da membrana impedindo que ela faça transporte de substancias essenciais. E se não tem nutrientes que ela precisa ela morre. Quando o fármaco atua na desorganização a dupla camada fosfolipidica a entrada e saída de substâncias através dessa camada fica descontrolada. Lise osmótica. Entrada de água intensamente na célula, fazendo com que ela incha e rompa, promovendo uma lise osmotica. ANTIBACTERIANOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DE PROTEÍNAS Atuam no nível dos ribossomos. Os aminoglicosídeos e as tetraciclinas se fixam a subunidade 30S, e os outros antibióticos, as subunidades 50S. Ao se fixarem, inibem a síntese proteica por diferentes mecanismos. Atuam na leitura do código genético. Alteram a leitura da sequência genica na subunidade 30s dos ribossomos (porção de leitura). Não produzindo proteínas essenciais. Os aminoglicoísdeos provocam vários tipos de alteração e a mais importante é a leitura errada do código genético conduzindo a proteínas não funcionais – antibióticos bactericidas. As tetraciclinas bloqueiam a síntese proteica – quando fixadas à subunidade 30S, impedem a fixação dos RNA transportadores ao ribossomo – não ocorre incorporação de novos aminoácidos e a cadeia peptídica não se forma. Bloqueiam ribossomos impedindo que o material genético seja incorporado nele. ANTIBACTERIANOS QUE INTERFEREM COM A SÍNTESE DE DNA • O Metronidazol é degradado através da nitroso- redutase formando produtos tóxicos que se intercalam na molécula de DNA quebrando-a. Deste modo, o metronidazol pode ser considerado um quimioterápico que impede a síntese de DNA - bactericida. O metronidazol quebra o material genético da bactéria impedindo que haja sua replicação. A rifampicina combina-se de maneira irreversível com as RNA-polimerases, bloqueando a transcrição do DNA. Como esta combinação é irreversível, este antibiótico é bactericida. Se liga nas RNA polimerase (enzima que encaixa os nucleotideos na fita). A rifampicina sequestra a ensima RNA polimerase, impedindo a transcricao, tanto para cópia de material genéticogequanto para produção de RNA mensageiro. Os derivados de quinolonas – inibem a ação do DNA girase – essa enzima promove o enrolamento e desenrolamento da molécula de DNA – melhor organização dentro da célula. Também atuam na ação de uma enzima que é chamada de DNA girase. Que é responsável pelo enovelamento e desnovelamento do material genético. E as quinolonas inibem a ação da DNA girase, ,antenado ele enovelado e impedindo que ele seja desenovelado. Inibindo a replicação do material genético. Se comportando como bacteriostáticas. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA Condições essenciais para que um antibacteriano iniba ou mate uma bactéria • Existência de um alvo; • Capacidade de atingir o alvo; • Não pode ser inativado antes de atingir o alvo. Bactéria sensíveis (ela não virá resistente) Bactérias resistentes – crescem in vitro nas concentrações que os antimicrobianos atingem no sangue quando administrados nas recomendações de uso clínico. Resistência natural - Característica da espécie bacteriana, todas as amostras desta espécie têm esta propriedade. Resistência Aaquirida - Somente parte das amostras é resistente “O antibacteriano não induz a resistência e sim é um agente selecionador dos mais resistentes no meio de uma população.” Aquisição de resistência por uma célula bacteriana sensível é sempre decorrência de uma alteração genética que se expressa bioquimicamente. Alterações genéticas podem ser originadas de mutações cromossômicas ou pela aquisição de plasmídeos de resistência. • Mecanismo de resistência aos fármacos que atuem em parede celular e membrana citoplasmática estão diretamente relacionados aos receptores de interação celular • Mecanismo de resistência aos fármacos que atuem em na síntese de proteínas estão relacionados a alterações ribossomais. • Mecanismo de resistência aos fármacos que atuem na síntese de DNA estão relacionados a produção de enzimas específicas que permitam a total transcrição de seu material genético.
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