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ANTIPARKINSONIANOS Introdução - Doença de Parkinson · Distúrbio neurodegenerativo de neurônios Dopaminérgicos na Substância Negra - localizada nos Gânglios da Base · A disfunção acomete principalmente receptores D2 (inibitório) · Sinais e sintomas · Tremores · Rigidez muscular · Bradicinesia (lentidão ao iniciar e executar movimentos voluntários) · Anormalidades de postura e de marcha · Idosos ~65 anos · Fisiopatologia: baixa atividade dopaminérgica na substância negra - alterações na motricidade voluntária · Consequência: perda da inibição - é uma doença central · Diferença para síndrome parkinsoniana: a síndrome não tem relação com a substância negra · Cursa com a perda do controle de movimentos voluntários · Parkinsonismo secundário: · Fármacos envolvidos: fenotiazínicos (acepromazina, levomepromazina, clorpromazina) e haloperidol · Motivo: bloqueio dos receptores de dopamina no SNC --> sintomas de parkinsonismo Farmacologia dos Antiparkinsonianos Substituintes da dopamina 1. Levodopa + Carbidopa/ Benserazida · Mecanismo de ação da Levodopa: atua como precursor da Dopamina na substância negra. Ela restabelece a neurotransmissão dopaminérgica no neoestriado, aumentando a síntese de dopamina nos neurônios ainda ativos na substância negra. · Uso clínico: · Início da doença (~2 anos): quando os neurônios não estão totalmente degenerados. Com a evolução da doença, não há mais neurônios para conversão de levodopa à dopamina. Sempre associado da Carbidopa ou Benserazida · Levodopa sozinha: há muita perda no TGI e tecidos periféricos, sobrando pouco para ação no SNC · Coadministração com Carbidopa: · Potencializa o efeito, pois: Inibe a perda no TGI e diminui o metabolismo dos tecidos periféricos): aumenta biodisponibilidade para levodopa entrar no SNC · Diminui de 4 a 5 vezes a dose de Levodopa, o que diminui a gravidade dos efeitos adversos resultantes da dopamina formada na periferia · Absorção e biotransformação da Levodopa · Absorção rápida no Intestino delgado · Possui meia-vida curta: 1-2h · Flutuações no nível plasmático ==> gera flutuações motoras: fenômeno liga-desliga · Paciente perde subitamente a mobilidade normal e apresenta tremores, cãibras e imobilidade · Deve ser ingerida em jejum: proteínas interferem no transporte de levodopa ao SNC · Efeitos adversos: · Periféricos: anorexia, náusea, êmese; taquicardia e extrassístoles ventriculares (ação da dopamina no coração); hipotensão; midríase (ação adrenérgica na íris); · SNC: alucinações visuais e auditivas, discinesia (movimentos involuntários anormais) - hiperatividade de dopamina nos gânglios basais (são sintomas contrários à DP); alterações de humor, depressão, psicose e ansiedade · Interações: · Piridoxina (vitamina B6) aumenta a hidrólise periférica da levodopa e diminui sua eficácia. · Fenelzina (inibidores da IMAO): CONTRAINDICADA - gera crise hipertensiva pelo aumento da produção de catecolaminas · Pacientes cardíacos: monitorados - podem desenvolver arritmias - Leodopa agrava, provavelmente pelo aumento de catecolaminas centrais · Antipsicóticos: CONTRAINDICADOS - bloqueio dos receptores da dopamina e aumentar os sintomas parkinsonianos · Em baixas doses podem diminuir sintomas psicóticos induzidos pela levodopa Inibidores da MAO B 2. Selegilina e Rasagilina Selegilina · Mecanismo de Ação: em baixas ou moderadas doses, inibe seletivamente a MAO B (responsável por metabolizar a dopamina) · Em altas doses: Inibe MAO A · Resultado da ação: aumenta os níveis de dopamina no cérebro, reduzindo o seu metabolismo · Relação com a Levodapa: quando coadministrada - aumenta ação da Levodopa e reduz a dose necessária para efeito · Em altas doses e supra terapêuticas: perde a seletividade e aumenta o risco de hipertensão grave. NÃO PODE AUMENTAR A DOSE · É biotransformada em metanfetamina e anfetamina: devido a ação estimulante pode causar insônia (indicado administrar a partir do meio da tarde) Rasagilina · É um inibidor irreversível e seletivo da MAO cerebral tipo B. Os fármacos usados na doença de Parkinson têm cinco vezes a potência da selegilina. Ao contrário da selegilina, a rasagilina não é biotransformada em anfetamina. Inibidores da COMT 3. Entacapona e Tolcapona · Mecanismo de ação: inibem a COMT de forma seletiva e reversível. A inibição da COMT reduz a concentração de 3-O-metildopa (que compete com a Levodopa para ser transportada no SNC) no plasma, aumenta a captação central de levodopa e eleva as concentrações de dopamina no cérebro · Características: · A Entacapona não é utilizada isoladamente · São amplamente absorvidas pelo TGI, mesmo na presença de alimentos · Efeitos adversos: · Os mesmos da associação levodopa + carbidopa · Diarreia, hipootensão postural, náusea, anorexia, discinesias, alucinações e distúrbios do sono Tolcapona · Maior tempo de meia-vida · Hepatotóxico: risco de hepatites fulminantes Agonistas do receptor da Dopamina 4. Bromocriptina - derivada do ergot 5. Apomorfina, pramipexol, ropinirol e rotigotina · Mecanismo de ação: interage com o receptor de Dopamina (D2 predominante), Por terem essa ação direta sobre o receptor não necessitam ser metabolizados previamente para atuarem como a levodopa. · Tempo de ação: mais longa que a Levodopa (bom para os que apresentam flutuações no uso de Levodopa) · Vantagens: menor risco de discinesias e flutuações motoras · Bromocriptina, pramipexol e ropinirol: · Eficazes para quem apresenta flutuações motoras com uso de Levodopa · Ineficazes aos que são refratários à Levodopa · Apomorfina · Injetável · Uso em estágios graves e avançados · Não usar com outros agonistas da dopamina - efeitos adversos graves · Bromocriptina · Derivado do Ergot: pode causar fibrose pulmonar e retroperitoneal · Pacientes com doença pulmonar prévia: não utilizar - escolher um não Ergot · Ergot: É uma substância que se liga ao receptor dopaminérgico, mesmo sem ser dopamina · Indicação: quando o paciente possui bradicinesia e flutuação (liga-desliga) decorrente do mecanismo da levodopa · Efeitos adversos: · Náusea, alucinações, insônia, tonturas, constipação e hipotensão ortostática estão entre seus efeitos adversos mais comuns, mas as discinesias são menos frequentes do que com levodopa. Fármacos que aumentam a liberação de Dopamina 7. Amantadina · Antiviral usado no tratamento de gripe · Mecanismo de ação: gera maior liberação de dopamina, bloqueia receptores colinérgicos e inibe receptores NMDA de glutamato · Tem menos efeitos adversos que a Levodopa, mas é menos eficaz e desenvolve tolerância mais fácil · Efeitos adversos: Pode causar intranquilidade, agitação, confusão e alucinações e, em doses elevadas, pode induzir psicose tóxica aguda. Hipotensão ortostática, retenção urinária, edema periférico e boca seca Fármacos antimuscarínicos 8. Biperideno · Outros: Benzotropina, Triexifenidil e Prociclidina · Eficácia menor que a Levodopa · São coadjuvantes no tratamento do Parkinson · Mecanismo de ação: O bloqueio da transmissão colinérgica provoca efeitos similares aos do aumento da transmissão dopaminérgica, pois ajuda a corrigir o desequilíbrio na relação entre dopamina e Ach. · Inibindo a atividade colinérgica, diminui-se a atividade do GABA na substância negra · Esses fármacos podem causar alterações do humor e provocar xerostomia, constipação e problemas visuais típicos dos bloqueadores muscarínicos. Eles interferem com o peristaltismo no trato gastrintestinal (TGI) e são contraindicados em pacientes com glaucoma, hiperplasia de próstata (piora retenção urinária) ou estenose pilórica (piora esvaziamento gástrico, pois induz peristaltismo) · USADO COMO AUXILIAR JUNTO AO LEVODOPA EVELLYN VIEIRA BAGA DO NASCIMENTO | 5 SEMESTRE
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