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ATIVIDADE DE SAUDE MENTAL

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ATIVIDADE DE SAÚDE MENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 Nome: Eliane Bertolo RA: 1688240 
 
 
 
 
 
 Saúde mental em 2017 
 
 
Saúde mental, é a capacidade de alcance de um bem-estar cognitivo, comportamental 
e emocional, no qual o indivíduo é capaz de usar as próprias habilidades, recuperar-se 
do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com sua comunidade, sendo capaz, 
inclusive, de aproveitar a vida e alcançar um equilíbrio entre as atividades pessoais, 
laborais e suas emoções, visto que diferenças culturais, julgamentos subjetivos e 
teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a “saúde mental” é definida. A 
Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da 
vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e 
emoções. 
Ter saúde mental é: 
• Estar bem consigo mesmo e com os outros 
• Aceitar as exigências da vida 
• Saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas 
que fazem parte da vida 
• Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário 
Desde a instituição da Lei 10.216 de 2001, que dispõe sobre a proteção e os 
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo 
assistencial em saúde mental, considerando o movimento da Reforma 
Psiquiátrica Brasileira, assim como as recomendações da Organização Mundial 
da Saúde (OMS), os municípios se mobilizam para a mudança do modelo 
assistencial previsto, procurando implantar serviços e organizar ações a partir 
das normativas propostas pelo Ministério da Saúde, advindas desta Lei. Em 
2011, a nível nacional, foi instituída a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) 
trazendo novas normativas para a implantação de serviços não previstos 
anteriormente e com a proposta de inserção da lógica da atenção psicossocial 
em diversos pontos de atenção, além dos específicos de saúde mental, 
incluindo: atenção primária à saúde, atenção psicossocial especializada, 
atenção à urgência e emergência, atenção residencial de caráter transitório, 
atenção hospitalar, estratégias de desinstitucionalização e reabilitação 
psicossocial. A RAPS é uma poderosa estratégia para realmente redirecionar o 
modelo assistencial em saúde mental e efetivar o proposto no movimento da 
Reforma Psiquiátrica Brasileira. No ando de 2017, tivemos uma nova portaria. 
Portaria Nº 3.588, de 21 de dezembro de 2017 – Ela altera as Portarias de 
Consolidação Nº3 e Nº6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a Rede 
de Atenção Psicossocial, e dá outras providências. Tivemos também uma nova 
lei Estadual. Lei Estadual N° 19.121, de 12 de setembro de 2017 - Institui o mês 
Junho Paraná Sem Drogas, dedicado a ações de esclarecimento e incentivo à 
prevenção e ao tratamento contra o uso indevido de drogas. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3588_22_12_2017.html
http://site.mppr.mp.br/arquivos/File/Projeto_Semear/Legislacao_/lei_19121_2017.pdf
 Progresso da saúde mental de 2017 até os dias hoje 
 
Parece impossível, hoje, pensar na Reforma Psiquiátrica Brasileira sem contextualizar, 
na história recente, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituinte de 1988 
e o advento dos governos progressistas dos anos 2000. Apesar da crise financeira 
permanente e da restrição orçamentária que se arrastrou desde o momento da criação 
do SUS e de sua regulamentação, é inegável que a redemocratização e o processo da 
Reforma Psiquiátrica permitiram a criação de redes assistenciais ao longo e ao largo do 
país com grande expansão de serviços comunitários. Esse processo, assentado em 
valores humanitários e no usufruto de direitos, esteve permanentemente marcado por 
uma forte disputa ideológica com certo setor da psiquiatria tupiniquim. E, apesar de 
muito alardeado e de fato efetivado em alguns grandes centros urbanos, no geral, 
contou com um fraco envolvimento da sociedade civil. Apesar de que 
a nouvelle familiar da Reforma Psiquiátrica destaque os movimentos de usuários e de 
trabalhadores como fundantes e importantes, estes movimentos não conseguiram se 
espalhar pelo Brasil afora e a Reforma foi impulsionada como política pública de saúde 
e não como reivindicação da sociedade civil. Não queremos com isso negar que 
houvesse articulação entre esses campos, mas contribuir para a compreensão dos 
rumos presentes e das defesas possíveis da Reforma. A luta do movimento de Reforma 
Psiquiátrica brasileiro garantiu a conquista de alguns avanços introduzidos pelas 
políticas de saúde nesse setor, na proposição de um sistema de serviços de base 
comunitária, não institucionalizado. Todavia, apesar do ganho obtido com a criação de 
modelos substitutivos ao tradicional manicômio, é notório o descompasso entre o que 
se defende em tese e a prática cotidiana dos serviços, tal como verificamos em 
diversos estudos que discutem os modos de atuação e a efetividade dos CAPS. 
No Brasil, a III Conferência Nacional de Saúde Mental (BRASIL, 2002), ocorrida em 
2001, assumiu como desafio para efetiva superação do modelo asilar a implantação de 
uma política de desospitalização com concomitante construção de uma rede 
substitutiva, que assegure assistência integral e de qualidade, de acordo com os 
princípios da Reforma Psiquiátrica. Contudo, no relatório apresentado pelo Ministério 
da Saúde, 15 anos depois de Caracas, em 2005, a Coordenação de Saúde Mental do 
Ministério da Saúde assumiu que um grande número de pessoas ainda precisava de 
uma rede de cuidados em saúde mental de forma densa, diversificada e efetiva. 
Admitiu também a persistência do modelo hospitalocêntrico, concentrador de 
recursos, e a baixa cobertura da rede de saúde mental. Atentou, ainda, para a 
dificuldade de garantir o acesso e a qualidade do atendimento a todas as regiões, bem 
como para a dificuldade na formação de recursos humanos capazes de superar o 
paradigma da tutela do louco e da loucura. 
 A saúde mental no decorrer do tempo, foi ficando preocupante, pois entramos em 
uma pandemia em 2020, onde a saúde mental, foi o principal fator preocupante de 
todos os brasileiros, seja em quarentena dentro de casa, ou até mesmo com medo de 
sair na rua, fez com que milhões de pessoas, adiquiricem disturbios, como o aumento 
de peso, ansiedade, depressão, crise de pânico, entre outros. 
 Saúde mental atualmente 
 
Atualmente vivemos um momento de pós-pandemia, tivemos um grande agravo em 
problemas pscicossociais, pelo fator da covid. A pandemia de coronavírus (COVID-19) é 
uma emergência de saúde pública de interesse internacional e representa também um 
desafio à saúde mental, em especial para crianças e adolescentes ainda em 
desenvolvimento. Para aqueles jovens que já têm uma história de transtornos mentais, 
os riscos são maiores. Para diminuir as consequências das incertezas da pandemia e do 
confinamento em casa, governos, comunidade, escola, pais e profissionais de saúde 
precisam estar informados e abordar de forma efetiva e imediatamente essas 
questões. Além do medo de contrair a doença, a COVID-19 tem provocado sensação 
de insegurança em todos aspectos da vida, da perspectiva coletiva à individual, do 
funcionamento diário da sociedade às modificações nas relações interpessoais, Quanto 
à saúde mental, é importante dizer que as sequelas de uma pandemia são maiores do 
que o número de mortes. Os sistemas de saúde dos países entram em colapso, os 
profissionais de saúde ficam exaustos com as longas horas de trabalho e, além disso, o 
método de controle mais efetivo da doença, que é o distanciamento social, impacta 
consideravelmente a saúde mental da população. Com o objetivo de reduzir os danos 
psicológicos causados pela epidemia e promover estabilidade social, a China, por 
exemplo, publicou uma diretriz que instituiu níveis de atenção psicológica para o 
enfrentamento da COVID-19. As recomendações foram agrupadas em quatro níveisde 
populações-alvo. O nível 1 inclui pacientes hospitalizados com infecção confirmada ou 
condição física grave para a COVID-19, profissionais de saúde de primeira linha e 
equipe administrativa. O nível 2 se refere às pessoas em isolamento por terem alguma 
proximidade com indivíduos confirmados para a doença, além daqueles em 
quarentena por terem tido contato com pessoas suspeitas de infecção. Já na 
população de nível 3 estão os indivíduos que tiveram contato próximo com os níveis 1 
ou 2, ou seja, familiares, colegas, amigos e equipes de resgate. Por fim, o nível 4 é 
composto pela população em geral, que não está nem na linha de frente e nem em 
medidas de isolamento ou quarentena; ou seja, são aquelas para as quais se 
recomenda o distanciamento social (NHC, 2020a). A intervenção proposta se direciona 
prioritariamente à população de primeiro nível, mas com foco gradual de expansão do 
cuidado psicológico para os outros níveis, alcançando-se, por fim, a população em 
geral.

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